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Distribuição de Energia Elétrica

Primária/Secundária
Distribuição de Energia Elétrica
• A distribuição é a forma de entregar a energia
gerada nas usinas, interligadas por linhas de
transmissão, para os consumidores tanto
industriais quanto comerciais e residênciais.
Tipos de Tensões na Distribuição
• Rede Primária 13,8kV e 34,5kV
• Rede Secundária 220V/380V
TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO
Redes de Distribuição

As redes de distribuição alimentam consumidores residenciais e industriais de
médio e pequeno porte, consumidores comerciais e de serviços.

• a) Redes de Média Tensão


Os troncos dos alimentadores empregam, usualmente, condutores de seção
336,4 MCM permitindo, na tensão de 13,8 kV, o transporte de 12MVA de
potência máxima, que face a necessidade de transferência de blocos de carga
entre alimentadores, fica limitada em torno de 8 MVA. Estas redes atendem os
consumidores primários e aos transformadores de distribuição (estações
transformadoras). Podem ser aéreas ou subterrâneas, sendo que as primeiras
são mais difundidas devido ao seu custo menor, e, as segundas têm grande
aplicação em áreas de maior densidade de carga (zona central de uma
metrópole)

• b) Redes em Baixa Tensão (BT)


O objetivo das redes em baixa tensão é transportar eletricidade das redes de
média tensão para os consumidores de baixa tensão.
A rede BT representa o nível final na estrutura de um sistema de potência. Um
grande número de consumidores, setor residencial, é atendido pelas redes em
BT. Tais redes são em geral operadas manualmente, nas tensões de 220/127
V ou 380/220 V
Isoladores
Diretrizes para Instalação dos Isoladores da Rede
Diretrizes para Instalação da Rede
Diretrizes para Instalação da Rede
Nas redes subterrâneas,
usualmente utilizando
transformador trifásico,
pode ser do tipo “pad
mounted”
Fluxo de reativos indesejável na rede pode ser detectado
pelo fator de potência. Um circuito pode, então,
apresentar problemas por queda de tensão,
por fator de potência baixo, ou ambos.
• As soluções em tais casos são buscadas na seguinte ordem:

a) Circuito com fator de potência baixo:


aplicação de banco capacitores.

b) Circuitos com fator de potência baixo e queda de tensão fora dos


limites
aceitáveis:
aplicação de banco de capacitores;
aplicação de reguladores de tensão, caso ainda necessário.
c) Circuitos com fator de potência acima do limite mínimo aceitável e
queda de tensão fora dos limites aceitáveis:
aplicação de regulador de tensão;
divisão de circuito.
• Tipos de Bancos de Capacitores
De acordo com a forma de ligação e operação, os bancos podem ser
classificados como:
 Diretos ou fixos → são ligados diretamente no circuito primário através
de equipamento de proteção e manobra (chave fusível). São também
chamados de fixos porque funcionam permanentemente na rede.
 Automá cos → são acionados através de equipamento automático
acoplado à chave a óleo. O acionamento pode ser feito em horário pré-
estabelecido (relé de tempo) ou numa determinada referência de tensão
(relé conjugado).
Esses bancos encontram-se instalados em circuitos primários 13,8 kV.
• Os bancos de capacitores trazem os seguintes
benefícios para a rede.
 Diminuição das perdas no alimentador
 Melhoria no fator de potência
 Aumento da disponibilidade de carga do
sistema
 Elevação do nível de tensão
• As linhas de transmissão e redes aéreas de distribuição urbanas e rurais
são
extremamente vulneráveis às descargas atmosféricas que, em
determinadas
condições podem provocar sobretensões elevadas no sistema
(sobretensões
de origem externa), ocasionando a queima de equipamentos, tanto da
concessionária, quanto do consumidor de energia elétrica.
Para que se protejam os sistemas elétricos dos surtos de tensão, que
também
podem ter origem durante manobras de chaves seccionadoras e
disjuntores
(sobretensão de origem interna) são instalados os pára-raios que devem
reduzir essa sobretensão para valores compatíveis com a suportabilidade
desses sistemas.
• O regulador de tensão é um equipamento destinado a
manter um determinado
nível de tensão em um sistema elétrico, quando submetido
a uma variação de
tensão fora dos limites especificados. É um
autotransformador dotado de certo
número de derivações no enrolamento série.
As faixas de tensão adequadas, precárias e críticas no ponto
de entrega devem
atender à Resolução 505 da ANEEL, conforme Tabela
abaixo. Para a
execução do projeto, deve ser observada a faixa adequada
Chave telecomandada
Sensor RGDAT
Especificação Técnica no. 281
Medição Blindada
• Medidor de energia elétrica monitora
consumo para faturamento

O sistema encapsulado 15 kV ou 25 kV é de
uso externo em linhas de distribuição para
medição do consumo de energia elétrica, para
efeito de faturamento. Consiste de um módulo
composto por 3 TPs e 3 TCs que, acoplado a
um medidor eletrônico e à telemetria,
envia on-line os dados à central da
concessionária, evitando furtos de maneira
eficiente.
Monitor de Ramal
Chave fusível de base tipo C
DAC-Dispositivo de Abertura com Carga
Tipos de Estruturas
• Convencional

• Compacta
Convencional-Normal
Convencional-Beco
Convencional-Meio Beco
Compacta
Aspectos Construtivos
•Em longos trechos da rede
alinhada, é recomendável
intercalar estruturas de
ancoragem a cada 500 m
aproximadamente, visando
assegurar maior confiabilidade ao
dimensional mecânico da rede e
facilitar a construção e eventual
necessidade de substituição de
condutores.
Aspectos Construtivos
•Nos cruzamentos aéreos com rede convencional, a
Rede Compacta deve ser posicionada no nível
superior, efetuando-se as interligações (Fly-Tap) das
mesmas com cabo coberto, observando as distâncias
mínimas entre os circuitos.

•O alimentador deve ser mantido sempre do mesmo


lado da via pública em relação a sua origem (fonte-
carga), para se evitar possíveis inversões no
faseamento da rede. Para manter a seqüência das
fases e sua identificação visual, foi convencionado
que a fase "F" sempre será a fase imediatamente
mais próxima do poste.
•Caso seja necessária a mudança de traçado da rede
(devido a interferências, mudança do poste para
outro lado da rua, etc.), deverão ser feitas as
transposições, tantas vezes quantas forem
necessárias, a fim de manter a fase "F" sempre
imediatamente mais próxima do poste, utilizando
para tanto estruturas conjugadas ou separadores de
fase
Diretrizes para Instalação dos
Espaçadores da Rede Compacta

Afastamento dos primeiros


espaçadores losangulares utilizados
na Rede Compacta, em relação à
estrutura fixa no poste (de
sustentação):
Instalação de transformador trifásico
convencional CE-TR3
Instalação de transformador trifásico
convencional CE-TR3
Instalação de transformador trifásico
convencional CE-TR3
Rede compacta
ESTRUTURAS PARA REDES DE DISTRIBUIÇÃO
AÉREAS COMPACTAS - DETALHES DE MONTAGEM
ESTRUTURAS PARA REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREAS
COMPACTAS - DETALHES DE MONTAGEM
ESTRUTURAS PARA REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREAS
COMPACTAS - DETALHES DE MONTAGEM
ESTRUTURAS PARA REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREAS
COMPACTAS - DETALHES DE MONTAGEM
ESTRUTURAS PARA REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREAS
COMPACTAS - DETALHES DE MONTAGEM
ESTRUTURAS PARA REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREAS
COMPACTAS - DETALHES DE MONTAGEM
Estrutura de transição N3-
Estrutura de transição N3-
Estrutura de transição N1-
Aspectos Construtivos
•Este padrão apresenta apenas as
estruturas típicas da rede primária
média tensão, sendo que para as
instalações da rede secundária e
iluminação pública, deverão ser
utilizados os padrões correspondentes.
•A identificação das estruturas básicas
com abreviatura “CE” deriva da
designação “Compacta em
Espaçadores”, seguindo de forma
numérica os índices das estruturas das
redes convencionais.
Diretrizes para Instalação dos
Espaçadores da Rede Compacta
Diretrizes para Instalação dos
Espaçadores da Rede Compacta
Deve ser evitada a instalação de postes em
esquinas de ruas estreitas e sujeitas a trânsito
intenso.

Utilizar preferencialmente a construção FLY-


TAP e a distância dos postes em relação à
esquina deve ser no mínimo 8000mm e no
máximo 16000mm,
Redes de Distribuição Aérea Compacta 15kV,
Nas vias públicas onde existem curvas,
evidentemente a distância entre postes poderá
ser menor, evitando-se que condutores
atravessem propriedades particulares ou o
arruamento;
Nos casos de cruzamentos e derivações em
esquinas, redes congestionadas, ou para
atender ao uso mútuo de postes com outras
concessionárias, poderão ser feitos com a
implantação de dois ou três postes para que
sejam mantidos os afastamentos mínimos dos
condutores e que não haja cruzamento em
terrenos particulares, conforme figura a seguir:
 Atentar para que a posteação não se localize em frente a garagens,
rebaixamento de guias, ou postos de gasolina.
 Os postes devem ser locados preferencialmente no lado onde houve
menor arborização evitando à implantação em praças públicas e jardins;
 Em ruas onde a grande maioria dos consumidores se localiza num certo
lado, a posteação preferencialmente deve ser instalada neste mesmo
lado, assim reduzindo a execução de travessias de ramais de ligação.
 Condições de arruamento e divisa dos lotes definidas na planta de
loteamento oficial aprovada pela prefeitura local.
 Ao projetar o espaçamento entre postes observar o comprimento
máximo permitido para o ramal de ligação que é de 30 metros;
 Atentar para as interferências e condições locais, a seguir:
 Guia rebaixada;
 Bueiros;
 Caixas de águas pluviais;
 Sinalização de instalação subterrânea;
 Outras interferências do solo.
 Para afastamentos mínimos de condutores a edificações deve ser
observada a norma ABNT NBR-15688 Redes de Distribuição Aérea de
Energia elétrica
Redes de distribuição
padrão
Princípios de Circuitos Elétricos
• Termos básicos da Distribuição
Rede de Distribuição Aérea Urbana → Parte integrante do Sistema de
Distribuição Aérea, localizada dentro de perímetro urbano de cada
localidade.
Rede de distribuição aérea rural → Rede de Distribuição situada fora do
perímetro urbano de cidades.
Rede de Distribuição Primária → Parte de uma Rede de Distribuição que
alimenta transformadores de distribuição e / ou pontos de entrega sob uma
mesma tensão primária nominal.
Alimentador de Distribuição → Parte da Rede de Distribuição Primária que
alimenta, diretamente ou por intermédio de seus ramais, os transformadores de
distribuição da concessionária e/ou consumidores.
Tronco de Alimentador → Parte de um Alimentador de Distribuição que
transporta a parcela principal da carga total.
Ramal de Alimentador → Parte de um Alimentador de Distribuição que deriva
do Tronco de Alimentador e que alimenta diretamente os transformadores de
distribuição e / ou pontos de entrega de consumidores em tensão primária.
Rede de Distribuição Secundária → Rede elétrica que leva energia dos
transformadores de distribuição aos pontos de entrega.
Ramal de Ligação → Conjunto de condutores e acessórios que ligam uma
Rede de Distribuição Secundária a uma ou mais unidades de consumo.
• Carga Instalada → Soma das potências nominais (em kW) dos equipamentos
de uma unidade de consumo que, uma vez concluídos os trabalhos de
instalação, estão em condições de entrar em funcionamento.
Demanda → Potência (kVA ou kW), requisitada por determinada carga
instalada, durante um intervalo de tempo especificado. Normalmente se
considera a potência média de 15 minutos.
Demanda Máxima → Maior de todas as demandas registradas ou ocorridas
durante um intervalo de tempo especificado.
Demanda Simultânea → Soma das demandas verificadas num mesmo
intervalo de tempo especificado.
Demanda Simultânea Máxima → Maior das demandas simultâneas
registradas durante um intervalo de tempo especificado.
Fator de Demanda → Relação entre a demanda máxima de uma instalação,
verificada em um intervalo de tempo especificado e a correspondente carga
instalada total.
• Fator de Carga → Relação entre a demanda média obtida com base no
consumo e a demanda máxima no mesmo intervalo de tempo especificado.
Demanda Diversificada → Contribuição de um consumidor para a demanda
máxima do grupo a que pertence e que está alimentado pela mesma fonte de
energia elétrica. É também a demanda resultante da carga, tomada em
conjunto de um grupo de consumidores ligados em um mesmo circuito.
Queda de Tensão → Diferença entre as tensões elétricas existentes em dois
pontos distintos de um circuito, percorrido por corrente elétrica, observadas no
mesmo instante.
Fator de Potência → Relação entre a potência ativa e a potência aparente.
Consumo → Quantidade de energia elétrica (kWh) absorvida em um dado
intervalo de tempo.
Consumidores Especiais → Consumidores cujas cargas ocasionam
flutuações de tensão na rede, necessitando, portanto, de uma análise
específica para o dimensionamento elétrico da mesma.
• kVA Térmico → Potência limite de carregamento do transformador,
estabelecida em função de suas características do tipo de curva de carga,
adotando máximo de 130 %.
Chaves de Proteção → Chaves utilizadas com a finalidade básica de proteção
dos circuitos primários de distribuição ou de equipamentos neles instalados,
desligando automaticamente os circuitos ou equipamentos que estejam sob
condições de defeito ou sob tensão ou correntes anormais.
Chaves Fusíveis de Distribuição → Chaves com função principal de proteger
ou isolar automaticamente parte da rede, baseado em princípio térmico,
através de sobreaquecimento e fusão de um elo condutor fusível quando
atingido o limite de corrente pré-estabelecido.
Chaves Seccionadoras Tipo Faca → Chaves com função principal de permitir
conexão ou desconexão de parte da rede nas manobras por ocasião das
operações de fluxo de carga, de manutenção, de reforma ou de construção,
através de fechamento ou abertura de um componente em forma de barra
metálica basculante condutora, e operado mecanicamente com auxílio de vara
de manobra.
Referências
• https://www.tesmec.com/en/energy-
automation/products/directional-fault-detector.html

• http://sertatransformadores.com.br/

• https://www.youtube.com/watch?v=2c6a0ezyCHY

• https://youtu.be/agfqG7MD1cM

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