Você está na página 1de 39

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

2023.1
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

MEMORIAL DESCRITIVO
RESTAURAÇÃO DA PLANTA DIDÁTICA CITEC

ALEXSANDER SOUSA, ANDERSON LEUNAM, CLENYTON MOURA


DANIEL CUNHA, DIOGO SILVA, THALLES BASSALO

Salvador, 2023

1
MEMORIAL DESCRITIVO
RESTAURAÇÃO DA PLANTA DIDÁTICA CITEC

ALEXSANDER SOUSA, ANDERSON LEUNAM, CLENYTON MOURA


DANIEL CUNHA, DIOGO SILVA, THALLES BASSALO

Memorial Descritivo apresentado ao Curso


Técnico em Automação Industrial da
instituição SENAI - Dendezeiros, como
requisito para aprovação da unidade curricular
Trabalho de Conclusão de Curso.

Orientadora: Prof. Tuyanne Silva

Salvador, 2023

2
SUMÁRIO

1-Introdução.....................................................................................................................4
2-Identificação..................................................................................................................5
3-Controlador lógico programável.................................................................................6
4-Funcionamento da planta didática............................................................................11
5-Instrumentação e comissionamento dos instrumentos...........................................12
6-Supervisório................................................................................................................20
7-Dimensionamento dos condutores............................................................................21
8-Estudo de localização.................................................................................................23
9-Montagem da planta didática...................................................................................24
10-Diagramas.................................................................................................................30
11-Conclusão..................................................................................................................37

3
1. Introdução

Este memorial descritivo é baseado em estudos, pesquisas e nos conhecimentos e


capacidades técnicas desenvolvida pelos membros da equipe durante o curso técnico em
Automação Industrial, no Senai – Dendezeiros. Ele descreve os processos de pesquisa,
planejamento, montagem e entrega do projeto físico e em 3D.
A equipe se esforçou para usar da melhor forma todos os recursos que tinham a sua
disposição para conseguir construir o projeto. Foram utilizadas capacidades técnicas
desenvolvidas desde o primeiro semestre, como eletrônica, comandos elétricos,
instrumentação, tecnologias da informação etc.
Esse projeto irá beneficiar o Senai como instituição, os alunos que terão mais um kit
didático a disposição para desenvolverem suas capacidades técnicas e aos próprios
membros da equipe que irão aprimorar ou desenvolver diferentes capacidades para a
elaboração e construção do projeto.

4
2. Identificação

Projeto: Restauração da Planta Didática CITEC


Cliente: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI)
Endereço: Av. Dendezeiros, 99 - Bonfim
CEP: 40415-006 - Salvador - BA
Representante: Valmir Machado da Silva Filho
Tel.: (71) 3310-9909
Dados do Projeto: Tipo instalação baixa tensão
Tensão Nominal: 220/380V
Autores do Projeto: Técnico(s) em Automação Industrial: Alexsander Sousa
Anderson Leunam
Clenyton Moura
Daniel Cunha
Diogo Silva
Thalles Bassalo

5
3. Controlador Lógico Programável

O Controlador Lógico Programável disponibilizado para o projeto foi o Allen-Bradley


Micro820. Segue as principais especificações técnicas do equipamento:
Fabricante: Allen-Bradley;
Modelo: Micro820/2080-LC20-QWB;
Alimentação +24 VDC;
12 Entradas digitais 24VDC;
7 Saídas á relé 220V/1A;
1 Saída analógica de 0-10VDC;
4 Entradas analógicas compartilhadas de 0-10VDC.

6
Micro820. Fonte: Rockwell Automation.

Fonte: Equipe do Projeto.

As entradas analógicas I-00 a I-03 são compartilhadas entre analógicas e digitais. Por
isso, só funcionam como SYNK de 24VDC, caso sejam usadas como digitais, podendo
também medir sinais de 0-10VDC. No projeto, as portas analógicas I-00 a I-03 serão
utilizadas como entradas analógicas de 0-10VDC:

7
I-00 = LIT-01 (Transmissor indicador de nível do Vaso);
I-01 = LIT-02 (Transmissor indicador de nível do Tacho);
I-02 = FIT-01 (Transmissor indicador de vazão);
I-03 = TT-01 (Transmissor de temperatura do Tacho);

Visto que todos os instrumentos da planta enviam sinais de 4-20 mA, foi necessário usar
um resistor de 500R para converter o sinal de 4-20 mA em sinal de tensão 0-10 VDC.

Lei de OHM:
V – Tensão que corresponde ao sinal de 20 mA
I – Sinal de corrente que corresponde a tensão de 10 VDC
R: V/I
R = 10V/0,020A = 500R

As entradas analógicas de LIT-01 e FIT-01 estão sendo utilizadas em dois blocos PID.
Por meio do supervisório, é possível definir o Set-point dessas variáveis.
A variável do TT-01 está ligada a um bloco comparador, onde é possível definir o Span
da temperatura. Além disso, todas as variáveis estão ligadas a blocos comparadores
responsáveis tanto por controle quanto intertravamento.
As entradas I-04 a I-11 são entradas digitais SYNK OR SORCE que podem ser
utilizadas com tensões de 24VDC. No projeto, estão sendo utilizadas como SINK.
As entradas digitais estão sendo utilizadas em sua maioria para acionamento manual dos
equipamentos, todos ligados a botoeiras pulsantes NA. Segue a lista das entradas
digitais:

I-04 = BOTOEIRA NA COMANDO PARA LIGAR BOMBA CENTRÍFUGA;


I-05 = BOTOEIRA NA COMANDO PARA DESLIGAR BOMBA CENTRÍFUGA;
I-06 = LSHH-01 CONTATO NA DE CHAVE DE NÍVEL ALTO DO VASO;
I-07 = BOTOEIRA NA COMANDO PARA LIGAR BOMBINHA DE 24VDC;
I-08 = BOTOEIRA NA COMANDO PARA DESLIGAR BOMBINHA DE 24VDC;
I-09 = BOTOEIRA NA COMANDO PARA LIGAR RESISTÊNCIA DO TACHO;
I-10 = BOTOEIRA NA COMANDO PARA DESLIGAR RESISTÊNCIA DO TACHO;

8
I-11 = BOTOEIRA NA COMANDO PARA INICIAR PROCESSO AUTOMÁTICO.

Todos os comandos estão devidamente programados no CLP, seguindo condições de


funcionamento obrigatório.
Condições de intertravamento na programação do CLP:
1 – Causa: Nível alto do vaso (LSHH-01);
1 – Efeito: Desligar a bomba centrífuga (B-01);
2 – Causa: Temperatura alta no Tacho (TT-01);
2 – Efeito: Desligar a resistência (TZ-01);
3 – Causa: Nível alto do tacho (LIT-02);
3 – Efeito: Desligar a bombinha 24VDC (B-02);
4 – Causa: Nível baixo do vaso (LIT-01);
4 – Efeito: Desligar a bombinha 24VCD (B-02).

A programação do CLP conta também com um sistema de processo automático.


Pressionado essa botoeira (I-11), o processo irá rodar automaticamente, sem a
necessidade de intervenção do operador. Após finalizado, um sinalizador será acionado,
informando o término do processo.
O controlador conta com 7 saídas digitais a relé, que suportam até 220VAC e 1A. Por
questões de segurança, nenhuma saída digital entra em contato direto com os atuadores,
e sim com dispositivos de intermediação, geralmente relés.
Os dois sinaleiros ligados diretamente ao CLP têm uma corrente nominal de 20mA.
Segue a lista de saídas digitais:

O-00 = B-01 – ENTRADA DIGITAL DO INVERSOR DE FREQUÊNCIA DA


BOMBA CENTRÍFUGA;
O-01 = B-01 – RELÉ DE INTERFACE PARA ACIONAR A BOMBINHA 24VDC;
O-02 = LAHH-01 – SINALEIRO QUE INDICA O NÍVEL MUITO ALTO NO VASO;
O-03 = RELÉ DE INTERFACE PARA ACIONAR O CONTATOR DA RESISTÊNCIA;
O-04 = AG-01-V1 – ENTRADA DIGITAL DO INVERSOR DE FREQUÊNCIA DO
AGITADOR DO TACHO PARA VELOCIDADE 1;

9
O-05 = AG-01-V2 – ENTRADA DIGITAL DO INVERSOR DE FREQUÊNCIA DO
AGITADOR DO TACHO PARA VELOCIDADE 2;
O-06 = O-02 = LAHH-01 – SINALEIRO QUE INDICA O TÉRMINO DO PROCESSO
AUTOMÁTICO.

Saídas analógicas:
V-00 = FV-01 – VÁLVULA DE CONTROLE DE VAZÃO DA LINHA DE
ALIMENTAÇÃO DO VASO.

A válvula de controle FV-01 está ligada as saídas dos PID’s de vazão e nível do vaso.
Em caso de acionamento manual, ela ficará completamente aberta sempre que a bomba
centrífuga B-01 acionar.
Devido ao CLP fornecido possuir uma quantidade limitada de entradas e saídas,
algumas condições adicionais de controle e segurança não puderam ser implementadas
ao processo. Mesmo assim, a equipe tentou explorar ao máximo as funcionalidades do
controlador.

4. Funcionamento da Planta Didática

A planta didática foi projetada para operar processos simples e permitir a simulação do
controle PID, controle ON-OFF etc.

Controle PID
O controle PID foi implementado para duas variáveis do processo na planta: o nível do
vaso principal (LIT-01) e a vazão da linha (FIT-01). As duas variáveis podem ser
controladas por apenar um atuador, que é a válvula de controle FV-01. O sistema foi
programado para que apenas um controle seja permitido por vez. Para que seja possível
realizar o controle, o operador deve fechar a válvula á montante da bombinha de
24VDC e abrir a válvula que permite que o fluído retorne ao tanque inferior, fazendo
assim uma malha fechada.

10
Fonte: The Automation Blog

Controle ON-OFF
O controle ON-OFF é utilizado para ao controle das variáveis de temperatura (TT-01) e
(LIT-02). É necessário definir no supervisório o valor de temperatura no tacho,
respeitando a temperatura máxima de segurança que são os 50° c.

Controle automático
No controle automático, o processo irá rodar automaticamente, necessitando apenas que
o operador acompanhe o passo a passo.
De forma resumida, o processo inicia com a bomba centrífuga (B-01) sendo acionada,
direcionando o fluido até o vaso.
Quando o nível do vaso alcançar um valor predeterminado, a bomba centrífuga irá
desligar e a bombinha de 24VDC (B-02) irá ser acionada, direcionando o fluido do vaso
principal para o tacho.
Quando o nível do tacho alcançar um valor predeterminado, a bombinha de 24VDC irá
desligar e a resistência do tacho (TZ-01) irá ser acionada, aquecendo o fluído, e o
agitador irá acionar na velocidade 2.
Quando a temperatura do tacho alcançar um valor predeterminado, a resistência irá
desligar e o agitador continuará acionado, dessa vez na velocidade 1, por dois minutos.
Passados os dois minutos, o agitador será desacionado e um sinaleiro irá ligar indicando
ao operador que o processo foi finalizado.

11
Controle manual
No controle manual, o operador pode acionar e desacionar os atuadores livremente,
considerando as condições de intertravamento sinalizadas no manual de operação. Tais
funções serão importantes em práticas que envolvam calibração ou acionamento de
atuadores e transmissores.

5. Instrumentação e comissionamento dos instrumentos

Para a operação do sistema, foram utilizados instrumentos de medições e diferentes


técnicas de controle e medição de variáveis físicas industriais. A seguir está um breve
descritivo da instrumentação no projeto.

12
LD301. Fonte: SMAR

LIT-01
O LIT-01 é um transmissor de pressão diferencial SMAR LD301. Ele está medindo o
nível do tanque principal com a técnica de medição de variáveis de medição de nível
por pressão diferencial. Pelo vaso principal se tratar de um equipamento pressurizado,
não é possível medir o nível dele se baseando na pressão atmosférica, visto que a
pressão em seu interior difere da mesma. Sendo a assim, a tubulação de impulso da
parte inferior tanque é conectada a câmara de alta pressão do transmissor, enquanto a
tubulação de impulso superior do tanque é conectada a câmara de baixa pressão do
transmissor. Sendo assim, a diferença de pressão entre as câmaras (ΔP).

Altura máxima do fluído no tanque: 20 inH2O


Líquido do processo: Água
Densidade relativa da Água (20° c): 1 g/cm³

PH = pressão na câmara de alta

13
PL = pressão na câmara de baixa
hH = altura da coluna líquida na câmara de alta
dH = densidade do líquido da câmara de alta
hL = altura da coluna líquida na câmara de baixa
dL = densidade do líquido da câmara de baixa

Pressão em 0%:
ΔP0% = PH - PL
ΔP0% = ( hH . dH ) - ( hL . dL )
ΔP0% = ( 0 . 1 ) – ( 20 . 1 )
ΔP0% = ( 0 ) – ( 20 )
ΔP0% = - 20 inH2O

PH = pressão na câmara de alta


PL = pressão na câmara de baixa
hH = altura da coluna líquida na câmara de alta
dH = densidade do líquido da câmara de alta
hL = altura da coluna líquida na câmara de baixa
dL = densidade do líquido da câmara de baixa
hCLP = altura da coluna líquida do processo
dCLP = densidade do líquido do processo

Pressão em 100%:
ΔP100% = PH - PL
ΔP100% = [ ( hCLP . dCLP ) + ( hH . dH ) ] - ( hL . dL )
ΔP100% = [ ( 20 . 1 ) + ( 0 . 1 ) ] – ( 20 . 1 )
ΔP100% = [ ( 20 + 0 ) ] – ( 20 )
ΔP100% = 20 – 20
ΔP100% = 0 inH2O

14
Sendo assim, a pressão mínima que o transmissor deve suportar é de 20mmH20

LIT-02
O LIT-02 é um transmissor de pressão diferencial SMAR LD301. Ele está medindo o
nível do tanque principal com a técnica de medição de variáveis de medição de nível
por pressão hidrostática por bolhas. Visto que o tanque do tacho é aberto, é possível
medir a pressão hidrostática utilizando a pressão atmosférica como referencial para
medir a pressão hidrostática. Para isso, uma tubulação com mangueira é inserida no
tanque e ligada ao suprimento de ar comprimido para criar bolhas. Ao passo que o nível
do fluído de o tacho aumentar, a pressão medida pelo transmissor irá aumentar, essa
pressão é linearmente proporcional ao nível do tanque.

Altura máxima do fluído no tanque: 0,40 MCA


Líquido do processo: Água
Densidade relativa da Água (20° c): 1 g/cm³

Para criar bolhas, é necessário que a pressão de suprimento de ar comprimido seja ao


menos 20% maior do que a pressão do fluido no nível máximo.

Pressão mínima do suprimento de ar:


P = (0,20 x hCLP) + hCLP
P = 0,20 x 0,40 + 0,40 MCA = 0,48MCA

Conversão para PSI


P = PMCA x 1,42
P = 0,68 PSI
Pressão recomendada
1 PSI

PS = pressão de suprimento
hCLP = pressão da coluna líquida do processo

Pressão em 0%:

15
P0% = PS + hCLP
P0% = 1 + 0
P0% = 1 PSI

Pressão em 100%:
P100% = PS + hCLP
P100% = 1 + 0,57
P100% = 1,57 PSI
Sendo assim, a pressão mínima que o transmissor deve suportar é de 2 PSI.

FIT-01
O FIT-01 é um transmissor de pressão diferencial SMAR LD301. Ele está medindo a
vazão da linha com a técnica de medição de variáveis de medição de vazão por pressão
diferencial. Utilizando uma placa de orifício, é possível criar uma diferença de pressão á
seu montante e a sua jusante. Para isso, a câmara de alta do transmissor é ligada a
montante da placa de orifício, enquanto a câmara de baixa é ligada a jusante da placa de
orifício.
Quando a vazão é 0, a pressão em ambas será igualada. E quanto maior a vazão, maior
será a diferença de pressão entre elas (ΔP). A tomada de impulso utilizada para
instalação do elemento sensor, no caso a placa de orifício, é a flange taps. Para
linearizar o sinal de saída do transmissor em função de vazão, faz-se necessário o uso de
um EXTRATOR DE RAIZ QUADRADA.

Vazão em 0%
Vazão: 0 m³/H
(ΔP) produzido com esta vazão: 0 inH20
Pressão a montante da placa de orifício: 0 inH20
Pressão a montante da placa de orifício: 0 inH20

Vazão em 100%
Vazão máxima da linha: (Preencher)
(ΔP) produzido com esta vazão: (Preencher)
Pressão a montante da placa de orifício: (Preencher)

16
Pressão a montante da placa de orifício: (Preencher)
Sendo assim, a pressão mínima que o transmissor deve suportar é de (Preencher)
mmH20

VTT10-HH. Fonte: Vivace

TT-01
O TT-101 é um transmissor de temperatura Vivace VTT10-HH. Ele está medindo a
temperatura do tacho por meio de um termopar tipo J. A temperatura do tacho terá um
limite de segurança de 50°c.

Características do Termopar tipo J:


Cor do fio: ( + ) Branco ( - ) Vermelho
Cor do cabo: Preto
Liga: ( + ) Ferro - ( 99,5 % )
( - ) Constantan= Cu ( 58 % ) e Ni ( 42 % ).
Faixa de utilização: 0 °C a 760 °C
F.e.m. produzida: - 8,095 mV a 43,559 mV

17
O transmissor de temperatura suporta diversos tipos de termopares, e realiza os cálculos
de conversão de mV em °C automaticamente.

Calibração dos instrumentos


Todos os instrumentos da planta podem ser calibrados localmente por meio da chave
magnética. Por possuírem o protocolo Hart, eles podem ser conectados ao PC por meio
de uma interface de comunicação Hart – USB e ser calibrados remotamente por meio do
software Pactware. Os transmissores estão calibrados e estarão abertos para novas
calibrações e/ou parametrizações.

Válvula Spirax Sarco K18 com atuador EP500. Fonte: Direct Industry

A válvula de controle disponibilizada pela instituição é uma Spirax Sarco, modelo K18,
com o atuador Spirax Sarco, modelo EP500. O atuador eletropneumático é um elemento
conversor que irá converter o sinal de controle de 4-20 mA em um sinal pneumático que
irá ao atuador da válvula de controle. No projeto, é fundamental que a válvula e o
atuador sejam compatíveis. Por exemplo, a pressão do atuador EP500 quando o sinal de
controle é 4 mA é de 0 PSI.
Se a válvula de controle possuísse uma pressão que variasse de 3-15 psi, ela só iria
começar a se movimentar quando o sinal de controle fosse 5,6 mA, o que poderia causar
instabilidades no sistema e até impossibilitar o controle das variáveis, especialmente a
vazão.

18
Hipótese:
Faixa de pressão do atuador: 0-30 PSI
Sinal de controle: 4-20 mA
Ou seja: 4 mA = 0 PSI / 20 mA = 30 PSI

Caso a válvula necessitasse de 3 psi em 4mA:


PV – LRV/SPAN = mA – LRV (mA)/SPAN

PV = Variável do Processo
LRV = valor baixo do intervalo
URV = Valor da Faixa Superior
ma = valor de corrente em miliampere

mA = ((16x3)/30)+4 = 5,6 mA
Sendo assim, o atuador EP500 não teria um bom funcionamento caso utilizado com
uma válvula de controle de 3-15 PSI.

Válvula K18:
Pressão de operação: 0-30 PSI

Atuador EP500:
Pressão de operação: 0-100 PSI
Entrada: 4-20 mA
Saída: 0-100% da pressão de suprimento

Caso a pressão de suprimento seja 60 PSI:


Pressão em 4 mA mandada para a válvula: 0 PSI
Pressão em 20 mA mandada para a válvula: 60 PSI

19
6. Supervisório

O sistema de supervisório foi construído utilizando o Software Elipse E3 Demo.


O sistema foi projetado para operar de forma simples, permitindo alterações nos seus
parâmetros pelo operador. Ele está configurado para visualização simples das variáveis
do processo, comando dos atuadores e set-points.

20
Fonte: Equipe do projeto

O Elipse E3 Demo está conectado com com o CLP via protocolo Ethernet, e pode
visualizar o valor de até 20 tags de comunicação. Devido ao programa rodar no modo
Demo, não foi possível criar um gráfico com as penas indicando o estado dos PID’s de
nível e vazão, como SP, PV e ERRO, visto que todas as tags foram utilizadas em
informações fundamentais do processo, como estado dos atuadores ou set-points.

7. Dimensionamento dos condutores.

O dimensionamento dos condutores foi realizado com base na norma ABNT/NBR 5410.
O principal critério utilizado para tal é o de capacidade máxima de condução de corrente
dos condutores. Para isso, é necessário calcular a potência máxima dos circuitos.

21
Para realizar o dimensionamento dos condutores, foi necessário verificar a corrente
nominal dos dispositivos que serão alimentados por esses condutores:
1 – Inversor com a bomba centrífuga Dancor – Corrente nominal de 1,6 A
2 – Fonte de alimentação Siemens – Corrente máxima de 0,4 A
3 – Fonte de alimentação – Corrente máxima de 0,4 A
Corrente máxima do circuito: 2,4A

No circuito que alimenta o inversor de frequência e a saída do inversor para o motor da


bomba centrífuga, serão utilizados condutores de 2,5 mm² de seção de cobre, seguindo a
norma NBR 5410, visto que se trata de circuito de força.
Para alimentação dos demais dispositivos, como as fontes de alimentação, CLP,
instrumentação e controle serão utilizados condutores de 1,5 mm² de seção de cobre,
respeitando a norma e os manuais dos equipamentos.
Para proteção foram utilizados disjuntores bipolares termomagnéticos de 6A.

Fonte: ABNT/NBR

SEÇÃO DOS CONDUTORES DE FASE


LOCAL SEÇÃO MÍNIMA SEÇÃO UTILIZADA
Alimentação do 2,5 2,5
inversor e bomba
centrífuga
Sistema de 0,5 1,5
instrumentação e
controle

22
8. Estudo de localização
O projeto foi planejado seguindo o local no qual a planta didática CITEC já estava
inicialmente instalada. Nesse caso, o laboratório escolhido foi o Laboratório de
Medições de Variáveis Físicas Industriais (D4). 

23
Após análise, foram constatadas as seguintes necessidades:
Pontos de alimentação trifásicos para o tacho e bifásico para o painel principal;
Pia para o abastecimento do sistema.
Espaço que permita o movimento da planta, caso seja necessário girá-la ou movimentá-
la dentro do laboratório.
Tendo o local já apresentado e preparado para a equipe pelo coordenador do curso, foi
iniciada a construção do projeto. Vale ressaltar que a planta didática não poderá passar
pela porta do laboratório montada. 

9. Montagem da Planta Didática


A restauração da Planta Didática da Citec foi realizada utilizando os instrumentos e
equipamentos fornecidos pelo Senai. Grande parte dos instrumentos estavam na
montagem anterior da planta e foram aproveitados na nova montagem.

24
A planta didática se encontrava em desuso, e boa parte dos componentes vitais ao seu
funcionamento estavam danificados ou não foram encontrados.

Planta em estado de abandono. Fonte: equipe do projeto.

Devido a montagem anterior do processo necessitar de instrumentos que não estavam


mais em funcionamento. Foi necessário criar um projeto de uma simulação de processos
industriais que possibilite utilizar todos os instrumentos que estavam disponíveis na
unidade.
Do início ao final do processo de montagem, a equipe necessitou da ajuda
imprescindível do corpo docente e coordenação do setor de Automação do SENAI
Dendezeiros. Infelizmente, alguns problemas surgiram no processo da montagem e
tiveram de ser enfrentados pela equipe.

25
Equipe do projeto na montagem. Fonte: Equipe do projeto.

Equipe do projeto na montagem. Fonte: Equipe do projeto.

26
Equipe do projeto na montagem. Fonte: Equipe do projeto.

Equipe do projeto na montagem. Fonte: Equipe do projeto.

27
Falta de disponibilidade do laboratório
Por se tratar de um projeto onde havia a necessidade dos membros da equipe estarem no
laboratório diversas ocasiões, para realizar montagem e testes, foi necessário criar um
alinhamento para a disponibilidade do laboratório. Infelizmente, muitas vezes não foi
possível utilizar o laboratório para realizar as montagens devido o fato do mesmo estar
reservado ou utilizado para aulas de unidades curriculares que não estão vinculadas ao
curso de automação, como Construção Civil ou informática. Para lidar com esse
problema, muita das vezes foi necessário que os membros da equipe trabalhassem
durante as aulas ou fossem ao SENAI dias de sábado.

Falta de ferramentas
Durante a montagem do projeto, várias vezes os membros da equipe se depararam com
a falta de ferramentas necessárias para a montagem, como grifos, alicates de pressão,
alicates bomba d’água e furadeiras. Além de materiais como botoeiras, sinaleiros,
eletrodutos e etc. Esses problemas são críticos e afetam diretamente o andamento do
projeto. Visto que não é permitido utilizar ferramentas pessoais dentro da unidade, a
equipe não teve opção além de aguardar da coordenação o apoio nessas necessidades.

Chave de nível Conaut que não pôde ser removida pela equipe por falta de ferramentas.
Fonte: equipe do projeto.

28
Manipulação da planta didática
De todos, o principal problema na montagem da planta. Infelizmente, docentes e
discentes continuaram utilizando a planta para testes. Foi informado pela coordenação
que era permitido que os docentes poderiam manipular a planta durante as aulas
práticas, mesmo que isso prejudicasse a montagem do projeto. Isso impactou
diretamente na montagem do projeto. A equipe documentou todas essas manipulações,
caso sejam necessárias posteriormente. Abaixo uma das ocasiões dessa situação:

Aviso colocado na planta pela equipe. Fonte: equipe do projeto

Manifold montado pela equipe no flange da placa de orifício. Fonte: equipe do projeto.

29
Flange da placa de orifício encontrado sem o manifold na semana seguinte pela equipe.
Fonte: equipe do projeto.

Manifold encontrado montado e em mau uso em uma válvula na bancada. Fonte: equipe
do projeto.
30
10. Diagramas
Os circuitos elétricos e de controle foram montados utilizando os softwares CADe Simu
e AutoCad. Os diagramas de controle mostram, além das ligações elétricas, detalhes da
instalação dos instrumentos em campo.

Diagrama de alimentação do painel principal. Fonte: Equipe do projeto.


Obs: Disjuntor de 6A.

Diagrama de alimentação do painel do tacho. Fonte: Equipe do projeto.

31
Diagrama de saídas do CLP. Fonte: Equipe do projeto.

Diagrama de entradas do CLP. Fonte: Equipe do projeto.

32
Diagrama de interligação de controle do nível do vaso. Fonte: Equipe do projeto.

33
Diagrama de interligação de controle vazão da linha. Fonte: Equipe do projeto.

34
Diagrama de interligação de controle de temperatura do tacho. Fonte: Equipe do projeto.
35
Diagrama de interligação de controle de nível do tacho. Fonte: Equipe do projeto.
36
Flugrama de engenharia P&ID. Fonte: equipe do projeto.

37
11. Conclusão
Este projeto do kit didático tem como objetivo auxiliar na instrução e treinamento de
futuros discentes, retratando a realidade industrial da forma mais próxima possível.
Como discentes, os membros da equipe reconhecem a importância de práticas alinhadas
com os fundamentos teóricos passados nas aulas. O projeto não tem objetivo de lucro
econômico, mas pode indiretamente gerar lucro para a instituição, por aumentar a taxa
de satisfação dos discentes e a popularidade do curso.

38
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações
Elétricas de Baixa Tensão. 2ª ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2004. 217 p. Disponível em:
<http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/normas%20e%20relat%F3rios/NRs/
nbr_5410.pdf>. Acesso em: jun. 2023
ROCKWELL AUTOMATION. Controladores programáveis Micro820. Disponível em:
https://literature.rockwellautomation.com/idc/groups/literature/documents/um/2080-
um005_-pt-e.pdf >. Acesso em: jun. 2023
INTENATIONAL SOCIETY AUTOMATION. Simbologia e Terminologia de
Instrumentação. Disponível em:
http://www.ene.unb.br/estognetti/files/Simbologia_ISA.pdf >. Acesso em: jun. 2023
SMAR. Manual de treinamento. Instrumentação básica para controle de processo.
Disponível em: https://paulocrgomes.com.br/wp-content/uploads/2017/02/Instrumenta
%C3%A7%C3%A3o-B%C3%A1sica-SMAR-.pdf. > Acesso em: jun. 2023
SMAR. LD301. Disponível em:
https://www.smar.com/public/img/dropzone/arquivos/ld301mp.pdf. > Acesso em: jun.
2023
SMAR. TT301. Disponível em:
https://www.smar.com/public/img/produtos/arquivos/tt301mp.pdf. > Acesso em: jun.
2023
The Automation Blog. Disponível em: https://theautomationblog.com/. > Acesso em:
jun. 2023

39

Você também pode gostar