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Natal – RN
Agosto de 2023
1. Introdução
Visando a contemporaneidade, a rotina humana se torna indossolúvel do uso das chamadas técnicas de
manuseio de energia, depois que Thales de mileto esfregou um pedaço de âmbar1 e encontrou uma nova
propriedade da natureza, a energia eletrostática, novos conhecimentos foram sendo obtidos através disso e,
nós como seres inteligentes que buscam simplificar problemas através de novas técnicas, ilustrando a
capacidade de adaptação. Vemos como obrigatoriedade preparar-nos através de medidas preventivas para
futuros acidentes naturais (como relâmpagos) ou consequentes de alguns erros em instalações elétricas. Para
isto, foram desenvolvidas técnicas que encaminhassem uma energia de alto potencial elétrico de volta à terra,
através do aterramento.
Neste relatório, entendemos como se funciona a técnica de medição de resistividade que o aterramento pode
3
obter, a variar com a capacidade do solo, como umidade e outros fatores externos. A técnica estudada aqui, a
chamada de arranjo de quatro pontos igualmente espaçados ou simplesmente conhecida por arranjo de
Wenner2, é realizada através da aplicação de um ohmímetro, que possui 4 entradas, sendo duas nas laterais
responsáveis por captar os eletrodos que se manifestam nos terminais dos hastes, e duas entradas no meio
que são responsáveis por medir o potencial elétrico e a resistividade do aterramento, que são os dois hastes
encontrados entre os hastes externos.
2. Resumo
A resistividade de aterramento foi dada como matéria extracurricular, adaptada a nossa grade curricular pelo
docente Felipe Quintaes, formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte em Engenharia elétrica.
Nessa aula prática obtivemos a oportunidade de aprender a medir a resistividade do solo através do
aterramento de 4 hastes, que exige um cálculo que é obtido o valor da resistividade do solo, de acordo com a
distância entre as hastes e seus respectivos comprimentos. A aula prática foi realizada no próprio Campus
IFRN central, onde foram aterradas diversas hastes, com distâncias gradativas de 1, 2, 4, 8 e 16 metros de
distância, usando uma trena para medir as suas respectivas distâncias, foram acionados cabos em cada haste
até o terrômetro.
3. Conhecimentos prévios:
O método de Wenner é desenvolvido através de quatro hastes que são aterradas em distâncias iguais, e que
variam de 1, 2, 4, 8, 16 e 32m.
No momento em que o terrômetro liga nas hastes cravadas no solo, a uma distância que pode variar de 20
cm à 50 cm em relação ao solo, o fio condutor que é direcionado as hastes injeta uma corrente e cria ali um
campo elétrico na terra, que dá um potencial entre a primeira haste(C1), e última (C2) e que é a responsável
por verificar o sinal mandado pela primeira haste, entre as quatros que estão cravadas no solo. E os dois
hastes localizados no meio irão auxiliar na diminuição de alguma possível interferência que pode ser
causado por algum material no solo, como pedras, entulhos ou britas, na medida que for sendo feito o
distanciamento das hastes, irá aumentando o campo elétrico de forma proporcional, o que irá facilitar no
calculo de resistividade das outras camadas da terra.3
4. Problemas
Como há grandes variações de tensão pode ocorrer a queima de maquinas e equipamentos, choque
elétrico, que podem causar danos tanto a residência quanto a vida das pessoas.
5. Objetivos
Calcular sua resistividade e procurar a melhor maneira de executar o aterramento, com segurança e 4
buscando sempre os melhores equipamentos para se manter um alto padrão, avaliando a resistência do solo
fazendo com que se atinja uma resistência da terra baixa, conseguindo escoar a corrente.
6. Metodologia
O primeiro passo é verificar um terreno estável para o aterramento, visando um campo arejado que
possibilite a passagem eficaz da corrente elétrica sem que haja interrupção da corrente ocasionado por outro
sistema elétrico externo.
O instrumento responsável para a medição da resistividade foi o Megger analógico, originalmente conhecido
como terrômetro.
E algumas hastes que foram aterradas e ligadas ao Megger, fazendo uma ligação que possibilitou a
passagem de corrente.
8. Método de Wenner 5
Compreende a um conjunto de cálculos e análise de dados para definir a resistividade do solo. Inicialmente a
resistividade do solo teórica pode ser dada através do cálculo:
Onde:
R = é a resistência medida pelo megger, em ohms:
A = a distância entre as hastes hastes (m)
P = O comprimento das hastes (m).
- O valor de M(a=h) achado no gráfico pode corrigir a resistividade calculada para um valor convergido
Pa= p.M(a=h)
Por fim, com o valor corrigido de pa relacionaremos com a resistência que objetivcamos para o solo e o
resultado, refletido na tabela de referencia, nos permitirá inferir como montar nosso sistema para obter o
aterramento pretendido.
Onde:
L = comprimento da haste:
D = Diâmetro de secção transversal da haste
R = Resistência da haste
Pa = Resistividade aparente
- Com esse método, obteremos o valor da resistividade do solo com o auxilio de uma camada e ao
relacionarmos com a resistência pretendida, acharemos a tabela 1 a constante req [f(g)] correspondente a
quantidade de hastes que devemos ter no sistema de aterramento para conseguirmos a resistência
desejada.
9. Projeto de aterramento
O experimento de aterramento proposto foi realizado em apenas uma camada do solo com utilização fr uma
haste. Assim, o método a ser utilizado foi o de “Haste do solo com árias camadas” e tivemos a leitura do
megger que apresentou resistência de 1k Ω para haste de comprimento L = 3 metro e diâmetro de 1” (25,4.10^-
3) 8
R1haste = 𝜌𝑎 / 2𝝅 . In ( 4L/d)
Onde:
L = 3m
D = 1” = 25,4.10^-3
Haste = 327,7
327,7 = 𝜌𝑎 / 2𝝅 . In ( 4.3/25,4.10^-3)
𝜌𝑎 = 327,7 x 2𝝅 / 6,16
𝜌𝑎 = 1002,8 Ω. 𝑚
O projeto proposto visa um sistema de aterramento que apresente resistência elétrica 20 Ω, usando haste de
comprimento L = 3m e diâmetro de 1” (25,4.10 ^-3)
Teremos para Req = 0,020 pa. Ao aplicarmos este valor, ou o menor mais próximo à tabela 1 (para haste de
3m e d=1”, chegamos ao número de 15 hastes, que será a quantidade estipulada para o planejamento da
residência pretendida.
Resistividade do aterramento - Grupo V.
Sub., Eletro., 2023.01
11. Referências