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RESUMO
ABSTRACT
Pathological manifestations in ceramic tile facades can occur due to a number of factors, such
as structural problems, installation failures, adverse weather conditions and lack of proper
maintenance.
INTRODUÇÃO
Alguns dos problemas mais comuns são o descolamento das placas cerâmicas, infiltrações
de água, trincas, eflorescência (depósito de sais minerais na superfície), manchas,
desbotamento e desgaste prematuro.
O descolamento das placas cerâmicas pode ocorrer devido a falhas na fixação, uso
inadequado de argamassa ou até mesmo movimentações estruturais do edifício. As
infiltrações de água podem surgir devido à falta de impermeabilização adequada ou
problemas na junta de dilatação entre as placas. Trincas podem ocorrer devido a tensões
estruturais, má execução da instalação ou expansão térmica. A eflorescência é causada
pela migração de sais minerais presentes na argamassa ou na própria cerâmica, formando
manchas brancas na superfície. O desbotamento e desgaste prematuro podem ser
resultado da exposição contínua aos raios solares, chuva ácida ou uso de produtos
químicos inadequados na limpeza.
TÓPICOS:
REFERENCIAL TEÓRICO:
Fachada com tijolos cerâmicos: Essa fachada utiliza tijolos cerâmicos como revestimento. Esses
tijolos são colocados em camadas, criando um visual tradicional e rústico. Essa opção é
bastante durável e proporciona um apelo estético clássico.
Fachada com cerâmica retangular: Nesse estilo, placas cerâmicas retangulares são aplicadas na
fachada, podendo ser colocadas na horizontal ou na vertical. O resultado é uma fachada com
um visual contemporâneo e limpo. É possível variar as cores e texturas das placas para criar
diferentes efeitos.
Fachada com cerâmica mosaico: Essa fachada utiliza pequenas peças cerâmicas que são
combinadas para formar um padrão ou uma imagem. Pode ser utilizado em murais ou detalhes
decorativos na fachada, criando um visual personalizado e artístico. Essa opção permite uma
ampla variedade de designs e possibilita a criação de fachadas únicas.
Fachada com cerâmica em relevo: Nesse caso, as placas cerâmicas possuem texturas ou
relevos que adicionam dimensão e interesse visual à fachada. Pode-se obter efeitos como
ondulações, padrões geométricos ou até mesmo imitação de materiais naturais, como pedra
ou madeira. Essa fachada proporciona um aspecto visualmente interessante e tátil.
Fachada com cerâmica em padrões geométricos: Esse estilo utiliza cerâmicas com formatos
geométricos, como triângulos, hexágonos ou losangos. Essas peças são aplicadas formando
padrões repetitivos, criando um visual moderno e arrojado. Essa opção oferece uma ampla
gama de possibilidades de design, permitindo criar fachadas únicas e contemporâneas.
● CONGÊNITAS: Originam-se na fase dos projetos, por conta de erros e/ou omissões de
profissionais e a falta do seguimento de Normas Técnicas. As principais avarias registradas nas
edificações são por conta dessas falhas.
● CONSTRUTIVAS: Como o próprio nome já diz, essa Patologia está relacionada à fase de
execução/construção da obra. Grande parte das anomalias nas edificações, segundo pesquisas
mundiais, ocorrem nessa fase por não haver mão de obra qualificada, ausência de
metodologias no assentamento e produtos não certificados.
● ADQUIRIDAS: Esse processo patológico pode ser adquirido devido à exposição no ambiente
em que se insere, levando em conta a vida útil dos revestimentos, decorrente da ação humana
ou agressividade do meio, manuseamento incorreto nos revestimentos, danificando suas
camadas.
● ACIDENTAIS: Tem sua caracterização ligada a algum fenômeno atípico, resultado de uma ação
incomum, e tem como exemplo as fortes chuvas e ventos, que possuem intensidade superior
ao normal, incêndio e recalque. Essa ação provoca alguns esforços imprevisíveis,
principalmente na camada base, sobre os rejuntes, podendo até afetar as peças e causando
movimentações, aumentando assim, o risco de desencadear processos patológicos.
– Manchamentos e sujidades
Segundo Oleari (2015) esse destacamento é causado pela perda de aderência entre os
elementos que compõem o revestimento cerâmico como a interface cerâmica com a colante e
entre o emboço e a argamassa. Para Campante e Sabbatini (2001) a maioria das manifestações
patológicas em revestimentos cerâmicos são causados por falta de compreensão das interfaces
dos seus componentes, no qual essa está relacionada a falta de conhecimento técnico de toda
cadeia produtiva, destacando as seguintes:
Preparo do substrato que constitui desde a limpeza, visto que o substrato deve estar isento de
qualquer tipo de material contaminante. Também deve-se verificar a textura do mesmo, de
modo que possa proporcionar uma melhor aderência no assentamento das placas cerâmicas e
a verificação da planicidade da superfície;
Execução da camada de acabamento que deve ser realizada somente quando o substrato
estiver bem curado. Recomenda-se um prazo mínimo de sete dias para revestimentos internos;
Assentamento das placas cerâmicas, nesta fase é essencial seguir o seguinte passo a passo das
atividades a desenvolver: Molhagem da base que deve ser realizada somente em condições de
Rejuntamento e execução das juntas: Deve-se utilizar espaçadores plásticos de modo que
possa manter uma uniformidade da espessura entre as placas cerâmicas. Recomenda-se ainda
que o rejuntamento seja iniciado somente após 72 horas do assentamento das placas
cerâmicas.
a base, sendo classificado em três tipos, conforme a sua aplicação: - Chapisco lançado com
colher: sendo composto pela mistura de argamassa cimentícia + areia + água. Pode ser aplicado
em estrutura e alvenaria. - Chapisco desempenhado: sendo de argamassa industrializada, com
sua aplicação através de desempenadeira dentada sobre a superfície do concreto. - Chapisco
rolado: sendo composto pela mistura de argamassa cimentícia + areia + água + aditivos
adesivos, com sua forma de aplicação com rolo sobre a alvenaria ou estrutura de concreto.
EMBOÇO: Emboço terceira camada que compõem a fachada, e um dos mais importantes,
necessita de cura mínima 14 dias para a colocação do revestimento conforme NBR 13755:2017.
Argamassa utilizada em emboço, conforme Ambrozewicz (2012), é a argamassa mista,
composta por cimento Portland, cal e areia. A camada de emboço tem que atender a
resistência superficial conforme a classificação da NBR 13755:2017.
TELA DE REFORÇO: Mas quando se ultrapassa a espessura desejada do emboço há a
necessidade de utilização de tela galvanizada, conforme descreve a NBR 13755:2017. Elas são
usadas para suportar cargas e para debilitar as fissuras, assim garantindo maior resistência ao
peso próprio do revestimento. Essas telas têm que ter o diâmetro mínimo de fio 1,24mm (BWG
18) e a abertura da malha não podendo ser inferior a 25mm.
ARGAMASSA COLANTE: Conforme NBR 14081-1:2015, argamassa colante industrial no estado
seco, é composta por cimento Portland, agregados minerais e aditivos químicos, que quando
misturado com água, forma uma pasta gelatinosa, plástica e aderente, empregado no
assentamento de placas cerâmicas para revestimento de fachada (Oliveira, 2020). 8 A
argamassa colante mais utilizada no assentamento de revestimento cerâmico é AC-III, segundo
a norma NBR 14081:2012. Para o preparo desta argamassa colante é necessário seguir
rigorosamente o preparo descrito na sua própria embalagem. Outra observação importante, é
que sempre se deve umedecer a base antes da aplicação da argamassa, para evitar a má
aderência da cola no emboço e sempre a superfície deve estar limpa, livre de pó.
REVESTIMENTO CERÂMICO: Os revestimentos cerâmicos podem ser classificados segundo
especificações normativas, ou regras de mercado, de acordo com suas características estéticas
e/ou técnicas (OLIVEIRA, 2020). NBR 13816:1997 classifica e cataloga os revestimentos
cerâmicos conforme a sua absorção d'água. Esta especificação deve estar na caixa do produto.
NBR 13755:2017 (Revestimentos cerâmicos de fachadas e paredes externas com utilização de
argamassa colante - Projeto, execução, inspeção e aceitação - Procedimento) as placas
cerâmicas devem apresentar absorção máxima de 6%.
JUNTAS E REJUNTES: As juntas nas fachadas são de suma importância, pois elas têm o papel de
interromper a continuidade da cerâmica, dando assim um alívio, evitando possíveis
destacamentos da cerâmica. Sendo assim, há a necessidade da previsão delas no projeto de
fachada. Temos diversos tipos de juntas, porém iremos citar aqui somente as mais importantes.
JUNTA DE MOVIMENTO: Segundo NBR 13755:2017 é o espaço cuja função é subdividir o
revestimento, para aliviar as tensões provocadas pela movimentação da base ou próprio
revestimento.
JUNTA DE DESSOLIDARAÇÃO: Elas são necessárias na separação do revestimento em diferentes
partes do sistema, aliviando suas tensões. A norma estabelece o uso desta junta em cantos
verticais, nas mudanças de direções dos panos da fachada, no encontro de áreas revestidas
com pisos e forros, vigas, ou outros tipos de revestimentos, ou quando houver mudança de
materiais que compõem a estrutura-suporte de concreto para alvenaria.
JUNTAS DE ASSENTAMENTO: Segundo NBR 13755 admite-se esta junta como o espaço regular
entre duas peças cerâmicas. E é, nessas juntas, que são aplicados às argamassas de rejunte
com espessura conforme a recomendação do fabricante. Conforme citado por Junginger e
Medeiros (2003), o rejunte deve ser capaz de suportar esforços provenientes da movimentação
de placas cerâmicas e da base, proporcionando um alívio para acúmulo natural das tensões
sobre o revestimento cerâmico ao longo de sua vida útil da edificação.
Análise de resultados:
Após a análise dos documentos contidos através das pesquisas e as informações coletadas
durante a vistoria, constatamos que o revestimento na fachada externa frontal, é uma
patologia que está relacionada à fase de execução/construção da obra. Este tipo de anomalia
em edificações, segundo pesquisas mundiais – como a citada por Campante e Sabbatini (2001):
“a maioria das manifestações patológicas em revestimentos cerâmicos são causados por falta
de compreensão das interfaces dos seus componentes, no qual essa está relacionada a falta de
conhecimento técnico de toda cadeia produtiva, destacando as seguintes:
Mão de obra desqualificada e sem treinamento necessário;
Por ser fachada externa, devido à exposição ao tempo e levando em conta a vida útil dos
revestimentos, a ausência de etapas importantes na execução da obra, como por exemplo a
falta de junta de dilatação, argamassa na pastilha e no emboço – exemplificadas por Lima
(2003): “o sistema de revestimento cerâmico é composto pela relação entre a placa cerâmica,
argamassa de assentamento e rejunte, sendo a camada anterior composta de base, chapisco e
impermeabilizante. Dessa forma, o sistema é constituído por várias camadas e materiais que
têm comportamentos diferentes. Logo, é de suma importância a especificação correta dos
materiais, assim como é fundamental cumprir todas as etapas e técnicas de execução, a fim de
que possam obter um bom resultado na obra.” – trazem como consequência o destacamento
dessas pastilhas no revestimento.
(MELLO, 2014) “O desempenho das telhas cerâmicas é tão importante para as edificações que
é uma das etapas que deve ser cuidadosamente planejada desde a fundação da empresa.” É
para dar ao trabalho acabado uma qualidade estética. Conclui-se que toda a fachada terá de
ser refeita para sanar a doença em causa em resultado da execução da obra em caso de avaria,
ou seja, o proprietário terá de realizar trabalhos de manutenção para corrigir o problema e
concluir. Falhas na fase de construção O tipo overlay pode ser mantido ou substituído por outro
material mais adequado ao clima. São analisados os fatores patológicos, pelo que todos estes
serviços melhoram a eficiência e longevidade da fachada exterior verificam erros de execução,
devolvem o bem ao seu estado original, e eliminar a causa do problema.
Considerações Finais:
Durante o estudo dessas manifestações, foi possível observar que a má instalação, problemas
estruturais, exposição a condições climáticas adversas e falta de manutenção adequada são
fatores frequentemente associados ao surgimento de patologias em fachadas de revestimento
cerâmico. Além disso, o conhecimento sobre os materiais utilizados, as técnicas de instalação
adequadas e o uso de produtos de qualidade desempenham um papel fundamental na
prevenção dessas manifestações. Para lidar com essas patologias, é importante adotar
abordagens multidisciplinares e contar com a orientação de profissionais especializados, como
É crucial que as intervenções sejam baseadas em uma avaliação precisa das manifestações
patológicas, considerando as especificidades de cada caso. Além disso, a conscientização sobre
a importância da manutenção preventiva e da inspeção regular das fachadas de revestimento
cerâmico é fundamental para evitar problemas futuros e garantir a preservação a longo prazo
desses elementos construtivos.