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Instituto de Química
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE QUÍMICA
QG-122
QUÍMICA EXPERIMENTAL
Guia de Laboratório
QG122
Professores QUÍMICA EXPERIMENTAL
Auxiliares Didáticos
Aluno:
Campinas
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE QUÍMICA
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DE DISCIPLINA
1 º Semestre 2021
Disciplina
Código Nome
QG-122 Química Experimental
Docentes
MIGUEL SAN-MIGUEL: smiguel@unicamp.br (Coord.) – Turmas E, G, H, K
ANA FLÁVIA NOGUEIRA: anafla@unicamp.br – Turma I
ANNE HÉLÈNE FOSTIER: anne@unicamp.br - Turma B
CARLA BEATRIZ GRESPAN BOTTOLI: carlab@unicamp.br - Turma A
LUCIANA GONZAGA DE OLIVEIRA: lucianag@unicamp.br - Turma J
PEDRO PAULO CORBI: ppcorbi@unicamp.br - Turma C
TAICIA PACHECO FILL: taicia@unicamp.br - Turma D
ANDRÉIA DE MORAIS: admorais@unicamp.br - Turma F
LUIS HENRIQUE S. LACERDA: lhslacerda1@gmail.com - Turma L
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apostila) com prazo de entrega de 1 semana. Os relatórios serão corrigidos e avaliados
com nota entre 0 e 10. O atraso na entrega das atividades terá redução na nota.
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RELATÓRIOS
Cada aluno deverá elaborar um relatório sobre cada experimento, que será entregue
segundo orientação do professor. A não entrega no prazo acarretará em uma penalidade de dois
pontos na nota do relatório para cada dia de atraso. Os relatórios devem apresentar de maneira
geral:
Página de rosto (não numerada). Identificação do relatório com Título do experimento, nomes
e RA dos autores, disciplina e turma, e data de realização do experimento.
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4. Resultados e Discussão (2-3 páginas). Esta é uma parte muito importante do relatório. Nela
serão apresentados, da forma mais clara e completa possível, os resultados obtidos no
experimento, acompanhados de uma análise crítica dos mesmos, com base nos conceitos
químicos envolvidos. Esta parte deve incluir todo tipo de resultado obtido: observações visuais,
dados numéricos (como volumes medidos, massas pesadas, tempos decorridos, temperaturas,
rendimentos, etc.) e dados instrumentais. Inclua apenas um exemplo de cada tipo de cálculo
efetuado. Sempre que possível os dados devem ser organizados na forma de tabelas e gráficos
(leia as recomendações a este respeito nas próximas páginas desta apostila).
5. Conclusão (0,5 página). Deve apresentar uma síntese dos resultados mais importantes,
numéricos e fenomenológicos, e a conclusão geral do experimento. Esta seção não é um resumo
do relatório. Devem ser destacados os resultados importantes, por exemplo, “obteve-se 80 % de
rendimento na síntese do ácido acetilsalicílico, com pureza de 96 ± 2 %, e o produto final não
apresentou a presença de fenol residual”. Para concluir o relatório adequadamente, deve-se
evitar a descrição de uma longa lista de erros, reclamações ou lamentações. A maneira certa para
convencer o leitor de que o trabalho de laboratório foi produtivo é relacionando positiva ou
negativamente se o objetivo do experimento foi alcançado. Este é o melhor desfecho a ser
adotado na redação do relatório.
6. Referências (0,5 página). A indicação das referências no texto e a forma como devem aparecer
no documento (no caso aqui o relatório), dependem do local onde será feita a publicação. O mais
importante é ser coerente no documento específico. O leitor, com base na sua notação, deve estar
habilitado para saber de qual livro ou revista você está se referindo. Numere e relacione (na
sequência que aparece no texto) todas as referências bibliográficas que você consultou para
elaborar o relatório. Estas referências podem ser livros-texto ou periódicos (revistas e jornais
científicos). Não serão aceitas citações de documentos eletrônicos, livros ou apostilas do ensino
médio.
Em QG122, será usada a seguinte convenção: a indicação da citação no texto deve ser
feita logo ao final da sentença citada e numerada sucessivamente. Por exemplo, “a Bayer é a
maior produtora mundial de ácido acetilsalicílico1”.
As normas da revista “QUÍMICA NOVA” para citação das referências bibliográficas são as
seguintes:
No caso de revistas: Número da referência - sobrenome do autor ou autores, abreviando-
se os primeiros nomes, separados por ponto e vírgula - nome da revista (em itálico), ano (em
negrito), volume, página inicial.
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Ex.: 1. Russo, S.O.; Hamania, G.I.H.; J. Chem. Ed. 1989, 66, 149.
No caso de livros: Número da referência - sobrenome do autor ou autores, abreviando-
se os primeiros nomes, separados por ponto e vírgula - nome do livro (em itálico), número da
edição, volume, editora, local da publicação, ano, página(s).
Ex.: 2. Skoog, D.A.; West, D.M. and Holler, F.J.; Analytical Chemistry - An Introduction, 6ª. ed.,
vol. 1, Saunders College Publishing, Philadelphia, 1994, p 403.
Resultados: A melhor forma de expressar resultados é por meio de tabelas e gráficos com os
dados obtidos e os cálculos realizados. A apresentação dos dados é, em conjunto com a
Discussão, a parte central de um relatório científico. Em geral, gráficos são mais informativos
que tabelas; portanto, qualquer conjunto de dados com uma tendência de variação deve ser
apresentado na forma de gráficos. Se os dados não apresentam tendência ou se os valores exatos
são importantes para a discussão, uma tabela deve ser usada. Um esquema geral pode ser
apresentado na forma de uma Figura.
Um bom gráfico deve utilizar uma escala adequada para mostrar a tendência desejada
(Fig. 1), os eixos devem conter legendas apropriadas, apresentando as unidades das grandezas
(quando houver) e com um tamanho de letra legível. No eixo x deve ser colocada a variável
independente e no eixo y a variável dependente. A legenda do gráfico deve ser numerada e conter
uma breve descrição ao que se refere o gráfico. A legenda de gráficos e figuras deve ser
apresentada logo abaixo destes, e a legenda de tabelas deve vir acima da tabela.
Figura 1. Efeito da adição de uma solução NaOH 0,1 mol/L em uma solução tampão pH = 3,0.
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A identificação “Figura 1”, por exemplo, será utilizada na discussão toda vez que você
se referir a este conjunto de dados. As 3 curvas referem-se ao mesmo conjunto de dados, a
utilização de uma escala correta é uma forma de apresentar os dados de maneira clara. As
palavras acima dos gráficos não são legendas nem títulos, foram usadas para facilitar a discussão.
A maioria dos experimentos em cursos práticos é uma proposta para ilustrar alguma
tendência, então é importante tentar mostrá-la no relatório. As tendências em geral não são
indicadas ligando-se os pontos de um gráfico. Por exemplo, uma curva analítica ou “curva de
calibração” é, em geral, uma reta num determinado limite. Portanto, deve-se analisar se os
desvios dos dados experimentais são significativos (Figura 2). A linha desenhada no gráfico tem
um significado que depende da teoria envolvida.
Qualquer conjunto de dados que seja inapropriado para ser representado deve ser
apresentado em uma tabela e não meramente mencionado no texto. Não se deve repetir os dados
apresentados nos gráficos em tabelas. O título das tabelas deve ser escrito acima da tabela (fonte
menor) e, como para os gráficos, deve ser numerado, por exemplo: “Tabela 1. pH de diversas
amostras de bebidas”.
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Leite 5,5 5,6 4,5 a
a Amostra fermentada
As tabelas devem ser escritas em espaçamento 1,5. Nas colunas os valores numéricos
devem ser alinhados de forma que se tenha “vírgula debaixo de vírgula”, mas o número de casas
decimais deve obedecer à coerência de algarismos significativos das medidas e dos resultados.
Não é a estética nem o programa de cálculos usado que define isso. Sugerimos a leitura de
material sobre Erros e Tratamento de Dados, encontrado no capítulo 1 do livro Química Analítica
Quantitativa Elementar; 3a Edição; de N. Baccan, J. C. Andrade, O. E. S. Godinho e J. S. Barone;
Edgard Blücher: São Paulo, 2001.
Toda tabela deve ser corretamente planejada. Cada coluna deve ter um cabeçalho, o mais
breve possível, incluindo informações comuns a todos os valores, como ordem de grandeza e
unidades. Cada conjunto de dados deve estar em colunas separadas. Explicações e comentários
específicos devem ser devidamente identificados e adicionados ao rodapé da tabela, como
aparece na Tabela 1. Detalhes gerais devem ser apresentados na seção “Materiais e Métodos”.
Discussão
Esta parte do relatório deve responder à questão: o que os resultados obtidos significam? É
essencial um argumento a respeito da hipótese baseada nos resultados. A seguir é apresentada
uma sequência útil para organizar a Discussão:
1. Qual a interpretação dos resultados à luz das hipóteses e da literatura?
2. Quais são as fontes significativas de erros?
3. Portanto, quão confiáveis são os resultados?
4. Os resultados suportam as hipóteses ou não?
5. Quais mudanças no procedimento levariam a melhores resultados?
6. Quais os experimentos adicionais seriam interessantes para ajudar a suportar ou não as
hipóteses?
Precisão e Exatidão: a exatidão exprime até que ponto uma medida se aproxima do valor
verdadeiro ou aceito. Uma medida pode ser extremamente reprodutível fornecendo o mesmo
resultado todas as vezes que é obtida, no entanto, ela pode não representar o valor
esperado. Neste caso, a exatidão do resultado é muito baixa. Para se descobrir a causa da baixa
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exatidão, é necessário fazer a mesma determinação por muitos outros métodos. Portanto, não é
fácil especificar a exatidão de uma medida.
A precisão ou reprodutibilidade exprime a variação encontrada quando se repete o mesmo
experimento usando sempre o mesmo método. Toda grandeza tem uma incerteza resultante das
limitações do aparelho de medida e da habilidade do experimentador.
Compare os valores de medida do comprimento de um objeto cujo valor correto é de 20
cm. Sejam as medidas obtidas em três séries de experimentos. Na série E1 tem-se: 17 cm, 23 cm,
21 cm e 22 cm; na série E2: 18,0 cm, 17,5 cm, 17,7 cm e 17,0 cm, e na série E3: 19,5 19,7 cm,
20,0 cm e 20,6 cm. A Figura abaixo ilustra a distribuição dos valores em relação ao valor correto.
A Figura abaixo ilustra a distribuição dos valores em relação ao valor correto.
Valores Médios: quando é possível, faz-se uma série de medidas de uma grandeza para se ter
maior confiança nos resultados obtidos. Um dado importante de uma série de medidas é o seu
valor médio, ou simplesmente a média, que é definida por:
Erro Absoluto e Erro Relativo: o erro absoluto de cada medida é a expressão da sua exatidão.
ERRO ABSOLUTO= (valor medido) - (média ou valor aceito como verdadeiro)
O valor do erro absoluto de uma medida depende do valor da medida, portanto, sempre deverá
vir acompanhado do valor absoluto da grandeza. O erro relativo é obtido por:
Como se vê, o erro relativo é uma expressão do erro absoluto em termos percentuais, da
diferença entre o valor da medida e o valor aceito como verdadeiro. Assim, a magnitude deste
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erro independe do valor absoluto da medida, fornecendo mais informações sobre a sua
exatidão.
Desvios: a precisão de uma medida, em uma série de determinações, pode ser avaliada através
do seu desvio, di, definido por:
e n é o número de determinações.
A precisão de uma série de medidas pode ser avaliada de várias formas. Três parâmetros
são os mais utilizados: o desvio médio, o desvio padrão e a estimativa do desvio padrão.
Para se calcular o desvio padrão (σ), substitui-se (n-1) da equação anterior por n (número
de medidas). O desvio padrão (σ) é utilizado quando se obtém um número grande de medidas
(10 valores por exemplo) S quando este número é pequeno. O critério para se expressar uma
grandeza, usando σ, 𝑑 ou S varia conforme o autor e o tipo de norma exigida. Na maioria das
vezes, nessa disciplia, o parâmetro 𝑑 será o usado.
Propagação de incertezas nos resultados calculados: até agora se falou somente na maneira de se
obter uma medida, indicando corretamente a sua incerteza. Na prática, quando se efetuam várias
operações matemáticas com os valores medidos, é preciso saber como se comporta o resultado
final em relação aos valores utilizados no cálculo. Na sequência há uma descrição sumária de
como se fazem as operações matemáticas envolvendo medidas experimentais.
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Adição e Subtração: quando várias grandezas são somadas ou subtraídas, a incerteza máxima
no resultado é a soma das incertezas das várias grandezas.
Seja, por exemplo, a determinação da massa de uma solução contida em um frasco. Obtidas
com uma balança semi-analítica (sensibilidade de 0,01 g):
Note que a incerteza (± 0,02) g é soma das incertezas das duas medidas empregadas no
cálculo da massa da solução. Usando o número correto de algarismos significativos escreve-se
2,51, porque as incertezas ocorrem nos centésimos de grama. Isto significa que os dois primeiros
algarismos são conhecidos com certeza, mas há dúvidas a respeito do último. Há outras formas
de fazer a propagação de incertezas.
Multiplicação e Divisão: neste caso a incerteza máxima do resultado é a soma das incertezas
relativas dos valores envolvidos no cálculo. Seja, por exemplo, a energia absorvida por (306 ±
2) g de água, quando sua temperatura varia de (20,0 ± 0,4) oC. Aplicando-se a equação: E = m c
Δθ. Para as incertezas relativas expressas em partes por cem, tem-se:
Massa: 2/306 x 100 = 0,65 %
Temperatura: 0,4/20,0 x 100 = 2,0 %
Neste caso específico percebe-se que não se obtém maiores informações sobre o resultado
colocando-se, por exemplo, (25,581 ± 0,667) x 103 J. Uma regra geral prevê que o resultado deve
ter o mesmo número de algarismos significativos que o fator menos preciso. Contudo, esta regra
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deve ser aplicada com cuidado. No problema anterior tem-se os valores 306 e 20,0, portanto, o
resultado deve ter três algarismos significativos. Isto significa que, segundo a regra simplificada,
no valor 25581 J, a incerteza está no algarismo da centena, ou seja, no 5. Deve-se, então,
expressar o resultado como 25,6 x 103 J, para mostrar que o último dos algarismos leva a uma
estimativa imprecisa da medida.
É importante considerar que há muitas regras para se expressar uma grandeza
medida, e nem sempre têm o mesmo significado. Ao consultar outras referências, podem-
se identificar formas diferentes para se calcular ou propagar os desvios.
Sempre que expressar um resultado obtido no laboratório, é imperativo apresentá-lo como
foi discutido anteriormente. Ao utilizar estas regras deve-se usar sempre o bom senso. Procure
sempre nem subestimar nem superestimar a incerteza de uma medida.
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EXPERIMENTO 1 - PRINCIPAIS VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS DE
LABORATÓRIO - PESAGENS E CALIBRAÇÃO DE UM BALÃO VOLUMÉTRICO
Introdução
O primeiro experimento é dividido em duas partes. A primeira parte tem como objetivo
apresentar algumas vidrarias e equipamentos utilizados em um laboratório de química e comentar
o seu uso e manuseio. O objetivo da segunda parte do experimento é aprender a fazer pesagens
e a calibração de um balão volumétrico.
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● Diferenças das tomadas 110 e 220 V.
Importância do uso do caderno de laboratório
● Caderno de laboratório.
Descarte e tratamento de resíduos e aspectos de segurança no laboratório
● Como realizar o descarte das soluções e materiais usados no laboratório.
● Discussão da importância do tratamento de resíduos gerados e evitar desperdícios.
● Uso adequado de material de segurança: avental, óculos, luvas, calçados.
● Comportamento no laboratório.
● Identificação e localização do lava-olhos, chuveiro, saídas de emergência e rota de fuga.
Tabela 2 - Principais materiais de laboratório (abaixo de cada figura deve ser escrito o nome
do material)
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Parte 2
Pesagens e Calibração de um Balão Volumétrico.
Materiais
● Balança Semi-analítica
● Balança Analítica
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● Béquer de 50 ml
● Balão Volumétrico de 50 mL
● Pipeta de Pasteur
● Piceta ou pisseta
● Água
Procedimento Experimental
Pese a sua caneta esferográfica na balança semi-analítica. Anote a sua massa. Repita a
pesagem mais 2 vezes e tire a media aritmética.
Faça o mesmo procedimento utilizando a balança analítica. Compare os resultados.
Comente.
Pese na balança analítica o béquer de 50 ml seco. Tare a balança. Com a pisseta coloque
água no béquer até a marca do volume 50 mL e pese. Anote a massa. Anote a temperatura da
água que está dentro de um béquer acima da bancada. Anote a densidade da água (Consulte a
tabela da densidade da água em função da temperatura). Calcule o volume ocupado pela
água no béquer. Anote o volume encontrado. Comente.
Pese na balança analítica o balão volumétrico de 50 mL seco e tampado. Anote a massa
do balão volumétrico vazio. Utilizando a pisseta, coloque cuidadosamente água no balão
volumétrico e cuide para que o nível da água dentro do balão fique abaixo da marcação do balão
cerca de 1 cm..
Referências Bibliográficas
1. Andrade, J.C., Química Analítica Básica: Os instrumentos básicos de laboratório,
www.chemkeys.com.
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EXPERIMENTO 2 - REAÇÕES EM SOLUÇÃO AQUOSA E TESTE
DE COR DA CHAMA DE CÁTIONS METÁLICOS
Objetivos
Introdução à observação, catalogação de informações, escrita de equações químicas.
Aspectos de atomística.
Introdução
O experimento envolve um assunto central em química: a transformação de substâncias
por meio de reações químicas. Mais especificamente, trataremos de reações em meio aquoso,
que representam um conjunto muito abrangente e importante de reações ligadas a processos
industriais e bioquímicos.
As reações químicas são processos em que uma ou mais substâncias, denominadas
reagentes, são convertidas em outras substâncias denominadas produtos. Quando os reagentes
interagem entre si, ocorre um rearranjo de átomos, formando novas substâncias com propriedades
diferenciadas das dos reagentes iniciais. A ocorrência de reações químicas pode ser indicada por
evidências que permitem distinguir os estados final e inicial de um sistema, tais como:
● Formação de precipitado1,
● mudança de cor2,
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● desprendimento de gases3,4,
Material
●
Tubos de ensaio (dentro do armário)
●
Soluções para teste (sobre as bancadas)
●
Pipetas (juntamente com as soluções)
Procedimento Experimental
1. Lavagem
Toda a vidraria a ser utilizada no experimento deve ser lavada convenientemente antes e depois
de ser utilizada. A lavagem inicial deve ser feita com água e detergente (quantidade mínima),
seguida de enxágue com água de torneira em abundância e depois com água destilada. As
lavagens subsequentes devem ser feitas apenas com água (sem detergente), uma vez que as
soluções que serão utilizadas são aquosas. Guarde bem esta relação: para cada litro de água
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destilada gastam-se 70 litros de água tratada. Embora o IQ recupere esta água, gasta-se também
uma considerável quantidade de energia. Sempre pense nisto ao utilizar água destilada para
limpeza.
Sobre a bancada estará disponível um conjunto de cinco soluções, que serão combinadas duas
a duas, utilizando-se um volume aproximado de 1 mL de cada solução. As soluções devem ser
transferidas para os tubos de ensaio, com o auxílio das pipetas que estão ao lado de cada frasco.
Anotar adequadamente significa escolher uma forma que facilite a visualização dos dados e a
sua posterior utilização por você e seu colega. Pense nisso e discuta com seu colega de grupo
a melhor forma de fazer isto.
1. Amostra Desconhecida
Após concluir essa etapa da aula, você receberá uma amostra “não identificada”, mas que é
uma das cinco anteriores. Anote a letra da amostra desconhecida que você recebeu. Reaja a
sua amostra desconhecida com o conjunto de cinco soluções e identifique-a, isto é, conclua qual
é o composto químico da amostra desconhecida.
Introdução
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Os elétrons das camadas de valência dos átomos podem absorver energia, passando para
níveis de energia mais elevados do que os anteriores à absorção e produzindo estados atômicos
chamados excitados. Quando estes elétrons dos estados excitados retornam ao estado
fundamental, podem emitir a energia absorvida sob a forma de radiação eletromagnética, cujos
comprimentos de onda são característicos da transição eletrônica sofrida. Os comprimentos de
onda da radiação emitida situados no intervalo de comprimentos de onda entre 700 nm
(vermelho) e 400 nm (violeta) podem ser observados pois compõe a luz visível.
Cada elemento químico possui uma distribuição eletrônica única com diferentes níveis
de energia. Por isto, a radiação luminosa emitida no retorno dos elétrons aos seus estados
fundamentais, pode ser utilizada para identificar tal elemento químico. Em consequência, o teste
de chama é usado para identificar alguns íons metálicos tais como sódio, potássio, cálcio, bário,
cobre e estrôncio. Ao ser exposto à chama do bico de Bunsen, parte dos íons sofre redução
produzindo o seu metal (M+n + ne → M). A temperatura da chama de um bico de Bunsen é
suficiente para excitar os elétrons do metal de forma que, quando os elétrons retornam aos
respectivos estados fundamentais, ocorre a emissão de radiação luminosa produzindo uma cor
característica.
A análise quantitativa pode ser feita por fotometria de chama, que é uma técnica de
emissão atômica para determinar a concentração de íons metálicos. A determinação é feita pela
medida da emissão de radiação presente na chama de soluções contendo estes íons. A solução é
aspirada na chama repetindo o processo descrito acima. A fotometria de chama é uma técnica
simples, relativamente barata, sendo muito utilizada para análises clínicas, biológicas e
ambientais.
Material
●
Solução de cloreto de sódio (NaCl)
●
Solução de cloreto de cálcio (CaCl2)
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●
Solução de cloreto de estrôncio (SrCl2)
●
Solução de cloreto de bário (BaCl2)
●
Solução de cloreto de potássio (KCl)
●
Solução de cloreto de cobre (CuCl2)
●
Solução de HCl 3,0 mol L-1
●
Amostra desconhecida
●
Placa de porcelana para colocação de amostras (placa de toque)
●
Béquer de 50 mL
●
Bico de Bunsen
●
Fio de Níquel-Cromo em haste de vidro
Procedimento Experimental
1. Coloque algumas gotas de uma das soluções de sais de cloreto numa das cavidades da
placa de porcelana. Muita atenção para não misturar as soluções na placa de
porcelana.
2. Coloque em dois tubos de ensaio (Tubo 1 e Tubo 2), 3,0 mL da solução de HCl.
3. Para a limpeza do fio de Níquel-Cromo, mergulhe-o na solução de HCl do Tubo 1 e leve-
o à chama do Bico de Bunsen até ficar incandescente. Repita este procedimento até que
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não se observe coloração na chama. Quando necessário troque a solução de HCl do
Tubo 1.
4. Com o fio de Níquel-Cromo limpo, mergulhe-o na solução de HCl do Tubo 2 e espera-se
que não se observe coloração na chama.
5. Com o fio de Níquel-Cromo limpo, mergulhe-o na solução do sal. A seguir, leve-o à
chama, observe e anote a cor da chama.
6. Repita os mesmos passos para as demais soluções. A percepção de cor é individual, assim
anote no caderno de laboratório o nome da cor que mais fielmente se assemelha à cor
percebida por você.
1. Teste de chama de sal desconhecido:
Anote o número da amostra desconhecida que você recebeu, efetue o teste de chama como descrito
anteriormente e identifique o cátion metálico presente na sua amostra.
Referências Bibliográficas
1. Vogel, A. I.; Química Analítica Qualitativa, Editora Mestre Jou, São Paulo, 1981.
2. Alexéev, V.; Análise Qualitativa, Edições Lopes da Silva, Porto, 1982.
3. Baccan, N.; Godinho, O. E. S.; Aleixo, L. M.; Stein, E.; Introdução à Semi-
microanálise Qualitativa; Editora da UNICAMP, Campinas; 1990.
4. Kotz, J. C.; Treichel Jr., P.; Química e Reações Químicas; LTC Editora, Rio de
Janeiro, Vol. 1 e 2, 2002.
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EXPERIMENTO 3 - MEDIDAS DE pH
Objetivos
Equilíbrio químico da água. Conceitos de ácido e base. Uso de indicadores e pHmetro.
Introdução
A água na natureza raramente é pura. Mesmo a água da chuva contém substâncias sólidas,
líquidas ou gasosas dissolvidas em concentrações variadas. Por exemplo, em algumas regiões, a
água da chuva pode ter um caráter ácido, que pode prejudicar plantações, deteriorar construções
civis, acelerar processos de corrosão em veículos, etc. A água de chuva tende a ter um certo
caráter ácido devido à presença do ácido carbônico proveniente da dissolução do gás carbônico
existente na atmosfera. No entanto, em condições atmosféricas normais, a concentração de ácido
carbônico na água da chuva é relativamente baixa e os efeitos desta acidez são geralmente
desprezíveis.
Por outro lado, água também é o solvente onde as reações bioquímicas que sustentam a
vida ocorrem e estas reações bioquímicas são sensíveis à acidez da água. Assim, pequenas
variações na acidez podem resultar em uma modificação drástica no bioma de um ambiente,
levando à extinção de algumas espécies. Medidas da acidez da água, assim como o conhecimento
de como outras substâncias eventualmente dissolvidas ou adicionadas alteram esta propriedade,
são importantes do ponto de vista técnico e serão objetos de estudo nesta aula.
De acordo com a definição proposta por Brønsted e por Lowry, um ácido é uma
substância capaz de doar prótons (H+) e uma base é uma substância capaz de receber prótons.
Um exemplo de um ácido de Brønsted-Lowry é o ácido clorídrico (HCl). Quando dissolvido em
água, as moléculas de HCl doam os seus prótons para as moléculas de água vizinhas, como
representado pela equação química (1):
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Uma das implicações das definições de ácido e base de Brønsted-Lowry é de que uma
mesma substância pode ser anfiprótica, ou seja, pode atuar como ácido ou como base. Como é
possível notar nas Equações 1 e 2, a água é anfiprótica, pois atua como base, recebendo prótons
das moléculas de HCl e também como ácido, doando prótons para as moléculas de NH 3. Esta
importante propriedade da água permite que a transferência de prótons ocorra entre as moléculas
da própria água, mesmo em água pura. Esta transferência, denominada auto-protólise da água,
pode ser representada pelo equilíbrio químico:
A este equilíbrio, associa-se uma constante de equilíbrio (Kw), que, de forma simplificada,
pode ser expressa em função das concentrações molares (representadas pelos colchetes) das
espécies envolvidas na reação:
De acordo com a equação (5), o aumento da concentração de íons H 3O+ pela adição de
ácido à água deve acarretar em diminuição da concentração de íons OH –, e vice-versa.
Como as concentrações molares de H3O+ e OH– variam em muitas ordens de grandeza,
os químicos e engenheiros adotam a notação logarítmica. Dessa forma, o pH e o pOH de uma
solução são definidos como:
A 25oC, a concentração molar de H3O+ em água pura é 1,0 x 10–7 mol L–1, então:
Figura 1. Representações das formas ácida e incolor (à esquerda) e básica e rosa (à direita) em
solução aquosa
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Experimental
Nesta etapa da aula, as cores desenvolvidas por diferentes indicadores ácido-base serão
analisadas em um intervalo de pH de 3 a 11. Para tal, coloque entre 1 e 2 mL das nove soluções
identificadas com os respectivos valores de pH, em tubos de ensaio previamente lavados e
etiquetados. Adicione em cada tubo de ensaio, três gotas da solução do indicador A fornecida.
Anote as diferentes cores obtidas para o indicador A em cada um dos valores de pH de cada
solução. Para facilitar a análise dos dados, anote os dados em uma tabela.
Repita exatamente o mesmo procedimento descrito acima substituindo o indicador A pelo
B. Faça o mesmo para o indicador C e, por fim, para o indicador D.
Faça uma previsão das cores das soluções a diferentes pH se fosse utilizado como
indicador uma mistura das quatro soluções A, B, C e D.
Em seguida, realize os experimentos com a mistura de indicadores, procedendo
exatamente como descrito na etapa 1. Anote as cores obtidas experimentalmente e compare com
as cores previstas. Discuta com os colegas as possíveis diferenças.
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lave o eletrodo com água destilada e seque-o gentilmente com um lenço de papel. Repita o
processo de lavagem do eletrodo sempre entre uma medida e outra.
Quando o pHmetro não estiver em uso, retornar a solução de descanso para o eletrodo.
Dentre as soluções aquosas de concentração 0,1 mol L–1 fornecidas encontram-se: ácido
clorídrico, ácido láctico, carbonato ácido de sódio, cloreto de amônio, carbonato de sódio,
hidróxido de sódio e cloreto de sódio. Essas soluções não estão identificadas pelo nome, mas
sim por números. Escreva as equações químicas dos equilíbrio ácido-base dessas substâncias em
água, identificando-as como ácidos ou bases fortes, ácidos ou bases fracas e sais que podem
sofrer reações de hidrólise. A partir dessas informações e dos valores de pH obtidos
experimentalmente, identifique qual dessas substâncias está dissolvida em cada uma das soluções
fornecidas.
Referência Bibliográfica
1. Atkins, P. Jones, L. Princípios de Química. 5ª ed. Ed. Bookman. Porto Alegre,
2012.
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EXPERIMENTO 4 - OXIDAÇÃO E REDUÇÃO - SÉRIE
ELETROQUÍMICA
Objetivos
Introdução
Neste experimento, serão estudadas algumas reações de oxidação e redução envolvendo metais
e também halogênios. Isso permitirá estabelecer uma série eletroquímica simplificada para os
metais e obter informações sobre o poder oxidante relativo do cloro, do bromo e do iodo.
Experimental
Use amostras dos metais: ferro, zinco, cobre e estanho e as soluções 0,1 mol l -1 de seus
íons em solução (exceto Fe3+ e Sn2+), além de soluções de HCl 1 mol L-1. Observe as possíveis
reações de cada um desses metais com cada uma das soluções. Para cada combinação, use 2 mL
34
da solução e uma pequena porção limpa do metal. Algumas das reações de metais com ácido são
lentas. Nestes casos, aqueça o tubo num banho com água quente (~60 °C). Nota: Utilizar o
termômetro de 150 °C no banho com água.
Faça uma tabela de todas as combinações e anote quais reações ocorreram. Baseado nos
resultados, você será capaz de ordená-los quanto aos potenciais de redução. Compare com o
esperado pela série eletroquímica descrita na literatura. Discuta possíveis diferenças e comente
as possíveis fontes de erros.
Nota: Esta parte do experimento deve ser realizada na capela. Coloque separadamente
em tubos de ensaio, 2 mL de cada uma das três soluções dos halogênios: no primeiro, água de
cloro (cloro dissolvido em água); no segundo, água de bromo (bromo dissolvido em água) e no
terceiro, solução aquosa de iodo.
b) Em dois tubos de ensaio coloque, separadamente, 2 mL de solução de brometo 0,1 mol l-1 e
2 mL de solução de iodeto 0,1 mol l-1. Adicione a cada tubo 1mL do solvente orgânico, agite o
tubo e observe. Em seguida, adicione 1 mL de solução de água de cloro, agite e observe. Anote
a cor da fase orgânica final nos dois testes e compare com o que foi observado no item (a).
c) Repita o procedimento anterior usando soluções de cloreto e iodeto em cada tubo. Adicione
1 mL do solvente orgânico e cerca de 1 mL de água de bromo em cada tubo. Agite vigorosamente
e compare a coloração da fase orgânica com a que foi observada no item (a).
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Determine se o íon Fe3+ é um oxidante mais forte ou mais fraco que o iodo e o bromo em
meio aquoso. Adicione 1 mL de solução de Fe3+ a 2 mL de soluções de iodeto e brometo. A
presença de Fe2+ poderá ser testada pela adição de um pouco de solução de ferrocianeto de
potássio, que originará uma cor azul profunda quando houver Fe2+ em solução. Insira seu par
Fe3+/ Fe2+ na série eletroquímica já estabelecida para os halogênios
A partir dos resultados obtidos tente fazer uma tabela completa contendo a ordem de
potenciais de redução observada. Escreva todas as equações químicas balanceadas para todas as
reações que ocorreram, tanto para as oxidações e reduções como para os testes de identificação.
Procure em livros de química geral e de análise qualitativa como se faz para balancear
equações iônicas de oxidação e redução. São estas equações iônicas que devem ser
apresentadas no relatório.
Atenção:
- Traga uma tabela de potenciais de oxidação e redução dos elementos químicos para o seu
uso no relatório.
Referências Bibliograficas
1. Kotz, J.C.; Treichel Jr., P.; Chemistry and Chemical Reactivity, 3rd edition, Saunders
College Publishing. Londres; 1996.
2. Vogel, A.I. ; Química Analítica Qualitativa; Editora Mestre Jou, São Paulo; 1981.
3. Atkins, P; Jones, L. Princípios de Química. 3ª ed. Ed. Bookman. Porto Alegre, 2006.
4. Alexéev, V.; Análise Qualitativa; Edições Lopes da Silva, Porto; 1982.
5. Baccan, N.; Godinho, O. E. S.; Aleixo, L. M.; Stein, E.; Introdução à Semi-microanálise
Qualitativa; Editora da UNICAMP, Campinas; 1990.
6. Mahan, B.H.; Química - Um Curso Universitário, Editora Edgard Blucher Ltda., São
Paulo; 1972.
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EXPERIMENTO 5 - IDENTIFICAÇÃO DE UM METAL PELA SUA
MASSA MOLAR
Objetivos
Medidas de massa e volume de forma quantitativa e treinamento em cálculo estequiométrico.
1. Introdução
A reação de um metal (M) com ácido (H +) em meio aquoso, produzindo gás hidrogênio
(H2) e o respectivo cátion metálico (Mx+), pode ser genericamente expressa como:
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Medindo-se a pressão atmosférica local e conhecendo-se a pressão parcial do vapor de
água na temperatura do experimento (valor tabelado), é possível determinar PH2 e, portanto, o
valor de nH2 (Equação 2). Determinado o valor de nH2, é possível atribuir arbitrariamente
diferentes valores para x (por exemplo, x=1, x=2, x=3...) e substituir esses valores, um por vez,
na Equação 1 para estimar o número de mols de metal (nM) que reagiu com o ácido. Como a
massa inicial de metal que reagiu (mM) foi determinada, pode-se estimar a massa molar (MM)
do metal a partir da Equação 4:
nM = mM / MM Equação 4
Experimental
Primeiramente, feche bem a torneira da bureta e teste se esta não apresenta vazamentos,
preenchendo-a com água. Resolvidos possíveis problemas de vazamento, esvazie a bureta e
prenda a mesma no suporte de ferro usando a garra fornecida. Coloque sob o bico da bureta um
béquer de 600 mL, contendo aproximadamente 300 mL de água, como esquematizado na Figura
1a.
38
Figura 1 – a) Representação esquemática do posicionamento inicial da bureta; b) Adição de
água destilada com a bureta inclinada para evitar mistura com a solução de ácido; c) Massa de
metal entre 25 e 35 mg; d) Fixação da amostra de metal no fio de cobre e na rolha de borracha;
e) Ajuste da rolha com a amostra de metal pendurada pelo fio de cobre na bureta completamente
preenchida.
Com o auxílio de um béquer de 100 mL, adicione cuidadosamente uma solução de ácido
clorídrico (6 mol L-1) à bureta até que o nível da solução atinja a marca de 30 mL na graduação.
Em seguida, retire a bureta da garra e, com esta inclinada, adicione água destilada com uma
pisseta, até preencher toda a bureta, como mostrado na Figura 1b. Fixe novamente a bureta no
suporte usando a garra.
Pese, então, entre 25 e 35 mg do metal desconhecido (Figura 1c) e enrole o mesmo com
o pedaço de fio de cobre. Prenda o fio à rolha de borracha, deixando cerca de 5 cm do fio de
cobre entre a amostra e a rolha (Figura 1d). Coloque então a rolha de borracha com a amostra no
topo da bureta, sem permitir a formação de bolhas de ar (Figura 1e).
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Dobre para baixo o pedaço de fio de cobre que está para fora da bureta e, USANDO
LUVAS, tape o orifício da rolha com um dos dedos. Inverta a bureta e introduza o topo da bureta
na água dentro do béquer de 600 ml.
Quando o topo da bureta estiver abaixo da superfície
da água, retire o dedo do orifício da rolha e prenda a bureta
invertida no suporte, conforme esquematizado na Figura 2.
Atenção: Nesta etapa é importante evitar a entrada de ar
na bureta através do orifício da rolha.
Como a densidade da solução de HCl é maior que da
água, ao inverter a bureta, a solução de HCl desce em direção
ao metal e dá início à reação.
Durante a reação, ocorrerá consumo do metal,
formação de bolhas e o nível da solução ácida dentro da
bureta descerá. Quando todo o metal tiver sido consumido, a
reação entre o ácido e o metal estará terminada. Uma forma
Figura 2: Posicionamento da
prática de determinar o fim da reação, é observar o nível da
bureta durante a reação entre o
solução ácida, que para de descer quando a reação termina.
metal e o ácido.
Espere cerca de 1 minuto para ter certeza de que o nível da
solução dentro da bureta estabilizou.
Quando o nível estiver estável, dê leves tapas na bureta para desprender eventuais bolhas
de gás. Usando luvas, tape novamente o orifício da rolha com a bureta ainda sob a água, retire a
bureta da garra e mergulhe-a, ainda invertida, em uma proveta de 2000 mL contendo água da
torneira (Figura 3a). Atenção: realize esta etapa cuidadosamente, pois é importante evitar a
entrada de ar na bureta. Segurando a bureta invertida, ajuste o nível da solução na bureta com
o nível da água na proveta, como mostrado na Figura 3b. Procure pensar por que esse
procedimento é necessário. Isto o ajudará a fazer os cálculos posteriores! Espere o volume dentro
da bureta estabilizar e anote este valor.
40
Figura 3a
41
entre o valor de massa molar experimental e aqueles da tabela periódica disponível no
laboratório.
Referências Bibliográficas
1. Mahan, B.; Química – Um Curso Universitário, Ed. Edgar Blucher, São Paulo, 1972, p.
26-37 e 207.
2. Kotz, J. C.; Purcell, K. F.; Chemistry and Chemical Reactivity, 2a ed., Saunders College
Publishing, Philadelphia, 1991, p. 455, 865 e 907.
3. Baccan, N.; Andrade, J.C.; Godinho, O.E.S.; Barone, J.S.; Química Analítica
Quantitativa Elementar, 2a ed., Editora Edgard Blucher, 1985.
4. César, J.; Andrade, J. C., A determinação da massa molar de um metal, 2006. Disponível
em [http://chemkeys.com/br/2006/04/17/a-determinacao-da-massa-molar-de-um-metal/]
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EXPERIMENTO 6 - PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA -
CALORIMETRIA
Objetivos
Estudar a primeira lei da termodinâmica.
Introdução
A energia é uma das grandezas fundamentais no Universo e não pode ser criada nem
destruída, apenas transformada. O estudo destas transformações de energia é chamado de
termodinâmica, a qual explica porque as reações ocorrem e é, portanto, essencial nos estudos
de transformações químicas. Por exemplo, a termodinâmica permite predizer o calor, que é uma
forma de energia, requerido ou produzido pelas reações químicas.
Calor é um termo usado comumente no cotidiano, mas que é tecnicamente definido como
a energia transferida como resultado de diferenças de temperatura. O calor flui de uma região de
temperatura mais alta para uma região de temperatura mais baixa. As reações químicas podem
liberar ou absorver calor do meio. Quando uma reação que libera calor para o meio acontece em
um frasco reacional, este começa a ficar quente com o desenrolar da reação. No caso das reações
em que é necessário fornecer calor para que a reação aconteça, o frasco reacional fica mais frio
com o progresso da reação. As reações químicas que liberam calor são chamadas de exotérmicas,
enquanto as que consomem calor são chamadas de endotérmicas.
As transferências de energia na forma de calor são medidas com um calorímetro, um
dispositivo que permite monitorar as variações de energia, como calor, observando-se mudanças
na temperatura do sistema. Um calorímetro simples consiste em um recipiente isolado
termicamente, contendo água, dentro da qual outro recipiente contendo a mistura reacional é
mergulhado. O calorímetro idealmente não permite a troca de energia (calor) do sistema →
vizinhança (meio ambiente) e da vizinhança → sistema (parede adiabática). A temperatura da
água nesse sistema pode ser monitorada com um termômetro. Se a reação é exotérmica, a energia
transferida como calor ao calorímetro resulta em um aumento na temperatura da água que é
observada no termômetro. Por outro lado, se a reação é endotérmica, a energia absorvida pela
reação resulta em uma diminuição na temperatura da água.
De acordo com o princípio de conservação de energia (1ª Lei da Termodinâmica) a soma
do calor absorvido ou cedido pela água do calorímetro (q cal) e o calor cedido ou absorvido pelo
corpo (qcorpo) deve ser nula:
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qcal + qcorpo = 0
q = m x cS x ΔT
A capacidade calorífica específica de uma substância é normalmente fornecida em
unidades de Joules por Kelvin por grama (J K -1 g-1). No entanto, ela também pode ser expressa
em Joules por grau Celsius por grama (J °C-1 g-1), uma vez que a variação de 1°C é igual à
variação de 1K. O calor específico da água líquida a 25°C é 4,184 J °C -1 g-1, que corresponde a
um valor relativamente alto quando comparado ao de outras substâncias do cotidiano.
Este valor relativamente alto de cs da água, nos ajuda a explicar, por exemplo, porque
regiões circunvizinhas a lagos e mares são menos afetadas pelas variações de temperatura durante
o ano. Como a água é capaz de armazenar energia sem aumentar significativamente a sua
temperatura, estas regiões com umidade relativa do ar elevada, possuem uma espécie de
reservatório térmico. O vapor de água da atmosfera atenua as variações de temperatura.
Também é importante destacar que o vapor de água na atmosfera tem papel fundamental
na absorção da radiação infravermelha refletida pela Terra, ajudando, portanto, a manter a
temperatura média do planeta em torno de 15 °C. Do contrário, a Terra seria muito mais fria, e
sua temperatura média seria ao redor de -18 °C, o que poderia comprometer ou inviabilizar
diversas formas de vida no planeta. A sua alta capacidade calorífica também torna a água um
potencial veículo de transporte energético, sendo largamente utilizada em sistemas de
aquecimento/resfriamento residenciais ou em processos industriais.
Neste experimento será determinada a capacidade calorífica de metais e a entalpia de
sublimação do CO2 sólido a pressão constante.
Experimental
1- Determinação da capacidade calorífica específica de metais
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Pese o bloco de cobre fornecido em uma balança analítica. Pese uma massa igual de água
no copo plástico. Coloque o copo plástico no calorímetro de isopor e meça a temperatura da água
com um termômetro.
Coloque 150 mL de água da torneira em um béquer de 250 mL. Amarre o bloco de metal
com um fio de nylon e mergulhe o bloco na água. Deixe a ponta do fio de nylon fora do béquer
amarrando-a em um “varal” de arame. Aqueça a água do béquer com o bloco metálico até a
ebulição e deixe o bloco mergulhado na água nesta condição por 10 min. Meça a temperatura de
ebulição da água.
Usando o fio de nylon, retire o bloco metálico da água em ebulição e mergulhe-o
imediatamente na água do copo de plástico no calorímetro de isopor. Feche o calorímetro e anote
o valor da temperatura máxima da água.
Repita o experimento para o bloco de alumínio. Lembre-se de trocar a água do copo de
plástico.
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APÊNDICES
2- Uso Recomendado:
● Luvas de Látex (aguardar orientação do professor)
Acidente SEM o uso dos óculos Acidente COM o uso dos óculos
3- É obrigatório:
● A sinalização de superfícies e objetos quentes.
● O uso de pêras de borracha na aspiração de líquidos por pipetagem.
● Identificar as amostras produzidas no laboratório.
● O manuseio de produtos químicos tóxicos e corrosivos em capela com exaustão ligada.
4- Atos Proibidos:
● Alimentar-se no laboratório.
● Fazer brincadeiras no laboratório.
● Fumar no laboratório.
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● Deixar bancos espalhados pelo corredor do laboratório impedindo uma circulação
segura.
● Obstruir chuveiros, saídas de emergência e extintores de incêndios.
● Descartar resíduos químicos na pia.
● Deixar as capelas e bancadas desorganizadas
● Deixar resíduos espalhados pelo laboratório.
● Deixar frascos de resíduos sem identificação ou identificação inadequada.
● Abrir geladeiras contendo produtos químicos sem autorização e orientações dos
docentes.
RECOMENDAÇÕES
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C- Desligue fontes de ignição (GLP) afaste solventes e outros materiais combustíveis.
D- Utilize o extintor de incêndio mais próximo. Caso perca o controle da situação não insista.
E- Abandone o local pela saída mais próxima até o ponto de encontro.
4- Chapas de aquecimento:
● Desenrole o cabo completamente, para evitar queimar o cabo elétrico.
● Utilize recados simples para evitar queimaduras.
5- Descarte de resíduos:
● Sigas as orientações dos professores e/ou técnicos.
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6- Derramamento de substâncias químicas:
● Informe o docente e/ou os técnicos.
● Utilize um material absorvente como vermiculita
1. SEGURANÇA
Para frequentar as aulas de laboratório os alunos devem cumprir as normas de segurança
estabelecidas no Instituto de Química. Observe os itens abaixo:
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8. Não é permitida a presença de estranhos no laboratório.
9. Não são permitidas brincadeiras nem aglomerações durante as aulas.
Procure agir sempre com bom senso, para sua própria segurança e para a segurança de
todos os outros. Porém, acidentes podem ocorrer. Tenha sempre em mente os procedimentos de
emergência apresentados na palestra da Comissão de Segurança. Em caso de acidente, mantenha
a calma e procure ajuda.
● Coscione, A.R.; Almeida, A.M.; de Andrade, J.C.; Custódio, R.; Segurança no Laboratório
Químico, 2000, 03 p.p. - Disponível em http://chemkeys.com/br/2000/03/24/seguranca-
no-laboratorio-quimico/
NA DÚVIDA, PERGUNTE
ACIDENTES NÃO ACONTECEM. ACIDENTES SÃO CAUSADOS
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Tenha sempre em mente que o laboratório é um lugar de trabalho sério. Atitudes de
1 brincadeiras em relação aos seus colegas ou outras pessoas, muitas vezes, podem
provocar graves acidentes.
Realize somente as experiências prescritas ou aprovadas pelo professor. As experiências
2
não autorizadas são proibidas.
Use o avental! É expressamente proibida a realização da aula experimental sem o uso do
3
avental, o qual deverá ser mantido abotoado durante o transcorrer de toda a aula.
4 O uso dos óculos de segurança é obrigatório no transcorrer de toda a aula.
5 Procure evitar o uso de sandálias ou sapatos abertos. Prenda os cabelos, quando longos.
6 Não colocar material de uso pessoal sobre a bancada de trabalho.
7 Nunca deixe frascos contendo solventes inflamáveis próximos à chama.
Substâncias inflamáveis não devem ser aquecidas diretamente na chama, devendo-se usar
8
para isso outros processos, como banho-maria ou aquecimento elétrico.
Evite contato de quaisquer substâncias com a pele, por mais inócuas que possam parecer.
9 Se entornar um ácido, ou qualquer outro produto corrosivo, limpar imediatamente da
forma mais adequada.
Não toque os produtos químicos com as mãos, a não ser que isso lhe seja expressamente
10
indicado.
11 Não aspire a pipeta com a boca, use o equipamento apropriado para sucção.
Nunca prove um produto químico ou uma solução, a menos que isso lhe seja
12
expressamente indicado.
Utilize sempre a câmara de exaustão (capela) quando trabalhar com substâncias voláteis
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ou com reações que liberam gases venenosos ou irritantes.
Ao sentir o odor de uma substância não se deve colocar o rosto diretamente sobre o frasco
que a contém. Desloque com a mão, para sua direção, os vapores que se desprendem do
14
frasco.
Sempre que proceder a diluição de um ácido concentrado, adicioná-lo lentamente e sob
15
agitação em água, e nunca o contrário.
Ao aquecer um tubo de ensaio, não direcione a boca do tubo para si e nem para outra
16
pessoa próxima.
Após o aquecimento de um vidro, aguarde o seu resfriamento, para depois manuseá-lo.
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Lembre-se de que o vidro quente tem o mesmo aspecto de um vidro frio.
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Tenha completo conhecimento da localização de chuveiros de emergência, lavadores de
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olhos, extintores e certifique-se que saiba como usá-los.
Ao introduzir tubos de vidro em rolhas ou mangueiras, umedeça-os convenientemente e
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enrole a peça de vidro numa toalha para proteger as mãos.
Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento prolongado ou
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que desenvolva grande quantidade de energia.
Verificar cuidadosamente o rótulo do frasco que contém determinado reagente, antes de
21 tirar dele qualquer porção do seu conteúdo. Leia o rótulo duas vezes para se certificar que
tem o frasco correto.
22 Nunca deixe os frascos abertos, recolocar a tampa imediatamente após o uso.
As substâncias que restarem após os experimentos, mesmo que não tenham sido usadas,
23 não devem ser retornadas ao frasco de origem. Nunca introduza qualquer objeto dentro
do frasco de um reagente.
24 Informe o professor sobre quaisquer acidentes que ocorram.
Ao retirar-se do laboratório, verificar se não há torneiras de água ou gás abertas. Desligue
25
todos os aparelhos, deixando-os limpos e lave as mãos.
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