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APRESENTAÇÃO ROTEIRO GTD - 01

(SEMESTRE 2023-2)

Componentes de um Sistema de Energia Elétrica

 O fornecimento de energia elétrica ao consumidor final é parte


de um complexo sistema, que se inicia na usina geradora,
passando para a subestação, com seus transformadores
elevadores, linhas de transmissão e subtransmissão,
subestações abaixadoras, linhas e redes de distribuição;

 A operação perfeita do sistema exige a correta funcionamento


dos equipamentos de geração, transformação, transmissão,
proteção, comando, controle e supervisão, além do
estabelecimento de uma adequada estrutura operacional
(operadores treinados e criteriosas instruções operacionais);
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Componentes de um Sistema de Energia Elétrica

Figura 1- Representação de um sistema de energia elétrica 2


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BARRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DE PORTO VELHO
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SUBESTAÇÃO TIRADENTES – PORTO VELHO
DIAGRAMA UNIFILAR DA SUBESTAÇÃO CENTRO – PORTO VELHO

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SUBESTAÇÃO TRIUNFO 34,5 kV - DIAGRAMA UNIFILAR SIMPLIFICADO
Componentes de um Sistema de Energia Elétrica
Geradores
 Alternadores comerciais de alta capacidade, alta velocidade e alta tensão,
carregam correntes e tensões elevadas, o que requer isolamento eficiente;
 Os eixos estão eletricamente aterrados à carcaça estacionária da máquina,
através dos rolamentos metálicos;
 Em grandes estatores polifásicos, o enrolamento da armadura é mais complexo
que o enrolamento de campo. As várias bobinas de interligação entre as fases
podem ser construídas mais facilmente numa estrutura estacionária rígida que num
rotor e o enrolamento da armadura é calçado mais firmemente quando construído
numa carcaça rígida;
 Na armadura estacionária, a tensão por fase é isolada mais facilmente e são
necessários apenas dois anéis coletores para excitar o enrolamento de campo a
uma tensão em corrente contínua comparativamente baixa;
 A construção de rotores de polos salientes leva, por si mesma, a alternadores de
velocidades médias ou baixas, com muito polos;
 O tipo de rotor de polos não salientes, ou cilíndricos, é usado quase
universalmente em alternadores bipolares de alta velocidade ( às vezes de
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quatro polos);
Componentes de um Sistema de Energia Elétrica
Geradores

 Quando a máquina primária é um acionador de baixa velocidade, como é o


caso de uma turbina hidráulica (usada em usinas hidrelétricas), requerer-se-á um
grande número de polos;
 No caso de máquinas primárias de velocidade elevada, como turbinas a vapor
ou a gás, usualmente se utilizam polos não salientes;
 Alternadores de baixa velocidade e polos salientes requerem armadura do
estator de grande circunferência, nas quais se possam inserir muitos condutores;
 Alternadores de alta velocidade, cilíndricos, de polos não salientes, têm uma
pequena circunferência;
 Pela diferença marcante na aparência externa, podem distinguir-se facilmente
os alternadores de polos salientes e não salientes, mesmo sem observar o seu
rotor

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Turbina Francis de eixo horizontal,
Turbina Francis de eixo vertical, conectada a um gerador de polos
conectada a um gerador síncrono salientes
de polos salientes
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Características dos Geradores de Pólos Salientes

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SUBESTAÇÃO TRIUNFO 34,5 kV – LAYOUT
UTE TRIUNFO – DIAGRAMA UNIFILAR
UTE TRIUNFO – DIAGRAMA UNIFILAR
TRANSFORMADOR 69 kV / 13,8 kV
DADOS DE PLACA: TRANSFORMADOR DA SE TIRADENTES – PORTO VELHO
Componentes de um Sistema de Energia Elétrica

Figura 2- Representação de chaves e disjuntores conectando barra e linha

 Tanto chaves como disjuntores são dispositivos que permitem ligar ou


desligar dois condutores que fazem parte de uma rede de energia elétrica;
 Na modelagem de circuitos, a posição aberta corresponde a uma
impedância infinita, enquanto a posição fechada corresponde a um curto-
circuito (impedância nula);
 Apesar de chaves e disjuntores desempenharem o mesmo papel sob o
ponto de vista lógico (aberto/fechado), suas construções e operações são
bastante distintas.

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Componentes de um Sistema de Energia Elétrica

 Disjuntores são dispositivos que estão ligados ao sistema de proteção da


rede e que operam automaticamente quando algum tipo de evento é detectado;

As chaves podem ser utilizadas basicamente para reconfigurar o sistema,


inclusive para atender às necessidades de manutenção

Figura 3- Disjuntor HPF (c) 409 k - Fabricante: Sprecher Energie

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DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO

A4 – Sequências Nominais de Operação

• Um conceito fundamental para os ensaios de curto-circuito são as chamadas


“sequências nominais de operação”, que definem operações de abertura
(O) e fechamento (C) dentro de uma sequência entremeada de certos
intervalos de duração definida. Com essas sequências, são realizados não só
os ensaios de curto-circuito, como também todos aqueles que envolvem a
operação de estabelecimento de corrente (fechamento) e ruptura de corrente
(abertura);
• São definidas duas sequências nominais de operação:
a) O - t – CO – t’ – CO O – 0,3 – CO – 3min - CO
• Em geral: t = 0,3 s; O = operação de abertura (Open);
• t’ = 3 min C = operação de fechamento (Close)

b) O – t” – CO O – 15 - CO
Nota: O ciclo “a” é usado, de maneira geral, para disjuntores aptos a fazerem
religamentos automáticos.
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Componentes de um Sistema de Energia Elétrica
Barramento de Subestações

 Os estudos de fluxo de potência em geral utilizam o modelo barra-linha, no qual as


barras são os nós da rede e as linhas/transformadores são os elos entre esses nós;
As barras estão localizadas em Subestações (SEs), podendo ser constituídas por
várias seções de barras ligadas através de chaves e disjuntores.

Com os disjuntores D1, D2, D4 E D6


abertos e D3, D5 e D7 Fechados, no
(a) modelo barra/linha, tem-se a situação
mostrada abaixo:

(b)

Figura 4- Barramentos de subestações; (a) arranjo com múltiplas seções de barras; (b)
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configuração resultante a partir da abertura dos disjuntores D1, D2, D4 e D6
Componentes de um Sistema de Energia Elétrica
Linhas de Transmissão

 Apesar do atual estágio de desenvolvimento tecnológico, não há outra forma


de transporte de grandes quantidades de energia elétrica senão através das
linhas de transmissão em corrente alternada (LTCA), ou linhas de transmissão
em corrente contínua (LTCC);
 Por razões técnicas e econômicas, a transmissão deve ser feita em tensões
que podem chegar a níveis como 230 kV, 345 kV, 500 kV, ou 750 kV;
 No caso do sistema de transmissão em corrente contínua, há um certo
consenso de que ele se torna mais atraente para grandes distâncias, ou para
situações especiais, como para transmissão submarina, ou para regiões desertas
(despovoadas), onde não se tem cargas expressivas ao longo do trajeto da LT;
 Segundo Monticelli e Garcia (2003), “os elos de corrente contínua oferecem
melhores possibilidades de controlar o fluxo de potência”.

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Componentes de um Sistema de Energia Elétrica
Linhas de Transmissão
LT SMAQ LT AQJR LT JRJP

O
O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O

Usina SE JI-Paraná
Hidrelétrica SE JARÚ
SE ARIQUEMES
Figura 5- Representação das Linhas de Transmissão entre a UHE Samuel e SE Ji-Paraná

No cálculo de fluxo de potência (fluxo de carga), as linhas de transmissão são


usualmente representadas por modelos 

Nos estudos elétricos (estudos de fluxo de


potência), a análise é feita considerando-se
apenas o comportamento estacionário da LT.
O que importa é o que ocorre nos terminais da LT
(barras fonte e carga). Assim, é suficiente que o
modelo reproduza corretamente o
comportamento da LT nas respectivas barras
(relações entre correntes e tensões) 29
Figura 6- Representação de LT – Modelo 
Componentes de um Sistema de Energia Elétrica
Linhas de Transmissão

No cálculo de fluxo de potência (fluxo de carga), as linhas de transmissão são


representadas por modelos 

• O moldelo da Figura ao lado, se


aplica a sistemas equilibrados;
• Neste tipo de modelo são
representadas as barras terminais, a
linha e seus parâmetros: Impedância
série (Zs = Rs + jXs), as admitâncias
Representação de LT – Modelo  shunt, ou admitâncias paralelas (Yp) e
a terra.
Nos estudos elétricos (estudos de fluxo de
potência), a análise é feita considerando-se
apenas o comportamento estacionário da LT.
O que importa é o que ocorre nos terminais da LT
(barras fonte e carga). Assim, é suficiente que o
modelo reproduza corretamente o
comportamento da LT nas respectivas barras
(relações entre correntes e tensões) 30
Componentes de um Sistema de Energia Elétrica
Linhas de Transmissão

 A capacidade das linhas de transmissão (LT) é determinada pelo tipo do


condutor, sua bitola e comprimento da linha;

 Para linhas curtas somente o tipo e a bitola do condutor são importantes,


visto que o defasamento angular da LT, sob condições de carga pesada, não
é suficiente para causar um problema de estabilidade. Em tais linhas, o
regime térmico do condutor é o fator limitante;

 Em linhas longas, a capacidade é determinada mais pelos limites de


estabilidade do que pela capacidade térmica do condutor. Em tais linhas os
limites de estabilidade são atingidos antes que a corrente do condutor alcance
seu limite máximo

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Componentes de um Sistema de Energia Elétrica
Linhas de Transmissão

 Uma característica importante das linhas é a impedância série (ZS = RS +jXs),


que varia com o comprimento da LT. Ambos os parâmetros são positivos,
indicando que a linha dissipa potência ativa e que a reatância é indutiva;
 Para sistemas com tensões elevadas (500kV, ou 750 kV), a reatância é bem
maior que a resistência (da ordem de 20 a 30 vezes maior que Rs)
 Para sistemas de distribuição os valores de Rs e Xs são comparáveis;
A parte shunt do modelo  é do tipo capacitiva;
 Nas LTs os condutores são bastante afastados, o que resulta em valores
relativamente pequenos de capacitância shunt. Para cabos subterrâneos, o efeito
capacitivo é bastante acentuado;

A Fig. ao lado apresenta a conversão de sinais (positivos) para


fluxos de potência ativa e reativa em uma LT: Os fluxos são
considerados positivos quando saem da barra e entram na LT;
contudo, o sinal de Q poderá ser positivo ou negativo,
dependendo das condições de operação da LT (fluxo de potência
ativa e magnitude das tensões terminais) 32
Componentes de um Sistema de Energia Elétrica
Linhas de Transmissão

 Na Figura abaixo, a potência ativa flui da esquerda para a direita, ou seja,


da fonte para a carga ( sinal positivo, de acordo com a convenção adotada);
 A potência recebida pela carga sai da LT, portanto, é negativa;

• A potência reativa pode fluir de maneiras


diferentes, dependendo do fator de potência
da carga e do nível de excitação do
gerador;
• A direção do fluxo de potência reativa
depende da carga, ou seja, se a carga está
consumindo reativo (caso mais comum), ou
se está gerando reativos (carga com
compensação de reativos);
• A direção do fluxo de reativo também
depende de o gerador estar consumindo ou
gerando reativos (subexcitado, ou
sobreexcitado, respectivamente)
Figura 7- Representação da direção dos fluxos
de potência ativa e reativa 33
Componentes de um Sistema de Energia Elétrica
Transformadores

A impedância Zs representa basicamente o


efeito do fluxo disperso e as perdas no cobre

Zs = Rs + jXs
Figura 8- Representação de transformador

 Nos transformadores de potência as reatâncias, em geral, são muito


maiores que as resistências;
 Tipicamente, Xs é de 20 a 50 vezes maior que Rs;
 As exceções, em geral, ficam por conta dos modelos de transformadores
de três enrolamentos, nos quais valores menos usuais podem aparecer;
 Comparados com as linhas de transmissão, os transformadores têm
perdas reativas mais elevadas;
 Transformadores reguladores permitem variação no tap , o que resulta em
alterações na impedância equivalente
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LT 230 kV – SISTEMA DE TRANSMISSÃO RONDÔNIA - TORRE AUTOPORTANTE

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INTERLIGAÇÃO
ACRE – RONDÔNIA – MATO GROSSO

LT´s JAURU / VILHENA /


PIMENTA BUENO /
JI-PARANÁ

TENSÃO
230 kV

COMPRIMENTO
610 km

CAPACIDADE
300 MW

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MAPA DO SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO – CONFIGURAÇÃO 2026
INTERCÂMBIO DE ENERGIA ELÉTRICA
CENÁRIOS PARA INTERCÂMBIO

FONTE: MME/EPE. Plano Nacional de expansão de energia 2007/2006 – Cap. 3: Oferta de energia elétrica. Parte
402:
Transmissão de energia elétrica. Site: http://www.epe.gov.br/PDEE/20070702_03.pdf
OBSERVAÇÃO
SOBRE PARA-RAIOS
 Tipos de para-raios
 Para-raio de carboneto de silício: são os que utilizam como resistor
não –linear o carboneto de silicio (SiC);

 Para-Raios de óxido de zinco


 São assim denominados os para-raios que utilizam como resistor
não linear o óxido de zinco (ZnO)

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BIBLIOGRAFIA
• FORTUNATO, Luiz Alberto Machado; ARARIPE NETO, Tristão de Alencar;
ALBUQUERQUE, João Carlos Ribeiro de; PEREIRA, Mário Veiga Ferraz.
Introdução ao planejamento da expansão e operação de sistemas de
produção de energia elétrica. Niteroi: EDUFF, 1990.

• MONTICELLI Alcir; GARCIA, Ariovaldo. Introdução a sistemas de


energia elétrica. Campinas: Editora da Unicamp, 2003.

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