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1 – INTRODUÇÃO
O sistema de distribuição de energia elétrica no Brasil é operado por 67 empresas dentre as quais 9
estão na região norte, 11 na região nordeste, 5 na região centro-oeste, 22 na região sudeste e 17 na
região sul do país.
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2 – SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
O sistema de distribuição de energia elétrica é parte do sistema elétrico situado entre o sistema de
transmissão e a entrada de energia dos consumidores. O diagrama simplificado de um sistema de
distribuição, mostrado abaixo, apresenta a integração do sistema de distribuição com a Rede Básica, os
níveis usuais de tensão de distribuição e os agentes envolvidos do setor de energia elétrica.
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SUBESTAÇÕES
As tensões de conexão padronizadas para alta tensão (AT) e média tensão (MT) do sistema de
distribuição são: 130 kV (AT), 69 kV (AT), 34,5 kV (MT) e 13,8 kV (MT). As tensões nominais
padronizadas em baixa tensão são mostradas na Tabela abaixo.
➢ Sistema de Subtransmissão;
➢ Subestações de Distribuição;
➢ Sistema de Distribuição Primário (Alimentadores de Distribuição);
➢ Transformadores de Distribuição;
➢ Sistema de Distribuição Secundário;
➢ Ramais de ligação.
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3 – SISTEMA DE SUBTRANSMISSÃO
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4 – SUBESTAÇÕES
“Conjunto de instalações elétricas em média ou alta tensão que agrupa os equipamentos, condutores e
acessórios, destinados à proteção, medição, manobra e transformação de grandezas elétricas.” [Prodist]
As linhas que abastecem as subestações de distribuição da Coelce e consumidores classe A-3 (classe
de tensão 72,5kV) têm origem a partir das subestações 230/69kV. O subsistema elétrico suprido através
de cada uma destas subestações define uma região elétrica de operação, também denominada de
ponto de entrega ou ponto de suprimento em 69kV.
Atualmente há três pontos de entrega em 69kV em operação na Cidade de Fortaleza (Fortaleza, Delmiro
Gouveia e Pici II), um na Região Metropolitana de Fortaleza (Cauipe), um na região Norte do Estado
(Sobral II) e cinco nas regiões Centro, Centro-Oeste e Sul do Estado (Milagres, Icó, Banabuiú, Russas II
e Tauá).
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Quanto à Função:
SE de Manobra
SE de Transformação
❑ SE Elevadora
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❑ SE Abaixadora
SE de Distribuição:
❑ SE Conversoras
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Quanto ao Nível de Tensão :
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❑ Subestações Blindadas
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❑ Subestações Blindadas
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As denominadas subestações compactas utilizam gás isolante, em geral, o SF6 (hexafluoreto de
enxofre) em seus dispositivos de manobra, conferido-as um elevado grau de compactação, podendo
chegar a até 10% de uma SE convencional. Ex. Subestação de Itaipu.
O gás SF6 é um possível contribuidor para o efeito estufa (23.000 vezes maior do que o CO2 em um
período de tempo de 100 anos) e de duração de 3.200 anos, o que contribui para mudanças no clima.
Subestações Semi-Automáticas
▪ Barramentos
▪ Linhas e alimentadores
▪ Equipamentos de disjunção: disjuntores, religadores, chaves.
▪ Equipamentos de transformação: transformadores de potência, transformadores de instrumentos –
transformador de potencial e de corrente, e transformador de serviço.
▪ Equipamentos de proteção: relés (primário, retaguarda e auxiliar), fusíveis, pára-raios e malha15de
terra. Facilidade
SUBESTAÇÕES
Em uma subestação cada equipamento é identificado por um código que identifica o tipo de
equipamento, faixa de tensão, e a posição dentro da subestação.
A nomenclatura mais usual utilizada nos diagramas unifilares, em geral é constituída de quatro dígitos
XYZW. O primeiro dígito X indica o tipo de equipamento como descrito na Tabela abaixo.
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O terceiro dígito Z, Tabela abaixo, indica o tipo de equipamento, enquanto o quarto dígito W indica a
seqüência ou posição do equipamento.
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O quinto caractere é um traço de união (-). Quando existirem dois equipamentos similares na mesma
tensão de operação conectados a um terceiro equipamento estes serão identificados através do 6°
caractere. 18
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A Figura anterior apresenta parte do diagrama unifilar da SE Luiz Gonzaga, pertencente à Chesf, para
exemplificação do uso de códigos de equipamentos.
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Obs.: no caso dos geradores, o valor da tensão de geração é especificado no diagrama unifilar.
As subestações (SE) são compostas por conjuntos de elementos, com funções específicas no sistema
elétrico, denominados vãos (bays) que permitem a composição da subestação em módulos.
As SE distribuidoras, usualmente, são compostas pelos seguintes vãos: entrada de linha (EL); saída
de linha (SL); barramentos de alta e média tensão (B2 e B1); vão de transformação (TR); banco de
capacitor ou vão de regulação (BC) e saída de alimentador (AL).
Cada vão da subestação deve possuir dispositivos de proteção (relés) e equipamento de disjunção
com a finalidade de limitar os impactos proporcionados por ocorrências no sistema elétrico tais como:
descargas atmosféricas, colisão, falhas de equipamentos, curtos-circuitos, etc.
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Diagrama Simplificado de uma Subestação Típica de Distribuição.
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Em uma subestação os serviços auxiliares são de grande importância para a operação adequada e
contínua da SE. Os serviços auxiliares são do tipo:
❑ Carga:
➢ Casa de Comando
➢ Iluminação/Tomada do Pátio
➢ Retificador, etc.
❑ Carga:
É a configuração mais simples, mais fácil de operar e menos onerosa, com um único disjuntor
manobrando um único circuito. Todos os circuitos se conectam a uma mesma barra. Pode ser
também a configuração de menor confiabilidade, uma vez que uma falha no barramento provocará
a paralisação completa da subestação. A designação de singelo se dá além de uma única barra, um
único disjuntor para cada circuito. 25
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Características
Vantagens
❑ Instalações simples;
❑ Manobras simples, normalmente ligar e desligar circuitos alimentadores;
❑ Custo reduzido.
Desvantagens
❑ Baixa confiabilidade;
❑ Falha ou manutenção no barramento resulta no desligamento da subestação;
❑ Falha ou manutenção nos dispositivos do sistema requerem a desenergização das linhas ligadas a
ele;
❑ A ampliação do barramento não pode ser realizada sem a completa desenergização da
subestação; 27
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❑ Pode ser usado apenas quando cargas podem ser interrompidas ou se tem outras fontes durante
uma interrupção;
❑ A manutenção de disjuntor de alimentadores interrompe totalmente o fornecimento de energia para
os consumidores correspondentes.
É indicado para instalações consumidoras com grupos de carga essenciais e não prioritárias.
Características
❑ Indicado para instalações consumidoras que requerem alta confiabilidade para cargas
essenciais;
❑ Aceitam desligamentos rotineiros para cargas não essenciais;
❑ Encontradas nas subestações consumidoras do tipo hospital, hotel e muitos tipos de indústria.
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Vantagens
❑ Indicado para instalações consumidoras que requerem alta confiabilidade para cargas
essenciais;
❑ Aceitam desligamentos rotineiros para cargas não essenciais;
❑ Encontradas nas subestações consumidoras do tipo hospital, hotel e muitos tipos de indústria.
Desvantagens
O arranjo de barramento simples com disjuntor de junção ou barra seccionada consiste essencialmente
em seccionar o barramento para evitar que uma falha provoque a sua completa paralisação, de
forma a isolar apenas o elemento com falha da subestação. Quando está sendo feita a manutenção em
um disjuntor o circuito fica desligado.
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Características
Vantagens
Desvantagem
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5.4 - Barramento Principal e de Transferência
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Em condições normais de funcionamento, o vão de entrada de linha supre a barra principal através do
disjuntor principal e das chaves seccionadoras associadas a este disjuntor, que se encontram
normalmente fechadas. Existe mais uma chave associada ao disjuntor de entrada de linha que é a de
“by-pass” que se encontra normalmente aberta.
A transferência da proteção do disjuntor principal do vão para o disjuntor de transferência pode ser
realizada através de uma função da transferência da proteção (função 43) ou através de mudança
no ajuste do relé associado ao disjuntor de transferência
Vantagens
Desvantagens
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❑ Requer um disjuntor extra para conexão com a outra barra.
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Arranjo para instalações de grande porte e importância. A manutenção é feita sem a perda dos
circuitos de linha de saída. Cada linha pode ser conectada a qualquer barra.
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Vantagens
Desvantagens
Cada circuito é protegido por dois disjuntores separados. Isto significa que a operação de qualquer
disjuntor não afetará mais de um circuito.
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Este tipo de arranjo tem um alto nível de confiabilidade, mas é mais caro sua construção. A SE é
suprida por linhas de subtransmissão que alimentam a SE através de transformador com disjuntor de
alta tensão. Há duas barras nesse arranjo de SE. O alimentador pode ser suprido por qualquer uma das
barras. A barra principal é energizada durante operação normal e a barra de reserva é usada durante
situações de manutenção e emergência. Se uma falta ocorre na barra principal, o disjuntor do lado de
baixa tensão do transformador operará desenergizando a barra. O disjuntor normalmente fechado do
alimentador primário ligado à barra principal é então manualmente aberto pela equipe de campo.
Subsequentemente o suprimento é transferido para a barra reserva pelo fechamento do disjuntor
alternativo do lado de baixa tensão do transformador e o correspondente disjuntor do alimentador
primário. O serviço é interrompido durante o tempo em que é realizada a manobra manual.
Características
Vantagens
❑ Qualquer uma das barras pode ser retirada de serviço a qualquer tempo para manutenção
sem retirada de circuitos de serviço.
Desvantagens
❑ Alto custo.
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A vantagem deste esquema é que qualquer disjuntor ou qualquer uma das duas barras pode ser
colocado fora de operação sem interrupção do fornecimento. Para uma melhor compreensão da
configuração de disjuntor e meio, imagine um circuito de entrada e um circuito de saída em que duas
barras estão presentes, à semelhança da configuração anterior – barramento duplo. A fim de garantir
uma confiabilidade maior para o sistema, seriam necessários quatro disjuntores para dois circuitos com
duas barras quando a configuração disjuntor e ½ não for adotada.
Características
Vantagens
Barramento que forma um circuito fechado por meio de dispositivos de manobras. Este esquema
também seciona o barramento, com menos um disjuntor, se comparada com a configuração de
barramento simples seccionado. O custo é aproximadamente o mesmo que a de barramento simples e é
mais confiável, embora sua operação seja mais complicada. Cada equipamento (linha, alimentador,
transformador) é alimentado por dois disjuntores separados. Em caso de falha, somente o
segmento em que a falha ocorre ficara isolado. A desvantagem é que se um disjuntor estiver
desligado para fins de
manutenção, o anel estará aberto, e o restante do barramento e os disjuntores alternativos
deverão ser projetados para transportar toda a carga. Cada circuito de saída tem dois caminhos
de alimentação, o tornado mais flexível.
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Vantagens
❑ Flexibilidade na manutenção dos disjuntores, podendo qualquer disjuntor ser removido para
manutenção sem interrupção da carga;
❑ Necessita apenas um disjuntor por circuito;
❑ Não utiliza conceito de barra principal;
❑ Grande confiabilidade.
Desvantagens
❑ Se uma falta ocorre durante a manutenção de um disjuntor o anel pode ser separado em duas
seções;
❑ Religamento automático e circuitos de proteção são relativamente complexos.
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Dispositivos de manobra são os principais elementos de segurança bem como os mais eficientes e
complexos aparelhos de manobra em uso nas redes elétricas.
Possuem uma capacidade de fechamento e de ruptura que deve atender a todos os requisitos
preestabelecidos de manobra sob todas as condições normais e anormais de operação.
Além dos estados estacionários de fechado (ou ligado) e ou aberto (desligado) definem-se ambos
os estados de transição de manobra de fechamento ou ligamento e manobra de abertura ou
desligamento, manobras essas responsáveis pela formação de arco elétrico.
No estado fechado ou ligado o disjuntor deve suportar a corrente nominal da linha sem que
venha a se aquecer além dos limites permissíveis. No estado aberto ou desligado a distância de
isolamento entre contatos deve suportar a tensão de operação (diferença de potencial), bem
como sobre tensões internas, devido a surto de manobras ou descargas atmosféricas.
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Quando da manobra de fechamento, o disjuntor de potência deve também, no caso de um curto-circuito,
atingir de maneira correta a sua posição fechada e conduzir e suportar a corrente de curto-circuito.
Quando da manobra de abertura, o disjuntor deve atender a todos os casos de manobra possíveis
da rede onde está instalado.
Um disjuntor moderno está em condições de interromper a corrente, sob todas estas condições, com
um tempo de duração do arco voltaico de 5 a 20ms. Convém lembrar que os disjuntores,
freqüentemente permanecem meses e meses no estado estacionário ligado, conduzindo a
corrente nominal sob condições climáticas das mais variadas.
Após todo esse tempo de inatividade operacional mecânica, devem estar pronto para interromper
uma corrente de curto-circuito, sem o menor desvio das especificações, pois, qualquer falha de
manobra resultaria em incalculáveis danos materiais e eventualmente, pessoais.
Processo de Interrupção
A resistência entre eles é resultado, entre outros fatores, da pressão mútua entre ambos. Com a
diminuição da pressão, aumenta a resistência. No instante da separação dos contatos a pressão
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é praticamente nula e a resistência é correspondentemente alta.
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A corrente deve passar através das minúsculas superfícies de contato formadas. pelas últimas
irregularidades superficiais a se tocarem, concentrando como decorrência, enormes quantidades
de calor, elevando assim, a temperatura dos contatos.
Estas altas temperaturas concentradas nas peças dos contatos, produzem uma termoemissão de
elétrons à partir do contato negativo ou catodo, iniciando-se assim, o processo de ionização, pelo qual
irá se formar o arco voltaico e conseqüentemente, passagem da corrente nos contatos agora
separados.
Os elétrons assim emitidos são influenciados pelo campo elétrico atuante na distância entre os
contatos já separados, acelerando-se e ionizando por choques com moléculas ou átomos do gás.
A corrente do arco voltaico é constituída assim, por elétrons que saem do catodo dirigindo-se
para o anodo. No caso de corrente alternada, este processo muda evidentemente de sentido a
cada meia onda.
A descarga do arco é iniciada quando a tensão sobre a distância entre os contatos e o grau de
ionização da mesma, forem suficientemente grandes.
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Desionização
Pode-se dizer que a interrupção de circuitos de corrente alternada significa extinguir um arco
instável em um meio onde a taxa de desionização é maior que a taxa de ionização. A desionização
ao longo da trajetória do arco, aumenta a cada meio ciclo de corrente até que seu grau atinja um
determinado estágio em que o arco possa ser extinto na próxima passagem da corrente pelo zero.
O meio mais eficaz de desionização da zona do arco num disjuntor é a substituição do gás
ionizado por novas quantidades de gás desionizado, geralmente através de um sopro produzido
por um dispositivo adequado. Enquanto a ionização ou o grau de concentração de íons não é
uniforme, as cargas elétricas tendem a fluir das regiões de alta para as regiões de baixa concentração
de íons.
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Este efeito de difusão pode resultar numa rápida desionização da zona do arco, quando o gás nesta
zona estiver em estado de agitação. A temperatura é outro fator importantíssimo para a
desionização, pois, a temperatura de um gás é inversamente proporcional ao quadrado de sua
velocidade molecular.
Nas temperaturas do arco, as velocidades moleculares são tão altas, que os choques entre as
moléculas e entre os átomos ocasionam a sua decomposição em íons e elétrons, processo este
chamado de ionização por choque.
De uma maneira inversa, o resfriamento contribui para a desionização da zona do arco. Note-se
que, quando injetamos gás desionizado sobre o arco num disjuntor, usamos na realidade,
automaticamente, os processos acima descritos, ou seja, aumentamos a turbulência e
diminuímos a temperatura.
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No instante da separação dos contatos, o gradiente de potencial que existe entre eles dará
origem ao arco elétrico quando a tensão for maior do que a rigidez dielétrica do óleo que invade
o espaço entre contatos.
Os elétrons livres colidirão com moléculas de óleo provocando o aparecimento de mais íons e a
liberação de mais elétrons. Os elétrons se movimentam devido ao potencial acelerador existente e o seu
fluxo constitui a chamada corrente do arco.
Como a tensão entre os contatos é de natureza cíclica, na parte ascendente do ciclo os elétrons são
acelerados e a corrente se intensifica, e na parte descendente do ciclo, os elétrons são desacelerados e
a recombinação dos elétrons com os íons aumenta. A ionização do espaço entre contatos, é
produzida pelo calor e pelo potencial elétrico.
Dentre os fatores que contribuem para a desionização daquele espaço, contam-se o resfriamento
da bolha de gás que se forma, a remoção do gás ionizado por meios intencionais adequados ou
por turbulência, a recombinação de elétrons com íons e a dispersão de elétrons no óleo.
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O óleo mineral isolante é formado, principalmente, por moléculas de hidrocarbonetos, sob a ação
do arco elétrico de potência elevada, cuja temperatura pode atingir valores acima de 1.0000C. O
óleo se decompõe formando uma mistura de gases cuja composição é variável, admitindo-se que
a mais provável seja: hidrogênio 70%, acetileno 20 a 24%, metano, etileno e outros gases, 5 a
10%.
Com a decomposição do óleo, além dos gases, formam-se partículas de carbono que podem
permanecer em suspensão por tempo prolongado ou sedimentar em alguns dias, conforme as
características do óleo.
Quanto mais baixa a temperatura do óleo, maior a sua viscosidade e maior será a quantidade de
partículas que se formarão.
Portanto, o arco deve ser resfriado, desionizado, alongado e fracionado para que, quando o valor
instantâneo da corrente a ser interrompida estiver próximo ao zero natural, ela possa ser
interrompida.
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SUBESTAÇÕES
Nos disjuntores a ar, os contatos principais estão envolvidos pelo ar atmosférico. Quando na
operação de abertura, os contatos se afastam entre si e surge o arco elétrico, porque a tensão
entre eles é maior do que a rigidez dielétrica do ar que ocupa o espaço que ficou entre eles.
Devido à ação do arco sobre os átomos dos gases do ar atmosférico, formam-se íons e elétrons
livres, isto é, há a sua ionização.
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Na região bem próxima do eixo do arco, onde a temperatura é muito elevada, a condutibilidade térmica
o gás é baixa e a dissipação do calor se fará obedecendo a um gradiente muito acentuado de
temperatura.
Como conseqüência, a sua condutibilidade elétrica se torna praticamente inexistente, uma vez
que o gás SF6, por ser eletronegativo, tem grande facilidade em absorver elétrons livres.
Conclui-se que, quando o valor instantâneo da corrente elétrica estiver bem próxima do seu zero, o arco
fica reduzido a uma fina coluna cilíndrica com elevada temperatura, ao redor da qual existirá uma massa
gasosa não condutora de eletricidade e cuja temperatura é relativamente baixa.
Neste ponto, a rigidez dielétrica do gás no espaço entre contatos se recupera rapidamente, o arco se
extingue e as tensões de restabelecimento com taxas elevadas de crescimento que venham a surgir,
não terão possibilidade de ocasionar o reacendimento do arco.
Num interruptor a vácuo, no instante em que os contatos iniciam a sua separação com corrente elétrica,
formam-se arcos que têm a tendência de ficar contraídos devido à ação de fortes campos magnéticos
produzidos pela corrente. 56
SUBESTAÇÕES
A elevada temperatura dos focos em que os arcos se originam, causa a emissão de metal dos contatos
em estado líquido, estabelecendo-se pontes metálicas pelas quais passa a corrente elétrica.
Correntes de intensidade mais elevadas somente poderão ser interrompidas se o arco for fracionado e
esfriado por meio de contatos com forma geométrica adequada.
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