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GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA


Centro de Ciências Humanas e Agrárias – CCHA
Tecnologia em Energias Renováveis

SISTEMAS DE ATERRAMENTO II

Disciplina: Instalações Elétricas de Alta Tensão


Professor: Me. Thomas Tadeu de Oliveira Pereira

Sousa – PB, setembro de 2023


ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO
1. RESISTÊNCIA DE UMA MALHA

2. MEDIÇÃO RESISTÊNCIA DA MALHA

3. SISTEMAS DE ATERRAMENTO

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ATERRAMENTO
• Resistência de um sistema de
aterramento
• Em um sistema de aterramento,
considera-se como resistência de terra
o efeito de três resistências, a saber
• A resistência relativa às conexões
existentes entre os eletrodos de
terra (hastes e cabos).
• A resistência relativa ao contato
entre os eletrodos de terra e a
superfície do terreno em torno dos
mesmos.
• A resistência relativa ao terreno nas O primeiro componente é de valor desprezível perante os demais
imediações dos eletrodos de terra, e, portanto, não é considerado no dimensionamento do sistema
denominada, também, resistência de aterramento.
de dispersão. Na prática, a resistência de terra pode ser geralmente identificada
como as demais resistências especificadas.

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ATERRAMENTO
• Resistência de um sistema de aterramento
• Cabe salientar que é grande a densidade de corrente nas imediações
dos eletrodos de terra, sendo notável o valor da resistência elétrica.
Como a corrente se dispersa de maneira eficiente no solo, tornando a
densidade praticamente nula, a resistência do solo no percurso da
corrente elétrica é considerada desprezível.
• Investigações realizadas mostram que 90 % da resistência elétrica
total de um terreno que envolve um eletrodo nele enterrado se
encontram geralmente dentro de um raio de 1,8 a 3,5 m do eixo
geométrico do referido eletrodo.
• É normal durante o tratamento do solo o uso de produtos químicos,
retirar a terra em torno do eletrodo e misturá-la às substâncias
redutoras de resistência do solo.
• Na realidade, produz-se artificialmente um eletrodo de grande seção
transversal, cuja resistência pode ser dada pela conhecida expressão R
= ρ × L/S, em que R é inversamente proporcional à área S.

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ATERRAMENTO
• Resistência de um sistema de aterramento
• Figura ao lado representa a resistência de um sistema de
terra de eletrodos verticais em paralelo, cada qual tendo
uma resistência de terra de 100 Ω, em função do número
de eletrodos e da distância entre estes.
• Na prática, a resistência dos dispersores em paralelo
exige que o terreno tenha certas dimensões, muitas
vezes não disponíveis em áreas de instalações industriais.
• A aplicação de muitas hastes em terrenos de pequenas
dimensões resulta, essencialmente, um notável
desperdício de material, com resultados pouco
compensadores.
• A distância mínima entre eletrodos contíguos deve
corresponder ao comprimento efetivo de uma haste.
Este procedimento deve-se ao fato de que quando dois
eletrodos demasiadamente próximos são percorridos por
uma elevada corrente de falta, dispersa por ambos, esta
Muitas hastes desperdício de material!!!
provoca um aumento na impedância mútua.

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ATERRAMENTO
• Resistência de um sistema de aterramento
• Figura ao lado representa a resistência de um sistema de
terra de eletrodos verticais em paralelo, cada qual tendo
uma resistência de terra de 100 Ω, em função do número
de eletrodos e da distância entre estes.
• Na prática, a resistência dos dispersores em paralelo
exige que o terreno tenha certas dimensões, muitas
vezes não disponíveis em áreas de instalações industriais.
• A aplicação de muitas hastes em terrenos de pequenas
dimensões resulta, essencialmente, um notável
desperdício de material, com resultados pouco
compensadores.
• A distância mínima entre eletrodos contíguos deve
corresponder ao comprimento efetivo de uma haste.
Este procedimento deve-se ao fato de que quando dois
eletrodos demasiadamente próximos são percorridos por
uma elevada corrente de falta, dispersa por ambos, esta
Muitas hastes desperdício de material!!!
provoca um aumento na impedância mútua.

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ATERRAMENTO
• Resistividade do Solo

• Para o projeto de um sistema de aterramento, é de


primordial importância o conhecimento prévio das
características do solo, principalmente no que diz
respeito à homogeneidade de sua constituição.

• A Tabela 11.1 fornece a resistividade de diferentes


naturezas de solo compreendidas entre valores inferior e
superior, que podem ser usados na elaboração de projeto
de malha de terra, desde que não se disponha de
medições adequadas.

• Para cálculos precisos de resistividade do solo é


necessário, porém, realizar medições com instrumentos
do tipo Megger de terra.

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ATERRAMENTO
• Resistividade do Solo – Método Wenner
• Consiste em colocar quatro eletrodos de teste em linha, separados por uma
distância A, e enterrados no solo com uma profundidade de 20 cm. Os dois
eletrodos extremos estão ligados aos terminais de corrente C1 e C2 e os dois
eletrodos centrais estão ligados aos terminais de potencial P1 e P2 do Megger de
terra.
• Alguns instrumentos do tipo Megger de terra dispõem de um terminal guarda
ligado a um eletrodo, com a finalidade de minimizar os efeitos das correntes
parasitas de valor relativamente elevado, que podem distorcer os resultados lidos.

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ATERRAMENTO
• Resistividade do Solo – Método Wenner
• Para realizar uma medição de resistividade de solo e obter resultados satisfatórios devem ser
seguidos alguns pontos básicos:
• Os eletrodos devem ser cravados, aproximadamente, a 20 cm no solo, ou até que apresentem
resistência mecânica de cravação consistente, definindo uma resistência de contato aceitável.
• Os eletrodos devem estar sempre alinhados. As distâncias entre os eletrodos devem ser sempre
iguais.
• Para cada espaçamento definido entre os eletrodos, ajustar o potenciômetro e o multiplicador do
Megger até que o indicador de medida do aparelho indique zero, com o equipamento ligado.
• O espaçamento entre os eletrodos deve variar de acordo com a série da Tabela 11.2, equivalendo
a uma medida por ponto para cada distância considerada.
• A distância entre as hastes corresponde à profundidade do solo cuja resistividade se está
medindo, conforme se ilustra na Figura 11.12.
• Se o indicador de medida oscilar insistentemente, significa que existe alguma interferência que
deve ser eliminada ou minimizada, afastando-se, por exemplo, os pontos de medição.
• Devem ser anotadas as condições de umidade, temperatura etc. do solo.

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ATERRAMENTO A - distância entre eletrodos, em m;
R - valor da resistência do solo, indicado no aparelho, em Ω

• Resistividade do Solo – Método Wenner


• Com base nos valores resultantes da medição, calcular a resistividade
• média, ou seja:
• Calcular a média aritmética dos valores de resistividade do solo para
cada espaçamento considerado.
• Calcular o desvio de cada medida em relação à média aritmética
anteriormente determinada.
• Desprezar todos os valores de resistividade que tenham um desvio
superior a 50 % em relação à média.
• Para um grande número de valores desviados da média, é
conveniente repetir as medições em campo.
• Persistindo os resultados anteriores, a região pode ser considerada
como não aderente ao processo de modelagem do método de
Wenner.

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ATERRAMENTO A - distância entre eletrodos, em m;
R - valor da resistência do solo, indicado no aparelho, em Ω

• Fatores que Influenciam na resistividade do solo


• Composição química
• A presença e a quantidade de sais solúveis e ácidos que normalmente se acham agregados ao solo
influenciam predominantemente no valor da resistividade deste.
• É conhecido que, quando é necessário reduzir a resistência de determinada malha de terra, adicionam-se,
adequadamente, produtos químicos ao solo circundante ao eletrodo de terra.
• Há vários produtos químicos, à base de mistura de sais, que, combinados entre si e na presença de água,
formam o gel, produto de uso comercial e de grande eficiência na redução da resistividade do solo. Esses
compostos têm as seguintes características:
• são higroscópios;
• dão estabilidade química ao solo;
• não são corrosivos;
• não são atacados pelos ácidos;
• são insolúveis na presença de água;
• têm longa duração (em geral, de cinco a seis anos).

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ATERRAMENTO A - distância entre eletrodos, em m;
R - valor da resistência do solo, indicado no aparelho, em Ω

• Fatores que Influenciam na resistividade do solo


• Umidade
• A resistividade do solo e a resistência de uma malha de terra são bastante alteradas quando varia
a umidade existente no solo, principalmente quando este valor cai a níveis abaixo de 20 %. Por
esse motivo, os eletrodos de terra devem sem implantados a uma profundidade adequada para
garantir a necessária umidade do solo em torno destes.
• O teor normal de umidade de um solo, além de variar com a localização, depende também da
época do ano, sendo que nos períodos secos anda por volta de 10 % e nas estações chuvosas pode
atingir 35 %.
• A utilização de uma camada de brita de 100 a 200 mm sobre a área da malha construída ao
tempo, bem como sobre o próprio piso das subestações abrigadas, serve para retardar a
evaporação da água do solo, além de oferecer uma elevada resistividade, cerca de 3.000 Ω·m,
reduzindo os riscos de acidentes fatais durante a ocorrência de falta entre fase e terra.

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ATERRAMENTO A - distância entre eletrodos, em m;
R - valor da resistência do solo, indicado no aparelho, em Ω

• Fatores que Influenciam na resistividade do solo


• Temperatura
• A resistividade do solo e a resistência de um sistema de aterramento são bastante afetadas
quando a temperatura cai abaixo de 0 °C. Para temperaturas acima deste valor, a resistividade do
solo e a resistência de aterramento se reduzem.
• As correntes de curto-circuito fase e terra de valor elevado podem ocasionar a ebulição da água
do solo em torno do eletrodo, diminuindo a umidade e elevando a temperatura no local,
prejudicando, sobremaneira, o desempenho do sistema de aterramento.

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ATERRAMENTO
• Resistividade aparente do solo (ρa)
• A resistência elétrica de um sistema de aterramento depende de
dois fatores básicos:
• A resistividade aparente do solo para aquela malha de terra
específica.
• A geometria e a forma que foram adotadas no projeto da malha de
terra.
• Define-se resistividade aparente do solo a resistividade vista por um
particular sistema de aterramento. Assim, um solo homogêneo pode
apresentar-se com diferentes valores de resistividade vistos por duas
malhas de terra distintas. Ou ainda, uma mesma malha de terra
pode interagir diferentemente com um solo de mesma resistividade
média.
• Para que se possa determinar a resistividade aparente dos solos é
necessário que se adote uma das técnicas disponíveis de
modelagem.
• O solo é constituído, em geral, por várias camadas horizontais com
formação geológica diferente, sendo, por esta razão, modelado em
camadas estratificadas.

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ATERRAMENTO
• Resistividade aparente do solo (ρa)
• A medição de resistividade do solo deve ser feita
após a terraplanagem e depois de ter decorrido
algum tempo para a estabilização físico-química
do solo.
• A prática indica que em muitos projetos o
instalador não segue este princípio,
prejudicando os resultados encontrados no
cálculo da malha de terra.
• O processo de medição da resistividade do solo,
fornece os elementos necessários para a
determinação da resistividade média do mesmo.
• Seus resultados são de precisão razoável quando
a curva resultante da medição da resistividade
do solo apresentar uma formação semelhante a
uma das curvas. Isto é, este método somente é
aplicável quando o solo puder ser estratificado
em duas camadas.

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• A NBR 5410:2004, para classificar os sistemas de aterramento das instalações, utiliza a seguinte simbologia:
• Primeira letra: situação da alimentação em relação à terra:
• T – um ponto diretamente aterrado;
• I – isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto através de uma impedância.
• Segunda letra: situação das massas em relação à terra:
• T – massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto de alimentação;
• N – massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado, sendo o ponto de aterramento, em corrente
alternada, normalmente o ponto neutro.
• Outras letras (eventuais): disposição do condutor neutro e do condutor de proteção:
• S – funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos;
• C – funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor (condutor PEN).

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema TN
• Os sistemas TN têm um ponto diretamente aterrado e as massas são
ligadas a este ponto através de condutores de proteção. De acordo com a
disposição do condutor neutro e do condutor de proteção, consideram-se
três tipos de sistemas TN, a saber: TN-S, TN-C e TN-C-S.
• Sistema TN-S
• É aquele no qual o condutor neutro e o condutor de proteção são
distintos. É comumente conhecido como sistema a cinco condutores.
• Neste caso, o condutor de proteção conectado à malha de terra na origem
do sistema, que é o secundário do transformador da subestação, interliga
todas as massas da instalação que são compostas principalmente pela
carcaça dos motores, transformadores, quadros metálicos, suporte de
isoladores etc.
• O condutor de proteção é responsável pela condução das correntes de
defeito entre fase e massa.
• As massas solidárias ao condutor de proteção PE (protection earth) podem
sofrer sobretensões, devido à elevação de potencial do ponto neutro do
sistema quando este condutor é percorrido por uma corrente de defeito.

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema TN-S
• Todas as massas de uma instalação devem ser ligadas ao
condutor de proteção. Todas as massas de um sistema TN-S
devem ser equalizadas através do condutor de proteção que
deve ser interligado ao ponto da alimentação aterrado. O
condutor de proteção pode ser aterrado em tantos pontos
quanto possível.
• Os dispositivos de proteção e as seções dos condutores,
segundo a NBR 5410, devem ser escolhidos de forma que,
ocorrendo em qualquer ponto uma falta de impedância
desprezível entre um condutor fase e o condutor de
proteção ou uma massa, o seccionamento ocorra
automaticamente em um tempo máximo igual ao
especificado. Isto pode ser atendido se for cumprida a
seguinte condição:

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema TN-S
• Zs – impedância do percurso da corrente de defeito, isto é,
as impedâncias da fonte, do condutor fase, até o ponto
onde ocorreu a falta e do condutor de proteção em toda a
sua extensão;
• Vfn – tensão nominal entre fase e terra ou fase e neutro;
• Iat– corrente de defeito entre fase e terra que assegura o
disparo da proteção em um tempo máximo igual aos
valores estabelecidos e de acordo com a situação a seguir
definida ou a 5 s em condições previstas pela NBR 5410 em
5.1.2.2.4.1.
• Situação 1: quando sujeita à passagem de uma corrente elétrica
conduzida de uma mão para outra ou de uma mão para um pé,
com pele úmida, podendo estar nesse instante em locais não
condutores ou estar em locais não condutores mas contendo
pequenos elementos condutores, cuja probabilidade de contato
seja desprezada, ou ainda estar em superfícies condutoras ou em
contato com elementos condutores.

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema TN-S
• Zs – impedância do percurso da corrente de defeito, isto é,
as impedâncias da fonte, do condutor fase, até o ponto
onde ocorreu a falta e do condutor de proteção em toda a
sua extensão;
• Vfn – tensão nominal entre fase e terra ou fase e neutro;
• Iat– corrente de defeito entre fase e terra que assegura o
disparo da proteção em um tempo máximo igual aos
valores estabelecidos e de acordo com a situação a seguir
definida ou a 5 s em condições previstas pela NBR 5410 em
5.1.2.2.4.1.
• Situação 2: quando sujeita à passagem de uma corrente elétrica
conduzida entre as duas mãos e os dois pés, estando com os pés
molhados, de forma a se poder desprezar a resistência de
contato, e, ao mesmo tempo, em contato com elementos
condutores ou sobre superfícies condutoras ou ainda em contato
permanente com paredes metálicas com possibilidades limitadas
de interromper os contatos.

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema TN-S
• Situação 3: pode-se considerar que uma pessoa está
submetida à situação 3 quando sujeita à passagem de uma Rt – resistência vista do secundário do transformador da subestação, em Ω;
Xt – reatância vista do secundário do transformador da subestação, em Ω;
corrente elétrica, estando a pessoa imersa em água, tal Rc – resistência dos condutores fase que se estendem desde o secundário do
como em piscinas e banheiras. transformador até o ponto de falta, em Ω;
Xc – reatância dos condutores fase que se estendem desde o secundário do
• Para que a pessoa esteja protegida contra contatos indiretos transformador até o ponto de falta, em Ω;
estando em uma das situações anteriormente definidas, ela Rp – resistência do condutor de proteção, em Ω;
não pode ser submetida aos valores superiores da tensão de Xp – reatância do condutor de proteção, em Ω;
contato limite V1. Rch – resistência do corpo humano, normalmente igual a 1.000 Ω;
Rco – resistência de contato da pessoa com o solo, em Ω;
• A tensão de contato Vc a que poderia ficar submetida uma Rm – resistência da malha de terra.
pessoa que estaria tocando uma carcaça energizada
acidentalmente pode ser dada: Tensão de contato limite (V) – NBR 5410

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema TN-S

Rt – resistência vista do secundário do transformador da subestação, em Ω;


Xt – reatância vista do secundário do transformador da subestação, em Ω;
Rc – resistência dos condutores fase que se estendem desde o secundário do
transformador até o ponto de falta, em Ω;
Xc – reatância dos condutores fase que se estendem desde o secundário do
transformador até o ponto de falta, em Ω;
Rp – resistência do condutor de proteção, em Ω;
Xp – reatância do condutor de proteção, em Ω;
Rch – resistência do corpo humano, normalmente igual a 1.000 Ω;
Rco – resistência de contato da pessoa com o solo, em Ω;
Rm – resistência da malha de terra.

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema TN-C
• É aquele no qual as funções de neutro e de proteção são combinadas
em um único condutor ao longo de todo o sistema. É comumente
conhecido como sistema a quatro condutores.
• O condutor neutro conectado à malha de terra na origem do sistema,
que é a subestação, interliga todas as massas da instalação. Desta forma,
o neutro, além de conduzir a corrente de desequilíbrio do sistema, é
responsável também pela condução da corrente de defeito.
• O sistema TN-C foi um dos mais utilizados em instalações de pequeno e
médio portes, devido, principalmente, à redução de custo com a
supressão do quinto condutor.
• É importante observar que o rompimento do condutor neutro (PEN) no
sistema TN-C coloca as massas dos equipamentos no potencial de fase.
• Nos sistemas TN, se existirem outras possibilidades de aterramento
além do aterramento nas proximidades do transformador, deve-se ligar
o condutor de proteção ao maior número de pontos possível.

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema TN-C-S
• É aquele no qual as funções
de neutro e de proteção são
combinadas em um único
condutor em uma parte do
sistema.

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema TT
• É aquele que tem o ponto de alimentação da instalação diretamente
aterrado, sendo as massas ligadas a eletrodos de aterramento
independentes do eletrodo da alimentação.
• Alternativamente, o esquema TT pode ser configurado onde o
aterramento das massas está conectado em um sistema de
aterramento distinto.
• Para assegurar que, na ocorrência de uma falta entre fase e massa, o
dispositivo de proteção seccione o circuito de alimentação, a tensão
de contato presumida não deve ser superior à tensão de contato
limite. Para isto deve-se estabelecer a seguinte condição:

• No caso de ser utilizada uma proteção diferencial-residual de 30 mA, a


resistência de aterramento será:

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema TT
• É aquele que tem o ponto de alimentação da instalação diretamente
aterrado, sendo as massas ligadas a eletrodos de aterramento
independentes do eletrodo da alimentação.
• Alternativamente, o esquema TT pode ser configurado onde o
aterramento das massas está conectado em um sistema de
aterramento distinto.
• A tensão de contato limite a que poderia ficar submetida uma pessoa
que estaria tocando uma carcaça energizada acidentalmente em um
sistema TT pode ser dada:

• Rte – resistência de terra da subestação ou do início da instalação,


podendo compreender a resistência da malha de terra Rm e do
resistor de aterramento Rat.

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema IT
• É aquele em que o ponto de alimentação não está
diretamente aterrado. No esquema IT, as instalações são
isoladas da terra ou aterradas por uma impedância Z de
valor suficientemente elevado, sendo esta ligação feita no
ponto neutro da fonte – se ela estiver ligada em estrela –
ou a um ponto neutro artificial.
• Para se obter um ponto neutro artificial quando o sistema
for ligado na configuração triângulo, é necessário utilizar
um transformador de aterramento.
• A corrente de defeito à terra na configuração estrela, com
ponto neutro aterrado com uma impedância elevada, é
de pequena intensidade, não sendo obrigatório o
seccionamento da alimentação.
• No caso da ocorrência de uma segunda falta à massa ou à
terra simultaneamente à primeira, as correntes de defeito
tornam-se extremamente elevadas, pois transforma-se
em um curto-circuito entre duas fases.

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema IT
• O sistema IT é caracterizado quando a corrente
resultante de uma única falta fase-massa não possui
intensidade suficiente para provocar o surgimento de
tensões perigosas. As massas devem ser aterradas
individualmente, ou em grupos, conectadas a um
sistema de aterramento distinto ou ainda em grupos.
• O aterramento das massas no sistema IT deve
satisfazer a seguinte condição para que não seja
imperativo o seccionamento automático por ocasião
da primeira falta:

• Ram – resistência do eletrodo de aterramento das


massas, em Ω;
• Ipf – corrente de defeito entre fase e massa do
sistema na condição de primeira falta direta.

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema IT
• Deve-se prever no sistema IT um dispositivo de supervisão de isolamento (DSI), que tem como finalidade
indicar a ocorrência do primeiro defeito entre fase e massa ou entre fase e terra, devendo atuar sobre um
dispositivo sonoro ou visual, de forma a alertar o responsável pela operação do sistema;
• Para que um sistema em estrela com o ponto neutro aterrado através de uma impedância Z seja reconhecido
como sistema IT, é necessário que o valor da referida impedância seja extremamente elevado.
• A utilização do sistema IT deve ser restrita a casos específicos, tais como os relacionados a seguir, de acordo
com a NBR 5410:
a) Instalações industriais de processo contínuo, com tensão de alimentação igual ou superior a 380 V, desde que
verificadas as seguintes condições:
• que a continuidade de operação seja essencial;
• que a manutenção e a supervisão da instalação estejam a cargo de
• pessoa habilitada de acordo com as características BA4 e BA5 (NBR 5410);
• que exista um sistema de detecção permanente de falta à terra;
• que o condutor neutro não seja distribuído.

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema IT
• Deve-se prever no sistema IT um dispositivo de supervisão de isolamento (DSI), que tem como finalidade
indicar a ocorrência do primeiro defeito entre fase e massa ou entre fase e terra, devendo atuar sobre um
dispositivo sonoro ou visual, de forma a alertar o responsável pela operação do sistema;
• Para que um sistema em estrela com o ponto neutro aterrado através de uma impedância Z seja reconhecido
como sistema IT, é necessário que o valor da referida impedância seja extremamente elevado.
• A utilização do sistema IT deve ser restrita a casos específicos, tais como os relacionados a seguir, de acordo
com a NBR 5410:
b) Instalações alimentadas por transformador de separação com tensão primária inferior a 1.000 V, desde que
verificadas as seguintes condições:
• que a instalação seja utilizada apenas para circuito de comando;
• que a continuidade de alimentação de comando seja essencial;
• que a manutenção e a supervisão estejam a cargo de pessoa
• habilitada, de acordo com as características BA4 e BA5 (NBR 5410);
• que exista um sistema de detecção permanente de falta à terra.

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SISTEMAS DE ATERRAMENTO
• Sistema IT
• Deve-se prever no sistema IT um dispositivo de supervisão de isolamento (DSI), que tem como finalidade
indicar a ocorrência do primeiro defeito entre fase e massa ou entre fase e terra, devendo atuar sobre um
dispositivo sonoro ou visual, de forma a alertar o responsável pela operação do sistema;
• Para que um sistema em estrela com o ponto neutro aterrado através de uma impedância Z seja reconhecido
como sistema IT, é necessário que o valor da referida impedância seja extremamente elevado.
• A utilização do sistema IT deve ser restrita a casos específicos, tais como os relacionados a seguir, de acordo
com a NBR 5410:
c) Circuito com alimentação separada, de reduzida extensão, em instalações hospitalares, onde a continuidade
de alimentação e a segurança dos pacientes sejam essenciais;
d) Instalações exclusivamente para alimentação de fornos a arco.

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