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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Instituto de Química
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE QUÍMICA

QG-122
QUÍMICA EXPERIMENTAL

Guia de Laboratório

QG122
Professores QUÍMICA EXPERIMENTAL

Auxiliares Didáticos

Horário das Aulas:

Aluno:

Campinas

2
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE QUÍMICA
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DE DISCIPLINA

1 º Semestre 2021
Disciplina
Código Nome
QG-122 Química Experimental

Turmas Horário Local


A, B, F, G Terça-feira: 14-18h Condução remota
H, I, L Quinta-feira: 14-18h Condução remota
C, D, K Sexta-feira: 14-18h Condução remota
E, J Sexta-feira: 19-23h Condução remota

Docentes
MIGUEL SAN-MIGUEL: smiguel@unicamp.br (Coord.) – Turmas E, G, H, K
ANA FLÁVIA NOGUEIRA: anafla@unicamp.br – Turma I
ANNE HÉLÈNE FOSTIER: anne@unicamp.br - Turma B
CARLA BEATRIZ GRESPAN BOTTOLI: carlab@unicamp.br - Turma A
LUCIANA GONZAGA DE OLIVEIRA: lucianag@unicamp.br - Turma J
PEDRO PAULO CORBI: ppcorbi@unicamp.br - Turma C
TAICIA PACHECO FILL: taicia@unicamp.br - Turma D
ANDRÉIA DE MORAIS: admorais@unicamp.br - Turma F
LUIS HENRIQUE S. LACERDA: lhslacerda1@gmail.com - Turma L

Forma de Condução das Aulas Remotas Mediadas por Tecnologia


[ ] Aulas online síncronas (ao vivo)
[ ] Aulas Gravadas
[ X ] Aulas online ao vivo + disponibilização da gravação da aula

Forma de Atendimento às Dúvidas das Aulas Remotas


Todas as dúvidas sobre o andamento da disciplina ou questões relacionadas com os
conteúdos deverão ser postadas no Mural do Google Classroom, onde as respostas
ficarão accessíveis aos outros alunos. Os PADs poderão dar plantões remotos de
dúvidas caso precisar mediante os recursos disponíveis na plataforma Google
Classroom.

Plataforma Virtual que se pretende utilizar


[ X ] Google Classroom + Google Meet
[ ] Moodle
Outra (especificar):

Forma de Condução das Avaliações e Prazos de Entrega


Após a apresentação da aula ao vivo nas datas indicadas (a gravação da aula também
será disponibilizada posteriormente), cada aluno deverá elaborar um relatório ou/e
realizar as atividades indicadas (de acordo com as instruções do professor e da

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apostila) com prazo de entrega de 1 semana. Os relatórios serão corrigidos e avaliados
com nota entre 0 e 10. O atraso na entrega das atividades terá redução na nota.

Critérios de Avaliação e Aprovação


Critério de aproveitamento na disciplina:
Não serão aplicadas provas on-line, e avaliação será realizada a partir dos
relatórios/atividades específicos (Ri) sobre cada experimento. A nota final dos
relatórios/atividades será calculada a partir da média aritmética:
∑6𝑖=1 𝑅𝑖
𝑁𝐹 =
6

● Se a Nota Final > 5,0 🡪 aprovação


● Se a Nota Final < 5,0 🡪 exame

Em caso de exame, a nota final da disciplina será:


𝑁𝐹 + 𝐸
𝑀𝐹 =
2

onde NF: nota final e E: nota do exame.


Se a Nota Final > 5,0 🡪 aprovação
Se a Nota Final < 5,0 🡪 reprovação

Calendário – Disciplinas Experimentais


Data Atividade
23/03, 25/03, 26/03 Apresentação da disciplina (Turmas ABFG, HIL, CDJKE)
06/04, 08/04, 09/04 Experimento 1 (Turmas ABFG, HIL, CDJKE)
20/04, 22/04, 23/04 Experimento 2 (Turmas ABFG, HIL, CDJKE)
04/05, 06/05, 07/05 Experimento 3 (Turmas ABFG, HIL, CDJKE)
18/05, 20/05, 21/05 Experimento 4 (Turmas ABFG, HIL, CDJKE)
15/06, 17/06, 18/06 Experimento 5 (Turmas ABFG, HIL, CDJKE)
29/06, 01/07, 02/07 Experimento 6 (Turmas ABFG, HIL, CDJKE)
13/07, 15/07, 16/07 Revisão de conceitos (Turmas ABFG, HIL, CDJKE)
20/07, 22/05, 23/07 EXAME (Turmas ABFG, HIL, CDJKE)
01 a 03/04 – Não haverá atividades
21/04 - Não haverá atividades
01/05 - Não haverá atividades
24/05 - Reunião de Avaliação de Curso
03 a 05/06 - Não haverá atividades
09 e 10/07 - Não haverá atividades
17/07 - Término das Aulas
19 a 24/07 - Semana de Exames Finais

SEGUEM A EMENTA, PROGRAMA E BIBLIOGRAFIA

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RELATÓRIOS

Um relatório é uma ferramenta de comunicação que possibilita que outras pessoas


conheçam e avaliem o seu trabalho. Relatórios científicos devem apresentar a motivação para
realizar o experimento, descrever a metodologia utilizada e apresentar e interpretar os resultados
obtidos, incluindo as referências bibliográficas utilizadas. De preferência, use os verbos na voz
passiva e no impessoal. Um bom relatório depende da habilidade de apresentar e interpretar os
fatos relevantes, de forma objetiva e racional, independentemente dos obstáculos encontrados na
execução do experimento.

INSTRUÇÕES GERAIS PARA ELABORAR OS RELATÓRIOS DE QG122

Cada aluno deverá elaborar um relatório sobre cada experimento, que será entregue
segundo orientação do professor. A não entrega no prazo acarretará em uma penalidade de dois
pontos na nota do relatório para cada dia de atraso. Os relatórios devem apresentar de maneira
geral:

Página de rosto (não numerada). Identificação do relatório com Título do experimento, nomes
e RA dos autores, disciplina e turma, e data de realização do experimento.

1. Introdução (1 página). A “Introdução” deve apresentar a motivação para a realização do


experimento, incluindo os principais conceitos envolvidos (com indicação da bibliografia
utilizada) e os objetivos do experimento. A introdução não pode ser uma cópia do texto da
apostila ou de qualquer outra referência, mas sim uma redação que oriente o leitor a respeito
do problema que será estudado e sua importância. Cópias serão punidas com nota zero.

2. Objetivos. Deve descrever em, no máximo 3 linhas, os principais propósitos do experimento.

3. Parte Experimental (0,5-1 página). Deverá conter uma descrição simplificada do


procedimento seguido (incluindo-se modificações que tenham sido feitas), uma lista dos
materiais, instrumentos e reagentes utilizados. Coloque apenas as informações que você julga
que sejam relevantes para o leitor. É importante reconhecer o que é irrelevante para a sua
comunicação. Esquemas simplificados de instrumentos podem ser introduzidos.

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4. Resultados e Discussão (2-3 páginas). Esta é uma parte muito importante do relatório. Nela
serão apresentados, da forma mais clara e completa possível, os resultados obtidos no
experimento, acompanhados de uma análise crítica dos mesmos, com base nos conceitos
químicos envolvidos. Esta parte deve incluir todo tipo de resultado obtido: observações visuais,
dados numéricos (como volumes medidos, massas pesadas, tempos decorridos, temperaturas,
rendimentos, etc.) e dados instrumentais. Inclua apenas um exemplo de cada tipo de cálculo
efetuado. Sempre que possível os dados devem ser organizados na forma de tabelas e gráficos
(leia as recomendações a este respeito nas próximas páginas desta apostila).

5. Conclusão (0,5 página). Deve apresentar uma síntese dos resultados mais importantes,
numéricos e fenomenológicos, e a conclusão geral do experimento. Esta seção não é um resumo
do relatório. Devem ser destacados os resultados importantes, por exemplo, “obteve-se 80 % de
rendimento na síntese do ácido acetilsalicílico, com pureza de 96 ± 2 %, e o produto final não
apresentou a presença de fenol residual”. Para concluir o relatório adequadamente, deve-se
evitar a descrição de uma longa lista de erros, reclamações ou lamentações. A maneira certa para
convencer o leitor de que o trabalho de laboratório foi produtivo é relacionando positiva ou
negativamente se o objetivo do experimento foi alcançado. Este é o melhor desfecho a ser
adotado na redação do relatório.

6. Referências (0,5 página). A indicação das referências no texto e a forma como devem aparecer
no documento (no caso aqui o relatório), dependem do local onde será feita a publicação. O mais
importante é ser coerente no documento específico. O leitor, com base na sua notação, deve estar
habilitado para saber de qual livro ou revista você está se referindo. Numere e relacione (na
sequência que aparece no texto) todas as referências bibliográficas que você consultou para
elaborar o relatório. Estas referências podem ser livros-texto ou periódicos (revistas e jornais
científicos). Não serão aceitas citações de documentos eletrônicos, livros ou apostilas do ensino
médio.
Em QG122, será usada a seguinte convenção: a indicação da citação no texto deve ser
feita logo ao final da sentença citada e numerada sucessivamente. Por exemplo, “a Bayer é a
maior produtora mundial de ácido acetilsalicílico1”.
As normas da revista “QUÍMICA NOVA” para citação das referências bibliográficas são as
seguintes:
No caso de revistas: Número da referência - sobrenome do autor ou autores, abreviando-
se os primeiros nomes, separados por ponto e vírgula - nome da revista (em itálico), ano (em
negrito), volume, página inicial.
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Ex.: 1. Russo, S.O.; Hamania, G.I.H.; J. Chem. Ed. 1989, 66, 149.
No caso de livros: Número da referência - sobrenome do autor ou autores, abreviando-
se os primeiros nomes, separados por ponto e vírgula - nome do livro (em itálico), número da
edição, volume, editora, local da publicação, ano, página(s).
Ex.: 2. Skoog, D.A.; West, D.M. and Holler, F.J.; Analytical Chemistry - An Introduction, 6ª. ed.,
vol. 1, Saunders College Publishing, Philadelphia, 1994, p 403.

*O relatório também será avaliado quanto à apresentação geral.

Mesmo que tenham ocorrido problemas na execução de um experimento, é possível


escrever um bom relatório. As seções chaves do relatório são os Resultados e a Discussão, porque
nestas partes pode-se demonstrar a compreensão da tarefa abordada e o que esperava que tivesse
acontecido, mas não aconteceu. Deve-se admitir a falha em obter os resultados, pois isso não é
punido na correção do relatório. É importante reconhecer as causas dessas falhas e buscar formas
de superá-las com base no que vai sendo aprendido durante as aulas. Isto é o que esperamos
desenvolver em QG122.

RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS IMPORTANTES PARA ELABORAR


RELATÓRIOS CIENTÍFICOS

Parte Experimental (Materiais e Métodos)


Esta seção descreve como o experimento foi feito, especificando os materiais e o
procedimento usado para obter os resultados que serão apresentados. Não se trata de uma cópia
da apostila, já que isso pode ser citado como referência. O importante é descrever se algo
diferente do sugerido foi realizado. Por exemplo, se a apostila recomenda utilizar uma solução
de NaCl 0,5 mol/L e durante o experimento houve orientação para usar uma solução de KCl
0,1 mol/L, isto deve ser indicado no relatório. Por exemplo:
1. Quais reagentes foram utilizados (nome, concentração, pureza e marca)?
2. Quais foram os aparelhos utilizados?
3. Quantas replicatas (número de repetições do procedimento) foram feitas?
4. Quais foram as condições experimentais (temperatura, luz, tempo, solvente, entre outros)?
5. Qual era a composição das misturas de reação?
6. Quais eram os controles (brancos) do experimento?
7. Como os dados foram obtidos?
8. Como os dados foram tratados para obtenção dos resultados?
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Etapas óbvias não devem ser descritas, como por exemplo “os tubos de ensaio foram lavados”
ou “o frasco de reagente foi aberto e, então, foram retirados 5 mL de acetona”.
Se instruções da apostila foram seguidas exatamente, não é necessário repeti-las no relatório.
Basta afirmar o que foi feito e citar a apostila:
“Os valores de pH das soluções tampão bicarbonato/carbonato 0,1 mol/L foram determinados
visualmente utilizando uma mistura de indicadores crômicos (fenolftaleína, azul de bromotimol,
vermelho de metila), como indicado no roteiro experimental da apostila1”.

Resultados: A melhor forma de expressar resultados é por meio de tabelas e gráficos com os
dados obtidos e os cálculos realizados. A apresentação dos dados é, em conjunto com a
Discussão, a parte central de um relatório científico. Em geral, gráficos são mais informativos
que tabelas; portanto, qualquer conjunto de dados com uma tendência de variação deve ser
apresentado na forma de gráficos. Se os dados não apresentam tendência ou se os valores exatos
são importantes para a discussão, uma tabela deve ser usada. Um esquema geral pode ser
apresentado na forma de uma Figura.
Um bom gráfico deve utilizar uma escala adequada para mostrar a tendência desejada
(Fig. 1), os eixos devem conter legendas apropriadas, apresentando as unidades das grandezas
(quando houver) e com um tamanho de letra legível. No eixo x deve ser colocada a variável
independente e no eixo y a variável dependente. A legenda do gráfico deve ser numerada e conter
uma breve descrição ao que se refere o gráfico. A legenda de gráficos e figuras deve ser
apresentada logo abaixo destes, e a legenda de tabelas deve vir acima da tabela.

Incorreto Incorreto CORRETO

Figura 1. Efeito da adição de uma solução NaOH 0,1 mol/L em uma solução tampão pH = 3,0.

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A identificação “Figura 1”, por exemplo, será utilizada na discussão toda vez que você
se referir a este conjunto de dados. As 3 curvas referem-se ao mesmo conjunto de dados, a
utilização de uma escala correta é uma forma de apresentar os dados de maneira clara. As
palavras acima dos gráficos não são legendas nem títulos, foram usadas para facilitar a discussão.
A maioria dos experimentos em cursos práticos é uma proposta para ilustrar alguma
tendência, então é importante tentar mostrá-la no relatório. As tendências em geral não são
indicadas ligando-se os pontos de um gráfico. Por exemplo, uma curva analítica ou “curva de
calibração” é, em geral, uma reta num determinado limite. Portanto, deve-se analisar se os
desvios dos dados experimentais são significativos (Figura 2). A linha desenhada no gráfico tem
um significado que depende da teoria envolvida.

Inadequado Inadequado ADEQUADO

Figura 2. Alguns exemplos inadequados e adequados para apresentação de gráficos de


tendência de um conjunto de dados experimentais.

Qualquer conjunto de dados que seja inapropriado para ser representado deve ser
apresentado em uma tabela e não meramente mencionado no texto. Não se deve repetir os dados
apresentados nos gráficos em tabelas. O título das tabelas deve ser escrito acima da tabela (fonte
menor) e, como para os gráficos, deve ser numerado, por exemplo: “Tabela 1. pH de diversas
amostras de bebidas”.

Tabela 1. pH de diversas amostras de bebidas


pH
Bebida
Bancada 1 Bancada 2 Bancada 3
Suco de Laranja 4,8 5,2 5,0

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Leite 5,5 5,6 4,5 a
a Amostra fermentada

As tabelas devem ser escritas em espaçamento 1,5. Nas colunas os valores numéricos
devem ser alinhados de forma que se tenha “vírgula debaixo de vírgula”, mas o número de casas
decimais deve obedecer à coerência de algarismos significativos das medidas e dos resultados.
Não é a estética nem o programa de cálculos usado que define isso. Sugerimos a leitura de
material sobre Erros e Tratamento de Dados, encontrado no capítulo 1 do livro Química Analítica
Quantitativa Elementar; 3a Edição; de N. Baccan, J. C. Andrade, O. E. S. Godinho e J. S. Barone;
Edgard Blücher: São Paulo, 2001.
Toda tabela deve ser corretamente planejada. Cada coluna deve ter um cabeçalho, o mais
breve possível, incluindo informações comuns a todos os valores, como ordem de grandeza e
unidades. Cada conjunto de dados deve estar em colunas separadas. Explicações e comentários
específicos devem ser devidamente identificados e adicionados ao rodapé da tabela, como
aparece na Tabela 1. Detalhes gerais devem ser apresentados na seção “Materiais e Métodos”.

Discussão

Esta parte do relatório deve responder à questão: o que os resultados obtidos significam? É
essencial um argumento a respeito da hipótese baseada nos resultados. A seguir é apresentada
uma sequência útil para organizar a Discussão:
1. Qual a interpretação dos resultados à luz das hipóteses e da literatura?
2. Quais são as fontes significativas de erros?
3. Portanto, quão confiáveis são os resultados?
4. Os resultados suportam as hipóteses ou não?
5. Quais mudanças no procedimento levariam a melhores resultados?
6. Quais os experimentos adicionais seriam interessantes para ajudar a suportar ou não as
hipóteses?

Sobre Erros e Incertezas

Precisão e Exatidão: a exatidão exprime até que ponto uma medida se aproxima do valor
verdadeiro ou aceito. Uma medida pode ser extremamente reprodutível fornecendo o mesmo
resultado todas as vezes que é obtida, no entanto, ela pode não representar o valor
esperado. Neste caso, a exatidão do resultado é muito baixa. Para se descobrir a causa da baixa
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exatidão, é necessário fazer a mesma determinação por muitos outros métodos. Portanto, não é
fácil especificar a exatidão de uma medida.
A precisão ou reprodutibilidade exprime a variação encontrada quando se repete o mesmo
experimento usando sempre o mesmo método. Toda grandeza tem uma incerteza resultante das
limitações do aparelho de medida e da habilidade do experimentador.
Compare os valores de medida do comprimento de um objeto cujo valor correto é de 20
cm. Sejam as medidas obtidas em três séries de experimentos. Na série E1 tem-se: 17 cm, 23 cm,
21 cm e 22 cm; na série E2: 18,0 cm, 17,5 cm, 17,7 cm e 17,0 cm, e na série E3: 19,5 19,7 cm,
20,0 cm e 20,6 cm. A Figura abaixo ilustra a distribuição dos valores em relação ao valor correto.
A Figura abaixo ilustra a distribuição dos valores em relação ao valor correto.

Valores Médios: quando é possível, faz-se uma série de medidas de uma grandeza para se ter
maior confiança nos resultados obtidos. Um dado importante de uma série de medidas é o seu
valor médio, ou simplesmente a média, que é definida por:

Erro Absoluto e Erro Relativo: o erro absoluto de cada medida é a expressão da sua exatidão.
ERRO ABSOLUTO= (valor medido) - (média ou valor aceito como verdadeiro)
O valor do erro absoluto de uma medida depende do valor da medida, portanto, sempre deverá
vir acompanhado do valor absoluto da grandeza. O erro relativo é obtido por:

ERRO RELATIVO= (ERRO ABSOLUTO / VALOR MEDIDO) X 100

Como se vê, o erro relativo é uma expressão do erro absoluto em termos percentuais, da
diferença entre o valor da medida e o valor aceito como verdadeiro. Assim, a magnitude deste

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erro independe do valor absoluto da medida, fornecendo mais informações sobre a sua
exatidão.

Desvios: a precisão de uma medida, em uma série de determinações, pode ser avaliada através
do seu desvio, di, definido por:

onde é o valor médio da série de medidas:

e n é o número de determinações.

A precisão de uma série de medidas pode ser avaliada de várias formas. Três parâmetros
são os mais utilizados: o desvio médio, o desvio padrão e a estimativa do desvio padrão.

O desvio médio é calculado por:

A estimativa do desvio padrão (S) é calculada por:

Para se calcular o desvio padrão (σ), substitui-se (n-1) da equação anterior por n (número
de medidas). O desvio padrão (σ) é utilizado quando se obtém um número grande de medidas
(10 valores por exemplo) S quando este número é pequeno. O critério para se expressar uma
grandeza, usando σ, 𝑑 ou S varia conforme o autor e o tipo de norma exigida. Na maioria das
vezes, nessa disciplia, o parâmetro 𝑑 será o usado.

Propagação de incertezas nos resultados calculados: até agora se falou somente na maneira de se
obter uma medida, indicando corretamente a sua incerteza. Na prática, quando se efetuam várias
operações matemáticas com os valores medidos, é preciso saber como se comporta o resultado
final em relação aos valores utilizados no cálculo. Na sequência há uma descrição sumária de
como se fazem as operações matemáticas envolvendo medidas experimentais.

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Adição e Subtração: quando várias grandezas são somadas ou subtraídas, a incerteza máxima
no resultado é a soma das incertezas das várias grandezas.

Seja, por exemplo, a determinação da massa de uma solução contida em um frasco. Obtidas
com uma balança semi-analítica (sensibilidade de 0,01 g):

Massa do frasco com solução = (15,34 ± 0,01) g


Massa do frasco = (12,83 ± 0,01) g
------------------------
Massa da solução = ( 2,51 ± 0,02) g

Note que a incerteza (± 0,02) g é soma das incertezas das duas medidas empregadas no
cálculo da massa da solução. Usando o número correto de algarismos significativos escreve-se
2,51, porque as incertezas ocorrem nos centésimos de grama. Isto significa que os dois primeiros
algarismos são conhecidos com certeza, mas há dúvidas a respeito do último. Há outras formas
de fazer a propagação de incertezas.

Multiplicação e Divisão: neste caso a incerteza máxima do resultado é a soma das incertezas
relativas dos valores envolvidos no cálculo. Seja, por exemplo, a energia absorvida por (306 ±
2) g de água, quando sua temperatura varia de (20,0 ± 0,4) oC. Aplicando-se a equação: E = m c
Δθ. Para as incertezas relativas expressas em partes por cem, tem-se:
Massa: 2/306 x 100 = 0,65 %
Temperatura: 0,4/20,0 x 100 = 2,0 %

No resultado tem-se: (0,65 + 2,0) % = 2,65% de incerteza. O resultado do cálculo é:


(306 x 20,0 x 4,18) g oC J / g oC = 25.581 Joule. Exprimindo a incerteza: (25.581 x 2,65)/100 =
677 Joule. Observe que a incerteza do resultado ocorre já no terceiro dígito e, usando um pouco
de “bom senso”, ao se expressar seu valor deve-se empregar o número correto de algarismos
significativos. Desta forma, o resultado final deve ser expresso como:

(25,6 ± 0,7) x 103 J

Neste caso específico percebe-se que não se obtém maiores informações sobre o resultado
colocando-se, por exemplo, (25,581 ± 0,667) x 103 J. Uma regra geral prevê que o resultado deve
ter o mesmo número de algarismos significativos que o fator menos preciso. Contudo, esta regra
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deve ser aplicada com cuidado. No problema anterior tem-se os valores 306 e 20,0, portanto, o
resultado deve ter três algarismos significativos. Isto significa que, segundo a regra simplificada,
no valor 25581 J, a incerteza está no algarismo da centena, ou seja, no 5. Deve-se, então,
expressar o resultado como 25,6 x 103 J, para mostrar que o último dos algarismos leva a uma
estimativa imprecisa da medida.
É importante considerar que há muitas regras para se expressar uma grandeza
medida, e nem sempre têm o mesmo significado. Ao consultar outras referências, podem-
se identificar formas diferentes para se calcular ou propagar os desvios.
Sempre que expressar um resultado obtido no laboratório, é imperativo apresentá-lo como
foi discutido anteriormente. Ao utilizar estas regras deve-se usar sempre o bom senso. Procure
sempre nem subestimar nem superestimar a incerteza de uma medida.

Observação: Ao arredondar uma grandeza use a regra: quando o algarismo


a ser desprezado for ≥ 5 arredonde o anterior para cima. Leve todos
os cálculos até ao fim e só depois arredonde o resultado. Por exemplo:
5,985 ao ser arredondado pode ficar como 5,99 ou 6,0, dependendo de
quantos dígitos se deseja.

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EXPERIMENTO 1 - PRINCIPAIS VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS DE
LABORATÓRIO - PESAGENS E CALIBRAÇÃO DE UM BALÃO VOLUMÉTRICO

Introdução

O primeiro experimento é dividido em duas partes. A primeira parte tem como objetivo
apresentar algumas vidrarias e equipamentos utilizados em um laboratório de química e comentar
o seu uso e manuseio. O objetivo da segunda parte do experimento é aprender a fazer pesagens
e a calibração de um balão volumétrico.

Tabela 1 - Atividades a serem desenvolvidas

Equipamentos e manipulações associadas com medidas de massa


● Apresentação das balanças técnica e analítica e explicação dos procedimentos de pesagem.
Cuidados que devem ser tomados.
● Apresentação do dessecador e do pesa filtro e suas funções.
Equipamentos e manipulações associadas com filtração
● Apresentação dos materiais usados para filtração: kitassato, cadinho de Gooch, funil de
Büchner, funil de vidro. Filtração à vácuo e por gravidade. Uso do papel de filtro.
Equipamentos usados para medida de volumes
● Apresentação dos diferentes materiais volumétricos e explicação de suas diferenças: proveta,
pipetas graduadas, pipetas volumétricas, micropipeta, bureta, béquer, balão volumétrico. Uso
do pipetador de segurança (pêra).
Procedimentos de lavagem de vidraria e marcação de vidraria
● Demonstração de como proceder para lavar a vidraria (lavagens repetidas com pequenos
volumes).
● Caneta para marcação da vidraria e remoção da mesma na lavagem. Uso de rótulo.
● Explicação de como a vidraria deve ser seca e evitar contaminação pós-lavagem.
Reconhecimento de equipamentos de uso geral no laboratório
● Equipamentos de uso geral e suas funções: estufa, mufla, capela, etc.
● Procedimentos que devem ser realizados na capela.
● Cuidados a serem tomados na manipulação de reagentes perigosos.
● Válvulas de gás e de água do laboratório.

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● Diferenças das tomadas 110 e 220 V.
Importância do uso do caderno de laboratório
● Caderno de laboratório.
Descarte e tratamento de resíduos e aspectos de segurança no laboratório
● Como realizar o descarte das soluções e materiais usados no laboratório.
● Discussão da importância do tratamento de resíduos gerados e evitar desperdícios.
● Uso adequado de material de segurança: avental, óculos, luvas, calçados.
● Comportamento no laboratório.
● Identificação e localização do lava-olhos, chuveiro, saídas de emergência e rota de fuga.

Tabela 2 - Principais materiais de laboratório (abaixo de cada figura deve ser escrito o nome
do material)

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Parte 2
Pesagens e Calibração de um Balão Volumétrico.
Materiais
● Balança Semi-analítica
● Balança Analítica

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● Béquer de 50 ml
● Balão Volumétrico de 50 mL
● Pipeta de Pasteur
● Piceta ou pisseta
● Água

Procedimento Experimental

Pese a sua caneta esferográfica na balança semi-analítica. Anote a sua massa. Repita a
pesagem mais 2 vezes e tire a media aritmética.
Faça o mesmo procedimento utilizando a balança analítica. Compare os resultados.
Comente.
Pese na balança analítica o béquer de 50 ml seco. Tare a balança. Com a pisseta coloque
água no béquer até a marca do volume 50 mL e pese. Anote a massa. Anote a temperatura da
água que está dentro de um béquer acima da bancada. Anote a densidade da água (Consulte a
tabela da densidade da água em função da temperatura). Calcule o volume ocupado pela
água no béquer. Anote o volume encontrado. Comente.
Pese na balança analítica o balão volumétrico de 50 mL seco e tampado. Anote a massa
do balão volumétrico vazio. Utilizando a pisseta, coloque cuidadosamente água no balão
volumétrico e cuide para que o nível da água dentro do balão fique abaixo da marcação do balão
cerca de 1 cm..

A superfície côncova da água no pescoço do balão volumétrico chama-se menisco. Com


a pipeta de Pasteur adicione água gota a gota até que o menisco tangencie a marcação do balão,
conforme mostrado no esquema acima. Tampe o balão volumétrico e pese-o. Anote a massa do
balão volumétrico com água.

● Determine a massa da água.


● Use o valor da densidade da água na temperature do laboratório.
● Calcule o volume da água dentro do balão volumétrico.
● Qual o volume encontrado para o seu balão volumétrico? Comente.

Referências Bibliográficas
1. Andrade, J.C., Química Analítica Básica: Os instrumentos básicos de laboratório,
www.chemkeys.com.

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EXPERIMENTO 2 - REAÇÕES EM SOLUÇÃO AQUOSA E TESTE
DE COR DA CHAMA DE CÁTIONS METÁLICOS

Objetivos
Introdução à observação, catalogação de informações, escrita de equações químicas.
Aspectos de atomística.

1ª Parte: Reações em Solução Aquosa

Introdução
O experimento envolve um assunto central em química: a transformação de substâncias
por meio de reações químicas. Mais especificamente, trataremos de reações em meio aquoso,
que representam um conjunto muito abrangente e importante de reações ligadas a processos
industriais e bioquímicos.
As reações químicas são processos em que uma ou mais substâncias, denominadas
reagentes, são convertidas em outras substâncias denominadas produtos. Quando os reagentes
interagem entre si, ocorre um rearranjo de átomos, formando novas substâncias com propriedades
diferenciadas das dos reagentes iniciais. A ocorrência de reações químicas pode ser indicada por
evidências que permitem distinguir os estados final e inicial de um sistema, tais como:
● Formação de precipitado1,

● mudança de cor2,

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● desprendimento de gases3,4,

e liberação ou absorção de calor, entre outras.


O experimento tem como objetivo introduzir algumas técnicas de análise qualitativa e os tipos
mais comuns de reações em meio aquoso, incluindo reações de precipitação, reações ácido-base,
reações com desprendimento de gás, etc.

Material

Tubos de ensaio (dentro do armário)

Soluções para teste (sobre as bancadas)

Pipetas (juntamente com as soluções)

Procedimento Experimental

1. Lavagem

Toda a vidraria a ser utilizada no experimento deve ser lavada convenientemente antes e depois
de ser utilizada. A lavagem inicial deve ser feita com água e detergente (quantidade mínima),
seguida de enxágue com água de torneira em abundância e depois com água destilada. As
lavagens subsequentes devem ser feitas apenas com água (sem detergente), uma vez que as
soluções que serão utilizadas são aquosas. Guarde bem esta relação: para cada litro de água

24
destilada gastam-se 70 litros de água tratada. Embora o IQ recupere esta água, gasta-se também
uma considerável quantidade de energia. Sempre pense nisto ao utilizar água destilada para
limpeza.

1. Mistura das soluções e Observação

Sobre a bancada estará disponível um conjunto de cinco soluções, que serão combinadas duas
a duas, utilizando-se um volume aproximado de 1 mL de cada solução. As soluções devem ser
transferidas para os tubos de ensaio, com o auxílio das pipetas que estão ao lado de cada frasco.

Atenção para não misturar pipetas de reagentes diferentes.

Observe atentamente o que ocorre quando as soluções são misturadas, considerando as


evidências de ocorrência de reações químicas: formação e tipo de precipitado, absorção ou
liberação de calor, turvação, formação de gases, mudanças de cor, aparecimento de odores, etc.

Anote adequadamente os resultados observados no seu caderno de laboratório e depois


na tabela contida na folha de relatório.

Anotar adequadamente significa escolher uma forma que facilite a visualização dos dados e a
sua posterior utilização por você e seu colega. Pense nisso e discuta com seu colega de grupo
a melhor forma de fazer isto.

1. Amostra Desconhecida

Após concluir essa etapa da aula, você receberá uma amostra “não identificada”, mas que é
uma das cinco anteriores. Anote a letra da amostra desconhecida que você recebeu. Reaja a
sua amostra desconhecida com o conjunto de cinco soluções e identifique-a, isto é, conclua qual
é o composto químico da amostra desconhecida.

2ª Parte: Teste de Cor da Chama de Cátions Metálicos

Introdução

25
Os elétrons das camadas de valência dos átomos podem absorver energia, passando para
níveis de energia mais elevados do que os anteriores à absorção e produzindo estados atômicos
chamados excitados. Quando estes elétrons dos estados excitados retornam ao estado
fundamental, podem emitir a energia absorvida sob a forma de radiação eletromagnética, cujos
comprimentos de onda são característicos da transição eletrônica sofrida. Os comprimentos de
onda da radiação emitida situados no intervalo de comprimentos de onda entre 700 nm
(vermelho) e 400 nm (violeta) podem ser observados pois compõe a luz visível.
Cada elemento químico possui uma distribuição eletrônica única com diferentes níveis
de energia. Por isto, a radiação luminosa emitida no retorno dos elétrons aos seus estados
fundamentais, pode ser utilizada para identificar tal elemento químico. Em consequência, o teste
de chama é usado para identificar alguns íons metálicos tais como sódio, potássio, cálcio, bário,
cobre e estrôncio. Ao ser exposto à chama do bico de Bunsen, parte dos íons sofre redução
produzindo o seu metal (M+n + ne → M). A temperatura da chama de um bico de Bunsen é
suficiente para excitar os elétrons do metal de forma que, quando os elétrons retornam aos
respectivos estados fundamentais, ocorre a emissão de radiação luminosa produzindo uma cor
característica.

A análise quantitativa pode ser feita por fotometria de chama, que é uma técnica de
emissão atômica para determinar a concentração de íons metálicos. A determinação é feita pela
medida da emissão de radiação presente na chama de soluções contendo estes íons. A solução é
aspirada na chama repetindo o processo descrito acima. A fotometria de chama é uma técnica
simples, relativamente barata, sendo muito utilizada para análises clínicas, biológicas e
ambientais.

Material

Solução de cloreto de sódio (NaCl)

Solução de cloreto de cálcio (CaCl2)

26

Solução de cloreto de estrôncio (SrCl2)

Solução de cloreto de bário (BaCl2)

Solução de cloreto de potássio (KCl)

Solução de cloreto de cobre (CuCl2)

Solução de HCl 3,0 mol L-1

Amostra desconhecida


Placa de porcelana para colocação de amostras (placa de toque)


Béquer de 50 mL

Bico de Bunsen


Fio de Níquel-Cromo em haste de vidro

Procedimento Experimental

1. Coloque algumas gotas de uma das soluções de sais de cloreto numa das cavidades da
placa de porcelana. Muita atenção para não misturar as soluções na placa de
porcelana.
2. Coloque em dois tubos de ensaio (Tubo 1 e Tubo 2), 3,0 mL da solução de HCl.
3. Para a limpeza do fio de Níquel-Cromo, mergulhe-o na solução de HCl do Tubo 1 e leve-
o à chama do Bico de Bunsen até ficar incandescente. Repita este procedimento até que

27
não se observe coloração na chama. Quando necessário troque a solução de HCl do
Tubo 1.
4. Com o fio de Níquel-Cromo limpo, mergulhe-o na solução de HCl do Tubo 2 e espera-se
que não se observe coloração na chama.
5. Com o fio de Níquel-Cromo limpo, mergulhe-o na solução do sal. A seguir, leve-o à
chama, observe e anote a cor da chama.
6. Repita os mesmos passos para as demais soluções. A percepção de cor é individual, assim
anote no caderno de laboratório o nome da cor que mais fielmente se assemelha à cor
percebida por você.
1. Teste de chama de sal desconhecido:
Anote o número da amostra desconhecida que você recebeu, efetue o teste de chama como descrito
anteriormente e identifique o cátion metálico presente na sua amostra.

Referências Bibliográficas

1. Vogel, A. I.; Química Analítica Qualitativa, Editora Mestre Jou, São Paulo, 1981.
2. Alexéev, V.; Análise Qualitativa, Edições Lopes da Silva, Porto, 1982.
3. Baccan, N.; Godinho, O. E. S.; Aleixo, L. M.; Stein, E.; Introdução à Semi-
microanálise Qualitativa; Editora da UNICAMP, Campinas; 1990.
4. Kotz, J. C.; Treichel Jr., P.; Química e Reações Químicas; LTC Editora, Rio de
Janeiro, Vol. 1 e 2, 2002.

Links das imagens


1 - Reação de precipitação
2 - Reação com mudança de cor
3 - Liberação de Gás
4 - Efervescência

28
EXPERIMENTO 3 - MEDIDAS DE pH

Objetivos
Equilíbrio químico da água. Conceitos de ácido e base. Uso de indicadores e pHmetro.

Introdução
A água na natureza raramente é pura. Mesmo a água da chuva contém substâncias sólidas,
líquidas ou gasosas dissolvidas em concentrações variadas. Por exemplo, em algumas regiões, a
água da chuva pode ter um caráter ácido, que pode prejudicar plantações, deteriorar construções
civis, acelerar processos de corrosão em veículos, etc. A água de chuva tende a ter um certo
caráter ácido devido à presença do ácido carbônico proveniente da dissolução do gás carbônico
existente na atmosfera. No entanto, em condições atmosféricas normais, a concentração de ácido
carbônico na água da chuva é relativamente baixa e os efeitos desta acidez são geralmente
desprezíveis.
Por outro lado, água também é o solvente onde as reações bioquímicas que sustentam a
vida ocorrem e estas reações bioquímicas são sensíveis à acidez da água. Assim, pequenas
variações na acidez podem resultar em uma modificação drástica no bioma de um ambiente,
levando à extinção de algumas espécies. Medidas da acidez da água, assim como o conhecimento
de como outras substâncias eventualmente dissolvidas ou adicionadas alteram esta propriedade,
são importantes do ponto de vista técnico e serão objetos de estudo nesta aula.
De acordo com a definição proposta por Brønsted e por Lowry, um ácido é uma
substância capaz de doar prótons (H+) e uma base é uma substância capaz de receber prótons.
Um exemplo de um ácido de Brønsted-Lowry é o ácido clorídrico (HCl). Quando dissolvido em
água, as moléculas de HCl doam os seus prótons para as moléculas de água vizinhas, como
representado pela equação química (1):

HCl(aq) + H2O(l) ⮀ H3O+(aq) + Cl–(aq) (1)

Um exemplo de base de Brønsted-Lowry é o gás amônia (NH3), o qual recebe os prótons


das moléculas de água quando dissolvido de acordo com a expressão química (2):

NH3(aq) + H2O(l) ⮀ OH–(aq) + NH4+(aq) (2)

29
Uma das implicações das definições de ácido e base de Brønsted-Lowry é de que uma
mesma substância pode ser anfiprótica, ou seja, pode atuar como ácido ou como base. Como é
possível notar nas Equações 1 e 2, a água é anfiprótica, pois atua como base, recebendo prótons
das moléculas de HCl e também como ácido, doando prótons para as moléculas de NH 3. Esta
importante propriedade da água permite que a transferência de prótons ocorra entre as moléculas
da própria água, mesmo em água pura. Esta transferência, denominada auto-protólise da água,
pode ser representada pelo equilíbrio químico:

2H2O(l) → H3O+(aq) + OH–(aq) (3)

A este equilíbrio, associa-se uma constante de equilíbrio (Kw), que, de forma simplificada,
pode ser expressa em função das concentrações molares (representadas pelos colchetes) das
espécies envolvidas na reação:

Kw = [H3O+] [OH–] (4)

Como toda constante de equilíbrio, Kw também depende da temperatura. Em água pura a


25oC, as concentrações molares de H3O+ e OH– são iguais e são conhecidas experimentalmente
como sendo 1,0 x 10–7 mol L–1, assim:

Kw = (1,0 x 10–7) x (1,0 x 10–7) = 1,0 x 10–14 (5)

De acordo com a equação (5), o aumento da concentração de íons H 3O+ pela adição de
ácido à água deve acarretar em diminuição da concentração de íons OH –, e vice-versa.
Como as concentrações molares de H3O+ e OH– variam em muitas ordens de grandeza,
os químicos e engenheiros adotam a notação logarítmica. Dessa forma, o pH e o pOH de uma
solução são definidos como:

pH = – log [H3O+] (6)

pOH = – log [OH–] (7)

A 25oC, a concentração molar de H3O+ em água pura é 1,0 x 10–7 mol L–1, então:

pH = – log 1,0 x 10–7 = 7,0 (8)


30
O sinal negativo na equação (6) implica que quanto maior a concentração molar de H 3O+,
menor o valor de pH. Assim, tem-se:

O pH da água pura é igual a 7.

O pH de uma solução aquosa ácida é menor que 7.

O pH de uma solução aquosa básica é maior que 7.

Um método simples, confiável e rápido para se determinar o pH de uma solução é usar


um pHmetro, um equipamento que possui um eletrodo especial de vidro (sensor), capaz de medir
a concentração molar de H3O+ e converter o resultado automaticamente para a escala de pH. Uma
técnica ainda mais simples, correntemente usada para determinações rápidas de faixas de pH, é
a adição de uma pequena quantidade de um indicador ácido-base à solução.
Um indicador ácido-base nada mais é do que um corante solúvel em água, cuja cor
depende do pH do meio. O indicador ao ser dissolvido em água resulta no equilíbrio:

HIn(aq) + H2O(l) → In-(aq) + H3O+(aq) (9)


Onde, In é o indicador, HIn é a forma protonada e I- é forma desprotonada.

Normalmente, a mudança de cor resulta do efeito de protonação do corante, o qual muda


a estrutura química da molécula e, portanto, a sua absorção de luz (cor) característica. Um
exemplo é o indicador ácido-base fenolftaleína, cuja forma ácida é incolor (Figura 1, a esquerda)
e cuja forma básica é rosa (Figura 1, à direita). A transição da fenolftaleína de incolor para rosa
é perceptível em
pH = 8,2, portanto em soluções ligeiramente básicas.

Figura 1. Representações das formas ácida e incolor (à esquerda) e básica e rosa (à direita) em
solução aquosa

31
Experimental

1. Verificação das cores dos indicadores em diferentes valores de pH

Nesta etapa da aula, as cores desenvolvidas por diferentes indicadores ácido-base serão
analisadas em um intervalo de pH de 3 a 11. Para tal, coloque entre 1 e 2 mL das nove soluções
identificadas com os respectivos valores de pH, em tubos de ensaio previamente lavados e
etiquetados. Adicione em cada tubo de ensaio, três gotas da solução do indicador A fornecida.
Anote as diferentes cores obtidas para o indicador A em cada um dos valores de pH de cada
solução. Para facilitar a análise dos dados, anote os dados em uma tabela.
Repita exatamente o mesmo procedimento descrito acima substituindo o indicador A pelo
B. Faça o mesmo para o indicador C e, por fim, para o indicador D.

1. Determinação da cor de uma mistura de indicadores ácido-base em diferentes pHs

Faça uma previsão das cores das soluções a diferentes pH se fosse utilizado como
indicador uma mistura das quatro soluções A, B, C e D.
Em seguida, realize os experimentos com a mistura de indicadores, procedendo
exatamente como descrito na etapa 1. Anote as cores obtidas experimentalmente e compare com
as cores previstas. Discuta com os colegas as possíveis diferenças.

1. Determinação de valores de pH de soluções desconhecidas usando o pHmetro

Nesta etapa, serão determinados os valores de pH de várias soluções aquosas


desconhecidas utilizando-se um instrumento medidor de pH, chamado de pHmetro. O pHmetro
encontra-se calibrado e em “stand by”. Note: o pHmetro encontra-se calibrado e os botões de
ajuste não devem ser manipulados.
O frasco com a solução de descanso do eletrodo deve ser removido cuidadosamente. Lave
o eletrodo de vidro (sensor de próton) do pHmetro com água destilada e seque-o gentilmente (o
vidro que reveste o eletrodo é bastante frágil) com um lenço de papel, evitando tocar o eletrodo
com os dedos.
Após a lavagem, agite manualmente uma das soluções fornecidas e mergulhe o eletrodo
do pHmetro na solução evitando o contato entre o eletrodo e as paredes ou o fundo do frasco.
Uma vez que o valor de pH mostrado no visor digital do aparelho estabilize, anote este valor e
remova cuidadosamente o eletrodo da solução. Antes de realizar a medida para outra solução,

32
lave o eletrodo com água destilada e seque-o gentilmente com um lenço de papel. Repita o
processo de lavagem do eletrodo sempre entre uma medida e outra.
Quando o pHmetro não estiver em uso, retornar a solução de descanso para o eletrodo.

Dentre as soluções aquosas de concentração 0,1 mol L–1 fornecidas encontram-se: ácido
clorídrico, ácido láctico, carbonato ácido de sódio, cloreto de amônio, carbonato de sódio,
hidróxido de sódio e cloreto de sódio. Essas soluções não estão identificadas pelo nome, mas
sim por números. Escreva as equações químicas dos equilíbrio ácido-base dessas substâncias em
água, identificando-as como ácidos ou bases fortes, ácidos ou bases fracas e sais que podem
sofrer reações de hidrólise. A partir dessas informações e dos valores de pH obtidos
experimentalmente, identifique qual dessas substâncias está dissolvida em cada uma das soluções
fornecidas.

Referência Bibliográfica
1. Atkins, P. Jones, L. Princípios de Química. 5ª ed. Ed. Bookman. Porto Alegre,
2012.

33
EXPERIMENTO 4 - OXIDAÇÃO E REDUÇÃO - SÉRIE
ELETROQUÍMICA

Objetivos

Estudo de equilíbrio em reações de transferência de elétrons.

Introdução

Reações de oxidação e de redução envolvem a transferência de elétrons entre as substâncias


e ocorrem em conjunto, ou seja, se uma substância é oxidada em uma reação, outra substância
na mesma reação deve ser reduzida.

Há um número incontável de fenômenos naturais nos quais as reações de oxidação-redução


desempenham o papel principal. Por exemplo, a fotossíntese, o processo básico que sustenta a
vida na Terra, é a reação de redução do dióxido de carbono a glicose, um açúcar essencial à
planta, acompanhada da reação de oxidação da água a gás oxigênio. Os processos metabólicos
que ocorrem nos animais são análogos ao inverso da fotossíntese. Neste caso, os carboidratos e
outros alimentos são oxidados a dióxido de carbono e água. Além de fazer parte dos fenômenos
naturais, as reações de oxidação-redução também estão presentes no processo de corrosão, nas
baterias e em células de combustível. Um exemplo importante dessas reações é a redução do
óxido de ferro com dióxido de carbono para a produção industrial de ferro metálico.

Neste experimento, serão estudadas algumas reações de oxidação e redução envolvendo metais
e também halogênios. Isso permitirá estabelecer uma série eletroquímica simplificada para os
metais e obter informações sobre o poder oxidante relativo do cloro, do bromo e do iodo.

Experimental

1. Série eletroquímica para alguns metais e hidrogênio.

Use amostras dos metais: ferro, zinco, cobre e estanho e as soluções 0,1 mol l -1 de seus
íons em solução (exceto Fe3+ e Sn2+), além de soluções de HCl 1 mol L-1. Observe as possíveis
reações de cada um desses metais com cada uma das soluções. Para cada combinação, use 2 mL

34
da solução e uma pequena porção limpa do metal. Algumas das reações de metais com ácido são
lentas. Nestes casos, aqueça o tubo num banho com água quente (~60 °C). Nota: Utilizar o
termômetro de 150 °C no banho com água.

Faça uma tabela de todas as combinações e anote quais reações ocorreram. Baseado nos
resultados, você será capaz de ordená-los quanto aos potenciais de redução. Compare com o
esperado pela série eletroquímica descrita na literatura. Discuta possíveis diferenças e comente
as possíveis fontes de erros.

2. Poder de oxidação dos halogênios

Nota: Esta parte do experimento deve ser realizada na capela. Coloque separadamente
em tubos de ensaio, 2 mL de cada uma das três soluções dos halogênios: no primeiro, água de
cloro (cloro dissolvido em água); no segundo, água de bromo (bromo dissolvido em água) e no
terceiro, solução aquosa de iodo.

a) Adicione cerca de 1 mL do solvente orgânico (indicado pelo professor) em cada tubo,


observe onde se localiza a fase orgânica e a água. Agite vigorosamente. Anote a cor da fase
orgânica que contém o halogênio dissolvido.

b) Em dois tubos de ensaio coloque, separadamente, 2 mL de solução de brometo 0,1 mol l-1 e
2 mL de solução de iodeto 0,1 mol l-1. Adicione a cada tubo 1mL do solvente orgânico, agite o
tubo e observe. Em seguida, adicione 1 mL de solução de água de cloro, agite e observe. Anote
a cor da fase orgânica final nos dois testes e compare com o que foi observado no item (a).

c) Repita o procedimento anterior usando soluções de cloreto e iodeto em cada tubo. Adicione
1 mL do solvente orgânico e cerca de 1 mL de água de bromo em cada tubo. Agite vigorosamente
e compare a coloração da fase orgânica com a que foi observada no item (a).

d) Repita o procedimento usando as soluções de cloreto e de brometo em cada tubo. Adicione


1 mL do solvente orgânico e 1 mL de solução de iodo. Agite vigorosamente e compare a
coloração da fase orgânica com a que foi observada no item (a). De forma análoga ao que foi
feito na parte experimental A, faça um quadro com as reações e tire conclusões sobre qual o
melhor oxidante e qual o melhor redutor.

3. O par Fe3+ / Fe2+

35
Determine se o íon Fe3+ é um oxidante mais forte ou mais fraco que o iodo e o bromo em
meio aquoso. Adicione 1 mL de solução de Fe3+ a 2 mL de soluções de iodeto e brometo. A
presença de Fe2+ poderá ser testada pela adição de um pouco de solução de ferrocianeto de
potássio, que originará uma cor azul profunda quando houver Fe2+ em solução. Insira seu par
Fe3+/ Fe2+ na série eletroquímica já estabelecida para os halogênios

A partir dos resultados obtidos tente fazer uma tabela completa contendo a ordem de
potenciais de redução observada. Escreva todas as equações químicas balanceadas para todas as
reações que ocorreram, tanto para as oxidações e reduções como para os testes de identificação.

Procure em livros de química geral e de análise qualitativa como se faz para balancear
equações iônicas de oxidação e redução. São estas equações iônicas que devem ser
apresentadas no relatório.

Atenção:

- Traga uma tabela de potenciais de oxidação e redução dos elementos químicos para o seu
uso no relatório.

- NÃO JOGUE NENHUMA SOLUÇÃO NA PIA. Há frascos apropriados para descarte


das soluções dos íons metálicos, dos sólidos metálicos e das fases orgânicas.

Referências Bibliograficas

1. Kotz, J.C.; Treichel Jr., P.; Chemistry and Chemical Reactivity, 3rd edition, Saunders
College Publishing. Londres; 1996.
2. Vogel, A.I. ; Química Analítica Qualitativa; Editora Mestre Jou, São Paulo; 1981.
3. Atkins, P; Jones, L. Princípios de Química. 3ª ed. Ed. Bookman. Porto Alegre, 2006.
4. Alexéev, V.; Análise Qualitativa; Edições Lopes da Silva, Porto; 1982.
5. Baccan, N.; Godinho, O. E. S.; Aleixo, L. M.; Stein, E.; Introdução à Semi-microanálise
Qualitativa; Editora da UNICAMP, Campinas; 1990.
6. Mahan, B.H.; Química - Um Curso Universitário, Editora Edgard Blucher Ltda., São
Paulo; 1972.

36
EXPERIMENTO 5 - IDENTIFICAÇÃO DE UM METAL PELA SUA
MASSA MOLAR

Objetivos
Medidas de massa e volume de forma quantitativa e treinamento em cálculo estequiométrico.

1. Introdução

A reação de um metal (M) com ácido (H +) em meio aquoso, produzindo gás hidrogênio
(H2) e o respectivo cátion metálico (Mx+), pode ser genericamente expressa como:

M(s) + xH+(aq) = Mx+(aq) + x/2 H2 (g) Equação 1

em que x é um número inteiro que representa o estado de oxidação do cátion metálico.


Segundo a equação desta reação química, o número de mols de H 2 liberado depende do
estado de oxidação do cátion metálico gerado como produto (Mx+). Sendo que o número de mols
de H2 (nH2) pode ser determinado usando-se a equação dos gases ideais (Equação 2), desde que
se conheça o volume de H2 gerado (VH2) na reação com o metal e a pressão parcial (PH2) exercida
por este volume de H2:

PH2 VH2 = nH2 R T Equação 2

onde R é a constante dos gases ideais e T é a temperatura.


Neste experimento, a massa molar de um metal desconhecido será estimada através da
determinação de nH2 (equação 2) e do número de oxidação x do cátion metálico Mx+ (que será
determinado por tentativa e erro). O volume VH2 será medido experimentalmente a partir da
reação de uma massa definida de um metal desconhecido M(s) com uma solução de ácido
clorídrico (6 mol.L-1), utilizando-se uma bureta.
A pressão parcial PH2 será calculada pela Lei de Dalton, segundo a qual, a pressão total
(PT) exercida por uma mistura de gases (ar + vapor d´água) é igual à soma das pressões parciais
(Pp) de cada gás que compõe a mistura (Equação 3).

PT = PH2 + Pvapor d´água Equação 3

37
Medindo-se a pressão atmosférica local e conhecendo-se a pressão parcial do vapor de
água na temperatura do experimento (valor tabelado), é possível determinar PH2 e, portanto, o
valor de nH2 (Equação 2). Determinado o valor de nH2, é possível atribuir arbitrariamente
diferentes valores para x (por exemplo, x=1, x=2, x=3...) e substituir esses valores, um por vez,
na Equação 1 para estimar o número de mols de metal (nM) que reagiu com o ácido. Como a
massa inicial de metal que reagiu (mM) foi determinada, pode-se estimar a massa molar (MM)
do metal a partir da Equação 4:

nM = mM / MM Equação 4

Confrontando os valores de massa molar obtidos experimentalmente com os valores da


tabela periódica, poderemos identificar o metal que está envolvido na reação.

Experimental

Primeiramente, feche bem a torneira da bureta e teste se esta não apresenta vazamentos,
preenchendo-a com água. Resolvidos possíveis problemas de vazamento, esvazie a bureta e
prenda a mesma no suporte de ferro usando a garra fornecida. Coloque sob o bico da bureta um
béquer de 600 mL, contendo aproximadamente 300 mL de água, como esquematizado na Figura
1a.

38
Figura 1 – a) Representação esquemática do posicionamento inicial da bureta; b) Adição de
água destilada com a bureta inclinada para evitar mistura com a solução de ácido; c) Massa de
metal entre 25 e 35 mg; d) Fixação da amostra de metal no fio de cobre e na rolha de borracha;
e) Ajuste da rolha com a amostra de metal pendurada pelo fio de cobre na bureta completamente
preenchida.

Com o auxílio de um béquer de 100 mL, adicione cuidadosamente uma solução de ácido
clorídrico (6 mol L-1) à bureta até que o nível da solução atinja a marca de 30 mL na graduação.
Em seguida, retire a bureta da garra e, com esta inclinada, adicione água destilada com uma
pisseta, até preencher toda a bureta, como mostrado na Figura 1b. Fixe novamente a bureta no
suporte usando a garra.
Pese, então, entre 25 e 35 mg do metal desconhecido (Figura 1c) e enrole o mesmo com
o pedaço de fio de cobre. Prenda o fio à rolha de borracha, deixando cerca de 5 cm do fio de
cobre entre a amostra e a rolha (Figura 1d). Coloque então a rolha de borracha com a amostra no
topo da bureta, sem permitir a formação de bolhas de ar (Figura 1e).

39
Dobre para baixo o pedaço de fio de cobre que está para fora da bureta e, USANDO
LUVAS, tape o orifício da rolha com um dos dedos. Inverta a bureta e introduza o topo da bureta
na água dentro do béquer de 600 ml.
Quando o topo da bureta estiver abaixo da superfície
da água, retire o dedo do orifício da rolha e prenda a bureta
invertida no suporte, conforme esquematizado na Figura 2.
Atenção: Nesta etapa é importante evitar a entrada de ar
na bureta através do orifício da rolha.
Como a densidade da solução de HCl é maior que da
água, ao inverter a bureta, a solução de HCl desce em direção
ao metal e dá início à reação.
Durante a reação, ocorrerá consumo do metal,
formação de bolhas e o nível da solução ácida dentro da
bureta descerá. Quando todo o metal tiver sido consumido, a
reação entre o ácido e o metal estará terminada. Uma forma
Figura 2: Posicionamento da
prática de determinar o fim da reação, é observar o nível da
bureta durante a reação entre o
solução ácida, que para de descer quando a reação termina.
metal e o ácido.
Espere cerca de 1 minuto para ter certeza de que o nível da
solução dentro da bureta estabilizou.

Quando o nível estiver estável, dê leves tapas na bureta para desprender eventuais bolhas
de gás. Usando luvas, tape novamente o orifício da rolha com a bureta ainda sob a água, retire a
bureta da garra e mergulhe-a, ainda invertida, em uma proveta de 2000 mL contendo água da
torneira (Figura 3a). Atenção: realize esta etapa cuidadosamente, pois é importante evitar a
entrada de ar na bureta. Segurando a bureta invertida, ajuste o nível da solução na bureta com
o nível da água na proveta, como mostrado na Figura 3b. Procure pensar por que esse
procedimento é necessário. Isto o ajudará a fazer os cálculos posteriores! Espere o volume dentro
da bureta estabilizar e anote este valor.

40
Figura 3a

Figura 3 – a) Bureta invertida dentro da proveta com água; b) Nivelamento do menisco da


solução na bureta com o nível de água na proveta.

Retire a bureta de dentro da proveta e descarte a solução ácida restante no frasco


apropriado. Lave a bureta com água destilada três vezes, descartando a água de lavagem sempre
pelo topo da bureta. Não abra a torneira da bureta. Em seguida, adicione água destilada à
bureta lavada até o nível que você mediu quando a bureta estava invertida dentro da proveta.
Transfira este volume de água para um béquer de 100 mL previamente pesado e seco. Determine
então a massa referente a este volume de água e obtenha o volume total de gás dentro da bureta
após a reação, usando a densidade da água. Repita o procedimento de determinação do volume
de gás utilizando mais uma amostra do mesmo metal.
Após a determinação do volume, verifique no barômetro do laboratório a pressão
atmosférica em mmHg e anote este valor. Meça a temperatura da água e determine a pressão de
vapor da água nessa temperatura (tabelada no laboratório). Por fim, determine a pressão parcial
do gás hidrogênio e, a partir dos dados obtidos experimentalmente e dos valores calculados,
calcule o número de mols de gás hidrogênio liberado na reação estudada. Se julgar necessário,
use R = 62,63 L mmHg K-1 mol-1.
Calcule a massa molar, utilizando valores experimentais obtidos e testando valores de
número de oxidação x=1, x=2 ou x=3. Para cada número de oxidação atribuído, será calculada
uma massa molar, de modo que três valores diferentes de massa molar serão obtidos. A
identificação do metal utilizado na reação pode ser feita através de uma simples comparação

41
entre o valor de massa molar experimental e aqueles da tabela periódica disponível no
laboratório.

Referências Bibliográficas

1. Mahan, B.; Química – Um Curso Universitário, Ed. Edgar Blucher, São Paulo, 1972, p.
26-37 e 207.

2. Kotz, J. C.; Purcell, K. F.; Chemistry and Chemical Reactivity, 2a ed., Saunders College
Publishing, Philadelphia, 1991, p. 455, 865 e 907.

3. Baccan, N.; Andrade, J.C.; Godinho, O.E.S.; Barone, J.S.; Química Analítica
Quantitativa Elementar, 2a ed., Editora Edgard Blucher, 1985.

4. César, J.; Andrade, J. C., A determinação da massa molar de um metal, 2006. Disponível
em [http://chemkeys.com/br/2006/04/17/a-determinacao-da-massa-molar-de-um-metal/]

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EXPERIMENTO 6 - PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA -
CALORIMETRIA

Objetivos
Estudar a primeira lei da termodinâmica.

Introdução
A energia é uma das grandezas fundamentais no Universo e não pode ser criada nem
destruída, apenas transformada. O estudo destas transformações de energia é chamado de
termodinâmica, a qual explica porque as reações ocorrem e é, portanto, essencial nos estudos
de transformações químicas. Por exemplo, a termodinâmica permite predizer o calor, que é uma
forma de energia, requerido ou produzido pelas reações químicas.
Calor é um termo usado comumente no cotidiano, mas que é tecnicamente definido como
a energia transferida como resultado de diferenças de temperatura. O calor flui de uma região de
temperatura mais alta para uma região de temperatura mais baixa. As reações químicas podem
liberar ou absorver calor do meio. Quando uma reação que libera calor para o meio acontece em
um frasco reacional, este começa a ficar quente com o desenrolar da reação. No caso das reações
em que é necessário fornecer calor para que a reação aconteça, o frasco reacional fica mais frio
com o progresso da reação. As reações químicas que liberam calor são chamadas de exotérmicas,
enquanto as que consomem calor são chamadas de endotérmicas.
As transferências de energia na forma de calor são medidas com um calorímetro, um
dispositivo que permite monitorar as variações de energia, como calor, observando-se mudanças
na temperatura do sistema. Um calorímetro simples consiste em um recipiente isolado
termicamente, contendo água, dentro da qual outro recipiente contendo a mistura reacional é
mergulhado. O calorímetro idealmente não permite a troca de energia (calor) do sistema →
vizinhança (meio ambiente) e da vizinhança → sistema (parede adiabática). A temperatura da
água nesse sistema pode ser monitorada com um termômetro. Se a reação é exotérmica, a energia
transferida como calor ao calorímetro resulta em um aumento na temperatura da água que é
observada no termômetro. Por outro lado, se a reação é endotérmica, a energia absorvida pela
reação resulta em uma diminuição na temperatura da água.
De acordo com o princípio de conservação de energia (1ª Lei da Termodinâmica) a soma
do calor absorvido ou cedido pela água do calorímetro (q cal) e o calor cedido ou absorvido pelo
corpo (qcorpo) deve ser nula:

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qcal + qcorpo = 0

A capacidade calorífica específica cs, é a capacidade calorífica da amostra (C) dividida


pela sua massa (m):
cS = C / m

Quanto maior a capacidade calorífica específica de uma substância, maior é a quantidade


de energia fornecida como calor necessária para elevar sua temperatura:

q = m x cS x ΔT
A capacidade calorífica específica de uma substância é normalmente fornecida em
unidades de Joules por Kelvin por grama (J K -1 g-1). No entanto, ela também pode ser expressa
em Joules por grau Celsius por grama (J °C-1 g-1), uma vez que a variação de 1°C é igual à
variação de 1K. O calor específico da água líquida a 25°C é 4,184 J °C -1 g-1, que corresponde a
um valor relativamente alto quando comparado ao de outras substâncias do cotidiano.
Este valor relativamente alto de cs da água, nos ajuda a explicar, por exemplo, porque
regiões circunvizinhas a lagos e mares são menos afetadas pelas variações de temperatura durante
o ano. Como a água é capaz de armazenar energia sem aumentar significativamente a sua
temperatura, estas regiões com umidade relativa do ar elevada, possuem uma espécie de
reservatório térmico. O vapor de água da atmosfera atenua as variações de temperatura.
Também é importante destacar que o vapor de água na atmosfera tem papel fundamental
na absorção da radiação infravermelha refletida pela Terra, ajudando, portanto, a manter a
temperatura média do planeta em torno de 15 °C. Do contrário, a Terra seria muito mais fria, e
sua temperatura média seria ao redor de -18 °C, o que poderia comprometer ou inviabilizar
diversas formas de vida no planeta. A sua alta capacidade calorífica também torna a água um
potencial veículo de transporte energético, sendo largamente utilizada em sistemas de
aquecimento/resfriamento residenciais ou em processos industriais.
Neste experimento será determinada a capacidade calorífica de metais e a entalpia de
sublimação do CO2 sólido a pressão constante.

Experimental
1- Determinação da capacidade calorífica específica de metais

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Pese o bloco de cobre fornecido em uma balança analítica. Pese uma massa igual de água
no copo plástico. Coloque o copo plástico no calorímetro de isopor e meça a temperatura da água
com um termômetro.
Coloque 150 mL de água da torneira em um béquer de 250 mL. Amarre o bloco de metal
com um fio de nylon e mergulhe o bloco na água. Deixe a ponta do fio de nylon fora do béquer
amarrando-a em um “varal” de arame. Aqueça a água do béquer com o bloco metálico até a
ebulição e deixe o bloco mergulhado na água nesta condição por 10 min. Meça a temperatura de
ebulição da água.
Usando o fio de nylon, retire o bloco metálico da água em ebulição e mergulhe-o
imediatamente na água do copo de plástico no calorímetro de isopor. Feche o calorímetro e anote
o valor da temperatura máxima da água.
Repita o experimento para o bloco de alumínio. Lembre-se de trocar a água do copo de
plástico.

2- Entalpia de sublimação do gás carbônico (CO2)

O objetivo desta parte é a determinação da entalpia de sublimação do gás carbônico, ou


seja, da energia na forma de calor envolvida nessa transformação sob pressão constante do
processo. Antes de começar o experimento, escreva no seu caderno de anotações a equação de
sublimação do gás carbônico e a notação matemática da respectiva grandeza que será medida
(entalpia).
Pese 100 g de água (medida com precisão de 0,01 g) em um copo plástico. Anote a massa
exata. Insira o copo com água dentro do recipiente de “isopor”. Adapte o termômetro à tampa do
“isopor” de modo que o seu bulbo fique bem no centro do copo com água. Leia a temperatura da
água e anote.
Leve esse conjunto para próximo da balança. Pese com a mesma precisão anterior uma
massa de 5 gramas de gelo seco, utilizando como recipiente um copinho plástico para café.
Imediatamente após a pesagem, adicione o gelo seco ao copo de plástico com água dentro do
“isopor”. Anote a temperatura a cada 60 segundos, até que todo o gelo seco tenha sublimado.
Continue anotando a temperatura por cerca de 5 minutos além deste tempo. Repita o
procedimento.
Referências Bibliográficas
1. Simoni, J.A., Química Nova 1989, 12(4), 376-378.
2. Burgstahler, A.W., Bricker, C.E., J. Chem. Educ. 1991, 68, 332.

45
APÊNDICES

NORMAS DE SEGURANÇA PARA OS LABORATÓRIOS

1- EPI de uso Obrigatório nos laboratórios do IQ:


● Óculos de Segurança
● Cabelos presos
● Avental de algodão manga longa
● Sapato fechado
● Calça comprida

2- Uso Recomendado:
● Luvas de Látex (aguardar orientação do professor)

Acidente SEM o uso dos óculos Acidente COM o uso dos óculos

3- É obrigatório:
● A sinalização de superfícies e objetos quentes.
● O uso de pêras de borracha na aspiração de líquidos por pipetagem.
● Identificar as amostras produzidas no laboratório.
● O manuseio de produtos químicos tóxicos e corrosivos em capela com exaustão ligada.

4- Atos Proibidos:
● Alimentar-se no laboratório.
● Fazer brincadeiras no laboratório.
● Fumar no laboratório.

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● Deixar bancos espalhados pelo corredor do laboratório impedindo uma circulação
segura.
● Obstruir chuveiros, saídas de emergência e extintores de incêndios.
● Descartar resíduos químicos na pia.
● Deixar as capelas e bancadas desorganizadas
● Deixar resíduos espalhados pelo laboratório.
● Deixar frascos de resíduos sem identificação ou identificação inadequada.
● Abrir geladeiras contendo produtos químicos sem autorização e orientações dos
docentes.

4- Para evitar acidentes:


● Leia atentamente as orientações da apostila fornecida pelos docentes.
● Trabalhe de forma organizada em caso de dúvida consulte o docente.
● Não pipetar nada com a boca.
● Substituir vidrarias trincadas.
● Observar a localização dos chuveiros de emergências, extintores de incêndio e saídas de
emergências.
● Observar as Tubulações de GLP do laboratório (amarela) e suas válvulas.

RECOMENDAÇÕES

1- Toque do alarme de incêndio:


● Quando soar alarme de incêndio:
A- Mantenha a calma
B- Verifique se há algum foco de incêndio no laboratório

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C- Desligue fontes de ignição (GLP) afaste solventes e outros materiais combustíveis.
D- Utilize o extintor de incêndio mais próximo. Caso perca o controle da situação não insista.
E- Abandone o local pela saída mais próxima até o ponto de encontro.

2- Quando houver contato com produtos químicos:


● Na pele: Lave abundantemente com água por 15 minutos.
● Na roupa: Retire a roupa e utilize o chuveiro de emergência.
● Nos olhos: Utilize a lava olhos mantendo os olhos bem abertos e lavando
abundantemente por 15 minutos.

3- Quanto houver cortes:


● Lave com água e sabão e estanque fazendo compressão gaze. Informar o docente e/ou
técnico para que seja providenciada a remoção para o PS nos casos mais graves.

4- Chapas de aquecimento:
● Desenrole o cabo completamente, para evitar queimar o cabo elétrico.
● Utilize recados simples para evitar queimaduras.

5- Descarte de resíduos:
● Sigas as orientações dos professores e/ou técnicos.

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6- Derramamento de substâncias químicas:
● Informe o docente e/ou os técnicos.
● Utilize um material absorvente como vermiculita

7- Trabalho com vidro:


● Verifique se os mesmos estão quebrados. Se sim, providencie a troca.
● Utilize luvas ou panos grossos quando for inserir um tubo numa mangueira ou rolha.
● Se possível, lubrifique as extremidades.
● Mantenha as mãos o mais próximo possível dos pontos de operação.

RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA TRABALHAR EM


LABORATÓRIO

1. SEGURANÇA
Para frequentar as aulas de laboratório os alunos devem cumprir as normas de segurança
estabelecidas no Instituto de Química. Observe os itens abaixo:

Localize chuveiros, lava-olhos, extintores e portas de segurança.


1. Não é permitido comer ou fumar no laboratório.
2. É obrigatório o uso de avental, calça comprida, sapato fechado e óculos de proteção.
Sem estes requisitos o aluno não pode frequentar a aula. Atenção: a calça deve ser de
algodão. Não será permitida calça de tecido sintético como tactel, nylon, poliamidas, etc.
3. Por determinação da Comissão de Segurança, todos os alunos deverão portar um cartão de
identificação durante o período de aula.
4. A capela de exaustão deve ser usada sempre que for recomendado.
5. Muito cuidado no transporte e manipulação de solventes e reagentes concentrados.
6. Para descartar resíduos, siga as instruções dos responsáveis, observando atentamente os
frascos que estão identificados e disponíveis no laboratório. Raramente o descarte é feito na
pia. Em casos de dúvida, consulte professores ou auxiliares didáticos ou técnicos do
laboratório. Não hesite em buscar orientação.
7. Durante e após o experimento, todo o material, bancadas e equipamentos devem permanecer
limpos e deixados no local encontrado, assim como a sua bancada. O professor pode
descontar pontos do relatório caso isso não seja observado.

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8. Não é permitida a presença de estranhos no laboratório.
9. Não são permitidas brincadeiras nem aglomerações durante as aulas.

Procure agir sempre com bom senso, para sua própria segurança e para a segurança de
todos os outros. Porém, acidentes podem ocorrer. Tenha sempre em mente os procedimentos de
emergência apresentados na palestra da Comissão de Segurança. Em caso de acidente, mantenha
a calma e procure ajuda.

● Coscione, A.R.; Almeida, A.M.; de Andrade, J.C.; Custódio, R.; Segurança no Laboratório
Químico, 2000, 03 p.p. - Disponível em http://chemkeys.com/br/2000/03/24/seguranca-
no-laboratorio-quimico/

● de Andrade, J.C.; Procedimentos Básicos em Laboratórios de Análise, 2011, 20 p.p. -


Disponível em:
http://chemkeys.com/br/2011/07/07/quimica-analitica-basica-procedimentos-basicos-em-
laboratorios-de-analise/

● Normas contidas em: https://iqm.unicamp.br/seguran%C3%A7a-e-meio-


ambiente/manuais-normas-e-fispq (em particular p. 1 e 2)

NA DÚVIDA, PERGUNTE
ACIDENTES NÃO ACONTECEM. ACIDENTES SÃO CAUSADOS

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Tenha sempre em mente que o laboratório é um lugar de trabalho sério. Atitudes de
1 brincadeiras em relação aos seus colegas ou outras pessoas, muitas vezes, podem
provocar graves acidentes.
Realize somente as experiências prescritas ou aprovadas pelo professor. As experiências
2
não autorizadas são proibidas.
Use o avental! É expressamente proibida a realização da aula experimental sem o uso do
3
avental, o qual deverá ser mantido abotoado durante o transcorrer de toda a aula.
4 O uso dos óculos de segurança é obrigatório no transcorrer de toda a aula.
5 Procure evitar o uso de sandálias ou sapatos abertos. Prenda os cabelos, quando longos.
6 Não colocar material de uso pessoal sobre a bancada de trabalho.
7 Nunca deixe frascos contendo solventes inflamáveis próximos à chama.
Substâncias inflamáveis não devem ser aquecidas diretamente na chama, devendo-se usar
8
para isso outros processos, como banho-maria ou aquecimento elétrico.
Evite contato de quaisquer substâncias com a pele, por mais inócuas que possam parecer.
9 Se entornar um ácido, ou qualquer outro produto corrosivo, limpar imediatamente da
forma mais adequada.
Não toque os produtos químicos com as mãos, a não ser que isso lhe seja expressamente
10
indicado.
11 Não aspire a pipeta com a boca, use o equipamento apropriado para sucção.
Nunca prove um produto químico ou uma solução, a menos que isso lhe seja
12
expressamente indicado.
Utilize sempre a câmara de exaustão (capela) quando trabalhar com substâncias voláteis
13
ou com reações que liberam gases venenosos ou irritantes.
Ao sentir o odor de uma substância não se deve colocar o rosto diretamente sobre o frasco
que a contém. Desloque com a mão, para sua direção, os vapores que se desprendem do
14
frasco.
Sempre que proceder a diluição de um ácido concentrado, adicioná-lo lentamente e sob
15
agitação em água, e nunca o contrário.
Ao aquecer um tubo de ensaio, não direcione a boca do tubo para si e nem para outra
16
pessoa próxima.
Após o aquecimento de um vidro, aguarde o seu resfriamento, para depois manuseá-lo.
17
Lembre-se de que o vidro quente tem o mesmo aspecto de um vidro frio.

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Tenha completo conhecimento da localização de chuveiros de emergência, lavadores de
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olhos, extintores e certifique-se que saiba como usá-los.
Ao introduzir tubos de vidro em rolhas ou mangueiras, umedeça-os convenientemente e
19
enrole a peça de vidro numa toalha para proteger as mãos.
Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento prolongado ou
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que desenvolva grande quantidade de energia.
Verificar cuidadosamente o rótulo do frasco que contém determinado reagente, antes de
21 tirar dele qualquer porção do seu conteúdo. Leia o rótulo duas vezes para se certificar que
tem o frasco correto.
22 Nunca deixe os frascos abertos, recolocar a tampa imediatamente após o uso.
As substâncias que restarem após os experimentos, mesmo que não tenham sido usadas,
23 não devem ser retornadas ao frasco de origem. Nunca introduza qualquer objeto dentro
do frasco de um reagente.
24 Informe o professor sobre quaisquer acidentes que ocorram.
Ao retirar-se do laboratório, verificar se não há torneiras de água ou gás abertas. Desligue
25
todos os aparelhos, deixando-os limpos e lave as mãos.

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