LAUDO DE PATOLOGIAS CONDOMÍNIO SUNHOUSE

25/11/2021

Rodovia Manoel Hipolito do Rego, 1818, sala 12, Camburi – São Sebastião 12-982675917 E-mail:
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Sumário
Introdução:.................................................................................................................................................... 3
PATOLOGIAS: ................................................................................................................................................ 4
Metodologia de estudo ................................................................................................................................. 6
Relatório fotográfico: .................................................................................................................................... 7
Conclusão: ................................................................................................................................................... 21
Bibliografia: ................................................................................................................................................. 21

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Introdução:
A ocorrência de patologias na construção civil tem se mostrado um desafio tanto para os
compradores quanto para os executores que por diversas vezes tendem a realizar obras cada
vez mais rápidas para gerar menos custos em mão de obra e agilizar o comercio da edificação
com alugueis e vendas.
Quando se contrata um profissional especializado em executar construções o mesmo tem de a
reduzir as patologias aplicando seus conhecimentos de física e química reforçando o
entendimento de que é de suma importância a contratação de tais profissionais.
Segundo Helene (1997), 40% dos problemas patológicos ocorrem na etapa de projeto, 28% na
etapa de execução, 10% no uso e 4% no planejamento da construção.
Inúmeras patologias podem ser evitadas nas fases de elaboração e confecção das edificações
de concreto armado. O concreto armado requer certos cuidados na sua elaboração, visando
otimizar a sua vida útil e desempenho. A correta execução envolve estudo do traço, além da
dosagem, manuseio e cura adequados, a manutenção preventiva periódica e a proteção contra
agentes agressivos
Algumas das patologias que mais ocorrem nas estruturas de concreto armado sãos as trincas e
fissuras. As variabilidades dos parâmetros dessas não conformidades dificultam a identificação
de suas causas, o que exige análise por profissional especializado, que através de estudos pode
identificar suas causas. A existência de fissuras em estruturas de concreto armado é um
problema de grande importância, não somente de ponto de vista econômico, ao originar gastos
de recuperação e diminuir a vida útil das edificações, mas também por atingir o usuário sob o
ponto de vista de conforto, salubridade e satisfação psicológica dentro da habitação.
A patologia é a parte da engenharia que estuda os mecanismos, os sintomas e origens dos
defeitos das obras. Em alguns casos, é possível se fazer um diagnóstico apenas através da
visualização. Entretanto, em outros casos o problema é mais complexo, sendo necessário
verificar o projeto, investigar as cargas a que foi submetida à estrutura, analisar
detalhadamente a forma como foi executada a obra e, inclusive, como esta patologia reage
diante de determinados estímulos. Dessa forma, é possível identificar a causa destes
problemas, corrigindo-os para não se manifestarem novamente.

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 Figura 01

Anomalia Abertura (mm)

Fissura Até 0,5
Trinca de 0,5 até 1,5
Rachadura 1,5 a 5,0
Fenda 5,0 a 10,0
Brecha Acima de 10,0

Na figura 01, podemos visualizar a diferença das patologias mais comuns encontradas nas
edificações, sendo elas fissuras, que se encontram entre 0 milimetros a 0,5 milimetros, trincas
que se encontram de 0,5 milimetros até 1,5 milimetros, rachaduras de 1,5 milimetros até 5,0
milimetros, fendas de 5,0 a 10,00 milimetros e brechas que englobam todas as patologias acima
de 10 milimetros.

PATOLOGIAS:
Patologias geradas por movimentação térmica:
Grande parte dos materiais da construção civil tendem a responder com a variação de
temperatura, ou seja, conforme a mudança de temperatura o material pode dilatar ou retrair o
que pode gerar tais patologias. Dessa forma, lajes de cobertura e paredes externas estão
sujeitos ao aquecimento durante o dia e se resfriam de noite, provocando assim a dilatação e a
contração. A amplitude da movimentação depende das propriedades físicas dos materiais e da
variação da temperatura.
Fissuras Geradas por Movimentações higroscópicas De acordo com Thomaz (1989, p. 33):
Esse tipo de fissura é um pouco diferente da retração hidráulica, que ocorre durante a cura.
Segundo Marcelli (2007), nesse caso, a mudança de umidade a que fica submetida a peça de
concreto gera uma variação dimensional por absorção ou perda higroscópica; essa alteração de
volume pode causar fissuras se houver vínculos que impeçam o elemento de se movimentar.
Nesses casos as fissuras poderão aparecer ao longo da peça ou junto aos vínculos. Thomaz
(1989), diz que a umidade pode ter acesso aos materiais de construção através de diversas vias:
1. Umidade resultante da produção dos componentes;
2. Umidade proveniente da execução da obra;

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3. Umidade do ar ou proveniente de fenômenos meteorológicos;
4. Umidade do solo.

Fissuras Geradas pela Atuação de Sobrecargas

Esse tipo de patologia pode ocorrer tanto quando não é realizado um tipo de estudo de
usabilidade da edificação a ser construída, ou seja, a não previsão de peso que será
descarregado nos itens de distribuição de carga como lajes, pilares, vigas e fundações se
fazendo de uma estrutura fraca para a demanda de peso da edificação, quanto uma erronia
redução de custos desses itens faz com que a edificação fique frágil e por fim gerando essas
patologias.

Fissuras Causadas por Recalques de Fundação

Thomaz (1989) denomina consolidação ao fenômeno de mudança de volume do solo por
percolação da água presente entre seus poros. Para os solos altamente permeáveis como as
areias, a consolidação e, portanto, os recalques acontecem em períodos de tempo
relativamente curtos após serem solicitados, já para os solos menos permeáveis, como as
argilas, a consolidação ocorre de maneira bastante lenta, ao longo de vários anos. Mesmo
camadas delgadas de argilas entre maciços rochosos estarão sujeitas a esse fenômeno. O que
se verificam nas pequenas obras são a falta de sondagem e a ausência de um engenheiro de
solos para definir a solução ideal. E no caso de ser especificado o uso de sapatas, ele irá
recomendar os cuidados necessários. Um dos grandes desafios para a mecânica dos solos é a
estimativa dos recalques absolutos que ocorrerão numa fundação. No caso das trincas o
interesse recai quase que invariavelmente nos recalques diferenciados, na falta de indicações
mais precisas, a tentativa de quantifica-los admitindo para o solo parâmetros elásticos com
valores aproximados, nessa circunstancia, supõe-se que os erros cometidos na previsão dos
recalques absolutos seriam aproximadamente os mesmos, podendo-se então ter uma ideia do
risco da ocorrência de recalques diferenciados na obra. 11 Alguns modelos de recalques:
Recalques de sapatas apoiadas em argilas;
Recalques de sapatas apoiadas em areia;
Recalques por adensamento de camadas profundas;
Recalques em tubulações;
Recalques em estacas.

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Fissuras Geradas pela Retração de Produtos à base de Cimento
Segundo Duarte (1998), a maior parcela de retração é causada pela perda d’água que não está
quimicamente associada no interior do concreto. Esta perda d’água provoca uma contração dos
elementos de concreto do prédio não acompanhada pelas paredes de alvenaria. Assim sendo,
paredes localizadas nos últimos andares dos prédios são as mais susceptíveis de serem
atingidas pela retração das lajes ou da estrutura de concreto porque a retração se associa com
movimentações causadas por variações de temperatura, causando assim fissuras. Através da
trabalhabilidade necessária, os concretos e argamassas normalmente são preparados com água
em excesso, o que vem acentuar a retração. Para Valle (2008), é importante distinguir as três
formas de retração que ocorrem num produto preparado com cimento:
1. Retração química: a reação química entre o cimento e a água se dá com redução de volume;
2. Retração de secagem: a quantidade excedente de água, empregada na preparação do
concreto ou argamassa, permanece livre no interior da massa, evaporando-se posteriormente.
3. Retração por carbonatação: a cal hidratada liberada nas reações de hidratação do cimento
reage com o gás carbônico presente no ar, formando carbonato de cálcio.
Para Thomaz (1989), na retração de vigas e pilares de concreto armado, as peças de uma
estrutura reticulada de concreto armado poderão ser solicitadas por elevadas tensões
provenientes da retração do concreto. Em estruturas aporticadas, a retração das vigas
superiores poderá induzir as fissurações horizontais mais extremos.

Metodologia de estudo
Nesse estudo iremos nos auxiliar de fotos para um melhor entendimento da ocorrência de
patologias citadas no condomínio SunHouse, localizado no bairro de Maresias, cidade de São
Sebastião. Para o estudo preliminar, utilizamos gesso da marca Sampaflex, de rápida secagem e
alta aderência.
Modo de preparo do gesso: Utilizar um recipiente limpo e protegido do sol, vento e chuva,
misturar aproximadamente 740mL de água (proporcionalmente a quantidade de gesso a ser
utilizada) gradativamente ao pó até obter uma consistência cremosa, firme e aderente, deixar o
material repousar por cerca de um minuto e com o auxilio de uma espátula, aplicar
transversalmente na trinca a ser estudada. O tempo de secagem é cerca de 15 minutos.
Este método foi aplicado no dia 25/11/2021 e será monitorado por volta de 30 dias, sendo
assim o próximo monitoramento para obtenção de dados será em torno do dia 25/11/2021,
podendo ter alteração desta data caso conveniência dos proprietários e executores do
relatório.

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Devido a problemas com as intempéries, algumas marcações foram danificadas e/ou perdidas,
portanto elas foram excluídas deste estudo.

Relatório fotográfico:

Figura 1

Na figura 01, mostramos o aumento na trinca registrada no dia 25/09/2021, que agora está a quase 4
milímetros.

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Figura 2

Na figura 02, podemos visualizar a imagem 06, registrada no dia 25/10/2021, onde a rachadura se
encontra com 2 milímetros.

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Figura 3

Na figura 03 podemos visualizar a figura 05 registrada no dia 25/09/2021, onde a rachadura se encontra
com 3 milímetros.

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Figura 4

Na figura 04 podemos visualizar a figura 06 registrada no dia 25/09/2021, onde a rachadura se encontra
com aproximadamente 2 milímetros.

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Figura 5

A figura 05 mostra o afastamento de cerca de 1 milímetro em referencia a imagem 04 registrada no dia

25/10/2021

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Figura 6

Na figura 06 podemos identificar a rachadura que faz referência a figura 5 registrada no dia 25/10/2021

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Figura 7

Na figura 07, mostramos o aumento na trinca registrada no dia 25/10/2021, que agora está com cerca
de 1 milímetro.

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Figura 8

Na figura 08, que foi registrada no dia 25/10/2021, identificamos uma fissura onde se localiza a imagem
01 do mesmo dia.

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Figura 9

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Figura 10

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Figura 11

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Figura 12

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Figura 13

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Figura 14

As figuras 09, 10, 11, 12, 13 e 14 representam as marcações que serão analisadas por volta do dia
25/12/2021.

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Conclusão:
Devido as intempéries e fatores externos não foi possível realizar a medição de todos os
pontos citados no relatório do dia 25/09/2021 e no dia 25/10/2021, contudo os resultados
obtidos neste relatório reforçam que existe uma patologia crescente das trincas, visto que
houve a movimentação do gesso aplicado tanto para a data do mês de Setembro quanto para o
mês de Outubro, sendo assim havendo um aumento no primeiro mês.
Os estudos continuarão com outros pontos de monitoramento datados agora do dia
25/11/2021 onde será coletados as informações no mês de Dezembro.

Bibliografia:
http://www.ibapepr.org.br/wp-content/uploads/cbpat2018-monitoramento-de-fissuras-e-trincas-
combinado-com-teste-de-carga-em-uma-residncia-unifamiliar-construida-sem-projetos-de-engenharia-
leonardo-covatti.pdf

https://multivix.edu.br/wp-content/uploads/2018/06/levantamento-e-analise-de-fissuras-em-
elementos-estruturais-de-concreto-armado-em-edificacoes-no-municipio-de-serra-es.pdf

WALTER ENGE Assinado de forma digital por

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GARDINI:43120627 GARDINI:43120627810
Dados: 2021.12.21 14:39:35
810 -03'00'
Assinatura do Resp.Técnico
NOME: WALTER ENGE GARDINI
CREA/CAU: 5069561990

Assinatura do Proprietário Assinatura do Resp.Técnico

NOME: SunHouse NOME: GUILHERME M.R.MATTOS
CPF/CNPJ: CREA/CAU: 5062960245

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