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Aterramentos de Sistemas

Elétricos

1
Objetivo

• Segurança do equipamento ATERRA

• Segurança Pessoal
• Segurança Estrutural
• Segurança da Informação
• Segurança da Instalação
• Legislação – NR10
• Normalização - NBR

2
Funções
Aterramentos de estrutura, equipotencialização;
Melhoria da operação e temporização dos
dispositivos de proteção e releamento;
SPDA e ESD;
Transporte de altos valores de correntes de faltas;
Controle dos potenciais de contacto
Proteção Catódica e
Referência de nível de sinal

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Aterramentos
• Aterramento elétrico fixo em Equipamentos -
Esse sistema de proteção coletiva é obrigatório
nos invólucros, carcaças de equipamentos,
barreiras e obstáculos aplicados às instalações
elétricas, fazendo parte integrante e definitiva
delas. Visa assegurar rápida e efetiva proteção
elétrica, evitando a passagem da corrente
elétrica pelo corpo do trabalhador ou usuário.
• Aterramento fixo em redes e linhas - Quando
o neutro está disponível estará ligado ao circuito
de aterramento. Neste caso o condutor neutro é
aterrado em vários pontos, de modo que
nenhum ponto da rede ou linha fica a uma
determinada distância sem aterramento.
4
Aterramentos
• Aterramento fixo em estais - Os estais de
âncora e contra poste são sempre aterrados
e conectados ao neutro da rede se estiver
disponível. O condutor de aterramento é
instalado internamente ao poste, sempre
que possível.
• Aterramento de veículos - Nas atividades
com linha viva de distribuição, o veículo
sempre deve ser aterrado com grampo de
conexão no veículo, grampo no trado e
cabo flexível que liga ambos.
5
Aterramentos
• ATERRAMENTO TEMPORÁRIO E EQUIPOTENCIALIZAÇÃO - Toda
instalação elétrica somente poderá ser considerada
desenergizada após adotado o procedimento de aterramento
elétrico. O aterramento elétrico da linha desenergizada tem por função
evitar acidentes gerados pela energização acidental da rede,
propiciando rápida atuação do sistema de proteção. Também tem o
objetivo de promover proteção aos trabalhadores contra descargas
atmosféricas que possam interagir ao longo do circuito em intervenção.
O aterramento temporário deve ser realizado em todos os circuitos em
intervenção através de seu curto-circuitamentos, ou seja, da
equipotencialização desses e conexão com o ponto de terra. Esse
procedimento deverá ser adotado a montante e a jusante do ponto de
intervenção do circuito, salvo quando a intervenção ocorrer no final do
trecho. Deve ser retirado ao final dos serviços.

• Aterramento de transformadores e Geradores


– Solidamente aterrado
– Aterramento por impedância
– Isolado do sistema de terra.

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Fatores que podem, indevidamente, energizar redes
elétricas
• Descargas elétricas atmosféricas
 Indução eletrostática proveniente de nuvens carregadas
 erros na manobra;
 fechamento de chave seccionadora;
 contato acidental com outros circuitos energizados, situados ao
longo do circuito;
 fontes de alimentação de terceiros (geradores);
 linhas de distribuição para operações de manutenção e instalação e
colocação de trafos;
 torres e cabos de transmissão nas operações de construção de
linhas de transmissão;
 linhas de transmissão nas operações de substituição de torres ou
manutenção de componentes da linha.
 Tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede;

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Diâmetro equatorial =
12 756 km
Diâmetro polar =
12 713 km
Maior elevação: 9 km
Maior depressão:
11 km

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9
Resistividade da terra ATERRA.EXE

Considerar os fatores:
Resistividades das águas naturais;
Resistividade das rochas
Tipo de solo
Composição química dos sais dissolvidos;
Concentração de sais na água;
Temperatura;
Tamanho e distribuição dos grãos; e
Compactação e pressão

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Resistividade da terra

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12
13
14
Distribuição da corrente ATERRA.EXE

Efeito da estratificação do solo


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• Perfil de potencial de uma haste quando
for injetado uma corrente.
16
Potenciais gerados na superfície do solo com a
injeção de corrente

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Medição de resistividade do solo

•
Solo Homogêneo ATERRA

Solo heterogêneo 18
Método de Schlumberger

19
Método de Lee

• Verificar paralelismo de camadas.


Heterogeneidade das camadas

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Método de Wenner

• r1 = a; r2 = a; r3 = a; r4 = a

21
Instrumental

22
Instrumental
4 hastes de terra com  20 a 32 mm.
Comprimento 100 cm.
Cabos isolados flexíveis, S = 2,5 mm2;
Marreta;
Trena;
Foice, facão, enxada, etc.;
Ferramentas; e
EPI e EPC

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Escolha do local
a). Torres de transmissão e os respectivos contra
pesos;
b). Pontos de aterramento do sistema e
aterramento do neutro do transformador;
c). Torres de telecomunicações; e
d). Solos com condutores ou canalizações
metálicas não blindadas e enterradas.
Número de pontos a serem medidos
a). Dimensão e importância do local;
b). Variação dos valores encontrados nas medições no
campo.

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25
O processo de medida
 a). - Os eletrodos deverão ser cravados, até
apresentarem resistência mecânica aceitável que
defina uma resistência ôhmica de contato aceitável
(aproximadamente 30 a 100 cm.);
 b). - Os eletrodos deverão estar sempre alinhados;
 c). - As distâncias entre os eletrodos devem ser
sempre iguais;
 d). - Verificar se o estado de conservação dos
eletrodos é aceitável;
 e). - Ajustar o potenciômetro e o fator multiplicador
do Megger de terra, até que o galvanômetro do
aparelho indique zero. Nos aparelhos modernos,
quando emitirem um sinal sonoro, indica a presença
de interferências, ou presença de corrente no solo;
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• O processo de medida

f). - Fazer a medição e anotar os valores obtidos, na folha,


conforme o modelo, figura acima;
g). - Proceder identicamente para as outras distâncias. Se o
galvanômetro oscilar, significa que existe alguma inferência
devido as correntes dispersas no solo, e isso deve ser
indicada como observação a parte;
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O processo de medida
 h). - Para aparelhos que tiverem o 5o terminal (Ground), deve ser
fincado um outro eletrodo entre as hastes intermediárias MN, ponto G
e interligar o terminal ground com esse eletrodo;
 i). - Deverão ser indicadas também, as condições do solo, se seco,
úmido, molhado, o tipo aproximado do solo, se argila, areia, granitos,
etc..
 j). - Deve ser apresentado o croqui de locação dos pontos onde foram
executadas as medidas;
 k). - O valor da resistividade será dado pela expressão de Wenner,
onde R é o valor indicado no Megger de terra e "a" a distância entre
os eletrodos. Observação: O método de Wenner considera o solo
homogêneo;
 m). - Deve-se utilizar EPI e EPC para efetuar as medições;
 n).- Deve-se evitar a realização de medidas sob condições
atmosféricas adversas, tendo-se em vista a possibilidade de
ocorrência de descargas atmosféricas;
 o). - Não se deve tocar os eletrodos durante as medições e evitar que
pessoas estranhas e animais se aproximem dos mesmos..

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CUIDADOS NA MEDIÇÃO
 As hastes devem estar bem alinhadas.
 As hastes devem estar igualmente espaçadas.
 As hastes devem estar cravadas firmemente no solo a uma mesma
profundidade.
 O aparelho deve estar posicionado simetricamente entre as hastes.
 As hastes devem estar bem limpas, principalmente isentas de óxidos e gorduras
para possibilitar bom contato com o solo e com os cabos de interligação.
 A condição do solo (seco, úmido, etc.) durante a medição deve ser anotada.
 Não devem ser feitas medições sob condições atmosféricas adversas, tendo-se
em vista a possibilidade de ocorrência de raios.
 Não deixar que animais ou pessoas estranhas se aproximem do local.
 Deve-se utilizar calçados e luvas de isolação para executar as medições.
 Deve-se verificar o estado do aparelho, inclusive a carga da bateria.
 O local escolhido para medições deverá ser sempre longe de áreas sujeitas a
interferências, tais como torres metálicas de transmissão, cabos contrapesos,
pontos de aterramento de sistemas com neutro aterrado, torres de
telecomunicações, solos com cabos ou canalizações metálicas, cercas
aterradas, entre outros.

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NBR7117
 a). - A existência de elementos metálicos enterrados nas proximidades
causa interferências e erros nas medições. Nesta situação, em geral, não
varia em função dos diversos espaçamentos. Medições próximas a cercas
metálicas ou próximas a qualquer instalação elétrica aterrada também
devem ser evitadas.
 b). - Em medições com grandes espaçamentos entre eletrodos, pode
haver interferência entre os condutores dos eletrodos de corrente e
aqueles dos eletrodos de potencial. Em geral, a interferência não é
significativa quando o valor medido de resistência é maior que 0,5 ohm
 c). - Medições ortogonais centradas no mesmo ponto representam um bom
meio para confirmar os valores medidos. Diferenças superiores a cerca de
30% podem indicar alguma anormalidade.
 d). - Em medições próximas a instalações de alta tensão aterradas,
potenciais perigosos podem surgir nos cabos e aparelhos de medição
durante a ocorrência de um curto circuito no sistema, devido aos diferentes
potenciais adquiridos pelos eletrodos de medição e que são levados até o
aparelho. Extensos cabos de medição paralelos a LT's podem ainda ser
energizados por acoplamento mútuo com a fase sob curto circuito.

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Estratificação do solo
 Curvas de resistividade do solo:
 Constrói a curva Rmédio versus "a" em papel di-log com
transparência.
 Resistividade média:

 Critério de aceitação:
– Erro relativo menor ou igual a 50%*
– Pode haver outros critérios, conforme:
Experiência;
Padronização
“softwares”
Ponderação
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Onde estratificar

 Solos conhecidos como heterogêneos;


Regiões montanhosas;
Formação de solo sedimentares;
Próximos de Rios, lagos, nascentes, etc.;
Solo com lençóis freáticos;
Aplicabilidade da resistividade do solo:
Construção de subestações;
Importância do sistema de aterramento;

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Métodos de estratificação

►a). - Método do catálogo do aparelho


Yokogawa; ATERRA
►b). - Método de Pirson;
►c). - 20 método de Tagg, para determinação
da resistividade da primeira camada; e
►d). - Método simplificado para estratificação
do solo em duas camadas.

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Método Yokogawa

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Método Yokogawa - roteiro
 a). - Traça-se a curva (xa) em papel transparente, com
escala di-log de módulo idêntico ao das curvas padrão e
auxiliares;
 b). - Divide-se a curva (xa) em trechos ascendentes e
descendentes;
 c). - Coloca a curva (xa) sobre as curvas padrão e pesquisa
com qual das curvas padrão o primeiro trecho da curva (xa)
mais se identifica, deslocando-se para tal a curva (xa) sobre
as curvas padrão, mantendo-se os eixos paralelos;
 d). - Escolhida a curva com uma determinada relação 2/ 1,
transcreve-se a origem das curvas padrão no gráfico (xa).
Esse ponto fornece o polo O1 (primeiro polo), pois se refere ao
trecho inicial da curva (xa);
 e). - Na curva (xa) são lidas as coordenadas do polo O1, a1
e 1, que representam a profundidade e a resistividade da
primeira camada do solo respectivamente;
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Método Yokogawa - roteiro
 f). - A resistividade da segunda camada 2 será calculada através do valor de 2/
1 da curva padrão que mais se identificou com o trecho da curva xa, e da 1
obtido através de O1;
 g). - A seguir coloca-se o gráfico (xa) sobre as curvas auxiliares, de modo que o
polo O1 coincida com a origem das curvas auxiliares. Com linha tracejada
marca-se no gráfico (xa), em análise, a curva auxiliar de relação 2/1 igual à da
curva escolhida na alínea d;
 h). - Voltando-se às curvas tracejadas, obtida no item g, sobre a origem das
curvas padrão até que se consiga uma outra curva padrão que mais se
assemelhe ao segundo trecho da curva (xa) em análise. Ao "deslizar" a curva
tracejada sobre a origem, deverá ser mantido o paralelismo entre as linhas
verticais e horizontais do gráfico (xa) respectivamente com as linhas verticais e
horizontais das curvas padrão.
 i). - Escolhida a nova curva padrão, marca-se a origem das curvas padrão sobre
o gráfico (xa). Esse ponto nos fornece o polo O2. Obtêm-se assim os valores de
resistividade equivalente das primeira e Segunda camada em relação a e .
Desde que 2/1, nesse caso, corresponde ao valor de 2/1 das curvas padrão,
3 pode ser calculado a partir de 3/2 e de 2, obtido a partir de O2. O valor de
a2 será obtido diretamente da leitura da abcissa de O2.
 j). - Havendo mais partes ascendentes e /ou descendentes, prossegue-se
analogamente obtendo-se outros pólos O3, O4, etc..

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Método Simplificado

► a). - Prolongar a curva até interceptar o eixo das ordenadas e


determinar o valor da resistividade da camada superior do solo 1;
► b). - Traçar a assíndota à curva de resistividade e prolongá-la até o
eixo das ordenadas. Sua intercessão com esse eixo indicará o valor da
resistividade da camada inferior do solo 2;
► c). - Calcular a relação 2/1;
► d). - A partir do resultado do item c, determinar o valo de Mo na tabela
2.4;
► e). - Calcular m = Mo1;
► f). - Com o valor de m, definido no item e, entrar na curva de
resistividade xa e determinar a profundidade d da primeira camada do
solo
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• Valores de Mo

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Resistividade Aparente

a) – Estrato do solo em n camadas, n e dn;


b) - Solo em duas camadas (solo Homogêneo)
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Resistividade Aparente
• É um valor calculado e utiliza-se no cálculo da resistência
de aterramento de malha de terra. Conceitualmente, é um
valor de resistividade equivalente das camadas de
diferentes resistividades que compõem um solo não
homogêneo.
• De forma genérica, o procedimento é o descrito a seguir:
• a). - Reduz-se as "n" camadas encontradas para duas
camadas equivalente, a saber:

40
Resistividade Aparente
 b). - A estratificação equivalente em duas camadas será, então
eqn-1 com deqn-1, para a primeira camada e eqn com deqn ∞, para
a segunda camada.
 c). - Determina-se o raio do círculo equivalente (r) que abrange a
área considerada para o sistema de aterramento;A é área da
malha do sistema de aterramento (m2), porem com a condição
que r ≥ l/2; onde l é a maior dimensão da área onde a malha será
localizada.
 d). - Determina o coeficiente 

 e). - Com os valores de , encontra-se na figura 2.24, o


valor de N;

41
Resistividade Aparente
• f). - Com o valor de N, determina-se a;

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43
exemplo
Determinar a estratificação do solo e a resistividade aparente de um local
fictício,
cuja dimensão é uma área retangular de 80x60(m2).
A tabela abaixo 2.5. indica os valores obtidos nas medições: (metódo de
medida: Wenner)

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Objetivos do Sistema de aterramento
 a. - Estabelecer valores de resistência (impedância) conveniente-
mente baixos entre as fases e a terra durante as faltas dos sistemas
de transmissão e distribuição;
 b. - Fornecer a um sistema uma via de baixa impedância de curto
circuito a terra, a mais econômica solução possível, para conseguir
uma operação rápida dos elementos de proteção;
 c. - Conduzir à terra as correntes de origem atmosféricas, limitando
as tensões de descarga a valores suficientemente baixos para evitar
a produção de efeitos secundários tais como, arcos que conduzam
ao desligamento parcial ou total do sistema;
 d. - Evitar tensões perigosas entre estruturas, equipamentos, etc. e
solo, durante as ocorrências de faltas à terra ou em condições
normais de operação.
 e. - Servir como condutor de retorno a certas instalações,
equipamentos ou consumos, tais como: Instalação de tração elétrica;
Ligação do neutro de circuitos de distribuição, Bobinas de
transformadores de potencial; Circuitos de comunicação por onda
portadora; Proteção catódica e Transmissão de energia em c. c.

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Requisitos
 a. - Deve ter uma impedância (resistência) tal que o sistema do qual forma parte
possa ser considerado solidamente ligado à terra; capacidade de condução de
corrente adequada;
 b. - Deve ter uma resistência tal que sob qualquer condição climática, a corrente de
curto circuito à terra possa produzir a atuação dos dispositivos de proteção;
 c. - Deve ter uma impedância de onda suficientemente baixa para que, nas linhas
aéreas, não facilite a formação de arcos entre os condutores energizados e as
estruturas;
 d. - Deve conduzir à terra as correntes de curto circuito durante um tempo
considerável sem produzir aumento de temperatura excessiva dos condutores do
sistema de terra;
 e. - Deve conduzir à terra as correntes de curto circuito sem provocar gradientes de
potenciais entre pontos diferentes de solo e entre o solo e equipamentos;
 f. - Deve ter boa resistência ao ataque de agentes corrosivos do solo ou
atmosféricos;
 g. - Os eletrodos, condutores, conexões, etc., componentes do sistema de terra
devem conduzir as correntes de falta à terra sem aumentar a temperatura tal que
possa provocar explosões ou incêndio em locais classificados como perigosos;
 h. - Em áreas classificadas perigosas o sistema de terra deve evitar a formação de
arcos originados por cargas eletrostáticas; e
 i. - O custo do sistema de aterramento deve ser o mais baixo possível e a vida útil
compatível com a vida do sistema a ser aterrado.

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Definições
 Resistência de terra é a resistência ôhmica entre um
eletrodo e outro eletrodo remoto de resistência nula.
Considera-se "remoto" uma distância tal que a
resistência mútua entre os dois eletrodos seja
necessariamente zero. ATERRA
 R = V/I.
 A resistência de aterramento é composta de:
►· Resistência dos eletrodos, cabos e conexões;
►· Resistência de contato entre os eletrodos ou
cabos e o elemento circundante (terra);
►· Resistência do elemento que circunda o eletrodo
ou o cabo.

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Tensão de Passo
ATERRA

48
Tensão de toque

49
TENSÃO DE TOQUE

50

TENSÃO DE PASSO
Resistências de contacto
►Resistência das luvas (RLuva) ATERRA

►Resistência de contato com o objeto com


potencial (Rco)
►Resistência equivalente do corpo humano,
entre o ponto de contato e os pés (Rch).
►Resistência dos sapatos e das meias (Rsm).
►Resistências oferecida pelo solo ao fluxos de
corrente oriundos de cada pé
►(Resistências de contato dos pés com o solo)
(Rcp).
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Tensão de transferência

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Resistência de contato

• Um pé colocado diretamente sobre a superfície do


solo natural terá uma resistência de aterramento que
depende principalmente da área de contato e da
resistividade do solo próximo a superfície, S. Um pé
de uma pessoa adulta tem superfície de no máximo
200 cm2. As sugestões adotam uma resistência igual
a 3S, baseado na consideração de que o pé teria a
forma de um eletrodo circular de 8 cm. de raio. Tem-
se determinado que a resistência dos dois pés em
série é aproximadamente de 6S ohms, e a
resistência dos dois pés em paralelo 1,5S ohms.

54
Resistência de contato

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IMPEDÂNCIA DO CORPO HUMANO

Varia de pessoa para pessoa, na mesma pessoa de acordo


com condições fisiológicas e ambientais.

mão - pé: 1000 a 1500 ohms


Valores médios: mão - mão: 1000 a 1500 ohms
mão - tórax: 450 a 750 ohms

Estado da pele Tipo de contato Duração do contato

Superfície de contato Pressão de contato Taxa de álcool no


sangue
Natureza da corrente Tensão de contato 56
A resistência do Corpo

57
Comportamento da resistência
do corpo humano em função da tensão

58
Resistência do corpo humano

Valores de resistência
do corpo humano

59
Proteção contra choques elétricos (NBR
5410/2004)

60
Limite de corrente

Condições: tempo máximo 3 segundos.


Para ocorrência de fibrilação

61
Limite de corrente IEC479

62
Resistência de haste vertical
ATERRA

• a – raio da
haste.

63
Como reduzir a RHaste?
· Aumento do diâmetro das hastes
utilizado;
· Aumento do comprimento das hastes
utilizado;
· Interligar várias hastes em paralelo;
· Tratar quimicamente o solo; ou
· Soluções mistas destas alternativas

64
Aumento do diâmetro

65
Aumento do comprimento

╠ Hastes emendáveis;
╠ Atingir camadas de
resistividades
menores;
╠ Maior estabilidade no
valor da resistência
╠ Corrosão galvânica
nas pontas.
╠ Não utilizar
comprimentos maiores
que 9 metros.

66
“””

67
68
Interligar várias hastes em paralelo

Associação de duas hastes no solo


69
70
Quadrado vazio Quadrado
cheio

71
Hastes em circulo

• N – número de hastes

72
Potenciais no solo

• Uma haste no solo

Condutor horizontal no solo


73
Resistência do condutor horizontal

74
Anel circular enterrado

• Fórmula prática 75
Associação de configurações

76
“”

 
R T  0,443 
A L

Método de Laurent

77
“”

78
Condutores em malha e hastes
A – área da malha
l – comprimento
w – largura
L1 – comprimento hastes
L – comprimento
Resistência de condutores em malha condutores

Resistência mútua entre malha e hastes verticais


79
“””

ATERRA

80
“”

81
“””””””””””””

82
Eletrodos
• Eletrodos existentes (naturais) Prédios com
estruturas metálicas ou armação do concreto. Na
utilização desse sistema, deve-se assegurar que
haja uma perfeita continuidade entre todas as partes
metálicas e deve ser realizada a ligação
equipotencial entre as partes metálicas que,
eventualmente, possam estar desconectadas;
• Eletrodos encapsulados em concreto O concreto
em contato com o solo é um meio semicondutor com
resistividade da ordem de 3000 ohmsxm, muito
melhor do que o solo propriamente dito. Podem ser
utilizado os próprios ferros da armadura da
edificação, colocados no interior do concreto das
fundações.
• Eletrodos fabricados
• Outros eletrodos
83
Tabela 7.1 - Eletrodos de aterramentos convencionais.

Tipo de Dimensões mínimas Observações


eletrodo
Tubo de aço 2,40 m de comprimento e diâmetro nominal Enterramento totalmente vertical
zincado de 25 mm.
Perfil de aço Cantoneira de (20mmx20mmx3mm) com 2,40 Enterramento totalmente vertical
zincado m. de comprimento
Haste de aço Diâmetro de 15 mm. com 2,00 ou 2,40 m. de Enterramento totalmente vertical
zincado comprimento
Haste de aço Diâmetro de 15 mm com 2,00 ou 2,40 m de Enterramento totalmente vertical
revestida de comprimento
cobre

Haste de cobre Diâmetro de 15 mm com 2,00 ou 2,40 m de Enterramento totalmente vertical


comprimento
Fita de cobre 25 mm² de seção, 2 mm de espessura e 10 m Profundidade mínima de 0,60 m. Largura
de comprimento na posição vertical;
Fita de aço 100 mm² de seção, 3 mm de espessura e 10 Profundidade mínima de 0,60 m. Largura
galvanizado m de comprimento na posição vertical;
Cabo de cobre 25 mm² de seção e 10 m de comprimento Profundidade mínima de 0,60 m. Posição
horizontal
Cabo de aço 95 mm² de seção e 10 m de comprimento Profundidade mínima de 0,60 m. Posição
zincado horizontal;
Cabo de aço 50 mm² de seção e 10 m de comprimento Profundidade mínima de 0,60 m. Posição
cobreado horizontal.

Não devem ser usados como eletrodo de aterramento canalizações metálicas de fornecimento de
água e outros serviços, o que não exclui a ligação equipotencial de que trata.

84
85
86
87
88
Medição de resistência de terra
ATERRA
• Método dos três eletrodos
Qualquer erro em
R1, R2 e R3 podem
produzir grandes
erros no valor
calculado de "x".

89
Método da queda de tensão

ATERRA

90
Medição da Resistência de Aterramento

Método da Haste Remota Utilizando Terrômetro de 3 Pontas

91
92
93
Aspectos normativos NBR 15749
• Grandezas a serem medidas:
– Eficácia do eletrodo ou do sistema de aterramento;
– Definir alterações para um sistema de aterramento existente;
– Detectar possíveis tensões de toque e passo perigoso;
– Detectar a elevação do potencial do sistema de aterramento
em relação ao terra de referência.
• Segurança
– Utilizar calçados e luvas com nível de isolamento compatível
– NR 10 – conforme o risco.
– Evitar a realização de medições sob condições atmosféricas
adversas
– Evitar que pessoas estranhas ao serviço e animais se
aproximem dos eletrodos utilizados.

94
Método queda potencial

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Aumento da corrente de ensaio

• Para aumentar a corrente de ensaio, deve reduzir a


resistência de aterramento do eletrodo de corrente.
• Verificar a resistência máxima admissível do eletrodo
auxiliar especificado pelo fabricante.
• Regra prática: Resistência do eletrodo deve ser inferior a
500 Ω, ou resistência de aterramento do eletrodo de
corrente e a resistência do sistema sob ensaio não deve
exceder 1000:1, sendo preferíveis relações abaixo de
100:1
• Correntes parasitas
– Correntes contínuas
– Correntes alternadas.
96
Limitações do método

• Instalações urbanas densamente povoadas;


• Sistemas de aterramento de grandes dimensões
– Incerteza devido acoplamento, impedâncias
e sensibilidade do instrumento.
– Injeção de corrente na freqüência da rede,
– Mensurar com a SE desernergizadas
– Utilizar freqüência entre 20 kHz e 30kHz
– Injeção de alta corrente

97
Injeção de alta corrente
• Método recomendado para medições de potenciais na superfície
do solo e resistência ou impedância de um sistema envolvendo
SE, cabos pára-raios e neutro de alimentadores
• Para evitar superposição entre as regiões de influência, a
conexão do circuito de corrente com o eletrodo de corrente deve
ser a uma distância mínima superior a 5 vezes a maior
dimensão do sistema.
• O circuito de potencial deve ser deslocado radialmente a partir
da periferia, utilizando um voltímetro de alta impedância de
entrada.
– Para medição de resistência, maior deve ser a corrente,
maior a confiabilidade dos valores obtidos.
– O eletrodo de potencia deve fazer um ângulo de 90º ou 180º
com a linha do circuito de corrente.
– Há problemas relativos à segurança do pessoal envolvido
nas medições.
98
Sistemas interligados

• Via de regra a corrente é injetada exclusivamente


no sistema sob ensaio, desconectando daquele
todos os caminhos alternativos de retorno.
• Quando se tem interesse não só malha, mas
também os cabos pára-raios, de linha de
transmissão, neutros de alimentadores, blindagens
e outros, devem manter as condições operativas
normais.
• A única maneira é ensaiar com injeção de alta
corrente com todos os caminhos de retorno
ligados ao sistema
99
100
Medição de potenciais na superfície

101
• Perfis de tensão de passo e toque realizados com injeção
de alta corrente.
• Fonte de corrente deve ter potência e tensão adequadas
para fornecer corrente suficientemente elevada, de modo
reduzir incertezas.
• Medir na periferia
• Analisar fontes e comportamentos de incertezas
• Observações adicionais
• Para um sistema de aterramento:
– Cabos pára-raios e contrapesos, neutros dos
alimentadores, blindagem e capas metálicas que
chegam devem ser desconectados
• Para medições de potenciais, quanto maior corrente
injetada menores incertezas, mas atenção à segurança do
pessoal;
• Limitar a tensão da fonte de alimentação a 100 V.

102
Medição de tensão toque e passo

• Placa metálica
2 Massa equivalente ao peso do corpo

Com voltímetro mede-se a tensão entre duas peças como


indicado acima, e faz-se a proporcionalidade.

103
Curvas equipotenciais
• Como os potenciais
permissíveis são definidos
para a distância de 1,0 metro,
então, o valor permissível de
gradiente de potencial será:
Gradiente permissível =
potencial permissível(V/m).

Levanta-se os potenciais medidos nas oito


direções de metro em metro.

104
Medição de resistência de contato
• Resistência de
contato em
tensão de toque.

105
106
Resistência de contato pé-
2V3k  V1k 
RCT  brita, simulando a tensão de
 V1k V 3k 
   toque
 1000 3000

V3k  V1k
RCP 
 V V 
2 *  1k  3k 
 1000 3000

Resistência de contato
pé-brita, simulando a
tensão de passo.

107
Medições em instalações energizadas

• Continuidade
• Condições de segurança, transitórios do sistema
• Sinalização
• EPI´s
• Injeção de correntes harmônicas
• Todos os equipamentos co proteção contra sobrecorrente,
sobretensões com secionamento automático da
alimentação.
• Comportamento de carga
• Planejamento, energizar somente no instante de medição
e tempo mais curto possível.
• Sistema operar em condições isolada.

108
Instrumentação
• Tensões de saída alternada;
• Influência das tensões perturbadoras
• Dentro do campo de medida marcado ou estabelecido, o
máximo erro de operação em valor percentual não deve
exceder 30%, conforme o cálculo da incerteza.
• A resistência de aterramento do eletrodo de corrente e da
sonda de potencial não deve ultrapassar 100 vezes a
resistência que se pretende ensaiar, para máximo de 50

• Limitar o valor da tensão de saída de circuito em ca 50 V
(referência tensão limite convencional NBR5410)

109
O medidor alicate?

110
Principio de Funcionamento

111
Restrições de uso

112
• Garantir um circuito fechado, incluindo a resistência a ser medida.

• Resistência do aterramento em paralelo deve ser muito menor que a


resistência a ser medida.
• Um sistema de aterramento não pode interferir no outro.
• A resistência do sistema sob medição deve ser percorrida pela
totalidade da corrente injetada.

113
Definições:
• Circuito de retorno à terra: a terra é utilizada para
completar o circuito
• Eletrodo de terra: um condutor aterrado
• Rede de terra: conjunto de condutores aterrados -
enterrados no solo - interligados com objetivo de prover
aterramento comum à equipamentos elétricos
• Malha de Terra: sistema de condutores nus e
interligados localizados sobre ou abaixo da superfície do
solo, conectados à terra de modo à proteger de tensões
perigosas
• Obs:destas definições surge a necessidade de
esquemas de aterramento convenientes e normalizados
114
Esquemas de aterramento normatizado
• ATERRAMENTO DE PROTEÇÃO (ligação à terra das
massas e dos elementos condutores estranhos à
instalação):
– Limitar o potencial entre massas, entre massas e
elementos condutores estranhos à instalação
(equalização de potencial)
– Proporcionar às correntes de falta para terra um
caminho de retorno de baixa impedância
• ATERRAMENTO FUNCIONAL (ligação à terra de um
dos condutores vivos do sistema):
– definição e estabilização da tensão da instalação em
relação à terra durante o funcionamento
– Limitação de sobretensões devidas a manobras e
descargas atmosféricas
115
LEI Nº 11.337, DE 26 DE JULHO DE 2006.
• Determina a obrigatoriedade de as edificações possuírem sistema de
aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utilização de
condutor-terra de proteção, bem como torna obrigatória a existência de
condutor-terra de proteção nos aparelhos elétricos que especifica. O
PRESIDENTE DA REPÚBLICA - Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
• Art. 1o As edificações cuja construção se inicie a partir da vigência desta
Lei deverão obrigatoriamente possuir sistema de aterramento e
instalações elétricas compatíveis com a utilização do condutor-terra de
proteção, bem como tomadas com o terceiro contato correspondente.
• Art. 2o Os aparelhos elétricos e eletrônicos, com carcaça metálica
comercializados no País, enquadrados na classe I, em conformidade com
as normas técnicas brasileiras pertinentes, deverão dispor de condutor
terra de proteção e do respectivo plugue, também definido em
conformidade com as normas técnicas brasileiras.(Redação dada pela Lei
12119, de 2009)
• Parágrafo único. O disposto neste artigo entra em vigor a partir de 1o de
janeiro de 2010. (Redação dada pela Lei 12119, de 2009)
• Art. 3o Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua publicação.
• Brasília, 26 de julho de 2006; 185o da Independência e 118o da
República.
116
Esquemas de aterramento
Baixa tensão
Simbologia:
– L1 - situação de alimentação em relação à terra
– T - um ponto diretamente aterrado
– I - isolação de todas as partes vivas ou aterramento
através de impedância
– L2 - situação das massas em relação à terra
– T - massas diretamente aterradas
– N - massas ligadas ao ponto de alimentação aterrado,
geralmente, o neutro
– L3 - condutor neutro/ condutor de proteção
– S - condutores diferentes, do contrário, usamos C

117
Esquema TT
• Alimentação: diretamente aterrada
• Massas da instalação: diretamente aterradas
• Percurso de corrente: Falta FN inclui a terra e a elevada
impedância do caminho serve para limitar a corrente de falta

118
Configuração esquemática do TT com segurança

Eletrodos de aterramentos: (NBR5410 –


6.4.1)
Preferencialmente, uso das próprias
armaduras do concreto das fundações; ou
Uso de fitas, barras ou cabos metálicos,
especialmente previstos, imersos no
concreto; ou
Uso de malhas metálicas enterradas, no
nível das fundações, cobrindo a área da
edificação e complementadas, quando
necessário, por hastes verticais e ou cabos
dispostos radialmente; ou
No mínimo, uso de anel metálico
enterrado, circundando o perímetro da
edificação.
119
Eletrodo em Anel

120
121
122
123
124
125
125
126
127
128
Esquema TN-S
• Alimentação: diretamente aterrada
• Massas: ligadas a um condutor de proteção, que está ligado ao
aterramento da alimentação - distinto do neutro
• Percurso de corrente: através do condutor de proteção com
baixíssima impedância

129
Configuração
esquemática
do TN-S com
segurança

130
Esquemas de Aterramento Esquema TN
c) Esquema TN-C-S

131
Esquema TN-C
• Difere do anterior no fato de
condutores de proteção e
neutro serem os mesmos.
• Percurso da corrente: por
meio de condutores de
proteção
• Aplicações Principais:
• Circuitos de distribuição
urbana
• Atenção: Falta Fase Massa
= Falta Fase Neutro
132
Esquema IT
• Alimentação: não é
diretamente aterrada
- isolada por uma
impedância
• Massa: aterrada por
eletrodos de
aterramento próprios
• Percurso de
corrente: na falta FM
não tem intensidade
de risco.

133
134
Aterramento NBR14039
• 1a - neutro da instalação em relação à terra;
– Aterrado o condutor vivo – T, isolado - I
• 2a - massas da instalação.
• T = massas estão ligadas diretamente à terra,
• N = massas ligadas ao pto de alimentação aterrado,o
neutro.
• 3a - massas da subestação de alimentação
• R = ligadas ao eletrodo de aterramento do neutro e ao das
massas da instalação;
• N = ligadas ao eletrodo de aterramento do neutro, mas
não ao das massas da instalação;
• S = eletrodo separado do neutro e daquele das massas da
instalação. 135
136
Aterramento NBR14039

Sistema TNR
• O esquema TNR possui um ponto da alimentação diretamente
aterrado, sendo as massas da instalação e da subestação
ligadas a esse ponto através de condutores de proteção (PE) ou
condutor de proteção com função combinada de neutro (PEN).
Nesse esquema, toda corrente de falta direta fase-massa é uma
137
corrente de curto-circuito
• Nos esquemas TN, o percurso da corrente de falta fase-massa é constituído exclusivamente por
elementos condutores, sendo, portanto, um percurso de baixa impedância. Neste caso, todo defeito
de isolamento é um curto-circuito, sendo permitido que a detecção dos defeitos seja efetuada por
dispositivos de proteção contra sobrecorrentes instalados em todos os condutores de fase. Porém, é
obrigatória a verificação das condições de funcionamento destes dispositivos, através da avaliação da
corrente de curto circuito mínima.
• O cálculo da corrente de curto-circuito mínima deve considerar a impedância do percurso da corrente
de falta, incluindo a fonte, os condutores de fase em defeito e o condutor de proteção. Para permitir
este cálculo, o condutor de proteção deve, em princípio, caminhar ao lado dos condutores de fase
sem interposição de elementos ferromagnéticos (armaduras, telas) ou fazer parte do mesmo
eletroduto.
• Em uma instalação alimentada em média tensão pela concessionária, no caso de ser adotado o
esquema TN, o neutro da rede de distribuição deve ser considerado como condutor PEN.
• É importante ressaltar que, instalações com alimentação aterrada por uma impedância que visa
somente limitar a corrente de falta, por exemplo, a 500 A, são instalações TN.
• No esquema TT, o percurso da corrente de falta fase-massa inclui a terra. É, portanto, um percurso de
impedância elevada.
• Nos esquemas TT, a corrente de falta é limitada por: resistências dos eletrodos de aterramento: das
massas e do neutro, esta última aumentada ao valor da resistência de limitação, que pode ser inserida
entre o ponto neutro e a terra; resistência das ligações eventuais, utilizadas por interconexão das massas
e do eletrodo de aterramento.
• Devido a esta limitação, a magnitude da corrente de falta será muito menor do que a corrente de curto-
circuito fase neutro. A detecção destas baixas correntes de fuga não é possível com dispositivos cujo valor
de funcionamento é muito elevado (muitas vezes sua corrente nominal). Por isso, é necessária a utilização
de dispositivos sensíveis à corrente diferencial. Neste caso, não é permitido que a detecção da corrente de
falta seja assegurada por dispositivos de proteção contra sobrecorrentes, pois o seu funcionamento seria
de difícil verificação. A detecção das faltas deve ser efetuada por dispositivos sensíveis à corrente
diferencial e provocam a interrupção da alimentação, não necessitando de uma verificação das condições
de disparo.
• Os eletrodos de aterramento do ponto de alimentação e o eletrodo de aterramento das massas devem ser
distintos, mesmo que haja superposição nas zonas de influência dos eletrodos da alimentação e das 138
massas. O esquema é considerado TT, para efeito de aplicação das medidas de proteção contra contatos
indiretos.
Aterramento NBR14039

Sistema TTN
• Os esquemas TTx possuem um ponto da alimentação diretamente aterrado,
estando as massas da instalação ligadas a eletrodos de aterramento eletricamente
distintos do eletrodo de aterramento da subestação.
• Nesse esquema, as correntes de falta direta fase-massa devem ser inferiores a uma
corrente de curto-circuito, sendo, porém suficientes para provocar o surgimento de
tensões de contato perigosas.
• São considerados dois tipos de esquemas, TTN e TTS, de acordo com a disposição
do condutor neutro e do condutor de proteção das massas da subestação, a saber:
• No qual o condutor neutro e o condutor de proteção das massas da subestação são
ligados a um único eletrodo de aterramento 139
Aterramento NBR14039

Sistema TTS

• No qual o condutor neutro e o condutor de proteção das


massas da subestação são ligados a eletrodos de
aterramento distintos
140
Aterramento NBR14039

Sistema ITR
• Os esquemas Itx não possuem qualquer ponto da alimentação diretamente aterrado ou
possuem um ponto da alimentação aterrado através de uma impedância, estando as
massas da instalação ligadas a seus próprios eletrodos de aterramento.
• Nesse esquema, a corrente resultante de uma única falta fase-massa não deve ter
intensidade suficiente para provocar o surgimento de tensões de contato perigosas.
• Esquema ITR, no qual o condutor neutro, os condutores de proteção das massas da
subestação e da instalação são ligados a um único eletrodo de aterramento
141
Aterramento NBR14039

Sistema ITN
• Esquema ITN, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção das massas da
subestação são ligados a um único eletrodo de aterramento e as massas da
instalação ligadas a um eletrodo distinto
• Em um esquema IT, a alimentação pode estar isolada da terra ou aterrada através de
uma impedância. As massas, por sua vez, individualmente, ou por grupos, ou
coletivamente, podem estar aterradas em eletrodo ou eletrodos específicos ou, no caso
da alimentação aterrada por impedância, no mesmo eletrodo da alimentação.
• Em qualquer caso, a corrente de uma primeira falta fase-massa apresenta um valor
limitado, visto que seu percurso se fecha através da capacitância do circuito em relação
à terra ou, eventualmente, através da impedância por meio da qual é aterrada a 142
alimentação.
Aterramento NBR14039

Sistema ITS

• Esquema ITS, no qual o condutor neutro, os condutores de proteção das


massas da subestação e da instalação são ligados a eletrodos de aterramento
distintos
• Aterramento do condutor neutro (todos) Quando a instalação for alimentada
por concessionário, o condutor neutro, se existir e o concessionário permitir,
deve ser aterrado na origem da instalação.
• NOTA - Do ponto de vista da instalação, o aterramento do neutro na origem 143
proporciona uma melhoria na equalização de potenciais essencial à segurança.
Ligação Equipotencial

144
NBR5410/2004
Legenda:
BEP = Barramento de
eqüipotencialização principal
EC = Condutores de eqüipotencialização
1 = Eletrodo de aterramento (embutido
nas fundações)
2 = Armaduras de concreto armado e
outras estruturas metálicas da edificação
3 = Tubulações metálicas de utilidades,
bem como os elementos estruturais
metálicos a elas associados.
Por exemplo:
3.a = água
3.b = gás
(*) = luva isolante (ver nota 2 de
6.4.2.1.1)
3.c = esgoto
3.d = ar-condicionado
4 = Condutos metálicos, blindagens,
armações, coberturas e capas metálicas
de cabos
4.a = Linha elétrica de energia
4.b = Linha elétrica de sinal
5 = Condutor de aterramento principal

145
• 1 A figura é essencialmente ilustrativa. Se o quadro de distribuição principal se situar junto ou bem próximo
do ponto de entrada da linha na edificação, sua barra PE, caso não haja outras restrições, poderia
acumular a função de BEP.
• 2 O detalhe relativo ao esquema TN-C-S ilustra situação conforme 5.4.3.6.
• Figura G.2 - Conexões da alimentação elétrica à eqüipotencialização principal, em função do
esquema de aterramento

146
• Figura G.3 Exemplo de eqüipotencialização principal
em que os elementos nela incluíveis não se
concentram ou não são acessíveis num mesmo ponto
da edificação 147
Roteiro dimensionamento de Malha
• Dados necessários:
– a) Cálculo da resistividade aparente;
– b) Resistividade da primeira camada do solo;
– c) Resistividade superficial
• Brita 3 000 ohms.m
• Lama asfáltica 10 000 ohms.m
• Concreto 7 500 ohms.m
– d) Corrente de curto fase-terra, na malha da SE;
• Vide tabela 7.1
– e) Tempo de duração da corrente de falta;
– f) Área da malha – adotar área retangular
– g) Corrente mínima de acionamento do relé.

148
149
150
151
Corrente de Pick up

• Corrente que pode circular permanentemente na malha


sem que induza uma tensão de toque no interior da
malha de modo a produzir uma corrente inferior ao
limiar de não largar.
• RC resistência do corpo humano;
• Lt Comprimento total dos cabos da malha;
• Km – constante de malha;
• Ki – constante de irregularidade;
• s – resistividade superficial e
• 1 – resistiviade da primeira camada.

152
Espaçamento e número de condutores
• Partida  10% da maior dimensão;
• Número de condutores
,,,,,,,,,,,,,,,,,horizontais; sempre inteiro.
• Número de condutores
...,,,,,,,,,,,,,,,perpendiculares, sempre inteiro.

• Comprimento total; Z – comprimento adicional


• Smínimo – G.IkA ( Adotar com condições
mecânicas seções entre 35 mm2 a 240 mm2.
153
Determinação das constantes
• Constante da malha Km – vide gráficos
• Constante de Irregularidade Ki
– Condições teóricas das malhas e solo do modelo real;
– Resistividade do solo heterogêneo;
– Composição das malhas não simétricas;
– Distribuição de corrente não uniforme nos condutores; e
– Formas das malhas não uniformes
– 1,5 ≤ Ki ≤ 2.5
• Constante de passo Ks.
• Constate de cerca Kc
154
155
Coeficiente Ks para
profundidade de 0,6
Coeficiente Ks para m.
profundidade de 0,4
m.

156
Coeficiente Ks para
Coeficiente Ks para
profundidade de 1,0
profundidade de 0,8
m.
m.

157
158
• Coeficiente Kc
sobre o perímetro
da rede. Curva
para cabo 2AWG.
Para bitolas
diferentes, vide
tabela 7.5.
• Vide para 1m e 2
m

159
“””

160
161
Valores permissíveis
• Tensão de passo suportável por 3 s.

• Tensão de toque suportável por 3 s.

• Comprimento mínimo dos condutores


para garantir as tensão de toque segura.

• Corrente suportável pelo corpo humano,


sem ocorrência de fibrilação em até 3 s.

162
Valores críticos gerados na malha
• Tensão de passo na periferia da
malha (cantos) em volts.

• Tensão de malha (toque) na


periferia (cantos) em volts.

• Corrente de choque

• Tensão de cerca (toque) na


cerca em volts.

163
Condições segurança na malha
• As tensões calculadas com a corrente de
curto circuito injetadas na malha devem
ser inferiores aos valores permissíveis:
• Vpasso(calculada) ≤ VPasso permissível;
• Vtoque(Calculada) ≤ Vtoque permissível;
• Vcerca(calculada) ≤ Vtoque permissível; e
• Ichoque ≤ Ik (para tensão de toque e
passo)

164
Equivalência de área de cabos

165
Cálculo da impedância equivalente
• RL – resistência equivalente de aterramento
das linhas que chegam a SE em ohms.
• Zj – impedância de linha j.
• n – número de linhas
• RE – resistência média das estruturas em
ohms
• Zp – impedância do cabo pára-raios
• N – número de estruturas da linha em até 5
km.
• Rl é utilizada para calcular a corrente
efetiva que é injetada na malha da SE.

166
Aparecimento das regiões anódicas
• a). - deformações superficiais;
• b). - composição variável em liga não homogênea;
• c). - precipitações ou segregações;
• d). - gradiente de temperatura;
• e). - gradiente de concentração;
• f) - pares galvânicos;
• g). - regiões ativas e passivas, etc..
• h). - deformação da superfície;
• i). - precipitados ativos;
• j). - tensões superficiais, por exemplo: tensão residual da
usinagem; e
• k). - correntes de fuga, etc..
167
Mecanismo de proteção

168
Mecanismo de proteção
 a) Diminuir a diferença Ea - Ec. Para tal diminuem-se as
heterogeneidades do eletrólito ou do metal. Este tipo de
controle é muito difícil, se não impossível;
 b) Aumentar Ra e ou Rc. Para tal faz-se um revestimento
adequado na superfície metálica. Também os produtos
de corrosão no ânodo podem aumentar Ra, bem como, o
material não metálico depositado no cátodo, pode
aumentar Rc;
 c) Aumentar Re. Para tal eliminam-se os sais solúveis e a
umidade do eletrólito;
 d) Aumentar Rm. Para tal intercala-se uma junta isolante,
no metal, entre o ânodo e o cátodo.
169
Formas de corrosão

• Heterogeneidade de metais

170
Formas de corrosão
• Por heterogeneidades de eletrólitos:

171
Formas de corrosão
• Por ação de correntes dispersas

• Por ação de bactérias(corrosão química)


172
Proteção catódica

173
Anodo de sacrifício

174
Proteção catódica por corrente impressa

175
Origem das interferências
• Fontes de sobretensões
• - Descargas atmosféricas diretas e indiretas;
– Age diretamente ou indiretamente, dv/dt; e di/dt
– Eleva o potencial do sistema de aterramento.
– Onda trafegante, sobretensões nos invólucros e blindagens
• Chaveamentos;
– Mesmos efeitos da descarga, com freqüência maior;
– Desernegização de cargas indutivas geram ondas de 1
MHz a 20 MHz com picos de 5 kV, tempo de subida da
ordem de picos;
• Geram no mínimo tensão duas vezes Vo,
transitórios.
176
Efeitos dos surtos
Nas trilhas
o ponto de
fusão é
maior, a
camada de
isolante
funde e
escoa.

A trilha no surto, forma bolhas ou vaporiza.

177
Efeitos dos surtos
Na ausência da
isolação, o cobre forma
bolhas ou vaporiza,
alterando as condições
das trilhas.

Às altas
temperaturas as
paredes laterais das
trilhas, fundem
provocando a
extrusão do cobre.
178
Origem das interferências
 Tensões induzidas de origem magnética e elétrica;
• Magnética: correntes 3 desbalanceadas;
– Circuitos monofásicos multiaterrados; Faltas fase-terra;
– harmônicos; Instalação Elétrica (separação física, comprimento de
exposição, sensibilidade, equipotencialização)
• Elétrica – efeito capacitivo.
 Elevação do potencial da terra.
• Comportamento, taxa de variação da corrente;
• Área de influência
 Efeito freqüência
• PE atua como antena. DA – 5kHZ ≤ f ≤ 1,5MHz.
• Concentração de energia 10 MHZ -  = 30m

179
Área de influência

180
Dispositivos
Os Dispositivos de Proteção contra Surtos –
DPS, são equipamentos capazes permanecer
invisíveis ao circuitos quando em regime
normal e atuar rapidamente abrindo um
caminho de baixa impedância assim que for
detectada uma sobretensão.
Existem diferentes tecnologias de DPS, cada
qual indicada para determinada situação.

181
Dispositivos de proteção
• Condutores
– Minimizar indutâncias, e acoplamentos;
• Fusível;
• Bobina térmica;
• Transformador de isolação;
• Transformador de neutralização;
• Reator de drenagem;
• Gaiola de Faraday
• Transzorb´s
• válvulas
182
Dispositivos de proteção
• Pára-raios
• Centelhadores
– Carvão
– Eletrodo metálico
– Gás
• Máxima tensão disruptivade impulso:
• Máxima tensão disruptiva de corrente cont ínua:
• Tensão residual:
• Tensão de arco:
• Tensão de luminescência:
• Varistores

183
Filosofia de proteção
• Os sistemas de proteção contra
surtos devem apresentar
características de forma a garantir o
“grampeamento” de tensão a níveis
inferiores e tempos aos suportáveis
e manter a integridade, continuidade
dos equipamentos e dispositivos da
instalação.
184
Esquema de proteção

• Proteção primária
– Centelhadores a gás;
– Varistores
• Proteção secundária
– Varistores;
– Diodos zener´s
– tranzorbs
185
Seqüência de operação do centelhador

186
Dispositivos de proteção
• Centelhador (ar)

187
Varistores ligados em uma rede trifásica centelhador em rede trifásica.

188
Proteção primaria e secundária

189
Proteção contra sobretensões
transitórias em linhas de energia
• Deve ser provida proteção contra
sobretensões transitórias, nos seguintes
casos:
• quando a instalação for alimentada por linha
total ou parcialmente aérea, ou incluir ela
própria linha aérea, e se situar em região sob
condições de influências externas AQ2 (mais
de 25 dias de trovoadas por ano);
• quando a instalação se situar em região sob
condições de influências externas AQ3 (ver
tabela 15).
190
Proteção contra Sobretensão
• NOTA – Admite-se que a proteção contra
sobretensões possa não ser provida se as
conseqüências dessa omissão, do ponto
de vista estritamente material, constituírem
um risco calculado e assumido. Em
nenhuma hipótese a proteção pode ser
dispensada se essas conseqüências
puderem resultar em risco direto ou
indireto à segurança e à saúde das
pessoas.

191
Proteção contra sobretensões
transitórias em linhas de sinal
• Toda linha externa de sinal, seja de telefonia,
de comunicação de dados, de vídeo ou
qualquer outro sinal eletrônico, deve ser
provida de proteção contra surtos nos pontos
de entrada e/ou saída da edificação.
• Além dos pontos de entrada/saída, pode ser
necessário prover proteção contra surtos
também em outros pontos, ao longo da
instalação interna, e, em particular, junto aos
equipamentos mais sensíveis, quando não
possuírem proteção incorporada.
192
Prevenção de influências eletromagnéticas
nas instalações e seus componentes

• Toda linha metálica de sinal que interligue edificações


deve dispor de condutor de eqüipotencialização paralelo,
acompanhando todo seu trajeto, sendo esse condutor
conectado às eqüipotencializações, de uma e de outra
edificação, às quais a linha de sinal se acha vinculada.
• Em toda edificação alimentada por linha elétrica em
esquema TN-C, o condutor PEN deve ser separado, a
partir do ponto de entrada da linha na edificação, ou a
partir do quadro de distribuição principal, em condutores
distintos para as funções de neutro e de condutor de
proteção. A alimentação elétrica, até aí TN-C, passa então
a um esquema TN-S (globalmente, o esquema é TN-C-S).

193
Prevenção de influências eletromagnéticas
nas instalações e seus componentes
• Além da observância de 6.1.7.1 e 6.1.7.2 e das prescrições
pertinentes de 6.4, devem ser adotadas as medidas necessárias
para reduzir os efeitos das sobretensões induzidas e das
interferências eletromagnéticas a níveis aceitáveis.
• NOTA – São exemplos de medidas que contribuem para a redução
dos efeitos das sobretensões induzidas e das interferências
eletromagnéticas:
• disposição adequada das fontes potenciais de perturbações em
relação aos equipamentos sensíveis;
• disposição adequada dos equipamentos sensíveis em relação a
circuitos e equipamentos com altas correntes, como, por exemplo,
barramentos de distribuição e elevadores;
• uso de filtros e/ou dispositivos de proteção contra surtos (DPSs) em
circuitos que alimentam equipamentos sensíveis;
• seleção de dispositivos de proteção com temporização adequada,
para evitar desligamentos indesejáveis devidos a transitórios;

194
Prevenção de influências eletromagnéticas
nas instalações e seus componentes
• eqüipotencialização de invólucros metálicos e blindagens;
• separação adequada, por distanciamento ou blindagem, entre as linhas de energia e
as linhas de sinal, bem como seu cruzamento em ângulo reto;
• separação adequada, por distanciamento ou blindagem, das linhas de energia e de
sinal em relação aos condutores de descida do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas;
• redução dos laços de indução pela adoção de um trajeto comum para as linhas dos
diversos sistemas;
• utilização de cabos blindados para o tráfego de sinais;
• conexões de eqüipotencialização as mais curtas possíveis;
• linhas com condutores separados (por exemplo, condutores isolados ou cabos
unipolares) contidas em condutos metálicos aterrados ou equivalentes;
• evitar o esquema TN-C, conforme disposto em 5.4.3.6;
• concentrar as entradas e/ou saídas das linhas externas em um mesmo ponto da
edificação;
– Todos os elementos relacionados a linhas externas devem ser conectados à eqüipotencialização
principal o mais próximo possível do ponto em que entram e/ou saem da edificação.
– NOTA Recomenda-se que as entradas e saídas de linhas externas, na edificação, sejam
concentradas, sempre que possível, num mesmo ponto.
• utilizar enlaces de fibra óptica sem revestimento metálico ou enlaces de comunicação
sem fio na interligação de redes de sinal dispostas em áreas com
eqüipotencializações separadas, sem interligação.

195
Proteção em linhas de energia
Uso e localização dos DPS´s
• Nos casos em que for necessário o uso de DPS e nos casos
em que esse uso for especificado, independentemente das
considerações de 5.4.2.1.1, a disposição dos DPSs deve
respeitar os seguintes critérios:
• a) quando o objetivo for a proteção contra sobretensões de
origem atmosférica transmitidas pela linha externa de
alimentação, bem como a proteção contra sobretensões de
manobra, os DPSs devem ser instalados junto ao ponto de
entrada da linha na edificação ou no quadro de distribuição
principal, localizado o mais próximo possível do ponto de
entrada; ou
• b) quando o objetivo for a proteção contra sobretensões
provocadas por descargas atmosféricas diretas sobre a
edificação ou em suas proximidades, os DPSs devem ser
instalados no ponto de entrada da linha na edificação.
196
Proteção em linhas de energia
Uso e localização dos DPSs
• Os DPSs devem atender à IEC 61643-1 e ser
selecionados com base, no mínimo, nas seguintes
características:
• 1. nível de proteção,
• 2. máxima tensão de operação contínua,
• 3. suportabilidade a sobretensões temporárias,
• 4. corrente nominal de descarga e/ou corrente de
impulso e
• 5. suportabilidade à corrente de curto-circuito.

197
198
199
Critérios de seleção
• Nível de proteção – Up – vide categoria; tab
31
• Máxima tensão de operação UC. Tabela 49;
• Corrente nominal e de impulso.
– 5 kA ≤ In ≤ 20 kA redes trifásicas ou ≤ 10 kA
mono.
– 12,5 kA ≤ Iimp ≤ 50 kA trifásica ou ≤ 25 kA
mono.
• Suportabilidade à corrente de curto circuito;
– Conexão entre neutro e PE Icc ≥ 100 A.
• Coordenação – dado de fabricante.
200
201
Seleção dos DPS

202
Seleção
3 - Os DPS devem suportar 4 – Descargas atmosféricas
as sobretensões indireta ou manobra:
temporárias decorrentes de c. nominal de descarga (In)
superior a 20kA (8/20 μs)
faltas na instalação BT e os (trifásicas) ou a 10 kA (8/20
DPS conectáveis ao PE, e μs) (monofásicas) para o
quando assim conectados, esquema 3;
não devem oferecer Descargas atmosféricas
nenhum risco à segurança diretas: corrente de impulso
(Iimp) superior a 12,5 kA para
em caso de destruição cada nó. No esquema de
provocada por sobretensões conexão 3, DPS entre neutro
temporárias devidas a faltas e PE, deve-se utilizar a IEC
na média tensão e por 61312-1 (Iimp) (50/25)
perda do neutro. Se simultâneo: In e Iimp
calculados separadamente.
203
Seleção
5 – Suportabilidade a 6 – É necessário
correntes de curto-circuito constar claramente
igual ou superior à calculada
para o ponto de instalação. como coordenar os
Para centelhadores, a DPS ao longo da
capacidade de interrupção
de corrente de curto-circuito instalação na
igual ou superior à do ponto documentação
de instalação.DPS entre fornecida pelo
neutro e PE, a capacidade
de interrupção de corrente fabricante.
subseqüente deve ser
superior a 100 A para
esquemas TN ou TT. Para
IT, a mesma dos DPS
conectados entre fase e
204
neutro.
Falha do DPS e proteção contra
sobrecorrentes
• Proteção contra sobrecorrentes destinada a
eliminar um curto-circuito que ocorra por falha do
DPS pode ser disposta:
• na própria conexão do DPS, sendo que esse DP
pode ser inclusive o desligador interno que
eventualmente integra o DPS;
• no circuito ao qual está conectado o DPS, que
corresponde geralmente ao próprio dispositivo
de proteção contra sobrecorrentes do circuito.

205
• DP: dispositivo de proteção contra sobrecorrentes
• DPS: dispositivo de proteção contra surtos
• E/I: equipamento/instalação a ser protegida contra
sobretensões
• Figura 14 Possibilidades de posicionamento do
dispositivo de proteção contra sobrecorrentes
206
Compatibilidade entre DPSs e
dispositivos Dr
• Quando os DPSs forem instalados, junto ao ponto de
entrada da linha elétrica na edificação ou no quadro de
distribuição principal, e a instalação for aí dotada de um ou
mais dispositivos Dr, os DPSs podem ser posicionados a
montante ou a jusante do(s) dispositivo(s) Dr, respeitadas as
seguintes condições:
• – quando a instalação for TT e os DPSs forem posicionados
a montante do(s) dispositivo(s) Dr, os DPSs devem ser
conectados conforme o esquema 3 (ver figura 13);
• – quando os DPSs forem posicionados a jusante do(s)
dispositivo(s) Dr, estes dispositivos Dr, sejam eles
instantâneos ou temporizados, devem possuir uma
imunidade a correntes de surto de no mínimo 3 kA (8/20
ms).
207
Compatibilidade entre DPSs e
dispositivos Dr
• Como critério geral, em especial quando o
dispositivo Dr for usado como proteção
adicional:
• Quando os DPSs forem instalados, junto ao
ponto de entrada da linha elétrica na edificação
ou no quadro de distribuição principal, e a
instalação for aí dotada de um ou mais
dispositivos Dr, os DPSs devem ser
posicionados a montante do(s) dispositivo(s) Dr.
Como critério geral, em especial quando o
dispositivo Dr for usado como proteção
adicional:
208
Compatibilidade entre DPSs e
dispositivos Dr
• Quando, em especial no esquema TT, os
DPSs forem posicionados a jusante do(s)
dispositivo(s) Dr:
• Os dispositivos Dr, sejam eles instantâneos ou
temporizados, devem possuir uma imunidade a
correntes de surto de no mínimo 3 kA (8/20
ms).
• NOTA – Os dispositivos tipo S conforme a IEC
61008-2-1 e 61009-2-1 constituem um
exemplo de dispositivo Dr que satisfaz tal
requisito de imunidade.

209
Condutores de conexão

Seção mínima para ligações DPS-PE 4 mm2 e


Sobretensões devido à descargas atmosféricas – 16
mm2
210
Localização dos DPSs - Sinal
• A localização dos DPSs destinados à proteção
requerida em 5.4.2.2.1 deve ser como segue:
• a) no caso de linha originária da rede pública de
telefonia, o DPS deve ser localizado no distribuidor
geral (DG) da edificação, situado junto ao BEP;
• b) no caso de linha externa originária de outra rede
pública que não a de telefonia, o DPS deve ser
localizado junto ao BEP; e
• c) no caso de linha que se dirija a outra edificação ou a
construções anexas e, ainda, no caso de linha
associada a antena externa ou a estruturas no topo da
edificação, o DPS deve ser localizado junto ao BEL
mais próximo (eventualmente, junto ao BEP quando o
ponto de saída ou entrada de tal linha se situar,
coincidentemente, próximo ao BEP).
211
212
Categoria dos DPS

213

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