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BLOCO 1
Com esse material composto (concreto e armadura – barras de aço), surge então o
chamado “concreto armado”, onde as barras da armadura absorvem as tensões de tração
e o concreto absorve as tensões de compressão, no que pode ser auxiliado também por
barras de aço (caso típico de pilares, por exemplo).
PROPRIEDADES DO CONCRETO
Estruturas de Aço;
Vigas de tapamento;
Fundações;
Chama-se fundação, a parte de uma estrutura que transmite ao terreno subjacente a
carga da obra.O estudo de toda fundação compreende preliminarmente duas partes
essencialmente distintas:
b) estudo do terreno.
Com esses dados, passa-se à escolha do tipo de fundação, tendo-se presente que:
Quando a camada ideal for encontrada à profundidade de 5,0 à 6,0m, podemos adotar
brocas, se as cargas forem na ordem de 4 a 5 toneladas
Em terrenos firmes a mais de 6,0m, devemos utilizar estacas ou tubulões.
Condições econômicas: A - a = B - b
A-B=a-b
Como referência temos
Boa = 4,0 kg/cm²
Regular = 2,0 kg/cm²
a) Abertura de vala
* Profundidade nunca inferiores a 40cm
* Largura das valas: - parede de 1 tijolo = 45cm
- parede de 1/2 tijolo = 40cm
Em terrenos inclinados, o fundo da vala é formado por degraus (Figura 3.8),
sempre em nível
b) Apiloamento
Se faz manualmente com soquete (maço) de 10 à 20kg, com o objetivo
unicamente de conseguir a uniformização do fundo da vala e não aumentar a
resistência do solo.
c) Lastro de concreto
Sobre o fundo das valas devemos aplicar uma camada de concreto magro de
traço 1:3:6 ou 1:4:8 (cimento, areia grossa e pedra 2 e 3) e espessura mínima de
diminuir a pressão de contato, visto ser a sua largura maior do que a do alicerce;
Uniformizar e limpar o piso sobre o qual será levantado o alicerce de alvenaria
e) Cinta de amarração
É sempre aconselhável a colocação de uma cinta de amarração no respaldo
dos alicerces. Normalmente a sua ferragem consiste de barras "corridas", no caso
de pretender a sua atuação como viga deverá ser calculada a ferragem e os
estribos. Sobre a cinta será efetuada a impermeabilização.
Para economizar formas, utiliza-se tijolos em espelho, assentados com
argamassa de cimento e areia traço 1:3.
A função das cintas de amarração é "amarrar" todo o alicerce e distribuir
melhor as cargas, não podendo contudo serem utilizadas como vigas.
parede de um tijolo
Sapatas Isoladas
São fundações de concreto simples ou armado.
As sapatas de concreto simples (sem armaduras), possuem grande altura, o que lhes
confere boa rigidez. Também são denominadas de Blocos.
As sapatas de concreto armado, podem ter formato piramidal ou cônico, possuindo
pequena altura em relação a sua base, que pode ter forma quadrada ou retangular
(formatos mais comuns).
Sapatas corridas
Executadas em concreto armado e possuem uma dimensão preponderante em relação às
demais.
Radiers
Quando todas as paredes ou todos os pilares de uma edificação transmitem as cargas
ao solo através de uma única sapata, tem-se o que se denomina uma fundação em radier.
Os radiers são elementos contínuos que podem ser executados em concreto armado,
protendido ou em concreto reforçado com fibras de aço.
3.4.1 - Estacas
São peças alongadas, cilíndricas ou prismáticas, cravadas ou confeccionadas no solo,
essencialmente para:
a) Transmissão de carga a camadas profundas;
b) Contenção de empuxos laterais (estacas pranchas);
c) Compactação de terrenos.
Podem ser: - Pré-moldadas
- Moldadas in loco
As estacas recebem esforços axiais de compressão. Esses esforços são resistidos pela
reação exercida pelo terreno sobre sua ponta e pelo atrito entre as paredes laterais da
estaca e
o terreno. Nas estacas prancha além dos esforços axiais temos o empuxo lateral
(esforços
horizontais), Figura
Esforços nas estacas
Brocas
São feitas a trado, em solo sem água, de forma a não haver fechamento do furo nem
desmoronamento.
4,0m
Tipos de trado
Perfuração da broca
Ao atingir a profundidade das brocas, as mesmas são preenchidas com concreto fck
13,5 MPa utilizando pedra nº 2, sempre verificando se não houve fechamento do furo,
bem como falhas na concretagem.
Fazemos isso através da cubicagem (volume) de concreto que será necessária para cada
broca.
Geralmente as brocas não são armadas, apenas levam pontas de ferro destinadas a
amarrá-las à viga baldrame ou blocos. No entanto, certas ocasiões nos obrigam a armá-
las e nesses casos, isto é feito com 4 (quatro) ferros e estribos em espiral ou de acordo
com o projeto estrutural.
- armada
Esses valores são aproximados, pois sua execução é manual, geralmente o fundo do
furo não é compactado e o lançamento do concreto é feito diretamente no solo, sem
nenhuma
proteção.
É conveniente adotar cargas não superiores a 5 toneladas por unidade, em solos
suficientemente coesivos e na ausência de lençol freático.
A execução de brocas na presença de água deve ser evitada e somente é admitida
quando se tratar de solos de baixa permeabilidade, que possibilitem a concretagem antes
do
acúmulo de água.
Estacas Escavadas
As estacas escavadas caracterizam-se também por serem moldadas no local após a
escavação do solo, que é efetuada mecanicamente com trado helicoidal.
São executadas através de torres metálicas, apoiadas em chassis metálicos ou
acoplados em caminhões (Figura . Em ambos os casos são empregados guinchos,
conjunto de tração e haste de perfuração, podendo esta ser helicoidal em toda a sua
extensão ou trados acoplados em sua extremidade. Seu emprego é restrito a perfuração
acima do nível d'água. (Falconi et al, 1998)
Perfuratriz
Estaca Strauss
A estaca Strauss é executada utilizando equipamento mecanizado composto por um
Os tubulões dividem-se em dois tipos básicos: à céu aberto (com ou sem revestimento)
e a ar comprimido (pneumático) revestido.
O revestimento dos tubulões podem ser constituídos de camisa de concreto armada ou
de aço. Sendo a de aço perdida ou recuperada.
Os tubulões à céu aberto é o mais simples, resulta de um poço perfurado manualmente
ou mecanicamente e a céu aberto. Seu emprego é limitado para solos coesivos e acima
do nível
d'água, existindo dois sistemas de execução Chicago e Gow.
No sistema Chicago a escavação é feita com pá, em etapas, as paredes são escoradas
com pranchas verticais ajustadas por meio de anéis de aço. Já no sistema Gow o
escoramento é
efetuado utilizando cilindros telescópicos de aço cravados por percussão (Caputo,
1973).
Os tubulões a ar comprimido ou pneumáticos utiliza uma câmara de equilíbrio em
chapa de aço e um compressor (Figura 3.26). O princípio é manter, pelo ar comprimido
o terreno e o alicerce.
Outro processo utilizado dispensa o uso da pintura com piche líquido sobre a
argamassa.
Nesse sistema aplica-se uma argamassa de cimento e areia no traço 1:3 e pintura com
cimento cristalizante e aditivo (Kz + água + K11 na proporção de 1:4:12; Viaplus 1000;
Tec
100 ou similar). Podemos utilizar aditivo acrílico que proporciona uma composição
semi
flexível. Aplicar sempre com as paredes úmidas em três demãos cruzadas.
Recomendações importantes para uma boa execução da impermeabilização:
- Deve-se sempre dobrar lateralmente cerca de 10 a 15cm
- A camada impermeável não deve ser queimada, mas apenas alisada, para que sua
superfície fique semi-áspera evitando rachaduras.
- Usa-se a mesma argamassa para o assentamento das duas primeiras fiadas da
parede.
Detalhe da aplicação da argamassa impermeável
Obs.: O tempo de duração de uma impermeabilização deverá corresponder ao tempo
de uso de uma construção. Sua substituição envolve alto custo e transtorno aos
usuários.
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uma construção.
Impermeabilização em locais de pouca ventilação
- Onde o solo encostar na parede levantar o revestimento interno e externo no mínimo
3.6 - DRENOS
Existem casos que para maior proteção da impermeabilização dos alicerces e também
das paredes em arrimo, necessitamos executar DRENOS, para garantir bons resultados.
Os drenos devem ser estudados para cada caso, tendo em vista o tipo de solo e a
profundidade do lençol freático, etc...
Os drenos subterrâneos podem ser de três tipos:
- Drenos horizontais (ao longo de uma área) (figura 3.29)
- Drenos verticais (tipo estacas de areia)
- Drenos em camada (sob base de estrada)
De modo gerérico, os drenos horizontais são constituídos:
Figura
cima.
rebaixa-lo.
Exemplo de aplicação dos drenos
TIPOS DE Terreno
Rochas: São materiais componentes da crosta terrestre, os quais por essa definição,
assumem a categoria dos produtos efusivos do magma, dos quais fazem parte basaltos e
granitos. Há outro grupo de rocha, os chamados sedimentares, dos quais fazem parte
calcários e alguns arenitos e siltitos. Finalmente temos também os denominados
metamórficos, dos quais temos os gnaisses, mármores, alguns arenitos, siltitos e
argilitos.
Blocos de rochas e matacões:
Blocos de rochas são definidos como partes de jazimentos fraturados e intemperizados
com diâmetro médio acima de 1m, e geralmente no subsolo, se encontram esparsamente
e envolto de solo laterítico (residual).
Matacões são fragmentos similares às dos blocos de rocha, porém com diâmetro médio
entre 0,25m a 1,0m.
As frações de diâmetro entre 0,07m a 0,25m são denominados de pedras e são
comumente encontrados dentro dos solos residuais, solos coluvionares e às vezes em
solso aluvionares.
Rochas alteradas: São encontradas normalmente em torno das rochas firmes, com
características da rocha matriz, porém já apresentando fissuras e laterização por força do
intemperismo, onde internamente às fissuras, apresentam alterações profundas, por
conta de intrusões de outros materiais.
Solos: São os materiais que tem origem de meteorização das rochas (intemperismo
físico, químico e biológico). São tipicamente a capa do esqueleto rochoso da litosfera.
Sapatas
Utilizadas como base para edificações de diferentes portes, as sapatas de concreto são
simples, seguras e econômicas. Mesmo assim, dependem de especificação e execução
que levem em conta as características do solo e da estrutura
Da mesma forma, a garantia de que a umidade do solo não atacará a armadura da sapata
é fundamental para a segurança da edificação a ser construída. Por isso, logo após a
escavação do solo deve ser feito um lastro de 5 cm de concreto magro, ocupando toda a
área sobre a qual será assentada a sapata.
Compatibilidade
"O mais importante na execução de qualquer tipo de fundação é compatibilizar as
cargas atuantes e os deslocamentos previstos com as características do solo de suporte",
ressalta a pesquisadora Gisleine Coelho de Campos,da Seção de Geotecnia do IPT
(Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo). Segundo a engenheira, é
fundamental verificar a geometria do elemento e as características de uniformidade e
resistência do solo sob a base,além da resistência do concreto e o cobrimento da
armadura.
A ligação entre as armaduras da sapata com a estrutura também é um ponto crítico que
merece atenção especial." As armaduras de espera para os elementos estruturais
precisam dispor de geometria e comprimento adequados aos esforços previstos", afirma
Gisleine, destacando ainda que é preciso considerar sempre a possibilidade de
ocorrência de cargas acidentais, que devem estar contempladas nos coeficientes de
segurança adotados no projeto.
Impacto financeiro
A garantia de economia das sapatas diretas passa obrigatoriamente por um projeto que
tire partido das características desse tipo de fundação. Em geral, sapatas de formato
arredondado ou escalonado demandam mais trabalhos com a execução das fôrmas,
interferindo diretamente na produtividade do canteiro.
Fundação de um edifício residencial com sapatas isoladas
Escavação
Seguindo a orientação do projeto de fundações, inicia-
se a escavação da área a receber as sapatas até a cota
de apoio.
Regularização
Com a área escavada e compactada, o passo
seguinte é depositar concreto magro na área
escavada, nivelando com o auxílio de régua e
colher. Essa camada de regularização, que deve
ter 5 cm de espessura no mínimo, é importante
para garantir que a umidade do solo não ataque
a armadura da sapata.
Conferência
A checagem do nível é um procedimento
imprescindível para garantir boa marcação dos
pilares.
Armação
Depois de definida a localização de todos os
pilares, tem início a inserção da armação,
sempre seguindo a orientação do projeto de
fundações.
Saída para os pilares
Com o auxílio de arames de aço, são presos
também os ferros especiais de arranque dos
pilares.
Concretagem
A concretagem também deve ser feita, de
acordo com as especificações do projetista, até
a parte superior da sapata. A betoneira pode ser
utilizada se a quantidade de concreto ou a
velocidade de concretagem assim o exigirem.
Finalização
A armação do pilar deve ser montada a partir
dos ferros de arranque. Só então serão
colocadas as fôrmas do pilar para o
prosseguimento da concretagem.
São aquelas em que a carga é transmitida ao terreno através de sua base (resistência de
ponta) e/ou superfície lateral (resistência de atrito). As fundações profundas estão
assentadas a uma profundidade maior que duas vezes a sua menor dimensão em planta.
Estacas pré-moldadas
Caracterizam-se por serem cravadas no terreno, podendo-se utilizar os seguintes
métodos:
. percussão . é o método de cravação mais empregado, o qual utiliza-se pilões
de queda livre ou automáticos. Um dos principais inconvenientes desse sistema
é o barulho produzido.
. prensagem . empregada onde há a necessidade de evitar barulhos e vibrações, utiliza
macacos hidráulicos que reagem contra uma plataforma com sobrecarga ou contra a
própria estrutura.
. vibração . sistema que emprega um martelo dotado de garras (para fixar a
estaca), com massas excêntricas que giram com alta rotação, produzindo
uma vibração de alta freqüência à estaca.
Pode ser empregada tanto para cravação como para remoção de estacas, tendo o
inconveniente de transmitir vibrações para os arredores.
Podem ser fabricadas com diversos materiais, sendo as estacas de concreto
e metálicas as mais usuais.
Concreto
As estacas de concreto são comercializadas com diferentes formatos geométricos.
A capacidade de carga é bastante abrangente, podendo ser simplesmente
armadas, protendidas, produzidas por vibração ou centrifugação.
Dica
A cravação das estacas com martelo automático é mais eficiente do que a cravação
manual, pois a força aplicada é constante, permitindo avaliar as características do solo
através de monitoramento eletrônico.
Metálicas
São encontradas na forma de trilhos ou perfis.
Não há possibilidade de quebra e, caso seja necessário realizar emendas, essas devem
ser soldadas, não devendo permitir o uso de luvas ou anéis.
Um problema que ocorre com relativa freqüência em estacas cravadas por percussão
através de espessas camadas de argila mole é o drapejamento, isto é, encurvamento
das estacas, mesmo quando se tomam cuidados com o prumo durante a cravação.
Tal fato, no entanto, é raramente detectado.
O tratamento teórico deste fenômeno só vem sendo realizado muito recentemente,
não havendo, ainda, meios de quantificá-lo na fase de projeto. Por esse motivo a
eficiência das estacas e principalmente das emendas só pode ser comprovada após
experiência acumulada em várias cravações e provas de cargas nestas formações de
argilas moles.
Para a cravação da estaca, lança-se areia e brita no interior do tubo, materiais esses
que são compactados através de golpes de um pilão. Realizada a cravação, executase
o alargamento da base, a armação e, finalmente, a concretagem.
O sistema pode ser empregado na maioria dos tipos de solos, exceto em locais onde há a
presença de matacões e rochas. Estacas muito curtas, ou que atravessam materiais
extremamente moles também devem ter sua utilização analisada cuidadosamente.
Estacas escavadas com perfuratriz, executadas com equipamento de rotação
ou rotopercussão com circulação de água, lama bentonítica ou ar comprimido.
Hélice Contínua
Vantagens e desvantagens
Estacas de Madeira: as estacas de madeira são troncos de árvores cravados com bate-
estacas de pequenas dimensões e martelos leves. Antes da difusão da utilização do
concreto, elas eram empregadas quando a camada de apoio às fundações se encontrava
em profundidades grandes. Para sua utilização, é necessário que elas fiquem totalmente
abaixo d’agua; o nível d’agua não pode variar ao longo de sua vida útil.
Vantagens: preço baixo; fácil emenda; resiste a cravação e transporte; fácil corte; são
leves comparadas com outros materiais; durável sob o nível d’agua.
Estacas Metálicas:
Desvantagens: alto custo; atacável por águas agressivas; atacável por solos corrosivos
(pântanos, pontos alcalinos, solos contaminados) e podem sofrer corrosão por bactérias;
muito esbeltas, difíceis de conservar a verticalidade ou não encurvarem (flambagem) em
argilas moles durante a cravação se existem pedregulhos graúdos ou seixos na argila.
Estacas Strauss: tipo de fundação profunda executada por perfuração através de balde
sonda (piteira), com uso parcial ou total de revestimento recuperável e posterior
concretagem.
Estacas tipo Franki: as estacas tipo Franki são executadas enchendo-se de concreto
perfurações previamente executadas no terreno, através de cravação de tubo de ponta
fechada, recuperado. Este fechamento pode ser feito no inicio da cravação do tubo ou
em etapa intermediária, por meio de material granular ou peça pré-fabricada de aço ou
de concreto.
Estacas Escavadas: tipo de fundação profunda executada por escavação mecânica, com
uso ou não de lama bentonítica, de revestimento total ou parcial, e posterior
concretagem.
Estacas Raiz: é uma estaca de pequeno diâmetro concretada “in loco”, cuja perfuração
é realizada por rotação ou por rotopercussão, em direção vertical ou inclinada. Essa
perfuração se processa com um tubo de revestimento e o material escavado é eliminado
continuamente, por uma corrente fluida (água, lama bentonítica ou ar) que introduzida
através do tubo refluí pelo espaço entre o tubo e o terreno. Completada a perfuração,
coloca-se a armadura ao longo da estaca, concretando-se à medida que o tubo de
perfuração é retirado. Usam-se normalmente concretos especiais auto-adensáveis com
agregados com granulometria fina.
Vantagens: alta capacidade de carga; equipamento com acesso fácil; mínima
perturbação; usam volumes pequenos de materiais; não provocam vibração ou choque
na execução.
Tubulões
Às vezes os tubulões podem ser vistos como estacas escavadas, de grande diâmetro,
com ou sem base alargada, porém eles se diferenciam das estacas porque pelo menos na
sua etapa final há descida de operário para completar a geometri da escavação ou fazer a
limpeza do solo.
Os poços são abertos com diâmetro mínimo de 50cm, e as profundidades podem variar
até cerca de 30m. A NBR 6122/96 recomenda que a base do tubulão deve ser
dimensionada, de modo a evitar alturas superiores a 2m. Indicados para obras que
apresentam cargas elevadas, os tubulões são empregados em grande escala em áreas que
apresentam dificuldade de cravação de espaçõs ou de escavação mecânica (áreas com
alta densidade de matacões, lençóis d'água elevados ou cotas insuficientes entre o
terreno e o apoio da fundação
Tipos de Tubulões
Tubulão a céu aberto é um poço executado acima do nível d'água, ou abaixo caso seja
possível bombeá-la sem risco de desabamento. A carga é transmitida até o solo
resistente através do fuste ou através de uma base alargada. Após a escavação e a
limpeza ou esgotamento da água, procede-se a concretagem.
a) Sem C ontenção Lateral - Esses tubulões, também chamados de pocinhos, têm seu
fuste aberto por escavação manual, ou mecânica, sendo que a base é, em geral, escavada
manualmente. Não utilizam nenhum escoramento lateral e portanto o fuste, e em
especial a base, somente podem ser executados em solos que apresentem um mínimo de
coesão capaz de garantir a estabilidade da escavação. Nestes casos o diâmetro final
resulta sempre maior do que o previsto em projeto (de 5 a 10%), e o atrito lateral ao
longo do fuste é reduzido.
O rebaixamento do lençol freático pode ser executado por qualquer processo, até
mesmo pela instalação de bombas no interior dos próprios tubulões, ou então em poços
destinados a essa operação.
Para tornar possível a escavação abaixo do lençol freático, ou seja, em solos onde haja
água e não seja possível esgotá-la para evitar o desmoronamento das paredes do fuste,
emprega-se os tubulões a ar comprimido com pressão equivalente à pressão de água
intersticial. É importante ressaltar que no caso de utilização de ar comprimido, em
qualquer etapa de execução dos tubulões, deve-se observar que o equipamento deve
permitir que se atendam rigorosamente os tempos de compressão e descompressão
prescritos pela legislação em vigor. Para trabalhar nestas condições, devem ser tomadas
as seguintes providências:
Os canteiros de obra podem ser enquadrados dentro de um dos três seguintes tipos:
restritos, amplos e longos e estreitos.
O primeiro tipo de canteiro (restrito) é o mais freqüente nas áreas urbanas das cidades,
especialmente nas áreas centrais. Devido ao elevado custo dos terrenos nessas áreas, as
edificações tendem a ocupar uma alta percentagem do terreno em busca de maximizar
sua rentabilidade.
(b) criar espaços utilizáveis no nível do térreo tão cedo quanto possível.
A primeira regra recomenda que a obra inicie a partir da divisa mais problemática do
canteiro. O principal objetivo é evitar que se tenha de fazer serviços em tal divisa nas
fases posteriores da execução, quando a construção de outras partes da edificação
dificulta o acesso a este local.
Os motivos que podem determinar a criticalidade de uma divisa são vários, tais como a
existência de um muro de arrimo, vegetação de grande porte ou um desnível acentuado.
A segunda regra aplica-se especialmente a obras nas quais o subsolo ocupa quase a
totalidade do terreno, dificultando, na fase inicial da construção, a existência de um
layout permanente. Exige-se, assim, a conclusão, tão cedo quanto possível, de espaços
utilizáveis ao nível do térreo, os quais possam ser aproveitados para locação de
instalações provisórias de armazenamento, com a finalidade de facilitar os acessos de
veículos e pessoas, além de propiciar um caráter de longo prazo de existência para as
referidas instalações.
"para tanto, é essencial que o arranjo do canteiro de obra seja feito através de um
projeto cuidadosamente elaborado que contemple a execução do empreendimento como
um todo, prevendo as diferentes fases da obra e as necessidades e condicionantes para
cada uma delas".
Fases do canteiro
A definição das fases deverá ser feita de acordo com o anteprojeto arquitetônico, as
metas, os requisitos e diretrizes, os condicionantes da produção, o processo construtivo,
o plano de ataque, os cronogramas de materiais e mão-de-obra, e em função dos
principais marcos existentes, que impliquem em alterações substantivas na alocação de
espaço no canteiro, devido ao início de novos serviços, alteração nos processos de
produção, chegada ou utilização de novos materiais e equipamentos, implantação de
novas instalações, ou à necessidade de liberação de espaços para novas frentes de
serviço, entre outros.
Para cada fase da obra, devem ser definidos os meses críticos, com base na maior
dificuldade de movimentação dos materiais, e em função dos quantitativos de mão-de-
obra.
Alternativas de transporte
A avaliação das alternativas deve ser feita com base em dois critér
Elementos do canteiro
O estudo do arranjo físico do canteiro tem como objetivo otimizar o seu funcionamento
global, em relação à capacidade e segurança das instalações e à produtividade das
operações, através principalmente, da minimização do custo da movimentação dos
materiais e da otimização das relações de proximidade, sendo procurado a melhor
solução global para cada fase, ou pelo menos alternativas que atendam às condições
estabelecidas, mesmo que individualmente a localização de algum elemento não seja tão
boa quanto no momento em que foi estudada individualmente.
(b) distância entre roldana louca e tambor do guincho: esta distância deve estar
compreendida entre 2,5 m e 3,0 m (NR-18), devendo ser considerada para estimar a
posição do guincheiro;
(c) baias de agregados: as baias devem ter largura igual ou pouco maior que a largura da
caçamba do caminhão que descarrega o material, enquanto as outras dimensões (altura e
comprimento) devem ser suficientes para a estocagem do volume correspondente à uma
carga. No caso da areia e brita, por exemplo, as dimensões usuais são aproximadamente
(d) estoques de cimento: a área necessária para estocagem deve ser estimada com base
no orçamento e na programação da obra. As seguintes dimensões devem ser
consideradas neste cálculo:
(e) estoque de blocos: a área necessária deve ser estimada com base no orçamento e na
programação da obra. O estoque deve utilizar o espaço cúbico, limitando, por questões
de ergonomia e segurança do operário, a altura máxima da pilha em aproximadamente
1,40 m;
1,60 m x 2,65 m;
(g) bancada de fôrmas: a bancada deve possuir dimensões em planta que sejam pouco
superiores às da maior viga ou pilar a ser executado;
(h) portão de veículos: o portão deve ter largura e altura que permitam a passagem do
maior veículo que entrará por ele na obra, no decorrer de todo o período de execução.
Usualmente a largura de 4,00 m e a altura livre de 4,50 m são suficientes;
(i) caminhões de transporte de madeira: para verificar se estes caminhões podem entrar
no canteiro e acessar as baias deve-se conhecer o seu raio de curvatura e suas
dimensões. Dimensões usuais são as seguintes:
AreiaDeve ser estocada em local plano, devidamente cercada por madeiras e coberta por
lona de plástico
Maneira correta de ser armazenar a areia
Pedras
Devem ser guardadas como o indicado para a areia. Não precisam ser cobertas.
Cimento
Por ser um material perecível (estocagem de 30 dias), estraga se ficar em contato com
umidade. Deve ser empilhada em local fechado e seco, sem retirá-lo de sua embalagem.
Compre conforme a obra demandar.
Tijolos e blocosEmpilhados de forma a não ultrapassar 1,50 metro de altura. Devem ser
cobertos com uma lona. Tijolos aparentes devem ser empilhados sobre um tablado de
madeira.
Método correto de ser armazenar tijolos
Cal
Empilhado em local fechado, longe de umidade. Assim como o cimento deve-se evitar
sua compra em grandes quantidades (tempo de estocagem: 30 dias). Deve ser comprado
aos poucos, conforme a demanda, pois se trata de um material perecível.
Barras de aço
Devem ser guardadas de mesmo diâmetro juntas. Podem ser armazenadas em locais
abertos, se não ficarem expostas por muito tempo (até 90 dias). Não devem ser
colocadas em contato com a terra.Tubos e conexõesSeparados de acordo com o tipo.
Não devem ficar expostos ao sol.
Madeiras
As chapas compensadas devem ser cobertas com saco plástico e sem contato com o
solo. Não se deve empilhar um grande número, pois o peso pode danificar o material.
Se a obra tiver tábuas para piso, elas devem ser guardadas sobre estrado de madeira. Já
o madeiramento para o telhado deve ser coberto com plástico.
Portas e janelas
Devem ser guardadas dentro de casa e sem retirar suas embalagens. Dispostas em
posição horizontal.
Azulejo e piso cerâmico
Deve evitar armazená-los em locais úmidos. Devem ser empilhados sem retirar as
embalagens de papelão.
Vidro
Não deve ser estocado. Deve ser usado assim que chegar à obra, ou seja, na etapa final
da obra, no acabamento.
Tijolos e blocos
Empilhe-os de forma a não ultrapassar 1,50 m de altura. Cubra-os com uma lona.
Tijolos aparentes devem ser empilhados sobre um tablado de madeira.
Cal
Material perecível. Empilhe-o em local fechado, longe de umidade. Assim como o
cimento, deve-se evitar sua compra em grandes quantidades (tempo de estocagem: 30
dias). Compre aos poucos (conforme demanda).
Barras de aço
Guarde as barras com o mesmo diâmetro juntas. Podem ser armazenadas em locais
abertos, se não ficarem expostas por muito tempo (até 90 dias). Não coloque-as em
contato com a terra.
Tubos e conexões
Separe-os de acordo com o tipo. Evite deixá-los expostos ao sol.
Pedras
Guarde-as como o indicado para a areia. Não precisam ser cobertas.
Telhas
As telhas de barro devem ser empilhadas verticalmente. Disponha-as de modo a ficar
próxima ao local em que serão utilizadas (para evitar quebras). Telhas metálicas devem
ficar um pouco inclinadas para não acumular água.
Madeiras
1. Chapas compensadas: Cubra com saco plástico e não deixe em contato com o solo.
Evite empilhar um grande número, pois o peso pode danificar o material.
2. Tábuas para piso: Devem ser guardadas sobre estrado de madeira.
3. Madeira para telhado: Cubra as vigas com plástico.
Vidro
Não deve ser estocado. Deve ser usado assim que chegar à obra (etapa de acabamento
da obra).
Portas e janelas
Guarde-as dentro da casa, sem retirar suas embalagens, dispondo-as em posição
horizontal.
Locação de obras;
_ o alinhamento da rua;
Nos casos em que o movimento de terra tenha sido feito, deve-se iniciar a locação pelos
elementos da fundação, tais como as estacas, os tubulões, as sapatas isoladas ou
corridas, entre outros. Caso contrário, a locação deverá ser iniciada pelo próprio
movimento de terra.
Uma vez locadas e executadas as fundações, pode ser necessária a locação das
estruturas intermediárias, tais como blocos e baldrames.
Os cuidados com a locação dos elementos de fundação de maneira precisa e correta são
fundamentais para a qualidade final do edifício, pois a execução de todo o restante do
edifício estará dependendo deste posicionamento, já que ele é a referência para a
execução da estrutura, que passa a ser referência para as alvenarias e estas, por sua vez,
são referências para os revestimentos. Portanto, o tempo empreendido para a correta
locação dos eixos iniciais do edifício favorece uma economia geral de tempo e custo da
obra.
A demarcação dos pontos que irão definir o edifício no terreno é feita a partir do
referencial previamente definido, considerando-se três coordenadas, sendo duas
planimétricas e uma altimétrica, as quais possibilitam definir o centro ou eixo central do
elemento que se vai demarcar (fundação, parede, etc.).
A medição das distâncias é feita com uma trena, que pode ser de aço (comum ou tipo
invar) ou de plástico armada com fibra de vidro. Existem também as trenas de pano que,
no entanto, devem ser evitadas, pois se deformam sensivelmente, causando diferenças
significativas nas medidas.
A tabeira pode ser utilizada mesmo em terrenos acidentados e com grande desnível.
Nestes casos é construída em patamares, como ilustra a Figura 2.3.
Figura 2.2 - Ilustração dos elementos auxiliadores para a locação de edifícios: (a) tabeira
[Fonte: LICHTENSTEIN & GLEZER, s.d.]; (b) cavalete [Fonte: IPT, 1987].
Figura 2.3 - Ilustração da tabeira executada em diferentes níveis, acompanhando a
topografia do terreno [Fonte: FABIANI, 1981].
Para a medição das coordenadas, deve-se tomar sempre a mesma origem, trabalhando-
se com cotas acumuladas para evitar a propagação de possíveis erros.
Figura 2.4- Ilustração da demarcação do eixo e das faces de um elemento a ser locado
[Fonte: IPT, 1987].
O ponto que define o eixo central dos elementos deve ser destacado através de pintura,
para que não se confunda com os laterais.
Observe-se que se a locação ocorrer pela face, sempre existirá o risco de haver confusão
na obra, pois não se pode saber qual face foi locada inicialmente, de onde se iniciou as
medidas, se a espessura do revestimento foi ou não considerada.
Assim, após ter sido demarcado o ponto central, deve-se locar os pontos laterais
utilizando-se preferencialmente pregos menores.
De modo geral é preferível que se tenha a tabeira como apoio à demarcação do que o
cavalete, pois este pode se deslocar com maior facilidade, devido a batidas de
equipamentos ou mesmo esbarrões, levando à ocorrência de erros na demarcação. No
entanto, existem situações em que não é possível o emprego da tabeira, como é o caso
da locação de edifícios cuja projeção horizontal seja muito extensa, como por exemplo o
prédio da Engenharia Civil da Escola Politécnica, ou mesmo do Palácio de Convenções
do Anhembi, entre outros. Nestes casos, o uso de equipamentos topográficos auxiliados
por cavaletes é a solução que torna viável a demarcação.
Seja qual for o método de locação empregado, é de extrema importância que ao final de
cada etapa de locação sejam devidamente conferidos os eixos demarcados, procurando
evitar erros nesta fase. A conferência pode ser feita com o auxílio dos equipamentos de
topografia ou mesmo de maneira simples, através da verificação do esquadro das linhas
que originaram cada ponto da locação. Para isto, pode-se utilizar o princípio do
triângulo retângulo (3, 4, 5), como ilustra a Figura 2.5.
Movimento de terra;
Pode definir-se Movimentação de Terras como o conjunto de trabalhos executados por
homens, máquinas e ferramentas destinadas à preparação dos terrenos para a
implantação de estruturas, pavimentos ou outras obras de Construção Civil.
Terra ou saibro – solo corrente (argila, areia, terra) que pode ser escavado com uma
máquina escavadora de pneus ou rastos sem equipamento especial;
Rocha dura – rocha rija, compacta ou em processo inicial de alteração; só pode ser
desmontada a compressor, com explosivos, com produtos químicos expansivos ou com
qualquer técnica especial a definir caso a caso.
Escavações;
A primeira etapa é a escavação do solo que pode ser executada de modo mecânico ou
manual em etapas sucessivas de cima para baixo, seguindo a geometria do projeto da
contenção.
Para cortes verticais, Gässler (1990) apud Lima, 2002, indicou profundidades de cada
estágio de escavação em função do tipo de solo conforme mostra a Tabela 1.
Tabela 1 – Profundidade de escavação em função do tipo de solo, Fonte: Gässler (1990)
apud Lima, A.P., 2002
O solo a ser escavado deve apresentar uma resistência aparente não drenada ao
cisalhamento mínima de 10 kPa, do contrario não se poderá executar escavações com
geometrias verticais. Uma resistência como esta, entretanto, é possível obter na maioria
dos solos argilosos e arenosos, mesmo em areia puras úmidas, devido ao efeito de
capilaridade. Somente em areias secas e sem nenhuma cimentação entre grãos, ou em
solos argilosos muito moles, este processo dificilmente terá sucesso. Ortigão et al.
(1993, p. 292).
Dringenberg e Craizer, 1992 apud Lima, 2002 recomenda onde possível inclinar a face
do talude para promover redução da armadura de reforço. Lima, 2002, recomenda uma
inclinação de 5°a 10° da face do talude, em relação à vertical, para obter-se um ganho
na estabilidade geral do conjunto na fase construtiva.
Segundo, Zirlis et al. (2003) outra medida para minorar os esforços na superfície de
escavação é utilização de bermas entre as linhas verticais de grampeamento. Em virtude
das condições do terreno, a ordem da instalação dos grampos e da estabilização do
parâmetro pode ser invertida.
b) estudo do terreno.
Com esses dados, passa-se à escolha do tipo de fundação, tendo-se presente que:
Tipos de fundações
Os principais tipos de fundação podem ser reunidos em dois grandes grupos: fundações
superficiais e fundações profundas.
A fixação da profundidade que deve alcançar uma fundação, não é um problema fácil,
pois são inúmeros os fatores que podem influenciar para que um solo não atenda a
necessidade de esforço da fundação.
Fundações Superficiais
As fundações superficiais podem ser ainda isoladas quando o elemento suporta apenas a
carga de um pilar que passa pelo seu CG, ou excêntrica quando a resultante das cargas
aplicadas não passa pelo CG da base, é o caso das fundações em divisa de terreno.
Usualmente, uma fundação com carga excêntrica é associada por meio de uma viga de
equilíbrio, com a de um pilar mais próximo.
Outra característica das sapatas é a sua pequena altura em relação às dimensões da base,
são "semiflexíveis" que ao contrário dos blocos, que trabalham à compressão simples,
as sapatas trabalham à flexão.
Fundações Profundas
São aquelas em que o elemento de fundação transmite a carga ao terreno pela base
(resistência de ponta), por sua superfície lateral (resistência de atrito do fuste) ou por
combinação das duas, e está assentada em profundidade, em relação ao terreno
adjacente, superior no mínimo ao dobro de sua menor dimensão em planta.
Tubulões - são elementos de fundação de forma cilíndrica, em que pelo menos na sua
etapa final de escavação, há descida de trabalhador. Pode ser feito a céu aberto ou sob ar
comprimido (pneumático), e ter ou não base alargada. Pode ser executado sem
revestimento ou com revestimento de aço ou de concreto, que neste caso, seu
revestimento (camisa de aço), pode ser perdida ou recuperável.
Para o caso de solos não coesivos poderá ser feita contenção, que são camisas
cilíndricas de concreto ou aço para conter as paredes laterais do tubulão.
Os tubulões que são executados com auxílio de ar comprimido, são aqueles em que o
nível de água do solo e atingido antes da camada de resistência onde deverá ser arrasada
a base do tubulão. Nestes casos deve se tomar cuidado também para evitar danos com a
saúde dos trabalhadores que trabalham sob o efeito do ar comprimido dentro do tubulão,
bem como com o sistema que garante a vida dos trabalhadores e o bom andamento dos
serviços.
Peso final de uma construção corresponde a três elementos, que são assim
determinados:
Carga, que é a resultante da somatória de todos aos pesos dos materiais que entram na
construção do edifício.
Sobre carga, que corresponde à soma de todos os pesos dos elementos que serão
depositados nas dependências do edifício, os quais são: pessoas, móveis e
equipamentos.
Esforços temporários, que atuam sobre o prédio, tais como: chuva, ação do vento e
outras intempéries.
Por meio das fundações é que se atinge essas camadas, e por tanto a elas
transfere-se a carga total correspondente ao peso final da construção.
Fundação direta.
É aquela que por meio de escavações simples atingem a camada rasante de solo
resistente, sobre a qual apóiam-se as fundações.
Sapata corrida – através de peças de concreto armado, com seção retangular ao longo do
comprimento de todas as paredes do prédio, suas cargas são transmitidas,
uniformemente ao solo resistente.
Sapata isolada – por meio de uma placa de concreto armado, no formato quadrado,
retangular ou então de outra figura geométrica, as cargas do prédio são transmitidas por
suas áreas correspondentes, concentradas e uniformemente distribuída para a camada de
solo resistente, sobre a qual se apóia.
Radie – a base total da construção assenta-se sobre uma grande placa, executada em
concreto armado, a qual distribui, uniformemente a carga total do prédio, por uma
grande metragem igual ou maior que a área da edificação; sendo que assim, o seu peso
será descarregada, sobre uma extensa camada resistente do solo.
Deve-se ter em conta, que apesar da fundação direta, ser um processo fácil de
controle e de execução, a mesma só será técnica e economicamente viável, se for
rasante; isto é, em profundidades não superior a 3,00 m, porque acima dessa metragem,
seu custo passa a ser inadequado, e função dos serviços complementares necessários, e
em comparação a outros tipos de fundações.
Fundações indiretas.
Atrito lateral – é a reação que as camadas do solo produzem na estaca, devido o contrato
de sua face externa, ao longo de todo o seu comprimento, dificultando assim a
penetração.
Carga de ponta – é a reação que o solo produz na ponta da estaca, em sentido contrário a
sua penetração, na camada de solo resistente.
A conjugação desses dois esforços: atrito e de ponta, somados com as taxas de
resistências do solo penetrado resultam na determinação da capacidade de suporte carga
de cada estaca.
Moldadas “in loco” – que são preparadas no canteiro de serviços e executadas no seu
próprio local de escavação.
Pré-fabricadas
Esse tipo de estaca tem em geral um comprimento de 6,00 a 9,00 m, com seções
circulares, mínimas de 25 cm.
A grande problemática da estaca de madeira é sua duração, por que quando submersa
tem vida indefinida, mas caso ficar enterrada ou exposta ao ar, ocorre o seu
apodrecimento, ao longo do tempo, o que produz a diminuição de sua seção e
evidentemente a perda de sua capacidade de carga.
Por esse motivo, a partir dos anos 40, a estaca de madeira foi sendo abandonada, aqui
no Brasil, nas obras de construção civil, sendo hoje quase que totalmente desconhecida.
Aplicável em qualquer tipo de solo, com água ou não, com exceção onde houver rochas.
.
Como desvantagens, tem os seguintes pontos:
Sua armação de aço é super dimensionada, para a carga que irá suportar, o que lhe
produz um acréscimo no custo, entretanto esse super dimensionamento se faz
necessário, para que possa absorver os efeitos que sofre em razão dos esforços devido
ao transporte e cravação.
É preciso que haja espaço no canteiro de obra, para o armazenamento das peças
necessárias, afim de que seja atendido o planejamento de cravação.
O canteiro de obra deverá ter espaços livres, que permita o seu deslocamento quando do
trabalho de cravação.
Pesos
Diâmetros
(cm) (kg/m)
20 60
25 85
30 120
35 150
40 200
50 300
Estaca metálica - Formada por perfis de aço nas seções de duplo “T” ou composições de
duas peças soldadas entre si. Possui capacidade de resistência ao ataque de corrosão, em
razão a sua própria composição, ou então por tratamento adequado de pintura
específica.
Em geral é indicada para suportar grandes cargas, como também quando se faz
preciso a sustentação de esforços de compreensão alinhados aos de contenção
por empuxo de terra.
Seu emprego entre nós ainda é limitado a determinados casos, em razão do seu
alto custo.
Circular Quadrada
Pré- Madeira 30 33
fabricada
35 38
40 45
Concreto armado 20 x 20 20
maciço
25 x 25 30
30 x 30 40
35 x 35 50
40 x 40 70
Concreto armado 20 25
circular vazada
25 35
30 45
35 55
40 75
Moldadas “in-loco”
Os furos verticais, dependendo das cargas desejadas, podem ser feitos por:
b – Escavada
b – Franki
b - Ar comprimido
Brocas – são perfurações feitas manualmente, com trado, normalmente em terreno que o
lençol freático, não fora atingido, e em diâmetro em geral de 20 cm, tendo como
profundidade no máximo até 4,00 m, uma vez que acima dessa metragem torna-se
dificultoso o trabalho de perfuração, como também, sua execução perfeitamente na
vertical.
Pelo o seu sistema de execução passa ser uma peça da fundação, de pouca
capacidade, sendo assim, somente, indicada para obras onde são solicitadas pequenas
cargas.
Por ser a perfuratriz montada na estrutura de um caminhão, usa-se o seu próprio motor
desse com elemento gerador da energia precisa.
Um Tripé.
Um Guincho manual.
Processo de execução:
Com o soquete é iniciada a perfuração, até uma profundidade de 1,00 a 2,00 m, furo
esse que servirá de guia para a colocação do primeiro tubo de aço, dentado na
extremidade inferior, chamado Coroa.
Com a introdução da coroa, o soquete é substituído pela sonda de percussão, a qual por
golpes sucessivos vai retirando o solo do interior do tubo, e abaixo da coroa, e dessa
maneira, a tubulação vai penetrando no terreno.
Quando estiver todo cravada rosquea-se, nele, o tubo seguinte e assim por diante, até
atingir a camada de solo resistente, ou e então o comprimento da estaca considerado
suficiente para suportar a carga prevista.
Para garantia da continuidade do corpo da estaca (fuste) é preciso que tenha dentro da
tubulação, uma coluna de concreto que ocupe todo o espaço perfurado e eventuais
vazios no subsolo. Dessa maneira o soquete não tem possibilidade de ter contato com o
solo, nem provocar desbarrancamento do terreno, evitando misturar-se com o concreto.
Seu processo de execução não causa vibrações, o que afeta pouco as construções
vizinhas.
Por ser moldada “in loco” é executada no comprimento desejado, não havendo assim
perda de materiais, ou necessidade de suplementação.
É importante frisar, que a coluna de concreto dentro da tubulação, por seu próprio peso,
já tende a preencher a escavação, e contrabalançar a pressão do lençol freático, se
existir.
20 25 20 15
30 32 25 20
40 38 30 25
60 45 38 30
90 55 48 35
Observação:
A estaca tipo Franki, é idêntica a Strauss, com a pequena diferença de que sua execução
é feita pela a colocação do tubo (camisa) na vertical, com o terreno, e dentro do qual é
feito no fundo um tampão de concreto, seco e adensado pelo soquete.
Esse tampão, que está aderido, fortemente na extremidade do tubo, pela a percussão
continua do soquete, penetra no terreno até a profundidade desejada, quando então será
feito um lançamento de concreto, que também, por percussão formará um bulbo,
dentro do terreno tornando-se a ponta da estaca.
Terminado o bulbo passa-se a execução do fuste, pelo o lançamento de concreto socado
ao mesmo tempo em que, o tubo é retirado, parcialmente, pela a elevação, de cada 30
cm, por vez.
Nota: Em todos os tipos de estacas moldadas “in loco”, que foram acima
descritos, não se faz necessária armação, porque ocorre na maioria das vezes
trabalharem, somente, com esforços de compressão; porém é preciso apenas, que na sua
extremidade superior, antes do término da concretagem, seja colocada, dentro do
concreto, uma armação de três barras de aço CA50 de 10 mm, com comprimentos de
2,00 m, estribadas a cada 30 cm, com aço CA50 de 6,3 mm.
Convém, salientar que no caso da estaca moldada “in loco” sofrer, também,
esforço de tração, então ela deverá ser armada, inteiramente ou parte do seu
comprimento, conforme determinar o cálculo estrutural.
Tubulões - são peças com diâmetros variáveis, superiores a 60 cm, perfurados até
atingirem o solo firme, onde a sua base será aberta em formato de um tronco de cone.
Posteriormente, esse buraco será preenchido totalmente com concreto simples.
Essa peça recebe ou não armação, em função do que o calculo estrutural, assim
definir.
Ar comprimido.
Não havendo água no subsolo perfurado, o processo “céu aberto” é feito, pela
simples abertura de poço manualmente com a retirada da terra por sarilho e balde, até
atingir a camada de solo firme.
Durante essas etapas, que se processam lentamente, pois deve haver um perfeito
controle para evitarem-se embolias gasosas, que é a penetração anormal de gás sob a
forma de bolha na corrente sanguínea, a qual pode ocasionar cambraias, dolorosas, ou
até a morte.
Após a abertura do poço, por um dos dois processos, a sua base será alargada em
forma de um tronco de pirâmide, para obter-se assim a área necessária de distribuição
de carga no solo firme, de acordo com sua taxa de sustentação.
Broca 20 Máximo 5
Escavada 25 / 35 20 / 30
Strauss 25 20
32 30
Franki 38 40
45 50
Moldada “in loco” broca Não gira mais o trado dado à resistência do solo
strauss
franki
Conforme a maneira que as cargas são distribuídas, essas partes das fundações
recebem denominações diferenciadas, tais como:
Quando as cargas são distribuídas em uma linha reta, ao longo de uma fileira de estacas,
a peça linear no sentido das paredes e de seção retangular recebe o nome de Viga de
baldrame.
As cargas são transmitidas, para as vigas de baldrame, por meio das paredes que estão
sobre elas e enterradas no terreno, e essas alvenarias recebem o nome de Alicerces.
Os alicerces em razão das cargas atuantes podem ser executados com: tijolos comuns,
blocos de concreto ou cerâmico.
As cargas transmitidas para os blocos se fazem por meio de Pilares, que nascem a partir
do próprio bloco.
As peças estruturais, que são executadas, como fundação direta ou indireta sob o solo,
tais como: sapata corrida, sapata isolada, radie, estaca, viga de baldrame, bloco, pilar e
alicerce, formam a parte da construção, denominadas Fundações, ou Infra-estrutura.
NOTA: Para melhores esclarecimentos dos processos de execuções e tipos de
equipamentos que são empregados, nas execuções das escadas de fundações, os
mesmos são apresentados, na seguinte ordem:
Desenho nº 1
Desenho nº 2
Desenho nº3
5. Técnicas de construção: canteiro de obras; depósito e armazenamento de materiais;
locação de obras; movimento de terra; escavações; fundações; formas; armação;
concreto; estruturas; alvenarias; coberturas; revestimentos; pisos e pavimentações;
impermeabilizações; esquadrias; ferragens; pinturas; máquinas, equipamentos e
ferramentas.
concreto;
Em alguns casos são adicionados aditivos que modificam suas características físicas e
químicas.
endurecimento.
na sua qualidade.
• Proporcionamento adequado
• Manipulação adequada
Após a mistura, o concreto deve ser transportado, lançado nas formas e adensado
corretamente.
• Cura cuidadosa
Fabricação no local;
Pré-misturado
• Campo de aplicação:
Cimento
Agregados
Como agregados podem ser utilizados materiais naturais e artificiais, que apresentem
resistência suficiente e que não afetem o endurecimento do concreto. Os agregados
devem por isso ser isentos de impurezas (terra, argila, humus) e de componentes
prejudiciais (no máximo 0,02% de cloretos e 1% de sulfatos). O açúcar é especialmente
perigoso, porque impede a pega do cimento.
Estruturas;
Estrutura são elementos em uma edificação cuja finalidade é resistir aos esforços (peso
e carga de uso) de uma edificação e realizar a transmissão desses para as fundações. Os
elementos estruturais podem ser classificados, de maneira simples como vigas, pilares e
lajes.
Armação Positiva: armaduras que ficam na parte inferior de vigas, lajes, cintamentos e
sofrem, durante a deformação das peças estruturais, ação de momento fletor positivo.
Estribos: são posições de aço que tem a função de unir as barras de aço de vigas e
pilares. Os estribos geralmente tem a bitola menor que as barras principais da peça
estrutural.
Cobrimento: o cobrimento é a quantidade de concreto que deve cobrir os aços das peças
estruturais, evitando que o aço sofra o processo de oxidação, fazendo com que a peça
perca resistência.
As peças estruturais são os pilares, vigas, lajes, blocos de concreto, cintamentos, sapatas
e estacas.
Pilares: São peças estruturais de concreto armado ou aço, que trabalham na vertical,
recebendo cargas das vigas ou lajes
Vigas: São peças estruturais de concreto armado ou aço, que trabalham na horizontal,
recebendo cargas das lajes e transferindo-a aos pilares
Lajes: São peças estruturais de concreto armado que trabalham na horizontal, recebendo
as cargas de utilização e peso próprio e transferindo as vigas.
Blocos de fundação: São peças estruturais de transição que fazem a ligação das estacas
ao cintamento.
Estacas: São peças estruturais de fundação que transmitem todas as cargas da edificação
ao solo.
Alvenarias;
Tipos de alvenaria
1. Alvenaria de pedra
A alvenaria de pedras pode ser de pedra bruta com ou sem argamassa. É muito usada
em muros de contenção de terra (muros de arrimo), que no caso de não serem
argamassados, permitem a saída de água pelos intervalos entre as pedras. A alvenaria de
pedra pode também ser de pedra aparelhada, nesse caso sempre argamassada, possuindo
geralmente a forma de paralelepípedo e chamadas de alvenaria de cantaria, sendo menos
usada, devido exigir mão-de-obra especializada e cara.
A argamassa destinada à alvenaria de pedra deve garantir a união das pedras, mantendo
a mesma resistência das aglomeradas. O traço indicado como normal para alvenaria de
pedra é 1:4 de cimento e areia grossa ou 1:2:2 de cimento, areia e saibro.
Confeccionadas com blocos cerâmicos maciços ou furados, são as mais utilizadas nas
construções de um modo geral. O consumo de tijolo por m² de alvenaria, bem como, o
consumo de argamassa para assentamento, depende do tipo de tijolo, das suas
dimensões e da forma de assentamento.
Coberturas;
1 – Conceito
Segundo a Morfologia das Estruturas (do Grego: Morfo = Forma, e Lógia = Estudo), as
coberturas são estruturas que se definem pela forma, observando as características de
função e estilo arquitetônico das edificações. As coberturas têm como função principal a
proteção das edificações, contra a ação das intempéries, atendendo às funções utilitárias,
estéticas e econômicas. Em síntese, as coberturas devem preencher as seguintes
condições:
funções estéticas: forma e aspecto harmônico com a linha arquitetônica, dimensão dos
elementos, textura e coloração;
Entre os detalhes a serem definidos em uma cobertura, deverá ser sempre especificado,
o sistema de drenagem das águas pluviais, por meio de elementos de proteção, captação
e escoamento, tais como:
2 – Tipos de coberturas
2.1 – Naturais
coberturas minerais: são materiais de origem mineral, tais como pedras em lousas
(placas), muito utilizadas na antigüidade (castelos medievais) e mais recentemente
apenas com finalidade estética em superfícies cobertas com acentuada declividade (50%
< d >100 %). Atualmente, vem sendo substituída por materiais similares mais leves e
com mesmo efeito arquitetônico (placas de cimento amianto);
coberturas vegetais rústicas (sapé): de uso restrito a construções provisórias ou com
finalidade decorativa, são caracterizadas pelo uso de folhas de árvores, depositadas e
amarradas sobre estruturas de madeiras rústicas ou beneficiadas.
coberturas vegetais beneficiadas: podem ser executadas com pequenas tábuas (telhado
de tabuinha) ou por tábuas corridas superpostas ou ainda, em chapas de papelão
betumado;
Madeira serrada Tábuas serradas superpostas
diretamente sobre o caibro das tesouras
e pregadas. Podem receber tratamento
impermeabilizante (piche)
tábuas
caibro
frechal
As tábuas podem ser também
pé-direito pregadas na vertical
justapostas com algum
impermeabilizantes ou com
mata-juntas de madeira
d > 45% serrada
3 – Coberturas planas
A cobertura deve ter inclinação mínima que permita o escoamento das águas das
chuvas, e direcionadas segundo o plano (projeto) de captação dessas águas. As
coberturas horizontais têm inclinação entre 1 a 3% e as consideradas inclinadas tem
caimento igual ou maior de 3%. Quanto à inclinação das coberturas, as mesmas podem
ser classificadas em:
coberturas em arcos;
Os sistemas de apoio de coberturas planas podem ser executados em: madeira, metal ou
concreto armado (podendo ser misto, também). A escolha e definição do material são
determinadas pelas exigências técnicas do projeto, como o estilo, a função, o custo, vão
de sustentação, etc. Quanto à definição estrutural, as armações de coberturas podem ser
executadas com os seguintes sistemas:
em Madeira:
em Metal:
em Concreto Armado:
Sistemas de pórticos
Devem ser indicados por setas ortogonais aos lados do polígono de cobertura, a
orientação da declividade dos panos. Junto da seta, deve ser especificada a Inclinação
(angulo º) que o plano de cobertura faz com a horizontal - ou Declividade - tangente
trigonométrica da inclinação, indicada pela letra d (d = h/d = tag %).
º d% º d%
1,0 1,7 17,8 32,0
1,7 3,0 20,0 36,4
5,5 9,6 25,0 46,6
5,7 10,0 26,6 50,0
8,6 15,0 30,0 57,7
10,0 17,6 35,0 70,0
11,3 20,0 40,0 83,9
15 26,8 45,0 100,0
altura das cumeeiras, também chamada de Ponto de Cobertura - é a relação entre a
altura máxima da cobertura e o vão. O Ponto varia entre os limites de 1:2 a 1:8 nos
telhados.
Beirais - caracterizados pela projeção das estruturas de apoio de cobertura alem da linha
de paredes externas, com a execução de forros. Em algumas definições arquitetônicas,
executam-se os prolongamentos das lajes de forro em balanço estrutural, além da linha
de paredes externas.
detalhes complementares
5 – Tipos de telhados
Alpendre Meia-água
cumeeira
Três águas
tacaniça
ventilação
6 – Cobrimento ou Telhamento
possuir leveza, com peso próprio e dimensões que exijam menos densidade de
estruturas de apoio;
podem ser fornecidas com aderência na face inferior de poliestireno expandido para a
redução térmica de calor;
refletem 60% das irradiações solares, mantendo o conforto térmico sob a cobertura. São
resistentes e duráveis;
cuidado deve ser observado para não apoiar as peças diretamente sobre a estrutura de
apoio em metal ferroso, as peças devem ser isoladas no contato;
incombustíveis;
telhas produzidas com traço especial de concreto leve, proporcionando um telhado com
10,5 telhas por metro quadrado e peso de 50 kg/m2;
perfis variados com textura em cores obtidas pela aplicação de camada de verniz
especial de base polímero acrílica;
Tesoura simples
Tesoura com lanternim
Tesoura de alpendre
Para orientar a comunicação com o pessoal nas obras a terminologia das peças que
compõem um telhado é a seguinte:
3
4
14
2 1
5 7 8 10
2
12 11
6
9
13
1
7
15
13
2 2
3
1
1
16
4
1
10
6
9
15
x b
2 cm α
a
d
90º
Dir
b
e
ção
do
d
en
α pequeno
X pequeno
ntee
do d
α/2
ção
α/2
Dire
ß/2 ß/2
a
ão
cç
Su rm
pe
c.
Sucção
c. perm
0
10
6 mm
b
6 mm
A
+
+
+ ++
+ + +
+ + +
+ + +
Corte AA
Cobrejuntas de
A madeira pregadas
Cantoneira
CH 50x6mm
+ + + ++ + + +
+ + + + + +
Cobrejuntas de
madeira pregadas
Chapa reta
50x6mm
28 0,35 3,81
26 0,45 4,01
24 0,55 5,65
22 0,71 6,87
20 0,90 8,08
A colocação e fixação dos elementos de captação de água devem ocorrer pouco antes do
arremate final do telhado e o engenheiro deve verificar os seguintes pontos antes de
liberar a continuidade dos trabalhos, pois é prudente evitar retorno de operários sobre a
cobertura para fazer reparos para não causar danos às telhas e acessórios e com isso
provocar infiltrações e goteiras:
fazer um teste de vazamento e caimento (ver se água fica parada em pontos da calha);
65 71 91
80 80 100 100
75 75
80 100 100
Calha de platibanda
15 15 15 15
10 10 150
110 120
80 85 100
Rufo interno
10 10
10
75 15 85 15 105 15
Rufo externo
10 10 10
60 70 80
170 10 190 10 10
230
Rufo com pingadeira
140 220
135 40
80 15 40 80 15
55 15 40
15 15
15
12 12 12 12
90 90 105 105
10 13 13 10 30 30
12 12 10 10
130 130 250 250
Beiral – parte da cobertura em balanço que se prolonga além da prumada das paredes.
Caibros – peças e madeira de média esquadria que ficam apoiadas sobre as terças para
distribuir o peso do telhado.
Calha – é canal ou duto em alumínio, chapas galvanizadas, cobre, PVC ou latão que
recebe as águas das chuvas e as leva aos condutores verticais.
Clarabóia – é a abertura na cobertura, fechada por caixilho com vidro ou outro material
transparente, para iluminar o interior.
Platibanda – mureta de arremate do telhado, pode ser na mesma prumada das paredes ou
com beiral.
Rincão (água furtada) – canal inclinado formado por duas águas do telhado.
Ripas – são as peças de madeira de pequena esquadria pregadas sobre os caibros para
servir de apoio para as telhas.
Tirante – é a viga horizontal (tensor) que, nas tesouras, está sujeita aos esforços de
tração.
Última
Norma Código
atualização
NBR5720
Coberturas 02/1982
NB344
NBR5639
Emprego de chapas estruturais de cimento-amianto 12/1977
NB554
NBR7196
Folha de telha ondulada de fibrocimento 06/1983
NB94
NBR7190
Projeto de estruturas de madeira 08/1997
NB11
NBR8948
Telha cerâmica - Verificação da impermeabilidade 07/1985
MB2133
NBR9601
Telha cerâmica de capa e canal 09/1986
EB1701
NBR9600
Telha cerâmica de capa e canal tipo colonial - Dimensões 09/1986
PB1247
NBR9598
Telha cerâmica de capa e canal tipo paulista - Dimensões 09/1986
PB1245
NBR9599
Telha cerâmica de capa e canal tipo plan - Dimensões 09/1986
PB1246
NBR7172
Telha cerâmica tipo francesa 03/1987
EB21
NBR8038
Telha cerâmica tipo francesa - Forma e dimensões 03/1987
PB1013
NBR5642
Telha de fibrocimento - Verificação da impermeabilidade 11/1993
MB1089
NBR5640
Telha estrutural de fibrocimento 03/1995
EB305
NBR7581
Telha ondulada de fibrocimento 02/1993
EB93
Revestimentos;
Revestimentos são todos os procedimentos utilizados na aplicação de materiais de
proteção e de acabamento sobre superfícies horizontais e verticais de uma edificação ou
obra de engenharia, tais como: alvenarias e estruturas.
Revestimento de paredes
1 – Revestimentos argamassados
1.1 – Chapisco
1.2 – Emboço
Pisos e pavimentações;
fácil conservação;
função decorativa;
econômica.
em cerâmica: piso cerâmico não vidrado (lajota colonial) e piso cerâmico vidrado de
resistência variável (decorados e antiderrapantes);
em pedra:
Piso melamínico de alta pressão (PMAP) – são chapas para revestimentos de substratos
rígidos, compostas de material fibroso, celulósico, empregnado com resinas
termoestáveis, amínicas e fenólicas, prensadas por meio de calor e alta pressão,
constituindo um revestimento de elevado índice de resistência ao desgaste, com
espessura de 2 mm, produzidos em diferente versões, específicas para cada aplicação e
uso (convencional, fogo retardante, reforçado etc.).
Nas áreas de garagens, não deixar de executar declividades mínimas para o escoamento
natural d’água.
Se possível, a cota do piso interno de uma edificação deve estar sempre elevado em
relação ao piso externo;
Tipo “blokret” pa ra ti
Decora tivo
Os procedimentos a seguir são indicados para o caso de áreas internas sobre lajes com
contrapiso em painéis de 2,0x2,5 m e espessura mínima de 2,0 cm e espessura máxima
dependendo do desnível necessário ou da correção de nível exigida.
Marcar o nível das mestras de acordo com o projeto (transferir o nível) usando nível de
mangueira, lembrando que nas áreas onde haverá escoamento de água (ralo) prever um
caimento mínimo de 1%;
Dois dias antes da execução do contrapiso colocar os tacos (taliscas) conforme o nível
determinado fixando-os com a mesma argamassa que vai ser usada no contrapiso
(depende do revestimento final que vai ser colocado, conforme tabela a seguir). Molhar
o local onde vai ser colocado o taco e polvilhar com cimento comum para garantir a
perfeita aderência da argamassa com a base;
Traço da argamassa
Água 10 %
Os tacos deverão ficar a uma distância máxima de 2 metros e após 2 dias, lavar bem a
superfície (água em abundância) e executar as mestras, adotando-se os mesmos
cuidados de polvilhar cimento, inicialmente nos locais das mestras e depois em toda a
superfície que vai receber o contrapiso, espalhando e misturando com a água para
formar uma nata de aderência;
Espalhar a argamassa entre os tacos numa espessura um pouco acima da altura dos tacos
e compactando-a com um soquete (a argamassa deve estar em ponto de farofa). Em
seguida, usando os tacos como apoio, nivelar a mestras com uma régua de alumínio
(reguar) e retirar os tacos, preenchendo o espaço com a mesma argamassa;
Logo após a execução das mestras lançar argamassa entre elas até um pouco acima das
mestras, espalhando com uma enxada ou rodo (espessura máxima por camada de 5 cm),
compactar da mesma forma que as mestras, preenchendo os espaços que ficarem abaixo
das mestras, sempre compactando;
De forma idêntica ao sarrafeamento feito antes, cortar a argamassa com uma régua de
alumínio, fazendo o acabamento (cimento alisado ou desempenho) de acordo com o tipo
de revestimento que será executado;
Isolar a área por no mínimo 3 dias após o término do serviço e controlar o trânsito de
equipamentos que possam danificar o contrapiso. Liberar para a execução do
revestimento decorridos 28 dias de cura. Aos 14 dias fazer a verificação e aderência
com um ponteiro de aço. Testar, também, o caimento jogando água com balde a fim de
verificar empoçamento e caimento inadequado. Refazer onde for necessário.
1 2 3 4 1 2 3 4
8 7 6 5 8 7 6 5
9 10 11 12 9 10 11 12
1 2 3 4 1 2 3 4
8 7 6 5 8 7 6 5
9 10 11 12 9 10 11 12
Soquete 8kg
Aplica r soluçã o
betuminosa Régua p/ sa rra fea r
São pisos indicados para áreas de tráfego de veículos pesados, como pátios de
estacionamento de ônibus, carga e descarga de caminhões, postos de combustíveis (não
utilizar asfalto, pois este reage em contato com óleo diesel). A altura (h) deve ser
dimensionada em função do tipo de uso previsto. Na figura a seguir, é mostrado um
perfil de um piso de concreto armado, sendo o esquema de concretagem pode seguir o
sistema em xadrez, como foi mostrado no item anterior.
h/ 2
h/ 2 h/ 3
espa ça dor
Ba rra de
tra nsferência
4 - Pisos de madeira
São pavimentos feitos com madeira frisadas (com encaixe tipo macho e fêmea) com
larguras e comprimentos variáveis fixados sobre vigamento ou contrapiso. Geralmente
os de largura de 5 a 8 cm são pregados com a pregação ficando oculta na mecha
(encaixe). Para larguras maiores pode-se usar cola ou pregação aparente ou ainda,
parafusos. Veja na figura a seguir esquemas de fixação de assoalhos de madeira:
Impermeabilizações;
Definição
Segundo Cunha (1979) a impermeabilização é como uma camada cuja função é
promover a estanqueidade do piso ou parede, impedindo a ascensão capilar da umidade
do solo ou a infiltração de águas superficiais, que pode ser feita por materiais rígidos,
semi-flexivel e flexível, a depender do caso.
Tipos de impermeabilização
Dinis (Apud Moraes, 2002) refere que o material que constitui a impermeabilização
deve possuir rigidez e flexibilidade adequadas às temperaturas de utilização, de forma
que acompanhe os movimentos normais que lhe são impostos, sem perder a
continuidade pelo surgimento de fissuras, ranhuras, rompimentos ou outras falhas. O
mesmo autor trata assim, o sistema de impermeabilização quanto à rigidez e
flexibilidade:
Picchi (Apud Moraes, 2002) refere que para que os sistemas impermeabilizantes sejam
perfeitamente identificados, quanto ao seu funcionamento e desempenho estrutural, é
necessário que se identifiquem também todas as solicitações a que os mesmos estarão
submetidos. Segundo o mesmo autor, de forma geral, pode-se reunir as seguintes
solicitações conforme designado a seguir:
Classificação da impermeabilização
1-Má vibração
2-Desgaste do concreto
3-Efeito de Abrasão
4-Junta de dilatação
5- Tensões verticais
6-Retração hidráulica
Dentre os fatores que podem influenciar nas fissuras do concreto analisados por Alves
(1982), ele aborda em seus estudos que o problema destas fissuras no concreto pode
estar relacionado com a má vibração deste, gerador de inúmeros vazios e aumentos na
porosidade do concreto com agregados inadequados ou mesmo traços errados do
mesmo, com a falta ou a cura tardia do concreto criando um problema gravíssimo de
retração, devido ao composto cimento que possui um alto desprendimento de calor,
elevando a temperatura, para uma posterior evaporação da água da estrutura, que
rapidamente deixa vazios que provocam fissuras na mesma, além das especificações
inadequadas das impermeabilizações e juntas de dilatações que são pontos críticos em
obras, visto que a movimentação dessas lajes está relacionada com a variação térmica,
sendo necessária uma impermeabilização e uma junta flexível.
Diante dessas conseqüências, Verçoza (2010) aponta que a passagem de água nas lajes
traz diversas patologias nas edificações:
d)Oxidação – é a reação química que ocorre nos metais sujeitos a umidade. No aço,
chama-se ferrugem e causam o aumento considerável de volume das barras
desagregando o recobrimento, expondo as armaduras a mais ataques externos;
Esquadrias;
Os serralheiros compram os perfis para uso quase que imediato. Basicamente existem
dois tipos de serralheiros (indústria de caixilhos): os que trabalham de maneira
padronizada e vendem seus produtos através das lojas de materiais para construção e os
que trabalham sob medida, não padronizados.
Sendo assim é comum, nessa fase da obra, a percepção de defeitos das etapas anteriores
pela falta de prumo, nivelamento e alinhamento, fatores estes que a colocação das
esquadrias apontarão, exigindo muitas vezes a execução emergencial de retrabalhos na
obra antes da instalação de portas e janelas.
Esquadrias de alumínio
alvenaria deve estar concluída e chapiscada com vãos das aberturas com folgas de 3 a 7
cm de cada lado, em cima e em baixo, dependendo da orientação do fornecedor;
no caso de edifícios altos, preferivelmente, a estrutura deverá estar concluída para que
seja possível aprumar os contramarcos a partir de fio de prumo externo;
dependendo do tipo de caixilho, as taliscas das paredes internas também devem estar
indicando o plano final do acabamento;
internamente deve haver uma referência de nível do peitoril em relação ao piso acabado
padrão para todas as janelas do mesmo pavimento ou de conformidade com o projeto.
sarrafo
contramarco 1”x2”
perfil cadeirinha
arame
chumbador
cunhas
3 a 7 cm
os chumbadores devem ficar a 20 cm dos cantos e em número suficiente para que não
fiquem a mais de 80 cm uns dos outros;
após conferir todas as referências, dar o aperto no arame de amarração nos sarrafos;
contramarco
tipo cadeirinha
contramarco
argamassa 1:3
sarrafo 1”x2”
cunhas
fazer o chumbamento definitivo com argamassa de cimento e areia média, no traço 1:3,
apenas nos pontos de ancoragem;
Em geral a instalação dos caixilhos de alumínio é feita por pessoal especializado que
pode ser da própria fornecedora dos caixilhos ou por empreiteiro indicado pela mesma.
De qualquer forma, é importante que o engenheiro tome alguns cuidados nesta fase da
obra para assegurar o perfeito funcionamento das janelas e portas de alumínio. Quase
sempre as etapas que antecedem a instalação dos caixilhos são o revestimento interno e
externo.
cunhas de separação
papelão ou carpetes
caixilhos
parede
cunhas de apoio
ripa 1”x2”
piso
após a colocação das esquadrias de alumínio e se ainda existir algum serviço a ser
executado, é recomendável proteger os caixilhos com vaselina ou plásticos adesivos;
a limpeza pode ser feita com água e detergente neutro com até 10% de álcool (jamais
utilizar esponjas de aço ou de outra fibra que possa riscar a superfície de alumínio);
as superfícies de alumínio não podem ser expostas ao contato com cimento, argamassas
ou mesmo resíduo aquoso desses materiais ou com ácido clorídrico (muriático), pois
haverá uma reação química na superfície com a formação de manchas definitivas.
Ferragens;
No quadro a seguir é mostrada a classificação geral das ferragens e nas figuras são
mostrados exemplos de alguns dos tipos de ferragens mais utilizados nas obras
correntes.
Pivô
Gonzos
Comum
Charneiras
Convencionais
Dobradiças Palmelas
Axiais
Sobrepor
Fechaduras
Embutir
Ferrolhos
Fechos
Tarjetas
Tranquetas
Cremonas
Visores
Acessórios
Amortecedores
Fixadores
Molas
Alavancas
Puxadores
Rodízios e guias
1 - Dobradiças
vai e vem
2 - Fechaduras
São os mecanismos instalados nas portas, portões e janelas para travar a sua abertura,
garantir a segurança e permitir o funcionamento da porta ou janela de acordo com a
finalidade. Em geral pode-se classificar as fechaduras em:
de embutir com cilindro - o mecanismo da abertura e fechamento da lingüeta
comandada pela chave é removível, sendo mais utilizadas em folhas de portas que dão
comunicação com a parte externa das edificações;
de embutir tipo gorges - é o tipo mais antigo de fechadura, em que o mecanismo que
aciona a lingüeta da chave é parte integrante do corpo da fechadura;
de acionamento elétrico – as mais comuns são as que por acionamento elétrico liberam a
lingüeta pelo deslocamento da chapa da contratesta. existem, no entanto, no mercado da
construção civil, inúmeros tipos de fechaduras com acionamento elétrico, como
porteiros eletrônicos, chaves de tempo, com cartões magnéticos controladas por central
informatizada etc.
espelho – é a chapa metálica, com diversos acabamentos, cuja peça única tem dois
orifícios para introdução da chave e do eixo do trinco de fechaduras embutidas, com a
finalidade de dar arremate nas laterais da folha da porta onde foram feitos os buracos;
puxadores - são peças com a única finalidade de movimentar a folha e não possuem
mecanismo de trava, apresentadas em dois modelos: do tipo alça e do tipo concha.
Existem, ainda, puxadores do tipo trinco de maçaneta usada em caixilhos de correr;
ferrolho - peça utilizada para prender a folha na soleira ou peitoril, quando houver duas
folhas. Entre os modelos, existe um denominado fecho (ferro pedrez) que é instalado na
face de espessura da folha (encabeçamento), possuindo uma mola que traz sempre a
peça travada;
tarjetas - são peças semelhantes aos ferrolhos, utilizadas para portinholas e portas de
box sanitários, podendo ser executadas em peças mais robustas, com porta cadeado,
para portas e portões externos;
carrancas - são peças fixadas na alvenaria externa para prender as folhas de venezianas
quando abertas, para que o vento não as faça bater;
rodízios – são acessórios utilizados para instalação de folhas de correr, que fazem parte
de um sistema composto de trilho, rodízios, guia, pivô e concha.
fecho para portas e ferrolho de sobrepor
para portas e janelas tranca de sobrepor
janelas de correr
puxador
alavanca amortecedores puxador
janela de
para vitrô para portas tipo concha
correr
À primeira vista, uma parede interna ou uma fachada bem acabada aparenta formar a
base ideal para receber uma pintura, entretanto, a pintura sobre superfícies de reboco ou
de concreto não é assim tão simples como parece, constituindo-se num problema onde
os riscos e as dificuldades surgem em grande número. Os materiais de construção
empregados na preparação e no acabamento das paredes são quimicamente agressivos,
podendo, conseqüentemente, atacar e destruir as tintas aplicadas sobre elas.
Além desses cuidados, outras considerações devem ser levadas em conta em relação à
superfície que será pintada:
Concreto e reboco - aguardar pelo menos 30 dias para cura total. Sobre rebocos fracos,
deve-se aplicar o fundo preparador de paredes para aumentar a coesão das partículas da
superfície, evitando problemas de má aderência e descascamento. Quando essas
superfícies tiverem absorções diferenciadas, deverá ser aplicado um selador acrílico
pigmentado para uniformizar a absorção. O concreto deve estar seco, limpo, isento de
pó, sujeira, óleo e agentes desmoldantes.
Madeira - deve ser limpa, aparelhada, seca e isenta de óleos, graxas, sujeiras ou outros
contaminantes. Madeiras resinosas ou áreas que contém nós devem ser seladas com
verniz. Um procedimento aconselhável é selar a parte traseira e os cantos da madeira
antes de instalá-la, para evitar a penetração de umidade por esse lado. Uma cuidadosa
vedação de furos, frestas, junções é necessária para prevenir infiltrações de água de
chuva.
Ferro e aço - materiais muito vulneráveis à corrosão. Devem ser removidos todos os
contaminantes que possam interferir na aderência máxima do revestimento, inclusive a
ferrugem; o processo de preparo depende do tipo e concentração dos contaminantes e as
exigências específicas de cada tipo de tinta. Alguns tipos de tinta têm uma boa
aderência somente quando a superfície é preparada com jateamento abrasivo, que
produz um perfil rugoso adequado para a perfeita ancoragem do revestimento.
Alumínio - é um metal facilmente atacado por ácidos ou álcalis, e sua preparação deve
constar de uma limpeza com solventes para eliminar óleo, gordura, graxas, ou outros
contaminantes. Aplicar inicialmente um primer de ancoragem para garantir uma perfeita
aderência do sistema de pintura.
Ferro galvanizado - é um metal ferroso com uma camada de zinco, usado para dar
proteção à corrosão por mecanismos físicos e químicos, portanto, não é o ferro que será
pintado, mas sim zinco, que é um metal alcalino. As superfícies galvanizadas devem ser
limpas, secas e livres de contaminantes. Um primer específico para este tipo de
superfície, também denominado primer de aderência, deve ser aplicado inicialmente.
Superfícies mofadas - devem ser cuidadosamente limpam, com a total destruição destas
colônias. Para tanto, deve-se escovar a superfície, e, a seguir, lavá-la com uma solução
de água potável e água sanitária (1:1), deixando agir por cerca de 30 minutos, após o
que a superfície deve ser novamente lavada com água potável, aguardando a completa
secagem antes de iniciar a pintura.
Superfícies caiadas - não oferecem boa base para pintura, tornando-se necessário uma
raspagem completa seguida de aplicação do fundo preparador de paredes.
Superfícies já pintadas - quando a superfície estiver em boas condições, será suficiente
limpá-la bem, após um lixamento, e a seguir aplicar as tintas de acabamento escolhidas.
Quando em má condições, a tinta antiga deve ser completamente removida e a seguir
deve-se proceder como se fosse superfície nova.
- Betoneira
- Britadeiras e moínhos
- Gruas
- Pórticos e pontes-rolantes
- Elevadores e montacargas
- Escavadoras
- Escavadoras-transportadoras (“moto-scrapers”)
- Bate-estacas (pilão)
- Cilindros de compactação
- Bombas centrífugas
- Compressores
- Reservatórios de ar comprimido
- Motores eléctricos
- Barcaças
- Máquinas diversas
Ferramentas.
- TRENA: fita de aço ou lona especiais, de grande comprimento (ex.: 50 m) com escala
gravada. Usada para medições em locação de obra, pequenos serviços topográficos, etc.
- METRO DE PEDREIRO: Pequenas réguas articuladas que se abre para formar uma
régua de certa rigidez, normalmente com 2 metros de comprimento. Usada pelos
operários da obra para medições pequenas em geral.
- LINHA DE NYLON PARA PEDREIRO: Fio de algodão ou fibra sintética, usado para
orientar e conferir alinhamento de serviços como, por exemplo, revestimentos.
- BALDE PARA CONCRETO: Possui uma alça em sua parte inferior para facilitar o
lançamento do concreto na forma. Usado também para transportar agregados, cimentos,
argamassas e líquidos
Tecnologia do Concreto;
O concreto é uma rocha artificial formada por uma mistura de agregados graúdos,
miúdo e material ligante, podendo ter ainda aditivos químicos e minerais. Os agregados
são normalmente classificados por origem, tamanho, forma e textura.
O concreto, devido às suas inúmeras vantagens, tem sido o material mais usado na
construção de prédios residenciais, comerciais, industriais e públicos, pontes, viadutos,
barragens, túneis, silos, reservatórios, etc.
Estes concretos, ainda pouco usados no Brasil, nos últimos dez anos tem tido suas
utilizações bastante ampliada em outros países, particularmente em edifícios altos,
pontes, pavimentos, elementos pré-fabricados, estruturas "offshore", túneis, estacas,
silos, reatores nucleares, estruturas em geral expostas a ambientes agressivos e
recuperação de estruturas. Os concretos de alta resistência e de alto desempenho são
considerados os "concretos do futuro" e vários países estão investindo nele.
1. Cimento
NOME SIGLA
(estampada na embalagem)
Em sua embalagem original - sacos de 50 kg - o cimento pode ser armazenado por cerca
de 3 meses, desde que o local seja fechado coberto e seco. Além disso, o cimento deve
ser estocado sobre estrados de madeira, em pilhas de 10 sacos, no máximo.
2. Pedra
Os seixos rolados são encontrados na natureza. A pedra britada é obtida pela britagem
mecânica de determinadas rochas duras.
O concreto das benfeitorias rurais pode ser feito com pedras 1 ou 2, as mais encontradas
no comércio de materiais de construção.
Tanto os seixos rolados como as pedras britadas devem estar limpos antes de seu uso. O
pó de britagem, o barro da jazida, galhos, folhas, raízes, devem ser retirados à mão ou
por lavagem.
3. Areia
4. Água
A água a ser utilizada no concreto deve ser limpa - sem barro, óleo, galhos, folhas ou
raízes. Em outras palavras, água boa para o concreto é água de beber. Nunca deve ser
utilizada água servida (de esgoto humano ou animal, de cozinha, de fábricas, etc.) no
preparo do concreto.
Propriedades mecânicas
Resistência à compressão
Retração e expansão
Concreto armado
Os vergalhões que compõem a armadura são amarrados uns aos outros com arame
recozido.
Existem também armaduras pré-fabricadas, que já vêm com os vergalhões unidos entre
si: são as telas soldadas, que servem de armadura para lajes e pisos.
Vantagens:
Desvantagens:
Peso próprio alto - 2,5t/m3 = 25KN/m3;
Além do critério resistência, as peças formadas por concreto armado devem atender aos
limites de deformações, e aí se situa a fronteira de sua aplicação: vãos maiores pedem
seções estruturais maiores, e o peso próprio das peças com grandes áreas transversais
acabam tornando a nova seção inviável. As principais características do uso do concreto
armado são: obtenção de peças monolíticas, durabilidade, alta resistência a choques e
vibrações, bom condutor de calor e som, necessidade de escoramentos durante a
fabricação, dificuldade de adaptação e reformas.
Concreto protendido
Permite vencer vãos maiores que o concreto armado convencional; para o mesmo vão,
permite reduzir a altura necessária da viga;
Uma das vantagens mais importantes do concreto protendido é a da alínea ‘d’ acima.
Para ilustrá-la pode-se criar o fato de que as pontes com vigas retas de concreto armado
têm seu vão livre limitado a 30 m ou 40 m, enquanto as pontes com vigas protendidas já
atingiram vãos de 250 m.
Blocos de concreto
Bloco Estrutural
Podem ser estruturais, de vedação ou canaletas, nos formatos inteiro ou meio bloco.
Apresentam texturas das mais finas, que podem ficar aparentes, até as rústicas,
ranhuradas ou com relevos. Os blocos estruturais medem, no máximo, 39 cm de
comprimento x 19 cm de largura x 19 cm de altura, enquanto os de vedação têm 39 x 9
x 19 cm.
(14 x 19 x 39 cm) (14 x 19 x 19 cm) (14 x 19 x 34 cm) (14
x 19 x 54 cm)
São constituídos de Cimento Portland, Agregados (areia, pedra, argila expandida etc.) e
água, sendo ainda permitido o uso de aditivos, desde que não acarretem prejuízo às
características do produto.
Devem ser homogêneos, compactos e com arestas vivas, não apresentar trincas, fraturas
ou outros defeitos que possam prejudicar o seu assentamento, resistência e durabilidade
ou o acabamento em aplicações aparentes, sem revestimento. Se destinados a receber
revestimento, devem ter a superfície suficientemente áspera para garantir uma boa
aderência.
Pavimento Intertravado
O preenchimento das juntas com areia promove diminuição das deflexões e aumento da
capacidade de suporte do revestimento do pavimento. É necessário que exista uma
capacidade adequada de suporte da base para o desenvolvimento do intertravamento. No
entanto, há indicações de que uma rigidez muito elevada da base possa inibir a
ocorrência do fenômeno.
O coeficiente de Poisson dos C.A.D. não se altera em relação aos C.T.: mantém-
se em cerca de 0,2. Esta, por acaso, é uma das características do concreto que demanda
maiores pesquisas.
Por todos estes motivos, já existem levantamentos recentes que dão conta da
utilização em muito maior escala dos C.A.D. pela maior durabilidade, e não pelas mais
elevadas resistências mecânicas, como poderia ser esperado.
Os C.A.D. são, regra geral, mais coesos e viscosos que os C.T.. Existem
recomendações de que o abatimento indicado para a execução de um determinado
serviço em C.T. seja acrescido de até 5 cm para o caso dos C.A.D..
A massa específica real, da ordem de 2,5 kg/dm3, é pouco superior à dos C.T., o
mesmo ocorrendo com o teor de ar aprisionado. Nenhum desses dois parâmetros, em
geral, é considerado inconveniente aos concretos.
Existem dúvidas também com relação à resistência ao fogo dos C.A.D., que, em
alguns ensaios, revelou um comportamento explosivo.
O mesmo tipo de dúvida diz respeito ao desempenho face aos ciclos alternados
de congelamento e degelo, na medida em que o material parece ser incompatível com a
maior parte dos aditivos químicos incorporadores de ar.
Materiais constituintes
Cimento
MEHTA e AITCIN (1990a) comentam que com qualquer tipo de cimento é possível
produzir concretos de alta resistência, sendo preferível, no entanto, o cimento Portland
comum e aqueles com elevados teores de C3S e C2S.
Agregados
Agregados graúdos
Várias são as razões pelas quais um agregado de menor dimensão máxima é capaz de
produzir um concreto mais resistente:
Distribuição granulométrica
Resistência à compressão
TIPO DE ROCHA
O Comitê 363 do ACI (1991) comenta que embora agregados angulares possam
produzir resistências mecânicas maiores, efeitos opostos no aumento do consumo de
água e redução da trabalhabilidade podem surgir se a angulosidade for muito acentuada.
Reatividade
Quando uma rocha não inerte é utilizada, como é o caso das rochas carbonáticas
(calcário, por exemplo), ocorre uma aderência química entre o agregado e a matriz,
melhorando as características da zona de transição e, conseqüentemente, as
propriedades mecânicas do concreto.
A melhoria da zona de transição em concretos com rochas carbonáticas pode ser
atribuída, segundo MONTEIRO e MEHTA (1986), ao refinamento dos grãos uma vez
que a dissolução e reprecipitação do carbonato de cálcio origina uma rede de cristais
menores.
Agregados miúdos
A seleção do agregado miúdo está condicionada à sua demanda de água, fator essencial
devido à sua influência sobre a resistência. Agregados miúdos com partículas
arredondadas e lisas necessitam menos água de mistura e, por este motivo, são
preferíveis para produção de concretos de alta resistência (ACI 363, 1991).
Água
De acordo com o ACI 363 (1991), os requisitos de qualidade da água para concretos de
alta resistência são os mesmos que para concretos convencionais.
Aditivos superplastificantes
Consistência
a) Tipo de cimento:
De uma forma geral, quanto maior a finura do cimento, menor a eficiência do aditivo
devido à diminuição da concentração específica das moléculas adsorvidas na superfície
dos grãos de cimento (BUCHER, 1989).