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REDE DE DISTRISTRIBUIÇÃO

Introdução
A energia elétrica é um pouco como o ar que respiramos - você não pensa sobre ela até
ficar sem. A energia apenas está "lá", satisfazendo cada uma de suas necessidades
constantemente. Você a usa para, aquecimento, esfriamento, cozimento, refrigeração,
iluminação, som, computador... Sem ela, a vida pode ficar meio desconfortável.
A energia viaja desde a usina elétrica até sua casa por um sistema incrível chamado,
rede de distribuição de energia.

A rede elétrica - se você vive em um subúrbio ou em uma zona rural, pode ser que ela
esteja ao ar livre, para todos verem. Ela está tão a vista que você provavelmente nem a
percebe mais. Seu cérebro provavelmente ignora todos os cabos de eletricidade porque
são vistos com freqüência. Nesta apostila, vamos ver todo o equipamento que traz a
energia elétrica até sua casa. Da próxima vez que você olhar para uma rede elétrica,
você vai realmente vê-la e entender o que está acontecendo.

A usina elétrica
A energia elétrica é gerada na usina elétrica. Em quase todos os casos, a usina elétrica
consiste de um gerador elétrico rotativo. Algo tem que acionar esse gerador - pode ser
uma turbina hidráulica em uma represa hidrelétrica, um grande motor a diesel ou uma
turbina a gás. Nos Estados Unidos, na maioria dos casos o gerador é acionado por uma
turbina a vapor. O vapor pode ser obtido pela queima de carvão, óleo ou gás natural. O
vapor pode vir também de um reator nuclear como este, na usina elétrica nuclear
Shearon Harris, próximo a Raleigh, na Carolina do Norte:

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Não importa o que os aciona, geradores elétricos comerciais de qualquer tamanho
geram o que é chamado de energia trifásica CA.

Geração de Energia Elétrica

Na geração de energia elétrica uma tensão alternada é produzida, a qual é expressa por
uma onda senoidal, com freqüência fixa e amplitude que varia conforme a modalidade
do atendimento em baixa, média ou alta tensão. Essa onda senoidal propaga-se pelo
sistema elétrico mantendo a freqüência constante e modificando a amplitude à medida
que trafegue por transformadores. Os consumidores conectam-se ao sistema elétrico e
recebem o produto e o serviço de energia elétrica.

Redes de Distribuição

As redes de distribuição alimentam consumidores industriais de médio e pequeno porte,


consumidores comerciais e de serviços e consumidores residenciais.

As tensões de conexão padronizadas para AT e MT são: 138 kV (AT), 69 kV (AT), 34,5


kV (MT) e 13,8 kV (MT). O setor terciário, tais como hospitais, edifícios
administrativos, pequenas indústrias, etc, são os principais usuários da rede MT.

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A rede BT representa o nível final na estrutura de um sistema de potência. Um grande
número de consumidores, setor residencial, é atendido pelas redes em BT. Tais redes
são em geral operadas manualmente.

A rede de distribuição engloba as redes aéreas, subterrâneas, medição e proteção. É de


responsabilidade das Concessionárias de Energia, que no Estado do Rio, está a cargo da
LIGHT e AMPLA.

As redes de distribuição também podem ser divididas como segue:

Rede Primária
A rede primária consiste em um conjunto de linhas elétricas com equipamentos e
materiais destinados à distribuição de energia elétrica em média tensão.

As tensões nominais são 13.8 KV e 34,5 KV.


Os arranjos mais comuns são:

a) Radial
 sem recurso (aéreo o subterrâneo)
 com recurso ( aéreo ou subterrâneo)

b) Anel
O alimentador sai da subestação e forma um anel na área de carga, retornando à
subestação.
 Aéreo e subterrâneo

Radial simples

São aqueles circuitos em que o fluxo de potencia tem um único trajeto. Apresenta baixa
confiabilidade.

SE

Radial com recurso

É um radial simples com equipamentos de manobra. Utilizado em áreas com grande


densidade de carga ou que necessitem de maior grau de confiabilidade, tais como,
hospitais, centro de computação, etc.

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NF
SE

NA

NF

As partes componentes de um circuito primário são o tronco alimentador e o ramal


alimentador.
Tronco Alimentador
Saem do pórtico da subestação com cabos de bitolas que absorvem todas as cargas dos
transformadores.
Ramal Alimentador
Derivam do tronco alimentador, e sempre que possível em parlelo um em relação ao
outro. Na saída do tronco o ramal deve possuir chaves de operação para sua manobra

Chaves de Operação
As chaves seccionadoras de operação são destinadas a abrir e fechar circuitos da rede
primária em operações de manobra. As seccionadoras do tipo chave fusível estão
localizadas nas derivações dos alimentadores primários, nas ligações dos consumidores
de alta tensão e em todos os trafos de distribuição.
Estão instaladas em postes de 12m com abertura para o lado da SE.

Fonte (SE)

Carga Cartucho (Elo Fusível)

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Consumidores em AT.
Todo consumidor com demanda superior a 76 KVA (200 A) será ligado em AT e
deverá ter trafos próprios, montados em poste ou cabine.

Rede Secundária
A rede secundária ou rede de baixa tensão é energizada pelo secundário dos trafos de
distribuição que alimentam os consumidores em BT e as luminárias instaladas nos
postes.
As tensões nominais secundárias padronizadas são para 4 fios: 220/127 V, 380/220 V, e
para 2 ou 3 fios: 254/127 V, 440/220 V.

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Legenda dos condutores
CA – condutor de alumínio simples
CAA – condutor de alumínio com alma de aço
CU – condutor de cobre
Os condutores de alumínio simples (CA) são utilizados para vãos de até 40m, se for
rede secundária, e 80m para rede primária.
Os condutores de alumínio com alma de aço (CAA) são utilizados na rede rural ou em
redes primárias que exigem vãos maiores que os normais.
Os condutores de cobre (CU) são utilizados somente nas redes terminais.

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Ramal de ligação
É o conjunto de condutores e acessórios necessários para a ligação de um consumidor

Arranjos da Rede secundária.


Os arranjos mais comuns são:

a) Radial (aéreo ou subterrâneo)


b) Secundário em bancos
c) Reticulados ou network (subterrâneo)
d) Spot network (subterrâneo)

Rede secundária radial

É o sistema mais utilizado, principalmente em áreas residenciais, comerciais leves,


industriais leves e rurais, devido à sua simplicidade de operação e seu baixo custo.

Rede Secundária em bancos

Na rede secundária em bancos, os transformadores de distribuição estão ligados em


paralelo no mesmo alimentador primário. Este sistema é extensamente utilizado em
áreas residenciais e comerciais leves, onde são necessários vários transformadores de
distribuição próximo uns dos outros.

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Rede Secundária Reticulada

Na sua forma convencional, a rede reticulada consiste em circuitos de baixa tensão


interligados em forma de malha.

A rede reticulada possui as segintes caracteristicas:

1) Possui 2 o mais alimentadores primários radiais e secundários em malha;


2) É o sistema de distribição que apresenta o maior grau de confiabilidade;
3) É utilizado em áreas de densidade de carga superior a 30 kVA / km2.

O sistema de alimentadores primários múltiplos, cada um servindo a mais de um


transformador de distribição é projetado para fornecer energia sem interrupção, exceto
nos casos de falha no barramento ou na linha de transmissão. Observe que em caso de
falha em um dos transformadores, os outros alimentadores suprirão a energia necessária
aos consumidores.

Rede “Spot-network”

Este tipo de rede é utilizado para alimentar pequenos trechos com grande densidade de
carga. É em linhas gerais um pequeno reticulado secundário.

Uma rede reticulada pode ser iniciada com a instalação de alguns “spot-network”,
alimentando cargas concentradas distantes entre si.

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A grande vantagem da rede “spot-network” é a economia que se obtém com a utilização
de tensões secundárias mais altas para a alimentação de grandes edifícios residenciais
ou comerciais.

As principais características deste sistema são:

1) São grupos de 2 ou mais transformadores conectados a alimentadores primários,


radiais, distintos;
2) Os secundários dos transformadores alimentam m barramento;
3) Características de projeto, equipamento e operação similares ao reticulado;
4) Utilizado para alimentar cargas extremamente elevadas em substituição ao
reticulado;
5) O sistema foi desenvolvido devido à necessidade de tensões mais elevadas para
cargas concentradas.

Posteamento

É um conjunto de postes que sustentam os equipamentos e cabos de uma rede de


distribuição aérea. São usados postes de concreto armado do tipo circular e seção duplo
T.

Os postes básicos são de 9m, 10,5m e 12m de comprimento e conforme sua altura são
utilizados conforme abaixo:

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Engastamento

É a região do poste encoberta pelo solo. A ABNT definiu por meio da taxa de trabalho
do solo que o poste deverá ser engastado num comprimento “C”, onde:

C= (L/10)+0,6 m, sendo L o comprimento total do poste.

Transformadores e estais

Os transformadores serão dimensionados para atender a evolução das cargas previstas,


no mínimo, até o quinto ano.

Os mais utilizados são: 15, 30, 45, 75, 112,5, 150 e 225 kVA. Os de 45 e 75 kVA são
utilizados para reforços e ampliações de redes secundárias. Os de 112,5 kVA são
utilizados para melhoria ou reformas da rede secundária e os de 150 kVA são utilizados
para edifícios de uso coletivo. Os trafos de 15 e 30 kVA são utilizados para
consumidores isolados da rede rural.

Os estais são utilizados no poste para anular o esforço mecânico provocado pela tração
dos cabos da rede em estruturas de fim de curso.

Para-raios

São colocados nos postes inclinados em relação à linha e para o lado da pista de
rolamento. Podem estar fixados nos trafos.

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Legislação Básica

A legislação básica do setor elétrico se formou ao longo de quase 70 anos de história. É


uma soma de artigos da Constituição, leis complementares e ordinárias, decretos,
portarias interministeriais, portarias do Ministério de Minas e Energia e do extinto
Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE), resoluções da ANEEL,
conjuntas e CONAMA. Os marcos da modernização deste segmento, quando esgota o
papel do Estado investidor, são a Lei de Concessões de Serviços Públicos, de fevereiro
de 1995 e Lei 9.427/1996, que trata da criação da ANEEL.
Inclui os atos legislativos atualizados diariamente e suas eventuais alterações,
republicações, retificações, inclusões e revogações, efetivadas pelo Centro de
Documentação.

Resoluções Normativas

Regularmente a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL emite e publica no


Diário Oficial da União resoluções voltadas as atividades do setor de energia elétrica.
Estas resoluções são numeradas seqüencialmente por ano e tem caráter normativo, pois,
são atos regulamentares de alcance ou interesse geral, voltados às atividades do setor
elétrico e têm por objeto o estabelecimento de diretrizes, obrigações, encargos,
condições, limites, regras, procedimentos, requisitos ou quaisquer direitos e deveres dos
agentes e usuários desse serviço público.
Nesta página serão indicadas apenas as resoluções de caráter normativo, as demais
poderão ser encontradas na Biblioteca Virtual.

Normas de Organização da ANEEL

São procedimentos gerais que fixam padrões reguladores visando a garantir o


funcionamento, a ordem dos trabalhos e os processos da Diretoria da ANEEL, nas
matérias relativas à regulação e à fiscalização dos serviços e instalações de energia
elétrica; gestão e acompanhamento das atividades descentralizadas da Agência; política
de gestão de documentos de arquivo; política de segurança da informação; Reuniões
Deliberativas Públicas da Diretoria etc.

Estudo de Carga
Introdução
Os estudos de um sistema de distribuição e seu planejamento permitem ao engenheiro
alguma liberdade na seleção de fatores a esse sistema de distribuidor. No entanto, o
fator mais importante no planejamento de um sistema distribuidor são os diferentes
tipos de carga a serem alimentadas pelo sistema. Entre os principais tipos de cargas
temos: industrial, residencial, comercial, iluminação pública etc.

O conhecimento e a previsão destas cargas são imprescindíveis ao planejamento e


operação dos sistemas de distribuição.

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Conceito de Carga
Carga está relacionada a potencia absorvida por equipamentos elétricos, portanto
denominaremos carga a todo dispositivo e/ou sistema que absorve energia elétrica.

Classificação de cargas
Das várias maneiras possíveis de classificarmos as cargas, destacamos:

a) Pela localização geográfica – podem estar nas cidades ou nas zonas rurais.
b) Pela dependência de energia elétrica – leva-se em consideração os prejuízos
causados pela interrupção no fornecimento da energia elétrica.
c) Pelo ciclo de trabalho – são classificadas como transitórias cíclicas, acíclicas ou
normais.
d) Pelo tamanho – grande, média e pequena.
e) Pela rentabilidade – as cargas mais elevadas produzem mais receita para os
sistemas distribuidores fazendo com que haja maior rentabilidade, tem portanto,
maior prioridade.
f) Pela tarifação – esta classificação é a que melhor indica a natureza da carga
sendo a mais utilizada nos estudos de distribuição de energia elétrica. São
distribuídas nas seguintes classes:
 Residencial
 Industrial
 Comercial
 Rural
 Iluminação pública
 Serviços públicos
 Consumo próprio

Aplicação dos Conceitos

Curva de carga
As cargas variam ao longo de um dia de acordo com os usos e hábitos dos
consumidores. Estas variações podem ser representadas graficamente no intervalo
diário.

Demanda (D)
É a potência, em kVA ou em kW, requisitada por determinada carga instalada. .

Demanda máxima (Dmax)


É a maior de todas as demandas registradas ou ocorridas durante um período de tempo
definido (um dia, uma semana, um ano etc.).

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Demanda mínima

A demanda minima é a menor de todas demandas que ocorreu durante um período.

Exemplo 1

Um consumidor tem uma carga que tem as seguintes características: no período de 0h a


5h absorve uma potencia constante de 10 kW; entre5h e 7h, absorve uma potencia
constante de 20 kW; de 7h às 12h absorve uma potencia de120 kW; de 12h às 14h
absorve 20 kW; de 14h às 17h absorve 120 kW; de17h às 24h absorve 20 kW. Pede-se:

a) A curva de carga diária


b) A demanda máxima
c) A demanda mínima
d) A demanda diária

a)

b) 120 kW

c) 10 kW

d) (5x10k) + (2x20k) + (5x120k) +(2x20k) + (3x120k) + (7x20k) / 24 = 1230/24 =


51,25 kW

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Demanda diversificada (Dd)

É a contribuição de um consumidor para a demanda máxima do grupo a que pertence e


que está alimentado pela mesma fonte de energia elétrica.

Ddiv = (∑ Di (ta)) / n onde: Ddiv – demanda diversificada do conjunto no instante ta


Di(ta) – demanda da carga i no instante ta
n – n° de cargas
Exemplo 2:

Um sistema de potencia alimenta uma pequena cidade que tem cargas industriais,
residenciais, comerciais e iluminação pública. A potencia absorvida por cada uma delas
está indicada na tabela abaixo:

Pede-se:
a) A demanda individual diária
b) A demanda diária do conjunto
c) As demandas máximas individuais
d) A demanda máxima do conjunto
e) A demanda diversificada máxima
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Ind 200 20 200 30 300 45 600 850 95 950 98 400 450 78 960 99 950 75 700 600 50 500 20 200
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
res 120 12 120 12 180 20 300 450 50 350 45 300 350 30 400 38 450 50 900 950 89 900 60 250
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Co 90 90 90 90 90 12 180 250 25 250 35 380 300 30 400 38 450 70 750 650 50 300 30 250
m 0 0 0 0 0 0 0 0
Ilu 50 50 50 50 50 - - - - - - - - - - - - 50 50 50 50 50 50 50
∑ 460 46 460 56 620 77 108 155 17 155 17 108 110 13 176 17 185 20 240 225 19 175 11 750
0 0 0 0 0 00 0 80 0 0 80 0 50 0 00 0 0 40 0 50

a)

Dind = (200x5) + (300x2) + (450x2) + (600x2) + 850 + (950x3) + 980 + 400 + 780 +
960 + 990 + 750 + 700 + (500x2) /24 = 13960 /24 = 581,66 kW

Dres = (120x4) + 180 + 200 + (300x3) + (450x3) + (500x2) + (350x2) + 400 + 380 +
(900x2) + 950 + 890 + 600 + 250 / 24 = 10080 / 24 = 420 kW

Dcom = (90x5) + 120 + 180 + (250x4) + 350 + (380x2) + (300x4) + 400 + 450 + 700 +
750 + 650 + 500 / 24 = 7510 / 24 = 312,92 kW

Dilu = (50x12) / 24 = 25 kW

b) 581,66 + 420 + 312,92 + 25 = 1339,58 ≈ 1340 kW

c) Dind = 990 kW, Dres = 950 kW, Dcom = 750 kW, Dilu = 50 kW

d) 2400 kW

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e) Ddiv = 2400 / 4 = 600 kW (19h)

Fator de Demanda

Fator de demanda num intervalo de tempo t de um sistema, parte do sistema ou de uma


carga, é a relação entre a sua demanda no intervalo de tempo considerado e a potencia
instalada.

Fd = D (kW) / Pot inst.(kW)

Exemplo 3:

Determinar o Fator de demanda do exemplo 1 sabendo-se que a potencia instalada é de


150 kW.

Fd = 51,25 / 150 = 0,342 = 34,2%

Exemplo 4:

As potencias instaladas das cargas do exemplo 2 estão tabeladas abaixo. Pede-se:

a) O fator de demanda individual


b) O fator de demanda do conjunto

Industrial 1500 kW
Residencial 1200 kW
Comercial 900 kW
Ilum. Pública 50 kW

a)

Fd1 = 581,7 / 1500 = 38,8%

Fd2 = 420 / 1200 = 35%

Fd3 = 312,92 / 900 = 34,8%

Fd4 = 25 / 50 = 50% b) FdT = 1340 / 3650 = 36,7%

Fator de Diversidade (Fdi)


É a relação entre a soma das demandas máximas individuais de um determinado grupo
de consumidores e a demanda máxima real total desse mesmo grupo. É, também, a
relação entre a demanda máxima de um consumidor e a sua demanda diversificada.

Fdi = Dmax individual/ Dd

Fator de Coincidência (Fc)


É o inverso do fator de diversidade:

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Fc = 1/ Fdi
Fator de utilização
Verifica qual o transformador mais adequado a instalação.

FU = DMax / Pot. do trafo

Exemplo 1:
Tenho 3 consumidores solicitando cada um 30 KW, 20 KW e 20 KW. Qual o
transformador que atende a alimentação dos 3 consumidores, o 75 KVA, o 100 KVA ou
o 112,5 KVA.

Se considerarmos o Fp=1, FU = (30+20+20)K / 75K = 0,93 ou 93%


FU = 70K / 100K = 0,70 ou 70%
FU = 70K / 112,5K = 0,62 ou 62%

Se considerarmos o Fp = 0,9 para o consumidor de 30KW e Fp = 0,6 para os outros,


teremos:
30KW / 0,9 = 33,33 KVA
20KW / 0,6 = 33,33 KVA logo:

DMax = 33,3333 +33,3333+33,3333 = 100KVA

Portanto o Fator de Utilização para o Trafo de 100 KVA – 100%


para o trafo de 75 KVA – 133% ( sobrecarga )
para o trafo de 112,5 KVA – 88%
Fator de carga

É a relação entre a demanda média obtida com base no consumo e a demanda máxima
de potência durante um período de tempo. Ex.: período de um ano,

FC = Dmédia / Dmáx = C / 8760 x Dmáx (anual)


onde:
C = consumo anual em kWh;
Dmax = demanda máxima anual kW;
8760 = n.º de horas do ano (com 365 dias).

É a razão entre a demanda média, e a demanda máxima da unidade consumidora,


ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado.

FC = Dmédia / Dmáx

Exemplo 4:

Do exemplo 2 pede-se:

a) O fator de carga individual no período de 12 às 18h.


b) O fator de carga do conjunto no horário comercial (8 às17h)
c) O fator de carga diário individual
d) O fator de carga diário do conjunto

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a)

Dmed ind = 400 + 450 + 780 + 960 + 990 + 950 + 750 / 7 = 754,29
FC = 754,29 / 990 = 0,762

Dmed res = 300 + 350 + 300 + 400 + 380 + 450 + 500 / 7 = 382,86

FC = 382,86 / 500 = 0,766

Dmed com = 380 + 300 + 300 + 400 + 380 + 450 + 700 / 7 = 415,7

FC = 415,7 / 700 = 0,594

b)

Dmed cj = 1550 + 1700 + 1550 + 1780 + 1080 + 1100 + 1380 + 1760 + 1750 + 1850 / 10
=15500 / 10 = 1550 FC = 1550 / 1850 = 0,838

c)

FCi = 581,66 / 990 = 0,588 FCr = 420 / 950 = 0,442

FCc = 312,92 / 750 = 0,417 FCil = 25 / 50 = 0,5

d)

FCcj = 1340 / 2400 = 0,558

Como Energia = Demanda média x tempo, então Demanda média = Energia / tempo.
Aplicando na fórmula de Fator de carga podemos calcular como segue:

FC = kWh / (kW x T)
Sendo:
kWh – energia
kW – Demanda máxima
T – tempo

O fator de carga mais utilizado é o mensal e a demanda é a máxima registrada por


medição no mês considerado. O período de tempo é de 730 horas, que corresponde ao
n° de horas de um mês médio, ou seja, 8760 horas anuais divididos por 12 meses.

Exemplo 5:

Uma empresa, num determinado mês consumiu 109.500 kWh e registrou uma demanda
máxima medida de 300 kW. Qual o FC de carga do mês?

FC = 109.500 / 300 x 730 = 0,50

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Melhoramento do Fator de Carga

Algumas medidas podem ser tomadas para melhorar o fator de carga.

 Relacionar toda carga instalada e anotar os respectivos horários de


funcionamento
 Selecionar as cargas que possam ser operadas fora do período de demanda
máxima
 Reprogramar o período de funcionamento das cargas passíveis de deslocamento
 Evitar partidas simultâneas de motores que iniciam operação com carga

Exemplo 6:

Equipamentos 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Freza
Torno
Forno 1
Furadeira
Plaina
Prensas
Forno 2
Torno Aux.
Ilminação
Total kW 27 27 27 27 8 44 44 44 41 32

Com a reprogramação de carga vem:

Forno 1
Forno 2
Total kW 35 35 35 32 8 36 36 36 36 32
Nota-se que com a reprogramação a demanda máxima caiu de 44 kW para 36 kW.

Tarifação
Sistema Tarifário
Em estudos realizados nos anos oitenta, foi constatado que o perfil de comportamento
do consumo ao longo do dia encontra-se vinculado aos hábitos do consumidor e às
características próprias do mercado de cada região. Foi também caracterizado que o
sistema elétrico brasileiro, em quase sua totalidade, possui geração por meio de
hidroelétricas. Portanto, o maior potencial de geração concentra-se no período chuvoso.
Baseando-se nestas características originou-se, em 1982, a nova Estrutura Tarifaria
Horo-sazonal. Em que as tarifas tem valores diferenciados segundo: horários do dia e
períodos do ano, conforme descrito abaixo:

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1) Divisão do Dia
• Horário de Ponta - Corresponde ao intervalo de 3 horas consecutivas, ajustado de
comum acordo entre a concessionária e o cliente, situado no período compreendido
entre as 17:30h e 20:30h e durante o horário de verão e das 18:30h à 21:30h.

• Horário Fora de Ponta - Corresponde às horas complementares ao horário de ponta.

Tipos de Tarifas

As tarifas de energia elétrica são dividas em monômias – de baixa tensão – e binômias,


que incluem as tarifas convencionais e horárias, incluindo a Verde e a Azul. A tarifa
monômia é a tarifa de fornecimento de energia elétrica composta por preços aplicáveis
unicamente ao consumo de energia elétrica ativa. Já a tarifa binômia é a estrutura tarifária
composta por preços aplicáveis ao consumo de energia elétrica ativa e à demanda
faturável.

 Tarifa Convencional – Pode ser aplicada para o fornecimento de tensão inferior a


69 kV e demanda menor que 300 kW. Oferece tarifa única para consumo de
energia elétrica e demanda de potência, independentemente das horas de
utilização do dia e dos períodos do ano. Ideal para clientes com dificuldades em
controlar o consumo e demanda no horário de ponta. (extinta)

 Tarifas Horárias – As tarifas horárias são caracterizadas pela aplicação de tarifas


diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência de acordo
com as horas de utilização do dia e dos períodos do ano e se dividem em dois
tipos: a Verde e a Azul.

o Tarifa Verde – Opcional para fornecimento de tensão inferior a 69 kV, é


composta por quatro valores diferenciados que variam de acordo com o
horário do dia (ponta ou fora de ponta), época do ano (seco ou úmido),
além de valor fixo para qualquer nível de demanda de potência contratada.
O modelo atende à clientes que controlam o consumo no horário de ponta.

o Tarifa Azul – É uma tarifa composta, obrigatória para fornecimento de


energia em tensão igual ou maior que 69 kV e opcional para tensão abaixo
desse limite. Baseia-se no nível de consumo de energia e no nível da
demanda de potência e oferece tarifas diferenciadas. Para a demanda de
potência, há uma tarifa para o horário de ponta e outra para horário fora de
ponta. Para consumo de energia, estabelece tarifas distintas para horário de
ponta e horário fora de ponta em período úmido e em período seco.

Itens considerados nos cálculos de faturas de energia elétrica para as tarifas Azul e Verde.

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Tarifa Verde
Tarifa Azul
Demanda na Ponta Demanda
Demanda Fora de Ponta Consumo na Ponta
Consumo na Ponta Consumo Fora de Ponta
Consumo Fora de Ponta

Grupos Tarifários

O Grupo Tarifário "A" é formado por clientes que tem fornecimento de energia, em
tensão, igual ou superior a 2,3 kV. Dentro do grupo, a Light atende aos subgrupos A2
(com tensão de 88 kV a 138 kV), A3A (com tensão de 30kV a 44kV), A4 (com tensão de
2,3 kV a 25 kV) e AS (atendidas a partir do sistema subterrâneo, com tensão menor que
2,3 kV).

O Grupo Tarifário "B" inclui unidades consumidoras com fornecimento em tensão


inferior a 2,3 kV ou atendidas em tensão superior a 2,3 kV e faturadas neste grupo. É
caracterizado pela estruturação tarifária monômia e subdividida em subgrupo B1
(residencial e residencial de baixa renda), subgrupo B2 (rural, cooperativa de eletrificação
rural e serviço público de irrigação), subgrupo B3 (demais classes) e subgrupo B4
(iluminação pública).

Cálculo das Faturas


1) Cálculo da fatura - Tarifa Convencional - Grupo B

O faturamento é obtido pelo produto do consumo medido pela tarifa em vigor.


Fc = C x Tc em que,
Fc - valor da fatura, R$
C - consumo de energia elétrica medido no mês, kWh
Tc - Tarifa de consumo, R$/kWh

2) Cálculo da fatura - Tarifa Convencional - Grupo A

Somente aplicável de forma opcional aos consumidores dos tipos A-3a, A-4 e A-S. Tem-
se:
Ft = Dfat x Td + C x Tc em que,
Ft - valor da fatura, R$
Dfat - valor da demanda faturável, kW, Td - tarifa de demanda, R$/kW
C - consumo de energia elétrica medido no mês, kWh, Tc - tarifa de consumo, R$/kW/h

3) Cálculo da Fatura - Tarifa Azul

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Ft = Dfatp x Tdp + Dfatfp x Tdfp + Cp x Tcp + Cfp x Tcfp
em que,
Dfatp - demanda faturada no horário de ponta, kW
Tdp - tarifa de demanda de ponta, R$/kW
Dfatfp - demanda faturada no horário fora de ponta, kW
Tdfp - tarifa de demanda fora de ponta, R$/kW
Cp - consumo medido no mês - horário de ponta, kWh
Tcp - tarifa de consumo no horário de ponta, R$/kWh
Cfp - consumo medido no mês - horário fora de ponta, kWh
Tcfp - tarifa de consumo no horário fora de ponta, R$/kWh

4) Cálculo da Fatura - Tarifa Verde

FT = Dfat x TD + Cp x Tcp + Cfp x Tcfp


em que,
Dfat - demanda faturada, kW
TD - tarifa da demanda, R$/kW
Cp - consumo medido no mês - horário de ponta, kWh
Tcp - tarifa de consumo no horário de ponta, R$/kWh
Cfp - consumo medido no mês - horário fora de ponta, kWh
Tcfp - tarifa de consumo no horário fora de ponta, R$/kWh

Rede de Transmissão
A rede de transmissão liga as grandes usinas de geração às áreas de grande consumo.
Em geral apenas poucos consumidores com um alto consumo de energia elétrica são
conectados às redes de transmissão onde predomina a estrutura de linhas aéreas.

A segurança é um aspecto fundamental para as redes de transmissão.

Qualquer falta neste nível pode levar a descontinuidade de suprimento para um grande
número de consumidores. A energia elétrica é permanentemente monitorada e
gerenciada por um centro de controle. O nível de tensão depende do país.

Subestação de transmissão
A energia trifásica (sinais de tensão e corrente CA) sai do gerador e segue para a
subestação de transmissão na usina elétrica. Essa subestação utiliza grandes
transformadores para elevar a tensão do gerador (que está em um nível de milhares de
volts) até tensões extremamente altas, para a transmissão de longa distância através da
rede de transmissão.

21
Uma típica subestação em uma usina elétrica

Você pode ver, várias torres com três cabos saindo da subestação. A tensão alta visa
reduzir as perdas nas linhas. A distância máxima de uma transmissão típica é de
aproximadamente 483 km.

Todas as torres da figura possuem três cabos, sendo um para cada fase. Muitas torres,
como as mostradas acima, possuem cabos extras correndo ao longo de seu topo. Estes
são cabos aterrados (denominados pára-raios ou cabo-guarda) e eles estão lá
principalmente em uma tentativa de atrair raios.

Características Físicas das Linhas de Transmissão


O desempenho elétrico de uma linha aérea de transmissão depende de suas
características físicas, estas não só ditam o seu comportamento em regime normal de
operação, como também quando submetidas a sobretensões de qualquer natureza.
Necessitamos por isso examinar as características físicas para posteriormente estudar os
parâmetros elétricos.

Materiais utilizados

Cabos condutores – são elementos ativos das linhas de transmissão. Os condutores


ideais para as linhas de transmissão seriam aqueles que pudessem apresentar as
seguintes características:

a) Alta condutibilidade elétrica, para que as perdas por efeito Joule possam ser
toleráveis;
b) Baixo custo;
c) Boa resistência mecânica;
d) Baixo peso específico;
e) Alta resistência à oxidação e a corrosão por agentes químicos poluentes.

22
Por muito tempo, a partir das primeiras linhas de transmissão, o cobre dominou o
mercado, devido principalmente ao preço do alumínio na época. Outro fator é o
alumínio ter uma resistência mecânica menor, o que foi resolvido, em 1908, com o
surgimento dos cabos de alumínio com alma de aço.

A partir de 1945, o custo do alumínio ficou altamente reduzido devido ao avanço da


tecnologia, com isso, o cobre foi afastado das linhas de transmissão.

Isoladores – Servem de sustentação dos cabos, mantendo um isolamento entre eles e a


torre. Devem resistir tanto as solicitações mecânicas quanto elétricas.

As solicitações mecânicas são basicamente três:

a) Forças verticais devido ao peso próprio;


b) Forças horizontais axiais, no sentido dos eixos longitudinais da linha;
c) Forças horizontais transversais devido aos ventos.

As solicitações elétricas são também três:

a) Tensão normal e sobretensões;


b) Surtos de sobretensão de manobra;
c) Sobretensões de origem atmosférica.

Os isoladores podem ser de porcelana vitrificada ou de vidro temperado.

Os isoladores de porcelana vitrificada devem ter pouca porosidade ser isentos de bolhas
de ar e impurezas e ter alta resistência mecânica e alta resistência ao impacto. Os bons
de porcelana vitrificada apresentam resistência dielétrica da ordem de 6 a 6,5 kV/mm. O
grande problema dos isoladores está na dificuldade de obtenção de peças espessas e de
grandes dimensões.

Os isoladores de vidro temperado possuem uma alta resistência dielétrica da ordem de


14 kV/mm e resistência mecânica equivalente ao de porcelana vitrificada, podendo ser
fabricadas peças mais espessas. O seu custo é inferior ao de porcelana, porem mais
sujeitos a danos, por ter baixa resistência a impactos.

Em linha de transmissão empregam-se basicamente 3 tipos de isoladores:

a) Isoladores de pino – são fixados à estrutura através de um pino de aço. São


normalmente solicitados à compressão e a flexão. São empregados em linhas de
até 69 kV e com condutores leves, pois tem pouca resistência a compressão e se
pino pouca resistência à flexão.

b) Isoladores tipo pilar – são isoladores constituídos de uma peça só. São pouco
usados devido a problemas de resistências mecânicas.

23
c) Isoladores de suspensão – São os mais utilizados, podendo ser de vidro ou
porcelana. São usados em tensões extra elevadas e ultraelevadas. Utilizam-se
basicamente 2 tipos:

 Isoladores monocorpos – são constituídos de uma única peça de


porcelana, cujo comprimento é de acordo com o nível de isolamento
desejado (de acordo com a tensão).
 Isoladores de disco – são também chamados de isoladores de suspensão.
São constituídos de vários discos conectados entre si por ferragens,
formando uma longa cadeia de isoladores. São os mais utilizados em
linhas de alta tensão.

Isolador de Pino em Porcelana.

Isoladores Poliméricos Tipo Suspensão

Isolador de Disco em Porcelana e Vidro

24
Isoladores tipo Pilar de Subestação e de Linha

Estruturas das linhas de Transmissão

As estruturas são comumente chamadas de torres. Suas dimensões e formas dependem


de diversos fatores, destacando-se:

a) Disposição dos condutores;


b) Distancia entre condutores;
c) Dimensões e formas de isolamento;
d) Flechas dos condutores;
e) Resistência mecânica;
f) Materiais estruturais;
g) Condições do terreno; etc.

25
Disposição dos condutores

São basicamente 3:

a) Disposição triangular – os condutores estão dispostos segundo os vértices de um


triangulo que pode ser eqüilátero (eletricamente simétrico) ou outro qualquer
(eletricamente assimétrico).
b) Disposição horizontal – os condutores são fixados em um mesmo plano
horizontal. É a disposição preferida para linhas com circuitos simples.
c) Disposição vertical – Os condutores são fixados em um mesmo plano vertical. É
a disposição preferida para circuitos duplos.

Cálculo Elétrico das Linhas de Transmissão


1 – Indutância e reatância da linha

Os valores de indutância das linhas dependem de sua configuração física e do meio no


qual se encontram os condutores. Para a resolução dos cálculos necessitaremos de
alguns formulários e tabelas.

Linhas Monofásicas

A Indutância por condutor de uma linha de transmissão monofásica composta por fios
maciços é dada por:

L = 4,6052 x 10-4 log(DMG/DS) H/km

Onde:

DMG – distancia média geométrica entre os condutores

DS – distancia própria do cabo (tabelado)

Exemplo:

Determinar a reatância indutiva de uma linha monofásica, 60 Hz, constituída de cabos


de 16 mm2 espaçados entre si de 0,64 m.

Da tabela tiramos que DS = 0,002020 m e DMG = d = 0,64 m, substituindo os valores


temos:

L = 4,6052 x 10-4 log (0,64/0,002020) = 1,151 mH/km

O valor da reatância será:

XL = 2πfL = 0,4339 Ω/km

26
Linhas Trifásicas Equilibradas

Para linhas trifásicas os cálculos são semelhantes aos da linha monofásica – os cálculos
deverão ser feitos por fase – devido ao equilíbrio as correntes terão o mesmo valor e a
indutância também.

As configurações podem ser:

a) Com condutores formando triangulo eqüilátero.

L = 4,6052 x 10-4 log(DMG/DS) H/km onde: DMG = (a.a.a)1/3 = a

b) Com condutores formando triangulo qualquer.


Quando os condutores formam um triangulo qualquer, a equação de indutância é
a mesma, sendo DMG = (a.b.c)1/3.
c
a
b
c) Com condutores dispostos em linha.
Com os condutores dispostos em linha (horizontal ou vertical), teremos:
DMG = [a.b.(a+b)]1/3

Cabo de cobre maciço Cabo de aluminio


Bitola DS resistencia DS resistencia
2
(mm ) (m) (Ω/km) (m) (Ω/km)
16 0,002020 0,9648 0,00137 1,5848
25 0,002270 0,7325 0,00131 1,2865
35 0,002548 0,5934 0,00127 1,0503
50 0,003097 0,4726 0,00127 0,8576
70 0,003392 0,3772 0,00135 0,696
95 0,003816 0,2989 0,00155 0,5562
120 0,004279 0,2374 0,00182 0,4493
150 0,004813 0,1883 0,00248 0,3679

Exercícios:
27
1) Uma linha de transmissão trifásica equilibrada tem seus condutores dispostos
verticalmente nas distancias de 1,8 m e 2,0 m. Os condutores são cabos de
alumínio de 150 mm2. Determine a reatância por fase da linha de transmissão.

2) Uma linha de transmissão trifásica equilibrada tem os seus condutores dispostos


segundo um triangulo isósceles de lados 3,0 m (os lados iguais) e 2,8 m. Os
condutores são cabos de cobre de 70 mm 2. Determine a reatância por fase da
linha de transmissão.

3) Uma linha de transmissão trifásica equilibrada tem os condutores dispostos


segundo um triangulo de lados 2 m, 3 m e 4 m. Sabendo-se que são cabos de
alumínio de 120 mm2, determine a reatância por fase da linha de transmissão.
(freqüência 60Hz)

2 – Capacitância e reatância da linha

A diferença de potencial entre os condutores de uma linha de transmissão faz com que
se carreguem da mesma maneira que as placas de um capacitor quando entre elas existe
uma diferença de potencial. A capacitância entre os condutores paralelos é constante,
dependendo da secção e da distancia entre eles. Para linhas até 80 km de comprimento o
efeito da capacitância é desprezível. A partir de 80 km, os efeitos da capacitância devem
ser levados em consideração.

Bibliografia

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Garcia F°, Francisco. Apostila de Redes de Distribuição

Notas de aula do Prof Mauro Coelho

Prazeres, Romildo Alves dos. Curso Técnico em Eletrotécnica – Redes de Distribuição


de Energia Elétrica e Subestações – Editora Base

Leão, Ruth. Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica – Depto


Engenharia Elétrica – niversidade Federal do Ceará

ABNT. Norma Técnica NBR 5434

PROCEL. Manual de Tarifação

CPFL. Norma Técnica – Projeto de Rede de Distribuição

LIGHT – Normas Técnicas

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