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Informática

Industrial 1

Prof. Me. José Alberto Gobbes Cararo


jose.cararo@ifgoiano.edu.br

Trindade
2022
Sistemas
Sequenciais
Sistemas Sequenciais
 Até agora foram estudados sistemas combinacionais.
A partir de agora inicia-se o estudo dos sistemas
sequenciais, em que a ação a ser tomada depende do
estado atual e da entrada naquele instante.

 Estudo dos contadores e temporizadores.


Contadores
Existem três tipos básicos de contadores:

• Crescente;
• Decrescente;
• Bidirecional.
Contador Crescente
Contador Crescente
Contador Crescente: Atos A1 Soft
Contador Crescente: Atos A1 Soft
Contador Crescente: Atos A1 Soft
Exercício 1: A entrada de um supermercado possui um sensor
S1 que conta a quantidade de clientes. Após a sua inauguração,
o cliente número 1000 será contemplado com um vale compras
de mil reais. Implemente um programa em Ladder que toca uma
sirene SIR quando o contador atingir a contagem 1000. A sirene
é desligada pelo botão DESL.
Contador Decrescente
Contador Decrescente
Contador Decrescente: Atos A1 Soft
Contador Decrescente: Atos A1 Soft
Contador Decrescente: Atos A1 Soft
Exercício 2: Em um processo automatizado, após ligar (botão
LIGA) o motor da esteira E1, caixas começam a ser
transportadas em direção a uma esteira E2. A fim de economizar
energia, apenas após a passagem da 10ª caixa (detectada pelo
sensor S1) pela esteira E1 que a esteira E2 deve ser energizada.
Implemente um programa em Ladder que realize esta lógica
utilizando um contador decrescente. O botão LIMPA reinicia o
contador e desliga a esteira E2 e o botão DESL desliga a esteira
E1.
Contador Bidirecional

Se for detectado um pulso na entrada de contagem crescente CU, o


valor de CV será aumentado uma unidade. Da mesma forma, se CD
receber um pulso, o valor de CV será diminuído uma unidade. A saída
"limite superior" QU é ativada quando o valor acumulado CV for igual ou
maior que o valor de PV. A saída "limite inferior" QD é ativada quando o
contador chega em zero.
Contador Bidirecional
Contador Bidirecional - Atos A1 Soft
Contador Bidirecional - Atos A1 Soft
Contador Bidirecional - Atos A1 Soft
Contador Bidirecional - Atos A1 Soft
Contador Bidirecional - Atos A1 Soft
Contador Bidirecional - Atos A1 Soft
Contador Bidirecional - Atos A1 Soft
Exercício 3: Em uma fábrica de taças de champanhe de cristal,
todas as taças fabricadas passam por um processo de controle
de qualidade. Após o término da fabricação, as taças são
encaminhadas pela esteira 1 em direção ao controle de
qualidade. O sensor S1 faz a contagem de toda taça que passa
por esta esteira. As taças que possuem algum defeito de
fabricação, são direcionadas para a esteira 2. O sensor S2 faz a
contagem das taças defeituosas. Ao final do dia, deseja-se saber
quantas taças poderão ser comercializadas. Para isto,
implemente um programa em Ladder utilizando um contador
bidirecional (CTUD) que contará a quantidade de taças sem
defeito. Por dia são fabricadas 1000 taças, caso nenhuma
apresente defeito deverá ser ligada uma lâmpada verde (VD).
Caso todas as taças apresentem defeito, ou seja, caso o
contador zere, deverá ser ligada uma lâmpada vermelha (VM). O
botão RES1 reseta o contador crescente e o botão RES2 reseta
o contador decrescente.
Exercício 4: Em uma loja deseja-se montar um contador
automático de parafusos, separando-os em centenas. O sistema
é composto de um reservatório do tipo funil que contém os
parafusos. Em sua extremidade mais fina há uma válvula
borboleta (VALV01) que, quando energizada (BTN-LIGA), abre-
se e permite a queda de parafusos um a um, e também um
sensor fotoelétrico (Sensor01) que gera um pulso todas as
vezes que um parafuso passa à sua frente. Após atingida a
contagem de 100 parafusos a válvula borboleta (VALV01) deve
ser fechada. Elabore um programa em linguagem Ladder para
atender a essa necessidade, utilizando um contador crescente
(CTU).
Exercício 5: Uma indústria de refrigerantes utiliza caixas para
transportar as latas fabricadas. Cada caixa armazena 50 latas. A
cada 1000 latas, uma é contemplada no sorteio “cliente
premiado”, com a latinha do lacre prateado. Implemente um
programa em Ladder que realizada a contagem das 50 latas
utilizando um contador crescente (CTU), através do sensor S1.
Após atingida a contagem, é acionado o cilindro C1 para a troca
das caixas embaladoras. Utilize um contador decrescente
(CTD) para quando 1000 latas passarem pelo sensor S1 seja
acionado o cilindro C2, responsável por trocar o lacre padrão
pelo lacre prateado. O botão RES1 reseta o contador crescente
e o botão RES2 reseta o contador decrescente.
Temporizadores
 Realiza a mesma função do relé de tempo dos comandos
elétricos.
 Cada instrução de temporização tem dois registros
associados:
• Valor pré-selecionado (PT - Preset Time): deve ser definido
pelo usuário; indica o intervalo de tempo desejado.
• Valor acumulado (ET - Elapsed Time): armazena o valor do
tempo decorrido desde a habilitação do temporizador, isto é, a
energização da bobina do temporizador.
Temporizadores
Temporizadores
A base de tempo também pode variar de acordo com o
controlador. Alguns permitem a seleção na instrução e outros
mantêm uma base de tempo fixa. Normalmente, a base de tempo
é definida entre 0.01, 0.1 e 1 segundo. Alguns fabricantes
determinam a base de tempo conforme o endereço do
temporizador. Por exemplo, para os CLP S7-200 da Siemens os
valores são:

Isso significa que, se utilizarmos o temporizador T35 nos CLPs


S7-200 e o valor de PV for igual a 100, tem-se uma temporização
de 1 segundo (100 x 10 ms).
Temporizadores
Existem três instruções de temporização na norma
IEC 61131-3:

• TP (Pulse Timer): temporizador de pulso.

• TON (Timer On Delay): retardo para ligar.

• TOF (Timer Off Delay): retardo para desligar.


TP - Temporizador de Pulso (Pulse Timer)

Quando a entrada IN passa de falsa para verdadeira (borda de


subida), a saída Q vai para o nível lógico 1 e assim permanece
até que se esgote o tempo programado (PT). Uma vez
detectada a borda de subida na entrada IN, o tempo em que a
saída permanece ligada é fixo, independentemente de a entrada
IN continuar ou não ligada. As variações na entrada IN só serão
detectadas depois que o período de tempo atual estiver
esgotado. A saída ET mostra o tempo acumulado.

 Uma vez detectada a borda de subida (pulso) em


IN, o tempo em que a saída permanece ligada é
fixo, independente da entrada (IN) continuar ou
não ligada.
 Liga por (PT) segundos, após a borda de subida
(pulso) na entrada. Desliga após acabar este
tempo.
TP - Temporizador de Pulso (Pulse Timer)
TP - Temporizador de Pulso (Pulse Timer)
TP - Temporizador de Pulso (Pulse Timer)
TP - Temporizador de Pulso (Pulse Timer)
Exercício 6: Um misturador (MIST) deve ser ligado por dez
segundos quando o usuário pressionar um botão (BT_LIGA) de
contato momentâneo. Implemente o programa em Ladder.
Temporizador com retardo para ligar
(TON - Timer On Delay)

A temporização começa quando o sinal na entrada IN vai para


o nível lógico 1. Quando isso ocorre, o registro que contém o
valor acumulado ET é incrementado segundo a base de tempo.
Quando o valor ET for igual ao valor PT, pré-selecionado, a
saída Q do bloco é energizada. Se a entrada for desativada
antes de decorrido o tempo programado (PT), a temporização
para e o tempo acumulado (ET) é reiniciado com o valor zero.

 A saída (Q) depende do estado da entrada (IN)


(esta funciona como resete quando inativa).
 A saída (Q) liga após decorrido (PT) segundos
e somente se a entrada (IN) estiver energizada.
Temporizador com retardo para ligar
(TON - Timer On Delay)
Temporizador com retardo para ligar
(TON - Timer On Delay)
Temporizador com retardo para ligar
(TON - Timer On Delay)
Temporizador com retardo para ligar
(TON - Timer On Delay)
Exercício 7: Desenvolva um programa Ladder para que um
MOTOR seja acionado após dez segundos ter sido pressionado
um botão liga (BT_LIGA). É preciso prever o desligamento
através de um botão desliga (BT_DESL).
Temporizador de atraso para desligar
(TOF - Timer Off Delay)

A contagem do tempo começa quando a entrada IN passa de


verdadeira para falso (borda de descida) e a saída lógica Q
permanece com nível lógico 1 até que o tempo previamente
programado se esgote.

 Após desenergizar a entrada a saída desliga


após (PT) segundos.
 Se a qualquer momento a entrada for
reenergizada o tempo é zerado e a saída (Q) é
ligada novamente.
 A saída é desativada apenas se a entrada
estiver desenergizada e após decorrido o
tempo (PT).
Temporizador de atraso para desligar
(TOF - Timer Off Delay)
Temporizador de atraso para desligar
(TOF - Timer Off Delay)
Temporizador de atraso para desligar
(TOF - Timer Off Delay)
Temporizador de atraso para desligar
(TOF - Timer Off Delay)
Exercício 8: Faça a partida direta do motor utilizando linguagem
Ladder, com uma lógica de programação que impeça o motor de
partir duas vezes seguidas no intervalo de dez segundos,
utilizando um temporizador do tipo TOF.
Temporizador retentivo – RTO
(TON retentivo)
A instrução de temporizador retentivo, de maneira semelhante à
instrução TON, é utilizada para energizar ou desativar um dispositivo,
assim que for alcançado o Preset. Esta instrução retém o seu valor
acumulado quando ocorrer qualquer uma das condições a seguir:

1. As condicionantes da linha passarem a falsas.

2. Quando o CLP for colocado em modo de programação (PROG).

3. Ocorrer falta de energia desde que seja mantida a energia de


backup da memória RAM.

Para que o valor acumulado do temporizador retorne a zero, deve-se


utilizar a instrução de reset RES.
Exercício 9: Para iniciar o processo deve ser pressionado o
botão BT_LIGA. Antes da partida do motor M1 seus mancais
devem ser lubrificados durante dez segundos, através da ligação
de uma bomba de óleo B1. Depois que o motor partiu, continuar a
lubrificar por mais 15 segundos. Quando o motor totalizar três
horas de funcionamento, desligar o motor para trocar o filtro. Após
a troca, ao dar partida novamente, o tempo total deve ser
reinicializado. O motor pode ser desligado também através de um
botão DESL do tipo NA.
Exercício 10: Ao pressionar um botão de partida BT_LIGA, é ligado um
motor M1 que comanda uma esteira que transporta chapas metálicas. O
sensor S1 detecta as chapas que são depositadas na esteira M2. A cada
20 peças a esteira M1 deve parar e acionar o motor M2 por cinco
segundos. O motor M2 comanda a esteira que transporta as pilhas
completas. O contador é reiniciado com o valor zero e o processo se
repete até que um botão de desliga (BT_DESL) seja pressionado.
Exercício 11: Um motor M1 deve ser ligado 10 segundos após o
sensor S1 detectar um objeto, devendo permanecer ligado por 20
segundos. Implemente o programa em Ladder.
Bibliografia

1. FRANCHI, C. M.; CAMARGO, V. L. A. Controladores


lógicos programáveis – Sistemas Discretos. 2a Edição.
Editora Érica, 2010.

2. SCHNEIDER ELECTRIC. Manual de instruções MA.008.00-


05/10.

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