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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

CAMPUS DE VITÓRIA DA CONQUISTA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS NATURAIS

ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS


Química

Nome do Aluno: ____________________________________

Matricula:____________________Turma: _________________

Profª Cristiane Martins Veloso


Elaborada por:
Profª Anaildes Lago de Carvalho
Prof. Douglas Gonçalves da Silva
Profª Cristiane Martins Veloso
Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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Apresentação

Este conjunto de roteiros de experimentos da disciplina “Elementos de Química ”


foi elaborado para ser utilizado pelos alunos do curso de Agronomia da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia – Campus de Vitória da Conquista.
O objetivo deste trabalho é uniformizar o conhecimento dos alunos em relação ao
laboratório químico e também adequar a discussão prática à teoria abordada durante o
curso.

Vitória da Conquista
Fevereiro de 2023.

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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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SUMÁRIO

Metodologia de ensino 04
Informações importantes 05
A elaboração de relatórios 06
Normas de Segurança em Laboratório 12
Acidentes de Laboratórios e Primeiros Socorros 16
Materiais Comuns de Laboratório 21
Lavagem do Material de Laboratório 21
Experimento 01: Equipamentos e Materiais de Laboratório 23
Experimento 02: Medições de Massas e Volumes 32
Experimento 03: Teste de Chama 37
Experimento 04: Processos Gerais de Separação de Misturas 40
Experimento 05: Ligações Iônicas e Moleculares 43
Experimento 06: Funções Inorgânicas e suas Características Ácido-Base 47
Experimento 07: Preparo e Padronização de Soluções 50
Experimento 08: Estudo das Reações Químicas 55
Experimento 09: Estequiometria 58
Referências 60

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METODOLOGIA DE ENSINO
Parte Experimental
Realização de experimentos no Laboratório Química II/Bioquímica, cada
experiência deverá ser realizada pela classe dividida em equipes.
Após cada experimento cada aluno deverá fazer a atividade designada, podendo ser
atividade avaliativa, resumo ou relatório. O prazo para entrega do relatório ou resumo
é 07 dias após a experiência. O aluno que faltar a aula prática ficará com zero naquele
experimento.

Critérios de Avaliação

Avaliação Contínua: Através de assiduidade, participação, pré-laboratórios e


relatórios dos experimentos realizados, avaliação escrita e apresentação dos experimentos
na forma de resumo. O peso da avaliação contínua será de 30% da nota final (N.F.), na
1ª e 2ª Unidade e 40 % na 3ª Unidade.
Frequência: O aluno deverá obter uma frequência de no mínimo 75% das aulas dadas.
O aluno será aprovado se N.F.  5,0 e frequência  75%.

OBSERVAÇÃO: É importante dispor de um caderno de anotações de laboratório.


Todos os dados, observações, cálculos, e questionamentos devem nele ser anotados
diretamente e organizadamente. Isto facilitará na estruturação dos relatórios e
resumos. Anote tudo o que observar e procure representar por meio de equações de
reação todos os fenômenos químicos processados. Reserve um tempo para estudar e
explore a literatura.

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INFORMAÇÕES IMPORTANTES

PREPARAÇÃO DAS AULAS

Cada aula prática deve ser previamente preparada. Esta preparação deve ter em vista
uma boa compreensão dos fundamentos teóricos das experiências a realizar, assim como
um planejamento da sua execução laboratorial de forma a torná-la mais eficiente.

CADERNO DE LABORATÓRIO

É fundamental que aí sejam registradas, ao longo da execução, todas as observações


efetuadas, assim como possíveis alterações à técnica, cálculos, interpretação dos resultados
obtidos e conclusões.

R ELATÓRIOS E R ESUMOS

São obrigatórios relatórios, resumos ou atividades avaliativas para todas as aulas


práticos. Os relatórios deverão incluir objetivos, introdução, alterações ao protocolo
experimental dado, resultados obtidos, discussão e bibliografia devidamente formatada e
referenciada no texto (ver a elaboração do relatório pág. 06). O resumo deverá seguir o
modelo apresentado.
Os relatórios ou resumos serão entregues obrigatoriamente na semana
seguinte ao final da aula prática.

AVALIAÇÃO

Será considerado a participação e os trabalhos práticos. O semestre está divid ido


em 3 unidades.

ANTES DE DEIXAR O LABORATÓRIO...


No final de cada aula prática deve verificar se as bancadas foram deixadas limpas,
os reagentes utilizados arrumados nos devidos locais e o material utilizado lavado. Note
também que os produtos obtidos devem ser guardados em recipientes devidamente
rotulados e identificados.
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ALGUMAS RECOMENDAÇÕES NA REALIZAÇÃO DOS EXPERIMENTOS

1. Prepare-se para realizar cada experimento lendo antes os conceitos referentes ao


mesmo e, a seguir, o roteiro da aula prática;
2. Para que o aluno alcance a eficiência desejada é necessário que o mesmo seja pontual,
assíduo, ordeiro, asseado e ter conhecimento prévio do trabalho a ser executado;
3. Coloque sobre o balcão apenas o material estritamente necessário como lápis, bloco
ou caderno de anotações e apostila de aula prática. Deixe bolsas e outros materiais fora
do balcão onde será realizado o experimento;
4. Respeite rigorosamente as precauções recomendadas e realize todos os experimentos
com atenção, rigor técnico e disciplina. A inobservância de quaisquer dos requisitos
técnicos pode introduzir erros que poderão invalidar parcial ou totalmente o trabalho
realizado levando ao desperdício de tempo e de reagentes caros;
5. Faça apenas a experiência recomendada pelo instrutor. Experiências não autorizadas
são proibidas, pois além de desperdiçar reagentes, são riscos desnecessariame nte
perigosos;
6. Para evitar contaminação, não voltar para o frasco os restos das soluções que deles
foram retiradas e ter o cuidado de não usar a mesma pipeta para medir ao mesmo tempo
soluções diferentes. Na dúvida lave-as bastante ou utilize outra pipeta limpa;
7. Ao término do período da aula, lave o material utilizado e deixe-o na ordem em que
encontrou no início da aula.

A ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS

A elaboração de um relatório é um procedimento de rotina durante o exercício de


qualquer profissão técnico-científica. Em certos casos, esta habilidade chega a ser usada
como medida de capacidade profissional, uma vez que ser um bom profissional envolve
também saber transmitir a outros os resultados de um bom trabalho.
A seguir, você encontrará algumas orientações sobre redação de relatórios
científicos, que devem ser seguidos na elaboração dos relatórios referentes às experiências
realizadas nas aulas práticas.

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1 – NORMAS PARA O PREPARO DOS RELATÓRIOS

É de praxe redigir relatórios de uma forma impessoal utilizando-se a voz passiva.


Outro aspecto muito importante é ter sempre em mente que as pessoas que eventualme nte
lerão o relatório, poderão não ter tido nenhuma informação prévia sobre aquilo que está
sendo relatado. Isto significa que o relato do que foi feito deve ser detalhado, cuidadoso e
meticuloso, de modo que qualquer pessoa que leia o relatório consiga efetivame nte
entender o que foi feito e como foi feito.
Normas para relatório digitado: Margens superior 3,0 cm, inferior 2,0 cm, esquerda
3,0 cm e direita 2,0 cm; fonte Times; título centralizado, tamanho 12; subtítulos (Objetivos,
Introdução, ...) alinhados à esquerda; texto justificado; 1½ espaços entre linhas.
Obs.: O relatório da disciplina Elementos de Química será manuscrito e individual.

2 – PARTES DE UM RELATÓRIO

CAPA
1 – INTRODUÇÃO
2 – OBJETIVO
3 – MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
5 – CONCLUSÃO
6 -REFERÊNCIAS

Cada uma dessas partes deve ser destacada em separado:


1ª página – CAPA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA


Departamento de Ciências Naturais - DCN

CURSO: AGRONOMIA

DISCIPLINA: TURMA:

PROFESSORA:

DATA DA EXPERIÊNCIA: DATA DA ENTREGA:

TÍTULO DO EXPERIMENTO:

ALUNO (A) NOTA

Vitória da Conquista – Ba

Fevereiro de 2023

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Páginas seguintes:

1. INTRODUÇÃO
Descrição de toda teoria necessária ao entendimento da prática e da discussão dos
resultados. Deve ser uma síntese própria dos vários livros e artigos consultados. Evite
rodeios.
2. OBJETIVO (S
Objetivo do experimento. Este pode vir como um item ou pode ser apresentado no
último parágrafo da introdução.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Descrever de forma clara as etapas desenvolvidas na realização do experimento de
modo que, baseada nessa descrição, qualquer pessoa possa repeti-la. Não inclua nos
procedimentos as observações ou os resultados obtidos experimentalmente. Portanto, este
item pode ser dividido em duas partes:
Materiais e reagentes utilizados: apresentação de todos os materiais, vidrarias,
equipamentos e reagentes utilizados na realização do experimento. Exemplo:
No experimento foram utilizados: tubo de ensaio, béquer de 200 mL, béquer de 50
mL, bomba de vácuo, bico de Bunsen e centrifuga. Os reagentes utilizados foram:
1) Solução aquosa de hidróxido de sódio (NaOH) 0,1 mol/L;
2) Sulfato de cobre pentahidratado (CuSO 4 .5H2 O);
3) Água destilada (H2 O);
Procedimento Experimental: consiste em descrever, detalhadamente, o
procedimento executado (incluindo-se modificações que tenham sido feitas no decorrer do
experimento em relação ao procedimento originalmente proposto) para a realização do
experimento. Neste item, não devem constar quaisquer observações experimentais,
pois, as mesmas fazem parte dos Resultados e Discussão. Use o tempo verbal de maneira
apropriada e impessoal (determinou-se, transferiu-se, coletou-se). Apresentar nesse item
um esquema (desenho) da montagem experimental em funcionamento.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Esta é a parte mais importante do relatório e descreve os principais resultados obtidos
em aula, na sequência em que o procedimento foi realizado.
Neste item são apresentados os resultados de forma objetiva e lógica,
acompanhados de uma análise crítica dos mesmos, com base nos conceitos químicos
envolvidos. Devem-se incluir com clareza todos os cálculos efetuados e os resultados

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obtidos podem ser apresentados na forma de tabelas ou gráficos, de modo a comunica r


melhor a mensagem.
Compare os resultados obtidos com o que era esperado com base na teoria (descrita
na Introdução) ou em resultados já publicados. Se os resultados diferem do que era
esperado, na discussão deve-se procurar explicar porque, refletindo sobre possíveis fontes
de erro. Indique sempre as unidades usadas nas medidas.
Discuta (explique) cada observação experimental (mudança de cor, aquecimento,
turvação, etc.) e os resultados obtidos (massa final, rendimento, ponto de fusão, etc.).
Analise as fontes de erros, a exatidão e precisão da análise, sempre que possível
compare com a literatura ou com informações sobre a amostra. A discussão é a parte do
relatório que exige maior maturidade do aluno.
5. CONCLUSÃO
Finalmente, concluir se o objetivo foi alcançado ou não com o procedimento
desenvolvido. Esta parte deve ser clara, concisa e conter apenas um parágrafo.
6. REFERÊNCIAS
Mencionar as fontes bibliográficas consultadas (livros, periódicos, apostilas, etc.).
Para tal, recomenda-se utilização das normas para citação bibliográfica recomendadas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
E, por último, ANEXOS: Se você desejar anexar alguns dados da literatura
(relacionados em tabelas ou gráficos), que considere necessário para a ilustração no
decorrer da discussão dos resultados deve fazê-lo no final do relatório, neste item.

6.1 NORMAS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS –


ABNT
Entende-se por referências o conjunto padronizado de elementos descritivos,
retirados de documentos, de forma a permitir sua identificação individual.
Os elementos da referência devem ser apresentados em sequência padronizada.
As referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de forma a
se identificar individualmente cada documento, em espaço simples e separadas entre si
por espaço duplo.
O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utilizado para destacar o elemento
título deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento. Isto não se
aplica às obras sem indicação de autoria, ou de responsabilidade, cujo elemento de

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entrada é o próprio título, já destacado pelo uso de letras maiúsculas na primeira palavra,
com exclusão de artigos (definidos e indefinidos) e palavras monossilábicas.
Exemplos a seguir:
3.1 Livro
CURTY, Marlene Gonçalves; CRUZ, Anamaria da Costa; MENDES, Maria Tereza
Reis. Apresentação de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses: (NBR
14724/2002). Maringá: Dental Press, 2002.

3.2 Artigo de revista


GURGEL, C. Reforma do Estado e segurança pública. Política e Administração, Rio
de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997.

3.3 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. em meio eletrônico


MARQUES, Renata Ribeiro. Aspectos do comércio eletrônico aplicados ao Direito
Brasileiro. Jus Navigandi, Teresina, a. 6, n. 52, nov. 2001. Disponível em:
<http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=2467>. Acesso em: 20 set. 2003.

3.4 Trabalhos obtidos na internet


IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. <www.ibge.gov.br> Acessado em
12/12/2019.
Toda Planta. <www.todaplanta.com.br/tropicais/manga.html> Acessado em 03/07/2006.
Barros, E.E. Perfil sócio-econômico brasileiro. Texto retirado de
<www.economia.com.br> Acessado em 20/01/2020.

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NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS

• Laboratório de química é um local de trabalho potencialmente perigoso, onde acidentes


sérios podem ocorrer. Entretanto, se você trabalhar com o devido cuidado e seguindo
as regras de segurança, os riscos de acidentes são minimizados.
• Para sua segurança e de todos, e para uma maior eficiência no trabalho, manter o
laboratório sempre organizado e limpo.
• Não converse sobre assuntos não relacionados aos experimentos que estão sendo
realizados.
• Sempre utilize jaleco (guarda-pó), calça comprida e sapatos fechados (tênis). O jaleco
deve ser utilizado apenas no laboratório, e não em áreas como secretaria, cantina e
outros, uma vez que ele pode estar contaminado com produtos químicos.
• No caso de pessoas com cabelos longos, os mesmos não devem estar soltos, pois podem
ocasionar acidentes.
• Dependendo do material que estiver sendo manuseado, é necessário o uso de luvas
adequadas.
• Para evitar perda de material durante a transferência de líquidos de um frasco para o
outro, utilizar funil adequado para a operação. Se eventualmente qualquer material for
derramado, providenciar a limpeza imediata do local.
• Nunca acender um fósforo próximo a solventes inflamáveis como álcoois e
hidrocarbonetos.
• Não deixe vidro quente em local onde possam pegá-lo inadvertidamente. Deixe
qualquer peça de vidro quente esfriar durante bastante tempo, ou deixe um aviso
informando a hora em que foi aquecido. Lembre-se que o vidro quente tem a mesma
aparência do vidro frio.
• Líquido inflamável deve ser aquecido apenas em mantas e placas aquecedoras.
• O reconhecimento de produtos químicos pelo cheiro é uma prática comum adotada pelos
químicos. Ao realizar esta prática, nunca inalar vapores diretamente a partir dos frascos.
Neste caso, abane uma das mãos na abertura do frasco, de modo a diluir os vapores com
ar, direcionando-o para o nariz.
• Nunca aquecer frascos de vidros fechados, pois poderá ocorrer explosões.

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• Não aquecer o conteúdo de tubos de ensaio direcionando-os para si mesmo ou para


outro estudante.
• Compostos voláteis e tóxicos como ácidos, bases e reagentes lacrimejantes devem ser
manuseados somente em capela de exaustão.
• Ao final de cada experimento, os reagentes devem ser descartados de acordo com sua
natureza. Pergunte sempre ao professor ou ao técnico responsável qual o melhor
procedimento a ser realizado.
• Sempre que for necessário verter resíduos na pia, principalmente se ela for de aço
inoxidável, fazer com a torneira aberta.
• O manuseio de cada reagente deve ser feito de acordo com sua natureza. Portanto, antes
de abrir qualquer frasco, leia as instruções contidas nos rótulos. No caso de dúvidas, o
professor deve ser consultado.
• Na destilação de líquidos as conexões esmerilhadas também devem ser lubrificad as
para evitar perda de material e facilitar a desmontagem da aparelhagem. Nunca destilar
solventes até a secura. No caso de éteres, ocorre, com o tempo, a formação de peróxidos
que são explosivos.
• Pipete somente com pipetador automático.
• Não retirar do frasco nenhum produto químico com as mãos.
• Nunca trabalhar sozinho no laboratório, pois no caso de acidentes, as consequências
poderão ser mais graves, devido a falta de socorro imediato.
• O transporte de reagentes deve ser feito com segurança.
• Antes de realizar qualquer experimento, tenha certeza de que entendeu todo o
procedimento a ser realizado inclusive o manuseio correto dos equipamentos e dos
reagentes. Faça uma avaliação dos possíveis acidentes que podem ocorrer com os
reagentes utilizados, bem como produtos obtidos, e quais as medidas a serem tomadas
no caso de acidentes. Qualquer dúvida consulte o professor antes de iniciar o
experimento.
• Qualquer acidente, por menor que seja, deve ser comunicado imediatamente ao
instrutor.

EM RESUMO, AO TRABALHAR EM UM LABORATÓRIO DE QUÍMICA VOCÊ


DEVE ESTAR ATENTO PARA AS SEGUINTES NORMAS:

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1. Familiarize-se com os procedimentos de segurança do laboratório.


2. Utilize jaleco e luvas quando necessário.
3. Antes de iniciar qualquer experimento, leia atentamente as instruções de
procedimento.
4. Confira se as montagens dos equipamentos e aparelhagens estão corretas e seguras.
5. Manuseie cuidadosamente os reagentes químicos.
6. Mantenha o local de trabalho sempre limpo e organizado.
7. No caso de derramar algum produto químico, limpe o local imediatamente.
8. No caso de dúvida, converse com o professor.
9. Lave suas mãos antes de sair do laboratório.
10. Nunca coma, beba ou fume no laboratório.
11. Não inale ou deguste produtos químicos.
12. Não corra no laboratório.
13. Não brinque ou distraia-se com os colegas.
14. Nunca trabalhe sozinho.
15. Não realize experimentos não autorizados.
A ocorrência de acidentes em laboratórios, infelizmente, não é tão rara como possa
parecer. Visando diminuir a ocorrência e a gravidade destes eventos, é absolutame nte
imprescindível que sejam observadas as normas de segurança, descritas abaixo, durante os
trabalhos em laboratório:
1) Em um laboratório químico, devemos observar alguns símbolos de advertência para o
manuseio de reagentes e a execução de procedimentos. Alguns destes símbolos são
comuns em rótulos de reagentes e nas entradas de laboratórios. Assim, é importante
saber o significado destes símbolos para que sejam tomados os cuidados necessários.
Os principais símbolos são:

Substância Substância Substância Substância


Tóxica Irritante corrosiva inflamável

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Radiação ou Raio- Risco Biológico Entrada restrita Equipe de Limpeza


X

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ACIDENTES DE LABORATÓRIO E PRIMEIROS SOCORROS

PRIMEIRO SOCORROS

✓ Manter, numa posição de fácil aceso no laboratório, uma caixa de primeiros socorros
✓ Se qualquer substância cair na pele, lavá-la imediatamente com bastante água;
✓ Cortes ou ferimentos leves devem ser logo desinfetados e protegidos com gaze e
esparadrapo;
✓ Queimaduras:
o As provocadas por calor não devem ser lavadas e sim cobertas com vaselina;
o As provocadas por ácidos devem ser lavadas com bastante água e com solução
saturada de bicarbonato de sódio;
o As provocadas por bases devem ser lavadas com água e solução de ácido bórico;
o As provocadas por álcoois devem ser lavadas com água e com ácido acético 1%;
o As provocadas por fenóis devem ser lavadas com etanol;
✓ Intoxicações:
o Procurar local com ar puro para respirar. Nas intoxicações com ácidos beber leite de
magnésia ou solução de bicarbonato de sódio;
✓ Se os olhos forem atingidos por qualquer substância, lavá-los com bastante água;
✓ Se derramar ácido ou base concentrados na própria veste, lavar imediatamente no
chuveiro de emergência a parte afetada;
✓ Fogo:
o Sobre bancadas - deve ser controlado com areia ou extintor de incêndio.
o Sobre vestes - deve ser abafado com panos grandes (de preferência molhados).

ACIDENTES POR AGENTES FÍSICOS

Produtos químicos inflamáveis em combustão


Se durante um processo químico que ocorre no interior de um béquer ou em
qualquer outro frasco de vidro ocorrer a queima de um produto químico, primeirame nte
retire a fonte de calor e, posteriormente, retire o oxigênio livre, tapando o frasco com um
pano úmido ou um vidro de relógio. Dependendo do tamanho do frasco em combustão,
utilizar amianto ou extintores de CO 2 , mas não água primeiramente. Se a fonte de energia
para a combustão for corrente elétrica, jamais use água, mesmo após desligar a corrente.
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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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Se o combustível for óleo, utilize areia com bicarbonato de sódio ou cloreto de amônio. Se
dispuser de extintor de CO 2 , utilizá-lo. Neste caso jamais use água para extinção, porque
servirá apenas para espalhar ainda mais o fogo. Se ocorrer a queima da roupa de um
operador, não o faça correr, abafe-o com um cobertor ou o leve ao chuveiro, se estiver
perto. Encaminhe-o imediatamente para atendimento médico.
Fogos “pequenos” podem ser apagados com extintores à base de tetracloreto de
carbono sob pressão alta de CO 2 ; a mistura é orientada em direção à chama e o efeito de
“acobertamento” do CO 2 e o peso dos vapores de tetracloreto de carbono extinguirão o
fogo.
Notar bem que:
a. Em caso de pequenas queimaduras com fogo ou material aquecido, deve ser feita a
aplicação, no local, da pomada de picrato de butesin ou a base de acriflavina. Caso
esta não seja disponível, pode-se usar vaselina ou simplesmente ácido pícrico.
b. Em caso de corte, o ferimento deve ser desinfetado com tintura mertiolato 1:1000
ou solução de mercurocromo. Para diminuir o sangramento, pode ser usada uma
solução diluída de cloreto férrico (FeCl3 ), que tem propriedades coagulantes;
c. Em caso de vidro nos olhos, remover os cacos cuidadosamente com pinça ou com
auxílio de um copo lava-olho. Procurar o médico imediatamente. A irritação que se
segue, em geral para pequenos acidentes, pode ser aliviada, colocando-se uma gota
de óleo de rícino nos cantos do olho.

Acidentes por agentes químicos

Serão citados as principais ações e os locais em que certas substâncias de uso


comum agem sobre o organismo, bem como as medidas que logo devem ser tomadas a fim
de reduzir seus prejudiciais efeitos.
É de conhecimento clássico o chamado antídoto universal, composto de 20 g de
carvão ativado pulverizado, 30 g de óxido de magnésio e 4 g de tanino, por litro de água.
Sua indicação seria o combate a todos os envenenamentos. Na prática, porém, sua ação não
é tão diversificada, sendo, no entanto, útil em muitas ocasiões, o que justifica o interesse
de tê-lo disponível.
O carvão, pela sua importante propriedade de absorção, é um elemento essencial,
principalmente quando o propósito é inativar o tóxico.

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Ácidos
Queimaduras com ácidos são acusadas por forte ardência, havendo corrosão dos
tecidos. As lesões com ácido sulfúrico (H2 SO4 ) e nítrico (HNO 3 ) aparecem,
respectivamente, com uma coloração esbranquiçada ou amarelada. São ainda bem
agressivos: ácido clorídrico (HCl) e ácido acético (CH3 COOH), quando concentrados.
A providência imediata consiste na neutralização do ácido. Para casos em que
houve a ingestão, é recomendável um neutralizante por via oral, como leite de magnés ia,
solução de óxido de magnésio ou até mesmo hidróxido de cálcio (água de cal).
Na hipótese do ácido ter atingido a pele ou mucosa oral, é indicada a lavage m
abundante do local com solução de sulfato de magnésio (MgSO 4 ), bicarbonato de sódio
(NaHCO 3 ) ou até mesmo amônia (NH4 OH), sendo esta última utilizada apenas quando a
queimadura for na pele.
Para queimaduras graves, aplicar um desinfetante, secar a pele e cobrir com pomada
a base de acriflavina.
Caso o corrosivo tenha atingido os olhos, deve ser procedida uma lavage m
abundante com uma solução de borato de sódio (Na 2 BO 3 ) ou bicarbonato de sódio a 5%. É
então utilizado o copo lava-olho. Se o ácido for concentrado, lavar primeiro o olho com
grande quantidade de água e continuar com a solução de bicarbonato.
Em caso de ingestão de ácidos é totalmente contra-indicada a indução do vômito.

Bases
A ingestão de base como hidróxido de sódio (NaOH) ou hidróxido de potássio
(KOH) é seguida de dor violenta, resultando posteriormente na estenose (estreitamento do
esôfago).
Como providência imediata, deve ser tomada, por via oral, solução diluída de ácido
acético (vinagre ou suco de frutas cítricas). Neste caso, é também contraindicada a indução
do vômito.
As lesões de pele provocadas pelas bases são sentidas como uma sensação da pele
escorregadia, havendo uma consequente dessa ação do epitélio. De então ser feita a
lavagem abundante no local, com uma solução diluída de ácido acético.
Para queimaduras mais sérias, aplicar finalmente um desinfetante, secar a pele e
cobrir com pomada a base de acriflavina.
Nos olhos, procede-se à neutralização com uma solução de ácido bórico (H3 BO3 ) a
5%, precedida de lavagem com água pura.

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Bromo, cloro e iodo


A aspiração dos vapores do bromo ou do gás cloro conduz a uma irritação grave da
mucosa respiratória.
Como providência imediata, deve ser abandonado o local e feita uma inalação com
gás amoníaco ou um gargarejo com bicarbonato de sódio. A seguir, dar ao pacient e
pastilhas à base de eucalipto ou essência diluída de menta pipérica ou de canela, para alivia r
a traquéia e os pulmões. Se a respiração ficar suspensa, aplicar respiração artificial.
No caso da ingestão de bromo, é eficaz a administração oral de leite ou albumina.
Na pele, o combate pode ser feito usando amônia diretamente. Nos olhos, deve-se lavar
continuamente com grande quantidade de água e, a seguir, com solução de bicarbonato de
sódio. Pode-se também lavar imediatamente a parte afetada com éter de petróleo à vontade,
friccionando bem a pele com glicerina. Decorrido algum tempo, remover a glicer ina
superficial e aplicar uma pomada à base de acriflavina ou de picrato de butesin.
O iodo sólido corrói a pele, conferindo- lhe coloração amarela. Deve então ser
diluído com álcool até sua completa remoção. Seus vapores, quando da sua sublimação,
são também altamente irritantes. No caso de intoxicações, é indicada a inalação de vapores
de éter dietílico.
Fenol
O fenol (C 6 H5 OH) lesa a pele, tornando-a esbranquiçada. Sua ação pode ser
combatida pela lavagem com álcool comum (C 2 H5 OH).
Em caso de ingestão, recomenda-se, por via oral, uma solução de álcool a 55 °GL,
ou bebidas de forte teor alcoólico como o uísque e o conhaque.
Metanol ou álcool metílico
O álcool metílico pode promover sérios distúrbios metabólicos e até cegueira.
Como providência imediata, deve ser provocado o vômito e feita a ingestão de álcool etílico
diluído ou de bebidas alcoólicas fortes. Seu contato com a pele deve ser evitado.
Substâncias orgânicas na pele
Lavar a vontade com álcool, depois com sabão e água quente.

Em caso de acidentes os números de bombeiro, ambulância (SAMU), posto médico,


hospital devem estar acessíveis de modo que possa ser acionado, com rapidez o auxílio
preciso.

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MATERIAIS COMUNS DE LABORATÓRIOS

Para se desenvolver um experimento é necessário, dentre outros cuidados, o


conhecimento do material a ser utilizado.
O equipamento de laboratório de química constitui-se de, basicamente, vidro,
porcelana, polietileno e madeira. O emprego e o manuseio adequados são indispensáve is
não só para evitar acidentes, mas também perdas ou danos no instrumental.
Deve-se observar também o tamanho ou a capacidade dos instrumentos que vão ser
utilizados, de acordo com a quantidade de substância empregada.
Os utensílios usados em laboratório podem ser divididos em:
a. Utensílios para conter volumes: são enquadrados, neste item, aqueles utensílio s
usados no preparo de soluções, em evaporações, armazenamento de líquidos, para conter
reagentes durante uma reação, receber produtos de uma reação etc.
b. Utensílios de usos variados: as operações em química requerem, utensílios mais
específicos, de funções definidas, que auxiliem na manipulação, montagem de aparelhos e
nos processos analíticos.
c. Utensílios para medir volumes: são destinados a fornecer volumes variados ou
definidos no preparo de soluções e reagentes durante uma reação e em outras operações de
laboratório. Nunca devem ser levados a estufa de secagem em temperaturas elevadas.

LAVAGEM DO MATERIAL DE LABORATÓRIO

Toda aparelhagem de vidro deve ser absolutamente limpa, a fim de possibilitar a


realização dos experimentos com confiança. Deste modo, tomar como regra:
 Todo material de vidro ou de porcelana deve ser lavado imediatamente após o seu uso;
 Os resíduos de soluções ou de precipitados, com o tempo atacam o vidro e a porcelana,
tornando-se difícil a sua remoção e alterando a capacidade dos recipientes;
 Os aparelhos volumétricos devem ser totalmente desengordurados. A presença de traços
de gordura provoca a retenção do líquido sob forma de gotículas nas paredes dos
recipientes, impedindo o seu escoamento total;

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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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 Lavar os frascos, balões, béqueres, pipetas, buretas etc. primeiro com água e sabão ou
outro detergente e, se necessário, com auxílio de escova;
 Em seguida, lavar repetidas vezes em água corrente;
 Finalmente, lavar com uma solução ácida para a remoção dos últimos traços de gordura;
 Após a lavagem, deixar secar a vidraria invertendo-a sobre uma toalha ou sobre um
suporte, podendo os mesmos ser secos em estufas (apenas os materiais volumétricos não
podem ser secos em estufas;
 Guardar todo material, depois de ter sido submetido a uma limpeza adequada;
 JAMAIS GUARDAR VIDRARIA SUJA;
 Ordem e limpeza são características essenciais em um laboratório.
As marcas de volume são feitas pelos fabricantes com os equipamento s
volumétricos bem limpos. Um nível de limpeza análogo deve ser mantido no laboratório
para estas marcas serem usadas com confiança. Somente superfícies de vidro limpas
sustentam um filme uniforme de líquido. Poeira ou óleo rompe este filme. Portanto, a
existência de rupturas no filme é uma indicação de uma superfície "suja".
Uma breve agitação com uma solução quente de detergente é geralmente suficie nte
para remover graxa e poeira.
Depois de ser limpo, o aparato deve ser bem enxaguado com água de torneira e
então duas a três vezes com água destilada. Raramente é necessário secar vidraria
volumétrica.

Lavagem de Material

1. Inicialmente os materiais são lavados com detergente seguida da lavagem com água
corrente.
Obs: a lavagem com detergente deve ser evitada no caso da determinação de fósforo pois
o detergente se constitui em fonte potencial de fósforo.
2. Usar solução de limpeza ácida no material a ser limpo, imprimindo um movimento de
rotação ao recipiente, de modo a molhar toda parede interna do mesmo.
3. Lavar novamente o recipiente com água corrente e, finalmente duas a três vezes com
pequenas porções de água destilada. Se o recipiente foi adequadamente desengordurado, a
água escoará uniformemente, sem haver retenção de gotículas nas paredes.
OBSERVAÇÃO:

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* Solução de ácido clorídrico e solução de ácido nítrico (1:1) se constituem excelentes


soluções de limpeza de materiais de laboratório.
* Solução de etanoato de sódio também pode ser usada na limpeza de materiais de teflon.

Lavagem de Pipetas

1. Usar uma pêra para aspirar solução de detergente a um nível de 2 a 3 cm acima da marca
de calibração da pipeta.
2. Drenar esta solução e enxaguar a pipeta com várias porções de água de torneira.
3. Verificar se o filme de água na parede da pipeta é homogêneo ou se há rupturas do filme.
Se houver rupturas, introduzir na pipeta com auxílio de uma pêra de sucção a solução ácida.
Manter a solução no recipiente durante 3 a 5 minutos deixando-a escoar em seguida.
4. Preencher a pipeta com água destilada com um terço de sua capacidade rodando até
molhar toda a sua superfície interna.
5. Repetir este procedimento com água destilada pelo menos duas vezes.

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EXPERIMENTO 01
Equipamentos e Materiais de Laboratório

1. INTRODUÇÃO
A execução de qualquer experimento em Química envolve a utilização de uma
variedade de equipamentos de laboratório, a maioria muito simples, porém com finalidad es
específicas. O emprego de um dado equipamento ou material depende dos objetivos e das
condições em que a experiência será executada. Para facilitar a familiarização, correlacione
o nome e a função de cada equipamento ou material com a figura correspondente.

2. MATERIAL UTILIZADO

2.1 Material de vidro


2.1.1 Tubo de ensaio: utilizado principalmente para efetuar reações químicas em
pequena escala.

2.1.2 Béquer: recipiente com ou sem graduação, utilizado para o preparo de soluções,
aquecimento de líquidos, recristalizações, etc.

2.1.3 Erlenmeyer: frasco utilizado para aquecer líquidos ou efetuar


titulações.

2.1.4 Kitassato: frasco de paredes espessas, munido de saída lateral e usado em filtrações
sob sucção.

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2.1.5 Balão de fundo chato: frasco destinado a armazenar líquidos ou soluções, ou mesmo,
fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o tripé com tela de
amianto.

2.1.6 Balão de fundo redondo: Empregado para aquecer líquidos ou soluções ou


ainda fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre tripé
com tela de amianto. Utilizado principalmente em sistemas de refluxo e
evaporação a vácuo, acoplado a ROTAEVAPORADOR

2.1.7 Balão volumétrico: recipiente calibrado, de precisão,


destinado a conter um determinado volume de líquido, a uma
dada temperatura; utilizado no preparo de soluções de
concentrações definidas.

2.1.8 Cilindro graduado ou proveta: vidraria com graduações, destinado a medidas


aproximadas de volume de líquidos.

2.1.9 Bureta: equipamento calibrado para medida precisa de volume de


líquidos. Permite o escoamento de líquidos e é muito utilizada em
titulações.

2.1.10 Pipeta: equipamento calibrado para medida de volume de líquidos. Existem dois
tipos de pipetas: pipeta graduada, para escoar volumes variáveis, e pipeta volumétrica, para
escoar volumes fixos e precisos de líquidos.

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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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2.1.11 Funil: Utilizado na transferência de líquidos de um frasco para outro ou


para efetuar filtrações simples.

2.1.12 Vidro de relógio: Peça de vidro de forma côncava. O vidro de relógio é


usado para cobrir béqueres em evaporações, para pesagens e diversos fins,
como tampar frascos para impedir que caia poeira ou qualquer outro
contaminante.

2.1.13 Dessecador: utilizado no armazenamento de substâncias quando se necessita


de uma atmosfera com baixo teor de umidade. Também pode ser utilizado para
manter as substâncias sob pressão reduzida.

2.1.14 Pesa-filtro: recipiente destinado à pesagem de sólidos.

2.1.15 Bastão de vidro: Corresponde a um bastão maciço de vidro. Serve para agitar
e facilitar as dissoluções, manter massas líquidas em constante movimento, ou
ainda, na transferência de líquidos de um recipiente a outro.

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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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2.1.16 Funil de separação: Usado para separação de líquidos


imiscíveis. Na parte inferior dos funis há uma torneira que permite
escoar o líquido de maior densidade e na parte superior há uma
entrada com junta esmerilhada que possui tampa que se ajusta
perfeitamente à junta esmerilhada. São afixados ao suporte univers a l
utilizando argolas.

2.1.17 Cuba de vidro ou cristalizador: recipiente geralmente utilizado para conter


misturas refrigerantes, e finalidades diversas.

2.1.18 Placa de Petri: Recipiente de vidro utilizada para armazenar materia is


sólidos que poderão ser armazenados no dessecador ou em estufa para secagem.
Podem ser utilizadas também para cobrir reagente impedindo assim sua
contaminação.

2.1.19 Condensador: equipamento destinado à condensação de vapores, em


destilações ou aquecimento sob refluxo. A entrada e saída lateral dos
condensadores servem para manter um fluxo constante de água ou de outro
líquido refrigerantee com isto manter uma temperatura baixa no interior do
condensador para permitir o resfriamento do vapor e consequentemente sua
condensação.

2.1.20 Balão de destilação: É utilizado em processos de destilação.


O tubo lateral permite a saída de vapores obtidos a partir do
aquecimento de líquidos ou soluções contidos no balão.
Destilação consiste no processo de separação sólido-líquido ou
líquido- líquido por aquecimento da solução seguida da
evaporação de um dos líquidos.

2.2 Material de porcelana


2.2.1 Funil de Buchner: Funil de porcelana utilizado para realizar filtração
rápida, por sucção, de sistemas heterogêneos sólido-líquido, devendo ser
acoplado a um kitassato. Na parte interna apresenta uma superfície com furos
na qual se fixa o papel de filtro.

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2.2.2 Cápsula: usada para efetuar evaporação de líquidos.

2.2.3 Cadinho: Usado para o aquecimento a seco (calcinação), na


eliminação de substâncias orgânicas, secagem e fusões, no bico de
Bunsen ou mufla.

2.2.4 Almofariz e pistilo: são utilizados na trituração e


pulverização de sólidos. Além de porcelana, podem ser feitos de
ágata, vidro ou metal.

2.3 Material metálico.


2.3.2 Suporte e garra: peças metálicas usadas para montar aparelhagens em geral.

2.3.2 Pinças: peças de vários tipos, como Mohr e


Hofmann, cuja finalidade é impedir ou reduzir o fluxo de
líquidos ou gases através de tubos flexíveis.

2.3.3 Pinça metálica: utilizada para manipular objetos


aquecidos.

2.3.4 Tela de amianto: tela metálica, contendo amianto, utilizada para


distribuir uniformemente o calor, durante o aquecimento de recipientes de
vidro à chama de um bico de gás.

2.3.5 Triângulo de ferro com porcelana: usado principalmente como suporte em


aquecimento de cadinhos.

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2.3.6 Tripé: Sustentáculo na qual se coloca a tela de amianto e sobre a qual se coloca
o recipiente que contém o líquido a ser aquecido. É usado com tela de amianto. É
colocado sobre o bico de Bunsen.

2.3.7 Bico de gás (Bunsen): O bico de gás é a fonte de aquecimento mais usada em
laboratório. Consiste de um sistema de metal que apresenta uma entrada de gás na parte
inferior e uma parte superior na qual é produzida a chama que servirá de aquecime nto.
Os bicos de gás também apresentam um anel na parte inferior que permite regular a
entrada de oxigênio e, com isso, controlar a temperatura da chama.

2.3.8 Argola: Empregado como suporte do funil na filtração, ou para


sustentação do funil de decantação. São confeccionadas em metal e
apresentam diferentes diâmetros. Apresenta um sistema de rosca (mufa)
que permite prendê-la ao suporte universal.

2.3.9 Espátula: Usadas para transferência de substâncias sólidas do frasco que a contém
para outro frasco ou para o recipiente que está sobre a balança para o material sólido ser
pesado. Também podem ser utilizadas para quaisquer outras transferências de materia is
sólidos. São confeccionadas em metal ou plástico e apresentam diferentes formatos e
tamanhos.

2.4 Materiais diversos


2.4.1 Suporte para tubos de ensaio: As estantes para tubos de ensaio são feitas de madeira
ou metal e servem como suporte para manter os tubos de ensaio
em posição vertical. Os tubos de ensaio podem ter de 5 a 20 cm
de altura e de podem ter diferentes diâmetros.

2.4.2 Pissete ou pisseta: frasco contendo geralmente água destilada, álcool ou outros
solventes, usado para efetuar a lavagem de recipientes ou materiais com jatos
do líquido nele contido.

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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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2.4.3 Pinça de madeira: utilizada para segurar tubos de ensaio


durante aquecimento ou adição de substâncias corrosivas.

2.4.4 Trompa d’água: dispositivo para aspirar o ar e reduzir a pressão no


interior de um frasco; muito utilizado em filtrações por sucção.

2.4.5 Bomba de vácuo: Usado em conjunto com o kitassato e o funil de


Buchner, é responsável pela remoção do ar dentro do sistema para acelerar a
filtração.

2.4.6 Estufa: equipamento empregado na secagem de materiais por


aquecimento, em geral até 200 o C.

2.4.7 Mufla ou forno: utilizada para a calcinação de substâncias, por


aquecimento em altas temperaturas (até 1000 ou 1500 o C).

2.4.8 Manta elétrica: Equipamento usado juntamente com um balão de fundo


redondo; é uma fonte de calor que pode ser regulada quanto à temperatura.
2. Centrífuga: instrumento que serve para acelerar a sedimentação de sólidos em
suspensão em líquidos.

2.4.8 Balança: instrumento para medida de massa de massa de sólidos


e líquidos não voláteis com diferentes graus de precisão.

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2.4.9 Chapa elétrica e agitador: É utilizada para o aquecimento de substâncias


de uma forma em geral. É uma forma comum e segura de aquecimento em um
laboratório. Ela também pode ser utilizada para agitação de soluções, aquecidas
ou não.

2.4.10 Agitador mecânico e agitador Vortex – Agitar


amostras. O segundo utiliza amostras em tubo de ensaio.

2.4.11 pHmetro de bancada – medidor de pH de amostras.

2.4.12 Capela: Equipamento de proteção coletivo existente em


laboratórios que tenham algum tipo de trabalho com manipulação de
produtos químicos, tóxicos, vapores agressivos, etc.

2.4.13 Destilador de água - é um equipamento utilizado para destilar o fluído


podendo ser líquido ou vapor que desejar. Obtém-se água destilada.

2.4.14 Barra magnética: Produto muito utilizado junto aos agitadores


magnéticos para homogeneizar soluções. Todos os modelos de barras magnética s
são revestidos em PTFE resistente a produtos químicos.

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2.4.15 Escovas de limpeza: Usada para limpeza de tubos de ensaio e outros materiais.

2.4.16 Pipetadores: Usados para pipetar soluções.

3.0 TÉCNICAS BÁSICAS DE LABORATÓRIO

3.1 Manuseio de um bico de Bunsen.


O primeiro passo para usar o bico é fechar a entrada de ar. A seguir, abre-se a
válvula de gás e acende-se. A chama que se obtém é grande, amarela e luminosa. Abre-se
em seguida a entrada de ar, lentamente, até que a chama se torne azul. Notam-se duas
regiões cônicas distintas: a interna, mais fria, chamada de zona redutora, e a interna, quase
invisível, chamada de zona oxidante. A parte mais quente da chama está situada logo acima
do cone interno. Este é o tipo de chama mais utilizado em operações de laboratório.

4. FORMA DE AVALIAÇÃO
ATIVIDADE AVALIATIVA

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EXPERIMENTO 02
Medições de massas e volumes

1. INTRODUÇÃO
Medidas de massa
Na maioria das análises químicas, uma balança analítica é usada para se obter
massas com alta exatidão. Balanças semi-analíticas são também usadas para medidas nas
quais a necessidade de resultados confiáveis não são críticos.
A operação de pesar consiste inicialmente em colocar um recipiente limpo no prato
da balança. A massa do recipiente vazio é chamada de tara. Na maioria das balanças existe
um botão que desconta a tara zerando a balança. Adicione ao recipiente a substância a ser
pesada e leia a nova massa. Se não há a operação de tara automática, anote a massa do
recipiente vazio e subtraia-a da massa do recipiente cheio. Substâncias químicas não devem
ser colocadas diretamente sobre o prato da balança. Essa precaução protege a balança de
corrosão e permite recuperar toda a substância que foi pesada.
Uma balança analítica é um instrumento delicado que deve ser manipulado com
extremo cuidado. Quase toda a análise química envolve uma operação de pesagem.
Observe as seguintes regras gerais para se trabalhar com uma balança analítica
independentemente de sua marca ou modelo.
a. Centre o peso do prato da melhor forma possível
b. Proteja a balança contra corrosão. Objetos a serem colocados no prato devem se limita r
a metais não reativos, plásticos não reativos e materiais vítreos. Nunca colocar
reagentes diretamente sobre os pratos da balança.
c. Precauções especiais devem ser tomadas ao se pesar líquidos
d. Consulte seu professor se a balança precisar de ajustes
e. Mantenha a balança sempre limpa. Um pincel macio é útil para a remoção de materia l
derrubado ou poeira.
f. Sempre espere que um objeto quente volte à temperatura ambiente antes de pesá-lo,
evitando assim a formação de corrente de convecção de ar.
g. Use luvas, pinças ou papéis para segurar objetos secos, não transferindo assim a eles a
umidade de suas mãos. Nunca tocar com as mãos os objetos a serem pesados.
h. Manter sempre as laterais da câmara de pesagens fechadas quando se faz a leitura do
peso, pois qualquer corrente de ar externa pode causar erro na leitura.

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i. Nunca deixar pesos na balança após a pesagem. Voltar o marcador para a posição zero
sempre que terminar esta operação.
j. Antes de qualquer pesagem, verificar se a balança está nivelada. Se não estiver, acertar
o nível movimentando os parafusos que servem de pé para a balança.
Medida de volume de líquidos
Quando se deseja medir volumes aproximados de líquidos, pode-se fazê-lo com um
material vítreo não muito preciso e prático que é a proveta ou cilindro graduado, enquanto,
para medidas precisas, deve-se utilizar materiais precisos tais como buretas, pipetas e
balões volumétricos.
Estes equipamentos são calibrados pelo fabricante a uma temperatura padrão de
20°C, devendo-se, portanto, trabalhar, de preferência nesta temperatura para evitar desvios
em virtude de dilatação do aquecimento.
Medidas confiáveis de volume são realizadas com uma pipeta volumétrica, uma
bureta ou um balão volumétrico. O equipamento volumétrico é marcado pelo fabricante
para indicar a maneira de calibração (geralmente TD para dispensar ou transferir e TC para
conter), mas também a temperatura na qual a calibração se aplica. Pipetas volumétricas e
buretas são calibradas com frequência para transferir volumes específicos.
A superfície de um líquido confinado num tudo estreito exibe uma curvatura
marcante, ou menisco. É comum utilizar a parte inferior do menisco como ponto de
referência na calibração e no uso de equipamentos volumétrico. Este ponto mínimo pode
ser melhor visualizado segurando-se um cartão de papel opaco atrás da coluna graduada.
A medida de volume do líquido é feita comparando-se o nível do mesmo com os
traços marcados na parede do recipiente. A leitura do nível para líquidos transparentes deve
ser feita na parte inferior do menisco, estando a linha de visão do operador perpendicular à
escala graduada para evitar erros de paralaxe.

Técnicas de uso de material volumétrico


Para o uso de pipetas, mergulha-se a pipeta, limpa e seca, no líquido a ser medido.
Aplica-se sucção na parte superior da pipeta, aspirando líquido até um pouco acima da
marca. Nesta operação, a ponta da pipeta deve ser mantida sempre mergulhada no líquido,
caso contrário, será aspirado ar. Fecha-se a extremidade superior da pipeta com o dedo

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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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indicador. Limpar a parte externa da pipeta, utilizando papel absorvente. Relaxando- se


levemente a pressão do dedo, deixa-se escoar o líquido excedente, até que a parte inferio r
do menisco coincida com a marca. A seguir, encosta-se a ponta da pipeta na parte interna
do recipiente destinado a receber o líquido e deixa-se escoar. Espera-se mais 15 segundos
e afasta-se a pipeta, sem tentar remover o líquido remanescente na ponta.
Ao se utilizar uma bureta, deve-se verificar se ela está limpa e seca, e com a torneira
adequadamente lubrificada. Prende-se a bureta verticalmente em um suporte e adiciona- se
o líquido até acima do zero da escala. Abre-se a torneira e deixa-se escoar líquido suficie nte
para encher a ponta da bureta abaixo da torneira. Acerta-se o zero. Coloca-se o frasco para
receber o líquido sob a bureta e deixa-se o líquido escoar, gota a gota. Após o escoamento
da quantidade necessária de líquido, espera-se 10 a 20 s e lê-se o volume retirado.
Precisão e exatidão de medidas
- Precisão
A precisão refere-se com quão próximos estão os resultados uns dos outros.
Exemplo: Um técnico repete várias vezes determinadas medidas para ter certeza dos
resultados. Assim, quando os resultados obtidos estão bem próximos uns dos outros,
dizemos que estão precisos.
- Exatidão
Refere-se a quão próximo do valor real estão as medidas realizadas.
Por exemplo, se o técnico que usou a balança no exemplo anterior tivesse, por
descuido, deixado cair um resíduo sólido no prato da balança, os resultados dariam
inexatos, porque não corresponderiam corretamente ao valor real. Assim, apesar de precisa,
a balança não está exata.

2. OBJETIVOS
- Aprender a utilizar e obter medidas usando balança analítica;
- Aprender a técnica correta no uso de equipamentos volumétricos ;
- Aprender a verificar os erros dos equipamentos volumétricos.
- Diferenciar o conceito de exatidão e precisão

3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
Béquer, proveta, pipeta graduada, pipeta volumétrica, balança analítica, vidro de relógio,
espátulas, pinças, pêra, cloreto de sódio (NaCl) e água destilada

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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1 Medições de reagentes sólidos
1. Pegue um béquer com auxílio de uma pinça e transfira para o prato da balança
2. Com uma espátula, cuidadosamente pese 1,0 g de NaCl.
3. Repita o procedimento pesando 0,5 g de NaCl.
4.2 Medições de Volumes
1. Faça a medição dos volumes de água indicados usando os instrumento s
apresentados na Tabela seguinte:
Volume (mL) Instrumento Volume  desvio padrão
10,0 Proveta
10,0 Pipeta graduada
10,0 Pipeta volumétrica
10,0 Bureta
2. Pesar um béquer seco e tarar a balança.
3. Use uma pêra para aspirar um pequeno volume do líquido a ser amostrado para a
pipeta graduada e volumétrica.
4. Cuidadosamente, preencha a pipeta com o volume na marca da calibração.
5. Certifique-se que não há bolhas no líquido e nem espuma em sua superfície.
6. Incline um pouco a pipeta e enxugue sua parede externa com papel absorvente.
7. Toque a ponta da pipeta dentro do frasco receptor da alíquota e deixe o líquido
escorrer livremente.
8. Descanse então a ponta da pipeta na parede interna do frasco por poucos segundos
9. Retire a pipeta com um movimento de rotação para remover qualquer líquido
aderido na sua ponta.
10. Enxágue a pipeta muito bem após cada vez que for usada
11. Pese o béquer novamente.
12. Repita o procedimento para proveta e a bureta de acordo com a explicação do
professor.
13. Faça os cálculos abaixo utilizando a densidade da água à 25 ºC (d=0,9978 g.mL-1 )
e organize em uma tabela conforme exemplo.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 ∑𝑋
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 = 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 𝑋̅ = 𝑛 𝑖
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
2
 ( x − x)
s= i
| 𝑋̅−𝑋𝑉 | n −1
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = 𝑥100%
𝑋𝑉

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Onde Xi valor de cada volume medido, XV = Valor verdadeiro do volume, n= número


de medidas e s desvio padrão.

Tabela 1. Proveta. Tabela 2. Pipeta graduada


Repetição Massa de água (g) Volume de Repetição Massa de água Volume de água
água (mL) (g) (mL)
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
Média Média
Erro relativo (%) Erro relativo
(%)
Desvio padrão Desvio padrão

Tabela 3. Pipeta volumétrica. Tabela 4. Bureta


Repetição Massa de água (g) Volume de Repetição Massa de água Volume de água
água (mL) (g) (mL)
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
Média Média
Erro relativo (%) Erro relativo
(%)
Desvio padrão Desvio padrão

5. FORMA DE AVALIAÇÃO
ATIVIDADE AVALIATIVA

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EXPERIMENTO 03
Teste de Chama

1. INTRODUÇÃO
A interação da luz com a matéria ainda é um fenômeno que intriga a todos. O
LASER de rubi, o colorido dos fogos de artifício ou mesmo a bioluminescência do vaga-
lume são exemplos de extrema beleza e curiosidade científica.
Nos postes de iluminação pública a luz de uma lâmpada de vapor mercúrio (Hg)
tem uma aparência azulada, enquanto uma lâmpada de vapor de sódio (Na) emite uma luz
de coloração amarelo-alaranjada. A luz do sol é considerada “luz branca”, pois todas as
cores da região do espectro eletromagnético visível são emitidas, ou seja, todos os
comprimentos de onda (λ) compreendidos entre 400 e 700 nm são emitidos pelo sol.
Quando a luz do sol atinge um objeto e este não absorve nenhuma radiação
eletromagnética da região do visível, sua aparência será branca. Mas se o objeto absorve
todos os λ da região do visível, então sua aparência será preta. Como e porque átomos e
moléculas de um objeto absorvem ou não radiação eletromagnética é à base deste
experimento.

2. PRINCÍPIO
As observações experimentais que serão vivenciadas no laboratório e a sua
interpretação estão diretamente ligadas à estrutura atômica proposta considerando a energia
do elétron em um átomo quantizada, isto é, o elétron em um átomo tem apenas energias
discretas.
A energia do fóton (da emissão de radiação eletromagnética) poderá ser calculada
considerando a seguinte expressão:

h (constante de Planck) = 6,63 x 10-34 J.s fóton-1


c c (velocidade da luz) = 3,00 x 108 m s-1
E fóton = hν = h ν (freqüência do fóton) dado em s-1 (ou Hertz, Hz)
λ λ (comprimento de onda do fóton) dado em nanômetros (10 -9 m)

Muitas indústrias e hospitais, no dia-a-dia, utilizam equipamentos de análise (quantificação


e identificação) de metais e outros elementos cuja técnica é baseada na espectroscopia, ou
seja, baseadas na absorção ou emissão de radiação eletromagnética. Técnicas como

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Fotometria de Chama, Espectrometria de Emissão por Plasma (ICP-OES), Espectrometr ia


de Fluorescência baseiam-se na emissão de radiação eletromagnética. Já técnicas como
Espectrometria de Absorção Atômica e Espectrofotometria de Absorção Molecular, são
exemplos de técnicas que utilizam, como princípio, a absorção de radiação
eletromagnética.

3. OBJETIVOS
• Caracterizar os elementos químicos através dos seus espectros de emissão;
• Relacionar a cor da chama obtida, pelo aquecimento das soluções, com as mudanças
de níveis energéticos do átomo, como descrito pela teoria de Bohr.

4. MATERIAIS E REAGENTE
Vidrarias e Diversos: cadinho, fósforo, álcool etílico, água destilada, algodão, espátula,
pipeta de Pasteur.
Reagentes: Sais sólidos de nitrato, sulfato ou cloreto de sódio, potássio, cálcio, cobre, bário

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Formar uma bola de algodão relativamente pequena, colocando-a dentro de um cadinho.
2. Embeber o algodão em álcool etílico.
3. Adicionar, com a ajuda de uma espátula, a amostra do sal em estudo no estado sólido de
modo a cobrir a superfície do algodão.
4. Proceder a combustão do composto usando um fósforo para acender o algodão. De
preferência realizar em local escuro para observar a chama com maior nitidez.
5. Anotar a coloração observada na tabela de dados.

6. FORMA DE AVALIAÇÃO
RELATÓRIO

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Tabela de Dados Experimentais

Sal sólido Símbolo do cátion Cor observada Observações

Sódio

Potássio

Cálcio

Cobre

Bário

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EXPERIMENTO 04
PROCESSOS GERAIS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS

1. INTRODUÇÃO
Mistura é a reunião de duas ou mais substâncias que não reagem entre si. As misturas
são classificadas em Heterogêneas (apresentam mais de uma fase) e homogêneas (apresentam
uma única fase). Em geral as misturas não têm propriedades físicas próprias, em lugar disso,
as propriedades das misturas são propriedades das substâncias que a compõem. Para se
desdobrar uma mistura em seus componentes, é necessário que se tenha um conhecime nto
prévio dos mesmos, para que se possa utilizar o processo mais adequado, já que os processos
dependem das propriedades físicas das substâncias que formam a mistura.

2. OBJETIVO
Separar os componentes de vários tipos de misturas homogêneas e heterogêneas,
empregando os processos de separação.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
✓ Filtração Simples
Processo utilizado para separar componentes de uma mistura heterogênea sólido-líquido.
1. Dobre o papel ao meio, fazendo um semicírculo.
2. Continue dobrando, de forma que o papel tome a forma do funil. Verifique as
explicações do professor.
3. Coloque o papel de filtro dobrado na concavidade do funil e torne-o aderente ao funil
com jatos de água destilada.
4. Coloque aproximadamente 50 ml de suspensão de sólido em um béquer.
5. Filtre a suspensão preparada utilizando como guia o bastão de vidro para transportar
todo o material que se encontra no béquer. Observe as explicações estabelecidas pelo
professor.
6. Transfira esse material sólido retido no papel de filtro para um vidro de relógio.
7. Anote todas as observações necessária para o seu relatório.
✓ Filtração a vácuo
1. Coloque o papel de filtro no funil de Buchner e torne-o aderente ao funil com jatos de
água destilada.

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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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2. Coloque aproximadamente 50 ml de suspensão de sólido em um béquer.


3. Filtre a suspensão preparada utilizando como guia o bastão de vidro para transportar
todo o material que se encontra no béquer. Observe as explicações estabelecidas pelo
professor.
4. Transfira esse material sólido retido no papel de filtro para um vidro de relógio.
5. Anote todas as observações necessária para o seu relatório.

✓ Filtração por decantação


É empregado na separação de líquidos imiscíveis.
1. Coloque o funil de decantação no suporte universal preso por uma argola
2. Acrescente 20 mL de solução de iodo no funil.
3. Adicione um volume igual de clorofórmio.
4. Observe e anote a ocorrência.
5. Agite e deixe em repouso por alguns segundos. Note que o clorofórmio se acumula na
parte inferior do funil, enquanto a água fica na parte superior.
6. Abra lentamente a torneira e recolha o clorofórmio em um béquer, deixando apenas a
água no funil.
7. Observe que o clorofórmio extrai o iodo da água. Por isso fica com cor violeta.
✓ Centrifugação
Processo utilizado para acelerar a decantação (sedimentação das fases).
1. Coloque em um tubo de centrifugação 5mL de leite e algumas gotas de ácido acético
diluído.
2. Note que ocorre a precipitação da caseína do leite.
3. Coloque o tubo na centrifuga, juntamente com um segundo tubo contendo igual
quantidade de água.
4. Centrifugar por 3 minutos.
5. Retire os tubos de ensaio. Observe e registre o que ocorreu.

✓ Destilação simples
1. Coloque aproximadamente 50 ml de uma solução de CuSO 4 dentro do balão de
destilação, encaixado na manta de aquecimento. Para que não haja superaquecime nto
coloque pérolas de vidro no interior do balão.
2. Abra a entrada de água fria do condensador e aqueça a solução até atingir
temperatura suficiente para que a água entre em ebulição. Registre a temperatura.

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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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3. Ao final do processo, anote a quantidade de água recolhida.

4. FORMA DE AVALIAÇÃO
RESUMO

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EXPERIMENTO 05
Ligações iônicas e moleculares

1. INTRODUÇÃO
Substâncias iônicas são aquelas formadas por íons (cátions e ânions) ligados entre
si por forças de natureza elétrica.
Substâncias moleculares ou covalentes são formadas a partir do compartilhame nto
de elétrons entre os átomos dos elementos que estão se ligando. Apesar de não possuírem
íons em sua constituição, as moléculas podem apresentar pólos elétricos, devido à diferença
de eletronegatividade dos elementos; neste caso, são denominadas moléculas polares.
Quando não há diferença de eletronegatividade ou quando a resultante dessas diferenças é
nula, a molécula é denominada apolar.
As substâncias moleculares têm suas moléculas atraídas entre si por forças
denominadas de intermoleculares.
No caso de substâncias cujas moléculas sejam apolares a força de atração que
justifica sua existência nos estados sólido e líquido é denominada de dipolo induzido –
dipolo induzido; no caso de substancias cujas moléculas sejam polares a força
intermolecular é denominada dipolo permanente – dipolo permanente ou simplesme nte
dipolo – dipolo.
Há um tipo de dipolo – dipolo, muito forte, que ocorre entre moléculas onde o
hidrogênio esteja ligado a oxigênio, nitrogênio ou flúor. Esta força recebe o nome particula r
de ponte de hidrogênio (ou ligação de hidrogênio).
Nas substâncias moleculares, de um modo geral, dois fatores influem nos pontos de
fusão (PF) e ponto de ebulição (PE):
A) Tipo de força intermolecular - Quanto mais intensas as atrações intermoleculare s,
maiores os seus PF e PE
B) Tamanho das moléculas - Quanto maior for o tamanho de uma molécula, maior
será a sua superfície, o que propicia um maior número de interações com as
moléculas vizinhas, acarretando PF e PE maiores.
Para comparar os pontos de fusão e ebulição de diferentes substâncias, devemos considerar
esses dois fatores:

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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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• Em moléculas com tamanhos aproximadamente iguais: Quanto maior a intensidade da


interação, maiores os PF e PE.
• Em moléculas com mesmo tipo de interação: Quanto maior o tamanho da molécula,
maiores os PF e PE.
Ordem crescente de intensidade de interação:
Dipolo induzido-dipolo induzido< dipolo-dipolo<ligação de hidrogênio
A solubilidade de uma substância (denominada soluto) em outra (denominada
solvente), está relacionada à semelhança das forças atuantes nas mesmas (iônicas ou
intermoleculares). Em conseqüência disso, substâncias iônicas e substâncias molecular es
polares tendem a se solubilizar em solventes também polares, enquanto que substâncias
apolares tendem a se solubilizar em solventes apolares. O envolvimento das partículas do
soluto pelas moléculas do solvente é denominado de solvatação e, no caso do solvente
usado ser a água é comum substituir-se o termo por hidratação.
O fenômeno da dissolução é fundamentalmente um processo físico-químico,
dependendo, em grande extensão, das forças de coesão que ligam:
• As moléculas do solvente;
• As partículas do soluto;
• As moléculas do solvente e as partículas do soluto.
Embora não seja possível prever com precisão absoluta quando uma substância é
solúvel em outra, podemos estabelecer genericamente que:
Uma substância é solúvel em outra que lhe é semelhante, interpretando esta
semelhança do ponto de vista estrutural, de polaridade e caráter das forças
intermoleculares. Assim, um composto polar é solúvel em solvente polar.

2. OBJETIVOS
• Constatar, na prática, diferenças entre o comportamento de substâncias iônicas e
moleculares.
• Verificar a solubilidade de alguns compostos, já que a natureza iônica de uma substância
influi na solubilidade em determinados solventes.

3. MATERIAIS E REAGENTES
3.1 Materiais
03 pipetas de 5,0 mL, bico de Bunsen (chama aquecedora), tubos de ensaio e
estante, pisseta e pinça de madeira.

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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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3.3 Reagentes
Cloreto de sódio (NaCl), cloreto de zinco (ZnCl2 ), naftaleno sódio (C10 H8 ), iodo
sólido (I2 ), álcool etílico P.A. (C 2 H5 OH), óleo comestível e hexano.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1 Substâncias iônicas e moleculares frente ao aquecimento
• Procurar o professor (a), levando um tubo de ensaio, para que uma pequena
quantidade de iodo seja adicionada ao tubo. Retorne a sua bancada e aqueça o
tubo, com o auxílio de uma pinça de madeira, até observar alguma mudança no
estado físico do iodo.
• Em 02 tubos de ensaio, adicionar respectivamente cloreto de zinco e cloreto de
sódio.
• Aquecer, com auxílio de uma pinça de madeira, cada um dos tubos até observar
mudança no seu estado físico.
4.2.Polaridade e Solubilidade
• Em 03 tubos de ensaio adicionar, utilizando as pipetas, respectivamente, 1,0 mL
de água, 1,0 mL de álcool etílico e 1,0 mL de hexano. A cada um dos tubos
adicionar duas gotas de óleo comestível, agitar intensamente e observar os
resultados.
• Repetir o procedimento anterior, substituindo o óleo comestível por quantidades
pequenas e equivalentes de: Cloreto de sódio; Naftaleno; Iodo.

A dissolução ocorre com facilidade, quando as forças de ligação entre as


moléculas do solvente, de um lado, e entre as partículas do soluto, de outro, são do
mesmo tipo e magnitude.
Atenção
• Utilizar, nos ensaios abaixo, quantidades equivalentes e pequenas de sacarose,
cloreto de zinco e cloreto de sódio.
• Comparar o tempo necessário para que sejam observadas mudanças nas substâncias
usadas. Anote todas as suas observações.
Atenção

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• Por se tratar de um ensaio comparativo, é necessário utilizar-se quantidades


equivalentes de reagentes nos tubos de ensaio.

5. QUESTIONÁRIO
1. Considerando o aquecimento das substâncias no Item 4.1, explique, levando em conta o
tipo de ligação química, o tipo de forças intermoleculares, etc., a diferença de
comportamento observada.
2. Pode-se observar que o iodo é uma substância que sublima. Todas as substâncias
moleculares sublimam? Justifique sua resposta
3. Apesar de termos aquecido o cloreto de sódio, não foi possível observar sua fusão. Todas
as substâncias iônicas têm o ponto de fusão tão elevado quando o NaCl? Justifique.
4. Explique o comportamento observado no procedimento do Item 4.2 da prática, levando
em conta o tipo de ligação química, a polaridade ou não das substâncias usadas e,
consequentemente, suas forças intermoleculares.

6. FORMA DE AVALIAÇÃO
RESUMO

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EXPERIMENTO 06
Funções inorgânicas e suas características Ácido-Base

1. INTRODUÇÃO
O comportamento ácido-base é conhecido de longa data. Os termos ‘ácido’ e ‘sal’
datam da Antiguidade, ‘álcali’, da Idade Média e ‘base’ do século XVIII. Boyle, no século
XVII, estudou os indicadores, inclusive o corante vermelho do pau-brasil. Os indicadores
começaram a ser utilizados em titulações no século XVIII. As teorias ácido-base, ou seja,
as teorias que procuram explicar o comportamento dessas substâncias baseando-se em
algum princípio mais geral são também bastante antigas. Um entendimento mínimo dessas
reações proporciona uma maior compreensão sobre reações de natureza ambienta l,
rendimento na indústria, processos de corrosão na indústria química e petroquímica,
manutenção na vida em meio aquático e, até mesmo, o funcionamento correto do corpo
humano.

2. OBJETIVOS:
• Apresentar os principais ácidos e bases.
• Identificar as características ácido-base de compostos inorgânicos.
• Demonstrar a reação de neutralização dos mesmos em quantidades
estequiométricas com seus principais produtos.

3. MATERIAIS E REAGENTES
Vidrarias e Diversos: Tubos de ensaio, conta-gotas ou frascos conta-gotas, béqueres de 50
mL, Papel indicador de pH ou papel de tornassol azul e vermelho, Canudo de plástico.
Reagentes e Soluções:
• Solução de ácido acético a 3% (vol/vol) [Vinagre];
• Bicarbonato de sódio em pó;
• Solução de ácido clorídrico (HCI) 0,1 mol/L;
• Solução de hidróxido de sódio (NaOH) 0,1 mol/L;
• Solução de bicarbonato de sódio (NaHCO 3 ) 0,1 mol/L;
• Solução de cloreto de sódio (NaCl) 0,1 mol/L;
• Solução de cloreto de amônio (NH4 CI) 2 mol/L;

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• Solução indicadora de fenolftaleína;


• Solução indicadora de azul de timol;
• Solução indicadora de azul de bromotimol;
• Solução indicadora de alaranjado de metiIa;
• Solução indicadora de verde de bromocresol;
• Solução indicadora de vermelho de metiIa;
• Óxido de zinco.

3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1 Ácidos e bases
• Coloque aproximadamente 5 mL de ácido clorídrico 0,1 mol/L em um tubo de
ensaio e meça o pH com papel de pH;
• Acrescente 1 gota de solução indicadora de fenolftaleína;
• Anote a cor;
• Repita os procedimentos dos itens anteriores utilizando os outros indicadores;
• Repita o procedimento para a solução de NaOH 0,1 mol/L.
3.2 Sais
• Coloque aproximadamente 5 mL de bicarbonato de sódio 0,1 mol/L em um tubo de
ensaio e meça o pH com papel de pH;
• Acrescente 1 gota de solução indicadora de fenolftaleína;
• Anote a cor;
• Repita o procedimento para os outros indicadores;
• Repita o procedimento para a solução de NH4 CI 0,1 mol/L.
3.3 Óxidos
• Coloque aproximadamente 5 mL de ácido clorídrico 0,1 mol/L em um tubo de
ensaio;
• Acrescente 1 pitada de óxido de zinco e observe o que acontece;
• Repita o procedimento com solução de NaOH 0,1 mol/L;
• Em um tubo de ensaio coloque aproximadamente 5 mL de água destilada e 2 gotas
de solução indicadora de azul de bromotimol;
• Com um canudo plástico sopre a solução e observe o que acontece.

4. DADOS COMPLEMENTARES

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Na tabela abaixo são apresentados os dados para os indicadores utilizados na


prática.
Tabela 1. Faixa de viragem dos indicadores mais conhecidos.
Indicador Faixa de viragem Cor
Fenolftaleína 8,3-10,0 Incolor-rosa
1,2-2,8 Vermelho-amarelo
Azul de timol
8,0-9,6 Amarelo-azul
Azul de bromotimol 6,2-7,6 Amarelo-azul
Alaranjado de metila 3,1-4,4 Vermelho-alaranjado
Verde de bromocresol 3,8-5,4 Amarelo-azul
Vermelho de metila 4,2-6,3 Vermelho-amarelo

5. FORMA DE AVALIAÇÃO
RELATÓRIO

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EXPERIMENTO 07

Preparo e padronização de soluções

1. INTRODUÇÃO
Uma solução pode ser definida como uma mistura homogênea de duas ou mais
substâncias. Os maiores e melhores exemplos de soluções são a águas do mar (isenta de
partículas), o ar (livre de fuligem e outros poluentes) e os fluídos biológicos como o plasma
sanguíneo.
Para melhor compreensão do sistema, costuma-se dividir uma solução em soluto e
solvente. É comum aceitar que o componente de maior quantidade é o solvente. O quadro
a seguir mostra o exemplo de cada um dos nove tipos possíveis de soluções binárias (2
componentes):

Quadro 1. Classificação das soluções.


TIPOS DE SOLUÇÕES EXEMPLOS
1. Soluções Gasosas:
Gás dissolvido em gás Oxigênio dissolvido em nitrogênio
Líquido dissolvido em gás Clorofórmio dissolvido em nitrogênio
Sólido dissolvido em gás Gelo seco dissolvido em nitrogênio
2. Soluções Líquidas:
Gás dissolvido em líquido Dióxido de carbono em água
Líquido dissolvido em líquido Álcool dissolvido em água
Sólido dissolvido em líquido Açúcar dissolvido em água
3. Soluções Sólidas:
Gás dissolvido em sólido Nitrogênio dissolvido em paládio
Líquido dissolvido em sólido Mercúrio dissolvido em ouro
Sólido dissolvido em sólido Cobre dissolvido em níquel
Como o preparo de uma solução envolve sempre a dissolução de uma substância
em outra, é conveniente compreender alguns aspectos do processo e das forças que nele
ocorrem. A dispersão (mistura) de uma substância em outra altera a organização dos íons
ou das moléculas que constituem o soluto e o solvente porque modifica as forças que
mantém coesas as partículas. A dissolução é um fenômeno que resulta do equilíbrio de
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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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forças soluto-solvente comparativamente às forças soluto-solvente e solvente-soluto. Disso


resulta a regra geral “semelhante dissolve semelhante”, isto é, um solvente dissolverá um
soluto se eles tiverem estruturas que apresentem o mesmo tipo de interação entre os íons
ou moléculas. Solventes polares dissolvem solutos polares, enquanto que solventes não
polares dissolvem solutos não polares. Como em toda regra, observam-se exceções a essa
afirmação, o que demonstra que durante a dissolução outros fatores interfere m
decisivamente, tais como forças intermoleculares resultantes de pontes de hidrogênio,
momento dipolar, constante dielétrica entre outras.
A solubilidade de um soluto em um certo solvente é definida como a concentração
daquele soluto em sua solução saturada. Uma solução é dita saturada quando está em
equilíbrio com excesso de soluto, ou seja, não é possível dissolver mais soluto naquela
quantidade de solvente sem mudar as condições de temperatura e pressão. A partir da
solução saturada é possível definir solução não saturada que é aquela que tem concentração
do soluto menor que uma solução saturada; solução supersaturada é aquela que tem
concentração do soluto maior que uma solução saturada.
As proporções relativas em que às substâncias se dissolvem uma nas outras são
abordados de diversos modos chamados “unidades de concentrações” e as mais comuns
são:
2.1. Percentagem: É a relação que expressa uma certa quantidade de soluto para 100
partes de uma solução. Existem 3 tipos de percentagem:
a) Percentagem peso/volume: É o número de gramas do soluto existentes em 100mL de
solução. Por exemplo: uma solução aquosa de NaOH a 10% p/v contém 10g de soluto
(NaOH) para cada 100mL de solução (NaOH + H2 O).
b) Percentagem peso/peso: É o número de gramas de soluto existentes em 100g da
solução. Por exemplo: para preparar uma solução aquosa de glicose a 5% p/p é
necessário 5g de soluto para 95g de H2 O.
c) Percentagem volume/volume: É a quantidade de mililitros do soluto existente em
100mL de solução. Por exemplo: o álcool a 96% é uma solução que contém 96mL de
álcool para cada 100mL de solução ou 96mL de álcool em 4mL de H2 O.
2.2. Título: Entende-se que “solução titular” é toda solução de concentração conhecida.
Entretanto, existe o hábito de chamar “título”, a concentração quando expressa em
gramas do soluto por litro de solução, assim:
massa do soluto(em gramas)
Titulo =
volume da soluça~o(em litros)

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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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Obs. A percentagem e o título são chamados “unidades físicas” porque independem da


natureza do soluto.
2.3. Fração Molar: É a relação entre quantidade de matéria de um componente pela
quantidade de matéria total da mistura. O valor de um mol é a massa molar da
substância expresso em gramas e a quantidade de matéria é obtida dividindo-se a
massa da substância em questão pelo valor de seu respectivo mol. Por exemplo: seja
uma solução formada por 500g de benzeno e 500g de tolueno; neste caso, 1mol de
C6 H6 (benzeno) é 78g e 1mol de C 7 H8 (tolueno) é 92g, logo existem na solução:
500
quant. de matéria do benzeno = = 6,41mol
78
500
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡. 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡é𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑜𝑙𝑢𝑒𝑛𝑜 = = 5,43𝑚𝑜𝑙
92
Pela definição, podemos afirmar:
6,41
Fraçãomolardobenzeno = X C 6 H 6 = = 0,541
6,41 + 5,43
5,43
Fraçãomolardotolueno = X C 7 H 8 = = 0,459
6,41 + 5,43
2.4. Concentração em quantidade de matéria: É a relação que expressa a quantidade de
matéria do soluto existente em 1 litro de solução.
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡é𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 (𝑚𝑜𝑙 )
𝑀= 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 (𝐿)

𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 (𝑔)


𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡. 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡é𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 (𝑔⁄𝑚𝑜𝑙 )
2.5. Molalidade: É o número de moles do soluto dissolvido em 1kg de solvente puro.
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡é𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 (𝑚𝑜𝑙)
𝑚=
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝐾𝑔)

Após conhecer as principais características das soluções e as unidades de


concentrações, é necessário que o aluno saiba prepará-las. Por isso, a parte experimenta l
será a oportunidade de manusear as fórmulas aqui apresentadas e os passos que levam ao
preparo de algumas soluções.
As soluções selecionadas deverão ser utilizadas posteriormente pelos alunos,
mostrando assim, a continuidade do processo e forçando o cuidado no seu preparo, visto
que serão matérias-primas para outro trabalho.

2. OBJETIVOS
• Aprender a preparar soluções e fazer diluições.

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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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• Observar uma reação ácido-base em meio aquoso;


• Padronização de soluções de ácido clorídrico e hidróxido de sódio, utilizando a
solução de biftalato de potássio como padrão primário
3. PROCEDIMENTO
3.1 Preparo de uma solução de NaOH
- Sabendo o volume e a concentração informada determine a massa de NaOH necessária
para preparar esta solução;
- Pesa-se a massa calculada de NaOH em recipiente adequado (béquer, por exemplo);
- Transfira a massa para um balão volumétrico. A transferência pode ser feita da seguinte
maneira: dissolve-se o soluto no próprio recipiente usado para pesar com um pouco de água
e, depois, executa-se a transferência para o balão volumétrico; com uma nova porção de
água, lava-se o recipiente novamente e transfere-se esta porção para o balão volumétrico.
- Em seguida, o volume do balão deve ser completado e assim é obtido uma solução aquosa
de NaOH com a concentração desejada.
- Rotule o balão.

3.2 Preparo de uma solução aquosa de Sulfato de Cobre (CuSO4 )


- Sabendo o volume a concentração informada determine a massa de CuSO 4 necessária
para preparar esta solução;
- Sendo que o Sulfato de Cobre disponível é hidratado é necessário fazer uma regra de três
simples para corrigir a massa.
- Utilizando a massa determinada (m) segue-se o procedimento descrito na parte I.

3.3 Diluição de uma solução concentrada de HCl


Normalmente, o estoque de ácido clorídrico (HCl) encontrado nos laboratórios é do ácido
concentrado, que apresenta concentração de aproximadamente 12 mol.L-1 . Quando se
deseja concentrações menores, é preciso diluir o ácido concentrado. Para fazer a diluição
basta apenas acrescentar mais solvente (no caso, água) na quantidade adequada. Para isto,
basta fazer uma conta simples, utilizando a equação abaixo:
𝑀𝑓 𝑥𝑉𝑓 = 𝑀𝑖 𝑉𝑖
Onde: Mf é a concentração final; Vf é o volume final; Mi é a concentração inicial; Vi é
volume inicial.

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Roteiro de Práticas de Química – DCN/UESB
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- Com o auxílio de uma pipeta graduada e uma pêra, transfira o volume de ácido
concentrado para um balão volumétrico que já contenha água destilada.
- Com o auxílio de uma pisseta, completa com água destilada.
- Rotule o balão.

3.4 Padronização de uma solução de NaOH 0,1 mol/L


• Para fazer a padronização do NaOH, pese aproximadamente 0,3 g de biftalato de
potássio (anote a massa utilizada), transfira para um erlenmeyer, dissolva em 75 mL
de água destilada (medida em uma proveta) e adicione 2 gotas do indicador
fenolftaleína. Prepare outra amostra da mesma forma.
• Encha a bureta com NaOH e inicie a titulação. O ponto final da titulação é indicado
pela viragem do indicador (passa de incolor pra rosa). Anote o volume de NaOH gasto
nesta titulação.
• Repita o procedimento com a outra amostra. Os resultados obtidos não devem diferir
muito entre as amostras. Caso diferirem faça uma 3ª titulação.
• Calcule a concentração da solução de não NaOH em cada amostra. Calcule a média
das concentrações obtidas.

3.5 Padronização de uma solução de HCl


• Meça em uma proveta 25 mL da solução preparada de NaOH, transfira-a para um
erlenmeyer e adicione 2 gotas do indicador fenolftaleína. Prepare outra amostra da
mesma forma.
• Encha a bureta com a solução de HCl a ser padronizada e inicie a titulação. O ponto
final da titulação é indicado pela viragem do indicador passando do rosa para incolor.
• Anote o volume de HCl consumido nesta titulação.
• Repita a titulação. Os resultados obtidos não devem diferir em mais de 0,2 mL. Caso
diferirem em mais de 0,2 mL faça uma 3ª titulação. Tire a média dos valores para obter
o volume gasto de HCl.

4. FORMA DE AVALIAÇÃO
ATIVIDADE AVALIATIVA

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EXPERIMENTO 08
Reações de precipitação

1. INTRODUÇÃO
O processo pelo qual espécies químicas transformam-se em outras diferentes é que
se chama de reação química. As espécies originais são chamadas reagentes e as que
resultam após a reação são os produtos.
Numa reação de síntese, parte-se de mais de um reagente e obtém um único produto.
Na reação de decomposição, obtemos mais de um produto a partir de um único reagente.
Nas reações de simples troca ou deslocamento, uma substância simples reage com uma
substância composta, deslocando desta última uma nova substância simples. Nas reações
de dupla troca, dois reagentes permutam seus íons ou radicais entre si, dando origem a dois
novos compostos. Nas reações de oxi-redução ocorre a troca de elétrons entre as espécies
reagentes. As espécies que cedem elétrons são redutoras, e as que recebem elétrons são
oxidantes.
Uma reação entre duas soluções aquosas de sais solúveis pode originar dois sais
solúveis em solução aquosa, ou um sal pouco solúvel, que fica no estado sólido e se
deposita no fundo do recipiente, e um sal solúvel, que fica dissolvido em água. Neste último
caso, diz-se que se formou um precipitado (sal pouco solúvel) e que ocorreu uma reação
de precipitação. A reação entre um ácido forte e uma base forte leva a formação de um sal
e água.
Em muitas reações químicas há desprendimento de calor: são reações exotérmica s.
Quando o calor é absorvido, a reação é endotérmica.

2. OBJETIVOS
• Fazer reagir várias soluções aquosas de sais solúveis e identificar a ocorrência de
reações de precipitação.

3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1 Material necessário
- Solução de Carbonato de sódio (Na2 CO 3 );- Solução de Hidróxido de sódio (NaOH);
Solução de Iodeto de potássio (KI); - Solução de Sulfato de cobre II (CuSO 4 ); Solução de
Sulfato de Magnésio (MgSO 4 ); Solução de Nitrato de chumbo (Pb(NO 3 )2 );
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- Tubos de ensaio; - Pipetas;

4. PROCEDIMENTO:
1. Colocar aproximadamente 3 mL de solução aquosa de carbonato de sódio (Na 2 CO 3 ) em
um tubo de ensaio;
2. Adicionar algumas gotas de solução aquosa de iodeto de potássio (KI) ao tubo de ensaio;
3. Repetir o procedimento para pares de soluções aquosas listadas no Quadro 1 e anotar
suas observações.
REAGENTES OBSERVAÇÃO
Na2 CO3 + KI
Na2 CO3 + CuSO 4
Na2 CO3 + MgSO 4
NaOH + KI
NaOH + CuSO 4
NaOH + MgSO 4
KI + CuSO 4
KI + MgSO 4
KI + Pb(NO3 )2

5. QUESTÃO

1. Com do quadro abaixo escreve as equações químicas balanceadas para cada reação
estudada. Depois escreva a equação iônica liquida para as reações em que houve a formação
de precipitado.

6. FORMA DE AVALIAÇÃO
RELATÓRIO

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EXPERIMENTO 09
Estequiometria

1. INTRODUÇÃO
A palavra estequiometria (do grego stoicheon, elemento e metron, medida), foi introduzida
por Richter em 1792, referindo-se às medidas dos elementos químicos nas substâncias.
Modernamente, a estequiometria compreende as informações quantitativas relacionadas a fórmula s
e equações químicas. Ela está baseada nas leis ponderais, principalmente na lei da conservação das
massas e na lei das proporções fixas (ou definidas). A lei da conservação das massas (Lavoisie r,
1785) pode ser enunciada como “a soma das massas dos reagentes é sempre igual à soma das massas
dos produtos”. Já a lei das proporções fixas (Proust, 1799) pode ser enunciada como “uma
substância, qualquer que seja sua origem, apresenta sempre a mesma composição em massa”.
As leis ponderais, importantes para o estabelecimento da química como ciência, estão
subjacentes à teoria atômica de Dalton, que é a base da explicação das relações ponderais nas reações
químicas. Por meio de cálculos estequiométricos, pode-se calcular as quantidades de substâncias
que participam de uma reação química a partir das quantidades de outras substâncias.
Neste experimento será calculado o teor de bicarbonato de sódio (NaHCO 3 ) em um
comprimido efervescente a partir da massa de dióxido de carbono (CO 2 ) produzido na efervescênc ia.
A efervescência é causada pelo dióxido de carbono (CO 2 ) produzido na reação do
bicarbonato de sódio (NaHCO 3 ) com algum ácido contido no comprimido, geralmente o ácido
cítrico (H3 C6 H5 O 7 ). Nesse caso, há formação do dihidrogenocitrato de sódio (NaH2 C6 H5 O7 ), como
mostra a equação balanceada abaixo:
NaHCO3 (aq) + H3 C6 H5 O7 (aq) → NaH2 C6 H5 O7 (aq) + H2 O(l) + CO2 (g)

2. MATERIAIS E REAGENTES
- 01 comprimido efervescente que contenha bicarbonato de sódio (NaHCO 3 ), béquer de 50 ml,
balança analítica, água e vidro de relógio.

3. PROCEDIMENTOS
▪ Adicione, aproximadamente, 20 mL de água ao béquer.

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▪ Pese o conjunto béquer, água e comprimido (ainda dentro do envelope) e anote essa massa, que
será posteriormente chamada de massa inicial (mi ).
▪ Transfira o comprimido para o béquer e certifique-se de que não restou nem mesmo uma pequena
parte no envelope; em seguida, rapidamente cubra o béquer com um vidro de relógio (isso evita
perda de material por espirramento).
▪ Aguarde o final da efervescência e pese novamente o conjunto, incluindo o envelope vazio, e
anote essa massa. Esta será posteriormente chamada de massa final (mf ).
▪ A partir dos resultados obtidos, determine a massa de NaHCO 3 no comprimido.
▪ Calcule a percentagem de NaHCO 3 no comprimido e anote os resultados na Tabela 1.
𝐦 (𝑵𝒂𝑯𝑪𝑶 𝟑 )
%(𝑵𝒂𝑯𝑪𝑶𝟑 ) = . 𝟏𝟎𝟎%
𝐦 (𝐚𝐧𝐭𝐢á𝐜𝐢𝐝𝐨 )

Tabela 1: Resultados encontrados no experimento.


Massa inicial (mi ) Massa final (mf) Massa de CO2

4. FORMA DE AVALIAÇÃO
RESUMO

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REFERÊNCIAS

• RUSSEL, J.B. Química Geral. 2. ed. Vol.1, Ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
• KOTZ, J.C.; TREICHEL, P.M.; WEAVER, G.C. Química Geral e Reações
Químicas. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
• ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a vida moderna
e o meio ambiente. 3. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
• BROWN, T.L.; LEMAY, H.E.; BURSTEN, B.E. Química: ciência central. 7. ed.
Rio de Janeiro: LTC, 1999.
• MAHAN, B.M. Química: Um curso Universitário 4. ed. São Paulo: Edgard
Blücher, 1995.
• BRADY, J.E; HUMISTON, G.E. Química Geral. 2. Ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A, 2005.

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