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NOTA: Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção que completa corretamente a afirmação.

Grupo I

A região onde hoje se situa a cidade de Valongo, no norte de Portugal, encontrava-se coberta pelo mar no início do
Paleozoico, há cerca de 542 Ma. Serão aproximadamente desta idade as rochas mais antigas que ali afloram e que se
encontram interestratificadas com escoadas de lava de idade câmbrica (de 541 a 485 Ma) e, talvez, também pré
câmbrica. A Figura 1 representa um corte geológico da região. No início do Ordovícico (há aproximadamente 485 Ma),
formou-se um rifte que conduziu à instalação de um mar onde viveram trilobites.
Durante o Devónico (de 419 a 359 Ma), a região onde se insere Valongo deslocou-se para norte, desde a região do
polo sul, onde então se encontrava, até próximo do equador, colidindo com um outro continente e provocando um
recuo do mar e o dobramento das rochas. Daqui resultou a deformação assinalada na Figura 1 com a letra A.
Este último contexto paleogeográfico, que levou à formação de bacias sedimentares continentais lacustres, ocorreu
no Carbonífero (de 359 a 299 Ma).
Atualmente, destacam-se na paisagem as cristas quartzíticas do Ordovícico, que constituem as serras de Santa Justa e
de Pias, entre as quais corre o rio Ferreira.

1. A falha assinalada na Figura 3 com a letra Y é uma falha _______, que resultou de um regime de forças _______.
(A) normal … compressivo
(B) inversa … compressivo
(C) normal … distensivo
(D) inversa … distensivo

2. Os dados permitem inferir que, durante o Câmbrico, a atividade vulcânica _______ originou rochas vulcânicas que
se interestratificaram com rochas _______.
(A) subaérea … sedimentares
(B) submarina … metamórficas
(C) submarina … sedimentares
(D) subaérea … metamórficas

3. A estrutura assinalada na Figura 3 com a letra A corresponde a um _______, cujo núcleo é formado por rochas mais
_______.
(A) antiforma … recentes
(B) antiforma … antigas
(C) sinforma … recentes
(D) sinforma … antigas
4. O vale do rio Ferreira é mais _______ nos locais onde o rio atravessa as cristas quartzíticas do que nos locais onde
atravessa as formações xistentas, devido a uma _______ resistência dos quartzitos à erosão.
(A) estreito … maior
(B) largo … maior
(C) estreito … menor
(D) largo … menor

5. Ao longo do Ordovícico, verificaram-se oscilações do nível do mar. Durante as _______, a profundidade do mar
aumentou, favorecendo a formação de _______.
(A) transgressões … conglomerados
(B) regressões … argilitos
(C) transgressões … argilitos
(D) regressões … conglomerados

6. A presença de fósseis de trilobites em estratos sedimentares do Ordovícico permite determinar a idade _______
dessas rochas se esses fósseis apresentarem uma reduzida distribuição _______.
(A) absoluta … geográfica
(B) relativa … geográfica
(C) absoluta … estratigráfica
(D) relativa … estratigráfica

7. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a sequenciar os acontecimentos relativos à


evolução geotectónica da região de Valongo.
A. Compressão das rochas no Devónico.
B. Formação de um rifte no Ordovícico.
C. Instalação de bacias sedimentares continentais.
D. Instalação do vale do rio Ferreira.
E. Formação de leitos de carvão.

B-A-C-E-D

8. Durante o Ordovícico ocorreu uma glaciação responsável pelo declínio das trilobites, não diretamente relacionado
com a variação da temperatura da água.
Explique de que forma a glaciação contribuiu para o declínio das trilobites.
Como durante o Ordovícico ocorreu uma glaciação, é possível afirmar que ocorreu, consequentemente, uma
diminuição do nível médio da água do mar. Esta diminuição vai levar a uma redução da área de ocupação marinha,
que irá reduzir o habitat das trilobites e do seu alimento e irá perturbar a cadeia alimentar. Estes fenómenos vão
contribuir, assim, para o declínio das trilobites.

9. A oeste da deformação de Valongo, formou-se, no Carbonífero, uma bacia sedimentar continental, nas margens da
qual se desenvolveu uma importante flora.
Explique a formação de carvão na referida bacia, tendo em conta os contextos paleogeográficos e paleoclimático da
região.
Quando se formou, no Carbonífero, a bacia sedimentar continental referida no texto, esta encontrava-se próxima do
equador, assim o clima era quente e com bastante humidade. Devido à flora que se desenvolveu nesta bacia,
acumulou-se restos vegetais e, posteriormente, o material originado dos restos vegetais é coberto por sedimentos
finos e compactado, sofrendo ação das bactérias, tanto como o aumento da pressão e da temperatura no ambiente
do depósito. Estes fenómenos levam ao processo de incarbonização, ou seja, à perda de água e ao enriquecimento em
carbono, formando assim, ao longo do tempo, o carvão
Grupo II

A litologia e o registo fóssil da Bacia do Baixo Tejo permitem inferir que a região passou por diferentes fases climáticas
e que, como resultado de variações do nível médio do mar e de movimentos tectónicos, foi tendo diferentes
configurações paleogeográficas.
No Miocénico, de 23 a 5 milhões de anos (Ma), acompanhando a deriva da placa africana para norte, em relação à
Península Ibérica, algumas rochas, que tinham sido depositadas na Bacia Lusitânica durante o Jurássico (de 199 a 145
Ma) e o Cretácico (de 145 a 66 Ma), sofreram deformação e deram origem às serras do Maciço Calcário Estremenho, a
norte, e à serra da Arrábida, a sul.
Mais tarde, há cerca de 5 Ma, formou-se uma vasta planície emersa, entre Lisboa e a serra da Arrábida, onde se
instalou o sistema fluvial precursor do Tejo atual, constituído por múltiplos canais que atravessavam a península de
Setúbal, desaguando alguns na zona onde hoje se situa a Lagoa de Albufeira.
Posteriormente, entre 1,7 e 1,5 Ma, a subsidência1 da bacia de sedimentação e a atividade da falha do Vale Inferior do
Tejo, entre Vila Nova da Barquinha e o Barreiro, e, mais a jusante, da falha do Gargalo do Tejo, a oeste de Lisboa, com
direção E-O, provocaram a reorganização da rede hidrográfica do Tejo. A Figura 2 apresenta um mapa geológico
simplificado da região.

Nota:
1 subsidência – movimento lento de descida do fundo de uma bacia de sedimentação

1. Na Bacia do Baixo Tejo, foram encontrados fósseis de rinoceronte com cerca de 16 Ma, o que permite deduzir que,
nessa época, a região corresponderia a uma savana. A dedução enunciada na afirmação anterior baseia-se no
Princípio
(A) do Catastrofismo.
(B) da Sobreposição dos Estratos.
(C) da Identidade Paleontológica.
(D) do Atualismo.

2. Considere as seguintes afirmações, referentes à evolução da Bacia do Baixo Tejo.


I. Há cerca de 5 Ma, alguns dos canais do sistema fluvial desaguavam numa zona situada a sul da foz atual.
II. Parte dos sedimentos que se encontram na península de Setúbal resultaram da erosão de rochas que afloravam no
interior da Península Ibérica.
III. Na península de Setúbal, encontram-se calhaus rolados do granito de Sintra, o que indicia que, quando os mesmos
se depositaram, o Tejo já desaguava na zona do «Gargalo».

(A) III é verdadeira; I e II são falsas.


(B) I é verdadeira; II e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

3. As serras do Maciço Calcário Estremenho formaram-se no


(A) Cenozoico, num contexto tectónico distensivo.
(B) Cenozoico, num contexto tectónico compressivo.
(C) Mesozoico, num contexto tectónico distensivo.
(D) Mesozoico, num contexto tectónico compressivo.

4. Em 1909, ocorreu um sismo na região de Benavente. Com os dados disponíveis, é de supor que este
sismo tenha estado associado à falha
(A) interplaca do Vale Inferior do Tejo.
(B) intraplaca do Vale Inferior do Tejo.
(C) interplaca do Gargalo do Tejo.
(D) intraplaca do Gargalo do Tejo.

5. Atualmente, em algumas zonas do litoral oeste de Portugal, verifica-se um acentuado _______ da linha
de costa, relacionado com a _______ do nível médio da água do mar.
(A) avanço … subida
(B) avanço … descida
(C) recuo … subida
(D) recuo … descida

7. Explique o processo de formação das grutas existentes nas serras do Maciço Calcário Estremenho.

O processo de formação das grutas existentes nas serras do Maciço Calcário Estremenho é o seguinte, o dióxido de
carbono reage com a água da chuva, ficando esta ácida ou formando ácido carbónico. A água acidificada infiltra-se
através das diáclases presente no calcário e ocorre dissolução, ou seja, ocorre meteorização química no Maciço
Estremenho. A remoção do carbonato de cálcio pela água que circula no interior do maciço leva à formação de grutas.

Grupo III

1. Leia o texto com atenção.

As rochas, quando sujeitas a condições de pressão e temperatura diferentes das existentes na sua génese, podem sofrer
deformações reversíveis ou irreversíveis, devidas em grande parte a forças que podem ser de compressão, de tração e de
cisalhamento. As rochas oferecem resistências diferentes a tais forças, dependendo de fatores, como a sua composição
química e estrutura, a temperatura e a pressão a que se encontram, e a intensidade e o período de duração da força. A
mesma rocha, de acordo com as condições em que se encontra,pode apresentar um comportamento frágil numas
circunstâncias e um comportamento dúctil noutras.

Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

As rochas podem ter um comportamento frágil quando sujeitas a

(A) temperaturas inferiores às do seu ponto de fusão, pois os materiais ficam


mais plásticos.
(B) temperaturas superiores às do seu ponto de fusão, pois os materiais ficam
mais rígidos.
(C) temperaturas superiores às do seu ponto de fusão, pois os materiais ficam
mais plásticos.
(D) temperaturas inferiores às do seu ponto de fusão, pois os materiais ficam
mais rígidos.

2. Observe a figura 1, que representa uma sequência de duas dobras.


Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

A dobra representada em A, quanto à sua disposição no espaço, denomina-se

(A) anticlinal.
(B) sinclinal.
(C) antiforma.
(D) sinforma.

3. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A à respetiva


designação, que consta na coluna B.

Coluna A Coluna B
(a) Corresponde a cada um dos lados em relação ao eixo da (1) Charneira
dobra. (2) Eixo da dobra
(b) Ângulo definido entre o plano axial e um plano (3) Flanco da dobra
horizontal. (4) Plano axial
(c) Linha imaginária que separa os dois flancos da dobra. (5) Inclinação da dobra

(a) 3 (b)5 (c) 2

4. Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

Quando o limite de resistência das rochas à deformação é ultrapassado, estas

(A) deformam-se reversivelmente.


(B) entram em rotura, fraturando.
(C) entram em rotura e formam estiramentos.
(D) deformam-se irreversivelmente, formando dobras.

5. Na figura 2 estão representados dois tipos de falhas (A e B).

5.1 Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

O tipo de tensão associado à formação da falha representada na figura


2-B é de

(A) tração.
(B) compressão.
(C) estiramento.
(D) cisalhamento.

5.2 Selecione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços seguintes, de modo a
obter uma afirmação correta.

O tipo de deformação _____ representada na figura 2-A corresponde a


uma falha _____ e resulta da ação de tensões de _____.

(A) dúctil … inversa … compressão (C) dúctil … normal … tração


(B) frágil … inversa … compressão (D) frágil … normal … tração

6. Considere as seguintes afirmações, relativas aos elementos geométricos de


uma falha.

Selecione a única opção que permite obter uma afirmação verdadeira.

I. O teto corresponde ao bloco rochoso acima do plano de falha.


II. O rejeito corresponde ao ângulo formado entre os dois blocos da falha.
III. O plano de falha corresponde à superfície de fratura.

(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

7. Explique de que forma a temperatura influencia o comportamento mecânico das rochas em profundidade.

O aumento da temperatura favorece a deformação plástica, assim, a uma baixa temperatura, ou seja, à superfície, as
rochas apresentam um comportamento frágil e à medida que se "caminha" para o interior da litosfera, que se
aumenta a profundidade dá-se um aumento da temperatura e o comportamento das rochas é dúctil. Se ainda
caminharmos mais para o interior da Terra, as rochas passam a ter um comportamento viscoso e no limite as rochas
sofrem fusão.

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