Centro de Ciências Humanas e Agrárias – CCHA Tecnologia em Energias Renováveis
SISTEMAS DE ATERRAMENTO II
Disciplina: Instalações Elétricas de Alta Tensão
Professor: Me. Thomas Tadeu de Oliveira Pereira
Sousa – PB, setembro de 2023
ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO 1. RESISTÊNCIA DE UMA MALHA
2. MEDIÇÃO RESISTÊNCIA DA MALHA
3. SISTEMAS DE ATERRAMENTO
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ATERRAMENTO • Resistência de um sistema de aterramento • Em um sistema de aterramento, considera-se como resistência de terra o efeito de três resistências, a saber • A resistência relativa às conexões existentes entre os eletrodos de terra (hastes e cabos). • A resistência relativa ao contato entre os eletrodos de terra e a superfície do terreno em torno dos mesmos. • A resistência relativa ao terreno nas O primeiro componente é de valor desprezível perante os demais imediações dos eletrodos de terra, e, portanto, não é considerado no dimensionamento do sistema denominada, também, resistência de aterramento. de dispersão. Na prática, a resistência de terra pode ser geralmente identificada como as demais resistências especificadas.
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ATERRAMENTO • Resistência de um sistema de aterramento • Cabe salientar que é grande a densidade de corrente nas imediações dos eletrodos de terra, sendo notável o valor da resistência elétrica. Como a corrente se dispersa de maneira eficiente no solo, tornando a densidade praticamente nula, a resistência do solo no percurso da corrente elétrica é considerada desprezível. • Investigações realizadas mostram que 90 % da resistência elétrica total de um terreno que envolve um eletrodo nele enterrado se encontram geralmente dentro de um raio de 1,8 a 3,5 m do eixo geométrico do referido eletrodo. • É normal durante o tratamento do solo o uso de produtos químicos, retirar a terra em torno do eletrodo e misturá-la às substâncias redutoras de resistência do solo. • Na realidade, produz-se artificialmente um eletrodo de grande seção transversal, cuja resistência pode ser dada pela conhecida expressão R = ρ × L/S, em que R é inversamente proporcional à área S.
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ATERRAMENTO • Resistência de um sistema de aterramento • Figura ao lado representa a resistência de um sistema de terra de eletrodos verticais em paralelo, cada qual tendo uma resistência de terra de 100 Ω, em função do número de eletrodos e da distância entre estes. • Na prática, a resistência dos dispersores em paralelo exige que o terreno tenha certas dimensões, muitas vezes não disponíveis em áreas de instalações industriais. • A aplicação de muitas hastes em terrenos de pequenas dimensões resulta, essencialmente, um notável desperdício de material, com resultados pouco compensadores. • A distância mínima entre eletrodos contíguos deve corresponder ao comprimento efetivo de uma haste. Este procedimento deve-se ao fato de que quando dois eletrodos demasiadamente próximos são percorridos por uma elevada corrente de falta, dispersa por ambos, esta Muitas hastes desperdício de material!!! provoca um aumento na impedância mútua.
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ATERRAMENTO • Resistência de um sistema de aterramento • Figura ao lado representa a resistência de um sistema de terra de eletrodos verticais em paralelo, cada qual tendo uma resistência de terra de 100 Ω, em função do número de eletrodos e da distância entre estes. • Na prática, a resistência dos dispersores em paralelo exige que o terreno tenha certas dimensões, muitas vezes não disponíveis em áreas de instalações industriais. • A aplicação de muitas hastes em terrenos de pequenas dimensões resulta, essencialmente, um notável desperdício de material, com resultados pouco compensadores. • A distância mínima entre eletrodos contíguos deve corresponder ao comprimento efetivo de uma haste. Este procedimento deve-se ao fato de que quando dois eletrodos demasiadamente próximos são percorridos por uma elevada corrente de falta, dispersa por ambos, esta Muitas hastes desperdício de material!!! provoca um aumento na impedância mútua.
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ATERRAMENTO • Resistividade do Solo
• Para o projeto de um sistema de aterramento, é de
primordial importância o conhecimento prévio das características do solo, principalmente no que diz respeito à homogeneidade de sua constituição.
• A Tabela 11.1 fornece a resistividade de diferentes
naturezas de solo compreendidas entre valores inferior e superior, que podem ser usados na elaboração de projeto de malha de terra, desde que não se disponha de medições adequadas.
• Para cálculos precisos de resistividade do solo é
necessário, porém, realizar medições com instrumentos do tipo Megger de terra.
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ATERRAMENTO • Resistividade do Solo – Método Wenner • Consiste em colocar quatro eletrodos de teste em linha, separados por uma distância A, e enterrados no solo com uma profundidade de 20 cm. Os dois eletrodos extremos estão ligados aos terminais de corrente C1 e C2 e os dois eletrodos centrais estão ligados aos terminais de potencial P1 e P2 do Megger de terra. • Alguns instrumentos do tipo Megger de terra dispõem de um terminal guarda ligado a um eletrodo, com a finalidade de minimizar os efeitos das correntes parasitas de valor relativamente elevado, que podem distorcer os resultados lidos.
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ATERRAMENTO • Resistividade do Solo – Método Wenner • Para realizar uma medição de resistividade de solo e obter resultados satisfatórios devem ser seguidos alguns pontos básicos: • Os eletrodos devem ser cravados, aproximadamente, a 20 cm no solo, ou até que apresentem resistência mecânica de cravação consistente, definindo uma resistência de contato aceitável. • Os eletrodos devem estar sempre alinhados. As distâncias entre os eletrodos devem ser sempre iguais. • Para cada espaçamento definido entre os eletrodos, ajustar o potenciômetro e o multiplicador do Megger até que o indicador de medida do aparelho indique zero, com o equipamento ligado. • O espaçamento entre os eletrodos deve variar de acordo com a série da Tabela 11.2, equivalendo a uma medida por ponto para cada distância considerada. • A distância entre as hastes corresponde à profundidade do solo cuja resistividade se está medindo, conforme se ilustra na Figura 11.12. • Se o indicador de medida oscilar insistentemente, significa que existe alguma interferência que deve ser eliminada ou minimizada, afastando-se, por exemplo, os pontos de medição. • Devem ser anotadas as condições de umidade, temperatura etc. do solo.
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ATERRAMENTO A - distância entre eletrodos, em m; R - valor da resistência do solo, indicado no aparelho, em Ω
• Resistividade do Solo – Método Wenner
• Com base nos valores resultantes da medição, calcular a resistividade • média, ou seja: • Calcular a média aritmética dos valores de resistividade do solo para cada espaçamento considerado. • Calcular o desvio de cada medida em relação à média aritmética anteriormente determinada. • Desprezar todos os valores de resistividade que tenham um desvio superior a 50 % em relação à média. • Para um grande número de valores desviados da média, é conveniente repetir as medições em campo. • Persistindo os resultados anteriores, a região pode ser considerada como não aderente ao processo de modelagem do método de Wenner.
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ATERRAMENTO A - distância entre eletrodos, em m; R - valor da resistência do solo, indicado no aparelho, em Ω
• Fatores que Influenciam na resistividade do solo
• Composição química • A presença e a quantidade de sais solúveis e ácidos que normalmente se acham agregados ao solo influenciam predominantemente no valor da resistividade deste. • É conhecido que, quando é necessário reduzir a resistência de determinada malha de terra, adicionam-se, adequadamente, produtos químicos ao solo circundante ao eletrodo de terra. • Há vários produtos químicos, à base de mistura de sais, que, combinados entre si e na presença de água, formam o gel, produto de uso comercial e de grande eficiência na redução da resistividade do solo. Esses compostos têm as seguintes características: • são higroscópios; • dão estabilidade química ao solo; • não são corrosivos; • não são atacados pelos ácidos; • são insolúveis na presença de água; • têm longa duração (em geral, de cinco a seis anos).
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ATERRAMENTO A - distância entre eletrodos, em m; R - valor da resistência do solo, indicado no aparelho, em Ω
• Fatores que Influenciam na resistividade do solo
• Umidade • A resistividade do solo e a resistência de uma malha de terra são bastante alteradas quando varia a umidade existente no solo, principalmente quando este valor cai a níveis abaixo de 20 %. Por esse motivo, os eletrodos de terra devem sem implantados a uma profundidade adequada para garantir a necessária umidade do solo em torno destes. • O teor normal de umidade de um solo, além de variar com a localização, depende também da época do ano, sendo que nos períodos secos anda por volta de 10 % e nas estações chuvosas pode atingir 35 %. • A utilização de uma camada de brita de 100 a 200 mm sobre a área da malha construída ao tempo, bem como sobre o próprio piso das subestações abrigadas, serve para retardar a evaporação da água do solo, além de oferecer uma elevada resistividade, cerca de 3.000 Ω·m, reduzindo os riscos de acidentes fatais durante a ocorrência de falta entre fase e terra.
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ATERRAMENTO A - distância entre eletrodos, em m; R - valor da resistência do solo, indicado no aparelho, em Ω
• Fatores que Influenciam na resistividade do solo
• Temperatura • A resistividade do solo e a resistência de um sistema de aterramento são bastante afetadas quando a temperatura cai abaixo de 0 °C. Para temperaturas acima deste valor, a resistividade do solo e a resistência de aterramento se reduzem. • As correntes de curto-circuito fase e terra de valor elevado podem ocasionar a ebulição da água do solo em torno do eletrodo, diminuindo a umidade e elevando a temperatura no local, prejudicando, sobremaneira, o desempenho do sistema de aterramento.
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ATERRAMENTO • Resistividade aparente do solo (ρa) • A resistência elétrica de um sistema de aterramento depende de dois fatores básicos: • A resistividade aparente do solo para aquela malha de terra específica. • A geometria e a forma que foram adotadas no projeto da malha de terra. • Define-se resistividade aparente do solo a resistividade vista por um particular sistema de aterramento. Assim, um solo homogêneo pode apresentar-se com diferentes valores de resistividade vistos por duas malhas de terra distintas. Ou ainda, uma mesma malha de terra pode interagir diferentemente com um solo de mesma resistividade média. • Para que se possa determinar a resistividade aparente dos solos é necessário que se adote uma das técnicas disponíveis de modelagem. • O solo é constituído, em geral, por várias camadas horizontais com formação geológica diferente, sendo, por esta razão, modelado em camadas estratificadas.
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ATERRAMENTO • Resistividade aparente do solo (ρa) • A medição de resistividade do solo deve ser feita após a terraplanagem e depois de ter decorrido algum tempo para a estabilização físico-química do solo. • A prática indica que em muitos projetos o instalador não segue este princípio, prejudicando os resultados encontrados no cálculo da malha de terra. • O processo de medição da resistividade do solo, fornece os elementos necessários para a determinação da resistividade média do mesmo. • Seus resultados são de precisão razoável quando a curva resultante da medição da resistividade do solo apresentar uma formação semelhante a uma das curvas. Isto é, este método somente é aplicável quando o solo puder ser estratificado em duas camadas.
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • A NBR 5410:2004, para classificar os sistemas de aterramento das instalações, utiliza a seguinte simbologia: • Primeira letra: situação da alimentação em relação à terra: • T – um ponto diretamente aterrado; • I – isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto através de uma impedância. • Segunda letra: situação das massas em relação à terra: • T – massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto de alimentação; • N – massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado, sendo o ponto de aterramento, em corrente alternada, normalmente o ponto neutro. • Outras letras (eventuais): disposição do condutor neutro e do condutor de proteção: • S – funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos; • C – funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor (condutor PEN).
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema TN • Os sistemas TN têm um ponto diretamente aterrado e as massas são ligadas a este ponto através de condutores de proteção. De acordo com a disposição do condutor neutro e do condutor de proteção, consideram-se três tipos de sistemas TN, a saber: TN-S, TN-C e TN-C-S. • Sistema TN-S • É aquele no qual o condutor neutro e o condutor de proteção são distintos. É comumente conhecido como sistema a cinco condutores. • Neste caso, o condutor de proteção conectado à malha de terra na origem do sistema, que é o secundário do transformador da subestação, interliga todas as massas da instalação que são compostas principalmente pela carcaça dos motores, transformadores, quadros metálicos, suporte de isoladores etc. • O condutor de proteção é responsável pela condução das correntes de defeito entre fase e massa. • As massas solidárias ao condutor de proteção PE (protection earth) podem sofrer sobretensões, devido à elevação de potencial do ponto neutro do sistema quando este condutor é percorrido por uma corrente de defeito.
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema TN-S • Todas as massas de uma instalação devem ser ligadas ao condutor de proteção. Todas as massas de um sistema TN-S devem ser equalizadas através do condutor de proteção que deve ser interligado ao ponto da alimentação aterrado. O condutor de proteção pode ser aterrado em tantos pontos quanto possível. • Os dispositivos de proteção e as seções dos condutores, segundo a NBR 5410, devem ser escolhidos de forma que, ocorrendo em qualquer ponto uma falta de impedância desprezível entre um condutor fase e o condutor de proteção ou uma massa, o seccionamento ocorra automaticamente em um tempo máximo igual ao especificado. Isto pode ser atendido se for cumprida a seguinte condição:
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema TN-S • Zs – impedância do percurso da corrente de defeito, isto é, as impedâncias da fonte, do condutor fase, até o ponto onde ocorreu a falta e do condutor de proteção em toda a sua extensão; • Vfn – tensão nominal entre fase e terra ou fase e neutro; • Iat– corrente de defeito entre fase e terra que assegura o disparo da proteção em um tempo máximo igual aos valores estabelecidos e de acordo com a situação a seguir definida ou a 5 s em condições previstas pela NBR 5410 em 5.1.2.2.4.1. • Situação 1: quando sujeita à passagem de uma corrente elétrica conduzida de uma mão para outra ou de uma mão para um pé, com pele úmida, podendo estar nesse instante em locais não condutores ou estar em locais não condutores mas contendo pequenos elementos condutores, cuja probabilidade de contato seja desprezada, ou ainda estar em superfícies condutoras ou em contato com elementos condutores.
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema TN-S • Zs – impedância do percurso da corrente de defeito, isto é, as impedâncias da fonte, do condutor fase, até o ponto onde ocorreu a falta e do condutor de proteção em toda a sua extensão; • Vfn – tensão nominal entre fase e terra ou fase e neutro; • Iat– corrente de defeito entre fase e terra que assegura o disparo da proteção em um tempo máximo igual aos valores estabelecidos e de acordo com a situação a seguir definida ou a 5 s em condições previstas pela NBR 5410 em 5.1.2.2.4.1. • Situação 2: quando sujeita à passagem de uma corrente elétrica conduzida entre as duas mãos e os dois pés, estando com os pés molhados, de forma a se poder desprezar a resistência de contato, e, ao mesmo tempo, em contato com elementos condutores ou sobre superfícies condutoras ou ainda em contato permanente com paredes metálicas com possibilidades limitadas de interromper os contatos.
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema TN-S • Situação 3: pode-se considerar que uma pessoa está submetida à situação 3 quando sujeita à passagem de uma Rt – resistência vista do secundário do transformador da subestação, em Ω; Xt – reatância vista do secundário do transformador da subestação, em Ω; corrente elétrica, estando a pessoa imersa em água, tal Rc – resistência dos condutores fase que se estendem desde o secundário do como em piscinas e banheiras. transformador até o ponto de falta, em Ω; Xc – reatância dos condutores fase que se estendem desde o secundário do • Para que a pessoa esteja protegida contra contatos indiretos transformador até o ponto de falta, em Ω; estando em uma das situações anteriormente definidas, ela Rp – resistência do condutor de proteção, em Ω; não pode ser submetida aos valores superiores da tensão de Xp – reatância do condutor de proteção, em Ω; contato limite V1. Rch – resistência do corpo humano, normalmente igual a 1.000 Ω; Rco – resistência de contato da pessoa com o solo, em Ω; • A tensão de contato Vc a que poderia ficar submetida uma Rm – resistência da malha de terra. pessoa que estaria tocando uma carcaça energizada acidentalmente pode ser dada: Tensão de contato limite (V) – NBR 5410
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema TN-S
Rt – resistência vista do secundário do transformador da subestação, em Ω;
Xt – reatância vista do secundário do transformador da subestação, em Ω; Rc – resistência dos condutores fase que se estendem desde o secundário do transformador até o ponto de falta, em Ω; Xc – reatância dos condutores fase que se estendem desde o secundário do transformador até o ponto de falta, em Ω; Rp – resistência do condutor de proteção, em Ω; Xp – reatância do condutor de proteção, em Ω; Rch – resistência do corpo humano, normalmente igual a 1.000 Ω; Rco – resistência de contato da pessoa com o solo, em Ω; Rm – resistência da malha de terra.
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema TN-C • É aquele no qual as funções de neutro e de proteção são combinadas em um único condutor ao longo de todo o sistema. É comumente conhecido como sistema a quatro condutores. • O condutor neutro conectado à malha de terra na origem do sistema, que é a subestação, interliga todas as massas da instalação. Desta forma, o neutro, além de conduzir a corrente de desequilíbrio do sistema, é responsável também pela condução da corrente de defeito. • O sistema TN-C foi um dos mais utilizados em instalações de pequeno e médio portes, devido, principalmente, à redução de custo com a supressão do quinto condutor. • É importante observar que o rompimento do condutor neutro (PEN) no sistema TN-C coloca as massas dos equipamentos no potencial de fase. • Nos sistemas TN, se existirem outras possibilidades de aterramento além do aterramento nas proximidades do transformador, deve-se ligar o condutor de proteção ao maior número de pontos possível.
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema TN-C-S • É aquele no qual as funções de neutro e de proteção são combinadas em um único condutor em uma parte do sistema.
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema TT • É aquele que tem o ponto de alimentação da instalação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a eletrodos de aterramento independentes do eletrodo da alimentação. • Alternativamente, o esquema TT pode ser configurado onde o aterramento das massas está conectado em um sistema de aterramento distinto. • Para assegurar que, na ocorrência de uma falta entre fase e massa, o dispositivo de proteção seccione o circuito de alimentação, a tensão de contato presumida não deve ser superior à tensão de contato limite. Para isto deve-se estabelecer a seguinte condição:
• No caso de ser utilizada uma proteção diferencial-residual de 30 mA, a
resistência de aterramento será:
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema TT • É aquele que tem o ponto de alimentação da instalação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a eletrodos de aterramento independentes do eletrodo da alimentação. • Alternativamente, o esquema TT pode ser configurado onde o aterramento das massas está conectado em um sistema de aterramento distinto. • A tensão de contato limite a que poderia ficar submetida uma pessoa que estaria tocando uma carcaça energizada acidentalmente em um sistema TT pode ser dada:
• Rte – resistência de terra da subestação ou do início da instalação,
podendo compreender a resistência da malha de terra Rm e do resistor de aterramento Rat.
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema IT • É aquele em que o ponto de alimentação não está diretamente aterrado. No esquema IT, as instalações são isoladas da terra ou aterradas por uma impedância Z de valor suficientemente elevado, sendo esta ligação feita no ponto neutro da fonte – se ela estiver ligada em estrela – ou a um ponto neutro artificial. • Para se obter um ponto neutro artificial quando o sistema for ligado na configuração triângulo, é necessário utilizar um transformador de aterramento. • A corrente de defeito à terra na configuração estrela, com ponto neutro aterrado com uma impedância elevada, é de pequena intensidade, não sendo obrigatório o seccionamento da alimentação. • No caso da ocorrência de uma segunda falta à massa ou à terra simultaneamente à primeira, as correntes de defeito tornam-se extremamente elevadas, pois transforma-se em um curto-circuito entre duas fases.
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema IT • O sistema IT é caracterizado quando a corrente resultante de uma única falta fase-massa não possui intensidade suficiente para provocar o surgimento de tensões perigosas. As massas devem ser aterradas individualmente, ou em grupos, conectadas a um sistema de aterramento distinto ou ainda em grupos. • O aterramento das massas no sistema IT deve satisfazer a seguinte condição para que não seja imperativo o seccionamento automático por ocasião da primeira falta:
• Ram – resistência do eletrodo de aterramento das
massas, em Ω; • Ipf – corrente de defeito entre fase e massa do sistema na condição de primeira falta direta.
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema IT • Deve-se prever no sistema IT um dispositivo de supervisão de isolamento (DSI), que tem como finalidade indicar a ocorrência do primeiro defeito entre fase e massa ou entre fase e terra, devendo atuar sobre um dispositivo sonoro ou visual, de forma a alertar o responsável pela operação do sistema; • Para que um sistema em estrela com o ponto neutro aterrado através de uma impedância Z seja reconhecido como sistema IT, é necessário que o valor da referida impedância seja extremamente elevado. • A utilização do sistema IT deve ser restrita a casos específicos, tais como os relacionados a seguir, de acordo com a NBR 5410: a) Instalações industriais de processo contínuo, com tensão de alimentação igual ou superior a 380 V, desde que verificadas as seguintes condições: • que a continuidade de operação seja essencial; • que a manutenção e a supervisão da instalação estejam a cargo de • pessoa habilitada de acordo com as características BA4 e BA5 (NBR 5410); • que exista um sistema de detecção permanente de falta à terra; • que o condutor neutro não seja distribuído.
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema IT • Deve-se prever no sistema IT um dispositivo de supervisão de isolamento (DSI), que tem como finalidade indicar a ocorrência do primeiro defeito entre fase e massa ou entre fase e terra, devendo atuar sobre um dispositivo sonoro ou visual, de forma a alertar o responsável pela operação do sistema; • Para que um sistema em estrela com o ponto neutro aterrado através de uma impedância Z seja reconhecido como sistema IT, é necessário que o valor da referida impedância seja extremamente elevado. • A utilização do sistema IT deve ser restrita a casos específicos, tais como os relacionados a seguir, de acordo com a NBR 5410: b) Instalações alimentadas por transformador de separação com tensão primária inferior a 1.000 V, desde que verificadas as seguintes condições: • que a instalação seja utilizada apenas para circuito de comando; • que a continuidade de alimentação de comando seja essencial; • que a manutenção e a supervisão estejam a cargo de pessoa • habilitada, de acordo com as características BA4 e BA5 (NBR 5410); • que exista um sistema de detecção permanente de falta à terra.
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO • Sistema IT • Deve-se prever no sistema IT um dispositivo de supervisão de isolamento (DSI), que tem como finalidade indicar a ocorrência do primeiro defeito entre fase e massa ou entre fase e terra, devendo atuar sobre um dispositivo sonoro ou visual, de forma a alertar o responsável pela operação do sistema; • Para que um sistema em estrela com o ponto neutro aterrado através de uma impedância Z seja reconhecido como sistema IT, é necessário que o valor da referida impedância seja extremamente elevado. • A utilização do sistema IT deve ser restrita a casos específicos, tais como os relacionados a seguir, de acordo com a NBR 5410: c) Circuito com alimentação separada, de reduzida extensão, em instalações hospitalares, onde a continuidade de alimentação e a segurança dos pacientes sejam essenciais; d) Instalações exclusivamente para alimentação de fornos a arco.