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Engenharia de Controle e Automação

Laboratório Integrado II – LB2

Professores:

Experimento: 03
Título: CONTADORES SÍNCRONOS

Integrantes:

Grupo: 04
Turma: N4 – 2º semestre de 2023
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Engenharia de Controle e Automação

SUMÁRIO

OBJETIVOS...............................................................................................................................4
INTRODUÇÃO TEÓRICA........................................................................................................5
Contadores Síncronos.............................................................................................................6
Código GRAY........................................................................................................................8
MATERIAL UTILIZADO.........................................................................................................9
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL...................................................................................10
QUESTIONÁRIO.....................................................................................................................15
CONCLUSÃO..........................................................................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................18
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OBJETIVOS

• Verificar o funcionamento de contadores assíncronos;


• Montar um contador assíncrono com flip-flops JK e três estágios;
• Montar um contador síncrono up/down binário e código Gray;
• Estudar e discutir as principais características desses tipos de circuito.

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INTRODUÇÃO TEÓRICA

Uma das principais aplicações dos flip-flops é na construção de circuitos contadores,


isto é, circuitos com uma ou mais saídas, cujo estado destas é alterado mediante a aplicação
de um sinal de Clock. Cada estado possível das saídas representa um valor da contagem e
dizemos que o número de estados existentes é o módulo da contagem ou do contador. Assim
um contador decimal de 0 a 9, extremamente comum, é um contador de módulo 10 (apresenta
10 estados possíveis de contagem) e valores de contagem 0, 1, 2, ... , 9.

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Contadores Síncronos
Diferente dos contadores assíncronos que na sua arquitetura tem flip-flops ligados em
cascata, o que leva a existência de um atraso na propagação do Clock cumulativo, o contador
síncrono foi criado para contornar este problema.
Neste modelo de contador, todos os flip-flops recebem o sinal de clock
simultaneamente, já que, em um contador, geralmente deseja-se que cada flip-flop responda
de maneira diferente ao pulso de Clock.
Por exemplo, supondo um contador binário crescente (ou up), que apresenta em suas
saídas o valor 0000. O objetivo é apenas o flip-flop menos significativo alternar o estado de
sua saída, quando o pulso de Clock for aplicado, enquanto os demais permanecem inalterados,
fazendo com que suas saídas passem para o valor 0001. Para isso acontecer, é necessário que
às entradas de cada flip-flop seja aplicado um nível lógico conveniente, que fará ele transitar
ou não de acordo com o valor atual da contagem. Dessa forma, é necessário utilizar um
circuito combinacional, formado por portas lógicas, que receberá os valores presentes na saída
de todos os flip-flop, e produzirá, a partir destes valores, os níveis adequados a serem
aplicados à entrada de cada flip-flop.
A figura 4 ilustra a arquitetura genérica de um contador síncrono, onde é possível ver
a utilização de flip-flops T. Porém, podem ser empregados quaisquer tipos de flip-flops na
construção de contadores síncronos, já que é possível sempre projetar um circuito
combinacional que produza os valores adequados às entradas destes flip-flops.

Figura 4 – Arquitetura Genérica de um Contador Síncrono.

Uma das grandes vantagens do contador síncrono é que, através do projeto do circuito
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combinacional adequado, pode-se construir um contador de praticamente qualquer sequência.
Os modelos de contadores mais comuns são os contadores decimais (contam de 0 a 9,
ou seja, módulo 10) e binários (contam de 0 a F, módulo 16), crescentes e decrescentes.
Sendo assim, estes contadores podem ser agrupados a fim de conseguirmos módulos maiores
de contagem. Entretanto, também é possível construir contadores que realizem uma sequência
arbitrária de contagem. Um exemplo disso é o contador de código Gray. Em vez de seguir a
contagem tradicional de 0, 1, 2, 3,..., este contador realiza uma contagem diferenciada,
conforme visto na figura 5.

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Figura 5 – Contador do Código Gray.

A contagem em código Gray apresenta uma característica interessante: entre um valor


e seu sucessor ocorre a transição de apenas um bit. Isso é uma vantagem particularmente em
sistemas de sensoriamento de posição, como em encoders ópticos.
A principal desvantagem dos contadores síncronos é a maior complexidade
construtiva. Para ilustrar essa maior complexidade, é visto na figura 6 o circuito de um
contador síncrono binário de módulo 16.

Felizmente, uma série de diferentes contadores encontra-se pronta em circuitos


integrados comerciais. O advento de EPLDs (Electronic Programmable Logic Devices),
dispositivos que permitem implementação flexível de sequências complexas de portas lógicas,
tornou possível construir contadores tão complexos quanto se quer.

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MATERIAL UTILIZADO
• 01 Bastidor LEG2000;
• 01 Módulo MED50 ;
• 01 Módulo MED55 (contador síncrono);
• Cabos banana;

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Utilizando cabos banana de tamanho apropriado, foram realizadas as ligações no


bastidor de acordo com a figura 8, correspondentes a configuração de um contador síncrono
em anel.

Figura 8 – Configuração do Contador Assíncrono.

Alterando-se o estado do gerador de nível lógico, que, por sua vez, estava conectado
ao CLOCK do Flip-flop 0 (CLK0), observou-se que, a partir do estado inicial (todas as saídas
Q em 0) durante a primeira transição de subida (do nível 0 para 1), os flip-flops alteram suas
saídas (Q0, Q1 e Q2, respectivamente) de 0 para 1 e, durante a transição de descida (do nível 1
para 0), nenhuma mudança ocorre. Ao se realizar nova transição de subida, a saída Q 0 muda
seu estado de 1 para 0 e as outras saídas mantém-se inalteradas. Ao terceiro ciclo de Clock, a
saída Q 0 alterou- se de 0 para 1 novamente e, neste instante, a saída Q1 alterou-se de 0 para
1. Tal

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comportamento sequencial (em cascata) foi observado em todos os ciclos de Clock, até que os
flip-flops retornaram ao seu estado inicial (todas as saídas em 0), iniciando novo ciclo. Com
isso, foi possível estabelecer que os flip-flops em questão eram sensíveis a borda de subida e
que as transições de cada um dos flip-flops dependiam da seguinte sequência:
• Saída Q0 varia com subida do sinal de Clock;
• Saída Q1 varia com a subida do sinal de Q0;
• Saída Q2 varia com a subida do sinal de Q1.
Constatou-se também que a frequência com que essas alterações ocorrem depende da
própria velocidade da operação manual de chaveamento do sinal de Clock.
Em seguida, alterou-se a ligação do Clock, conectando-o a um gerador de onda
quadrada com frequência de 1Hz. Notou-se que neste caso as alterações das saídas dos flip-
flops aconteciam de forma ritmada e contínua (uma alteração por segundo, dado T = 1/f.
Sendo f = 1Hz, T = 1/1 = 1s).
Comparando-se a primeira configuração (sinal de Clock sendo chaveado
manualmente), com a segunda (sinal de Clock sendo chaveado pelo sinal de onda quadrada),
constatou-se que um circuito contador pode ser alterado a qualquer momento, sem
necessidade de conexão com um gerador de frequência constante, enquanto que um circuito
temporizador possui uma alteração fixa no sinal de Clock (frequência pré-definida), a qual
permite alterações contínuas e ritmadas, cujo comportamento pode ser estipulado dada a
frequência estabelecida.

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Pulso de Clock Q0
0 0
1 1
2 0

Assim, para projetar um divisor de frequência de valor 14, basta realizar uma lógica
que faça o reset dos flip-flops ao chegarem ao décimo quarto pulso de Clock, fazendo com
que o último flip-flop da sequência possua a frequência desejada, como pode ser visto na
tabela 2. Vale lembrar que a função RESET de qualquer flip- flop, assim como a função
SET, são assíncronas e tem predominância sobre as entradas JK, ou seja, independente do
valor que esteja nas saídas dos flip-flops e independente do sinal de Clock, estas entradas
terão suas funções expressas imediatamente após seus acionamentos.

Tabela – Tabela de Funcionamento do Contador em Anel.


Pulso de Q3 Q2 Q1 Q0
Clock
0 0 0 0 0
1 0 0 0 1
2 0 0 1 0
3 0 0 1 1
4 0 1 0 0
5 0 1 0 1
6 0 1 1 0
7 0 1 1 1
8 1 0 0 0

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Utilizando mintermo para extração da equação booleana responsável por representar


tal situação (equação de SR), obteve-se a equação 1:

Além disso, também há de se pensar na possibilidade de ativação do Reset dos flip-


flops fora do instante de ativação pelo circuito representante da equação 1. Assim sendo,
como equação final, tem-se a equação 2:

Com base na equação 2, foi montado o circuito dedicado ao Reset da figura


9.

Figura – Circuito de Reset dos Flip-Flops.

Utilizando cabos banana de tamanho apropriado, foram realizadas as ligações no


bastidor de acordo com a figura abaixo correspondente a configuração de um contador
síncrono up/down binário.

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Figura – Configuração do Contador Síncrono.

As quatro entradas digitais (D0 a D3) do contador permitem a inserção do valor inicial
da contagem. Para isso, bastou ajustar algumas ligações do primeiro circuito para esse aqui,
mas como já tinhamos feito praticamente a base toda e estava tudo correto foi muito mais
fácil fazermos ele e vermos o mesmo funcionando perfeitamente fazendo uma contagem em
de 0 a 8 .
Após incrementar o contador, observamos os estados das saídas, construíram-se os
seguintes diagramas de contagem:
• Incremento: 000→0001→0011→0010→0110→0111→0101→0100→1100
→1101→1111→1110→1010→1011→1001→1000;

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QUESTIONÁRIO

1- Desenhe um contador em anel de 4 bits utilizando somente um flip flop tipo D.

2- Qual é a relação entre a quantidade de bits e o número de flip-flops em um


contador em anel? E em um contador Jonhson ?

Em um contador em anel a cada 1 bit é usado 1 flip-flop, essa é a relação


entre eles

3- O contador Jonhson é um divisor de frequência formado por 2n, sendo n o total


de flip-flops. Explique esta afirmação.

No contador Johnson, a saída complementada do último flip-flop é conectada à


entrada do primeiro flip-flop e, para implementar o contador Johnson de n bits,
precisamos de n flip-flop. É um dos tipos mais importantes de contador de registro de
deslocamento. É formado pelo feedback da saída para sua própria entrada. O contador
de Johnson é um anel com uma inversão

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CONCLUSÃO

O objetivo deste experimento foi observar o funcionamento de contadores síncronos.


Com relação aos circuitos síncronos, evidenciou-se que estes dão ditos assim pois os
flita-flops não recebem pulsos de Clock simultaneamente. O único flita- flor conectado ao
sinal de Clock de fato é o primeiro. Todas as outras entradas clock dos flip-flops seguintes são
ligadas às saídas Q de seu antecessor imediato. Assim, o próximo flip-flop da sequência irá
alterar-se apenas quando a saída Q do flip-flop anterior realizar a transição de estado para a
ativação do Clock seguinte, podendo esta ser uma transição de borda de subida ou borda de
descida. Além disso, evidenciou-se que este tipo de contador também é dado como um divisor
de frequência, pois cada saída Q tem sua frequência expressa por ½ da frequência do sinal
conectado à sua respectiva entrada de Clock. De forma geral, é possível dizer

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que a razão da frequência de cada saída Q é dada por 1/2n, onde n é o número do flip-flop.
Os contadores síncronos, evidenciou-se que tais contadores trabalham com o sinal de
Clock sendo aplicado simultaneamente para todas as entradas CLOCK dos flip-flops. E
quanto a sua contagem, esta pode ser feita automaticamente aplicando-
Ainda com relação a ambos tipos de circuito, é possível utilizar lógicas
combinacionais relacionadas às saídas dos flip-flops para que, ao se atingir certo número da
contagem, todos os flip-flops sofram reset, fazendo com que o ciclo recomece a partir de tal
combinação. Este tipo de lógica serve para não só determinar uma contagem menor do que a
máxima possível para uma dada quantidade de flip-flops como também determinar uma
frequência específica, podendo esta ser ou não uma potência de base dois.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NEXPERIA. 74HC193; 74HC193 Presettable synchronous 4-bit binary up/down


counter. Disponível em: < https://assets.nexperia.com/documents/data-
sheet/74HC_HCT193.pdf> .

ELECTRONICS-COURSE.COM. Ripple Counter. Disponível em: <http://electronics-


course.com/ripple-counter>.

EPUSP – LABORATÓRIO DIGITAL. CONTADOR EM CÓDIGO GRAY. Disponível


em <https://www2.pcs.usp.br/~labdig/pdffiles_2011/contadorgray-2011.pdf>.

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