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FACULDADE LUCIANO FEIJÃO

BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

RÔMULO MATHEUS DE ARAÚJO SATURNINO

CIÊNCIA DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL I

SOBRAL-CE
2022
RÔMULO MATHEUS DE ARAÚJO SATURNINO

CIÊNCIA DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL I

Trabalho de graduação apresentado a


faculdade Luciano feijão, como parte
dos requisitos para obtenção do título
de bacharel em engenharia civil.

Orientador: Prof. Kelson Melo

SOBRAL-CE
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO(ESTUDO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS EM


REVESTIMENTOS E PISOS NO USO DA CERÂMICA) ............................................ 3
2 SISTEMA DE CAMADAS DO REVESTIMENTO CERAMICO .............................. 4
2.1 Camada de fixação ........................................................................................ 4
2.2 Placas cerâmicas ........................................................................................... 4
2.3 Juntas ................................................................................................................ 5
2.3.1 Juntas de assentamento ................................................................................. 5
2.3.2 Juntas de movimentação ................................................................................ 5
2.3.3 Juntas estruturais ............................................................................................ 5
3 PATOLOGIAS ....................................................................................................... 6
3.1 Fissuras.............................................................................................................. 6
3.2 Gretamento ........................................................................................................ 6
3.3 Deslocamento .................................................................................................... 7
3.4 Manchas............................................................................................................. 7
3.5 Deterioração das juntas ..................................................................................... 7
4 considerações finais ............................................................................................. 8
5 TEMA 02 (ANÁLISE DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS DETECTADAS APÓS A
APLICAÇÃO DAS TINTAS NOS MATERIAIS E AMBIENTES DA CONSTRUÇÃO
CIVIL) .......................................................................................................................... 9
6 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 9
7 CLASSIFICAÇÕES DE TINTAS ......................................................................... 10
7.1 Tintas à base de óleo ................................................................................... 10
7.2 Tintas à base de água ...................................................................................... 10
8 PATOLOGIAS ..................................................................................................... 11
9 CAUSAS ............................................................................................................. 12
10 AS PATOLOGIAS NAS PINTURAS ................................................................ 14
10.1 Eflorescência.................................................................................................. 14
10.2 Mofo ............................................................................................................... 15
10.3 Bolhas ............................................................................................................ 15
10.4 Desbotamento ................................................................................................ 16
10.5 Descamação .................................................................................................. 16
10.6 Enrugamento.................................................................................................. 16
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 17
12 TEMA 03 (APLICAÇÃO DE FIBRA DE VIDRO EM PRODUTOS E
PROCESSOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL) ................................................................ 18
13 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 18
14 ORIGEM .......................................................................................................... 19
15 FABRICAÇÃO ................................................................................................. 20
16 FIBRA DE VIDRO NA ENGENHARIA CIVIL ................................................... 20
16.1 Atualmente ..................................................................................................... 20
16.1.1 Vergalhões .................................................................................................. 21
16.1.2 Calhas ......................................................................................................... 21
16.1.3 Telas ........................................................................................................... 21
17 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 22
18 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................ 23
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1 INTRODUÇÃO (ESTUDO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS EM


REVESTIMENTO E PISOS NO USO DA CERÂMICA)

No âmbito da construção civil, o revestimento de pisos e paredes com materiais


cerâmicos é uma prática bastante usual devido as características e propriedades
desses materiais, que entre elas podem ser listadas sua resistência a combustão,
água e gases, durabilidade e, não menos importante, sua estética agradável. Porém
ser um material tão comum na utilização não é um indício de um material perfeito,
esses materiais cerâmicos ainda sofrem de um grande mal, as patologias.

Segundo Granato (2015) patologia é a ciência que estuda a origem, sintomas


e natureza de doenças. No caso dos revestimentos cerâmicos, é o estudo das
anomalias relacionadas ao aparecimento de defeitos e degradações no sistema de
revestimento cerâmico que o impedem de realizar suas funções, como a de
regularizar, revestir e proteger a alvenaria ou a superfície onde está alocada. Essas
patologias se dividem em vários defeitos, como destacamentos, trincas, fissuras,
gretamentos e eflorescências.

Essas patologias têm um tempo de aparecimento que varia


consideravelmente, podendo demorar anos para acontecer os primeiros indícios até
o surgimento em obras recém entregues. Os motivos que para o acontecimento
dessas patologias também é igualmente variável, já que o sistema de revestimento
cerâmico é composto de várias etapas, erros em etapas diferentes podem acarretar
patologias diferentes, mas geralmente está sempre associado a descuidos no
planejamento de instalação, mão de obra ou então a qualidade dos materiais
empregados.

Para a resolução desse problema existem várias abordagens diferentes, que


dependem das patologias enfrentadas e sua gravidade, essas são as técnicas de
reabilitação dos materiais cerâmicos, que acarretam custos não previstos inicialmente
a obra. Para contornar esse problema, foi necessário o estudo aprofundado das
patologias para desenvolver técnicas que impeçam o surgimento dessas patologias,
conhecidas como técnicas de prevenção.
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2 SISTEMA DE CAMADAS DO REVESTIMENTO CERAMICO

O revestimento cerâmico pode considerado como um material composto


principalmente por argilas e outras matérias primas inorgânicas que são queimadas
em altas temperaturas. Essa é a definição dada ao revestimento cerâmico em si, que
é uma parte de todo o processo conhecido como sistema de revestimento cerâmico.
Esse sistema é composto de várias camadas, desde a parte mais externa com a
própria cerâmica e as juntas, passando pela camada de fixação e substrato até chegar
à parte mais interna, onde fica a base e a preparação da base

Dentre as camadas do sistema de revestimento cerâmico, é essencial


apresentar e dissertar sobre as camadas mais afetadas pelas patologias, as placas
cerâmicas, a camada de fixação e as juntas.

2.1 Camada de fixação

A principal função da camada de fixação no sistema é conferir aderência entre


as placas cerâmicas e a camada de regularização. Segundo Sabbatini (1990) essa
aderência da camada de fixação se desenvolve principalmente pela ancoragem da
pasta aglomerante nos poros da base e por efeito de ancoragem mecânica da
argamassa nas reentrâncias e saliências macroscópicas da superfície a ser revestida.
Toda essa propriedade de aderência é desenvolvida pelo componente principal da
camada de fixação, a argamassa colante.

Segundo a NBR 13755: 1996, a argamassa colante pode ser definida como
“Mistura constituída de aglomerantes hidráulicos, agregados minerais e aditivos, que
possibilita, quando preparada em obra com adição exclusiva de água, a formação de
uma pasta viscosa, plástica e aderente”.

2.2 Placas cerâmicas

Segundo a NBR 13816: 1997, Placas cerâmicas podem ser consideradas como
“Material composto de argila e outras matérias primas inorgânicas geralmente
utilizadas para revestir pisos e paredes, sendo conformadas por extrusão por
prensagem, ou ainda por outros processos. As placas são então secadas e queimadas
a temperatura de sinterização. Podem ser esmaltadas ou não esmaltadas. As placas
são incombustíveis e não são afetadas pela luz.
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Existem diversos tipos de placas cerâmicas no mercado, que interagem com o


ambiente e com o sistema ao todo, apresentando resultado a características (como a
abrasão ou absorção de água) diferentes entre si, cabe ao responsável avaliar a
situação e escolher o tipo de placa adequado.

2.3 Juntas

As juntas são espaços deixados entre as placas cerâmicas e preenchidas por


um material flexível, denominado de argamassa de rejuntamento ou popularmente
conhecido como rejunte. O objetivo dessas juntas no sistema é impedir a
movimentação das placas cerâmicas que, embora discretas, são o suficiente para
trazer patologias ao material conhecidas como Trincas e/ou fissuras.

2.3.1 Juntas de assentamento

São espaços deixados entre as placas cerâmicas, podendo ter de 6 a 12 mm


de largura, que são preenchidos pelo rejunte. O assentamento tem vários objetivos
para melhorar o produto, facilitar o alinhamento e facilitar a troca de placas quando
necessário.

2.3.2 Juntas de movimentação

São espaços deixados com, em média, 8 a 15 mm de largura, que tem como


objetivo acomodar as movimentações estruturais, alterações térmicas ou no momento
da mudança do revestimento.

2.3.3 Juntas estruturais

São espaços determinados no projeto estrutural, com a finalidade de garantir


uma maior segurança da instalação contra as cargas mecânicas. Para atender essa
exigência, as juntas precisam ser uniformes, com profundidade igual à espessura da
placa.
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3 PATOLOGIAS

As patologias em revestimentos cerâmicos podem ocorrer pelas mais diversas


razões e nas mais diversas etapas do processo construtivo de uma edificação, tendo
em sua grande maioria surgimento nas etapas de elaboração do projeto e na
execução do serviço. Os problemas que começam na fase do projeto podem ser
causados por um despreparo do elaborador do projeto em lidar com uma situação
específica no sistema de revestimento cerâmico, já as patologias surgidas por causa
da execução do serviço são geralmente devido à ausência de mão de obra
especializada.

Todas essas patologias e erros no sistema de revestimento cerâmico pode ser


atribuído a falta de entendimento das interações de todas as etapas entre elas
mesmas ou então com o ambiente que o cerca. Essa falta de entendimento está ligada
principalmente com deficiência no conhecimento técnico atual de todos os envolvidos
no projeto, especialmente pelos assentadores despreparados, fabricantes que
produzem materiais de baixa qualidade ou que não se atentam a informar sobre o uso
de seu produto e projetistas inexperientes ou irresponsáveis.

Dentre as patologias que afetam especificamente o sistema de revestimento


cerâmico podemos citar as fissuras, deslocamentos, trincas, gretamentos, manchas e
deterioração das juntas.

3.1 Fissuras

Alguns métodos de prevenção podem ser adotados para evitar o surgimento


das trincas, como um rigoroso controle de qualidade dos materiais, um correto uso
dos espaços para juntas, escolha do tipo de argamassa, entre outros.

3.2 Gretamento

Os gretamentos muitas vezes são confundidos com as fissuras, por


apresentarem aspectos visuais parecidos, tecnicamente falando, os gretamentos
se diferenciam das fissuras por possuírem aberturas inferiores a 1mm. Em
pesquisas realizadas por Santos (2019) a principal diferença entre o gretamento e
as fissuras estaria na ação da ação ao se infiltrarem pelas falhas. No caso da
gretagem essa infiltração de água se dá de maneira mais superficial, se
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apresentando apenas na cerâmica esmaltada, enquanto as fissuras chegam até


os corpos cerâmicos em si.

3.3 Deslocamento

A perda de aderência das placas cerâmicas com a argamassa colante é um


processo denominado deslocamento. Essa anomalia tem origem quando as
tensões na placa ultrapassam a propriedade de aderência da junto com a camada
de fixação, causando assim um “salto” da cerâmica, fazendo ela sair do
alinhamento, comprometendo sua estética e podendo até causar acidentes
quando acontece no revestimento do piso.
Essa patologia está envolvida com falhas no método construtivo e nos
materiais utilizados, como erro na escolha da escolha da argamassa e/ou com
traço errado, impurezas na composição, falta de liga das placas cerâmicas com a
argamassa, falha da mão de obra ou do planejamento, entre outros.

3.4 Manchas

Sendo um termo bem geral, manchamento das placas cerâmicas tem


diversos motivos para ocorrerem, um desses motivos é a manifestação de micro-
organismo como fungos e liquens, que produzem açidos orgânicos capazes de
destruir os aglomerantes da argamassa endurecida, resultando em manchas
pretas escuras nas placas cerâmicas. Outras razões para o acontecido se devem
a outras patologias das placas cerâmicas, como a eflorescência, manchas d’agua
e manchas devido ao uso.

3.5 Deterioração das juntas

O processo de degradação das juntas afeta de maneira muito negativa todo


o sistema de revestimento cerâmico, já que as juntas são responsáveis pela
absorção de deformações e controle do movimento das placas cerâmicas, essa
patologia pode ocorrer de duas maneiras diferentes: pela perda da capacidade
conter essas movimentações ou pelo envelhecimento do material de
preenchimento.
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A primeira razão tem início algum tempo depois da execução, devido muitas
vezes a erro no procedimento de limpeza que podem degradar parte do material
de constituição. Além disso, temos a ação de agentes do meio ambiente e as
solicitações da construção que também podem comprometer as juntas, podendo
partir de fissuras e trincas até a perda completa do sistema pela deterioração das
juntas.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O mercado de construção civil é um setor que sempre vem acompanhando a


evolução da humanidade, com os avanços da tecnologia do mundo, novas
subdivisões da engenharia surgem, novos profissionais são formados, aumentando
consideravelmente a mão de obra. Em paralelo a isso, no mercado em geral, novos
materiais e tipos especializados de serviços estão surgindo no mercado a cada dia,
evidenciado ainda mais a evolução dos revestimentos cerâmicos.
Porém, esses dois fatores também revelam as principais fraquezas do mercado
atual, considerando que mais de 80% dos surgimentos das patologias em
revestimentos de fachadas se dão por erros humanos nas etapas de projeto e
execução ou por causa dos materiais escolhidos. A desqualificação dos profissionais
atuais se dá muitas vezes pela sobreposição dos conhecimentos práticos adquiridos
pelo profissional ao longo de outros serviços sobre os conhecimentos teóricos de
estudos e pesquisas ensinados na área acadêmica, invés da mesclagem de ambos
os conhecimentos para uma melhor compreensão do trabalho.
Após uma análise e revisão bibliográfica, foi possível diagnosticar que a principal
patologia que a afeta os revestimentos cerâmicos de fachadas são falhas no sistema
de rejuntamento, que geram fissuras nas edificações, um item que gera extrema
preocupação, além de grandes gastos de recuperação. Com o estudo avançado das
causas de surgimento dessa patologia, fica ainda mais fácil buscar alternativas para
contornar esse problema, os tratamentos preventivos.
Mas apenas o conhecimento do problema e a evidenciação das causas não são
suficientes para resolver o problema, a mobilização do mercado em geral a favor da
profissionalização dos atuantes no mercado e a garantia de produtos de qualidade
9

são essenciais para o tratamento dessas patologias, assim o mercado de


revestimento cerâmico poderá continuar evoluindo em um ritmo satisfatório.

5 TEMA 02 (ANÁLISE DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS DETECTADAS APÓS A


APLICAÇÃO DAS TINTAS NOS MATERIAIS E AMBIENTES DA CONSTRUÇÃO
CIVIL)

6 INTRODUÇÃO
Se expressar artisticamente sempre foi uma das grandes vontades do ser
humano desde que se tornou sedentário e supriu suas necessidades básicas de
sobrevivência, antes mesmo disso, quando o homem ainda se deslocava de região
em região buscando a sobrevivência da espécie, ele ainda pensava em deixar suas
marcas em lugares, seja com o intuito de orientar as novas gerações ou apenas
representar o ambiente ao seu redor.
Conforme as eras foram se passando, o uso das cores para expressões
artísticas e outras finalidades foram evoluídos junto com a humanidade, com as
gravações rústicas dos primeiros humanos em cavernas, passando para os
egípcios com o desenvolvimento de pigmentos sintéticos até as crescentes
pesquisas dos últimos séculos em busca de nos trazer aquilo que conhecemos
hoje em dia como tintas.
De acordo com o dicionário aurélio, tintas são consideradas como
“substâncias químicas corantes, que aderem à superfície a qual se aplica e é
usada para pintura”, uma definição bem básica, porém eficaz como um ponto de
partida para uma análise mais aprofundada. Segundo ABRAFATI (2005) “tinta é
uma composição líquida, geralmente viscosa, constituída de um ou mais
pigmentos dispersos em aglomerante líquido que, ao sofrer um processo de cura
quando estendida em película fina, forma um filme opaco e aderente ao substrato”.
Atualmente, por mais evoluídas que as tintas estejam, ainda não são
materiais isentos de fraquezas, elas ainda são bastante afetadas por eventos,
muitas vezes causadas por erros no fator humano ou então na própria composição
da tinta. Esses eventos são conhecidos como patologias, que até os dias de hoje
causam grandes prejuízos para a indústria de construção civil e precisam ser
10

combatidos. Porém, para que se possa tomar as melhorias decisões na forma de


agir quanto a essas patologias, é necessário conhecê-las melhor.

7 CLASSIFICAÇÕES DE TINTAS
Usualmente para a construção civil, as tintas podem ser divididas em duas
classificações básicas distintas, tintas a base de óleo ou solventes e tintas a base
de água. A nomenclatura da divisão já reflete o que torna esses dois tipos de tintas
diferentes, o material usado como porção liquida da composição, conhecida como
veículo.

7.1 Tintas à base de óleo

Normalmente, esses tipos de tintas são fabricados a partir de óleos vegetais,


sendo o mais comum o óleo de linhaça, algumas de suas características como a
viscosidade podem ser alteradas com a adição de outros solventes como a
Terebentina ou Éter de petróleo. Para a formação dessas tintas inicialmente os
solventes evaporam, deixando apenas o solido do substrato ao mesmo tempo que a
resina começa a secar, todo o processo de cura leva cerca de um dia.

As tintas a base de óleo apresentam, geralmente, um bom poder de cobertura


e adesão ao substrato, porém, esse tipo de tinta apresenta uma dificuldade maior de
aplicação, por ser mais pesada que as tintas a base de água. Se feita corretamente e
em locais adequados, as tintas a base de óleo oferecem uma excelente durabilidade
e resistência a possíveis patologias.

7.2 Tintas à base de água

Essa tipologia de tinta que usa a água como componente para sua resina ou
veículo. Essas tintas apresentam uma ótima flexibilidade e adaptação, já que
apresenta uma excelente adesão na maioria das superfícies, como por exemplo em
áreas externas, onde não é tão prejudicada pelas intempéries como a chuva e o sol,
além de serem mais fáceis de aplicar que as tintas a óleo, porém apresentando um
poder de cobertura menor.
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8 PATOLOGIAS

As tintas são materiais com uma grande flexibilidade em sua fabricação, os


componentes básicos de uma tinta (Resina, Pigmento, Solvente e Aditivos) são
dosados nas mais diversas porcentagens, a depender do tipo de tinta que está se
querendo fabricar e qual será as intempéries que ela terá que lidar. Independente do
estilo da tinta e as proporções adotadas, para ser considerada de qualidade, uma tinta
deve apresentar algumas características especificas em determinados pontos.

Segundo Polito (2006) existem variáveis para determinar a adequação das


tintas nesse sistema de qualidade padrão, essas variações estão listadas na tabela a
seguir.

Porém, não só fabricar o produto de maneira adequada é garantia que a tinta


terá esses benefícios por um longo período, existem alguns agentes externos capazes
de degradar e fazer a tinta perder suas características principais, gerando grandes
perdas para a obra, esses agentes são conhecidos como patologias.

Por ter essa grande variedade de composições, as tintas são produtos que
sofrem muito com patologias, tanto aquelas causadas pelo ambiente ao seu redor,
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quanto a causada devido a mão de obra de obra sem experiencia, tornando cada vez
mais comuns o acontecimento desses defeitos.

9 CAUSAS

Para o acontecimento dessas patologias no sistema de pintura é necessário


que exista um motivo, algo que faça essa patologia aflorar, e essas são as causas.
Existem diversos tipos de causas que podem levar a degradação do sistema de
pintura.

Dentre essas podemos destacar a relação da tinta com o ambiente onde é


aplicado, pinturas internas podem ser afetadas por temperatura do ambiente e suas
variações, gases, ataques biológicos de fungos e bactérias, ataques químicos, entre
outros. As pinturas externas são ainda mais suscetíveis a degradações, por estarem
em relação direta com fatores do meio ambiente, como a ação da chuva e o sol.

Para compreender todas as patologias que afetam as pinturas, é preciso fazer


também uma análise da composição da tinta e como essa pode ocasionar o
aparecimento de outras patologias. Segundo Ferreira (2018) as patologias estão
ligadas a dois problemas fundamentais da composição das tintas: a interface do filme
com o substrato e a própria película da pintura. Esses problemas são originados de
diversas causas diferentes:

Escolha inadequada da tinta por conta da exposição ou por incompatibilidade


com o substrato;

Condições meteorológicas inadequadas por temperatura e/ou umidade;

Ausência de preparação do substrato ou preparo insuficiente;

Substratos que não apresentam estabilidade;

Umidade excessiva no substrato;

Diluição excessiva da tinta na aplicação;

Formulação inadequada da tinta

Dentre todas as razões para o acontecimento desses problemas, nós podemos


fazer uma análise e determinar que existe um fator ambiental que interage com o
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sistema de tintas responsável por algumas das patologias mais preocupantes, a


umidade.

9.1 Umidade

A umidade pode ser considerada com a porcentagem de água em forma de


vapor dispersada no ar. Essa água dispersada no ar, em termos climáticos, é um dos
mais importantes elementos existentes, pois regula a sensação térmica e temperatura
de uma localidade e os regimes de chuva. Para a construção civil, no entanto, esse
elemento irá ser um grande problema que os engenheiros devem considerar em seus
cálculos.

Segundo Perez (1988), a umidade nas construções representa um dos


problemas mais difíceis de serem corrigidos dentro da construção civil. Essa
dificuldade está relacionada a complexidade dos fenômenos envolvidos e a falta de
estudos e pesquisas. Embora mesmo depois anos da elaboração desse trabalho, a
umidade ainda é um fator preocupante e difícil de se lidar nas construções, mas hoje
em dia existem mais pesquisas com foco em determinar a ação das patologias
causadas pela umidade, fazendo a criação de novas técnicas de tratamento contra a
umidade muito mais comuns.

Em um estudo inicial, entender como a presença da umidade influência nas


mais diversas partes da construção é essencial para entender o funcionamento das
patologias. Em geral, a presença de umidade no ar não irá afetar negativamente a
construção, o principal problema da água com a obra são as infiltrações. Existem
diversas formas dessas infiltrações acontecerem, Ferraz (2016) esquematiza a ação
das águas nas edificações em seu artigo.
14

Figura 1 - Ação das águas nas edificações

Fonte: Ferraz (2016)

10 AS PATOLOGIAS NAS PINTURAS

10.1 Eflorescência

A eflorescência, falando de forma mais técnica, é a formação de depósitos


salinos nas alvenarias, provocando uma mudança de coloração na área atingida,
normalmente tendo uma cor mais esbranquiçada. Abordando o acontecimento
quimicamente, a eflorescência é constituída de sais alcalinos como o sódio e o
potássio e sais alcalinos terrosos, como o cálcio e o magnésio, que são solúveis ou
então parcialmente solúveis em água. Devido a ação da umidade na edificação, esses
sais começaram a ser dissolvidos, deixando o deposito salino na área de ação.

Na construção civil, esse fenômeno pode acontecer em diversas etapas da obra


e se comportar de maneira mais passiva, afetando apenas a estética, ou então de
maneira mais agressiva. Essa patologia pode afetar as pinturas porque durante a
secagem do reboco, a água eliminada por evaporação, acontece o arrastamento de
materiais químicos que interagem com a superfície pintada, se depositando nelas e
gerando as manchas.

Em geral não é complicado se precaver contra esse tipo de patologia, a espera


da cura do reboco e garantir que a superfície esteja completamente seca antes da
aplicação já são suficientes para que seja difícil o aparecimento desse defeito. Em
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casos que é necessário o reparo após a patologia acontecer é necessário eliminar


qualquer tipo de infiltração que tenha causado a patologia inicialmente e aplicar uma
demão fundo preparador de paredes antes de fazer o acabamento.

10.2 Mofo

A construção civil, em várias de suas etapas, tem um grande problema com


certos organismos vivos que se proliferam se proliferam em diferentes condições. Na
madeira, por exemplo, existem a grande preocupação com organismos degradadores
biológicos conhecidos como xilófagos, tendo o representante mais famoso os cupins,
esses organismos se alimentam da celulose contida nesse material, destruindo as
propriedades da madeira. No caso da pintura, a ação de micro-organismos pode gerar
o mofo, um aglomerado de cor escurecida que emite um cheiro forte, podendo
provocar reações alérgicas.

Essa patologia está associada a dois fatores: a falta de ventilação adequada


em ambientes fechados e a presença de umidade. A falta de ventilação muitas vezes
é causada por erros no projeto, seja por falta de medições para determinar o
dimensionamento das janelas ou o posicionamento das janelas em locais
inadequados. Para a resolução do problema, uma boa limpeza na área afetada e
aplicação de soluções fungicidas já é suficiente.

10.3 Bolhas

As “bolhas” que aparecem após a pintura são irregularidades que aparecem


muito por causa da sujeira presente na alvenaria antes da aplicação da tinta, também
podendo ser causada por umidade e também por erros na aplicação da tinta, sendo
erro da mão de obra especializada.

A solução para esse caso é relativamente simples, apenas garantir que a


superfície esteja adequada para o recebimento da pintura, limpando para evitar o
problema com a sujeira e se certificando que ela está seca o suficiente, além da
aplicação do fundo preparador de paredes. Em caso de tratamento pós aparecimento
dessa patologia, será necessário lixar a área afetada.
16

10.4 Desbotamento

O desbotamento é a variação da cor original ocorrida de forma não prevista, o


desboto da cor já é esperado de forma natural, porém pode haver casos de um
desbotamento prematuro e excessivo da cor original. Esse problema ocorre de forma
mais corriqueira em regiões externas, onde existe a incidência direta do sol na pintura.

A principal causa, sendo um problema de desatenção ou não conhecimento


das propriedades das tintas, é a escolha de um tipo de tinta recomendado para áreas
internas aplicadas em áreas externas, ou então o uso de tintas de baixa qualidade.
Em caso do desbotamento, a melhor opção é remover a antiga pintura e pintar
novamente.

10.5 Descamação

A descamação é a perda de aderência da tinta na superfície aplicada, esse


fenômeno muitas vezes acontece naturalmente com a ação da do tempo, mas o seu
acontecimento muito prematuro não é algo esperado e é fruto de erros na aplicação
ou devido ao produto.

A principal causa do descascamento é o tratamento dado a superfície aplicada,


a falta de limpeza da superfície pode resultar na aplicação em cima de diversas
sujeiras e gorduras presentes na parede, o que impede a total aderência da pintura,
outro fator são o uso de tintas de baixa qualidade ou uma diluição errada na
preparação da tinta. Em caso de descasque da tinta, remover todos os fragmentos de
tinta do local e lixar.

10.6 Enrugamento

O enrugamento é o surgimento de pequenas e sucessivas ondulações em


partes da pintura, esse tipo de patologia afeta fortemente a estética do local. Esse
fenômeno é comumente associado a aplicação excessiva da tinta, tornando-a mais
espessa e causando essas ondulações. Porém, esse defeito também pode ser
causado por aplicação de demãos de tinta em um curto período, sem um intervalo de
cura entre elas. Para resolver esse problema também é necessário a raspagem e
lixamento da área afetada.
17

11 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O mercado de construção civil é um setor que sempre vem acompanhando a


evolução da humanidade, com os avanços da tecnologia do mundo, novas
subdivisões da engenharia surgem, novos profissionais são formados, aumentando
consideravelmente a mão de obra. Em paralelo a isso, no mercado em geral, novos
materiais e tipos especializados de serviços estão surgindo no mercado a cada dia,
evidenciado ainda mais a evolução dos revestimentos cerâmicos.
Porém, esses dois fatores também revelam as principais fraquezas do mercado
atual, considerando que mais de 80% dos surgimentos das patologias em
revestimentos de fachadas se dão por erros humanos nas etapas de projeto e
execução ou por causa dos materiais escolhidos. A desqualificação dos profissionais
atuais se dá muitas vezes pela sobreposição dos conhecimentos práticos adquiridos
pelo profissional ao longo de outros serviços sobre os conhecimentos teóricos de
estudos e pesquisas ensinados na área acadêmica, invés da mesclagem de ambos
os conhecimentos para uma melhor compreensão do trabalho.
Após uma análise e revisão bibliográfica, foi possível diagnosticar que a principal
patologia que a afeta os revestimentos cerâmicos de fachadas são falhas no sistema
de rejuntamento, que geram fissuras nas edificações, um item que gera extrema
preocupação, além de grandes gastos de recuperação. Com o estudo avançado das
causas de surgimento dessa patologia, fica ainda mais fácil buscar alternativas para
contornar esse problema, os tratamentos preventivos.
Mas apenas o conhecimento do problema e a evidenciação das causas não
são suficientes para resolver o problema, a mobilização do mercado em geral a favor
da profissionalização dos atuantes no mercado e a garantia de produtos de qualidade
são essenciais para o tratamento dessas patologias, assim o mercado de
revestimento cerâmico poderá continuar evoluindo em um ritmo satisfatório.
18

12 TEMA 03 (APLICAÇÃO DE FIBRA DE VIDRO EM PRODUTOS E PROCESSOS


NA CONSTRUÇÃO CIVIL)

13 INTRODUÇÃO

Desde a época da primeira revolução industrial, iniciada em 1760, a construção


civil, dentre todos os setores que passaram a ser industrializados, foi o que menos
buscou avanços para melhora dos seus processos construtivos, até os dias atuais,
ainda se é utilizado técnicas e materiais inventados a séculos atrás, enquanto os
outros setores adotaram ciclos muito menores. Olhando de maneira geral, sempre foi
um setor resistente a inovações. Para Aro e Amorim (2004) o principal motivo desse
da construção civil em relação a outros setores se deve a resistência dos profissionais
envolvidos em assumir os riscos da incerteza em mudar o seu status quo.

No Brasil, em geral, é seguido a mesma máxima dos outros países, com a


utilização de técnicas e materiais que não condizem com a evolução que o resto do
mundo sofre constantemente, com o acréscimo de que os brasileiros costumam
utilizar artifícios considerados até primitivos, botando em risco a vida de trabalhadores
e futuros moradores, muitas vezes por uma falta de fiscalização técnica e pouco
empenho em se buscar novas tecnologias, porém aos poucos esse cenário vai
mudando. Segundo Martins e Barros (2003) a abertura do mercado no início dos anos
90 contribuiu para a evolução do setor da construção na medida em que permitiu às
empresas construtoras a importação de produtos e tecnologias.

Uma dessas evoluções que surgiu tanto no cenário brasileiro quanto no cenário
mundial foi a fibra de vidro, um material que já se tinha conhecimento a muito tempo
sobre, sendo usado como peça-chave em algumas áreas durante a segunda guerra
mundial, mas que só depois teve suas propriedades realmente exploradas depois de
ser combinada com a resina de poliéster para formar o produto.

Durante esse estudo, será visto as maneiras como a fibra de vidro influenciou
nas técnicas de construção civil e seus materiais, além disso também será visto alguns
caminhos a serem estudados para utilização desse material outras áreas, validando
esses estudos com base na análise das propriedades que os materiais de fibra de
vidro concedem e sua utilidade em determinada função.
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14 ORIGEM

Ao tentar entender as vantagens dos materiais de fibra de vidro na construção


civil e as características que lhes atribuem essas vantagens, é mister entender como
foi o surgimento desse material no planeta e como os povos antigos viam o seu uso.
Para começar, ao olhar na história, vemos que a utilização de materiais feito de vidro
dispostos em fibras datam de tempos muito antigos, por volta de 2500 antes de cristo,
temos evidência da utilização de vidros dispostos em fibras no antigo Egito, usados
para a construção de vasos e ânforas juntamente com a cerâmica, deixados juntos ao
sarcófago de faraós.

As pesquisas acerca da fibra de vidro e suas características acabou tendo


interrupções ao longo do tempo devido a quedas de vários impérios durante a história,
sendo retomada após a ascensão do império romano, amplamente conhecido pelas
suas revoluções no quesito da construção civil. Foi no império romano que tivemos a
primeira fabricação de vidro para consumo comercial, sendo posteriormente retomada
após a decadência dos romanos e ascensão do império italiano.

Após séculos, chegamos ao ano de 1939 a 1945, durante o período da segunda


guerra mundial, as pesquisas de materiais bélicos estavam como prioridade máxima
em todo mundo e, após o advento dos polímeros através de estudos na área de
petroquímica, a fibra de vidro sofreu sua época de maior requisição e estudo. Muita
disso foi influenciado pela situação dos materiais primários produzidos na época, com
o aço sendo utilizado em um ritmo muito maior do que era produzido, urgiu a
necessidade de adotar um material alternativo.

Após o fim da segunda guerra, tivemos a guerra fria, um confronto silencioso


travado entre Estados Unidos e a União Soviética, que buscavam demonstrar ao
mundo sua superioridade bélica e tecnologia, mostrando assim que sua ideologia
econômica e política (capitalismo x socialismo) era superior. Durante esse período, a
fibra de vidro foi um material altamente usufruído pelos cientistas e físicos espaciais
para vencer a corrida espacial.

Atualmente, devido a sua versatilidade, a fibra de vidro se tornou um dos


materiais mais importante no nosso dia a dia, principalmente na indústria
automobilística, com a produção cada vez mais crescente de carros com o material.
20

15 FABRICAÇÃO

Segundo Junior (2007) a fibra de vidro é originaria de alguns compostos


químicos achados em grande quantidade na natureza usados na fabricação do
próprio vidro, a base de todo material de fibra de vidro é a areia, o calcário, o óxido
de alumínio e o magnésio.

Devido a versatilidade do uso da fibra de vidro, a fabricação desse material


também terá variáveis conforme a função que ela deverá exercer, porém seguindo
um padrão de fabricação conhecido, que é a base do filamento de vidro, a partir da
criação desses filamentos que obtemos a fabricação de diferente para cada tipo de
material de fibra de vidro.

Para a obtenção desse filamento, o vidro, já fundido, passa por um processo


de peneiramento em peneiras metálicas com fios de platina circulares que iram gerar
esses filamentos ainda em estado de fusão, sendo necessário o resfriamento da
peça para obter o material.

Após todo esse processo e depois do estiramento natural que a peça sofre
pela ação da gravidade, existe a atuação de uma máquina com a finalidade de
deixar o material com a espessura desejada, dependendo do material em que elas
serão usadas, esse diâmetro varia bastante.

Para o âmbito da construção civil e outros setores similares, o tipo de fibra de


vidro mais utilizado é feito a partir de filamentos de vidro E. Esse tipo de vidro tem
como sua característica principal o isolamento elétrico-magnético, apresentando
uma ótima resistência mecânica e uma resistência química considerável.

16 FIBRA DE VIDRO NA ENGENHARIA CIVIL

16.1 Atualmente

Com o avanço da tecnologia, a indústria da construção civil fora descobrindo


novas maneiras de se lidar com diversos materiais que até então só existiam de
maneira primitiva na construção civil, como vergalhões, que eram feitos
21

majoritariamente de ferro. Essas novas perspectivas foram alcançadas devido a


intensas pesquisas nos benefícios do uso da fibra de vidro. A seguir será mostrado o
que a indústria já disponibiliza de materiais com fibra de vidro.

16.1.1 Vergalhões

O vergalhão, de maneira bem simplificada, é uma barra longa e reta, de


material variável, mas muitas vezes sendo feita de aço, com uma superfície lisa ou
nervurada, tendo uma grande versatilidade no meio da construção civil, podendo ser
usada em diversas etapas como a fundação e sustentação, integrando peças como
a sapatas, pilares e vigas.

Em outras palavras, vergalhões são responsáveis por servir como esqueletos


de vários elementos de fundação. Para a realização dos objetivos, o aço é o material
mais utilizado devido a sua grande resistência a tração e durabilidade, porém, hoje
em dia, a fibra já é um material bastante usual para a confecção de vergalhões
também. Embora a cultura estagnada ainda permaneça com o uso do aço, a fibra de
vidro apresenta qualidades excepcionais para essa tarefa, uma grande resistência a
vários tipos de solicitações que as colunas podem sofrer, além de serem mais leves
que o aço.

16.1.2 Calhas

Uma calha é um material usado na construção civil como um complemento do


telhado, com um objetivo de ajudar a escorrer a água que cai por cima do telhado e
redirecioná-la para encanamentos de águas pluviais para que não ocorra infiltração
nas residências.

Atualmente esses materiais são feitos a partir de aço galvanizado, que


oferece boas características para estar em contato direto com água da chuva e
exposto ao sol. A fibra de vidro entra como alternativa muito viável, oferecendo uma
grande resistência aos raios ultravioletas emitidos pelo sol.

16.1.3 Telas

As telas na construção civil são materiais bastante utilizados como reforços


estruturais de lajes, contrapisos, rebocos e placas cimentícias, servindo como um
sustento para o cimento e concreto.
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A fibra de vidro entra como um novo material capaz de conferir as telas um


menor peso, diminuindo assim o peso da construção em geral, além de conceder a
estrutura uma resistência a alcalinidade por ser fabricada com uma cobertura
química.

17 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os materiais usados na construção civil, devido a várias características do


mercado e daqueles que o compõem, tende a se estagnar em um mesmo ciclo vicioso
de utilização de materiais e técnicas usadas ao longo de varias eras, com poucas
variações que são inevitáveis conforme a evolução humana. Essa estagnação já
fechou muitas portas para grandes inovações por parecerem, aos olhos daqueles que
compõem essa indústria, fora do padrão técnico e inseguras para utilização. Esse
fenômeno de longos ciclos até que surge algo novo que quebre o padrão tem se
tornado cada vez mais curtos conforme o mundo se torna globalizado.

A fibra de vidro se tornou rapidamente um material de quebra de ciclos para


vários dos mercados existentes, suas qualidades e propriedades fora do padrão e sua
ampla versatilidade proporcionaram vários estudos e pesquisas para utilização em
vários setores, substituindo materiais tradicionais de cada indústria, se tornando um
material “coringa” no mercado internacional. Essa versatilidade alcançou o âmbito da
construção civil

Atualmente, o uso das fibras de vidro na construção civil ainda está bastante
limitado a algumas áreas, mas cada vez mais o material vem sendo pesquisado para
uso em áreas cada vez mais importantes, como por exemplo na área estrutural, onde
vergalhões de fibra de vidro já estão sendo utilizados

Em um futuro próximo, se a tendencia dos mercados internacionais se manter


no ritmo, a fibra de vidro será um material majoritário em vários setores, com seu custo
reduzido e grande versatilidade, cada vez mais a sociedade vai se render a esse
material.
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18 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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