Você está na página 1de 14

---------Sistemas de aterramento elétrico-------------

1 - Defina tensão de passo e tensão de toque.


Tensão de passo é a diferença de potencial em dois pontos da superfície com
espaçamento igual a um passo de uma pessoa, tecnicamente considerado 1m. É a ddp
entre os pés de uma pessoa em regiões equipotenciais diferentes.
Tensão de toque é aquela que ocorre quando a corrente de falta energiza a carcaça
metálica de algum equipamento que está ao alcance da mão do operador. Equivale à ddp
entre a mão e o pé de uma pessoa ao tocar uma massa eletricamente ativa.
2 - Quais os objetivos de um aterramento elétrico?
-Obter uma resistência de aterramento suficientemente baixa para que os relés de
proteção possam ser sensibilizados pelas correntes pelas correntes de falta fase-terra.
-Manter os potenciais produzidos pelas correntes de falta dentro dos limites de segurança
de modo a não causar fibrilação do coração humano.
-Proporcionar um caminho de escoamento para a terra de descargas atmosféricas.
-Usar a terra como retorno em sistemas MRT.
-Escoar as cargas estáticas geradas nas carcaças dos equipamentos.
3 - Defina aterramento elétrico.
Conexão proposital de uma parte eletricamente condutiva à terra, por meio de um
condutor elétrico. Os principais componentes são as ligações que interligam o ponto do
sistema aos eletrodos, hastes de aterramento e o solo.
4 - Quais os principais componentes de um aterramento?
Eletrodos de terra (hastes), condutores de aterramento, conectores de aterramento,
condutor de proteção.
5 - De quais materiais podem ser compostos os eletrodos de terra e quais suas
características?
Aço galvanizado, após um determinado tempo sofre corrosão, aumentando a resistência
de contato com o solo, assim, seu uso deve ser restrito.
Aço cobreado, o eletrodo de aço é coberto por uma camada de cobre, que, dessa forma,
adquire elevada resistência à corrosão, mantendo suas características originais ao longo
do tempo. Pode ser construído de duas formas, por eletrodeposição (que na prática é
mais eficiente) e por encamisamento (que quando submetido a choques mecânicos o aço
é separado do revestimento).
6 - Quais os diâmetros utilizados em condutores de aterramento para diferentes
solos?
Em solos de características ácidas utiliza-se condutores não inferiores a 16 mm². Para
solos alcalinos, a seção do condutor não deve ser inferior a 25 mm².
7 - Quais as conexões que se destacam para fazer conexão entre elementos do
aterramento?
Conectores aparafusados: peças metálicas utilizadas nas emendas de condutores, deve-
se evitar sua utilização em condutores de aterramento.
Conexão exotérmica: processo de conexão à quente onde ocorre uma fusão entre o
elemento metálico de conexão e o condutor, a reação ocorre com a mistura de pó de
cobre e pólvora detonadas no interior de um molde (cadinho) de grafite.
8 - O que constitui a resistência de um aterramento?
Resistência relativa às conexões entre os eletrodos de terra (hastes e cabos)
Resistência relativa ao contato entre os eletrodos e a superfície do terreno
Resistência relativa ao terreno nas imediações dos eletrodos de terra.
9 - Qual a distância mínima entre uma haste de aterramento e outra? Por que?
A distância mínima corresponde ao comprimento da haste. Pois quando dois eletrodos
próximos são percorridos por uma corrente de falta, esta provoca um aumento na
impedância mútua das hastes, aumentando a resistência de terra.
10 - Cite os fatores que alteram a resistividade do solo.
Tipo do solo, umidade, profundidade das camadas, características geológicas,
temperatura, salinidade, contaminação, compactação, etc.
11 - Explique a influência da temperatura, composição química e da umidade na
resistividade do solo.
Temperatura: a resistividade do solo aumenta tanto para temperaturas elevadas quando
para temperaturas muito baixas, devido ao solo apresentar-se mais seco em ambas as
condições.
Composição química: a presença e a quantidade de sais solúveis e ácidos que se
encontram no solo influenciam no valor da resistividade.
Umidade: a resistividade diminui de acordo com que a porcentagem de umidade
aumenta. Isso ocorre devido a presença de sais no solo, que com o aumento da umidade
se dissolvem e constituem um meio eletrolítico que favorece a passagem de corrente.
12 - Explique o método de Werner.
Consiste em colocar quatro eletrodos em linha separados por uma distância A e
enterrados no solo com uma profundidade de 20 cm. Alguns instrumentos dispõem de um
terminal guarda ligado a um eletrodo com a finalidade de minimizar os efeitos das
correntes parasitas de valor elevado. Uma corrente é aplicada nos eletrodos das
extremidades e produz potencial elétrico nas demais hastes, através do método das
imagens é possível obter uma resistência de terra que é utilizada para calcular a
resistividade.
13 - Quais os procedimentos para medição da resistividade.
-Os eletrodos devem ser cravados a 20 cm no solo
-Devem estar sempre alinhados e distanciados igualmente
-Para cada espaçamento deve-se ajustar o potenciômetro e o multiplicador do terrômetro
até que o aparelho indique zero
-A distância entre as hastes corresponde à profundidade do solo
-O aparelho deve estar posicionado simetricamente entre as hastes
-As condições do solo devem ser anotadas
-As medições devem ocorrer no mais período mais seco, preferencialmente
-Para medições com desvios padrões maiores que 50% deve-se realizar novas medições
ou as mesmas devem ser descartadas.
14 - Cite as características do GEL.
São higroscópicos, dão estabilidade química ao solo, não são corrosivos, não são
atacados por ácidos, não são solúveis em água, possuem longa duração.
15 - O que é resistividade aparente do solo e de que fatores depende?
Resistividade vista por um particular sistema de aterramento. Depende da resistividade
aparente do solo para aquela malha de terra específica e da geometria e a forma que
foram adotadas no projeto da malha.
16 - Explique o processo de estratificação do solo.
Etapa de modelagem do solo em camadas horizontais onde as resistividades são
consideradas uniformes.
1- traça-se a curva pxa
2- prolonga-se a curva no eixo das ordenadas e obtém a resistividade da primeira
camada, p1
3- escolhe-se um valor de a1 e obtém p(a1) pela curva
4- determina-se k fazendo p(a1)/p1 para curvas descendentes e p1/p(a1) para curvas
crescentes
5- traça-se uma reta com o valor de k paralela ao eixo das abscissas do gráfico de
curvas de k, gráfico de p(a1)/p1 x h/a
6- constrói-se uma tabela com valores de k em relação a h/a e multiplica-se por a1
7- repete todos os passos anteriores para um valor a2
8- plota-se as curvas kxh para a1 e a2, na interseção das duas curvas tem-se o valor
da resistividade da segunda camada.
17 - Quais os parâmetros que influenciam na redução da resistência?
Aumento do diâmetro da haste: produz pequenas reduções e em demasia, satura. Além
de ser caro.
Aumento do comprimento da haste: reduz drasticamente a resistência, quanto maior a
penetração, maior o escoamento das correntes nas camadas mais profundas.
Interligação de hastes em paralelo: diminui a resistência, porém deve-se dimensionar
uma distância conveniente entre elas para que não haja interferência na zona de atuação
de uma haste sobre outra.
Redução da resistividade aparente do solo através de tratamento do solo.
18 - Cite os critérios para projeto de uma malha de aterramento
-Deve ser dimensionada para, em casos de falta, os potenciais produzidos na superfície
sejam inferiores aos máximos potenciais de passo e toque que uma pessoa pode suportar.
-O condutor deve ser capaz de suportar os esforços mecânicos e térmicos a que estarão
sujeitos.
-A resistência da malha deve ser compatível com a requerida para sensibilização do relé
de neutro.
19 - Por que é usado brita no solo das subestações?
Uma camada de brita de pelo menos 100 mm, fornece maior qualidade ao nível de
isolamento do contato dos pés com o solo, além de funcionar como dreno para águas
pluviais.
20 - Quais os itens necessários para o projeto de aterramento?
-Determinação do local, medição da resistividade, estratificação do solo, definir o
sistema de aterramento desejado, corrente de cc máxima entre fase-terra, tempo de
defeito máximo, área disponível, valor máximo da resistência de terra para sensibilizar
o relé.
-----------------SPDA--------------------

21 - Como se classificam as estruturas quanto ao nível de proteção?


Nível I: o mais severo quanto à perda de patrimônio, refere-se às construções protegidas
cuja falha pode provocar danos às estruturas adjacentes.
Nível II: construções protegidas cuja falha no SPDA pode provocar pânico aos presentes,
porém sem nenhuma consequência para as estruturas adjacentes.
Nível III: construções de uso comum.
Nível IV: construções onde não é rotineira a presença de pessoas, feitas de material não
inflamável, com produtos armazenados não combustíveis.
22 - Quais os principais elementos de um SPDA?
Captor, mastro ou haste, isolador, condutor de descida, eletrodos de terra, ligações
equipotenciais e conexão de medição.
23 - Quais os requisitos que os condutores de descida devem atender em um SPDA
isolado? E não isolado?
Isolado:
-Para um ou mais mastros separados é necessário, no mínimo, um condutor de descida
para cada mastro.
-Para um ou mais condutores horizontais separados, é necessário um condutor de
descida na extremidade de cada condutor horizontal.
-Para uma rede de condutores, é necessário um condutor de descida para cada estrutura
de suporte.
Não isolado:
-Os condutores de descida não-naturais devem ser distribuídos ao longo do perímetro do
volume a proteger.
-Os condutores de descida não-naturais devem ser interligados a condutores horizontais
formando anéis a cada 20 m de altura, sendo o primeiro anel constituído dos condutores
de aterramento, podendo-se alternativamente adotar condutores radiais, ambos os casos
enterrados a uma profundidade mínima de 50 cm.
-Os condutores de descida devem ser instalados a uma distância mínima de 50 cm de
portas, janelas e outras aberturas.
-Os condutores de descida podem ser instalados na superfície ou embutidos se a parede
for de material não inflamável.
-Os condutores de descida podem ser instalados na superfície se a parede for de material
inflamável e a elevação de temperatura causada pela corrente não resultar em risco para
o material da referida parede.
-Os suportes metálicos dos condutores de descida não devem estar em contato com a
parede de material inflamável cuja elevação de temperatura causada pela corrente
resulte em risco para o material da parede, devendo-se manter uma distância de 10 cm
entre o condutor de descida e o volume a proteger.
-Sempre que possível deve-se instalar um condutor de descida em cada canto da estrutura
-Recomenda-se que os usuários evitem utilizar equipamentos eletrônicos sensível
próximos aos condutores de descida.
-Os condutores de descida não devem ser instalados no interior de calhas ou tubos de
águas pluviais, a fim de evitar corrosão, mesmo se o condutor for isolado.
-Os condutores de descida externos devem ser protegidos contra danos mecânicos até,
no mínimo, 2,5 m acima do nível do solo.
24 - Diferencie condutores de descida naturais e não naturais.
Naturais: constituídos de elementos próprios da estrutura, como pilares, instalações
metálicas, armações de aço interligadas às estruturas de concreto (desde que não seja
concreto protentido), tubulações metálicas (desde que não sejam de gás) e desde que
apresentem continuidade elétrica.
Não naturais: constituídos por condutores metálicos de cobre comercial de
condutividade mínima de 98% ou alumínio apropriado para utilização como condutor
elétrico. Devem ser retilíneos e verticais de modo a fazer o trajeto mais curto possível,
as emendas dos condutores de descida devem ser feitas preferencialmente com solda
isotérmica.
25 - Quais elementos podem ser utilizados como eletrodos de terra?
Condutores em anel, hastes verticais, condutores horizontais radiais, armações de aço
das fundações.
26 - Quais as prescrições básicas para ligações equipotenciais?
-Os condutores devem ser conectados a uma barra de ligação equipotencial instalada no
subsolo ou próxima do nível do solo de forma a se ter fácil acesso.
-Em grandes estruturas pode ser instalada mais de uma barra devidamente interligada
-A cada intervalo não superior a 20 m deve existir uma ligação equipotencial para
estruturas com mais de 20 m de altura.
-As barras devem ser conectadas ao anel horizontal que interligam os condutores de
descida
-As seções mínimas dos condutores equipotenciais devem suportar toda a corrente de
descarga atmosférica
-Todos os condutores não vivos e equipamentos de tecnologia da informação devem ser
direta ou indiretamente conectados à ligação equipotencial
-As luvas isolantes inseridas nas canalizações de gás ou de água devem ser curto-
circuitadas
27 - Quais são as estruturas especiais que necessitam de SPDA?
-Chaminés construídas em chapa de aço, chaminés com altura superior a 20m e seção
transversal no topo acima de 0,3 m², chaminés de concreto armado, estruturas contendo
líquidos ou gases inflamáveis.
28 - Quais as instalações que são indispensáveis a implementação de um SPDA?
-Locais de grande afluência de pessoas
-Locais onde se prestam serviços públicos essenciais
-Áreas de elevada densidade de descargas atmosféricas
-Estruturas de valor histórico ou cultural
-Estruturas isoladas com altura superior a 25 m
-Locais em que seus ocupantes desejam sentir-se seguros, mesmo que o risco de descarga
seja desprezível
29 - Quais os métodos de proteção contra descargas atmosféricas?
Método de Franklin, Faraday e Eletrogeométrico.

------------Projeto de Subestações-----------------------

30 - Defina subestações e como se classificam.


Conjunto de condutores, aparelhos e equipamentos destinados a modificar as
características da energia elétrica, permitindo a sua distribuição aos pontos de consumo
em níveis adequados de utilização.
Central de transmissão, Receptora de transmissão, Subtransmissão e de Consumidor.
31 – Quais as linhas de orientação devem ser seguidas para projetos de SE’s?
-Quando menor a capacidade da SE, maior o custo por kVA
- quanto maior o número de subestações unitárias, maior o emprego de cabos de tensão
primária
- desde que convenientemente localizadas, quanto maior o número de subestações
unitárias, menor o emprego de cabos de baixa tensão
- quanto menor o número de subestações unitárias de capacidade elevada, menor será o
emprego de cabos de tensão primária e maior o uso de cabos de baixa tensão
32 - Um projeto de SE deve conter quais elementos?
Memorial descritivo contendo:
- finalidade do projeto
- local onde vai ser construída a subestação
- carga prevista e tipo de SE
- memorial de cálculo
- descrição sumária de todos os elementos de proteção utilizados no cálculo de cc
- características completas de todos os equipamentos utilizados
33 – Quais as partes componentes da entrada de serviço?
-Ponto de ligação, ramal de ligação, ponto de entrega e ramal de entrada
34 – Quais os tipos de subestações de uso interior?
Em alvenaria e modular metálica.
35 - Em quais situações é obrigatório a construção de uma cabine de medição?
Quando a potência de transformação for superior a 225 kVA, quando existir mais de um
Trafo na subestação, quando a tensão secundária do Trafo for diferente da tensão
padronizada pela concessionária.
36 – Quais precauções devem ser atendidas para instalações iguais ou superiores a
500 kVA?
- Construção de barreiras incombustíveis entre os transformadores e demais aparelhos
- construção de dispositivos adequados para drenar ou conter o líquido proveniente de
um eventual rompimento do tanque.
37 - Como podem ser construídos os recipientes de coleta de óleo?
O sistema de coleta de óleo deve possuir recipiente de coleta de óleo, sistema corta-
chamas e tanque acumulador.
O recipiente de coleta de óleo pode ser construído com uma área plana igual à seção
transversal do Trafo, incluindo os radiadores. E também pode ser construído com a área
plana de dimensões reduzidas, prevendo-se um declive mínimo do piso de 10% no sentido
do recipiente, a fim de coletar o óleo que vaze pelos radiadores.
38 - Quais as vantagens e desvantagens de ramais de entrada aéreos e subterrâneos?
SE’s com ramal subterrâneo são mais compactas, quando a instalação já dispõe de
galpão com altura elevada (maior que 6 m), utiliza-se o ramal de entrada aéreo.
Para comparar os custos deve-se analisar o valor da construção civil, bem como a
descida dos barramentos e acessórios em SE’s com ramal aéreo, com o valor da
instalação de cabos isolados em tensão primária para ramal subterrâneo. No geral, SE’s
com ramal subterrâneo são mais caras.
39 - Como se classificam as subestações em invólucro metálico?
- Com Trafo com flanges laterais
- Com Trafo com flanges superior e lateral
- Trafo enclausurado em posto metálico em tela aramada
- Trafo e demais equipamentos enclausurados em posto metálico em chapa de aço
40 - Como se classificam as subestações de instalação exterior?
-Aérea em plano elevado, e no nível do solo.
41 - Quais critérios são levados em consideração para determinar a altura de uma
SE abrigada?
Deve ser a soma da altura do Trafo, afastamento da chave seccionadora, altura da chave
seccionadora, altura do isolador e afastamento do barramento.
42 - Qual o espaço mínimo de um posto de medição?
1600 x 2000 mm.
43 - Quais os espaçamentos mínimos de DJ's e Trafos nos seus respectivos cubículos?
1000 mm de cada lado.
44 - Quais os critérios para a porta de acesso principal?
Deve ser mais larga que o Trafo acrescida de 600 mm, possuir altura mínima de 2,10 m
e abrir para fora.
45 - Como determinar as aberturas de ventilação?
A diferença de temperatura admitida no local de operação dos equipamentos é de 15 ºC,
medida a um metro da fonte de calor a plena carga e comparada com a temperatura
externa na sombra.
A abertura para entrada de ar deve ser construída no mínimo a 20 cm do piso exterior
da subestação e abaixo da linha central do corpo do equipamento. A abertura de saída
do ar deve ser localizada na parte superior do posto, o mais próximo possível do teto.
A abertura deve possuir 0,3 m² para cada 100 kVA.
46 - Quais os critérios de paralelismo de transformadores?
- A alimentação primária deve ter as mesmas características elétricas
- Os trafos devem ter o mesmo deslocamento angular
- As tensões secundárias devem ser iguais
- As impedâncias percentuais devem ser iguais, preferencialmente
- Os fatores de potência de cc devem ser iguais
- A relação entre as potências nominais não deve ser superior a 3:1.

---------------Manutenção de Subestações------------------

47 - Quais as proteções intrínsecas do transformador?


Proteção de terra restringida, proteção de gás (63), válvula de alívio de pressão (20),
proteção térmica (26 e 49), proteção de baixo nível de óleo (71), proteção de
sobrecorrente (50 e 51), proteção de sobre-excitação (24).
48 - Diferencie manutenção corretiva, preventiva e preditiva.
Manutenção corretiva é aquela que tem como objetivo corrigir, restaurar e/ou recuperar
um equipamento no qual não esteja em sua capacidade de exercer as funções às quais
foi projetado.
Manutenção preventiva visa corrigir os defeitos antes que se manifestem e causem danos
que exigem intervenções desnecessárias.
Manutenção preditiva consiste no monitoramento do sistema através de sensores e
ensaios, cujo objetivo é detectar anormalidades que possam originar uma falha, dessa
forma pode-se intervir e programar uma parada para a manutenção e resolução das
anormalidades no momento mais adequado, refletindo na redução das manutenções
corretiva e preventiva.
49 - Quais as manutenções diárias e anuais em trafos?
Diária: tensões, correntes, frequência, temperatura do óleo, estanqueidade e pressão do
tanque.
Anual: ensaios físico-químico e cromatográfico.
50 - Quais as manutenções realizadas em óleos isolantes?
Resistência ôhmica da isolação, ensaio físico-químico e cromatográfico.
51 - Quais os testes realizados em trafos de potência na manutenção preventiva?
Ensaio de relação de transformação, ensaio de resistência ôhmica de isolamento, ensaio
de resistência ôhmica dos enrolamentos, fator de potência da isolação.
52 - Quais os testes realizados nos disjuntores na manutenção preventiva?
Medição da resistência de contato do disjuntor, medição do tempo de abertura e
fechamento do disjuntor.
53 - Explique a análise físico-química, a cromatografia e a termografia.
A análise físico-química verifica o teor de água, rigidez dielétrica, fator de potência,
índice de neutralização e tensão interfacial no óleo isolante.
A cromatografia verifica a presença de gases no óleo mineral através de um equipamento
chamado cromatógrafo.
A termografia é uma técnica que permite mapear um corpo ou região com a finalidade
de distinguir áreas de diferentes temperaturas. A câmera de termovisão transforma uma
radiação infravermelha invisível ao olho humano em uma imagem visível.
54 - Quais as atuações de emergência em trafos?
Ruído interno anormal, vazamento forte de óleo, dispositivo de pressão atuado,
sobreaquecimento excessivo nos conectores.
55 - Quais os principais ensaios de rotina em trafos?
1 – Resistência elétrica dos enrolamentos
2 – Relação de tensões
3 – Resistência de isolamento
4 – Polaridade
5 – Deslocamento angular e sequência de fase
6 – Perdas em vazio e corrente de excitação
7 – Perdas em carga e impedância de cc
8 – Tensão aplicada
9 – Tensão induzida
10 – Determinação do fp.
56 - Quais os métodos de medição da relação de transformação?
Método do voltímetro e método do TTR.
57 - Na análise físico-química, quais parâmetros são avaliados?
Teor de água, rigidez dielétrica, fator de potência, índice de neutralização e tensão
interfacial.
58 - Quais os tipos de tratamento aplicados em óleos isolantes?
Recuperação, regeneração e aditivação.

-------------------Operação de Subestações----------------------

59 - Dite todo o alfabeto fonético internacional.


Alfa, bravo, charlei, delta, echo, froxtrot, golf, hotel, índia, juliete, kilo, lima, mike,
november, oscar, papa, quebec, romeo, sierra, tango, uniform, victor, whisky, x-ray,
yankee, zulu.
60 - O que cada caractere representa em operação de subestações?
1º caractere identifica o tipo de componente, 2º identifica o nível de tensão, 3º identifica
a função do componente, 4º identifica a posição do componente, 5º identifica a separação
de dígitos (traço), 6º identifica a sequência ou função do componente, 7º identifica a
sequência do componente (utiliza-se apenas letras).
61 - De 0 a 9, quais equipamentos são representados pelo primeiro caractere?
0 – Gerador, Trafo de força e aterramento, barramento, capacitores, regulador de
tensão, LT e LD.
1 – Disjuntor
2 – Religador
3 – Chave Seccionadora
4 – Chave fusível
5 – Chave de abertura em carga
6 – Chave seccionadora de aterramento rápido
7 – TC
8 – TP
9 – Pára-raios
62 - Quais os níveis de tensão representados pelo segundo caractere?
1 – 13,8 kV
2 – 69 kV
3 – 138 kV
4 – 230 kV
5 – 500 kV
6 – 7,9 kV – componente ligado com neutro e uma fase de 13,8 kV
7 – 34,5 kV

---------------------Aleatórias---------------------
63 – Como é realizado o método da tensão aplicada? E da tensão induzida?
Tensão aplicada: tem finalidade de verificar se as isolações entre enrolamentos e terra
suportam as tensões especificadas em testes. O teste é realizado com alimentação através
de autotrafo, utiliza-se duas configurações – alimentação da AT com BT e massa
aterrados, e o inverso. Como os terminais de AT e BT estão curto-circuitados
separadamente, a medição corresponde ao isolamento entre as bobinas e a massa. O fato
de o amperímetro indicar qualquer corrente, já é suficiente para identificar um defeito.
Tensão induzida: tem finalidade de verificar as isolações entre espiras do próprio
enrolamento. Com o Trafo em vazio, aplica-se pelo lado de baixa tensão, um valor igual
ao dobro da tensão nominal, a corrente de excitação deve ser no máximo 30% da
corrente nominal do enrolamento em que se aplica a fonte.
64 – Cite as características de geradores emergenciais nas instalações.
- Os condutores de saída dos terminais do gerador devem ter capacidade de condução
de corrente não inferior a 115% da corrente nominal. O condutor neutro deve ter a
mesma seção transversal que os condutores fase.
- As carcaças dos geradores devem permanecer continuamente aterradas.
- São ligados ao barramento do QGF através de chaves manuais ou automáticas com
intertravamento para evitar o curto circuito com a rede da concessionária.
65 – Defina sifão e para que o mesmo é utilizado.
Não sei, não quero saber e tenho nojo de quem sabe.
66 – Fale sobre o princípio do método do voltímetro e do TTR.
Método do voltímetro: consiste em alimentar o Trafo com certa tensão e medi-la
juntamente com a induzida no secundário. A leitura deve ser feita de forma simultânea
com dois voltímetros.
Método do TTR: Tem como principal objetivo verificar a polaridade do Trafo, além de
constatar a existência de espiras partidas ou em cc. O transformer turn ratio é um
equipamento para medição da relação de transformação, utilizado para trafos com
menos de 130 espiras. Consiste em um Trafo monofásico padrão com número de espiras
variáveis que é posto em paralelo com o que se quer medir. Apesar de a finalidade básica
do TTR ser a de fornecer a relação do número de espiras com precisão, pode ser
empregado para obtenção da relação de tensões em trafos trifásicos.
67 – Quais as manutenções preventivas devem ser executadas em uma SE?
Limpeza da SE; reaperto das conexões dos trafos, DJ’s, cabos, barramentos e QGBT;
teste de resistência de isolamento e de contato nos dj’s; tempo de fechamento e abertura
dos dj’s; teste de resistência de isolamento e de enrolamento dos trafos; teste de relação
de transformação dos trafos; teste do fator de potência da isolação; fichas históricas dos
equipamentos contendo registro das manutenções efetuadas e defeitos encontrados;
fichas de tempos de reparo médio por equipe.
68 – Como é realizado e para que serve o ensaio de resistência ôhmica de isolamento?
E dos enrolamentos?
Isolamento: Tem finalidade de detectar falhas de isolação. A medição é feita aplicando-
se a isolação uma tensão contínua ao longo de 1 minuto e verificando qual o valor da
resistência de isolamento. O instrumento utilizado é o Megger.
Enrolamentos: O ensaio mede a resistência dos enrolamentos e compara-os com os
valores de fábrica, o ensaio pode dar indicações sobre a existência de espiras em cc,
conexões e contatos em más condições. Deve ser efetuada com corrente contínua, a
corrente utilizada não deve ser superior a 15% da corrente nominal do enrolado
considerado.
69 – Como é realizado e para que serve o teste do fator de potência da isolação?
Tem finalidade de detectar a presença de umidade na isolação. O fp máximo admissível
para um Trafo novo é de 0,5%, para um Trafo em serviço um fp maior que 2% é
considerado excessivo. Podem ser executadas as medições UST, GUARD ou GROUND.
70 – O que ocasiona o desligamento programado dos trafos?
Vazamentos de óleo pequenos ou moderados não oferecendo o risco de abaixo perigoso
do nível, aquecimento pequeno nos conectores, anormalidades no ensaio de óleo,
anomalias na atuação do comutador de derivação em carga.
71 – Como são realizados os processos de regeneração, recuperação e aditivação do
óleo isolante?
Na recuperação faz-se secagem por termo-vácuo, que retira a umidade e gases
dissolvidos. O processo utiliza um conjunto de resistências para aquecimento do óleo e
uma câmara de vácuo onde são retirados os gases dissolvidos e a umidade.
A regeneração é utilizada quando a qualidade do óleo estiver comprometida. Os
processos mais usados são os de contato e de percolação.
Na aditivação é realizada a adição de um inibidor de oxidação ao óleo. O inibidor mais
utilizado é o DBPC.

Fonte: Coach de Fracassos, (2019).

Você também pode gostar