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Figura 9A Figura 9B

38.1. Ao longo da falha de Santo André, ocorre predominantemente


(A) convergência entre a placa do Pacífico e a microplaca de Juan de Fuca.
(B) deslizamento lateral entre a placa do Pacífico e a microplaca de Juan de Fuca.
(C) convergência entre a placa do Pacífico e a placa Norte-Americana.
(D) deslizamento lateral entre a placa do Pacífico e a placa Norte-Americana.

38.2. Os sismos gerados na falha de Santo André caracterizam-se por terem geralmente focos
(A) profundos, onde o comportamento frágil dos materiais da litosfera tende a predominar.
(B) profundos, onde o comportamento dúctil dos materiais da litosfera tende a predominar.
(C) superficiais, onde o comportamento frágil dos materiais da litosfera tende a predominar.
(D) superficiais, onde o comportamento dúctil dos materiais da litosfera tende a predominar.

38.3. As tensões existentes no sector de Cholame da falha de Santo André induzem um regime tectónico em que
(A) os blocos da falha sofrem essencialmente movimentos paralelos à direção do plano de falha.
(B) os blocos da falha sofrem essencialmente movimentos perpendiculares à direção do plano de falha.
(C) o bloco superior da falha desce relativamente ao bloco inferior.
(D) o bloco superior da falha sobe relativamente ao bloco inferior.

38.4. O deslocamento relativo dos dois blocos de uma falha é geralmente quantificado
(A) pela direção da falha. (C) pela inclinação da falha.
(B) pelo rejeito da falha. (D) pelo plano de falha.

38.5. Os peridotitos caracterizam-se por serem rochas geoquimicamente


(A) ácidas, constituídas essencialmente por silicatos de cálcio, de ferro e de magnésio.
(B) ultrabásicas, constituídas essencialmente por silicatos de alumínio, de sódio e de potássio.
(C) ultrabásicas, constituídas essencialmente por silicatos de cálcio, de ferro e de magnésio.
(D) ácidas, constituídas essencialmente por silicatos de alumínio, de sódio e de potássio.

38.6. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência correta dos processos geológicos envolvidos na
formação do talco identificado nas sondagens efetuadas no sector de Cholame.
A. Reação da olivina com fluidos hidrotermais. D. Formação de peridotitos mantélicos.
B. Génese da falha de Santo André. E. Formação de serpentinitos.
C. Reação da serpentina com fluidos ricos em CO2.

38.7. Explique por que razão na região do vale de Cholame se regista uma elevada concentração de epicentros de
sismos de reduzida magnitude.

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39. Em Portugal continental, no século XX, registaram-se dois sismos de grande relevância.
O primeiro ocorreu a 23 de abril de 1909, com epicentro junto a Benavente, numa zona de leito de cheia do rio Tejo.
Neste sismo, verificou-se a abertura de fendas no solo, pelas quais foi ejetada água com areia, evidenciando-se a
liquefação dos terrenos.
Cerca de sessenta anos mais tarde, no dia 28 de fevereiro de 1969, foi registado outro sismo, com epicentro a SO de
Sagres, gerado por uma falha inversa com uma pequena componente de desligamento. O piloto de uma embarcação
de pesca, que navegava na região do epicentro, relatou a formação de ondas descomunais, que submergiram a proa
do barco, e a alteração da água do mar, que ficou castanha e espessa.
As Figuras 10A e 10B representam as cartas de isossistas dos sismos de 1909 e de 1969.
Figura 10A Figura 10B

39.1. A diferença da intensidade do sismo de 1969 em Peniche e em Cascais poderá estar relacionada com
(A) a distância daquelas localidades ao epicentro. (C) a profundidade do hipocentro.
(B) a grande magnitude do sismo. (D) a diferença das litologias nas duas regiões.

39.2. Considere as afirmações seguintes, referentes aos sismos de 1909 e de 1969.


1. O sismo de 1909 foi praticamente impercetível em Bragança.
2. O sismo de 1909 teve a mesma intensidade no Porto e em Badajoz.
3. Os mapas de isossistas permitem inferir que a magnitude dos sismos de 1909 e de 1969 foi semelhante.
(A) 3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas. (B) 1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa.
(C) 2 e 3 são verdadeiras; 1 é falsa. (D) 1 é verdadeira; 2 e 3 são falsas.

39.3. Para a intensidade registada na zona do epicentro do sismo de Benavente, contribuiu


(A) a existência de rochas consolidadas na região.
(B) a reduzida amplitude das ondas L no leito de cheia do rio Tejo.
(C) a mistura dos sedimentos com a água contida nos seus poros.
(D) a propagação das ondas S nas águas do rio Tejo.

39.4. O sismo de Benavente, de 1909, pode ser considerado _____ e resultou do comportamento _____ das rochas.
(A) intraplaca ... frágil (B) interplaca ... dúctil
(C) intraplaca ... dúctil (D) interplaca ... frágil

39.5. Em Jacarta, na Indonésia, a cerca de 12700 km de Sagres, os sismógrafos não registaram as ondas S diretas
do sismo de 1969, porque aquelas ondas não atravessaram o limite
(A) crosta continental — manto. (B) manto — núcleo externo.
(C) núcleo externo — núcleo interno. (D) crosta oceânica — manto.

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39.6. A ocorrência, na zona de Benavente, de nascentes que apresentam artesianismo repuxante, nas quais a água,
sob pressão, jorra à superfície, relaciona-se com
(A) a proximidade do leito do rio Tejo. (B) a extensa área da bacia hidrográfica.
(C) a existência de aquíferos cativos. (D) a elevada porosidade dos sedimentos.

39.7. Refira o nome que se dá à relação entre o volume de vazios e o volume total de uma amostra de rocha.

39.8. Explique, com base no mecanismo que gerou o sismo de 1969, os acontecimentos testemunhados pelo piloto da
embarcação de pesca, no momento em que aquele sismo ocorreu.

40. A Rocha da Pena, cujo corte se representa na Figura 11, localiza-se no Algarve, próximo de Salir, no concelho de
Loulé, e está referenciada como Sítio Classificado, ao abrigo do Decreto-Lei n.° 392/91, de 10 de outubro. Trata-se de
um património geológico que importa valorizar e divulgar como um georrecurso cultural, não renovável, e que deve ser
preservado e legado como herança às gerações futuras. Apresenta diversas unidades litoestratigráficas, entre elas, a
formação de Mira, constituída por xistos argilosos, o complexo vulcano-sedimentar, constituído por piroclastos, tufos
vulcânicos, brechas vulcânicas, escoadas de basaltos e intrusões magmáticas, e a formação de Picavessa, constituída
por calcários e brechas com fósseis de corais e de gastrópodes.
Figura 11

40.1. A Rocha da Pena apresenta a sul material com comportamento _______ originando deformações em anticlinal,
que evidenciam a ação de forças _______.
(A) dúctil [...] compressivas
(B) dúctil [...] distensivas
(C) frágil [...] compressivas
(D) frágil [...] distensivas

40.2. As falhas 1 e 2 representadas na Figura 11 são ______ e o seu plano de falha define-se pela direção e _______.
(A) inversas [...] pela inclinação (C) normais [...] pela inclinação
(B) normais [...] pelo rejeito (D) inversas [...] pelo rejeito

40.3. As formações calcárias da Rocha da Pena apresentam um modelado que é devido


(A) ao facto de a água da chuva adquirir menor acidez ao atravessar as diferentes camadas da atmosfera.
(B) a um processo lento e natural de abertura de fraturas através da dissolução do carbonato de cálcio.
(C) ao enriquecimento dos calcários da formação de Picavessa em dióxido de carbono atmosférico.
(D) à introdução de águas enriquecidas em iões de cálcio no núcleo das deformações em anticlinal.

40.4. Ordene as letras de A a F, de modo a sequenciar, do passado para o presente, os acontecimentos referentes à
formação da Rocha da Pena. Inicie a ordenação pela afirmação A.
A. Deposição dos detritos que deram origem aos arenitos de Silves.
B. Atuação de agentes erosivos.
C. Atuação de forças compressivas, originando dobras.
D. Deposição do complexo vulcano-sedimentar.
E. Rutura dos materiais originando falhas.
F. Formação dos calcários de Picavessa.
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40.5. A formação de Picavessa, que constitui as escarpas da Rocha da Pena, apresenta litologias indicadoras de que
aqueles materiais tiveram origem em plataformas marinhas carbonatadas de águas quentes, límpidas e pouco
profundas.
Explique, utilizando o princípio das causas atuais, de que modo a presença de fósseis de corais permite deduzir o
paleoambiente em que foi originada a formação de Picavessa.

41. O Parque Nacional de Yellowstone, o mais antigo parque nacional do mundo, está localizado nos Estados Unidos
da América e cobre uma área de 8987 km 2. Yellowstone é um ponto quente, com uma pluma de magma que se ergue
do manto, penetrando em rochas ácidas.
Apesar da atual aparência pacífica da paisagem, Yellowstone sofreu períodos de violência extrema no último milhão
de anos. Esse passado resultou na presença de milhares de fontes termais, fumarolas, géiseres e caldeiras naturais.
Exemplos dessa atividade vulcânica são os géiseres, sendo o Old Faithful (Velho Fiel) um dos mais conhecidos do
mundo pela regularidade das suas erupções. Os estudos dos géiseres do parque, que têm vindo a ser efetuados,
sugerem que as secas provocadas pelas alterações climáticas estão a retardar as erupções regulares, podendo estas,
em condições extremas, virem a cessar num futuro próximo. Entre 1998 e 2006, os geólogos acompanharam a
periodicidade das erupções de cinco géiseres do parque, utilizando sensores de temperatura.
Em Yellowstone, a caldeira atual foi criada por uma erupção catastrófica que ocorreu há cerca de 640 000 anos e que
libertou para a atmosfera 1000 km 3 de cinza, rocha e materiais piroclásticos, que recobriram uma área de milhares de
quilómetros quadrados, devastando a paisagem.
Nenhuma erupção vulcânica ocorreu em Yellowstone, desde há 70 000 anos. Contudo, desde os anos 70 do século
XX, os cientistas têm vindo a detetar mudanças significativas neste notável sistema vulcânico e hidrotermal, incluindo
movimentos ascendentes do solo e aumento da atividade sísmica. Para acompanhar com rigor estas alterações, os
cientistas colocaram 22 sismógrafos no parque. A análise dos dados registados permitiu revelar as dimensões da
câmara magmática.
Das observações e dos estudos realizados recentemente, concluiu-se que estamos perante um sistema dinâmico, com
episódios de ascensão e subsidência, a ocorrer em diferentes locais e em momentos distintos. Em 2006, o observatório
vulcanológico de Yellowstone decidiu implementar um programa que se estenderá até 2015 e que equipará o local com
sistemas de observação e de alerta mais sofisticados.

Figura 12A Figura 12B

41.1. Podemos encontrar géiseres e fumarolas que são exemplos de vulcanismo _______, em Yellowstone, região
com gradiente geotérmico ______ elevado do que aquele que habitualmente encontramos na crosta continental.
(A) primário [...] mais (C) primário [...] menos
(B) secundário [...] menos (D) secundário [...] mais

41.2. As posições e idades dos centros vulcânicos de Yellowstone permitem inferir que __ está em movimento para __
(A) a Placa Norte-Americana [...] este
(B) o ponto quente [...] este
(C) a Placa Norte-Americana [...] oeste
(D) o ponto quente [...] oeste
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41.3. A periodicidade das erupções do géiser Old Faithful alterou-se, porque o período de seca fez aumentar
(A) a temperatura dentro do reservatório de água.
(B) o ponto de ebulição da água do reservatório.
(C) a pressão da água no interior do reservatório.
(D) o tempo de recarga do reservatório de água.

41.4. Nos bordos da caldeira de Yellowstone, existem falhas ______ que contribuem, na atualidade, para a ocorrência
de fenómenos ______.
(A) inversas [...] sísmicos
(B) normais [...] vulcânicos
(C) normais [...] sísmicos
(D) inversas [...] vulcânicos

41.5. A determinação das dimensões da câmara magmática através de um método ______ foi possível, porque, ao
atingirem a câmara magmática, as ondas P ______ de velocidade, e as ondas S deixam de se propagar.
(A) direto [...] diminuem
(B) indireto [...] aumentam
(C) indireto [...] diminuem
(D) direto [...] aumentam

41.6. O facto de um magma basáltico apresentar menor teor em sílica do que um magma riolítico tem como
consequência
(A) uma maior dificuldade na libertação dos gases.
(B) iniciar a solidificação a temperaturas mais elevadas.
(C) apresentar uma consistência mais viscosa.
(D) a formação de rochas de cor mais clara.

41.7. Pelas observações efetuadas em Yellowstone, os cientistas receiam que possam ocorrer, num futuro próximo,
erupções explosivas com consequências devastadoras. Explique a possível ocorrência de erupções explosivas, tendo
em conta que a atividade vulcânica em Yellowstone se deve à existência de um ponto quente.

42. A água desempenha um papel essencial na dinâmica terrestre. Estima-se que o volume de água mobilizada para
a geodinâmica interna seja o dobro da existente nos oceanos. Os geólogos dão cada vez mais importância à água
como lubrificante nas falhas, como agente transportador de calor, na transformação da mineralogia das rochas, na
concentração de elementos químicos nos jazigos minerais metalíferos e na fusão das rochas.
À superfície, por ação dos agentes da geodinâmica externa, os minerais das rochas transformam-se, originando novos
minerais, geralmente hidratados. Os sedimentos retêm a água quer entre eles, quer no seio dos minerais hidratados.
Se ocorrer compactação, uma parte dessa água é expulsa.
Quando um magma granítico se instala na crosta, provoca um movimento de água ao longo de grandes distâncias. Em
contacto com o magma, a água sobreaquecida acumula elementos dissolvidos, nomeadamente metais. Depois,
escapa-se pelas fissuras da crosta.
No eixo das dorsais, a água do mar penetra a grandes profundidades, atingindo o manto superior quente.
A água do mar reaquecida interage com as rochas e, depois, volta a ascender, transportando numerosos elementos
metálicos dissolvidos.
Também nas zonas de subducção, a crosta que mergulha transporta água, que desempenha um papel preponderante
ao lubrificar o contacto de subducção e ao exercer, mais tarde, a sua ação a grande profundidade.
Para terminar o ciclo interno, a água do manto retorna à superfície, pela ação do vulcanismo das dorsais oceânicas ou
do magmatismo acima das zonas de subducção.
O ciclo da água pode ser melhor compreendido através de análises isotópicas. Com efeito, uma pequena percentagem
de água é sempre constituída pelo isótopo pesado de oxigénio (O 18), dependente da temperatura. Desta forma, a água
que se encontra à superfície é pobre em O18, contrariamente à que se encontra em profundidade.

42.1. As zonas de subducção, que contribuem para a circulação da água entre a crosta e o manto, são limites tectónicos
_______ onde se exercem, predominantemente, forças _______.
(A) convergentes [...] compressivas (C) divergentes [...] distensivas
(B) convergentes [...] distensivas (D) divergentes [...] compressivas
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