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Engenharia de Controle e Automação

Laboratório de Eletrônica II
– LB2

Professores: ALEXANDRE DE JESUS ARAGÃO HAROLDO


ISSAO GUIBU

Experimento: E02
Título: INDUTOR E CAPACITOR (REGIME DC E
AC)

Integrantes:

Bruno Vinícius Ramos Barbosa – Prontuário: SP3097978

Esther Bernardo de Oliveira – Prontuário: SP3099482

Félix Gabriel dos Santos Souza – Prontuário: SP309927X

Grupo: 04
Turma: N4 – 2º semestre de 2023

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Engenharia de Controle e Automação

SUMÁRIO
OBJETIVOS.....................................................................................................................3
INTRODUÇÃO TEÓRICA................................................................................................4
Capacitor......................................................................................................................4
Indutor.......................................................................................................................... 8
MATERIAL UTILIZADO..................................................................................................11
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.............................................................................12
QUESTIONÁRIO........................................................................................................... 17
CONCLUSÃO................................................................................................................23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................25
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OBJETIVOS

• Verificar experimentalmente, utilizando o osciloscópio e o gerador de sinais, o


comportamento de um capacitor e de um indutor quando submetidos a uma tensão
continua.
• Verificar experimentalmente, utilizando o osciloscópio e o gerador de sinais, o
comportamento de um capacitor e de um indutor quando submetidos a uma tensão
alternada.

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INTRODUÇÃO TEÓRICA

Capacitor
Um capacitor é um dispositivo que permite armazenar energia na forma de campo
elétrico, sendo que esta energia pode ser retornada ao circuito, permitindo a circulação de
corrente elétrica. Idealmente, a energia armazenada no capacitor é mantida indefinidamente,
entretanto, na prática, um capacitor perde energia através da corrente de fuga, e pode acabar
se descarregando mesmo que não esteja conectado ao circuito.
Esse dispositivo é composto por duas placas condutoras ligadas pelos terminais para
conexão deste com outros componentes de um circuito elétrico e separadas por um material
isolante chamado dielétrico, como visto na figura 1.

Figura 1 – Exemplo de Capacitor Ligado a um Circuito.

O valor de um capacitor está relacionado à sua maior ou menor capacidade de


armazenar cargas elétricas. Esta propriedade de medir a quantidade de cargas elétricas que
armazena em suas placas é chamada de capacitância (C) e quanto maior for a superfície onde
se depositam as cargas, maior será a capacitância. Um capacitor possui uma capacitância de
1F (Farad) quando armazena a carga de 1C (Coulomb), quando submetido a uma diferença de
potencial de 1 V (Volt), como visto na figura 2. Para uma mesma capacitância, para que seja
possível desenvolver um capacitor menor (placas mais próximas) a constante dielétrica (ε)
do isolante deve

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ser maior, sendo assim, são relações inversamente proporcionais. Essa constante dielétrica é a
relação entre a densidade do campo elétrico D (relação entre a quantidade de linhas de campo
que atravessam uma determinada área) e a intensidade do campo elétrico, representada pela
letra grega ξ – csi. Para cada dielétrico existe um valor de campo elétrico máximo que ele
suporta (rigidez dielétrica) indicado pela tensão de ruptura, que permite quebrar as ligações
moleculares internas ocasionando a passagem de corrente.

Figura 2 – Relação da Capacitância.

Uma das principais aplicações de capacitores é separar corrente alternada e corrente


contínua quando estas se apresentam misturadas. Em um circuito de corrente contínua, o
capacitor se comporta como um circuito aberto; já em corrente alternada, como uma
resistência imposta por um campo elétrico.

Fase de Carga de um Capacitor


Inicialmente, considera-se o capacitor descarregado, e quando a chave fecha, o
capacitor se comporta como um curto circuito, onde a corrente é a máxima e o

resistor é quem limita a corrente Ic =. Com o passar do tempo, os elétrons

começam a se depositar na placa inferior do capacitor, ligada ao polo mais negativo da


bateria, ficando esta carregada negativamente. Já a placa superior fica carregada
positivamente, já que perde elétrons para o polo mais positivo da bateria.

A corrente no circuito é maior no início da carga do capacitor e vai diminuindo até


parar de circular, sendo que, quando para, significa que o capacitor está carregado.

A tensão sobre o capacitor inicialmente é zero e vai aumentando conforme as placas se


tornam polarizadas. No final, quando o capacitor está carregado, ou seja,
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aderiu toda corrente (depositou todos os elétrons em sua placa) a tensão máxima entre as
armaduras do capacitor passa a ser igual à tensão da fonte, teoricamente, sendo que a
corrente neste momento será zero, já que a diferença de potencial sobre o resistor é zero.
Se o tempo de carga do capacitor estiver completo, ele pode ser considerado uma
chave aberta, dessa forma, é necessário analisar o comportamento transitório do capacitor.

Na fase de carga a tensão no capacitor em um instante qualquer é dada por

, onde “Vc” é a tensão no capacitor, “E” é a tensão na fonte, “e” é

constante, “t” é o tempo durante o qual a corrente circula e ““é a constante de tempo.

Fase de Descarga de um Capacitor


Inicialmente, o capacitor se comporta como se fosse a fonte do circuito, com a mesma
tensão a qual foi submetido até sua carga completa. A corrente circulará

no sentido contrário no circuito, sendo que no início ela é máxima Ic = . A tensão do

capacitor acompanha a corrente no circuito. No começo, o capacitor descarrega rapidamente.


Quanto menor a tensão entre seus terminais mais lenta será a descarga. Entretanto, é valido
afirmar que existe defasagem entre corrente e tensão no capacitor e que o este se opõe a
mudança de tensão em seus terminais, pois quanto maior sua capacitância, maior será seu
tempo de carga e descarga.

Na fase de descarga a tensão no capacitor em um instante qualquer é dada

por , onde “Vc” é a tensão no capacitor, “E” é a tensão na fonte, “e” é

constante, “t” é o tempo durante o qual a corrente circula e “” é constante de tempo.

Constante de tempo RC
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A constante de tempo “τ” (tau) é um parâmetro que indica o tempo de carga e

descarga do capacitor. A relação , indica o tempo decorrido “t” em unidade de τ. A


velocidade com que a tensão diminui com o passar do tempo expressa através desse termo
chamado constante de tempo τ = RC.
O tempo de carga ou descarga completa do capacitor é dada por 5τ, pois, como estas
curvas são exponenciais, o capacitor levará um tempo infinito para estar descarregado ou
carregado, dessa forma considera-se aquele tempo em que sua carga é desprezível (menor
que 1%), como visto na figura 3.

Figura 3 – Tempo de Descarga.

Um circuito RC sem fonte é o resultado de uma desconexão repentina de uma fonte de


corrente contínua em um circuito RC, quando, então, a energia armazenada anteriormente no
capacitor é liberada para o resistor.

Capacitor em tensão AC
Quando em um circuito de tensão alternada, os cálculos da tensão e da corrente podem
ser feitos através das seguintes fórmulas:

para corrente, o valor da capacitância multiplicado pela derivada da função de tensão em


relação ao tempo;

,
para tensão, o valor da tensão inicial, mais o inverso da capacitância multiplicado pela
integral da função corrente em relação ao tempo, no intervalo de tempo em que se deseja
obter a tensão.
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A reatância capacitiva, ou seja, sua “resistência” à corrente, se dá pela fórmula:

,
em que ω é a velocidade angular (ou seja, 2π multiplicado pela frequência da forma de onda
da corrente) e C é a capacitância. Conclui-se que, à medida que a frequência aumenta, a
reatância do capacitor diminui até atingir um valor praticamente nulo.

Indutor

O indutor, também conhecido como solenóide ou bobina, é um componente elétrico


capaz de armazenar energia em um campo magnético gerado pela corrente que o circula.
Essa capacidade é chamada de indutância e é medida em Henrys (H).

De maneira geral, um indutor é composto por um fio condutor enrolado em forma


de espiral. Cada volta da bobina é chamada de espira e a sua quantidade

influencia diretamente na intensidade do campo magnético gerado. Um exemplo de


inductor está na figura 4.

Figura 4 – Indutor.

Indutores são amplamente utilizados em circuitos analógicos e em processamento


de sinais. Com capacitores e outros componentes, formam circuitos ressonantes, os quais
podem enfatizar ou atenuar frequências específicas. A figura 5 mostra a fórmula utilizada
no cálculo da indutância.

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Figura 5 – Relação de Indutância.

As aplicações possíveis vão desde o uso de grandes indutores em fontes de


alimentação, como forma de remoção de ruídos residuais, além de bobinas de ferrite ou
toroidais para filtragem de radiofrequência, até pequenos indutores uti – lizados em
transmissores e receptores de rádio e TV. Indutores também são empregados para
armazenamento de energia em algumas fontes de alimentação chaveadas.

Dois ou mais indutores acondicionados juntos em um mesmo circuito mag- nético


formam os chamados transformadores, os quais, em conjunto com outros componentes,
são elementos fundamentais na transformação de tensões AC em tensões DC.

Os indutores reais apresentam perdas devido à resistência elétrica dos condutores,


além de perdas magnéticas geradas por correntes parasitas (cor – rentes de Foucault), pela
histerese e saturação do material, além de outros fatores.

Os principais tipos de indutores são: bobinas com núcleo de ar, com núcleo
ferromagnético, com núcleo laminado e com núcleo de ferrite.

Fase de Carga de um Indutor


Inicialmente, no momento em que se fecha um circuito com fonte, indutor e resistor, o
indutor age como um circuito aberto, ou seja, impede a passagem de corrente elétrica, e a
tensão em seus terminais é máxima. Tal tensão é proveniente do campo magnético criado pela
corrente que passa pelo solenoide do indutor, cuja função é se opor a mudanças bruscas nos
valores de corrente passando por ele. Quanto maior o valor da indutância, por mais tempo ele
consegue manter a tensão em seus terminais.
Com o passar do tempo, essa tensão máxima passa a decair até tornar-se praticamente
zero, ou seja, semelhante a um curto circuito, de maneira que toda a tensão da fonte cai sobre
o resistor. Nesse ponto, a corrente no circuito é máxima,

Limitada pelo resistor, Ic =.

Na fase de carga a corrente no indutor em um instante qualquer é dada por

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,
onde “IL” é a corrente no indutor, “Imax” é a corrente de curto circuito,” t” é o tempo durante o
qual a corrente circula e “τ” é a constante de tempo indutiva (diferentemente da constante
RC, a constante indutiva é calculada pela razão entre a indutância e a resistência, L/R)

Fase de Descarga de um Indutor


Assim, que a fonte é desconectada do circuito, o indutor admite tensão suficiente para
manter a corrente anterior circulando com o mesmo valor, invertendo os polos de seus
terminais e agindo como a fonte do circuito. Dessa forma, no primeiro momento, a corrente é
máxima.
O indutor não consegue manter a tensão nos seus terminais por muito tempo, o que
resulta no seu descarregamento, acarretando num decaimento semelhante na corrente do
circuito.

Na fase de descarga a corrente no indutor em um instante qualquer é dada

por

,
onde “IL” é a corrente no indutor, “Imax” é a corrente de curto circuito, “t” é o tempo durante o
qual a corrente circula e “τ” é a constante de tempo indutiva.

Indutor em tensão AC
Quando em um circuito de tensão alternada, os cálculos da tensão e da corrente
podem ser feitos através das seguintes fórmulas:

,,

para tensão, o valor da indutância multiplicado pela derivada da função de corrente em


relação ao tempo;

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para corrente, a corrente inicial mais o inverso da indutância multiplicado pela integral da
função tensão em relação ao tempo, no intervalo de tempo em que se deseja obter a corrente.

A reatância indutiva, ou seja, sua “resistência” à corrente, se dá pela fórmula: XL = aL, em


que ω é a velocidade angular (ou seja, 2π multiplicado pela frequência da forma de onda da
corrente) e “L” é a indutância. Conclui-se que, à medida que a frequência aumenta, a
reatância do indutor aumenta proporcionalmente a ela.

MATERIAL UTILIZADO

• 01 Capacitor eletrolítico de 1 µF
• 01 Capacitor eletrolítico de 0,1 µF;
• 01 Indutor de 3,9 mH;
• 01 Resistor de 1 kΩ;
• 01 Resistor de 2,2 kΩ;
• 01 Osciloscópio

• 01 Gerador de funções (Código S.501);


• 01 Fonte DC Regulável de 0V a 30V (Código 37271);
• 02 Cabos de osciloscópio;
• 01 Cabos para fonte de alimentação;
• 01 Cabo para gerador de funções;
• 01 Multímetro.

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Primeiramente, foi montado o circuito da figura 6, e com a ajuda do osciloscópio


digital, à medida que se acionava a chave S1 e se visualizavam os valores de tensões pré-
estabelecidos na tabela e, com o auxílio do cronômetro, extraia-se o tempo em que essas
tensões eram atingidas, anotando-se, dessa forma, os valores de tempo alcançados na tabela
1. Contudo, tais valores não podem ser dados como exatos, uma vez que a tensão variava
muito rapidamente no começo da carga e, a olho nu, havia dificuldade em identificar o
instante correto a se marcar com o cronômetro, podendo assim gerar um adiantamento ou
atraso com relação ao possível valor real

Figura – Forma de Onda Sobre o Resistor de 1kΩ

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Foi montado o circuito, semelhante ao circuito, mas com um indutor de 3,9 mH, e
repetidas todas as medições, ainda com o gerador de sinais ajustado para onda quadrada de 5
Vpp e de frequência de 10 kHz. As formas de onda no indutor e no resistor

Subsequentemente, foi montado o circuito e ajustaram-se as tensões, pré-estabelecidas,


conforme visto na tabela 3, no gerador de sinais, medindo-se as tensões pico a pico no
capacitor (Vcpp) e calculando as tensões e correntes eficasezes (Vref e Iref), a tensao efetiva
no capacitor (Vcef) e a indutancia no capacitor (Xc), obtendo a tabela 3.

Figura 25 – Circuito 4 do Capacitor de 0,1µF em AC.

Tabela 3 – Valores para o Capacitor em AC em 10kHz Variando a Tensão Pico a Pi


Capacitor em AC – 10kHz
Vrpp (V) 1 2 3 4 5
Vref (V) 0,707 1,414 2,121 2,828 3,536
Ief (mA) 0,707 1,414 2,121 2,828 3,536
Vcpp (mV) 160 360 480 640 800
Vcef (V) 0,113 0,255 0,339 0,453 0,566
Xc (Ω) 159,15 159,15 159,15 159,15 159,15

Depois, ajustou-se o gerador de sinais para 1Vpp, mantendo esta tensão constante a
cada medida e variando apenas a frequência, segundo os valores pré-estabelecidos na tabela
4. Anotou-se os valores de tensões pico a pico no resistor e capacitor na mesma.

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Tabela 4 – Valores para o Capacitor em AC em 10kHz Variando a Frequência.

Capacitor em AC - 10kHz
f(kHz) Vrpp (mV) Vref (V) Vcpp (mV) Vcef (V) Ief (mA) Xc (Ω)
1 624 0,221 864 0,305 0,294 1592
5 880mV 0,311 232 0,082 0,400 318
10 890mV 0,311 124 0,0438 0,405 159
20 900mV 0,311 60 0,0212 0,409 80
30 910mV 0,311 40 0,0141 0,414 53
60 920mV 0,311 24 0,0085 0,418 27
120 930mV 0,311 12 0,0042 0,423 13
240 950mV 0,311 7,2 0,0025 0,432 7

Foi montado o circuito da utilizando-se um indutor de 13 mH e um resistor de 10 kΩ


com a tensão no gerador de sinais ajustada a fim de obter os níveis de tensão solicitados no
resistor, e a frequência em 10 kHz, como visto na tabela 5. As medidas deveriam ser obtidas
com uso do osciloscópio. Porém, o indutor apresentou mau contato em seus terminais, o que
ocasionou problemas quanto a aferição de um sinal de onda claro, sem interferências. Assim
sendo, foi utilizado o Proteus a fim de se conferir tais valores, os quais estão anotados na
tabela 5.
Ajustando a frequência para 60 Hz, a mesma operação deveria ser repetida. Contudo,
ao se conectar o indutor em tal frequência, esta era tão baixa que o indutor não chegava a
sofrer nenhuma alteração, sendo inviável a aferição experimental das formas de onda.
Contudo, utilizando-se o Proteus, foi possível se ter uma noção dos possíveis resultados a
serem obtidos.

Figura – Circuito 5.

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Tabela 5 – Indutor em AC – 10 kHz.


MRPP 1 2 3 4 5
(V)
VREF (V) 0,707 1,414 2,121 2,828 3,536
IEF (mA) 0,707 1,414 2,121 2,828 2,828
VIPP (V) 0,65 1,25 1,90 2,54 3,16
VIEF (V) 0,46 0,88 1,34 1,80 2,23
XI (Ω) 816,81 816,81 816,81 816,81 816,81

Tabela 6 – Indutor em AC – 60 Hz.


VRPP (V) 1 2 3 4 5
VREF (V) 0,707 1,414 2,121 2,828 3,536
IEF (mA) 0,707 1,414 2,121 2,828 3,536
VIPP (V) 1,1m 2,2m 3.4m 4.5m 5.6m
VIEF (V) 0,78m 1.56m 2,40m 3,18m 3,96m
XI (Ω) 4,9 4,9 4,9 4,9 4,9

A tensão no gerador de sinais foi ajustada para 1 Vpp constante, e a frequência foi
variada de acordo com os valores solicitados na tabela 7, a qual foi preenchida com os
demais resultados. Todavia, por motivos de mau contato do indutor, foi refeito o que se
pedia na tabela no Proteus.

Tabela 7 – Indutor em AC.

f (kHz) VRPP (V) VREF (V) VIPP (V) VIEF (V) IEF (mA) XL (Ω)
1 1 0,707 0,085 0,060 0,060 81,68
2 1 0,707 0,165 0,117 0,117 163,36
3 1 0,707 0,240 0,170 0,170 245,04
4 1 0,707 0,315 0,223 0,223 326,72
5 1 0,707 0,380 0,269 0,269 408,41
6 1 0,707 0,445 0,315 0,315 490,08
7 1 0,707 0,500 0,354 0,354 571,77
8 1 0,707 0,550 0,389 0,389 653,45
9 1 0,707 0,595 0,421 0,421 735,13
10 1 0,707 0,635 0,449 0,449 816,81

Foi montado o circuito em condições semelhantes ao circuito da figura 26,


substituindo o indutor de 13 mH por um de 3,9 mH, e o resistor de 1 kΩ por um de 470 Ω.
As medidas deveriam ser obtidas com uso do osciloscópio e, posteriormente, preenchida a
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tabela 8, com o gerador de sinais com frequência de 10 kHz. Ajustando a frequência para 60
Hz, o mesmo se repetiu para a tabela 9. Novamente, por questões de mau contato e baixa
frequência, não foi possível verificar valores coesos no osciloscópio, sendo assim utilizado o
Proteus para novamente averiguar os valores representantes do comportamento do circuito

Tabela 8 – Indutor em AC – 10 kHz.

VRPP (V) 1 2 3 4 5
VREF (V) 0,707 2,121 2,828 3,536
1,414
IEF (mA) 1,5 3 4,51 6,02 7,52
VIPP (V) 0,47 0,94 1,3 1,9 2,3
VIEF (V) 0,33 0,66 0,92 1,34 1,63
XI (Ω) 245,04 245,04 245,04 245,04 245,04

Tabela 9 – Indutor em AC – 60 Hz.

VRPP (V) 1 2 3 4 5
VREF (V) 0,707 1,414 2,121 2,828 3,536
IEF (mA) 1,5 3 4,51 6,02 7,52
VIPP (V) 0,0032 0,0064 0,0094 0,0126 0,0158
VIEF (V) 0,0023 0,0045 0,0066 0,0089 0,0112
XI (Ω) 1,47 1,47 1,47 1,47 1,47

A tensão no gerador de sinais foi ajustada para 1 Vpp constante, e a frequência foi
variada de acordo com os valores solicitados na tabela 10, a qual foi preenchida com os
demais resultados.

Tabela 10 – Indutor em AC.

f (kHz) VRPP (V) VREF (V) VIPP (V) VIEF (V) IEF (mA) XI (Ω)
1 1 0,707 0,053 0,037 0,079 24,5
5 1 0,707 0,105 0,074 0,157 49,01
10 1 0,707 0,156 0,110 0,234 73,51
20 1 0,707 0,206 0,146 0,311 98,02
30 1 0,707 0,255 0,180 0,383 122,52
60 1 0,707 0,300 0,212 0,451 147,03
120 1 0,707 0,345 0,244 0,519 171,53
240 1 0,707 0,385 0,272 0,579 196,04

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QUESTIONÁRIO

1- Com os valores obtidos nas tabelas 1 e 2, construa os gráficos Vc = f(t) para


a carga e a descarga do capacitor.
R: Foram gerados os gráficos 1 e 2.

Gráfico 1 – Carga do Capacitor.

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Gráfico 2 – Descarga do Capacitor.

2- Calcule a constante de tempo para cada um dos casos das figuras .

R:Constantes de tempo para L=3,9mH

3- Explique as diferenças entre as formas de onda de tensão no indutor, nos três


casos anteriores.

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R: As formas de onda da tensão nos três casos variam porque, com a variação da
resistência, altera-se o tempo de carga e de descarga do indutor, fazendo com que este
possa se carregar cada vez mais rápido, de modo que a curva até 0 V (instante em que
o indutor está carregado) seja mais acentuada a cada aumento de resistência.

4- O que obtemos quando medimos um indutor com o ohmímetro?


R: Ao se medir o indutor com o ohmímetro é possível medir a sua reatância.

5- Determinar a constante de tempo para o circuito.

R: A constante de tempo do indutor na figura é dada por:

6- Com os valores obtidos na tabela , construa o gráfico XC =f(f)


R: O gráfico exigido encontra-se no gráfico 3.

Gráfico 3 – Gráfico da Reatância Capacitiva do Capacitor de 0,1 F em Função da Frequência.

7- No circuito, determinar o valor da tensão instantânea quando a corrente for


0,32mA

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Figura – Circuito para a Questão 10.

R: Para se calcular o valor da tensão instantânea do capacitor, é preciso primeira mente


encontrar sua reatância. Sendo assim, tem-se:

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8- Com os valores obtido na tabela, construa os gráfico XL =f(f) para


os indutor 3,9mH.
R: Os gráficos exigidos encontram-se nos gráficos 4 e 5.

Gráfico 4 – Gráfico da Reatância Indutiva do Indutor de 13mH em Função da Frequência.

Gráfico 5 – Gráfico da Reatância Indutiva do Indutor de 3,9mH em Função da Frequência.

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9- No circuito a corrente eficaz do circuito é 70mA. Determine o valor instantâneo


da corrente quando a tensão for 5V.

Figura – Circuito para a Questão 12.

R: Para encontrar o valor instantâneo da corrente, é necessário primeiramente


calcular o valor da reatância indutiva do indutor. Sendo assim, tem-se:

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CONCLUSÃO
O objetivo deste experimento foi verificar experimentalmente, utilizando o
osciloscópio e o gerador de sinais, o comportamento de um capacitor e de um indutor
quando submetidos a uma tensão contínua e também verificar experimentalmente o
comportamento de ambos quando submetidos a uma tensão alternada.
Com relação ao comportamento do capacitor em regime DC, evidenciou-se que a sua
carga e descarga comportam-se de forma exponencial: quando o capacitor está inicialmente
descarregado, o valor de tensão sobre os seus terminais varia mais rapidamente no início de
sua carga e, a medida que se aproxima do valor de tensão com que é alimentado, esta variação
torna-se cada vez mais lenta, tendendo a um valor fixo de tensão; quando o capacitor está
inicialmente carregado, ocorre exatamente o inverso, onde no início da descarga a tensão
varia mais rapidamente e no final mais lentamente, tendendo ao valor 0 V.

Com relação aos indutores conectados a formas de onda quadrada, evidenciou-se que
estes acabam por ter picos positivos e negativos de tensão, devido ao fato de que, quando o
sinal de onda quadrada aplicada em seus terminais altera sua tensão do valor máximo para o
valor mínimo, o indutor se opõe a variação de corrente ocasionada, gerando uma tensão de
pico suficiente para tentar manter a corrente anterior circulando na mesma intensidade e
sentido. Contudo, a medida que sua energia é gasta para tentar manter essa corrente contrária,
ele acaba recarregando com a nova tensão sinal a qual está sendo submetido. Este momento
é evidenciado no gráfico quando a tensão sobre seus terminais é próxima de zero pois, quando
o indutor está carregado, comporta-se como um curto circuito, não gerando queda de tensão.

Ainda sobre o indutor conectado a formas de onda quadrada, evidenciou-se que a


variação de resistência pode influenciar no tempo de carga e descarga do indutor. Quando
este está ligado a um resistor de baixa resistividade, o seu tempo de carga acaba por ser
menor, enquanto que quando conectado a um resistor de alta resistividade, o seu tempo de
carga acaba por ser maior. A observação experimental de tal fato é corroborada pela teoria,
onde a constante de tempo é dada pela razão entre indutância e resistência conectada ao
indutor (L/R). Assim sendo, quanto maior a sua constante de tempo, maior será o tempo de
carga ou de descarga do indutor.

Sobre o comportamento do capacitor quando conectado a uma tensão alternada, foi


possível evidenciar que, para uma mesma frequência, a tensão que recai sobre os terminais do
capacitor é algo próximo de 15,98% da tensão fornecida. Essa queda de tensão sobre seus

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terminais comprova que, em tensão alternada, o capacitor se comporta como uma resistência,
cuja resistividade é representada por sua reatância capacitiva, a qual, neste caso, é constante,
novamente sobre condição da frequência não variar.
Contudo, quando o capacitor é submetido a um mesmo valor de tensão alternada,
porém a frequências diferentes, é possível evidenciar que, em baixas frequências, a tensão
que recai sobre os seus terminais é maior do que a tensão que recai sobre os terminais do
resistor a ele conectado, enquanto que em altas frequências ocorre o processo inverso, sendo a
maior queda de tensão dada sobre o resistor e a menor sobre o capacitor, onde, a cada
aumento de frequência, aproxima-se cada vez mais de 0 V (zero volts). Também nota-se que a
sua reatância capacitiva fica cada vez menor em relação a esse aumento, dado pelo fato de
esta ser inversamente proporcional ao valor da frequência.

Sobre o comportamento do indutor quando conectado a uma tensão alternada, nota-se


que, para uma mesma frequência, o seu valor de reatância indutiva não varia, enquanto que
em diferentes frequências, esta aumenta proporcionalmente ao valor da frequência, ou seja,
quanto maior a frequência, maior será a sua reatância indutiva. Além disso, quanto maior a
frequência, tão maior será a queda de tensão sobre os seus terminais, que irá tender ao valor
de tensão aplicado pela fonte a qual está conectado.

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Engenharia de Controle e Automação

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INTERNET:
RAPID TABLES. Capacitor. Disponível em:
<http://www.rapidtables.com/electric/capacitor.htm#ac> Acesso em: 20 Out 2023.

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<http://www.eletronicadidatica.com.br/componentes/indutor/indutor.htm>. Acesso em: 20 Out


2023

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<http://professorpetry.com.br/Ensino/Repositorio/Docencia_CEFET/Retificadores/200
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Circuito RC; Circuito RL.


Disponível em: <http://www.fisica.ufmg.br/~labexp/roteirosHTML/E-RC.htm> Acesso em: 20
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