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Atividade de estudo 3 –

Microprocessadores e
microcontroladores. 51-2023
Nome: Higor Henrique Megiolaro Carvalho R.A.: 22157766-5
Data: 20/04/2023

Questão 1:
Analise os trechos 1 e 2 e faça o que se pede:
1) "A interrupção é caracterizada por ser simplesmente um desvio de
programação de um ponto para o outro".
Fonte: MIYAMOTO, R. K. Microprocessadores e Microcontroladores. Maringá:
UniCesumar, 2021. p. 56.
Com relação a esse contexto, descreva como ocorre uma interrupção, por
timer, no Atmega328P:
Resposta:

A interrupção por timer é feita a partir de registradores internos que são


incrementados até que alcancem o valor de tempo decorrido pré-
configurado em cada um. O incremento desses registradores se dá junto com
o clock processador, porém, dependendo da aplicação, essa frequência pode
ser alta demais, sendo necessário assim um divisor chamado de pre-scaler que
pode ter valores de 2^0até 2^10, mas sempre potências de base 2 (consulte
sempre o datasheet do seu microcontrolador para saber os valores possíveis).

Exemplo: em um caso de 16Mhz de clock do microcontrolador com pre-scaler


de 1024, seriam necessários 15.625 pulsos para acionar a interrupção. E para
a forma como esse registrador irá acionar a interrupção temos duas opções:
overflow ou comparação.

O funcionamento da interrupção por time em um microcontrolador ATmega


328P é baseado em um conjunto de registradores que controlam o
funcionamento do timer interno do microcontrolador. O ATmega 328P possui
três temporizadores (Timer/Counter) que podem ser configurados para gerar
interrupções em momentos específicos. Essa interrupções são uteis para
executar tarefas em períodos de tempo determinados, como leitura de
sensores ou controle de motores. São eles: Timer/Counter0, Timer/Counter1 e
Timer/Counter2. Cada um desses timers é capaz de gerar interrupções em
momentos específicos. Existem três tipos de interrupções por timer disponíveis
no ATmega 328P: overflow, compare match e input capture. Cada uma dessas
interrupções tem um propósito específico e pode ser usada para atender a
diferentes requisitos de tempo em um sistema.
1) interrupção por compare match: essa interrupção ocorre quando o timer
atinge seu valor máximo e começa a contagem novamente a partir do valor
mínimo. O registro TCNT0 é usado para manter a contagem do timer e, quando
ocorre um overflow, a flag TOV0 é ativada, sinalizando ao processador que
uma interrupção por timer ocorreu. Essa interrupção é usada para medir
tempos mais longos, geralmente na faixa de milissegundos ou segundos.
2) interrupção por compare match: essa interrupção ocorre quando o valor no
registro TCNT0 coincide com o valo no registro OCR0A ou OCR0B,
dependendo da configuração do timer. Quando a comparação ocorre, a flag
correspondente (OCF0A ou OCF0B) é ativada, sinalizando uma interrupção.
Essa interrupção é usada para medir tempos mais curtos, geralmente na faixa
de microssegundos ou milissegundos.
3) interrupção por input capture: essa interrupção é ativada quando ocorre uma
transição no pino de entrada ICP1, que é conectado a um sinal externo, como
um sinal PWM ou sinal de encoder. Quando a transição ocorre, o valor atual do
timer é armazenado no registro ICR1 e a flag correspondente (ICF1) é ativada,
sinalizando uma interrupção. Essa interrupção é usada para medir tempos de
eventos externos. Esse conjunto de interrupções podem ser configuradas das
seguintes maneiras:
• Interrupção do timer 0(TOV0): essa interrupção é gerada quando o timer
0 chega ao seu valor máximo, configurado pelo registrador OCR0A. Isso
pode ser usado para gerar um sinal de temporização com uma
frequência específica.
• Interrupção do timer 1 (TOV1): semelhante a TOV0, esta interrupção é
gerada quando o timer 1 chega ao seu valor máximo, configurado pelo
registrador OCR1A.
• Interrupção do timer 2 (TOV2): semelhante a TOV0 e TOV1, esta
interrupção é gerada quando o timer 2 chega ao seu valor máximo,
configurado pelo registrador OCR2A.
• Interrupção de comparação do timer 1 (OCF1A): essa interrupção é
gerada quando o timer 1 alcança um valor especificado pelo registrador
OCR1A. isso pode ser usado para gerar temporizações com períodos
variáveis.Para usar essas interrupções, é necessário configurar o timer
para atender os requisitos de tempo do sistema e habilitar a interrupção
correspondente. Para configurar o timer, é necessário configurar os
registros relevantes, como TCCR0A, TCCR0B, OCR0A, OCR0B. Cada
um desses registros controla diferentes aspectos do timer, como o modo
de operação, a fonte de clock e os valores de comparação. Alguns dos
registradores de timer presentes no ATmega 328P são:
• TCCR0A, TCCR0B: controlam a configuração do timer0.
• OCR0A, OCR0B: definem os valores de comparação paro o timer0.
• TCNT0: contém o valor atual do timer0.
• TIMSK0: habilita ou desabilita as interrupções por timer0.
Uma vez configurado, o processador pode executar outras tarefas enquanto o
timer conta segundo plano. Quando uma interrupção por timer ocorre, o
processador pausa sua execução atual e começa a executar a rotina d
interrupção correspondente. Essa rotina pode se usada para executar tarefas
em tempo real, como atualizar uma tela LCD, acionar um motor ou enviar um
sinal para outro dispositivo.

2) "O processador só compreende linguagem binária, então, para a aquisição


de um sinal analógico, é necessário um conversor analógico-digital,
responsável pela tradução desse sinal anlógico em digital".
Fonte: MIYAMOTO, R. K. Microprocessadores e Microcontroladores. Maringá:
UniCesumar, 2021. p. 206.
Explique o emprego de comparadores na conversão analógica-digital:
Resposta:
Um conversor A/D (Analógico/Digital) é um circuito eletrônico que transforma
um sinal analógico em um sinal digital, que pode ser processado por um
microcontrolador ou outro dispositivo digital, bem como estar presente dentro
do próprio microcontrolador. Existem diferente tipos de conversores A/D, cada
um com sua própria constituição básica. Os comparadores de tensão são
comumente usados com parte de um conversor A/D para determinar se a
tensão analógica de entrada é maior ou menor que um determinado valor de
referência. Os conversores A/D baseados em comparadores geralmente usam
uma técnica conhecida como conversão de aproximação sucessiva. Nessa
técnica, o conversor A/D compara a tensão de entrada com um valor de
referência usando um comparador de tensão. Se a tensão de entrada for maior
que o valor de referência, o comparador de tensão emitira um sinal que indica
um valor logico “1”. Se a tensão de entrada for menor que o valor de referência,
o comparador de tensão emitirá um sinal que indica um valor logico “0”.
Um conversor A/D de aproximação sucessiva é composto por três blocos
principais: um amplificador operacional, um contador binário e uma fonte de
referencia de tensão. O amplificador operacional amplia o sinal de entrada
analógico para um nível adequado para ser comparado com a tensão de
referência. O contador binário é usado para converter o resultado das
comparações em um valor digital, e a fonte de referência de tensão fornece
uma tensão de referência fixa para comparar com a tensão analógica de
entrada.
O resultado da comparação é enviado para o contador binário, que adiciona ou
subtrai um bit ao valor de saída, dependendo do resultado de comparação. O
processo é então repetido para cada bit no registrador de saída até que todos
os bits tenham sido definidos. A precisão do conversor A/D depende do número
de bits no registrador de saída, bem como da precisão da tensão de referência.
Conversores A/D de alta precisão podem ter registradores de saída com 16 ou
24 bits e tensões de referencia de alta precisão que podem ser ajustadas por
meio de circuitos de calibração.

Referências:

SOARES, Fábio M. A. microcontroladores: Fundamentos e aplicações com


Atmel AVR. 3. Ed. São Paulo: Érica, 2016.

SANTOS, Luís C. P. Conversores analógicos-digitais. São Paulo: Editora Érica,


2015.
https://www.vsoft.com.br/post/programacao-para-microcontroladores

SILVA, Edilmar M. da. Conversores A/D e D/A: Teoria e pratica. 2. Ed. São
Paulo: Érica, 2014.
PERTENCE, Antonio E. Amplificadores operacionais e Filtros Ativos: Teoria,
Projetos e Simulação. 3. Ed. São Paulo: Érica, 2013.

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