Você está na página 1de 66

Curso:

Equipamentos Elétricos de Alta Tensão

Disciplina:
CHAVES SECCIONADORAS, CHAVES DE ATERRAMENTO E
RESISTORES DE ATERRAMENTO

Prof.: Helen Christian Silva


(profe.helenchristian@gmail.com
RESISTORES DE ATERRAMENTO
ENGENHARIA ELÉTRICA

RESISTORES DE ATERRAMENTO

profe.helenchristian@gmail.com 204
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
O conceito de aterramento do sistema é extremamente importante, pois afeta a suscetibilidade do
sistema aos surtos transitórios de tensão, determina os tipos de cargas que o sistema pode
acomodar e ajuda a determinar os requisitos de proteção do sistema.

As subestações de potência e as centrais de geração de grande porte propiciam correntes de


curto-circuito assimétricas de valor muito elevado, o que pode ocasionar danos, de forma geral, à
instalação e levar perigo às pessoas que as operam, se não forem tomadas medidas de proteção.

Para reduzir custos e manter a segurança operacional, é necessário a redução das correntes de
ENGENHARIA ELÉTRICA

curto-circuito principalmente fase-terra, devido as tensões transitórias neste tipo de defeito.

Método de redução das correntes de curto-circuito, aplicação de reatores em série no sistema


trifásico. Para defeitos fase e terra aplica-se resistores de aterramento conectados ao ponto neutro
dos transformadores de potência ou dos geradores da usina.

O tipo de aterramento do sistema é determinado em função do aterramento da fonte de energia, e


geralmente se enquadram em quatro grandes categorias:

 Serviço de Utilidade – O aterramento do sistema é geralmente determinado pela configuração


do enrolamento secundário do transformador de subestação supridora À montante.

 Gerador – O aterramento do sistema é determinado pela configuração de enrolamento do


estator.

 Transformador - O aterramento do sistema alimentado pelo transformador é determinado pela


configuração de enrolamento secundário do transformador.
profe.helenchristian@gmail.com 205
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
O que é Aterramento?

O termo "aterramento“ é comumente usado na indústria elétrica para significar tanto "aterramento
de equipamentos" e "aterramento do sistema".

Aterramento de equipamentos: Significa a conexão à terra com pontos não condutores de corrente,
como conduítes, bandejas de cabo, caixas de junção, gabinetes, e carcaça dos equipamentos.

Aterramento do sistema: Conexão à terra com o ponto condutor de corrente, como o neutro do
ENGENHARIA ELÉTRICA

circuito um transformador, gerador, motor, ou do sistema, ou solidamente ou com um dispositivo de


limitação.

profe.helenchristian@gmail.com 206
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO

Sistemas Aterrado (Grounded System) x Sistema de Aterramento(Grounding System)

Sistema Aterrado (Grounded System) :

É um sistema em que pelo menos um condutor ou ponto (usualmente o ponto neutro de


enrolamento de transformador ou gerador) é intencionalmente aterrado, solidamente ou através de
uma impedância (IEEE 142-2007 1.2.5). Sistemas solidamente aterrado ou aterrado por meio de
uma resistência.
ENGENHARIA ELÉTRICA

Sistema de Aterramento (Grounding System) :

Um sistema que consiste em todas conexões de aterramento em um sistema de energia específico


e é definido pela isolação dos sistemas de aterramento adjacentes. (Malha de Aterramento)

A isolação é provida pelos enrolamentos primário e secundário do transformador que são


acoplados apenas por meios magnéticos. Assim, o limite do sistema é definido pela falta de uma
conexão física que é metálica ou através de um valor significativamente alto de impedância. (IEEE
142-2007- 1.2.6)

Secundários de Transformadores de Alta Tensão normalmente quando aterrados por meio de


resistências são de baixo valor Ôhmico. (Redução a valores detectáveis e não muito sensíveis).

Secundários de Transformadores de Baixa Tensão normalmente quando aterrados são por meio de
resistências são de Alto valor Ôhmico. (Redução a valores permissíveis para operação segura).
profe.helenchristian@gmail.com 207
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO

Sistema Não Aterrado (Ungrounded System) x Sistema Aterrado (Grounded System)

Sistema Não Aterrado (UnGrounded System) :

Um sistema sem uma conexão intencional a terra, exceto através de dispositivos de indicação de
potencial ou medição ou outros dispositivos de impedância muito alta.

Sistemas não aterrados empregam detectores de terra para indicar uma falha a terra. Estes
ENGENHARIA ELÉTRICA

detectores mostram a existência de um terra no sistema e identificam a fase defeituosa, mas não
localiza o ponto a terra, que pode estar em qualquer lugar em todo o sistema.

Se essa o defeito a terra for intermitente ou contínua (continua em operação), o sistema pode ser
submetido a possíveis sobretensões severas para a terra, que pode ser tão alto quanto seis ou oito
vezes (IEEE) a tensão de fase. Isso pode perfurar o isolamento e resultar em falhas adicionais para
a terra.

Uma segunda falha á terra ocorrendo antes da primeira falha ser eliminada resultará em uma falha
fase-fase-terra, geralmente com arco, com uma magnitude de corrente grande o suficiente para
danificar, mas às vezes com valor pequeno para ser detectado rapidamente por relés de
sobrecorrente com tempo suficiente para prevenir ou minimizar danos.

Sistemas não aterrados não oferecem nenhuma vantagem sobre sistemas aterrados de alta
resistência em termos de continuidade do serviço e têm as desvantagens das sobretensões
transitórias, localizando a primeira falha e queimaduras a partir de uma segunda falha no solo.
IEEE 242-2001 8.2.5.
profe.helenchristian@gmail.com 208
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
Sistemas Não Aterrado
O sistema cujo neutro não tem ligação condutora intencional com a terra, podendo, entretanto, ter
ligações de alta impedância para a terra, para fins de medição, proteção e sinalização e
capacitâncias shunt naturais do sistema.

Considerando o sistema simétrico, isto é, as três capacitâncias para a terra iguais, o neutro n
coincide com g (terra) e nesta configuração se uma das fases (fase a, por exemplo) for colocada
em contato com a terra, o triângulo se deslocará e as fases b e c serão submetidas à sobretensão
de 173,2%.
ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 209
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
Um curto-circuito sólido entre a fase a e terra em um sistema não aterrado, é mostrado no
diagrama fasorial correspondente.
ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 210
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
Sistemas Aterrado Através de Alta Impedância

Conforme IEEE 142-2007, (Green Book), define um sistema aterrado de alta resistência como:

Um sistema aterrado com uma resistência inserida propositalmente que limita a corrente que pode
fluir numa falta à terra, por um período prolongado sem provocar danos. Este nível da corrente é
comumente especificado para ser 10A ou menos.

Sistemas aterrados por alta resistência (Impedância) são projetados para atender aos critérios
ENGENHARIA ELÉTRICA

Ro≤Xco para limitar as sobretensões transitórias devido ao arco nas falhas a terra.

Ro é resistência do sistema por fase de sequência zero.


Xco é a reatância capacitiva para a terra por fase do sistema.

O sistema de aterramento através de alta impedância pode ser classificado em dois tipos:
aterramento ressonante e aterramento através de alta resistência.

 Reator e por Resistor

Reator: No aterramento ressonante o neutro é aterrado através de um reator variável de alta


reatância sintonizável com a capacitância equivalente fase-terra do sistema. O reator de
aterramento é denominado bobina de Petersen, conhecido também como reator de supressão de
arco.

profe.helenchristian@gmail.com 211
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
Resistor: O sistema é aterrado através de um resistor de alto valor, cuja prática aceitável é
especificar o seu valor igual ou ligeiramente menor do que o da reatância capacitiva total para terra
do sistema. Isso garante a minimização dos danos nas instalações elétricas devido à baixa
intensidade da corrente de curto-circuito, normalmente limitando as correntes no primário entre 1,0
e 25,0 A, além de limitar as sobretensões transitória.
ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 212
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
Sistemas Aterrado Através de Alta Impedância

O resistor de aterramento pode ser ligado no neutro do sistema, ou ainda através de um


transformador de distribuição ligado em delta aberto.

A conexão do resistor no neutro pode ser direta (aterramento resistivo primário) ou indireta, em que
o resistor é conectado como carga de um transformador monofásico de característica similar ao de
um transformador de distribuição (aterramento resistivo secundário).
ENGENHARIA ELÉTRICA

Aterramento resistivo secundário, é mais vantajoso por se tratar de um resistor de baixa tensão,
baixo valor ôhmico e, portanto, baixa potência, comparado com o aterramento resistivo primário.

profe.helenchristian@gmail.com 213
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
Sistemas Aterrado Através de Baixa Impedância

O aterramento através de baixa impedância, realizado por um reator ou um resistor, deve ser
especificado para limitar a corrente de curto-circuito fase-terra entre 50,0 e 600,0 A primário.

Solicitações térmicas nos equipamentos são reduzidas ao limitar a corrente de curto-circuito,


permitindo que cubículos de menor custo possam ser especificados e, ao mesmo tempo, evita-se
altas sobretensões que podem danificar a isolação do sistema. Este tipo de aterramento é, sob
vários outros aspectos, equivalente ao aterramento sólido, incluindo os métodos de proteção
ENGENHARIA ELÉTRICA

contra faltas à terra.

profe.helenchristian@gmail.com 214
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
Sistemas Eficazmente ou Solidamente Aterrado

Conforme IEEE, o sistema eficazmente aterrado possui todos os neutros do sistema de potência
conectados diretamente à terra e define que as condições que na prática devem ser obedecidas,
para qualquer configuração do sistema em operação normal:

≤3
ENGENHARIA ELÉTRICA

≤1

- Reatância de sequência positiva do sistema;


- Resistência de sequência zero do sistema;
- Reatância de sequência zero do sistema.

Estas condições na prática indicam que não existe impedância entre o neutro e a terra do sistema;
daí pode-se dizer que este sistema de aterramento é diretamente aterrado.

Neste sistema de aterramento a corrente de curto-circuito fase-terra pode alcançar valores


elevados, o que torna fundamental a rápida abertura da parte afetada do sistema de potência.
O aterramento sólido não permite que haja o deslocamento do neutro durante o curto-circuito fase-
terra, o que reduz o risco de sobretensões nas fases sãs. Assim, os equipamentos ligados entre as
fases e o neutro não requerem níveis elevados de isolação como no sistema isolado.

profe.helenchristian@gmail.com 215
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
Influência dos Tipos de Aterramento do Sistema

Durante operação normal do sistema, o tipo de aterramento do neutro possui pouca ou nenhuma
influência.

Mas na ocorrência de qualquer curto-circuito envolvendo a terra, considerações criteriosas devem


ser aplicadas na especificação do método de aterramento para que o Sistema elétrico possa
suportar as sobretensões normais e transitórias e as correntes resultantes da falta fase-terra e
consequentemente a especificação adequada do sistema de proteção, que deve ser capaz de
ENGENHARIA ELÉTRICA

detectar e isolar a falta em tempo hábil para evitar danos aos equipamentos e instalações elétricas.

Os níveis de sobretensões normais e transitórias e o valor das correntes que surgem durante uma
falta à terra são profundamente influenciados pelo método de aterramento do neutro.

Sistema diretamente aterrado ou aterrado através de baixa impedância:

Corrente de falta à terra é alta; entretanto, as sobretensões desenvolvidas nas fases sãs para a
terra são reduzidas e completamente suportáveis.

Sistema com neutro isolado ou aterrado através de impedância de alto valor:

Corrente de falta à terra é reduzida, mas as tensões das fases sãs para terra podem atingir valores
perigosos ou até mesmo insuportáveis, podendo resultar na evolução para outros tipos de curto-
circuitos se não forem tomadas precauções especiais.

profe.helenchristian@gmail.com 216
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
Influência dos Tipos de Aterramento do Sistema

Tipo de aterramento com neutro isolado ou com neutro aterrado por meio de impedância de alto
valor (resistência ou reatância não sintonizada) são utilizados geralmente nas classes de baixa
tensão.

Custo da isolação dos componentes do sistema não é tão crítico, de forma que o mesmo pode ser
isolado de forma a suportar razoavelmente as sobretensões originadas durante curtos-circuitos
fase para terra.
ENGENHARIA ELÉTRICA

Método de aterramento com neutro diretamente aterrado ou aterrado através de baixa impedância,
são aplicados á alta e extra alta tensão, o custo para fornecer a isolação necessária torna-se
proibitivo.

Vários métodos de aterramento, podem ser aplicados desde que sejam considerados os aspectos:

 Valor da corrente do curto fase-terra,


 As tensões normais e transitórias que surgem durante este defeito,
 As facilidades de detecção do defeito e de seu local de ocorrência,
 A possibilidade de obtenção de seletividade, além de outros aspectos inerentes a cada classe
de tensão e da natureza do sistema elétrico em questão.

profe.helenchristian@gmail.com 217
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO

Sobretensões causadas por falhas intermitentes podem ser eliminadas pela impedância do neutro
do sistema de aterramento, que é geralmente uma resistência que limita a corrente à terra a um
valor igual ou maior que a corrente de carregamento capacitiva do sistema.

Importante conhecer as capacitâncias à terra envolvidas no sistema para determinar o valor de


corrente à terra a ser limitado.

A conexão intencional dos pontos neutros de transformadores, geradores e motores para a malha
ENGENHARIA ELÉTRICA

de terra fornece um ponto de referência de zero volts. Esta medida de proteção oferece muitas
vantagens sobre um sistema não aterrado, incluindo:

 Magnitude reduzida de sobretensões transitórias;

 Localização simplificada de falha a terra;

 Melhor proteção contra falhas do sistema e do equipamento;

 Redução do tempo de manutenção e custos envolvidos;

 Maior segurança para o pessoal;

 Melhor proteção contra descargas atmosféricas;

 Redução na frequência de falhas.

profe.helenchristian@gmail.com 218
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
Comparação da Performance dos diferentes tipos de Aterramento sob variadas condições
operacionais
ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 219
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO

Qual é a finalidade do sistema de aterramento (Malha de aterramento)?

A conexão intencional de uma fase ou condutor neutro para a terra, é com o propósito de controlar
a tensão para a terra, dentro de limites previsíveis.

Ele também fornece um fluxo de corrente que permitirá a detecção de uma conexão indesejada
entre condutores do sistema e a terra (falta fase a terra).
ENGENHARIA ELÉTRICA

O que é uma Falta a Terra?

Uma falha a terra é uma conexão indesejada entre os condutores do sistema e a terra. Falhas à
terra muitas vezes passam despercebidos e causam grandes estragos nas plantas e processos.

Desconexão da energia danificando equipamentos e interrompendo o fluxo de processo de


produção e máquinas, levando a horas ou mesmo dias de perda de produtividade.

Falhas a terra não detectadas representam potenciais riscos à saúde e à segurança pessoal.

Risco de segurança, como defeitos de equipamento, fogo, e choque elétrico. Causam sérios danos
a equipamento e para seus processos. Durante uma condição de falha, equipamentos podem ser
danificados e processos encerrados, afetando seriamente sua linha de produção.

profe.helenchristian@gmail.com 220
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
CURTO-CIRCUITO FASE-TERRA

Perda de isolamento:

 Entre as três fases: defeito trifásico.

 Entre duas fases quaisquer: defeito fase-fase.

 Entre duas quaisquer das fases e a terra: defeito entre fases e terra.
ENGENHARIA ELÉTRICA

 Entre qualquer uma das fases e a terra: defeito fase e terra, ou simplesmente defeito
monopolar.

As correntes de curto-circuito fase a terra determinam os limites de tensão de passo e de toque no


dimensionamento de uma malha de terra .

Correntes de curto-circuito fase a terra quando o seu valor é superior à corrente trifásica de curto-
circuito, é empregada para se dimensionar a capacidade de interrupção dos equipamentos e outras
características técnicas dos mesmos.

Nas redes coletoras subterrâneas de média tensão, entre 13,80 e 34,5 kV, dos Parques Eólicos
onde é utilizada uma grande quantidade de cabos de alumínio isolados dotados de blindagem
metálica, normalmente constituída de fios e/ou fitas de cobre, é muito frequente o uso de resistor
de aterramento para reduzir a corrente de curto-circuito monopolar afim de diminuir a seção dessa
blindagem, representando uma substancial redução no custo de aquisição dos cabos isolados.

profe.helenchristian@gmail.com 221
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
CUTO-CIRCUITO FASE-TERRA
As correntes de defeito fase à terra podem variar entre valores muito elevados, conforme as
impedâncias envolvidas no sistema.

Zup – Impedância unitária sequência Positiva do Sistema

Zup – Impedância unitária sequência Negativa do Sistema


ENGENHARIA ELÉTRICA

Zuz – Impedância unitária sequência Zero do Sistema

Zua – Impedância unitária de aterramento (resistor, reator ou impedância).

Ruc – Resistência unitária de contato com a terra.

Rum – Resistência unitária da malha de terra.

Iuz – Corrente de Defeito de sequência Zero.

profe.helenchristian@gmail.com 222
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
CUTO-CIRCUITO FASE-TERRA

Dentre as impedâncias mostradas, a que se apresenta com maior dificuldade de determinação é a


resistência de contato. Como depende de muitos fatores, como, por exemplo, a resistividade do
solo no local de contato do condutor defeituoso, o cálculo da corrente de curto-circuito fase a terra
torna-se bastante complexo.

Muitas vezes é necessário se calcular o valor da corrente de curto-circuito admitindo-se nulos os


valores de Ruc, Rum e Zua. Nessa condição, a corrente de curto-circuito fase a terra assume o seu
ENGENHARIA ELÉTRICA

valor máximo, sendo muitas vezes superior à própria corrente trifásica de curto-circuito. Isso pode
ser verdade caso se admita um defeito fase e terra nos terminais secundários do transformador da
subestação, em que o condutor fase entra em contato com o condutor de aterramento que liga o
tanque do transformador à malha de terra do sistema.

Para se reduzir a grandeza da corrente de curto-circuito monopolar, quando ela assume valores
elevados, pode-se aplicar no condutor que liga o ponto neutro do transformador de força à malha
de terra uma impedância Zua, chamada impedância de aterramento, que pode ser simplesmente
um resistor, uma reatância ou um conjunto de resistores associado a uma reatância.

Transformadores Zigue-Zague aplicados a sistemas isolados (conexão delta do


Transformador/Fonte). Uma falta fase-terra em sistemas isolados a corrente é somente de natureza
capacitiva, de baixo valor e, portanto, de difícil detecção e de identificação do local de sua
ocorrência.

Geradores possuem neutro que podem ser aterrados por meio de resistores, reatância, da mesma
forma como par aos transformadores. (Comum transformadores de aterramento associados a
resistores). 223
profe.helenchristian@gmail.com
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
CUTO-CIRCUITO FASE-TERRA

Para que se possa determinar o valor do resistor de aterramento, é necessário conhecer os valores
trifásicos e de fase à terra das correntes de curto-circuito.

Corrente simétrica de curto-circuito Trifásica:

1
ENGENHARIA ELÉTRICA

=

- Impedância de sequência positiva total do sistema, todos os valores de resistência e


reatância desde a fonte supridora até o ponto de defeito, em pu. (contribuição somente de
sequência positiva).

1
=
2× × × +3× + +

- Impedância de sequência zero do Transformadora de Potência , em pu.


c - Impedância de sequência zero dos cabos, em pu.
R – Resistência de contato com o solo, em pu.
R – Resistência do resistor de aterramento, em pu.
R – Resistência da malha de aterramento, em pu.
profe.helenchristian@gmail.com 224
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
CUTO-CIRCUITO FASE-TERRA
Para se calcular o máximo valor da corrente de defeito monopolar, em pu, despreza-se as
resistências.

= = =0

1
=
2× × ×
ENGENHARIA ELÉTRICA

De acordo com o tipo de conexão do neutro à terra, os sistemas apresentam comportamentos


diferentes quando submetidos a um defeito monopolar. (contribuição de duas fases 2 x..).

Dimensionamento dos equipamentos para à capacidade de interrupção, corrente térmica, corrente


dinâmica etc., com base no valor da corrente de curto-circuito simétrica trifásica do sistema.
Corrente de defeito monopolar deve ser limitada quando ultrapassar o valor da corrente trifásica.

profe.helenchristian@gmail.com 225
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
CUTO-CIRCUITO FASE-TERRA

A relação entre o valor da corrente de defeito fase à terra e a corrente trifásica é denominado de
fator falta a terra ou de sobretensão.

Fator de falta para terra, também conhecido como fator de sobretensão, é a relação, em um
determinado ponto de um sistema e para uma dada configuração desse sistema, entre o valor
máximo eficaz da tensão fase-terra de uma fase não afetada durante um curto-circuito para terra e
o valor eficaz da tensão fase-terra com curto-circuito removido, na frequência nominal.
ENGENHARIA ELÉTRICA

 Este fator é geralmente utilizado na avaliação das sobretensões temporárias causadas pelo
curtos-circuitos à terra.

 O fator de falta para a terra é uma relação puramente numérica e caracteriza, em termos gerais,
as condições de aterramento de um sistema elétrico em uma dada localização.

 O referido fator é calculado a partir das impedâncias de sequências de fase do sistema, vistos
de uma dada localização e usando, para as máquinas girantes, as reatâncias subtransitórias.

Dependendo do tipo de aterramento do neutro, as sobretensões nas fases sãs podem atingir
valores acima de 70%. Nesses casos, portanto, todos os componentes ligados entre fase e a terra
ficarão submetidos praticamente à tensão de linha. São os casos de TPs e pára-raios.

profe.helenchristian@gmail.com 226
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
CUTO-CIRCUITO FASE-TERRA

A aplicação de resistores de aterramento pode resultar em sobretensões por ocasião de um defeito


monopolar. Isso implica o dimensionamento adequado dos para-raios, afim de que não sejam
danificados durante a ocorrência de faltas à terra.

Desprezando o efeito da resistência de falta, o fator de aterramento no ponto da falta para uma
falta fase-terra pode ser definido por:
ENGENHARIA ELÉTRICA

Para sistemas com neutro efetivamente aterrado (0 ≤ X0 / X1 ≤ 3 e 0 ≤ R0 / X1 ≤ 1) o fator de


aterramento é inferior a 1,4, ou seja, as sobretensões temporárias atingem no máximo 80% da
tensão fase-fase do sistema. (Tensão temporária fase sã é no máximo = Vmáx*1,4).

Para sistemas com neutro isolado as sobretensões nas fases sãs podem exceder à tensão fase-
fase do sistema, ou seja, o fator de aterramento é de 1,73 ou acima. Isto se deve ao fato de que
esse tipo de sistema é acoplado à terra através de suas capacitâncias parasitas. (Tensão
temporária fase sã é igual ou maior = Vmáx*1,73).

profe.helenchristian@gmail.com 227
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
CURTO-CIRCUITO FASE-TERRA

A duração da falta pode ser de poucos segundos a algumas horas, em função da corrente de falta
bem como do dispositivo de detecção / abertura da falta.

A Tabela apresenta os valores típicos normalmente utilizados para o fator de aterramento em


função do tipo de aterramento do neutro do sistema.

Fatores de aterramento – Valores típicos


ENGENHARIA ELÉTRICA

A aplicação de resistores de aterramento pode resultar em sobretensões por ocasião de um defeito


monopolar. Isso implica o dimensionamento adequado dos para-raios, TPs afim de que não sejam
danificados durante a ocorrência de faltas à terra.

profe.helenchristian@gmail.com 228
RESISTORES DE ATERRAMENTO

SISTEMA DE ATERRAMENTO
CURTO-CIRCUITO FASE-TERRA
ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 229
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ATERRAMENTO POR BAIXA IMPEDÂNCIA


CARACTERÍSTICAS ATERRAMENTO POR BAIXA IMPEDÂNCIA
O aterramento de baixa resistência ou baixa impedância é projetado para limitar a corrente de falta
à terra entre valores de 100 A e 1000 A, sendo 400 A o valor típico encontrado nos sistemas.

A definição da corrente que o resistor deve limitar implica nos seguintes aspectos:

 Segurança;
 Proteção dos Equipamentos;
ENGENHARIA ELÉTRICA

 Sensibilidade dos dispositivos de proteção.

Como escolher o valor de corrente adequado?

A corrente a ser limitada pelo resistor deve considerar a corrente de carregamento capacitivo do
sistema.

A capacitância fase a terra associada aos componentes do sistema determina as magnitudes de


corrente de carregamento de sequência zero.

O resistor deve ser dimensionado para garantir que o valor limite de corrente de falta a terra seja
maior do que a corrente de carregamento capacitivo a terra total do sistema.

Resistor especificado com uma corrente limite menor irá provocar sobretensões transitórias.
A corrente de carregamento de um sistema pode ser calculado somando as capacitâncias de
sequência zero ou determinando as reatâncias capacitivas de todos os cabos e equipamentos
conectados ao sistema.

profe.helenchristian@gmail.com 230
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ATERRAMENTO POR BAIXA IMPEDÂNCIA


CARACTERÍSTICAS ATERRAMENTO POR BAIXA IMPEDÂNCIA

Como escolher o valor de corrente adequado?

Em sistemas de média tensão com motores e máquinas rotativas conectadas a ele é desejável que
a limitação da corrente de falta a terra seja a valores detectáveis pelo sistema de proteção.

Com os efeitos combinados da corrente de carregamento e a impedância da fonte do sistema irão


ENGENHARIA ELÉTRICA

afetar a corrente de falta a terra em valores menores que 0,5% (IEEE 142-2007), para faixa típica
dos sistemas supridos por concessionárias, é permitido ignorar estes efeitos no cálculo do valor de
resistência à falta a terra.

profe.helenchristian@gmail.com 231
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ATERRAMENTO POR BAIXA IMPEDÂNCIA


COMO DEFINIR CORRENTE DO RESISTOR

O resistor neutro, R, mostrado na Figura é selecionado de acordo com:

3
=
A corrente é o valor de corrente qual a corrente de curto-circuito será limitada ao passar por este
ENGENHARIA ELÉTRICA

resistor. Ao definir este valor praticamente está se definindo o valor da resistência (R) em Ohms do
resistor.

3Ic0 < 0,5%

profe.helenchristian@gmail.com 232
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ATERRAMENTO POR BAIXA IMPEDÂNCIA


Na falta de informações específicas, a corrente de curta duração é escolhida para ser menor ou
igual a corrente nominal do transformador ou gerador. No caso do gerador, não se deve exceder
150% da corrente nominal do gerador.

Os valores mais usuais são: 100 A, 150 A, 200 A, 400 A, 500 A, 600 A e 1000 A.

Como regra geral, o valor da corrente a ser limitada é escolhido para fornecer corrente suficiente
para que o relé opere a 10% da corrente de uma falta para a terra. Isso permitirá que a detecção de
uma falha seja dentro de 10% do ponto neutro de um motor ou transformador.
ENGENHARIA ELÉTRICA

O tempo para suportabilidade da corrente pelo resistor de aterramento pode ser entre os valores
definidos na IEEE C57.32, o de menor valor. Uma vez que as correntes desse valor devem ser
desconectadas rapidamente pelos relés.

profe.helenchristian@gmail.com 233
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ATERRAMENTO POR BAIXA IMPEDÂNCIA

O relé de proteção deve ser sensível o suficiente para proteger o resistor de aterramento para uma
falta de valor baixo.

Resistor especificado para 10 segundos irá suportar continuamente até 10% da corrente nominal
especificada.

Sistema com um resistor de aterramento neutro de 400 A, o relé de falha a terá deve sensibilizar
ENGENHARIA ELÉTRICA

(pickup) em uma corrente inferior a 40 amperes. Isso protegerá o resistor e dará maior proteção
para falhas que não tenho um contato físico direto à terra.

Ao aplicar os para-raios para uso em um sistema aterrado de baixa ou alta resistência, eles devem
ser selecionados como se usados em um sistema não aterrado.

O valor da corrente limite do resistor e o tempo definem o limite térmico da resistência, dado pelo
t.

Resistores de aterramento são especificados para exercerem a sua limitação de corrente em


condições esporádicas (curto-circuito).

Apresentam uma capacidade de condução de corrente continuamente (ampacidade) limitada a


valores que se situam tipicamente entre 5% e 10% do valor da corrente de 10s de curta duração.

profe.helenchristian@gmail.com 234
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Os resistores de aterramento são constituídos de um armário metálico em cujo interior está
montado um conjunto de resistores fixados sobre isoladores.

O elemento dos resistores pode ser fabricado em liga de níquel-cromo, aço inoxidável ou ainda em
ferro fundido com uma proteção externa, formada por uma camada de liga de alumínio resistente a
temperaturas elevadas.
ENGENHARIA ELÉTRICA

Resistores

Armário Metálico

Isolador de Apoio

Trasnformador de corrente TC

profe.helenchristian@gmail.com 235
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Isso lhe confere uma excelente proteção contra a corrosão, permitindo que esses resistores sejam
empregados em áreas de grande agressividade atmosférica, como distritos industriais ou zonas
marítimas.
Resistores
Barra de cobre

Isolador
ENGENHARIA ELÉTRICA

Transformador de corrente TC
profe.helenchristian@gmail.com 236
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Resistores de aterramento podem ser aplicados para uso interno, abrigados e uso ao tempo.

Na ocorrência do curto-circuito fase e terra no sistema, a corrente de defeito circula pelos resistores
provocando um aquecimento elevado e aumentando em cerca de 20% o valor da resistência
ôhmica, o que pode ocasionar alguma influência no desempenho do sistema de proteção, no caso
de religamento.
ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 237
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
A construção dos resistores de aterramento pode ser feita para instalação abrigada ou ao tempo.
Se o resistor é para instalação abrigada, o armário pode ser construído com telas metálicas
laterais. Caso contrário, quando em instalações ao tempo, o armário deve ter grau de proteção
compatível, ou no mínimo IP 54.
ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 238
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Terminais

O resistor de aterramento tem basicamente três terminais:

i. O terminal que interliga o neutro do transformador ou gerador ao resistor, o qual é


realizado normalmente através de uma bucha que é especificada para a tensão do
sistema;

ii. O terminal que interliga a outra extremidade dos elementos resistivos ao terra, o qual é
ENGENHARIA ELÉTRICA

composto por uma bucha que e especificada para uma tensão de 1,2 kV;

iii. O terminal para aterramento da estrutura normalmente e realizado por um parafuso


M12, podendo haver um segundo terminal localizado diagonalmente oposto ao primeiro.

Elevada condução gera o aquecimento do resistor de aterramento. Cuidado ao tocar as suas


partes metálicas.

Tensão igual a tensão fase-terra entre o neutro e o terra, devem-se ter procedimentos claros de
operação e manutenção que incluam estes detalhes.

Deve-se também identificar e se estudar uma localização adequada no layout da subestação para
o resistor.

profe.helenchristian@gmail.com 239
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Grau de Proteção do Invólucro

A especificação do tipo de invólucro a ser fornecido, que deve ser apropriado para as condições do
ambiente de instalação (grau IP), onde será instalado.

O grau de proteção mais usual para os resistores de aterramento de neutro abrigados sem
presença de pós é o IP 23.

Os materiais utilizados para os elementos resistivos, tais como ligas especiais, aço inoxidável,
ENGENHARIA ELÉTRICA

elementos cerâmicos, aço galvanizado e cobre, são materiais duráveis, mesmo nos ambientes
mais agressivos e não há a necessidade de se aumentar o grau de proteção quando aplicados a
ambientes internos / abrigados.

Para resistor a ser instalado em ambiente externo o grau de proteção a ser especificado deve ser o
IP54 que atende à exigência de impedimento de entrada de pós e de água (projeção), assim como
como a caixa de terminais.

Material do Invólucro

Aço tratado com zinco aluminizado (maioria ambientes), chapa de aço inoxidável 304, aço
inoxidável 316 (ambientes marinhos, costeiros ou offshore), chapas de aço pre-galvanizados
(Outros ambientes internos ou externos moderados).

Fragilidade dos invólucros dos resistores consitui uma das principais causas de rompimento dos
elementos resistivos e outros danos.

profe.helenchristian@gmail.com 240
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS

Acessórios

 Contatores
 Disjuntores
 TCs
 Monitores de integridade do aterramento para circuito aberto e curto-circuito dos elementos.
ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 241
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS

Tensão Nominal

É a tensão de neutro do sistema no qual o resistor irá operar. Tensão nominal entre fases e fase-
terra que deve ser compatível com a tensão do sistema.

A tensão rms, em frequência nominal, que pode ser aplicada entre os terminais do dispositivo sob
condições de funcionamento padrão para o tempo avaliado (continuamente para transformadores
de aterramento) sem exceder as limitações estabelecidas pelas normas.
ENGENHARIA ELÉTRICA

Nível de isolamento

A tensão neutro terra não varia além da tensão fase neutro para sistemas aterrados por resistor de
baixo valor, o nível de isolamento deve ser escolhido com base na tensão do sistema. Assim, esta
especificação tem baixo impacto no tamanho, peso e preço.

Temperatura

O material ativo usado em resistores tem um coeficiente de temperatura apreciável, a resistência é


materialmente alterado durante o tempo de operação fazendo com que a tensão aumente ou a
corrente diminuísse.

Segundo a norma ANSI/IEEE Std 32 de 1972, o aumento de temperatura deve ser limitado ao
máximo de 760 ºC, valor este baseado na tecnologia que era empregada na liga e na isolação
disponível em 1972. Atualmente, com as tecnologias atuais, o aumento de temperatura permitido
chega a um máximo de 1000 ºC, o que reduz sobremaneira o tamanho, o peso e o custo do
resistor.
profe.helenchristian@gmail.com 242
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
TCR (Temperature Coefficient of Resistance) – Coeficiente de Temperatura da Resistência

Os resistores metálicos possuem um TCR positivo, o que significa que a corrente que irá circular
pelo resistor e não irá exceder o valor especificado, pois a corrente diminui se a temperatura
aumentar. Normalmente, o valor de TCR é limitado a 3,5% para cada 100 ºC de aumento.

Quando se encontram valores elevados de TCR é por que o preço do aço inoxidável que compõem
os elementos resistivos está baixo ou se esta utilizando resistores líquidos.
ENGENHARIA ELÉTRICA

Tipos dos Elementos

profe.helenchristian@gmail.com 243
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
Temperatura

O limite de temperatura admitido para os resistores é função também da natureza do material do


resistor.

• Ferro fundido: Regime contínuo: 385°C.


Até 10 min: 460°C.
• Aço inoxidável: Regime contínuo: 610°C.
Até 10 min: 610°C.
ENGENHARIA ELÉTRICA

Tempo de Operação

Os tempos de operação dos resistores variam de acordo com o tipo do material empregado na
fabricação das resistências ôhmicas e com o valor da corrente de defeito monopolar. Por norma, os
tempos padronizados são de 10 s, 30 s, 60 s, 10 min e regime contínuo. Considerando a natureza
do material resistor, tem-se:

• Aço inoxidável: 2.000 A em 10 s.


• Níquel-cromo: 2.000 A em 10 s.
• Ferro fundido: 5.000 A em 10 s.

O tempo mais comumente escolhido é o de 10s. Uma vez escolhido o valor da corrente e do
tempo, definiu-se o Limite Térmico da Resistencia (LTR), que e dado pelo I2t.

O tempo de operação mais comum é o de 10 s, utilizado por grande parte das concessionárias de
energia elétrica.

profe.helenchristian@gmail.com 244
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
Tempo suficiente para que o sistema de proteção opere adequadamente, mesmo que as proteções
de backup tenham que operar. Alguns equipamentos que utilizavam tecnologia mais antiga
encontram-se valores de ate 30 s, o que atualmente e desnecessário.

Corrente Admissível Continuamente

Como os resistores de aterramento são especificados para exercerem a sua limitação de corrente
em condições esporádicas (curto-circuito), os mesmos apresentam uma capacidade de condução
de corrente continuamente (ampacidade) limitada a valores que se situam tipicamente entre 5% e
ENGENHARIA ELÉTRICA

10% do valor da corrente de 10s de curta duração.

A especificação de aquisição do resistor deve indicar o valor mínimo desejado: 5% ou 10%, de


outra forma você poderá receber um resistor que suporte ate 0%.

Ampacidade ampliada implica em um aumento considerável em tamanho, peso e preço e que se


forem especificados graus de proteção acima de IP 54, devido a dissipação de calor, estes
requisitos terão serias dificuldades de serem obtidos.

Fabricante de resistores do Brasil, o valor por ele utilizado em seus projetos limitam a corrente
permanente no resistor a 5% do valor da corrente de curta duração (de 10 s).

profe.helenchristian@gmail.com 245
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS - ESPECIFICAÇÃO


ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 246
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS - ESPECIFICAÇÃO


ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 247
RESISTORES DE ATERRAMENTO

CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS - ESPECIFICAÇÃO


ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 248
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ENSAIOS DE RECEBIMENTO

Normas vigentes: ANSI/IEEE std 32-1972, IEC, N-474, N1219, ASME B1. 20.1.

A norma mais utilizada para especificação dos resistores de aterramento é a IEEE-32-1972.

Sofreu uma revisão e mudou de número: IEEE Std C57.32-2015 – IEEE Standard for
Requirements, Terminology, and Test Procedures for Neutral Grounding Devices.

A revisão da norma já está sendo adotada no Brasil no entanto ela não foi adotada de imediato no
ENGENHARIA ELÉTRICA

Brasil. A revisão foi elaborada junto a poucos fabricantes americanos e canadenses que
estabeleceram critérios de dimensionamento que se mostraram equivocados e que privilegiavam
uma pequena parcela do mercado.

Houve a contestação de fabricantes em toda a Europa e do restante do mundo perante a nova


norma e a mesma sofreu revisão de alguns itens e uma nova versão ratificada foi publicada.

Atualmente os fabricantes indicam o atendimento a Emenda IEEE Std C57.32a™-2020 e à norma


IEEE Std C57.32™-2015.

A norma IEEE.32-1972 possui todas as características necessárias para projeto do equipamento


como: valores de tensão de isolamento e de ensaios exigidos, fórmulas para dimensionamento dos
elementos resistivos, densidade de corrente e máxima temperatura admissível.

profe.helenchristian@gmail.com 249
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ENSAIOS DE RECEBIMENTO
A norma estabelece os valores e limites a serem seguidos pelos fabricantes na fabricação e que
serão, então, confirmados posteriormente durante os ensaios e testes na fábrica ou no campo.

Ensaios de Rotina:
 Medição do valor da resistência elétrica;

 Verificação da elevação de temperatura através de cálculo pela equação 14 da norma IEEE Std
C57.32-201;
ENGENHARIA ELÉTRICA

 Verificação do nível de isolação;

 Verificação da tensão aplicada sob frequência industrial durante um minuto.

Ensaios Adicionais:
 Medição da resistência ôhmica de isolamento do resistor;

 Medição da espessura da camada de pintura;

 Verificação da aderência da tinta utilizada na pintura;

 Verificação da aparência visual;

 Verificação dimensional;

 Verificação dos dados da placa de identificação.

profe.helenchristian@gmail.com 250
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ENSAIOS DE RECEBIMENTO
ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 251
RESISTORES DE ATERRAMENTO

NORMAS/GUIAS DE APLICAÇÃO E ESPECIFICAÇÃO

Normas ANSI/IEEE que são Guias para definição, critérios e especificação para o aterramento do
Neutro para diversas aplicações no sistema elétrico:

 IEEE Std C62.92-1-2000 – IEEE Guide for the Application of Neutral Grounding in Electrical
Utility Systems—Part I: Introduction.

 IEEE Std C62.92-2-2005 – IEEE Guide for the Application of Neutral Grounding in Electrical
ENGENHARIA ELÉTRICA

Utility Systems - Part II-Grounding of Synchronous Generator Systems.

 IEEE Std C62.92.3-1993 - IEEE Guide for the Application of Neutral Grounding in Electrical
Utility Systems, Part III—Generator Auxiliary Systems.

 IEEE Std C62.92.4-1991 IEEE Guide for the Application of Neutral Grounding in Electrical
Utility Systems, Part IV—Distribution.

 IEEE Std C62.92.5-2009 IEEE Guide for the Application of Neutral Grounding in Electrical
Utility Systems, Part V—Transmission Systems and Subtransmission Systems.

profe.helenchristian@gmail.com 252
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


CÁLCULO DO RESISTOR

Devem ser considerados as seguintes premissas, já analisadas aqui anteriormente:

 Corrente de defeito monopolar resultante da instalação do resistor de aterramento deve ser


suficientemente capaz de acionar os dispositivos de proteção.

 A corrente de defeito monopolar deve ser suficientemente reduzida a fim de que os esforços
térmicos e dinâmicos sejam compatíveis com os valores nominais dos equipamentos em
ENGENHARIA ELÉTRICA

operação no sistema.

- Tensão Nominal de Neutro do sistema em V;


=
3
- Corrente definida para o Resistor para Limitar a corrente de Curto-circuito a
valores que atendam os requisitos da proteção e da capacidade dos equipamentos.

profe.helenchristian@gmail.com 253
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


CÁLCULO DO RESISTOR

Para cálculo da corrente IR é necessário conhecer a corrente de carregamento capacitiva do


sistemas.

A corrente capacitiva será dada pela soma de todas as capacitivas da instalação.

3
3 =
ENGENHARIA ELÉTRICA

- Reatância capacitiva fase-terra de todo sistema

Dados necessários das Capacitâncias dos Equipamentos Sistema:

 Capacitância dos cabos (pF/fase);

 Capacitância dos Para-raios (pF/fase);

 Capacitância dos Transformadores;

Cálculo da corrente capacitiva: aplicável aos métodos de aterramento de alta impedância


(sistemas BT) e baixa impedância (sistemas MT). Sistemas AT são normalmente solidamente
aterrados.
profe.helenchristian@gmail.com 254
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


CÁLCULO DO RESISTOR PARA SISTEMAS DE MT – BAIXA IMPEDÂNCIA

EXEMPLO CÁLCULO RESISTOR PARA UM GERADOR DE 52 MVA

Dados do Gerador:
• Potência nominal: 52 MVA;
• Tensão nominal: 13,8 kV;
• Freqüência: 60 Hz;
• Capacitância entre fase e terra: 0,47 F.
ENGENHARIA ELÉTRICA

Dados do Capacitor de Proteção contra Surtos:


• Tensão nominal: 13,8 kV;
• Freqüência: 60 Hz;
• Capacitância para terra: 0,25 F.

Dados do Transformador Elevador:


• Potência nominal: 53 MVA;
• Tensão nominal: 138-13,8 kV;
• Freqüência: 60 Hz;
• Capacitância entre fase e terra: 4170 F.

Dados do Transformador dos Serviços Auxiliares:


• Potência nominal: 500 kVA;
• Tensão nominal: 13,8-0,38/0,22 kV;
• Freqüência: 60 Hz;
• Capacitância entre fase e terra: 234,8 F.
profe.helenchristian@gmail.com 255
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


Exemplo Cálculo Resistor para um Gerador de 52 MVA – Tensão Nominal 13,8 kV:

Dados do Transformador de Excitação:


• Potência nominal: 500 kVA;
• Tensão nominal: 13,8-0,24 kV;
• Freqüência: 60 Hz;
• Capacitância entre fase e terra: 700 F.

Dados do Barramento Blindado:


ENGENHARIA ELÉTRICA

• Tensão nominal: 13,8 kV;


• Freqüência: 60 Hz;
• Capacitância para terra: 32,88 F/m;
• Comprimento principal por fase: 22 m;
• Comprimento de derivação por fase: 3,7 m.

As capacitâncias apresentadas anteriormente serão distribuídas da seguinte forma no cálculo do


sistema de aterramento de alta impedância:

Capacitâncias fase-terra por fase do sistema:

 CGER = Capacitância fase-terra do enrolamento do gerador = 0,47 F;


 CCS = Capacitância fase-terra do capacitor de proteção contra surtos = 0,25 F;
 CCXS = Capacitância fase-terra das conexões = 0,0008 F;
 CTRA = Capacitância fase-terra dos transformadores = 0,005 F.

profe.helenchristian@gmail.com 256
X CO RESISTORES DE ATERRAMENTO
X CG   1218 
3

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


Exemplo Cálculo Resistor para um Gerador de 52 MVA – Tensão Nominal 13,8 kV:

A capacitância total por fase vale:

CO = CGER + CCS + CCXS + CTRA

CO = 0,47 + 0,25 + 0,0008 + 0,005 = 0,73 F


ENGENHARIA ELÉTRICA

Assim, para a reatância total por fase temos:

1
X CO   3654 
2  60  0,73

A reatância capacitiva no neutro do gerador (XCG) para a terra é igual à combinação em


paralelo das reatâncias para terra das três fases:

profe.helenchristian@gmail.com 257
X CO RESISTORES DE ATERRAMENTO
X CG   1218 
3

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


Exemplo Cálculo Resistor para um Gerador de 52 MVA – Tensão Nominal 13,8 kV:

Cálculo da resistência Rsec potência Pr do Resistor de aterramento:

Rn = Resistência entre o neutro do gerador e a terra

Será utilizado o maior valor de resistência possível de forma a atender a relação

Rn = XCG = 1218 Ω
ENGENHARIA ELÉTRICA

Será utilizado um transformador de distribuição de 13800 – 240 V, para aterramento do neutro


do gerador. A tensão nominal do secundário será de 240 V de modo a atender a tensão
necessária para o relé de proteção de estator a terra.

N = relação de transformação

A máxima corrente que poderá circula no secundário do transformador de aterramento, no


momento de uma falta e o curto circuito limitado apenas pelo resistor de aterramento será:

profe.helenchristian@gmail.com 258
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


Exemplo Cálculo Resistor para um Gerador de 52 MVA – Tensão Nominal 13,8 kV:

A máxima corrente que poderá circula no primário do transformador de aterramento, no


momento de uma falta e o curto circuito limitado apenas pelo resistor de aterramento será:

A tensão disponível no secundário do transformador no momento de uma falta será:


ENGENHARIA ELÉTRICA

A potência do resistor de aterramento será de:

Com tensão máxima de funcionamento contínuo de 1,05 x tensão nominal do gerador síncrono,
a máxima corrente que poderá circula no primário e no secundário do transformador de
aterramento serão:

profe.helenchristian@gmail.com 259
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


Exemplo Cálculo Resistor para um Gerador de 52 MVA – Tensão Nominal 13,8 kV:

A máxima de corrente de ressonância (soma dos vetores das correntes que circulam pelo
resistor de aterramento e pelas capacitâncias fase terra) que poderá ocorrer será:

Cálculo do Transformador de Aterramento


ENGENHARIA ELÉTRICA

Considerando que o transformador será provido de proteção para seu desligamento em caso de
falta a terra, será dimensionado para suportar a máxima corrente de falta à terra durante 2
minutos.
Duração da sobrecarga Múltiplo de KVA nominal
10 s 10,5
60 s 4,7
120 s 3,9
10 min 2,6
30 min 1,9
2h 1,4
A potência suportável do transformador (considerada para 120 segundos) será:

Então a potência nominal do transformador em regime contínuo será:

profe.helenchristian@gmail.com 260
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


Exemplo Cálculo Resistor para um Gerador de 52 MVA – Tensão Nominal 13,8 kV:

Especificação do Resistor de Aterramento:


Tensão Máxima 240 V
Corrente 376 A
Resistência Ôhmica 0,37 ohm
Potência (Contínua) 52 kW
Tempo de Duração da Carga 120 s
ENGENHARIA ELÉTRICA

Especificação do Transformador de Aterramento:

Tipo Monofásico a seco


Tensão Nominal Primária (eficaz) 13,8 kV
Tensão Nominal Secundária (eficaz) 240 V
Freqüência 60 Hz
Potência Nominal em Regime Contínuo 23 kVA
Potência Suportável para 120 Segundos 90,9 kVA
Classe de Tensão 15 kV
Tipo de Resfriamento Natural
Tipo de Meio Isolante Seco

profe.helenchristian@gmail.com 261
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


CÁLCULO DO RESISTOR PARA SISTEMAS DE MT – BAIXA IMPEDÂNCIA

EXEMPLO CÁLCULO RESISTOR PARA UM TF 53 MVA 138/13,8 kV

Dados do Transformador Elevador:


• Potência nominal: 53 MVA;
• Tensão nominal: 138-13,8 kV;
• Freqüência: 60 Hz;
• Capacitância entre fase e terra: 4170 F.
ENGENHARIA ELÉTRICA

Dados do Capacitor de Proteção contra Surtos:


• Tensão nominal: 13,8 kV;
• Freqüência: 60 Hz;
• Capacitância para terra: 0,25 F.

Dados do Transformador dos Serviços Auxiliares:


• Potência nominal: 500 kVA;
• Tensão nominal: 13,8-0,38/0,22 kV;
• Freqüência: 60 Hz;
• Capacitância entre fase e terra: 234,8 F.

A corrente capacitiva será dada pela soma de todas as capacitivas da instalação.

3
3 =

profe.helenchristian@gmail.com 262
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


CÁLCULO DO RESISTOR PARA SISTEMAS DE MT – BAIXA IMPEDÂNCIA

EXEMPLO CÁLCULO RESISTOR PARA UM TF 53 MVA 138/13,8 kV

Capacitâncias fase-terra por fase do sistema:

 CCS = Capacitância fase-terra do capacitor de proteção contra surtos = 0,25 F;


 CCXS = Capacitância fase-terra das conexões = 0,0008 F;
 CTRA = Capacitância fase-terra dos transformadores = 0,005 F.
ENGENHARIA ELÉTRICA

A capacitância total por fase vale:

CO = CCS + CCXS + CTRA

CO = 0,25 + 0,0008 + 0,005 = 0,26 F

Assim, para a reatância total por fase temos:

1
= = 10.202 Ω
2× × ×

7967
3 = = 0,78 = 3 0,78 = 2,34
10.202

profe.helenchristian@gmail.com 263
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


CÁLCULO DO RESISTOR PARA SISTEMAS DE MT – BAIXA IMPEDÂNCIA

EXEMPLO CÁLCULO RESISTOR PARA UM TF 53 MVA 138/13,8 kV

A corrente mínima do Resistor para o aterramento de baixa impedância do transformador deve


ser maior que:

IR > 3 = 2,34 A
ENGENHARIA ELÉTRICA

Conforme literatura apresentada, a corrente capacitiva para esse sistema pode ser desprezada.

Para os requisitos de proteção, o resistor deverá limitar a corrente de falta a terra para valores
que possam ser detectados:

Especifica-se o valor mínimo de corrente medida pelo TC conectado ao relé de proteção 50/51G
e estabelece o menor valor de corrente que pode ser especificado.

O valor típico para 13,8 kV é de 100 A.

Adotando a corrente de 100 A, teremos:

= = = 79,67 Ω

Esse será o valor da resistência do resistor para limitar a corrente de curto fase-terra para 100 A.

profe.helenchristian@gmail.com 264
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESTUDO DE CASO – RESISTOR DE ATERRAMENTO

QUEIMA RESISTOR DE ATERRAMENTO – FALTA A TERRA


ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 265
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 266
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 267
RESISTORES DE ATERRAMENTO

ESPECIFICAÇÃO DO RESISTOR DE ATERRAMENTO


ENGENHARIA ELÉTRICA

profe.helenchristian@gmail.com 268

Você também pode gostar