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Instituto Industrial e Comercial Ngungunhane

Electricidade industrial CV5

Projecto Integrado Para:


Certificado Vocacional nível V

Tema: Accionamento Manual-Automático de electrobomba de uma residência

Nome: Lina Amade Chaibo


Código do formando: 10250174

Número de Referência do Projecto Integrado:

LICHINGA, 2022
Nome: Lina Amade Chaibo
Código do formando: 10250174

Projecto Integrado Para:


Certificado Vocacional nível V

Tema: Accionamento Manual-Automático de electrobomba de uma residência.

Projecto integrado apresentado ao Departamento investigação e


Extensão do Instituto Industrial e Comercial Ngungunhane de Lichinga,
para a obtenção da Qualificação profissional do Certificado Vocacional
nível V de Electricidade Industrial.

Supervisor: Eng. Carlos Bula

LICHINGA, 2022
FOLHA DE APROVAÇÃO

TEMA: Accionamento Manual-Automático de electrobomba de uma residência

Projecto integrado apresentado ao Departamento de Investigação e Extensão do Instituto


Industrial e Comercial Ngumgunhane de Lichinga, para a obtenção da qualificação
profissional do Certificado Vocacional V de Electricidade Industrial.

O Júri

O Supervisor O oponente O líder da Qualificação Data

_________ ________________ ________________ ___/ ___/2022


Declaração

Declaro que este projecto integrado é resultado da minha investigação pessoal e das
orientações do (s) meu (s) supervisor (és), o seu conteúdo é original e todas as fontes
consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.

Lichinga,____ de ___________ de ______

(______________________________)
RESUMO
A automação pode ser caracterizada como um sistema que através de comandos
programados realiza determinada actividade, podendo ser sem a interferência humana,
sempre com o objectivo de optimizar processos de diferentes sectores da economia.
Os ramos da automação que mais se destacam na área de engenharia eléctrica são a
automação industrial e a automação residencial. São muitas as possibilidades a serem
seguidas, porém, tendo em vista a necessidade que será apresentada, o estudo do sistema
proposto será voltado à automação dos sistemas existentes, com a proposta de
solucionar um problema cotidiano, sendo este, as possíveis falhas que ocorrem em
sistemas de bombeamento de fluidos, tendo em vista que existe por vezes as chaves de
bóia falham e a carência de protecção, já que os dispositivos existentes não abrigam por
completo as necessidades da bomba. Na montagem eléctrica actual a bomba é accionada
e desacionada por um contactor e este, por sua vez, é controlado por uma bóia eléctrica
e por botoeiras.
Com o desgaste do tempo principalmente as chaves bóia tendem a estragar, podendo
abrir seu circuito interno ou fechar. Quando acontece de fechar o circuito da bóia, a
mesma manda accionar o contactor e em muitos casos a bomba de recalque transporta
toda a água do reservatório inferior e acaba trabalhando sem água, quando isto ocorre,
na parte de recalque da bomba esquenta e acaba por danificar toda a tubulação e a sua
estrutura de recalque podendo levar à queima da bomba, dai que surgiu a necessidade de
implementação de um segundo comando (manual) para que caso isso aconteça a bomba
seja desligada manualmente.

Palavra-chave: Controlo automatico, controlo manual, nivel dagua, disjuntores, sensor


chave de boia, electrobombas, botoneiras.
ABSTRACT
Automation can be characterized as a system that, through programmed commands,
performs a certain activity, without human interference, always with the aim of
optimizing processes in different sectors of the economy.
The branches of automation that stand out in the area of electrical engineering are
industrial automation and home automation. There are many possibilities to be
followed, however, in view of the need that will be presented, the study of the proposed
system will be focused on the automation of existing systems, with the proposal to solve
a daily problem, which is the possible failures that occur in fluid pumping systems,
considering that float switches sometimes fail and the lack of protection, since the
existing devices do not completely cover the needs of the pump. In the current electrical
installation, the pump is activated and deactivated by a contactor and this, in turn, is
controlled by an electric float and by push buttons.
With the wear of time, mainly the float switches tend to spoil, and their internal circuit
can open or close. When the float circuit closes, it triggers the contactor and in many
cases the booster pump transports all the water from the lower reservoir and ends up
working without water, when this occurs, the booster part of the pump heats up and
ends up damage the entire pipe and its discharge structure, which could lead to the
pump burning, hence the need to implement a second command (manual) so that, in
case this happens, the pump is turned off manually.

Keywords: Automatic control, manual control, water level, circuit breakers, float key
sensor, electric pumps, entrance panels.
Lista de figuras

Figure 1: electrobombas (fonte: Lojadomecanico.com.br) .............................................. 6


Figure 2: Chaves selectoras (fonte: magazine Luisa) ....................................................... 8
Figure 3: Botoeira ( fonte: electrotecnica vera cruz) ........................................................ 9
Figure 4: boia electrica( fonte: comercio/niveldeboia.com) ............................................. 9
Figure 5: Rele termico( fonte: Alibaba) ......................................................................... 10
Figure 6: Contactores( Fonte: alibaba) ........................................................................... 11
Figure 7: sinalizadores(fonte: Luxpro) ........................................................................... 11
Figure 8: Disjuntor( fonte: Cetti) .................................................................................... 12
Figure 9: esquema de luz de emergencia (Fonte: Mundo da eléctrica) .......................... 14
Lista de tabelas

Tabela 1. CRONOGRAMA PARA ALCANÇAR OS OBJECTIVOS………………...3

Tabela 2. Secção de condutores……………………………………………………….16


Tabela 3. Factores de correção de temperatura………………………………………..17
Tabela 4. Características da alma condutora…………………………………………..18
Tabela 5. Orçamento………………………………………………………………..…20
Lista de abreviaturas e siglas

V- volt

I - Corrente em amperes (A)

IS - Corrente de serviço

Iz - Corrente corrigida

P – Potencia em W

Cv – Cavalo-vapor

In – Corrente nominal em

InK – Corrente nominal do contactor

InRT – Corrente nominal do relé térmico

Na – Normal aberto

Nf – normal fechado

CosҨ – Factor de potência

Ƞ - Rendimento
Índice
CAPITULO I ............................................................................. Erro! Marcador não definido.

1. INTRODUÇÃO ..................................................................... Erro! Marcador não definido.

1.1. TEMA ......................................................................... Erro! Marcador não definido.

1.2. FINALIDADE/PROPOSITO DO PROJECTO ......... Erro! Marcador não definido.

1.3. DELIMITAÇÕES DO TEMA.................................... Erro! Marcador não definido.

1.4. OBJECTIVO GERAL E ESPECIFICO ..................... Erro! Marcador não definido.

1.4.1. OBJECTIVO GERAL ............................................. Erro! Marcador não definido.

1.4.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ............................... Erro! Marcador não definido.

1.5. CRONOGRAMA PARA ALCANÇAR OS OBJECTIVOSErro! Marcador não definido.

1.6. MÓDULOS E TÓPICOS ABRANGIDOS PELO PROJECTO INTEGRADOErro! Marcador n

1.7. JUSTIFICATIVA ....................................................... Erro! Marcador não definido.

1.8. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ........................... Erro! Marcador não definido.

1.9. HIPOTESES OU PRESSUPOSTOS ........................... Erro! Marcador não definido.

CAPITULO II ............................................................................ Erro! Marcador não definido.

2. METODOLOGIA.................................................................. Erro! Marcador não definido.

CAPITULO III .......................................................................... Erro! Marcador não definido.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ........................................ Erro! Marcador não definido.

3.1. Bombas D’água .......................................................... Erro! Marcador não definido.

3.2.TIPOS DE BOMBA D’ÁGUA .................................................................................... 6

3.2.1. BOMBAS SUBMERSAS ........................................................................................ 7

3.2.1.1. Bombas submersiveis ............................................................................................ 7

3.2.1.2. Bombas submersas ................................................................................................ 7

3.2.2. BOMBAS DE SUPERFICIE .................................................................................... 7

3.2.2.1. Bomba centrifuga ................................................................................................... 7

3.2.2.2. Bomba periferica.................................................................................................... 7

3.2.2.3. Bomba injectora...................................................................................................... 7


3.2.2.4.Bomba Alto-Aspirante........................................................................................... 8

3.3. Chave selectora ........................................................................................................... 8

3.4. Botoeiras ..................................................................................................................... 9

3.5. Boia electrica .............................................................................................................. 9

3.6. Relés ......................................................................................................................... 10

3.7. Contactores ................................................................................................................ 10

3.8. Sinalizadores.............................................................................................................. 11

3.9. Disjuntores .................................................................................................................. 12

3.9.1. Curva B .................................................................................................................... 12

3.9.2. Curva C .................................................................................................................... 12

3.9.3. Curva D .................................................................................................................... 13

3.10. FUNCIONAMENTO ............................................................................................... 14

3.11. DIMESIONAMENTO DO PROJECTO .................................................................. 15

3.11.1. Dimensionamento do disjuntor............................... Erro! Marcador não definido.

3.11.2. Dimensionamento do contactor ............................................................................. 15

3.11.3. Dimensionamento do relé termico ......................................................................... 15

3.11.4. Dimensionamento do conductor ........................... Erro! Marcador não definido.6

CAPITULO IV .......................................................................... Erro! Marcador não definido.

4. CONSTATAÇÃO ................................................................. Erro! Marcador não definido.

4.1. Orçamento ................................................................................................................... 20

CAPITULO V .......................................................................................................................... 21

5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 21
CAPITULO I

1. INTRODUÇÃO

O presente projecto aborda sobre accionamento manual-automático de electrobomba de uma


residencia, o projecto estaraa focado na parte electrica, especificamente na parte do
accionamento electrico do motor electrico da bomba, irei abordar tambem sobre o
dimensionamento dos principais componentes electricos que faram parte desse sistema.

O sistema de bombeamento dagua tera um monitoramento constante de nível de água na


rede hidráulica. O diferencial do projecto esta no facto de que, esse sistema ira funcionar
manualmente e automaticamente, isso ira permitir que no momento que o sensor tiver algum
problema e quensequentemente a bomba não for accionada, o utilizador tenha a
possibilidade de acciona-la manualmente ou vice-versa, aumentando assim a confiabilidade
do sistema. Nos sistemas de controle automatico, a bomba ee accionada sem precisar da
intervencao do homem, ou seja, o sensor de boia faz o controlo do nivel dagua e no
momento que o tanque estiver cheio, o sensor faz a electrobomba parar de sugar a agua da
sisterna ou poco e quando acontece o contrario, o sensor de boia acciona a electrobomba. Já
nos sistemas de controlo manual, as electrobombas são accionadas por meio de botoneiras e
são desligadas tambem pelas botoneiras.

1
1.1. TEMA: Accionamento Manual-Automático de electrobomba de uma residência

1.2. FINALIDADE

Planificar e fazer o accionamento manual-automático de electrobomba de uma residência.

1.3 DELIMITAÇÕES DO TEMA


A electrobomba será instalada numa residência no bairro Cerâmica na cidade de Lichinga
província de Niassa.

1.4. OBJECTIVO GERAL E ESPECIFICO


1.4.1. OBJECTIVO GERAL
 Instalar electrobomba com accionamento manual-automático numa residência no
0bairro Cerâmica.

1.4.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS


 Fazer dimensionamento dos principais componentes eléctricos;
 Garantir maior confiabilidade no sistema de accionamento da electrobomba;
 Melhorar a eficiência do controle de nível de líquido;
 Manter a água num nível desejado.

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1.5. CRONOGRAMA PARA ALCANÇAR OS OBJECTIVOS

Datas/ Semanas

Ano
Actividades Primeira Semana Segunda Semana

01/02 04/02/ 08/02/ 07/02/ 11/02/ 11/02/ 12/02/ 13/02/ 14/02/ 15/02/
/22 22 22 22 22 22 22 22 22 22

Escolha do tema
2022
para o projecto.

Recolha de dados
para a realização 2022
do Projecto, X

Estudo de
viabilidades do
2022
campo de acção
do projecto,

Compilação do X
2022
Projecto

Apresentação da
primeira versão 2022
do projecto.

Ultima
compilação do 2022
projecto,

Entrega formal e
apresentação do
2022
Projecto pelo
formando.

3
1.6. MÓDULOS E TÓPICOS ABRANGIDOS PELO PROJECTO INTEGRADO
 Planificar, Implementar e manter circuitos de força motriz em instalações eléctricas
industriais;
 Comissionar instalações eléctricas de utilização e distribuição em baixa e média
tensão e prestar assistência técnica a clientes;
 Executar e orientar a manutenção de motores eléctricos e equipamento eléctrico geral;
 Comunicar informações relacionadas ao trabalho;
 Produzir materiais escritos.

1.7. JUSTIFICATIVA
Este trabalho faz referência a implantação de um projecto de instalação de electrobomba
com accionamento manual-automático numa residência no bairro Cerâmica. Com a
instalação desse sistema haverá possibilidade de accionar a electrobomba manualmente e
automaticamente, garantindo maior confiabilidade para o sistema visto que no momento que
o accionamento automático ou manual tiver algum problema, o sistema continuara
funcionando bastando apenas fazer a mudança do modo de accionamento.

1.8. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA


Fui solicitado para montar o sistema eléctrico para arranque de uma bomba centrífuga
trifásica para o abastecimento de um tanque de 10mil litros em uma residência. Esta bomba
terá um accionamento Manual-Automático ou seja, pode ser accionado por uma bóia
eléctrica ou por botoeiras

1.9. HIPOTESES OU PRESSUPOSTOS


A instalação da electrobomba com controlo manual-automático nessa residência, ira resultar
na maior economia no consumo da energia eléctrica, visto que quando o sistema estiver a
funcionar no modo automático, a bóia soo vai accionar quando o nível da água reduzir,
evitando gastos desnecessários.

4
CAPITULO II
2. METODOLOGIA
O presente projecto teve como métodos de observação, análise do local para sua
implementação, leitura das normas em vigor nos pais, colecta de informações secundarias
para o seu desenvolvimento, os procedimentos foram:

 Entrevista;
 Revisão bibliográfica;
 Observação directa e;
 Recolha de dados.

5
CAPITULO III
3. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
3.1 Bombas D’água

A bomba d’água é um equipamento amplamente utilizado quando é necessário realizar a


transferência de grandes volumes de água de um local para outro. Normalmente, ela é
conectada a canos que viabilizam essa passagem e, além disso, possui a função de
pressurizar a água.

Figure 1: electrobombas (fonte: Lojadomecanico.com.br)

3.2 TIPOS DE BOMBAS D’ÁGUA

Um factor muito importante para dimensionar uma bomba d’água é o tipo da bomba. Essa
informação depende do local onde a bomba será usada e o que ela vai fazer.

Existem muitos tipos de bombas d’água, mas elas basicamente são classificadas em Bombas
Submersas e Bombas de Superfície.

6
3.2.1 BOMBAS SUBMERSAS

As bombas d’água submersas são divididas em dois grupos, as submersíveis e as submersas


de fato.

3.2.1.1 Bombas Submersíveis

Esse tipo de bomba atua por um certo tempo dentro da água, mas deve ser retirado e secado
ao fim de sua função. Essas bombas são muito utilizadas para drenar a água de inundações
ou alagamentos.

3.2.1.2 Bombas Submersas

As bombas submersas de fato, são projectadas para trabalharem o tempo todo dentro da
água. Elas são usadas, por exemplo, em aquários e poços artesianos.

3.2.2 BOMBAS DE SUPERFÍCIE

As bombas de superfície podem ser as bombas centrífugas, periféricas, injectoras e as Auto


aspirantes.

3.2.2.1 Bomba Centrífuga

A bomba centrífuga dá uma grande vazão de água, mas a sua pressão é baixa. Ela é usada
em sistemas de irrigação, no bombeamento de líquidos do saneamento básico, em indústrias,
em residências e na transferência de água para reservatórios.

3.2.2.2 Bomba Periférica

Ao contrário da bomba centrífuga, a bomba periférica tem baixa vazão de água, mas em
compensação ela tem uma grande pressão.

É indicada para transferir água limpa sem nenhum detrito, de reservatórios ou cisternas para
o abastecimento de indústrias, residências e alguns sistemas de irrigação.

3.2.2.3 Bomba Injectora

A bomba injectora tem uma vazão baixa e uma grande pressão. É necessário que além da
tubulação de sucção, um tubo injector seja instalado no sistema desta bomba.

7
Pelo seu alto valor de sucção, pode atingir uma profundidade de até 40 metros! Além disso,
a sua manutenção pode ser até mais difícil do que a das bombas submersas.

3.2.2.4 Bomba Alto-Aspirante

Por último temos a bomba alto-aspirante, que tem boa vazão e pressão aproveitável. Por
causa do seu sistema a vácuo, ela retira automaticamente todo o ar do corpo da bomba,
beneficiando a vida útil e eficiência dela.

É usada em poços e lagoas, garantindo que a água não volte para o lugar da sucção.

Estes são apenas alguns tipos de bombas, mas existem alguns outros como por exemplo, a
motobomba, que também é muito usada no meio industrial e residencial.

3.3 Chaves selectoras

É normalmente utilizada para seleccionar entre accionamento automático ou manual de


partida em motores, máquinas e equipamentos e também para evitar accionamento indevido
(acidental ou deliberado) de equipamentos, em casos de parada para manutenção, por
exemplo.

Figure 2: Chaves selectoras (fonte: magazine Luisa)

8
3.4 Botoeiras

Conhecidas de forma genérica como botão de comando, funciona como um elemento


responsável por ligar e desligar os circuitos, sendo as mais comuns os contactos do tipo NA
(normalmente aberto) e NF (normalmente fechado) permitindo uma grande quantidade de
configurações. Em algumas se encontra presente um dispositivo de retorno por mola que
após ser accionado retorna para a posição original (botões pulsadores).

Figure 3: Botoeira ( fonte: electrotecnica vera cruz)

3.5 Bóia eléctrica

A bóia eléctrica é basicamente um sensor de nível, que atua como uma chave automática.
Quando a bóia identifica que o nível do líquido está baixo, ela envia um comando para que a
bomba hidráulica seja accionada, porém a bóia desliga instantaneamente quando a situação é
inversa.

Figure 4: boia electrica( fonte: comercio/niveldeboia.com)

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3.6 Reles

Os relés possuem como mecanismo básico ligar e desligar circuitos. O circuito básico
utilizado onde não há contacto físico entre os terminais de accionamento e de trabalho
permitiu o surgimento dos módulos/circuitos mencionados anteriormente, além de ter
influenciado no conceito dos contactores. Grande parte deles executa uma comutação de
contacto através de algum tipo de análise do circuito como os relés falta de fase, que
identificam a falta de uma fase e então comutam seus contactos internos. Em geral, são
usados para retransmitir sinais, em especial os electromecânicos, que podem ter de um a oito
contactos

Figure 5: Rele termico( fonte: Alibaba)

3.7 Contactores

É o dispositivo electromecânico principal em um comando eléctrico, cuja função


predominante é controlar a passagem de altas correntes, possuindo também as configurações
NA e NF. São compostos por uma bobina que produz um campo magnético que proporciona
movimento e que por sua vez realiza uma mudança de estado dos contactos, quando
energizados os que estavam abertos quando desenergizado fecham e os que estavam
fechados abrem.
Possuem dois tipos de contacto, o de potência ou principal, que lidam com alta corrente
geralmente em blocos de 3 contactos (todos NA) para cargas trifásicas e auxiliares ou de
comando (mesclados entre contactos NA e NF de acordo com a necessidade), que lidam
com baixa corrente, utilizados para os comandos eléctricos propriamente ditos.

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Figure 6: Contactores( Fonte: alibaba)

3.8 Sinalizadores

Servem para sinalizar o operador de uma situação que requer a sua atenção. Podem ser do
tipo luminoso ou sonoro, sendo o luminoso o mais utilizado, apresentando como
indicadores:

vermelho: perigo, condição anormal.

amarelo: atenção ou cuidado.

verde: máquina liberada para operar.

branco: máquina em movimento, operação normal.

azul: qualquer função não englobada anteriormente.

Figure 7: sinalizadores(fonte: Luxpro)

11
3.9 Disjuntor

É um dispositivo que assim como o fusível serve para proteger o circuito de um curto-
circuito ou sobrecarga actuando eventualmente como uma chave, interrompendo a passagem
de corrente.

Figure 8: Disjuntor( fonte: Cetti)

Para cada tipo de carga foi estipulado uma curva de ruptura para o disjuntor e essas curvas
foram separadas em categorias que são as seguintes:

3.9.1 Curva B:

A curva de ruptura B para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura esta
compreendido entre 3 e 5 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva deve
operar quando sua corrente atingir entre 30A a 50A.Os disjuntores curva B são usados onde
se espera um curto-circuito com baixa intensidade, normalmente cargas resistivas, em
residências nas tomadas de uso comum, onde a demanda de corrente de partida do
equipamento é baixa.

3.9.2 Curva C:

A curva de ruptura C para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura esta
compreendido entre 5 e 10 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva deve
operar quando sua corrente atingir entre 50A a 100A. Os disjuntores de curva C são usado
onde se espera uma curto circuito de intensidade média e onde a demanda de corrente para
12
partida de equipamentos é mediana, normalmente cargas indutivas, como motores, sistemas
de comando e controle, circuitos de iluminação em geral e ligação de bobinas.

3.9.3 Curva D:

A curva de ruptura D para um disjuntor, estipula que sua corrente de ruptura esta
compreendido entre 10 e 20 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva deve
operar quando sua corrente atingir entre 100A a 200A.

Os disjuntores de curva D são usado onde se espera uma curto circuito de intensidade alta e
onde a corrente de partida é muito acentuada, sendo muito utilizados em grande motores e
grandes transformadores.

Não existe contudo disjuntores de curva A, o motivo é para que o A da curva não seja
confundido com o A de ampere, unidade de corrente eléctrica.

13
3.10 FUNCIONAMENTO

Basicamente, temos três componentes principais para entender como funcionam os sistemas
automáticos-manuais.

O primeiro e o mais importante é a chave de duas posições! Esta é uma chave que tem duas
posições fixas e na parte traseira, tem dois contactos normalmente abertos, um na primeira
posição e outro na segunda posição. O segundo componente é uma bóia ou sensor de nível
que caso for seleccionado a sua linha pela chave, a bomba será accionada automaticamente.
Quando a posição 2 da chave, que é a posição manual é seleccionada, a corrente eléctrica
percorre o circuito pelo caminho à esquerda do diagrama de comandos e pra accionar a
bomba deve ser ligado uma botoeira que será responsável pelo arranque manual.

Figure 9: esquema de luz de emergencia (Fonte: Mundo da eléctrica)

14
3.11 DIMENSIONAMENTO DO PROJECTO

Fui solicitado para montar o sistema eléctrico para arranque de uma bomba centrífuga
trifásica para o abastecimento de um tanque de 10mil litros em uma residência.

Esta bomba terá um accionamento Manual-Automático ou seja, pode ser accionado por uma
bóia eléctrica ou por botoeiras.

Quando o tanque estiver cheio, a bóia eléctrica desligara a bomba.

Quando o tanque estiver vazio a bóia ira ligar a bomba,

O proprietário da residência, adquiriu uma bomba centrifuga com os seguintes dados:

 P=2CV 1472 W
 3460RPM
 XI polos
 T=40°C
 380V/220V
 60Hz
 𝐶𝑜𝑠∅=0,80
 𝜂=91%

3.11.1 Dimensionamento do disjuntor

𝑃 1472
In=𝑉×√3×𝑐𝑜𝑠∅.×ƞ = 380×√3×0,80×0,91 = 3,07𝐴 → 10𝐴

3.11.2 Dimensionamento do contactor

𝐼𝑛𝐾 = 𝐼𝑛 × 1,15 = 3,07 × 1,15 = 3,53𝐴 → 7𝐴

3.11.3 Dimensionamento do relé térmico

𝐼𝑛𝑅𝑇 = 𝐼𝑛 × 1,25 = 3,07𝐴 × 1,25 = 3,84𝐴 → 4 𝑎 6,3𝐴

15
3.11.4 Dimensionamento do condutor

Pelo critério de capacidade de condução de corrente

𝐼𝑆 = 𝐼𝑁 = 3,07𝐴 → 1,5𝑚𝑚2

𝐼𝑚𝑎𝑥1,5𝑚𝑚 → 20𝐴 𝐼𝑚𝑎𝑥2,5𝑚𝑚 → 28𝐴

Pelo critério de condução de corrente o condutor de 1,5mm é ideal porem segundo as


Exigências da norma a secção mínima para circuito de forca deve ser de 2,5mm.
Os dados foram extraídos da tabela 1:

Fonte: Autor
16
Os condutores não se encontram perto de nenhum outro circuito e a temperatura ambiente do lo
cal é de 30◦C, não estanhados, e estão instalados ao ar livre e são multicondutores.

Segundo a norma: 𝐼𝑧 ≥ 𝐼𝑆

𝐼𝑧 = 𝐼𝑚𝑎𝑥 × 𝛽 × 𝑦

𝐼𝑧 = 28𝐴 × 1 × 0,88

𝐼𝑧 = 24,64𝐴 ≥ 3,07𝐴

𝐼𝑧 ≥ 𝐼𝑠 Pelo critério de secção mínima o condutor atende as exigências da norma.

Os dados foram extraídos da tabela 5

Fonte: autor

l=20m; V=380v; y (alma condutora)= 7,28

os dados da alma condutora foi extraído na tabela 6

1,06 × 𝑦 × 𝐼𝑠 × 𝑙 × 𝑐𝑜𝑠𝜑
∆𝑣% =
10 × 𝑉

1,06 × 7,28 × 3,07 × 20 × 0,80


∆𝑣% =
10 × 380

∆𝑣% = 0,09%

Pelo critério de queda de tensão a secção de 2,5mm obedece as exigências da norma pois a

norma exige que a queda de tensão não ultrapasse 5 % da tensao, e usando a seccao de

2,5mm a queda será de 0,09%.


17
Fonte: autor

18
CAPITULO IV
4. CONSTATAÇÃO

Ao observar as máquinas eléctricas, mais especificamente de bombas eléctricas, nota-se que,


grande maioria das falhas são causadas pela falta de protecção ou ineficiência destas em
cumprir sua função. Os custos envolvidos vão além da manutenção e troca de peças, mas
também relativo a paradas e incómodos desnecessários. Estes dependem especificamente do
tipo de serviço realizado pela bomba. A aplicação de uma bomba é muito abrangente, sendo
desde uso residencial como uso industrial.

Durante a realização do projecto pude constatar que o mau dimensionamento e uma das
principais causas das avarias, isso tanto na instalação de electrobombas quanto na instalação
de outros equipamentos eléctricos.

Inicialmente abordei sobre as electrobombas e seus respectivos tipos, os componentes de


irão accionar a bomba manualmente e automaticamente, os órgãos de protecção da
instalação, o funcionamento do circuito, e dimensionamento.

Por fim, garante-se que o trabalho atingiu seu objectivo. Com a colaboração dos
conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas e na prática, fez-se um sistema que atendeu de
forma satisfatória as necessidades expostas, avalizando uma confiabilidade eficaz ao sistema
de bombeamento e garantindo protecção à bomba e motor, juntamente com as protecções
existentes.

19
4.1. Orçamento

Preço unitário Preço total em Preço em


Quantidade Nome do material Referência
em USD USD Metical
01 Contactor Contactor 7A WEG 19.00 19,00 1212,77
Relé térmico
01 Relé térmico 15,00 15,00 957,45
4 𝑎 6,3𝐴
Sinalizadores
03 Sinalizadores 2,19 6,57 419,36
luminosos
Chave selectora de
01 Chave selectora 27,00 27,00 1723,41
duas posições
02 Botoeiras Botoeiras pulsantes 3,29 6,58 420,00

01 Bóia eléctrica Bóia CB-2001 – 22,50 22,50 1436,17


15A
Disjuntor 10A
01 Disjuntor 13,25 13,25 845,75
curva C
Condutores
60m Condutor 2,5mm 0,75 45,00 2872,35
eléctricos
Total 9887,26

Cambio do dia 10 de Fevereiro de 2022 segundo o https://www.bancomoc.mz/ forneceu que


1U$D esta para 63,83MT.

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CAPITULO V
4. REFERÊNCIAS

1. FILHO, João Mamede. Instalações Elétricas Industriais, 6 ed. Rio de Janeiro, LTC,
2001
2. Coleção Básica Senai de Comandos Elétricos: SENAI – DN, 1980
3. FILHO, João Mamede. Manual de Equipamentos Elétricos, 3 ed. Rio de Janeiro,
LTC, 2005.
4. VAN VALKEN BURGH, Nooger e Neville, Eletricidade Básica, Vol. 5, Rio de
Janeiro, Ao Livro Técnico, 1982.
5. Coleção Básica Senai de Comandos Elétricos: SENAI – DN, 1980
6. https://www.mundodaeletrica.com.br/controle-de-nivel-de-reservatorio/g
7. SMAR. Manual dos procedimentos de instalação, operação e manutenção:
Foundation fieldbus. 3. ed. Sertãozinho, 2008. 66 p. 17
8. ROSÁRIO, João Maurício, -Princípios de Mecatrônica- Editora Pearson Prentice
Hall, São Paulo, 2005.
9. FRANCHI, Claiton Moro. Accionamentos Eléctricos.
10. THOMAZINI, Daniel; Albuquerque, Pedro U. Braga de. Sensores Industriais:
Fundamentos e Aplicações.

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