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INSTITUTO FEDERAL GOIANO – CAMPUS TRINDADE

BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

SISTEMAS DE ATERRAMENTOS ELÉTRICOS


PRIMEIRA ATIVIDADE DO AVA

Alunos: Vitor Ramos Machado e Weverton Pedro


Disciplina: Microcontroladores e Microprocessadores
Curso: 8° Período de Engenharia Elétrica
Professor: Geovane Furriel

Trindade, GO
Março de 2023

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Sumário
1. SONDAGEM ELÉTRICA .........................................................................................................4

2. ARRANJO DE SONDAGEM COM TERRÔMETRO ...........................................................5

3. ARRANJO DE SONDAGEM COM RESISTIVÍMETRO .....................................................6

4. CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS .....................................................................7

4.1. Terrômetro ..............................................................................................................................7

4.2. Resistivímetro ..........................................................................................................................7

5. DIAGRAMA DOS ARRANJOS ...............................................................................................9

5.1. Terrômetro ..............................................................................................................................9

5.2. Resistivímetro ........................................................................................................................ 10

6. CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO ................................................................................................ 12

6.1. Terrômetro e Resistivímetro .................................................................................................... 12

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Faça uma comparação entre os arranjos de sondagem geoelétrica (medição de
resistividade do solo) por Terrômetro e por Resistivímetro. A comparação deverá apresentar,
no mínimo:
 Características dos equipamentos;
 Diagramas dos arranjos;
 Condições de aplicação;

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1. SONDAGEM ELÉTRICA

A sondagem geoelétrica é um método de investigação geofísica que visa obter


informações sobre as propriedades elétricas do subsolo. Essas informações são
importantes para diversos tipos de estudos, como a prospecção mineral, a identificação
de aquíferos e a detecção de contaminantes no solo. Existem dois tipos de equipamentos
comumente utilizados para a medição da resistividade do solo: o Terrômetro e o
Resistivímetro.
O método consiste em injetar corrente elétrica no solo por meio de eletrodos
dispostos na superfície, e medir a diferença de potencial elétrico em outros eletrodos
localizados a certa distância. A resistividade elétrica do solo varia de acordo com a
composição, a porosidade, a umidade e a presença de minerais condutores, como o
sulfeto de cobre. A partir dos dados obtidos pela sondagem elétrica, é possível
determinar a espessura e a posição de camadas geológicas, identificar a presença de
água subterrânea, detectar falhas e fraturas no subsolo, e estimar a presença de minerais
de interesse econômico. A sondagem elétrica pode ser realizada utilizando diferentes
arranjos de eletrodos, como o Wenner, o Schlumberger e o dipolo-dipolo, cada um com
suas particularidades e limitações.

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2. ARRANJO DE SONDAGEM COM TERRÔMETRO

O Terrômetro é um equipamento que mede a resistência elétrica do solo em ohms. A


medição é feita através da injeção de corrrente elétrica no solo e da medição da diferença de
potencial resultante. No arranjo de sondagem com Terrômetro, são utilizados dois eletrodos
de corrente (C1 e C2) e dois eletrodos de potencial (P1 e P2). Os eletrodos de corrente são
inseridos no solo a uma distância fixa um do outro, e os eletrodos de potencial são
posicionados em uma linha perpendicular aos eletrodos de corrente. A resistividade do solo é
calculada a partir da equação:

Onde é a resistência elétrica medida pelo Terrômetro, é a diferença de potencial


medida pelos eletrodos de potencial, é a corrente elétrica injetada pelos eletrodos de
corrente, e é um fator de correção que depende das dimensões dos eletrodos e da
geometria do arranjo de sondagem.

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3. ARRANJO DE SONDAGEM COM RESISTIVÍMETRO

O Resistivímetro é um equipamento que mede a resistividade elétrica do solo em


ohm-metros. A medição é feita através da injeção de corrente elétrica no solo por meio de
um ou mais pares de eletrodos de corrente e da medição da diferença de potencial
resultante por meio de um ou mais pares de eletrodos de potencial. No arranjo de
sondagem com Resistivímetro, é utilizado um arranjo de eletrodos em linha ou em
quadrado, com os eletrodos de corrente na extremidade e os eletrodos de potencial na
outra extremidade. A distância entre os eletrodos é variável e determinada pela
profundidade que se deseja investigar. A resistividade do solo é calculada a partir da
equação:

Onde é a resistividade elétrica em ohm-metros, é a distância entre os eletrodos,


e é a resistência elétrica medida pelo Resistivímetro.
Em resumo, o arranjo de sondagem com Terrômetro utiliza quatro eletrodos e é
mais simples e rápido de ser realizado, mas a resistividade elétrica é medida em ohms e a
precisão é limitada pela geometria do arranjo e pela presença de interferências elétricas. Já
o arranjo de sondagem com Resistivímetro utiliza dois ou mais pares de eletrodos e é mais
preciso e flexível em relação à geometria do arranjo, mas é mais demorado e complexo de
ser realizado e a resistividade elétrica é medida em ohm-metros, exigindo conversão.

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4. CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

4.1. Terrômetro

 É um equipamento mais antigo e robusto, que utiliza eletrodos de grandes dimensões e


correntes elevadas para medir a resistividade do solo;
 É mais indicado para a realização de medições em solos de baixa resistividade, como
argilas e areias;
 Possui capacidade de geração de corrente elétrica em diferentes intensidades, o que
permite ajustar a medição de acordo com as características do solo e com a profundidade
da camada a ser investigada;
 Permite a realização de medições em diferentes arranjos de eletrodos, o que possibilita a
obtenção de informações mais precisas sobre a estrutura geológica do subsolo;
 É uma ferramenta importante para a realização de estudos de caracterização de solos,
identificação de aquíferos, detecção de vazamentos de líquidos contaminantes no solo,
entre outras aplicações;
É importante ressaltar que o Terrômetro possui algumas limitações, como a
dificuldade em medir a resistividade elétrica em solos de alta resistividade, como rochas, e a
necessidade de ter um profissional treinado e experiente para realizar as medições de forma
correta e segura.

4.2. Resistivímetro

 É um equipamento mais moderno e compacto, que utiliza eletrodos menores e correntes


mais baixas para medir a resistividade do solo;
 É mais indicado para a realização de medições em solos de alta resistividade, como
rochas e solos pouco úmidos;
 É um equipamento mais moderno e avançado do que o Terrômetro, possuindo uma
maior precisão nas medições e maior capacidade de armazenamento e processamento de
dados;
 Possui um sistema de aquisição de dados que permite realizar a leitura dos valores de
resistividade elétrica de forma automática e rápida;
 É capaz de medir a resistividade elétrica em diferentes faixas de frequência, o que
permite avaliar a variação da resistividade com a profundidade e obter informações sobre
as características geológicas do subsolo em diferentes escalas;
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 Permite a realização de medições em diferentes arranjos de eletrodos, o que possibilita a
obtenção de informações mais precisas sobre a estrutura geológica do subsolo;
 É uma ferramenta importante para a realização de estudos de caracterização de solos,
identificação de aquíferos, detecção de vazamentos de líquidos contaminantes no solo,
entre outras aplicações;
No entanto, assim como o Terrômetro, o Resistivímetro também possui algumas
limitações, como a dificuldade em medir a resistividade elétrica em solos de alta
resistividade, como rochas, e a necessidade de ter um profissional treinado e experiente para
realizar as medições de forma correta e segura. Além disso, o Resistivímetro é geralmente
mais caro e complexo do que o Terrômetro, o que pode torná-lo menos acessível para
algumas aplicações.

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5. DIAGRAMA DOS ARRANJOS

5.1. Terrômetro

No arranjo Wenner, os eletrodos são posicionados em uma linha reta, com uma distância fixa
e igual entre eles. A corrente elétrica é aplicada entre os eletrodos externos, enquanto a voltagem é
medida entre os eletrodos internos. Este arranjo é amplamente utilizado em sondagens elétricas de
baixa profundidade, pois oferece boa resolução e precisão na medição da resistividade elétrica do
solo. Segue abaixo o diagrama do arranjo Wenner:

A(+) B(+)

A(-) B(-)

Tabela 01 - Diagrama do arranjo Wenner

Neste arranjo, os eletrodos A(+) e A(-) são inseridos no solo a uma distância fixa e
igual ao espaçamento entre os eletrodos B(+) e B(-). A corrente elétrica é aplicada entre os
eletrodos externos B(+) e B(-), enquanto a voltagem é medida entre os eletrodos internos
A(+) e A(-). O arranjo Wenner é amplamente utilizado em sondagens elétricas de baixa
profundidade, pois oferece uma boa resolução e precisão na medição da resistividade elétrica
do solo.
No arranjo Schlumberger, os eletrodos são posicionados em um arranjo simétrico
com o eletrodo de corrente elétrica no meio do arranjo e os eletrodos de potencial em cada
extremidade. Este arranjo é utilizado principalmente em sondagens elétricas de grande
profundidade, pois permite a medição de resistividades elétricas em camadas profundas com
alta precisão e resolução. Segue abaixo o diagrama do arranjo Schlumberger:

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A(+)

A(-)

M(+)

M(-)

Tabela 02 - Diagrama do arranjo Schlumberger

Neste arranjo, os eletrodos A(+) e A(-) são os eletrodos de potencial, enquanto o par
de eletrodos M(+) e M(-) são os eletrodos de corrente. Os eletrodos M(+) e M(-) são
posicionados a uma distância L e a uma profundidade H abaixo do eletrodo A(+) no meio do
arranjo. O arranjo Schlumberger é utilizado principalmente em sondagens elétricas de
grande profundidade, pois permite a medição de resistividades elétricas em camadas
profundas com uma alta precisão e resolução.

5.2. Resistivímetro

Existem vários tipos de arranjos possíveis, dependendo do objetivo da investigação e


das condições do terreno. Os diagramas do resistivímetro, também conhecido como ohmímetro,
são utilizados para medir a resistência elétrica de um componente ou circuito. Existem dois tipos
básicos de diagramas de resistivímetros: o diagrama em série e o diagrama em paralelo.
No diagrama em série, o resistivímetro é conectado em série com o componente ou
circuito que está sendo medido. Isso significa que a corrente elétrica flui através do
resistivímetro e do componente em questão. A leitura do resistivímetro é a diferença de
potencial elétrico (tensão) medida ao longo do componente em questão, dividida pela corrente
elétrica que flui através dele.
No diagrama em paralelo, o resistivímetro é conectado em paralelo com o componente
ou circuito que está sendo medido. Isso significa que a corrente elétrica flui tanto através do
componente quanto do resistivímetro. A leitura do resistivímetro é a corrente elétrica total que
flui através do circuito, dividida pela diferença de potencial elétrico (tensão) medida pelo
resistivímetro. É importante notar que o resistivímetro deve ser usado com cuidado para evitar

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danos aos componentes ou circuitos que estão sendo medidos. Além disso, a resistência interna
do resistivímetro deve ser levada em consideração ao realizar medições precisas.
O arranjo mais comum é o dipolo-dipolo, que consiste em dois eletrodos de corrente e
dois eletrodos de potencial, espaçados de forma regular ao longo de uma linha reta. A corrente
elétrica é injetada nos eletrodos externos, e a diferença de potencial é medida nos eletrodos
internos. Segue abaixo o diagrama do arranjo dipolo-dipolo:

|----o----|----o----|----o----|----o----|----o----|
A B M N P Q

Tabela 3 - Diagrama do arranjo dipolo-dipolo

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6. CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO

6.1. Terrômetro e Resistivímetro

O terrômetro é um equipamento utilizado para medir a resistência elétrica do solo,


sendo amplamente utilizado em obras de construção civil, instalações elétricas, sistemas de
aterramento e em estudos geotécnicos. As condições de aplicação do terrômetro dependem
do tipo de solo e das características da área onde será realizada a medição. O Resistivímetro
é um equipamento utilizado para medir a resistividade elétrica do solo, sendo amplamente
utilizado em estudos geofísicos, em particular na prospecção mineral e na pesquisa de água
subterrânea. As condições de aplicação do Resistivímetro dependem do tipo de solo e das
características da área onde será realizada a medição. Estas são algumas condições de
aplicação do terrômetro e do resistivímetro:
 Solo seco: O solo deve estar seco durante a medição, pois a presença de umidade pode
afetar os resultados da medição. Se o solo estiver úmido, a resistência elétrica medida
será menor do que a resistência real do solo;
 Superfície do solo limpa: É importante garantir que a superfície do solo esteja limpo e
livre de qualquer tipo de material condutivo, como pedras, metais ou água. A presença
desses materiais pode afetar os resultados da medição;
 Distância entre os eletrodos: A distância entre os eletrodos do terrômetro deve ser
selecionada de acordo com a resistividade do solo. Em solos com baixa resistividade, os
eletrodos devem ser afastados para obter resultados precisos, enquanto em solos com alta
resistividade, os eletrodos podem ser mais próximos;
 Corrente elétrica: A corrente elétrica utilizada na medição deve ser suficientemente
forte para obter uma leitura precisa da resistência elétrica do solo. No entanto, a corrente
não deve ser tão forte a ponto de causar danos ao solo;
 Local de medição: O local de medição deve ser selecionado de acordo com a finalidade
da medição. Por exemplo, em sistemas de aterramento, as medições devem ser feitas nas
proximidades dos pontos de aterramento para verificar se a resistência elétrica é
adequada;
 Condições climáticas: As condições climáticas como chuva ou vento forte, podem
afetar os resultados da medição. Por isso, é importante escolher um momento adequado
para realizar a medição, preferencialmente em dias secos e sem ventos fortes.

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