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BANCO DE EXERCÍCIOS BioGeoFOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESSOR

Grupo XX

Para os primeiros estudos da estrutura interna da Terra contribuíram os grandes sismos, que permitiram
estabelecer, entre 1906 e 1936, um modelo base em camadas concêntricas – a crusta, o manto e o núcleo.

Mais tarde, as ondas sísmicas geradas por ensaios nucleares e pelas bombas atómicas permitiram definir
com mais precisão a estrutura do modelo, dado permitirem conhecer, com rigor, o foco e a quantidade de
energia libertada.

Por outro lado, o desenvolvimento de métodos de prospeção sísmica, no âmbito da atividade mineira,
petrolífera, hidrogeológica,..., proporcionou um conhecimento cada vez mais pormenorizado da estrutura da
crusta e do manto superior. Estes métodos baseiam-se na produção de sismos artificiais, cujas ondas são
detetadas por geofones.

Por si só, estes métodos não permitem o conhecimento da toda a estrutura interna da Terra, na medida
em que as ondas geradas artificialmente para a sua aplicação apenas permitem o estudo dos níveis
estruturais superficiais, dado serem ondas de baixa energia e, portanto, com baixa capacidade de
penetração no globo terrestre. Já os sismos naturais de grande magnitude produzem ondas com energia
suficiente para atravessar todo o planeta, o qual reage vibrando como um todo. A representação gráfica dos
tempos de trajeto das ondas sísmicas, às respetivas distâncias dos sismógrafos, designa-se curva tempo-
distância ou, abreviadamente, curva t-x (figura 1).
Fonte: GUIMARÃES, P., 2000, Estrutura Interna da Terra – contributos da sismologia

1. Um método direto para investigar a estrutura interna da geosfera é o estudo


(A) do paleomagnetismo dos fundos oceânicos.
(B) de rochas da litosfera.
(C) das anomalias gravimétricas na superfície geosférica.
(D) do comportamento das ondas sísmicas.

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2. As ondas sísmicas P geradas por grandes sismos naturais atravessam todo o planeta porque são
(A) de grande magnitude.
(B) elásticas.
(C) de elevada intensidade.
(D) longitudinais.

3. A 5150 km de profundidade, sensivelmente, as ondas sísmicas aumentam a sua velocidade de


propagação porque são transmitidas para um meio
(A) fluido.
(B) de maior densidade.
(C) com maior temperatura.
(D) sólido.

4. Selecione a única alternativa que classifica corretamente as afirmações 1, 2 e 3, relativas à estrutura


interna da geosfera.
I. O limite entre a litosfera e a astenosfera é assinalado pela descontinuidade de Mohorovicic.
II. A zona de sombra é uma faixa da superfície terrestre onde não se propagam ondas sísmicas
internas.
III. Uma das zonas de baixa velocidade das ondas sísmicas internas situa-se no manto superior.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) I e II são falsas; III é verdadeira.
(C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) I é falsa; II e III são verdadeiras.

5. Faça corresponder V (afirmação verdadeira) ou F (afirmação falsa) a cada uma das letras das
afirmações que se seguem, relativas à estrutura interna da geosfera.
(A) A pressão aumenta com a profundidade gerando um gradiente geobárico.
(B) A astenosfera – zona de baixa velocidade sísmica – localiza-se no manto inferior.
(C) A velocidade de propagação das ondas sísmicas diminui em profundidade função do aumento da
densidade.
(D) O estudo da composição de alguns meteoritos apoia a hipótese de uma composição ferroniquélica
para o núcleo.
(E) A propagação das ondas sísmicas internas atinge a sua velocidade máxima no manto.
(F) A litosfera é a camada da geosfera constituída pela crusta e pelo manto superior.
(G) A velocidade de propagação das ondas sísmicas superficiais, a partir do foco sísmico, é
sensivelmente constante.
(H) A análise comparativa da densidade média do planeta e da crusta indicia a existência, no interior
da geosfera, de materiais muito densos.

6. Com base nos dados da curva t-x da figura 1, explique a ausência de atividade sísmica expressiva na
zona de sombra.

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