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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA – UFSB

CAMPUS PAULO FREIRE

Aluno(a):

PRÁTICAS LABORATORIAIS PARA O ENSINO DE QUÍMICA

Teixeira de Freitas-2023
INTRODUÇÃO

Em primeiro lugar, é com muita alegria que apresento o Componente Curricular Práticas
Laboratoriais para o Ensino de Química. Neste componente, o foco será o desenvolvi-
mento de atividades experimentais investigativas para serem executadas em Escolas de
Ensino Básico, que disponham ou não de um Laboratório. Utilizaremos, ao máximo, mate-
riais alternativos de baixo custo. Muitos equipamentos, vidrarias, reagentes que abordare-
mos, serão utilizados didaticamente, para aprender a manusear, porém o principal objeti-
vo não será esse, mas sim capacitar à realização de atividades experimentais em qual-
quer espaço, com materiais que estiverem à disposição.
Essa apostila é composta por 06 aulas sendo que todas as observações, questões, consi-
derações de todas as práticas investigativas deverão constar nesse arquivo, como um
“Diário de Bordo”, constituindo 50% da avaliação. As últimas aulas serão criadas pelos
grupos de estudantes e apresentadas para a classe, constituindo os demais 50% da avali-
ação.
As primeiras aulas serão para manuseio de vidrarias, materiais e familiarização com o
ambiente do laboratório. Após esse momento, cada aula será interdisciplinar e envolverá
um contexto de estudo, com assuntos interessantes, envolvendo história, questões ambi-
entais e atuais. Todas as aulas envolverão pesquisa, investigação, trabalho em equipe,
sendo que a equipe deverá ser estruturada no início do quadrimestre e trabalhará junto no
decorrer do mesmo.
A equipe terá autonomia para (re)organizar as práticas, (re)definir os roteiros, pois os ro-
teiros apresentados na apostila são sugestivos, tendo o grupo poder de decisão sobre sua
modificação, devendo apenas argumentar e apresentar as justificativas.
Gostaria que todas(os) imprimissem e encadernassem sua apostila, trazendo-a em todas
as aulas do Componente. A ideia é que seja um material produzido no Componente, para
uso futuro em suas aulas e como incentivo e inspiração para a elaboração de outras ativi-
dades experimentais. Apesar de trabalharem em equipes, as observações e respostas
nas apostilas deverão ser de forma individual, para cada estudante ter seu material.
As aulas irão das 19 h às 21 h e 30 min, e, após esse momento, até 22 h, o Laboratório
Interdisciplinar I deverá ser organizado, as vidrarias limpas e os eventuais resíduos des-
cartados com a devida segurança. Sugiro que cada equipe fique responsável pela limpeza
de sua bancada. Todos deverão usar jaleco (A UFSB disponibiliza os descartáveis), cabe-
los presos, evitar uso de pulseiras, anéis e, se possível, usar um calçado fechado.
Não esqueçam de anotar também sugestões de aprimoramento em cada aula, se neces-
sário.
Bom trabalho a todas e todos!

Professora Débora Schmitt Kavalek


Graduada em Química
Doutora em Educação em Ciências
Práticas Laboratoriais para o ensino de química
Carga Horária: 60h
Professora Débora Schmitt Kavalek
e-mail: quimicadebora@hotmail.com
Horário: sextas 19h
HORÁRIO DE ATENDIMENTO PRESENCIAL NA UFSB OU ONLINE (E-MAIL):
sextas-feiras das 16 às 18h (agendar previamente atendimento presencial ou enviar e-mail).

EMENTA
Noções de segurança laboratorial aplicadas a experimentos de química.
Planejamento e execução de atividades práticas de química em laboratórios de ensino.

CRONOGRAMA

10/02/23 Formar os grupos de trabalhos


Apresentação do Componente Orientações gerais
O que são atividades investigativas experimentais
17/02/2023 No Anexo II da UFSB
AULA 1-Vidrarias, equipamentos e técnicas básicas Laboratório Interdisciplinar I
24/02/2023 No Anexo II da UFSB
AULA 2-Reconhecimento de vidrarias, precisão das medidas Laboratório Interdisciplinar I
03/03/23 Atividade programada- não haverá
Não haverá aula (motivo: ENEQ) aula.
10/03/2023 No Anexo II da UFSB
AULA 3 Curcumina como indicador natural de Ph Laboratório Interdisciplinar I
17/03/2023 No Anexo II da UFSB
AULA 4 A química do slime Laboratório Interdisciplinar I
24/03/2023 No Anexo II da UFSB
AULA 5- A química dos preservativos Laboratório Interdisciplinar I
31/03/2023 No Anexo II da UFSB
Aula 6- Reações de saponificação- Produzindo sabonetes arte- Laboratório Interdisciplinar I
sanais
07/04/2023 e 14/04/2023 A combinar o local
Elaboração de atividades experimentais
20 e 27/03/2023 No Anexo II da UFSB
Apresentação das aulas investigativas experimentais Laboratório Interdisciplinar I
04/05/2023 Sala de aula
Autoavaliação e encerramento do CC

DESCRIÇÃO DAS AVALIAÇÕES:


Deverão imprimir e completar a apostila com as considerações das aulas- Peso 5,0
Elaboração e apresentação de uma aula- Peso 5,0
AULA 1
Vidrarias, equipamentos e técnicas básicas
_______________________________________________________________
OBJETIVOS
▶ Identificar as principais vidrarias e equipamentos usados no laboratório de química;
▶ Apresentar técnicas básicas usadas no laboratório de química;

Antes de iniciar qualquer experimento em um laboratório químico, é importante familiarizar-se com


os equipamentos disponíveis, conhecer seu funcionamento, indicação de uso e a maneira correta de ma-
nuseá-los.
A grande maioria dos equipamentos utilizados nos laboratórios é de vidro, portanto é necessário muito
cuidado ao manuseá-los. Estes podem ser de vidro comum, pirex ou de quartzo fundido.
A seguir apresentaremos alguns equipamentos básicos utilizados rotineiramente em laboratórios de
química e suas funções.

Dê o nome a cada uma das vidrarias abaixo:


Dê o nome a cada um dos utensílios abaixo:

Dê o nome a cada um dos utensílios abaixo:


Dê o nome dos equipamentos abaixo:
TÉCNICAS BÁSICAS DE LABORATÓRIO

Transferência de sólidos: não utilizar a mesma espátula para transferir amostras de


substâncias diferentes. Este procedimento pode contaminar os reagentes.
Transferência de líquidos: pode-se usar conta-gotas, bastão de vidro, funil de vidro e pi-
petas.
Leitura do nível de um líquido-menisco: para ler corretamente o nível de um líquido, é
importante olhar pela linha tangente ao menisco, que é côncavo no caso de líquidos que
aderem ao vidro, e convexo no caso de líquidos que não aderem ao vidro (mercúrio). O
menisco consiste na interface entre o ar e o líquido a ser medido. O seu ajuste deve ser feito
de modo que o seu ponto inferior fique horizontalmente tangente ao plano superior da linha de referência ou
traço de graduação, mantendo o plano de visão coincidente com esse mesmo plano.

Figura 1: Formas de menisco

Figura 2: Leitura do menisco conforme tipo


de líquido

Figura 3: Leitura do menisco


Filtração simples e a vácuo: a filtração é o processo usado para a separação de uma mistura
heterogênea sólido- líquido.

(a) (b)

Figura 4: Filtração simples (a); filtração a vá-


cuo (b)

Papel de filtro dobrado liso: é utilizado quando se deseja produzir uma filtração mais lenta e o líqui-
do é o que mais interessa no processo.
Papel de filtro pregueado: é utilizado quando se deseja produzir uma filtração mais rápida e o sólido
é o que mais interessa no processo.

Aumenta a superfície de contato entre a mistura e o papel

Decantação: o processo de decantação é utilizado na separação de dois líquidos não miscíveis.


Figura 5: Esquema de uma decantação

Centrifugação: é o processo utilizado para acelerar a sedimentação das fases.

Destilação: é o processo utilizado para separação de misturas, podendo ser simples ou fracionada.

(b)
(a)

Figura 7: Destilação simples (a); destilação fracionada (b)

Atividade:

1-Os símbolos chamados de pictogramas são usados nos rótulos de substâncias químicas e têm
a função de indicar os tipos de riscos os quais um indivíduo estará exposto ao manuseá-las, de
maneira a alertá-lo para os cuidados que devem ser tomados a fim de evitar acidentes. Considere
que no frasco de algumas substâncias químicas há os pictogramas representados a seguir.
a. Cada um desses pictogramas indica que a substância é:
2- Preencha a cruzadinha:

5 LETRAS
◦ Utilizado para dar sustentação à tela de amianto ou ao triângulo de porcelana.
◦ Utilizada para fixar os diversos equipamentos, mantendo a montagem estável.
6 LETRAS
◦ Utilizado para secagem de materiais em geral, principalmente vidrarias.
◦ Utilizadas para segurar objetos.
7 LETRAS
◦ Utilizado para calcinações de substâncias, no aquecimento e fusão de sólidos a altas tem-
peraturas. Pode também ser constituído de ferro, prata, platina, entre outros.
◦ Tela metálica (de aço), com o centro recoberto em amianto ou cerâmica, utilizada para dis-
tribuir uniformemente o calor recebido da chama do bico de Bunsen para todo o recipiente.
◦ Utilizado para pesagem.
◦ Utilizado na evaporação de líquidos. Pode ser aquecida diretamente na chama.
◦ Utilizado para lavagem de diversos materiais. Normalmente contém água destilada, mas
outros solventes podem também ser armazenados.
◦ Funil utilizado em filtrações a vácuo em conjunto com o kitassato.
9 LETRAS
◦ Utilizadas para transferência de substâncias sólidas.
◦ Utilizado para encher pipetas por sucção, principalmente no caso de líquidos voláteis, irri-
tantes ou tóxicos.
◦ Balança que mede a massa de sólidos e líquidos com sensibilidade.
10 LETRAS
◦ Mede a densidade de líquidos.
◦ Utilizado para realizar medições de temperatura em geral.
17 LETRAS
• Utilizados para trituração e pulverização de sólidos. Pode também ser constituído de ágata.
Prática: Ocorrência de uma reação química

Objetivos:
-Realizar um procedimento no Laboratório, interagir com o ambiente e com o grupo de trabalho.
-Observar a ocorrência de uma reação química.
-Rever alguns conceitos básicos de química.

Discussão inicial:
1-Qual a diferença entre: átomo, molécula e substância?
2-O que são as funções inorgânicas e quais são elas?
3-Quais as diferenças das substâncias inorgânicas para as substâncias orgânicas?
4- Como reconhecer a ocorrência de uma reação química?
5- Qual a principal composição da água sanitária? Que função química pertence?
6- Por que o refrigerante de cola tem a coloração preta?

Material:
02 Béqueres ou recipiente transparente de 500 mL;
200 mL água sanitária;
200 mL refrigerante de cola.

Procedimento:
Inicialmente, deve-se adicionar ao primeiro béquer (ou recipiente transparente) 200 mL de refrige-
rante de cola.
Em seguida, no segundo béquer (ou recipiente transparente), adicionar os 200 mL de água sanitá-
ria.
Depois disso, transferir toda a água sanitária para o béquer contendo o refrigerante de cola, até
verificar a completa mudança de cor. Caso necessário, adicionar mais água sanitária para obter a
descoloração completa do líquido.
Observar e anotar as mudanças de cores.

Responda:
1-Explique a reação química ocorrida.
2-É possível ocorrer reação química entre substâncias de naturezas diferentes?
3-Por que determinadas substâncias conseguem oxidar outros compostos?
AULA 2
Reconhecimento de vidrarias, precisão das medidas
______________________________________________________________________

Objetivos:
Reconhecer algumas técnicas de medição
Entender a importância da precisão das medidas
Familiarizar-se com o laboratório
Pensar em estratégias para resolver um problema

Discussão inicial:
Uma vez que uma única análise não fornece informações sobre a variabilidade dos resul-
tados, os químicos repetem várias vezes o procedimento (2 a 5 vezes) de uma amostra
para realizar a análise analítica completa. A reprodutibilidade das medidas é descrita pela
precisão. Geralmente, a precisão de uma medida é prontamente determinada simples-
mente pela repetição da medida em réplicas da amostra. Já a exatidão é a proximidade
de um valor medido em relação a um valor verdadeiro ou aceito.
Qual a importância da precisão das medidas para a química?

1– Medidas de massa
1.Considere três objetos que se encontram em sua bancada.
O professor lhe ensinará como utilizar as balanças disponíveis no laboratório, mas utilize
sempre a mesma balança nas pesagens. Antes de pesá-los, pegue cada objeto e tente
estimar o mais pesado e o mais leve. Em seguida, utilizando uma balança, pese cada um
destes objetos.

OBJETO 01
Massa estimada:
Massa determinada na balança:

OBJETO 02
Massa estimada:
Massa determinada na balança:

OBJETO 03
Massa estimada:
Massa determinada na balança:

______________________________________________________________________
2. Medidas de volume
O objetivo deste procedimento é encontrar o número aproximado de gotas em um mililitro
e o volume de uma gota de água.
Inicialmente, pese um béquer pequeno. Em seguida adicione, com um conta-gotas ou pi-
peta, 30 gotas de água destilada ao béquer e pese o conjunto.
Massa do béquer:
Massa do béquer com 30 gotas de água:
Massa das 30 gotas de água:
Utilizando este procedimento experimental, qual é o volume de cada gota? Apresente os
cálculos (densidade H2O: 1 g/ml).

_____________________________________________________________________

3-Medidas de volume e a calibrações de dois equipamentos volumétricos


3.1.Calibração de proveta
a)Pese um béquer seco, em uma balança. Meça 20 mL de água com uma proveta, colo-
que-a no béquer e pese-o novamente.
b)Adicione, ao mesmo béquer, mais 20 mL de água e pese-o novamente. Repita este pro-
cedimento, sempre acumulando as frações de 20 mL, mais cinco vezes e anote as mas-
sas obtidas.
Massa de cada 20 mL adicionados ao béquer
Béquer seco:___________ g
+ 20 mL de água________ g
+ 20 mL de água________ g
+ 20 mL de água________ g
+ 20 mL de água________ g
+ 20 mL de água________ g
Valor médio_____________g
Desvio ________________g

3.2.Calibração de pipeta volumétrica


a) Seque o béquer previamente utilizado e repita o procedimento anterior, utilizando uma
pipeta volumétrica de 20 mL. Anote as massas obtidas.
Massa de cada 20 mL adicionados ao béquer
Béquer seco:________ ___g
+ 20 mL de água________ g
+ 20 mL de água________ g
+ 20 mL de água________ g
+ 20 mL de água________ g
+ 20 mL de água________ g
Valor médio____________ g
Desvio _______________ g
Questões:

1-Explique o que é exatidão e precisão de uma medida.

2-A partir dos dados experimentais que você obteve nos itens 3.1 e 3.2 (medidas de volu-
me), utilizando uma proveta e uma pipeta volumétrica, qual dos dois equipamentos possui
maior precisão? Justifique a sua resposta.

A exatidão mostra que o valor da medida está muito próximo do valor real, e a precisão in-
dica o quanto as medidas repetidas estão próximas umas das outras. Em laboratórios e
indústrias químicas, as medições são muito importantes, e um erro pode fazer com que
anos de pesquisa sejam jogados fora.

3-Qual a diferença entre uma pipeta volumétrica e uma graduada?

3-Após a análise das ilustrações abaixo, identifique o dardo que indica baixa exatidão e
alta precisão:

4- O que significa calibrar um instrumento volumétrico?

4.Medindo a Densidade
Encontre um caminho experimental, utilizando uma proveta e água, para determinar a
densidade de um objeto qualquer de sua bancada. Explique e desenhe como você deter-
minou a densidade, explicando também o conceito de densidade.
AULA 3
Curcumina como indicador natural de Ph
____________________________________________________

Objetivos:
Compreender conceitos de: pH e escala de pH, ácido, base, indicadores
Conhecer melhor as propriedades do açafrão da terra
Identificar os cromóforos, compostos que dão cores às plantas

Investigação e discussão inicial:


1-O que é pH? Qual a escala de pH? Qual a diferença de pH entre ácidos e bases? Dê
exemplos de substâncias do cotidiano e seu pH.
2-Quais as propriedades do açafrão da terra (químicas, físicas, etc)?
3-O que são indicadores? Para que servem? Quais indicadores são conhecidos pela lite-
ratura? Quais plantas podem ser usadas como indicadores?
4-O que são cromóforos? O que é curcumina?

Prática
Material:
Açafrão, etanol, carvão ativado, papel de filtro, vinagre (ácido acético), água destilada e
hidróxido de sódio.

Desenvolvimento sugerido:
Primeira etapa: preparação do indicador ácido base
Em um béquer, preparar a solução do indicador ácido base.
Solubilizar 1 g de açafrão em pó em 100 mL de etanol 70%. Com o auxílio de um bastão
de vidro, homogeneizar a solução do indicador. Em seguida dividir a solução em duas par-
tes, solução 01 e solução 02, de 50 mL cada. A solução 01 deve ser reservada. Adicionar
carvão ativado à solução 02, agitar e deixar e repouso até o carvão decantar. Em seguida,
filtrar em papel-filtro para remoção dos resíduos insolúveis. Repetir o processo de adição
do carvão ativado e posterior filtração, três vezes até que a solução 02 fique incolor.

Segunda etapa: teste do indicador ácido-base


Adicionar vinagre em um béquer e preparar uma solução de hidróxido de sódio e água em
outro béquer, para realização do teste de indicação ácido-base.
Após o preparo de todas as soluções, dividir a prática em duas partes: A e B.
Parte A: Teste de indicação utilizando gotas da solução 01, adicionadas às soluções áci-
da e básica.
Parte B: Teste de indicação utilizando gotas da solução 02, adicionadas às soluções áci-
da e básica.

Anotar as observações

Discussão: (responder)
1-O açafrão é eficiente na indicação de ácido e base? Por quê?
2-A solução B foi eficiente como indicador ácido e base? Por quê?
3-Enfim, qual o composto químico responsável pela propriedade de indicação ácido e
base no açafrão?
AULA 4
A química do slime
____________________________________________________
Objetivos:
1-Entender o que é um polímero.
2-Modificar a estrutura química de um polímero e produzir “slime”

Investigação:
1-O que são polímeros? Como são produzidos e para que servem?
2-Dê exemplos de polímeros.
3-É possível mudar a estrutura de um polímero? Dê um exemplo.
4-O que é bórax? Para que serve no dia a dia? Quais os efeitos colaterais?

Materiais e Reagentes:
Luvas para proteção individual;
Cola branca;
Bórax (pode ser adquirido em farmácias como água boricada);
Corante alimentício de cores variadas;
Água
Bicarbonato de sódio
1 colher de café de plástico
Copos descartáveis (100mL)
3 copos descartáveis pequenos (usados para café)
Palitos de sorvete.

Procedimento: Coloque as luvas para iniciar o procedimento.


Em um copinho de café prepare uma solução com aproximadamente 10mL de água, 5 go-
tas de corante (na cor desejada) e meia colher de café de bicarbonato de sódio.
No copo plástico maior coloque a cola (aproximadamente 2 dedos) e adicione a mistura
que você preparou no copinho de café e misture bem com o palito de sorvete.
Em seguida, adicione 20mL de solução de bórax 4% (m/V).
Misture novamente com o palito de sorvete e observe a consistência dessa solução. Ago-
ra você pode tocar e manusear como quiser o polímero obtido.

Compreendendo a experiência: O polímero obtido mudou de consistência, tornando-se


muito elástico, de aspecto gosmento. É a rigor uma massa colorida com comportamento
de fluido não newtoniano, isto é, sua viscosidade não é constante e depende da força a
que está submetida. Apresenta características de líquido (como adquirir a forma do recipi-
ente e escorrer) e também de sólido (como se romper quando esticado com força e brus-
camente).
Quando colocamos o bórax em água para formar a solução, ele é dissociado e se obtém
o ânion [B(OH)4]-. Pesquise e escreva essa reação:

Assim, quando misturamos essa solução com a cola branca, esse ânion estabelece liga-
ções de hidrogênio com as macromoléculas de PVA, formando uma estrutura única, onde
as moléculas de água ficam retidas. Observe na imagem abaixo que antes as moléculas
eram lineares, mas agora o polímero tem ligações cruzadas entre suas cadeias, seme-
lhantes a pontes de enxofre existentes na borracha vulcanizada. Essas ligações cruzadas
são constantemente feitas e desfeitas.

Questões:
1-Explique com suas palavras a química do slime.
2-Qual slime é mais perigoso: o industrial ou o produzido hoje? Por quê?
3-Por que o slime produzido não tem durabilidade?
4-Qual composto químico substitui o bórax?
AULA 5-
A química dos preservativos
____________________________________________________
Objetivos:
1-Conhecer o polímero látex
2-Identificar a legislação sobre os preservativos
3-Reconhecer: composição, matéria-prima, massa, diâmetro, capacidade volumétrica,
densidade e condutibilidade elétrica de preservativos

Material:
Camisinhas, balança, tesoura, régua, proveta, equipamento para testar condutibilidade
elétrica.

Discussão inicial:
a)Assistir o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=WFaPqFC3LTg

1-De que é feita a camisinha?


2-Na indústria, os preservativos passam pelo banho de látex. Qual a temperatura ideal
desse banho?
3-Qual a composição química do látex? E do óleo lubrificante?
4-O que é o processo de vulcanização?
5- Qual o histórico e evolução da camisinha?
6-Como é o processo de decomposição da camisinha na natureza?
7-Quais as novidades das novas gerações de camisinhas?

Experimento:
1ª etapa: Testes de qualidade do preservativo
Procedimentos
-Informações da embalagem: buscar informações na embalagem sobre composição, ca-
racterísticas de cada marca e modelo, prazo de validade e orientações gerais. Anotar.

- Medidas: realizar os testes e anotar todas as observações:


a) Massa: verificar a massa do preservativo por meio da balança.

b) Comprimento e diâmetro: desenrolar o preservativo e, com uma régua, medir seu com-
primento e diâmetro sem alteração. Depois, com dois alunos segurando o preservativo,
sendo um em cada ponta, medir o comprimento do objeto esticado. Cortar um anel equi-
valente a dois centímetros da borda do preservativo (como na imagem) e esticar o anel,
medindo-se o maior diâmetro obtido.

c) Capacidade volumétrica: preencher o preservativo com água até estourar. Determinar a


quantidade de água por meio de uma proveta com 250 mL de capacidade. Anotar o volu-
me final.

d) Densidade: acrescentar 50 mL de água em uma proveta de capacidade de 250 mL.


Largar o preservativo dentro da proveta com a água. Observar o deslocamento do volume
de água na proveta. Calcular a densidade do preservativo.

e) Condutibilidade elétrica e a porosidade da camisinha: encher um copo de béquer com


solução eletrolítica contendo água e sal (solução aquosa de cloreto de sódio [NaCl = (10 ±
1,0) g.L-1] a (25 ± 5) ºC e testar a condutividade elétrica desta utilizando um circuito elétri-
co com um soquete com lâmpada. Posteriormente preencher o preservativo com a mes-
ma solução (lavar primeiro para retirar a camada de lubrificante), prender por uma garra
em um suporte e mergulhar no copo contendo água e sal. Testar a condutibilidade elétri-
ca, colocando um eletrodo na solução do copo e outro na solução do interior do preserva-
tivo. Posteriormente efetuar furos no preservativo com a repetição do teste. Colocar os
eletrodos nas paredes do preservativo. Anotar as observações.
g) Se sobrar tempo, repetir os testes com outros materiais como papel, borracha, plástico,
cortiça, fibra vegetal e metal.

Questões:

1-O que diz a legislação sobre as informações que devem constar na embalagem dos
produtos (preservativos) comercializados?
2-O que o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INME-
TRO) preconiza como um produto de qualidade?
AULA 6
A Saponificação- produzindo sabonetes artesanais
____________________________________________________

Objetivos:
Reconhecer processos e compostos presentes nas reações de saponificação.
Conhecer a história do sabão.
Produzir um sabonete de maneira natural e sustentável.

Investigação e discussão inicial:


Pesquisar, primeiramente, os conceitos de:
1-Reação de saponificação
2-Diferença entre sabão duro e mole
3-Lipofilicidade e micelas
4-Como os sabões removem a sujeira
5-Biodegradabilidade
6-Redução da tensão superficial da água
7-Glicerina
8-Por que a espuma? Espuma é sinal de limpeza?
9-Diferença entre sabão líquido, sabão duro, sabão em pó, detergente.
10-Como e com que eram produzidos os primeiros sabões?
Apresentar as respostas. Todos deverão ter todas as respostas.
Prática: produção de sabonete artesanal
Material:
1 sabão (glicerinado, 200 g)-ralado
2 sabonetes-ralados
700 ml de água com 2 colheres de sopa de erva doce (fazer um chá)
1 xícara de açúcar
2 col. Sopa de xampu
100 ml de álcool
Corante alimentício (opcional)

Desenvolvimento sugerido:
Juntar o sabão ralado ao chá
Juntar o açúcar
Deixar em banho-maria até derreter o sabão.
Após, retirar do fogo, adicionar o xampu e o corante.
Passar para um béquer.
Adicionar em forminhas.
Deixar solidificar e desenformar.
Meça o pH do sabonete obtido.

Discussão: (responder)
1-Por que adicionar açúcar? E o xampu? Qual substância química o açúcar substitui? E o
xampu?
2-O que é banho-maria? Quem criou?
3-Qual a função do álcool?
4-O sabão obtido é mole ou duro? Por que?
5-Quais as vantagens do sabonete produzido em relação aos aspectos: econômico, ambi-
ental e estético?
6-Pesquise a composição de um sabonete medicinal e faça uma análise de seus compo-
nentes.
7-Que outros compostos naturais poderiam ser adicionados o sabonete para melhorar sua
qualidade?
8-Se adicionássemos um óleo ao sabonete, que composto teria que ser intensificado?
Bibliografia:

ALMEIDA, Maria de Fátima da Costa. (Org.). Boas práticas de laboratório. 2. ed. rev. e ampl. Rio
de Janeiro: Difusão/Senac, 2014. 422 p.
CRUZ, Roque; GALHARDO FILHO, Emílio. Experimentos de química- em microescala, com mate-
riais de baixo custo e do cotidiano. São Paulo: Livraria da Física, 2004. 66 p.
FERREIRA, Maira; MORAIS, Lavínia; NICHELE, Tatiana Z.; DEL PINO, José Cláudio. Química or-
gânica- práticas para o ensino médio. Porto Alegre: Grupo A, 2007. 150 p.

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CHEGOU A SUA VEZ DE PLANEJAR E EXECUTAR UMA ATIVIDADE EXPERIMENTAL


INVESTIGATIVA!

Use esse espaço para desenvolvê-la, conforme os passos das aulas anteriores.

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