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DOSSIÊ DO PROFESSOR
Grupo I
A formação de uma cadeia de montanhas representa a etapa final de um ciclo geológico com a duração de
muitos milhões de anos.
No Geoparque Terras de Cavaleiros, em Trás-os-Montes, mais precisamente no geossítio Poço dos Paus,
surgem rochas que outrora se formaram no fundo de um antigo oceano. Este oceano acabou por desaparecer
devido à colisão dos continentes que o limitavam. No sítio Poço dos Paus é possível observar crusta desse
antigo oceano, semelhante à atual crusta do oceano Atlântico. As bandas de rochas, de cor escura (diques),
representam os filões por onde o magma proveniente do interior do planeta Terra ascendeu até ao fundo do
oceano.
Fonte: https://www.geoparkterrasdecavaleiros.com
1. As correntes de convecção do interior da geosfera, associadas aos movimentos das placas litosféricas,
resultaram do facto de
(A) a densidade dos materiais astenosféricos diminuir com o aumento da temperatura.
(B) a litosfera ser uma camada com comportamento plástico.
(C) ao nível do manto todo o material se encontrar rígido.
(D) o gradiente geotérmico ser uniforme por todo o planeta.
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2. Os diques existentes no Poço dos Paus correspondem a rochas abundantes na litosfera oceânica atual.
Relativamente à cor, essa rocha classifica-se como ________. Esta característica está relacionada com a
________ relativa de minerais félsicos na sua composição.
(A) leucocrata (…) abundância (C) leucocrata (…) escassez
(B) melanocrata (…) abundância (D) melanocrata (…) escassez
5. Faça corresponder cada uma das afirmações relativas às rochas metamórficas, expressas na coluna A à
respetiva designação de rochas, que constam na coluna B.
Coluna A Coluna B
6. A formação de rochas metamórficas está intimamente relacionada com o gradiente geotérmico e tensões
existentes nos diferentes ambientes tectónicos. Relacione o gradiente geotérmico e as tensões
compressivas com a existência de graus de metamorfismo e texturas metamórficas durante um processo
de subducção.
7. No geossítio do Poço dos Paus, podemos observar evidências da formação, desenvolvimento e fecho de
um oceano. Ordene a sequência de acontecimentos associados a este ciclo, numa relação de causa-efeito.
A – Início do alargamento de um oceano primitivo.
B – Estiramento da litosfera continental.
C – Início da subducção da litosfera oceânica.
D – Formação de uma cadeia montanhosa de colisão.
E – Afloramento do Poço dos Paus com rochas da base da litosfera oceânica.
Grupo II
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embora sem vítimas mortais conhecidas, conforme nota divulgada pelo Instituto Português do Mar e da
Atmosfera.
O sistema de arco insular Tonga-Kermadec no sudoeste do Pacífico é uma das zonas de subducção mais
ativas da Terra, encontrando-se dividido em dois setores principais: o Arco de Tonga, a norte, e o Arco
Kermadec, a sul (Figura 2A). O processo de subducção terá tido o seu início há 41,2 Ma durante o Cenozoico.
Estas idades têm sido confirmadas a partir dos dados obtidos em riolitos utilizando o par de isótopos K-Ar. A
erupção submarina, que projetou colunas de nuvens cinzentas e esbranquiçadas de piroclastos de 2022, não foi
um episódio esporádico.
Uma erupção submarina ocorreu também em 2014. Hunga Tonga e Hunga Ha'apai são pequenas ilhas
situadas no limite de uma caldeira submarina conhecida pelos nomes das duas ilhas (Tonga e Hunga Ha'apai),
(figura 1B). Esta erupção acrescentou uma área circular de terra com mais de 100 m de altitude, emergindo do
mar uma nova ilha de cinzas, bombas vulcânicas e campos de fumarolas, emanando gases ricos em enxofre.
1. As rochas vulcânicas em Tonga permitiram obter a idade ________ do arco insular de Tonga. Esta datação
é possível devido à ________ de certos isótopos.
(A) radiométrica (…) estabilidade (C) relativa (…) instabilidade
(B) radiométrica (…) instabilidade (D) relativa (…) estabilidade
2. As sulfataras e mofetas de Hunga Tonga são exemplo de vulcanismo ________ região com gradiente
geotérmico ________ elevado do que aquele que habitualmente encontramos na crusta continental
australiana.
(A) primário (…) mais (C) secundário (…) mais
(B) primário (…) menos (D) secundário (…) menos
3. Estabeleça a correspondência entre cada um dos métodos para o conhecimento da estrutura interna da
Terra da coluna A e a respetiva designação, na coluna B.
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Coluna A Coluna B
6. Explique de que modo o decaimento radioativo dos materiais no interior da Terra influencia a existência de
correntes de convecção no manto.
8. As ilhas do arquipélago de Tonga encontram-se na proximidade de uma zona de subducção, pelo que
possuem vulcões ativos e apresentam elevado risco sísmico. Explique, tendo em conta a localização
geográfica e o historial do sistema vulcânico de Tonga, por que razão a atividade vulcânica neste
arquipélago potencia o risco geológico nas ilhas da Nova Zelândia.
Grupo III
Texto 1
A grafiose ou “Dutch Elm Disease” (DED), doença holandesa do ulmeiro é uma doença causada por fungos,
cujo vetor é um escaravelho, que afeta os ulmeiros, árvores da espécie Ulmus minor e que em Trás-os-Montes
são conhecidos por negrilhos.
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Os esporos do fungo são introduzidos na árvore pelo escaravelho-vetor quando este se alimenta na planta.
Numa tentativa de impedir o fungo de se espalhar, a árvore reage, bloqueando o xilema com goma e tiloses,
extensões da parede celular do xilema. O primeiro sintoma de infeção situa-se geralmente num ramo superior
cujas folhas murcham e amarelecem no verão, meses antes da queda normal das folhas no outono.
À medida que a planta enfraquece, os escaravelhos escavam galerias onde depositam os ovos e onde as
larvas se desenvolvem, originando os novos escaravelhos. Nestas galerias, desenvolve-se o micélio e as
estruturas reprodutoras dos fungos, que produzem esporos envolvidos numa sustância pegajosa, a qual permite
a aderência ao exosqueleto dos jovens escaravelhos.
2. Os fungos são seres ________ quanto à fonte de carbono e, quanto à organização celular, ________.
(A) heterotróficos (…) podem ser multicelulares ou unicelulares
(B) heterotróficos (…) são todos multicelulares
(C) autotróficos (…) são todos multicelulares
(D) autotróficos (…) podem ser multicelulares ou unicelulares
3. No combate à grafiose, o extermínio do inseto vetor seria uma estratégia de sucesso, uma vez que
(A) o fungo não poderia completar o seu ciclo de vida.
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4. A tendência evolutiva das plantas, à medida que conquistaram o meio terrestre, foi
(A) a passagem da meiose pré-espórica para pós-zigótica.
(B) a passagem da meiose pré-gamética para pós-zigótica.
(C) o predomínio da haplofase em relação à diplofase.
(D) o predomínio da diplofase em relação à haplofase.
6. Analise as informações que se seguem, relativas ao ciclo de vida de Scolytus scolytus. Reconstitua a
sequência temporal dos acontecimentos que culminam na formação das formas juvenis, colocando por
ordem as letras que os identificam.
A – Mitoses e diferenciação celular originam um organismo pluricelular que se desenvolve nas galerias da
casca do negrilho.
B – União de gâmetas haploides com estabelecimento da diploidia.
C – Meiose nas células da linha germinativa e formação das células reprodutoras.
D – Mitoses e expressão diferencial do genoma originam as formas voadoras.
E – Deposição dos ovos em galerias das plantas enfraquecidas.
7. Faça corresponder cada uma das expressões sobre o processo de reprodução das espécies descritas no
texto, expressas na coluna I, ao respetivo ciclo, que consta da coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Existe alternância de gerações com predominância da diplofase. 1 – Ciclo de vida de Ulmus
(b) O zigoto possui pares de cromossomas homólogos. 2 – Ciclo de vida de Ophiostoma
(c) Produção de células com capacidade adesiva. 3 – Ciclo de vida de Scolytus
(d) Os gâmetas são as únicas entidades haploides do ciclo de vida. 4 – Todos os ciclos de vida
(e) Os gâmetas formam-se por mitose, em estruturas diploides. 5 – Nenhum dos ciclos de vida
8. Explique, tendo em conta a resposta da planta à infeção do fungo, por que razão ocorre primeiro a morte
dos tecidos dos ramos superiores.
Texto 2
Os genomas nucleares de O. ulmi e O. novo-ulmi são semelhantes em conteúdo genético (8639 e 8640
genes, respetivamente). Estes genomas contêm um vasto repertório de genes que codificam patogenicidade e
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fatores de virulência, tais como enzimas conhecidas por degradar os constituintes da parede celular vegetal,
enzimas oxidativas e metabolitos secundários.
Fonte: https://www.fs.fed.us/nrs/pubs/gtr/gtr-nrs-p-174papers/02bernier-gtr-p-174.pdf
9. De entre as afirmações seguintes, relacionadas com a árvore filogenética da figura, selecione as duas que
estão corretas.
I – Neurospora crassa e Ceratocystis fagacearum deverão apresentar elevado número de estruturas
análogas comuns.
II – Ophistoma ips e Sporothrix schenckii apresentam maior grau de parentesco que Ophistoma ips e
Ophiostoma novo-ulmi.
III – O diagrama representa um sistema de classificação horizontal e racional.
IV – A presença de estruturas homologas em todos os fungos da árvore filogenética é consequência da
existência de um ancestral comum.
V – Ophistoma pluriannulatum é a espécie de fungo mais recente, porque divergiu há menos tempo de um
ancestral comum.
Figura 4 – Relacões filogenéticas entre os fungos que provocam a grafiose do negrilho e outras espécies de Ascomycetes.
10. Segundo a classificação de Whittaker modificada, Ophiostoma ulmi pertence ao reino Fungi e é um ser
(A) procarionte e macroconsumidor. (C) eucarionte e macroconsumidor.
(B) procarionte e microconsumidor. (D) eucarionte e microconsumidor.
11. A comparação de sequências de genes dos fungos para a construção de árvores filogenéticas como a da
figura constituem argumentos
(A) bioquímicos, de acordo com o darwinismo.
(B) bioquímicos, de acordo com o neodarwinismo.
(C) citológicos, de acordo com o darwinismo.
(D) citológicos, de acordo com o neodarwinismo.
12. A elevada taxa de reprodução dos fungos durante a infeção dos negrilhos exige uma grande produção de
(A) fosfolípidos, o que implica o desenvolvimento do retículo endoplasmático rugoso.
(B) proteínas, o que implica o desenvolvimento do retículo endoplasmático rugoso.
(C) glicoproteínas, o que implica o desenvolvimento das mitocôndrias.
(D) lípidos, o que implica o desenvolvimento das mitocôndrias.
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13. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relativos ao
processo de divisão celular que o zigoto dos fungos sofre, para retomar a fase haploide.
A – Ascensão polar de cromatídeos-irmãos.
B – Emparelhamento dos cromossomas homólogos
C – Reconstituição de núcleos haploides com cromossomas com dois cromatídeos.
D – Alinhamento dos cromossomas na placa equatorial pelos pontos de quiasma.
E – Formação de tétradas celulares.
17. Segundo Darwin, numa população de negrilhos, a maior capacidade de sobrevivência da população às
infeções por Ophiostoma, resulta do equilíbrio dinâmico entre
(A) a variabilidade e a recombinação génica.
(B) as mutações e a recombinação génica.
(C) a variabilidade e a seleção natural.
(D) as mutações e a seleção natural.
18. Os fungos do género Ophiostoma, representados na árvore da figura, pertencem
(A) à mesma espécie e à mesma família.
(B) à mesma família, mas não à mesma ordem.
(C) à mesma espécie, mas não à mesma classe.
(D) à mesma família e à mesma ordem.
19. Faça corresponder a cada uma das descrições relativas a processos de reprodução que ocorrem nos
fungos, expressos na coluna I, à respetiva designação, que consta da coluna II.
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Coluna I Coluna II
20. Explique de que forma a multiplicação vegetativa de variedades de negrilho resistentes à DED pode
contribuir para evitar novas pandemias desta doença.
Grupo IV
Para verificar a influência da temperatura na fermentação realizada pela levedura da espécie Saccharomyces
cerevisiae, utilizada na produção de pão, foi realizado o seguinte procedimento:
• Foram marcados 8 gobelés com as letras de A a G.
• Em cada um dos gobelés foram colocados 200 g de farinha, 10 g de levedura e 100 mL de água.
• Foi feito um registo do volume inicial da massa atingido em cada gobelé.
• Os gobelés foram colocados em diferentes condições de temperatura, tal como registado na tabela abaixo.
• Foi feito um registo do tempo necessário para duplicar o volume inicial da massa para cada um dos gobelés.
Gobelé A B C D E F G
Temperatura 0 10 20 30 40 50 60
(ºC)
Tempo que Não há Não há
demora para aumento aumento
a massa 80 51 48 20 40
de de
duplicar de volume volume
volume
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4. De entre as afirmações seguintes, relacionadas com os resultados experimentais, selecione as duas que estão
corretas, transcrevendo para a folha de respostas os números romanos correspondentes.
I – A 10 ºC, as enzimas envolvidas na fermentação alcoólica estão inibidas.
II – À medida que aumenta a temperatura do meio, aumenta o tempo necessário para a massa duplicar de
volume.
III – A 20 ºC, a velocidade das reações da fermentação alcoólica é maior que a 50 ºC.
IV – A temperatura ótima para a fermentação em Saccharomyces cerevisiae é 40 ºC.
V – O aumento do volume da massa é independente das condições de temperatura do meio.
5. Os recipientes utilizados na investigação foram cobertos com película transparente, na qual foram
efetuados pequenos furos para
(A) captação da água durante a fermentação.
(B) eliminação do dióxido de carbono, durante a fermentação.
(C) eliminação da água durante a fermentação.
(D) captação do dióxido de carbono, durante a fermentação.
7. No processo de fabrico do pão, a massa fica levedada em consequência da produção de ________, o que
provoca ________.
(A) etanol (...) o aumento do seu volume
(B) CO2 (...) a diminuição da sua densidade
(C) etanol (...) a diminuição da sua densidade
(D) CO2 (...) a diminuição do seu volume
8. Durante a glicólise, etapa da fermentação alcoólica, ocorre ________ da concentração de ácido pirúvico e
________ da concentração de enzimas hidrolíticas.
(A) diminuição (...) manutenção
(B) diminuição (...) diminuição
(C) aumento (...) manutenção
(D) aumento (...) diminuição
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9. Complete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço. A cada letra corresponde um só número.
As leveduras são seres vivos com a capacidade de (a) a glicose através de fermentação (b). A glicose é um
(c), podendo formar longas cadeias lineares de fibras longas de (d), que fazem parte da parede celular dos
fungos, onde exercem uma função (e)
10. Certas leveduras não possuem mitocôndrias. Possivelmente também não têm
(A) capacidade de produzir ATP através da cadeia respiratória.
(B) capacidade para produzir álcool.
(C) capacidade de transferir eletrões.
(D) enzimas ativadoras da glicose.
11. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos que
ocorreram nos recipientes utilizados na investigação apresentada, durante o tempo considerado.
A – Fosforilação da glicose.
B – Produção de etanol e CO2.
C – Hidrólise de polissacarídeos.
D – Redução de ácido pirúvico.
E – Formação de moléculas de ácido pirúvico.
12. Faça corresponder a cada um dos processos de obtenção de energia, que podem ocorrer nas células das
leveduras e que constam da coluna I, os números das etapas respetivas, expressos da coluna II.
Coluna I Coluna II
1 – Redução da molécula de piruvato com produção de etanol.
2 – O piruvato difunde-se para a mitocôndria e sofre oxidação.
3 – A molécula de glicose é oxidada, produzindo-se duas moléculas de
(a) Fermentação
piruvato e duas moléculas de NADH.
alcoólica
4 – Produção de duas moléculas de CO2 por cada molécula de glicose
(b) Respiração aeróbia
oxidada.
5 – O oxigénio é o aceitador final de eletrões.
6 – Ciclo que se inicia na ligação da acetil-coA a um composto com
quatro carbonos.
13. As células das leveduras podem multiplicar-se em condições aeróbias e em condições anaeróbias.
Preveja, justificando, o que acontecerá à taxa de reprodução de leveduras a crescer num meio aeróbio,
quando é retirado o oxigénio do meio.
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