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Índice

1. Introdução. .......................................................................................................................... 1
2. Metodologia do trabalho. .................................................................................................... 1
3. Objetivos. ............................................................................................................................ 1
3.1. Objetivos gerais. .......................................................................................................... 1
3.2. Objectivos específicos. ................................................................................................ 1
4. Patologias em estruturas de concreto (Desplacamento, lixiviação, corrosão das
armaduras). ............................................................................................................................. 2
4.1 Desplacamento do concreto. ......................................................................................... 2
4.1.1. Possíveis causas do desplacamento. ..................................................................... 3
4.1.2. Possíveis soluções do desplacamento ................................................................... 4
4.2 Lixiviação do concreto. ................................................................................................ 5
4.2.1 Possíveis causas da lixiviação do concreto............................................................ 5
4.2.2. Possíveis soluções da lixiviação do concreto. ...................................................... 6
4.3. Corrosão de armaduras ................................................................................................ 7
4.3.1. Possíveis causas da corrosão da armadura. .......................................................... 7
4.3.2. Possíveis soluções da corrosão de armaduras....................................................... 9
5. Conclusão. ........................................................................................................................ 10
6. Bibliografia. ...................................................................................................................... 11

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1. Introdução.
No presente trabalho iremos abordar o tema de patologias em estruturas de concreto, que são
manifestações que ocorrem ao longo da vida útil de um empreendimento capaz de
comprometer o seu desempenho e funcionalidade. Onde se fez um levantamento de evidencia
in-situ, na vila do Dondo, no bairro central, num edifício predial de 4 pisos e 8 flats,
proprietário S/N. O concreto armado é a solução estrutural mais empregada nas construções
moçambicanas e em grande parcela das edificações dos principais países do mundo, onde por
sua vez realça que Patologia é a ciência que estuda a origem, os mecanismos, os sintomas e
a natureza das doenças. O termo provém das palavras gregas pathos (sofrimento, doença) e
logia (ciência, estudo), cujo significado é “estudo das doenças”.

2. Metodologia do trabalho.
A metodologia do trabalho consiste em uma pesquisa mista, envolvendo uma pesquisa
empírica e uma pesquisa qualitativa, onde fizemos o levantamento de dados no campo.

3. Objetivos.
3.1. Objetivos gerais.
Este trabalho tem como principal objetivo levantar e mapear as patologias presentes no
edifício analisado, através de inspeção visual, para que em seguida sejam averiguadas as
causas e soluções. Pretende-se analisar problemas como, desplacamento do concreto,
lixiviação, corrosão de armaduras.

3.2. Objectivos específicos.


1. Reconhecer e compreender possíveis patologias no edifico;
2. A partir das visitas e registros fotográficos, catalogar as anomalias encontradas
nas estruturas, identificar suas origens e possíveis desdobramentos;
3. Propor possíveis soluções para resolver as patologias no edifício;

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4. Patologias em estruturas de concreto (Desplacamento, lixiviação,
corrosão das armaduras).
As estruturas de concreto são consideradas comprometidas quando apresentam
manifestações patológicas com potencial de afetar a sua durabilidade e o seu desempenho. É
o caso da desagregação ou desplacamento, lixiviação, corrosão das armaduras, quando ocorre
a diminuição do ph (presença de acides) do concreto e consequente despassivação da
armadura. Os problemas patológicos estão presentes na maioria das estruturas, seja com
maior ou menor intensidade, variando o período de aparição e/ou a forma de manifestação.

4.1 Desplacamento do concreto.


O sistema de concreto armado é muito comum na composição estrutural de condomínios e a
humidade é a inimiga número um desses elementos. Se você tem uma infiltração, a agua pode
entrar em contato com o ferro e oxidar toda estrutura, com essa oxidação do ferro que
aumenta o tamanho e empurra uma parte do concreto.

Fig.1. Desplacamento de concreto junto a arresta da consola.-fonte: Isildo’s DESKTOP-


2023.

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4.1.1. Possíveis causas do desplacamento.
É importante ressaltar que essas são apenas algumas das causas comuns do desplacamento
em concreto armado. Cada caso pode apresentar particularidades e é necessário realizar uma
análise específica para determinar as causas exatas e as soluções adequadas.

Da análise realizada concluímos:

 Má execução da concretagem: A forma como o concreto é colocado e compactado


durante a concretagem pode afetar a aderência entre o concreto e a armadura. Se a
mistura do concreto não for bem dosada, se houver excesso de água ou se a vibração
não for adequada, podem ocorrer vazios e segregação, levando ao desplacamento.
 Falta de aderência entre concreto e armadura: A aderência entre o concreto e a
armadura é essencial para a transferência de tensões entre os materiais. Se houver
contaminação na superfície da armadura, como ferrugem, óleo ou sujeira, a aderência
será comprometida, o que pode resultar em desplacamento.
 Presença de agentes desmoldantes: Os agentes desmoldantes são usados para
facilitar a remoção das formas após a cura do concreto. No entanto, se esses agentes
não forem aplicados corretamente ou se houver excesso deles na superfície da forma,
podem afetar negativamente a aderência entre o concreto e a armadura.
 Cobrimento inadequado da armadura: O cobrimento insuficiente ou irregular da
armadura pode deixá-la exposta a fatores prejudiciais, como a corrosão. Isso pode
levar à formação de oxidação e, consequentemente, ao desplacamento do concreto.
 Variações de temperatura e umidade: Mudanças extremas de temperatura e
umidade podem causar expansão e contração térmica no concreto e na armadura,
levando ao desplacamento. Esse problema pode ser agravado se não forem tomadas
medidas adequadas de dilatação e contração controladas durante o projeto e execução
da estrutura.
 Erros de projeto estrutural: Um projeto estrutural deficiente, que não leva em
consideração as cargas, as dimensões adequadas das peças estruturais ou os detalhes
construtivos necessários, pode contribuir para o desplacamento em concreto armado.

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 Sobrecargas: a atuação de sobrecargas, previstas ou não em projetos pode produzir
fissuras nos elementos estruturais e de vedação. Elas ocorrem pelo carregamento
excessivo de compressão, causando assim o desplacamento.
 Infiltração de aguas pluviais na estrutura por falta de impermeabilização;

4.1.2. Possíveis soluções do desplacamento.


Para evitar o desplacamento, é importante tomar algumas medidas durante a execução do
concreto armado:

Para-se evitar diversas manifestações patológica referente a infiltração deve se recuperar a


laje através da aplicação de uma manta liquida sistemática branca (Impermeabilização).

 Preparação adequada da superfície: Certifique-se de que as formas estejam limpas


e livres de qualquer material que possa prejudicar a aderência, como sujeira, óleo ou
desmoldantes. A superfície da forma deve ser tratada com produtos desmoldantes
adequados, se necessário.
 Mistura e colocação do concreto: A mistura do concreto deve ser bem dosada e
homogênea, com a quantidade correta de água, cimento, areia e brita. Durante a
colocação do concreto, é importante vibrar adequadamente a mistura para garantir a
aderência entre o concreto e a armadura, evitando vazios e segregação.
 Cobrimento adequado da armadura: O cobrimento é a camada de concreto que
envolve as barras de aço. Ele deve ser respeitado de acordo com as normas técnicas
e projetos estruturais, garantindo a proteção adequada da armadura contra a corrosão
e proporcionando aderência suficiente.
 Cura adequada do concreto: Após a concretagem, é fundamental garantir a cura
adequada do concreto para evitar a perda de umidade e garantir o desenvolvimento
de resistência. A cura pode ser feita por meio de métodos como a aplicação de água,
utilização de produtos químicos de cura ou o uso de membranas.
 Para se evitar diversas manifestações patológica referente a infiltração deve se
recuperar a laje através da aplicação de uma manta liquida sistemática branca
(Impermeabilização);
 Primeiramente devem ser sanadas outras patologias causadoras, como umidade,
vazamentos, etc. Em seguida deve-se limpar bem a superfície afetada, removendo-se

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sujeiras, pulverulências, substâncias oxidas, substânciaas enferrujadas. Verificar
áreas com som oco, para que se tomem as devidas providencias.

4.2 Lixiviação do concreto.


Lixiviação é um processo patológico que ocorre nas estruturas de concreto, devido à
infiltração de água, que dissolve e transporta cristais de hidróxidos de cálcio e magnésio,
podendo formar depósitos de sais conhecido como eflorescência. Sendo que estas podem se
manifestar nas superfícies de concretos.

4.2.1 Possíveis causas da lixiviação do concreto.


A lixiviação do concreto pode ocorrer em qualquer tipo de peça de concreto, seja nas recém
executadas ou naquelas com vida útil avançada. A principal causa do surgimento deste
problema é a utilização de cimentos mais puros sem nenhum tipo de adição;

O potencial hidrogeniônico (PH) do concreto é diminuído, dando lugar à decomposição de


outros hidratos, aumentando sua porosidade e facilitando a desintegração (SOUZA
&RIPPER, 1998). Então, surgem como resultado da lixiviação as formações do tipo
estalactites e estalagmites;

Conforme Helene (2003), o processo de lixiviação se dá por ação de águas puras, carbônicas
agressivas e ácidas que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta de cimento.
A sintomatologia básica é uma superfície arenosa ou com agregados expostos sem a pasta
superficial, com eflorescências de carbonato, com elevada retenção de fuligem e com risco
de desenvolvimento de fungos e bactérias. Como consequência observa-se também uma
redução do pH do extrato aquoso dos poros superficiais do concreto do componente estrutural
com risco de despassivação da armadura.

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Fig.2.Estalacites em concreto. Fig.3.Estalagmite em laje.

Nota: Estalacites- concreção calcaria suspensa produzida pela infiltração lenta das águas.

Estalagmite-concreção calcaria mamilosa formada nas cavidades subterrâneas pela queda


lenta das águas.

4.2.2. Possíveis soluções da lixiviação do concreto.


Com este estudo foi possível analisar e verificar possíveis formas de tratamento para se evitar
possíveis danos às estruturas devido ao surgimento destas manifestações patológicas
(estalactites e estalagmites), tais como:

 Corrigir eventuais entradas de água;


 Remoção dos sais existentes na superfície, por recurso a uma escova;
 Se necessário, proceder à aplicação de uma pintura impermeabilizante;
 Garantir arejamento/ventilação dos espaços interiores afetados;

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4.3. Corrosão de armaduras.
A corrosão das armaduras do concreto é outra patologia que precisa ser citada, um fenómeno
que só acontece quando as condições de proteção proporcionadas pelo cobrimento desse
concreto são insuficientes. Corrosão é a interação destrutiva de um material com o ambiente,
seja por reação química, ou eletroquímica, que ocorre em meio aquoso. O aço encontra-se
num meio alcalino, o concreto, onde deve estar protegido de processos corrosivos. Contudo,
eventualmente, acontece do gás carbónico daí o nome – penetrar nos poros do concreto e,
com a humidade encontrada, formar um tipo de acidez que ataca a estrutura metálica.

Os efeitos da corrosão na armadura são prejudiciais para a estrutura, pois o aço corroído se
expande, exercendo pressão sobre o concreto e causando fissuras, desplacamentos e perda de
capacidade estrutural.

Fig.4. Corrosão de armadura na laje.

4.3.1. Possíveis causas da corrosão da armadura.


A corrosão na armadura é uma das principais preocupações em estruturas de concreto
armado. A corrosão ocorre quando a armadura de aço fica exposta a um ambiente agressivo,
geralmente devido à penetração de agentes corrosivos, como a água e o oxigênio.

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As principais causas da corrosão na armadura que diagnosticamos no edifício podem ser:

 Cobrimento inadequado: Se o cobrimento do concreto em torno da armadura for


insuficiente, não fornecer proteção adequada ou não atender aos requisitos
especificados no projeto, a armadura ficará mais suscetível à corrosão.
 Carbonatação do concreto: A carbonatação ocorre quando o dióxido de carbono do
ar penetra na estrutura de concreto e reage com o hidróxido de cálcio presente no
concreto, reduzindo o pH. Isso diminui a alcalinidade do concreto, neutralizando a
passivação da armadura e tornando-a mais propensa à corrosão.
 Ingresso de cloretos: Os cloretos são íons presentes em ambientes agressivos, como
o mar ou em regiões onde se utilizam sais para combater o gelo nas estradas. Se eles
penetrarem no concreto e alcançarem a armadura, podem romper a camada de óxido
protetora da armadura e iniciar a corrosão.
 Defeitos construtivos: Falhas na execução do concreto armado, como fissuras,
trincas, porosidade excessiva ou presença de vazios, podem permitir a penetração de
água e agentes corrosivos até a armadura, favorecendo a corrosão.
 Pode acontecer de as peças da armadura terem sido colocadas muito próximas da
superfície da estrutura e não terem sido cobertas o suficiente pelo concreto. Assim,
tornam-se expostas à corrosão.
 As patologias na construção se originaram em uma das três fases (ou combinação
delas): projeto, execução e manutenção. Sem o planejamento adequado muitas
decisões acabam sendo tomadas durante a obra ou são completamente ignorada,
prejudicando a qualidade da edificação.
 O usuário, na maioria das vezes, vai optar por escolher os materiais e soluções mais
baratas para economizar na obra, cabendo então ao projetista definir as características
mínimas dos insumos, materiais e serviços, baseado em critérios técnicos.

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4.3.2. Possíveis soluções da corrosão de armaduras.
Para prevenir ou controlar a corrosão na armadura, são adotadas as seguintes medidas:

 Cobrimento adequado da armadura: O concreto que envolve a armadura deve


atender às especificações do projeto em termos de cobrimento, garantindo a proteção
necessária contra a penetração de agentes corrosivos;
 Utilização de concreto com baixa permeabilidade: A utilização de concretos com
baixa permeabilidade reduz a penetração de água e agentes corrosivos, minimizando
o risco de corrosão na armadura. Preparar um betão bem misturado e vibrar para reduz
os porros;
 Uso de aditivos e adições: A adição de aditivos e adições no concreto pode melhorar
suas propriedades de durabilidade, aumentando sua resistência à penetração de
agentes corrosivos. Usar escova de aço em armaduras recuperáveis e impermeabilizá-
las e betonar novamente, sem esquecer de impermeabilizar a parte externa apos a cura
correta do betão;
 Tratamento adequado das superfícies de armadura: A limpeza e o tratamento das
superfícies de armadura antes da concretagem ajudam a remover contaminantes que
possam prejudicar a aderência e a resistência à corrosão;
 Monitoramento e manutenção periódica: É importante realizar inspeções
periódicas para detetar precocemente sinais de corrosão na armadura. Se necessário,
medidas de manutenção e reparo devemUtilizar materiais de boa qualidade;
 Fazer acabamento de qualidade como o uso tintas com alta resistência aos raios
ultravioleta;

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5. Conclusão.
Para concluirmos o presente trabalho de investigação in-situ no edifício predial,
encontramos algumas patologias nas estruturas de concreto, onde fizemos a análise e a coleta
de amostras. E concluímos que, as patologias nas construções podem se originar em uma das
três fases (ou combinação delas): projeto, execução e manutenção. Sem o planejamento
adequado muitas decisões acabam sendo tomadas durante a obra ou são completamente
ignorada, prejudicando a qualidade da edificação.

As patologias podem definir mau aspecto visual, quando constituídas por anomalias
superficiais. Ademais, também podem representar elevado grau de insegurança aos utentes,
tratando-se de patologias que estão afetando gravemente a estabilidade, estica e que poderá
comprometer a vida útil o edifício predial.

Acreditava-se, antigamente, que o concreto armado era um material eterno, uma vez que
apresentava um ótimo comportamento perante o uso e a exposição ao ambiente. Hoje, sabe-
se que não é assim. Com o incremento de sua aplicação sobre diversos ambientes e/ou
solicitações mecânicas, observou-se que, em certos momentos e sob certas condições
específicas, alguns dos componentes que constituem o concreto armado passaram a
apresentar mecanismos de deterioração típicos, promovendo uma redução parcial ou total de
funcionalidade das peças e acarretando custos de reparo ou manutenção.

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6. Bibliografia.
SOUZA, Vicente Custódio de; RIPPER, Thomaz. Patologia, recuperação e reforço de
estruturas de concreto. 1ª edição, 5ª tiragem. São Paulo, Pini, 2009.

ARAÚJO, A. et al., Monitoramento da corrosão em estruturas de concreto: sensor de


umidade, de taxa de corrosão e de fibra óptica. São Paulo: Téchne 195, p.62-72 2013.

BOTELHO, M. H. C.; MARCHETTI, O. Concreto armado eu te amo. Vol 1. 7. ed. São


Paulo: Edgar Blucher, 2013. 525 p.

COSTA, Naiara G., MAIA, David Alan S., BARBOSA, Anderson H. Identificação de
patologias em reservatórios de concreto armado em Juazeiro/BA. CONPAR, 2017. CARMO,
P. I. O. Gerenciamento de edificações: proposta de metodologia para o estabelecimento de
um sistema de manutenção de estruturas de concreto armado. 2000. Dissertação (Mestrado
em Patologia das Construções) – Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal de Santa
Maria.

HELENE, Paulo. A nova NB 1/2003 (nbr 6118) e a vida útil das estruturas de concreto.
IBRACON, São Paulo, 2003.

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