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Modulo: Planificar, circuitos de força motriz em instalações eléctricas industriais e

linhas de distribuição de energia.


Código: MOEPI025025192
Elemento de Competência: Conhecer a arquitectura, materiais e equipamentos usados nas
instalações industriais e na distribuição de energia.

Critério de desempenho:
a)Explica a arquitectura das instalações eléctricas industriais e de uma linha de distribuição;
b) Caracteriza e identifica os materiais, aparelhagem e equipamentos mais usados em
circuitos de força motriz e de uma rede;
c) Relaciona as características dos materiais e elementos com as suas aplicações.

Introdução
As redes de distribuição de energia eléctrica, que constituem um elemento fundamental do
sistema energético de um pais, fazem parte do designado Sistema Eléctrico Nacional, que é
constituído pelas centrais de produção de energia eléctrica, redes de transporte e distribuição,
aéreas e subterrâneas e instalações de transformação (subestações e postos de transformação).
Como na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma, a produção (ou geração)
de Energia Eléctrica consiste em transformar outras formas de energia em energia eléctrica,
nomeadamente:
 Hídrica
 Térmica
 Eólica
 Solar
 Química
 Marémotriz sendo, em grande parte, transformadas primeiramente em energia
mecânica e só depois em Energia Eléctrica.
Os sistemas eléctricos de potência têm a função essencial de fornecer energia eléctrica aos
usuários, com qualidade adequada, no instante em que for solicitada.
Os sistemas eléctricos de potência podem ser subdivididos em três grandes blocos:
 Geração: que perfaz a função de converter alguma forma de energia em energia
eléctrica.
 Transmissão: que é responsável pelo transporte de energia eléctrica dos centros de
produção aos de consumo.
 Distribuição: que distribui energia eléctrica recebida do sistema de transmissão aos
grandes, médios e pequenos consumidores.

Fig. 1.1 – Diagrama de blocos do Sistema Eléctrico de Potência


A seguir, apresenta-se um diagrama unifilar típico de um sistema eléctrico de potência,
destacando a existência de três usinas, um conjunto de linhas de transmissão, uma rede de
subtransmissão, uma de distribuição primária e três de distribuição secundária.

Fig. 1.2 – Diagrama Unifilar de Sistema Eléctrico de Potência

Pode-se observar que o sistema de transmissão opera, no caso geral, em malha, o de


subtransmissão opera radialmente, podendo, desde que se tomem cuidados especiais,
.operar em malha. Os sistemas de distribuição, objecto deste estudo, primário operam
geralmente de forma radial, e o de distribuição secundária pode operar quer em malha ou
radialmente.

1.1. Produção
A produção industrial de Energia Eléctrica é conseguida a partir de outras formas de energia,
em Centrais Eléctricas. Existem diversos meios de produção de Energia Eléctrica que
correspondem ao aproveitamento de diferentes formas de energia disponíveis, os quais dão
lugar a diferentes tipos de centrais.
Entre estas, referem-se a seguir os conceitos básicos das Centrais Eólicas, Hidroeléctricas e
Termoeléctricas.
Qualquer uma destas centrais “produz” Energia Eléctrica a partir do movimento de rotação de
um alternador (gerador de tensão alternada sinusoidal), que transforma este movimento em
Energia Eléctrica.
Componentes de uma linha eléctrica
As partes que constituem uma linha de transporte de Energia Eléctrica são essencialmente:
 Condutores
 Isoladores
 Suportes
A Energia Eléctrica pode ser transportada (e distribuída) por:
 Linhas aéreas
 Cabos subterrâneos

Componentes eléctricos industriais

Os componentes eléctricos industriais são utilizados por profissionais que


constantemente fazem manutenções em produtos específicos, consertam,
produzem ou faz montagens de serviços eléctricos. Consertar ou prestar
manutenção para produtos específicos.

Existem diversos componentes eléctricos industriais , entre eles:

1. transformadores.
2. contactores.
3. disjuntores.
4. capacitores.
5. reatores.
6. fontes de alimentação e etc.

2.2. Aparelhagem de Protecção


A evolução do consumo e do número de utilizadores de Energia Eléctrica exige que sejam
tomadas precauções especiais, por todos os intervenientes nas fases de produção, transporte,
distribuição e utilização, de modo a diminuir os riscos que uma incorrecta utilização
apresenta.
As instalações eléctricas devem ser concebidas, executadas e mantidas de forma a minimizar
os riscos a que pessoas e bens estão sujeitos, quer em funcionamento normal, quer quando
nelas ocorram situações de defeito ou avaria.
Os sistemas eléctricos são projectados e construídos para funcionarem com uma determinada
tensão e uma dada corrente nominais. No entanto, podem ocorrer situações de avaria em que
surjam valores de tensão e/ou corrente bastante inferiores ou superiores aos respectivos
valores nominais.
O objectivo da aparelhagem de protecção mais frequentemente empregue é detectar quando é
que os valores da corrente e da tensão saem fora da zona permitida, desligando a parte
afectada do circuito, evitando mais prejuízos para o sistema eléctrico.
Podem referir-se como exemplos de sistemas eléctricos: motores, computadores,
transformadores, placas de circuito impresso, fontes de alimentação, sistemas de
comunicação e electrodomésticos.
As situações de avaria mais frequentes são:
 Corrente superior à nominal (sobrecarga).
 Corrente muito superior à nominal (sobreintensidade de curto-circuito).
 Tensão muito superior à tensão nominal (sobretensão).
 Falta ou abaixamento exagerado da tensão.

Quadros de Distribuição

Quadros normais
Quadros de Distribuição de Circuitos Terminais
Centro de Comando de Motores (CCM)
Quadros de Distribuição de Luz (QDL)

Localização dos Quadros de Distribuição de Circuitos Terminais (CCM e QDL):


 No centro do conjunto de cargas, quando possível;
 Próximo a linha de alimentação;
 Em locais de fácil acesso;
 .Afastado da passagem frequente de pessoas;
 Em locais com condições climáticas e físicas favoráveis;
 Com temperatura adequada;
 Locais não sujeitos a gases corrosivos, inundações, trepidações, etc. e com
temperatura adequada.
Quadro de Distribuição Geral ou Quadro de Distribuição de Força (QGF):

 Estes quadros contém os componentes para seccionamento, proteção e medição dos


circuitos
 Devem ficar na subestação ou próximos às unidades de transformação nas quais serão
conectados.

Localização da Subestação

 É comum o projectista receber a planta com indicação do local da subestação (proj.


arquitectónico)
 A cabine de medição usualmente é próximo a via pública (medição da
concessionária)
 Preferencialmente, localizado próximo ao centro de carga (baricentro) das cargas
 Deve-se considerar a questão económica e de segurança
Sistema secundário de distribuição interno (indústria)

Onde: TR- Transformador


D-Disjuntor
ME- aparelhos de medicao
-QGF(Quadro Geral de Força),
QDL(Quadro de Luz) e
CCM(Centro de Comando de Motores)

Conter dispositivo de seccionamento na sua origem para fins de manutenção.


O seccionamento deve desligar tanto o motor como o seu dispositivo de comando.
Podem ser utilizados:
 Seccionadores
 Interruptores
 Disjuntores
 Contactores
 Fusíveis com terminais apropriados para retirada sob tensão
 Tomada de corrente (pequenos motores)

CDc) Relaciona as características dos materiais e elementos com as suas aplicações.

TIPOS DE MATERIAIS ELÉTRICOS


Os materiais eléctricos são classificados em:
 Condutores (fios e cabos)
 Isoladores
 de protecção
 de manobra
 Auxiliaries

CONDUTORES (FIOS E CABOS)

Os fios e cabos conduzem a electricidade desde a usina geradora até os aparelhos


consumidores. São chamados de condutores eléctricos.
Os materiais condutores mais utilizados nos fios e cabos são: o cobre e o
alumínio, por terem boa condutividade e serem encontrados em maior quantidade
na natureza.
Os condutores de alumínio são mais empregados nas redes externas de baixa
tensão. Nas redes de transmissão e distribuição, são mais utilizados os cabos de
aço. Nas instalações internas das construções, recomenda-se o uso de fios de cobre
encapados.

Termos e formatos dos condutores


Os termos usados na classificação de condutores são:
 Fios
 Cabos
 Barras
 Cordoalhas
 fibras ópticas

Fios: são os fios rígidos, de forma cilíndrica e esticada, de seção transversal circular.
São formados por apenas um condutor.

Cabos: são condutores formados por um ou vários grupos de fios. Os cabos podem
ser singelos ou múltiplos. Os cabos singelos possuem apenas um grupo de fios, formando
apenas um condutor.

Figura 2 – Cabos singelos.

Os cabos múltiplos possuem diversos grupos de fios, formando vários condutores


isolados entre si.

Figura 3 – Cabo múltiplo.

Barras: são condutores de seção retangular (cobre) ou circular (alumínio), para


fazer barramentos (ligações diretas entre dispositivos) em quadros de distribuição.
Figura 5 – Barra de cobre virgem.

Cordoalhas: são cabos muito flexíveis, formados por um grande número de fios
trançados num único condutor. São empregadas em máquinas móveis, cabos de bateria e
solda elétrica.

Figura 6 – Cordoalha.

ISOLADORES
Os isoladores são acessórios empregados nas instalações e equipamentos para manter
suspensas as redes de energia eléctrica, evitando contactos indesejáveis que podem provocar
choques eléctricos, curtos-circuitos e incêndios.
Os isoladores de redes eléctricas em geral são fabricados de porcelana, vidro ou plástico. Os
materiais isolantes empregados na fabricação dos equipamentos eléctricos são: porcelana,
vidro, plástico, borracha e baquelite.

PROTEÇÃO
Os materiais de protecção são todos aqueles utilizados na segurança dos usuários
de energia eléctrica. Além de proteger pessoas contra choques eléctricos, muitos destes
materiais são empregados para proteger contra incêndios, equipamentos, instalações
eléctricas e construções.

Os materiais de protecção são:


 fusíveis
 disjuntores
 Aterramento
 para-raios

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