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GERAIS
Química Experimental
ENGENHARIAS
Julho – 2008
SUMÁRIO
APÊNDICES 203
1
EXPERIMENTO 01
INFORMAÇÕES GERAIS
1.1 Introdução
2
É recomendável, por razões de segurança, o uso de avental durante as aulas.
Não é permitido o uso de short, mini-saia, mini-blusa, camiseta tipo regata e
sandálias tipo havaiana.
O material do laboratório deve ser usado sempre de maneira adequada e
somente aqueles reagentes e soluções especificadas.
3
Vidro de relógio
Dessecador
Funil de Büchner
Tubo de Thielle
4
0
10
20
30
40
50
Condensadores
Bureta Espátulas
Garra metálica
Pinça de madeira
Tela de amianto
5
Estante para tubos de ensaio
Piceta
Tripé
Pinça metálica
Figura 1.1
6
Todo material usado deve ser lavado ao final de cada aula e organizado no
local apropriado (mesas, bancadas).
A bancada de trabalho deve ser limpa.
Após o uso, deixar os reagentes nos devidos lugares.
O laboratório não é local para brincadeiras e conversas em voz alta,
principalmente sobre assuntos alheios à aula.
As normas de segurança relacionadas no texto segurança no laboratório
devem ser lidas atentamente.
É muito importante que todas as pessoas que lidam num laboratório tenham uma noção
bastante clara dos riscos existentes e de como diminuí-los. Nunca é demais repetir que o
melhor combate aos acidentes é a sua prevenção. O descuido de uma única pessoa pode
por em risco todos os demais no laboratório (Figura 1.2).
Figura 1.2
Por esta razão, as normas de segurança descritas abaixo terão seu cumprimento exigido.
Acima disto, porém, espera-se que todos tomem consciência de se trabalhar em
segurança, do que só resultarão benefícios para todos.
7
Será recomendado a todos os estudantes e professores o uso de avental ou
guarda-pó no laboratório. A falta do guarda-pó pode gerar roupas furadas por
agentes corrosivos, queimaduras, etc.
Os alunos não devem tentar nenhuma reação não especificada pelo professor
(Figura 1.3). Reações desconhecidas podem causar resultados desagradáveis.
Figura 1.3
8
Figura 1.4
Observações e alertas!
9
2 - O laboratório não é lugar para brincadeiras!
5 - Seja observador!
6 - Substâncias inflamáveis
10
7 - Mantenha limpo sua bancada de trabalho.
8 - Ao final do trabalho
11
12 - Refeição não combina com laboratório
13 - Mistura-se A + B ou B + A?
14 - Não vá se intoxicar!
12
17 - Olha a higiene. Resíduos no lixo.
18 - Você é afobado?
Finalmente, lembrar que a atenção adequada ao trabalho evita a grande maioria dos
acidentes. É muito importante ter a certeza de que se sabe perfeitamente bem o que se
está fazendo.
13
1.5. Riscos em um laboratório de química
Um laboratório químico apresenta vários riscos aos seus usuários, tais como: máquinas,
manuseio de material de vidro, uso da eletricidade, incêndio, explosão e exposição a
substâncias químicas nocivas ao organismo humano.
Todo laboratório deve possuir uma capela, para operações que liberem vapores
prejudiciais à saúde, bem como chuveiro de emergência e lava-olhos para o caso de um
acidente. O laboratório deve ser mantido em perfeita ordem, tendo todos seus frascos
rotulados. Outro aspecto que deve ser de conhecimento dos usuários são os efeitos das
substâncias sobre o organismo, a forma correta de manuseio, e inclusive as medidas de
primeiro socorro.
A identificação dos produtos químicos comerciais é feita por meio de um rótulo, onde
são indicados, para além da marca do fabricante ou do vendedor, o nome químico,
símbolos e fases de aviso sobre as suas propriedades perigosas, o grau de pureza, a
fórmula molecular e outras especificações, como a densidade, o ponto de fusão, o ponto
de ebulição, listagem da percentagem de impurezas.
14
Todos os que, devido ao choque, impacto ou à exposição ao
calor, faísca ou chama, podem explodir. (perclorato de
magnésio, dicromato de amônio, peróxidos). O
armazenamento destes reagentes deve ser feito em local
isolado.
15
1.5.1. Ácido clorídrico(HCl)
O risco especial do ácido clorídrico é a sua alta ação corrosiva sobre a pele e mucosa,
podendo produzir queimaduras cuja gravidade dependerá da concentração da solução.
O contato do ácido com os olhos poderá provocar redução ou perda total da visão, se o
ácido não for removido imediatamente, através de irrigação de água. Os vapores do
ácido produzem efeito irritante sobre as vias respiratórias.
O ácido clorídrico, em si, não é um produto inflamável, mas quando em contato com
certos metais libera hidrogênio, formando uma mistura inflamável com o ar.
Este ácido não deve ser armazenado próximo de substâncias inflamáveis ou oxidantes,
como por exemplo, ácido nítrico ou cloretos, e nem próximo de metais.
As pessoas que lidam com o HCl devem lavar-se antes das refeições. Quando houver
contaminação ocular, devem-se irrigar os olhos com grande quantidade de água. Nos
casos de contaminação cutânea, deve-se lavar a área afetada com um pedaço de pano e
água abundante, tratando-se posteriormente com solução de trietanolamina a 5%.
O ácido sulfúrico é classificado como um irritante primário, têm ação corrosiva sobre a
pele, produz severa inflamação das mucosas dos olhos e das vias respiratórias
superiores e causa danos aos dentes. Produz também rápida destruição dos tecidos e
severas queimaduras, quando em contato com a pele. Repetidos contatos com soluções
diluídas podem ocasionar dermatites. O ácido em si não é inflamável, mas quando em
altas concentrações, pode causar ignição por contato com sólidos ou líquidos
combustíveis. Quando aquecido, emite fumos altamente tóxicos.
16
1.5.3. Álcool etílico absoluto (CH3CH2OH)
O álcool etílico, se comparado com o álcool metílico, é uma substância não tóxica. É
rapidamente oxidado no corpo para CO2 e H2O, e ao contrário do álcool metílico, não
produz efeitos cumulativos.
O álcool etílico tem risco de incêndio, quando em contato com calor ou faísca, podendo
reagir violentamente com materiais oxidantes.
O chumbo ocasiona uma das doenças profissionais mais comuns. Ele pode penetrar no
corpo: por inalação de poeiras, fumos neblinas; por ingestão traiçoeira pela via
respiratória superior, introduzido na boca através de comida, cigarro, dedos ou outros
objetos; através da pele (compostos inorgânicos praticamente não têm esta penetração).
Quando o chumbo é ingerido, a parte não absorvida é eliminada pelas fezes. Grande
porção de chumbo absorvido é eliminada pela bílis. Por isso, são necessárias grandes
quantidades para causar intoxicação e um grande período é necessário, para que os
sintomas apareçam. Tem ação cumulativa.
O chumbo produz uma fragilidade das células vermelhas do sangue, e devido a isso
estas células são destruídas mais rapidamente do que o normal, produzindo uma suave
anemia.
17
Todos têm moderado risco de incêndio e explosão, na forma de poeiras, quando
expostos ao calor ou faísca.
Quando aquecido, o chumbo emite fumos altamente tóxicos. Pode reagir violentamente
com materiais oxidantes.
Inalação prolongada dos sais de cobre pode causar perfuração do septo nasal. O sulfato
de cobre, bem como o cloreto de cobre, é classificado como irritante da pele e
conjuntiva e podem ser alergênicos. O óxido de cobre é irritante para os lhos e vias
respiratórias.
Não é uma substância tóxica poderosa, como são os cianetos simples. Quando aquecido
ou em contato com ácidos ou fumos ácidos, emite fumos de cianeto, que são altamente
tóxicos. A toxicidade do cianeto está descrita nos cianetos de potássio e sódio.
18
1.5.7. Manganês e seus compostos: (permanganato de potássio, sulfato de manganês e
dióxido de manganês) A inalação de fumos ou poeiras contendo manganês pode causar
enfermidades profissionais, sendo o sistema nervoso central o local mais afetado.
Este material, tanto no estado sólido como em solução, tem uma ação corrosiva
marcante sobre todos os tecidos do corpo. Esta ação corrosiva pode causar queimaduras
e ulcerações profundas. Contatos prolongados com soluções diluídas têm efeito
destrutivo sobre os tecidos.
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Dependendo da severidade da exposição, os efeitos podem variar desde pequena
irritação até graves pneumonias. Pode causar, também, dermatite irritante.
O sulfato de cobre tem ação local, como irritante da pele e conjuntiva. A ingestão de
grande quantidade de sulfato de cobre pode causar vômitos, vertigens, exaustão,
anemia, convulsões, choque, coma e morte. São-lhe atribuídos também danos no
sistema nervoso.
É usado como suplemento dietético alimentar. Quando ingerido ou inalado, tem efeito
tóxico local leve. É também um irritante local leve.
Grandes doses de sulfitos podem ser toleradas, já que eles são rapidamente oxidados em
sulfatos, mas irritações no estômago podem ser causadas pela liberação do ácido
sulfuroso. Deve-se evitar contato do sulfito de sódio com os olhos e pele, pois quando
em estado sólido ou em solução pode causar severas queimaduras nos olhos, irritação e
queimaduras na pele. Se ingerido, é irritante e tóxico.
20
Quando aquecidos os sulfitos se decompõem, emitindo fumos de dióxidos de enxofre
altamente tóxicos.
Este gás, SO2, é perigoso para os olhos, podendo ocasionar irritação e inflamação da
conjuntiva. Ele tem um odor sufocante e é um material corrosivo. Concentrações de 6 a
12 ppm causam imediatamente irritação do nariz e garganta. Concentrações de 3 ppm já
têm um odor facilmente notável.
Os relatórios devem ser redigidos pelos alunos considerando que outras pessoas, além
do professor, estão interessadas em obter informações sobre os fatos observados. Estes
leitores não conhecem a priori o resultado previsto de cada experiência e precisam ser
convencidos da validade das conclusões tiradas. Desta forma, é importante que todas as
etapas do experimento sejam descritas e discutida de modo claro e conciso.
Um bom relatório deve ser curto, de linguagem correta e não prolixo ou ambíguo. As
idéias devem ser expressas de maneira clara, concisa e em bom estilo de linguagem.
21
INTRODUÇÃO - Apresentação do assunto, procurando demonstrar sua
importância e interesse.
OBJETIVOS - Descrição sucinta dos objetivos da experiência.
PARTE EXPERIMENTAL - Reagentes e materiais - Procedimentos
MODIFICAÇÕES DA PARTE EXPERIMENTAL - Quando pertinentes,
indicar as alterações de volume, massa, concentração, equipamentos,
substâncias, etc.
RESULTADOS - Tratamento dos dados obtidos, construindo-se tabelas ou
gráficos, quando necessário. Os cálculos feitos devem ser incluídos. No caso de
sínteses de compostos, por exemplo, é preciso colocar sempre dados referentes
aos rendimentos teóricos e práticos. As mudanças macroscópicas observadas
(mudança de cor, evolução de gás e/ou formação de precipitado) devem ser
relatadas. As reações químicas devem ser descritas na forma de equações
químicas balanceadas, onde figurem os estados físicos dos reagentes e dos
produtos.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS - Os resultados quantitativos devem ser
analisados tanto em relação à precisão quanto à exatidão (peculiaridades do
sistema estudado, limitações do método empregado, erros operacionais,
qualidade dos aparelhos de medida, concordância com os valores teóricos ou
esperados, etc.). Os resultados qualitativos devem ser explicados baseando-se
nos conhecimentos teóricos (leis, propriedades físicas e químicas, equações
químicas, etc.).
CONCLUSÕES - A conclusão deve ser uma apreciação global dos
experimentos, avaliando se os objetivos propostos foram alcançados.
BIBLIOGRAFIA
QUESTIONÁRIO - Resoluções dos problemas propostos na Apostila ou
formulados pelo Professor.
OBSERVAÇÕES: Este modelo de relatório é apenas uma sugestão, que deve ser
adaptada às necessidades de cada aula prática. Assim, quando o roteiro da aula descreve
detalhadamente o procedimento e relaciona os materiais e os reagentes usados, não é
22
necessário transcrever todos estes dados para o relatório, bastando mencionar a página
da Apostila onde eles podem ser encontrados.
23
EXPERIMENTO 02
MEDIDAS E ERROS
2.1. Introdução
A síntese do método científico pode ser resumida como mostra o diagrama abaixo:
Cada medida, não importando o grau de cuidado com qual ela é feita, está sujeita a erro
experimental. A magnitude desse erro pode ser expressa, de um modo simples, usando-
se algarismos significativos.
24
2.2 Grandezas
As grandezas físicas fundamentais são aquelas a partir das quais todas as outras
grandezas físicas são definidas. As grandezas derivadas são combinações das grandezas
fundamentais. O valor de qualquer medida física é expresso como a combinação de dois
fatores: a unidade e o número dessa unidade. Tempo e comprimento são tidos como
grandezas fundamentais. Velocidade: m/s é unidade derivada da razão entre as unidades
fundamentais metro e segundo.
Tabela II.1
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Intensidade de corrente
ampère A
elétrica
Temperatura kelvin K
Uma grandeza sempre pode ser considerada um produto de um valor numérico com
uma unidade:
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Grandeza = número x unidade (2.1)
Comprimento m
Massa kg
Volume L
Cada medida que realizamos envolve certo grau de incerteza ou erro. A dimensão desse
erro dependerá da natureza e da grandeza da medida, do tipo de instrumento de medida
e da nossa habilidade para usá-lo.
Para cada medida efetuada devemos indicar o grau de incerteza associado. Esta
informação é vital para realizar experimentos e julgar suas precisões.
26
Zeros entre dígitos diferentes de zero são significativos;
Zeros além do ponto decimal no final de um número são significativos;
Zeros que precedem o 1° dígito diferente de zero não são significativos
27
Os números podem ser exatos ou aproximados. Números exatos são aqueles com
nenhuma incerteza (são as constantes físicas ou químicas), já os números aproximados
são mais comuns, resultam de medidas diretas ou indiretas e apresentam algum grau de
incerteza. Dois são os termos que descrevem a confiança de uma medida numérica: a
exatidão e a precisão.
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Tabela II.3 – Exemplos de instrumentos
Capacidade Precisão
Carga Desvio
Instrumento volumétrica (menor
máxima (g) avaliado
(mL) divisão)
25 0,05 2 0,006
50 0,10 5 0,01
2000 1,00
29
A medida de volumes de líquidos, em qualquer um dos instrumentos mencionados,
implica numa comparação da altura do líquido com uma divisão da escala graduada ou
com a marca.
A parte inferior do menisco deve ser usada como referência nas medidas de volume
(para soluções transparentes).
30
Quando medimos a massa, medimos a quantidade de matéria que a amostra contém.
Uma vez que a aceleração da gravidade é constante para um local determinado da
superfície terrestre, o peso é proporcional à massa P = m g .
Figura 2.2: Instrumentos de medida de volume: (a) pipeta volumétrica, (b) pipeta
graduada, (c) balão volumétrico, (d) bureta e (e) proveta ou cilindro
graduado
31
2.5 Erros
Erro é a diferença entre o valor encontrado em uma medida e o valor real desta medida.
O valor verdadeiro, entretanto nem sempre é conhecido. Existem alguns tipos de erros:
É aquele cometido por um engano grosseiro, como, por exemplo, ler 154 e registrar
145.
32
Figura 2.4: Distribuição de probabilidade de Gauss (“curva na forma de sino”)
Desvio Absoluto (DA) – Em relação a média, cada uma das medidas possui um
desvio, (positivo, negativo ou nulo) chamado desvio absoluto(DA). O DA de cada
medida é dado por:
DA medida M (2.4)
33
Desvio Relativo (DR) – O desvio relativo de cada medida é o seu desvio absoluto
dividido pela média:
DA
DR (2.5)
M
Desvio Percentual (DP) – A medida mais precisa é aquela que possui menor desvio
percentual
DP DR 100 % (2.6)
Desvio Médio Absoluto (DMA) – A média aritmética dos valores dos desvios
absolutos é chamado desvio médio absoluto (DMA). Devem-se considerar todos os
desvios, inclusive os nulos, e dividir pelo número de medições realizadas.
DA 1 DA 2 DA n
DMA (2.7)
DA
Desvio padrão (DP) – É uma medida da dispersão dos “n” resultados em relação ao
valor médio.
n mi2 mi
2
DP n ≥ 50 (2.8)
n (n 1)
2
n
n
n . n - ni
2
i=1
i
i=1
DP = n < 50 (2.9)
(n -1)
EC M k DP (2.10)
34
onde k é um parâmetro relacionado à confiabilidade do resultado.
Anotações:
35
2.6 Parte Experimental
“... Assim, uma moeda de prata, uma taça de prata e um eletrodo de prata diferem
somente em tamanho, forma, utilidade e sobre aspecto estético, mas sob o ponto de
vista da química são essencialmente o mesmo, por serem feitos do mesmo metal, a
prata. (Química General Moderna – Uma introducción ..., 1964)”
Materiais:
Meça cinquenta mililitros de água destilada em uma proveta adequada e transfira para
um balão volumétrico de cinquenta mililitros de capacidade. Anotar as medidas e
analisar a equivalência de volumes entre os dois instrumentos, no quadro II.1. Justificar
se houve ou não coincidência nas medidas:
(a) (b)
Figura 2.5: Técnica experimental – (a) Proveta, (b) Balão volumétrico
36
Quadro II.1
Proveta: ______________________
Recolha cinqüenta mililitros de água de uma bureta adequada, transporte para uma
proveta de 100 ml de capacidade e depois, para um béquer de 100 mL de capacidade.
Ver figura abaixo:
37
Quadro II.2
Bureta: ____________________
Proveta: ___________________
Béquer: ___________________
Pipeta volumétrica
Pipeta graduada
Bureta
Proveta
Total
38
Calcular e expressar o valor resultante da soma dos valores adicionados, considerando a
precisão de cada instrumento. Comparar o valor calculado com o valor observado no
quadro II.4.
Quadro II.4
Valor observado: ____________________________________
Valor calculado: ____________________________________
Justificativa:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
0,1 g
Precisão da balança = = 0,05 g ( m 0,05 ) g
2
39
Quadro II.5
Peso do béquer
Peso de água
Comparar o valor do volume de água medido com o valor calculado (Quadro II.6).
Justificar se houve coincidência destes valores e as possíveis causas de erro (considerar
dH20 = 1,000 g/cm3)
Quadro II.6
Valor de água medido (cm3): ____________________________________
Valor de água calculado (cm3): ____________________________________
Justificativa:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
40
Questionário
1) Complete a tabela
Número de Arredondamento
Número (m) Notação científica
significativos (2 significativos)
26,31
20,000
0,206
0,00206
0,00000007320
134 mil
606
393,68
0,0000000007
a) 351+2,982
b) 25,128-0,0042
c) 13,51+1,00754+0,214
d) 4,6254-10,1
e) 14,021+14
f) 126 x 2,51
g) 3,658 x 9,2
h) 68,1/38
i) (3,8 x 108) x (2,65 x 105)
j) (8,1 x 10-4)/(2,4587 x 10-5)
41
3) Converter as seguintes massas para gramas:
a) 3,89 x 10-6 kg
b) 1,8 x 104 mg
c) 6 g
d) 12 ng
e) 8 pg
f) 3,24 t
a) g/mL
b) g/L
c) kg/mL
d) kg/L
e) kg/m3
f) g/m3
g) Considerando que é a concentração de uma substância diluída em água converter
em %.
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7) Dentre as seguintes medidas, qual é a mais precisa e a mais imprecisa?
a) (1,0 + ou – 0,1) ml
b) (2,00 + ou – 0,01 ) ml
c) (9,8 + ou – 0,5 ) ml
8) Quais aparelhos que você conheceu nesta prática que poderiam servir para medir:
a) 25,0 ml
b) 50,0 ml
c) 10,00 ml
d) 8,50 ml
43
EXPERIMENTO 03
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS
3.1 Introdução
Definem-se como propriedades físicas de uma substância aquelas que podem ser
medidas sem provocar mudanças em sua composição química. Em uma mudança física
a identidade de uma substância é preservada, mesmo que mudem seu estado físico,
tamanho ou forma.
Tais propriedades fornecem a base para a separação de misturas. As misturas podem ser
homogêneas e heterogêneas.
44
Alguns processos de separação e as propriedades físicas que os caracterizam são
descritos na Tabela III.1.
PROPRIEDADES
PROCESSOS EXEMPLO
FÍSICAS
Concentração de minério de
Separação Magnética Magnetismo
ferro
3.2 Cor
Algumas substâncias podem ser identificadas pelo método de tentativas, com base em
suas colorações. As colorações de gases e líquidos devem-se à absorção da luz visível,
onde a luz, dentro de certa faixa de comprimento de onda, está associada a uma
determinada cor.
45
Tabela III.2 - Cores das substâncias que absorvem luz na região visível
Por exemplo, o dióxido de nitrogênio gasoso possui cor castanha, o vapor de bromo é
vermelho e o vapor de iodo é violeta. Uma solução aquosa de sulfato de cobre é azul,
uma solução de permanganato de potássio é roxa e com base na cor transmitida
podemos identificar a faixa de comprimento de onda e, conseqüentemente, o elemento
ou substância química que caracteriza a absorção de cores no espectro visível de luz.
3.3 Odor
Além disto, os gases e vapores podem ser classificados segundo a ação sobre o
organismo vivo como: irritante, anestésico ou asfixiante.
Em sólidos iônicos, os íons com cargas positivas e negativas são mantidos juntos por
atração eletrostática. Em sólidos e líquidos moleculares, as forças entre as moléculas,
46
chamadas forças intermoleculares, são baseadas em várias atrações eletrostáticas que
são mais fracas do que as forças entre íons com cargas opostas.
Enquanto todos os gases são perfeitamente miscíveis entre si, esse não é o caso dos
líquidos. Considerando combinações entre dois líquidos (sistemas binários), os
componentes podem ser totalmente miscíveis, parcialmente miscíveis ou imiscíveis.
Exemplos bem conhecidos desse comportamento diferenciado são os sistemas
água/álcool (perfeitamente miscíveis) e água/óleo (imiscíveis).
47
que aumentamos a cadeia hidrocarbônica do álcool, a molécula perde gradualmente sua
semelhança estreita com a água. Assim o butanol (C4H9OH) é apenas parcialmente
miscível com água e o octanol (C8H17OH) é praticamente imiscível com água.
Os solventes de um mesmo grupo são sempre miscíveis entre si. De um modo geral, os
do grupo (B) são miscíveis tanto com os do grupo (A) quanto com aqueles do grupo
(C). Os líquidos do grupo (A) não são miscíveis com aqueles do grupo (C).
48
A constante dielétrica de um meio uniforme () é definida pela equação:
q q'
F =
r2 (3.1)
Onde F é a força de atração entre duas cargas q e q’ separadas por uma distância r.
Quanto maior do meio, menor a força de atração entre as cargas, o que em outras
palavras significa que, um líquido com alta constante dielétrica é capaz de solvatar bem
íons, mantendo-os dissociados em solução. À água é um dos líquidos com maior
constante dielétrica ( 78), enquanto os líquidos orgânicos mais comuns apresentam
constantes dielétricas entre 2 e 40, como mostra a tabela de momento e constantes
dielétricas no apêndice 03.
49
Uma observação qualitativa em solubilidade é que “semelhante dissolve semelhante”.
Isto significa que moléculas polares provavelmente dissolvem-se em solventes polares,
e moléculas apolares provavelmente dissolvem-se em solventes apolares.
Para que uma substância (soluto) se dissolva em outra substância (solvente) é necessário
que ocorra interação entre as moléculas soluto-solvente. Por exemplo, soluto formado
por moléculas apolares é facilmente dissolvido em solvente apolar, pois as forças de
interação entre as moléculas do soluto e do solvente apresentam intensidades próximas,
o que facilita a interação entre elas. Soluto apolar não é dissolvido em solvente formado
por moléculas que apresentam ligações de hidrogênio, pois entre as moléculas, soluto-
solvente não existe interação, e a tendência é que as moléculas do solvente fiquem
agrupadas formando uma fase de mistura.
3.6 Densidade
A densidade é uma propriedade física que pode ser usada para identificar uma
substância, uma vez que, raramente, diferentes substâncias têm a mesma densidade.
50
A densidade é uma grandeza física que relaciona a quantidade de massa de uma
substância em um dado volume:
Massa
Densidade
Volume (3.2)
Anotações:
51
3.7 Parte Experimental
Materiais: Reagentes:
Béquer de 100 ml Álcool etílico
Bureta de 50 ml Tetracloreto de carbono
Balança MARTE Modelo 1001 Acetona
Proveta de 100 ml Benzeno
Proveta de 50 ml NaCl sólido
Tarugo de alumínio e cobre Parafina sólida
Borracha
Preencha o quadro III.1 que se segue utilizando para estes testes pequenas quantidades
das substâncias em tubos de ensaio e simbologia abaixo:
S- Solúvel I- Insolúvel
M- Miscível NM- Não Miscível
Quadro III.1
Benzeno
Água
NaCl(S)
Parafina(S)
Álcool
Tetracloreto de
carbono
Acetona
52
2ª EXPERIÊNCIA: Determinação da densidade de um material pelo deslocamento
b) Adicione cada um dos materiais a uma proveta graduada contendo uma quantidade
definida de água. Anote os volumes inicial e final da água, quando cada material é
colocado na proveta:
Quadro III.2
Massa (g)
Densidade (g/cm3)
Massa do béquer:
b) Usando uma bureta, adicione exatamente vinte cinco mililitros de água destilada no
béquer (Sistema A). Anote a massa total do sistema ( m béquer m H 2O );
53
c) Ao sistema A, adicione mais vinte cinco mililitros de água, anotando a massa total,
bem como o volume total de água (Sistema B);
d) Ao sistema B, adicione mais vinte cinco mililitros de água anotando a massa total e
o volume total de água (Sistema C).
Quadro III.3
Massa
Massa Vol. Desvio
total do d Desvio Desvio
Sistemas total de Total de Percentual
béquer c/ (g/ml) Absoluto relativo
água (g) água (ml) (%)
água
Quadro III.4
Massa Total
Massa Total de Volume Total de
Sistemas do Béquer com Densidade (g/mL)
Água (g) H2O (mL)
Água (g)
A
D
E
54
b) Seque o béquer da experiência anterior. Meça vinte cinco mililitros de água em uma
proveta de 100 ml de capacidade e transfira o líquido para o béquer seco e determine
a massa total (Sistema D).
Questionário
5) Um pedaço de prata metálica tem uma massa de 2,365 gramas. Calcule o volume da
prata sabendo-se que a densidade da prata é de 10,5 g/cm3.
a) Se uma lata de refrigerante (volume = 250,0 mL) é totalmente cheia com água
pura e então resfriada até –10 ºC. Calcule o volume que o sólido ocupará.
b) Explique se o gelo pode estar contido dentro da lata.
55
EXPERIMENTO 04
REAÇÕES ELETROQUÍMICAS
4.1 Introdução
Uma solução é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias, onde uma
substância, o soluto está dissolvido em um meio considerado solvente.
A dissolução de um sólido iônico implica na separação de cada íon dos íons de cargas
opostas que o rodeiam nos estado sólido. A água é um bom solvente para compostos
iônicos, porque cada molécula de água tem uma extremidade positivamente carregada e
outra negativamente carregada. Portanto, uma molécula de água pode atrair um íon
positivo (cátion) à sua extremidade negativa, ou pode atrair um íon negativo (ânion) à
sua extremidade positiva, como mostrado na Figura 4.1.
Os eletrólitos fracos incluem os ácidos fracos como ácido acético (HC2H3O2) e o ácido
carbônico (H2CO3), as bases fracas como, por exemplo, hidróxido de amônio (NH4OH)
e o hidróxido taloso (TlOH) e certos sais como, cloreto de mercúrio (HgCl2) e sulfato de
cádmio (CdSO4) que não se dissociam totalmente em solução aquosa.
OBS.: A dissociação pode ocorrer em muitos solventes, mas a água é o solvente mais
importante.
57
Tabela IV.1 - Classificação de Solutos (soluções diluídas)
Eletrólitos
Não eletrólitos Eletrólitos Fracos
Fortes
Cloreto de
Fluoreto de
Etanol (C2H5OH) Hidrogênio
Hidrogênio (HF)
(HCl)
Numa reação de redox (oxidação e redução) uma substância ou espécie perde elétrons,
sofre oxidação; enquanto outra substância ou espécie ganha elétrons, sofre redução.
Exemplos:
a) Na(s) Na+(aq) + e-
Oxidação
b) 2Cl-(aq) Cl2(g) + 2 e-
58
c) Ca2+(aq) + 2 e- Ca(s)
Redução
d) 2 H+(aq) + 2 e- H2(g)
Em uma reação redox, a substância ou espécie que ganha elétrons é chamada agente
oxidante e aquela que perde elétrons é chamada de agente redutor.
Oxidação
....... - 4 -3 - 2 -1 0 +1 +2 +3 +4 .......
Redução
A espécie que perde elétrons sofre oxidação. A outra espécie que ganha elétrons sofre
redução.
59
No processo abaixo:
A substância ferro (Fe) perde elétrons, e teremos a seguinte meia - reação de oxidação:
A espécie ionizada, íons cúpricos (Cu2+), ganham elétrons; a meia reação de redução
será:
A concentração de íons Cu2+ decresce na solução sendo depositada na placa de ferro sob
a forma reduzida de Cu(s) .
O Fe(s) está em contato com a solução de CuSO4(aq); neste caso, os elétrons são
transferidos diretamente do agente redutor para o agente oxidante.
Numa reação REDOX, temos pelo menos dois reagentes: um deles é o agente oxidante;
o outro, o agente redutor.
60
OBS. 2: O agente oxidante é o responsável pela oxidação da outra espécie. Para que isto
ocorra, ele deve aceitar elétrons desta espécie. Portanto, o agente oxidante, ele
próprio, é reduzido na reação. Na semi-equação 4.1.(b), temos o Cu2+(aq) como
agente oxidante.
OBS. 3: O agente redutor é o responsável pela redução da outra espécie. Para que isto
ocorra, ele deve doar elétrons a esta espécie. Portanto, o agente redutor é ele
próprio, oxidado na reação. Na semi-equação 4.1.(a), temos o Fe(s) como
agente redutor.
61
4.3 Parte Experimental
Materiais: Reagentes:
Béquers Solução aquosa de CuSO4 0,5 mol/L
Lâminas de: Cobre (Cu) Solução aquosa de FeSO4 0,5 mol/L
Ferro ( Fe ) Solução aquosa de ZnSO4 0,5 mol/L
Zinco (Zn) Solução aquosa de AgNO3 0,5 mol/L
Chumbo (Pb) Solução aquosa de Pb(NO3)2 0,5 mol/L
Lixas
62
c) Na superfície de cada placa metálica adicione gotas das soluções aquosas conforme a
ordem do quadro acima.
d) Após alguns minutos, lavar com água de torneira, observe os resultados e escreva as
equações representativas das reações que ocorreram.
Quadro IV.1
63
Questionário:
64
EXPERIMENTO 05
PILHAS GALVÂNICAS
5.1 Introdução
Numa pilha galvânica utiliza-se de uma reação espontânea de oxiredução como fonte de
energia. Nesse caso, as reações de oxiredução ocorrem quando os agentes oxidantes e
redutores não estão em contato direto; portanto, a pilha deve ser construída separando-
se fisicamente a reação global em duas semireações eletródicas, uma delas envolvendo a
oxidação e a outra a redução.
65
No ânodo (polo negativo), átomos de magnésio se dissolvem deixando elétrons no
metal, já que os mesmos não podem existir livres em solução e formando íons magnésio
que vão para a solução.
No cátodo (polo positivo), íons prata são removidos da solução à medida que recebem
elétrons e aí se depositam como átomos de prata. A neutralidade elétrica das soluções é
estabelecida pelo fluxo de íons através de uma ponte salina. O fluxo de elétrons do
ânodo para o cátodo pode ser detectado por um voltímetro que fornece a diferença de
potencial entre os eletrodos.
A tendência que possui um elemento para perder ou ganhar elétrons varia de acordo
com sua posição na série eletroquímica. O potencial normal de redução é uma
quantitativa desta tendência. Como não é possível medir o potencial absoluto de um
eletrodo, mede-se seu potencial relativo tomando como padrão o eletrodo normal de
hidrogênio, ao qual foi atribuído, arbitrariamente, o potencial 0,00 volts.
Atribui-se potenciais de redução negativos (-) aos eletrodos que perdem elétrons mais
facilmente que o hidrogênio; aos outros são atribuídos potenciais positivos (+). A série
eletroquímica é de grande valia para a previsão da espontaneidade das reações de
oxiredução.
G - n.F.E (5.2)
66
5.2 Eletrodos nas pilhas galvânicas
67
5.3 Pilhas Galvânicas
A pilha é caracterizada por uma diferença de potencial entre seus eletrodos, em circuito
aberto – é a sua força eletromotriz. Ela é, segundo a convenção de sinais usada pela
IUPAC, igual a:
A diferença de potencial padrão (d. d. p) padrão, para uma reação numa pilha, é a d. d. p
medida quando todos os íons e moléculas em solução estão na concentração 1 mol/L e
todos os gases estão na pressão de 1 atm. Quando um voltímetro ou outro dispositivo de
medida de tensão é ligado a uma pilha ele indica uma diferença de potencial elétrico
(volts).
68
5.4 Efeito da concentração sobre a d. d. p. da pilha
Nesta equação, as barras verticais simples (/) identificam a interface metal – íon
metálico e, a dupla (//), identifica a presença de uma ponte salina (que fecha o circuito
interno dentro da solução eletrolítica), e a ligação entre os metais, através de um
condutor metálico, que corresponde ao circuito externo.
A 25 ºC, a tensão que a célula produz é 1,10 V. Se a concentração dos íons zinco for
reduzida abaixo de 1mol/L, poderemos supor, de acordo com o princípio de Le
Chatelier, que uma diminuição da [Zn2+] acarretará um aumento da tendência de ocorrer
a reação de oxidação e, assim, deveremos observar um aumento na tensão produzida
pela célula. Semelhantemente, com um decréscimo da [Cu2+] na pilha de Daniell,
decresce a tendência de ocorrer a reação de redução no cátodo e, igualmente, de ocorrer
a reação da célula; portanto, a tensão observada na célula é inferior ao valor 1,10 V.
aA bB cC dD (5.5)
Nesta equação:
n+
M (aq) + n e- M (s) (Cátodo) (5.8)
RT 1
E Pilha = E oPilha - ln n+ (5.9)
nF [M ]
70
Ou
RT
E Pilha = EoPilha + ln [M n+ ] (5.10)
nF
0,0591 1
E Pilha = E oPilha - log n+ (5.11)
n [M ]
0,0591
Ou E Pilha = EoPilha + log [M n+ ] (5.12)
n
Pela equação de Nernst observa-se que aparece uma diferença de potencial entre dois
eletrodos quando:
71
As pilhas eletroquímicas citadas anteriormente podem proporcionar diferenças de
potenciais úteis, mas estes potenciais caem rapidamente à medida que as concentrações
dos reagentes se alteram com a operação da pilha. Na prática, se busca projetos de
baterias e pilhas capazes de fornecerem corrente a um potencial constante.
- Baterias primárias: são as baterias que não são facilmente recarregadas. Como
exemplos, citam-se: pilha seca de Leclanché, pilha alcalina, pilha de mercúrio.
- Baterias secundárias: são aquelas que podem ser recarregadas, também conhecidas
como acumuladoras. Citam-se: bateria de chumbo (automóvel), bateria de níquel-
cádmio, pilhas de íon de lítio;
O sistema, como o de uma pilha eletroquímica, além de ser fonte de energia para
diversas aplicações industriais, é também um sistema de corrosão metálica, onde o
metal corroído funciona como anodo, sendo deteriorado pelo meio eletrolítico. Por
definição, corrosão é “deterioração de um material, geralmente metálico, por ação
química ou eletroquímica do meio ambiente, aliada ou não a esforços mecânicos”.
72
De acordo com essas observações, pode-se dizer que nos processos de corrosão devem
ser destacados os principais tipos de pilhas eletroquímicas, nas quais se verifica que as
reações ocorridas espontaneamente, criam uma força eletromotriz.
É o tipo de pilha que ocorre quando dois metais ou ligas metálicas diferentes estão em
contato e imersos num mesmo eletrólito, é a chamada pilha galvânica ou corrosão
galvânica, como mostra a Figura 5.1. Por observações práticas, sabe-se que o metal
mais ativo (menor potencial de redução) na tabela de potencial de eletrodo (veja
apêndice 04) é aquele que funciona como ânodo da pilha.
73
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.1: (a) Esquema de uma pilha galvânica e (b) Corrosão galvânica em
tubulação, (c) Lata fabricada com folha de flande (aço estanhado) e (d) Célula
galvânica Fe/Cu
b) Pilha de concentração
Existem casos em que se têm materiais metálicos de mesma natureza, mas que podem
originar uma diferença de potencial formando pilhas e, ocasionando processos de
74
corrosão. Isto ocorre quando se tem um mesmo material metálico em contato com
diferentes concentrações de um mesmo eletrólito ou em contato com o mesmo
eletrólito, porém em locais em que os teores de gases dissolvidos são diferentes.
Pilha formada por material metálico de mesma natureza, em contato com soluções de
diferentes concentrações.
(c)
Figura 5.3: Pilha de aeração diferencial – (a) Diagrama esquemático de uma pilha,
Casos reais de aeração diferencial indicados pela seta (b) Juntas rebitadas e (c)
Acúmulo de água em uma superfície
Corrente
An+ Bn- A+B (5.13)
Elétrica
An+ + n e- A (5.13.a)
Bn- B + n e- (5.13.b)
76
A pilha, ou célula eletrolítica, que tem importância no estudo de corrosão é aquela na
qual um dos eletrodos funciona como ânodo ativo, isto é, perdendo elétrons e, portanto,
oxidando-se.
77
(a)
(b)
(c)
Figura 5.5: Exemplos de usos de células eletrolíticas - (a) Célula Eletrolítica para
produção de detergente ecológico (b) Sistema de células eletrolíticas ligados em
série para eletrodeposição industrial de níquel, estanho, cromo, etc. e (c) Objetos
recobertos com níquel através da eletrólise
78
d) Pilha de gradientes térmicos
A pilha de gradiente térmico costuma ocorrer quando se tem o material metálico imerso
em eletrólito que apresenta áreas diferentemente aquecidas. O potencial de uma pilha de
gradiente térmico é dado, de forma aproximada, pela seguinte equação:
E = - f(T) dT
T2
T1
(5.14)
79
Formam-se, então, pequenos pontos de metal ativo (ânodos) circundados por grandes
áreas de metal passivo (cátodos).
Figura 5.6: Pode-se verificar um estágio de corrosão avançado por pilha de ação
local devido à deposição de lixo e conseqüente retenção de umidade em aço
galvanizado (aço carbono revestido superficialmente com zinco)
80
As causas determinantes da pilha de ação local são:
81
5.6 Parte Experimental
Materiais: Reagentes:
Béquer de 100mL e de 250 mL CuSO4 0,001 mol/L e 1,0 mol/L
Pipeta de 10 mL FeSO4 1,0 mol/L
Tubo de vidro em U NaCl 3% (Ponte salina)
Voltímetro ZnSO4 1,0 mol/L
Placas de Cu, Fe, e Zn
Lixas
a) Preencha totalmente o tubo em U com a solução de NaCl 3%. Após, feche as suas
extremidades com chumaços de algodão, e verifique se não há a formação de bolhas
na parte interna do tubo. Se ocorrer a formação de bolha, esvazie o tubo em U e faça
novamente o preenchimento do mesmo.
b) Monte as pilhas galvânicas abaixo (cada grupo de alunos monta uma pilha), faça a
leitura no voltímetro, identifique o ânodo e o cátodo. Calcule a diferença de potencial
das pilhas com os dados da série eletroquímica, comparando-os com valores obtidos
experimentalmente.
82
Quadro V.1
Pilhas Anodo Catodo Potencial teórico Potencial prático
83
b) Posteriormente dilua a solução mais diluída com 50 mL de água destilada. Faça a
leitura do novo potencial.
84
Questionário
3) Escreva uma equação química balanceada para a reação global na pilha representada
por:
4) Desenhe um diagrama para uma pilha galvânica representada por cada uma das
reações. Indique ânodo, cátodo e a direção do fluxo de elétrons no circuito.
85
EXPERIMENTO 06
ELETROQUÍMICA - CÉLULAS ELETROLÍTICAS
6.1. Introdução
Os elétrons envolvidos em uma ligação metálica são relativamente livres para mudar-se
de átomo em átomo; desse modo, se for aplicada uma diferença de potencial entre duas
partes de um metal esses elétrons da estrutura metálica migram na direção da região
carregada positivamente, deslocando-se sucessivamente dos orbitais de um átomo para
os seus vizinhos. Diz-se, então, que os metais conduzem a corrente elétrica
eletronicamente.
86
Os líquidos que contêm íons podem sofrer um processo de eletrólise e são condutores
de corrente elétrica. Esses líquidos são designados eletrólitos; as soluções são,
comumente, chamadas eletrolíticas.
Por outro lado, os líquidos (soluções) que contêm apenas moléculas não sofrem
eletrólise e não são capazes de conduzir a corrente elétrica.
87
O eletrodo em que ocorre redução é sempre chamado cátodo, enquanto que o ânodo é
sempre o eletrodo no qual ocorre oxidação:
Se o ânodo de uma célula deste tipo é feito de cobre impuro (99%), é possível depositar
no cátodo cobre de pureza (99,98%). Então, este e outros processos de refinação
eletrolítica encontram emprego considerável na preparação de grandes quantidades de
metais de elevada pureza.
A. Suspensos acima de cada cátodo tem-se vários blocos de carbono que servem como
ânodo (eletrodo positivo). Os ânodos são suspensos por hastes no banho eletrolítico
fundido, no qual a alumina é dissolvida.
2 Al2O3 + 3 C 4 Al + 3 CO2
C. Cada célula eletrolítica é feita de uma vazo de aço revestido por tijolos refratários e
blocos de carbono, que servem como cátodo (eletrodo negativo).
Em uma célula eletrolítica, conforme Figura 6.3 e 6.4, uma solução aquosa de ácido
clorídrico (íons H+ e Cl-) é colocada entre dois eletrodos de grafite ligados por fios
metálicos aos terminais de uma bateria. O circuito é equipado com um interruptor e com
uma lâmpada.
89
Considere que, no princípio da experiência, o interruptor esteja aberto, de modo que só
um dos eletrodos esteja ligado à bateria. Nestas condições, nenhuma reação química é
observada em qualquer dos dois eletrodos.
Quando o interruptor está aberto, os íons positivos H+(aq) e negativos Cl-(aq) presentes na
solução de ácido clorídrico estão em movimento contínuo aleatório. Logo que o
interruptor é fechado, o eletrodo de grafite ligado ao terminal negativo da bateria fica
carregado negativamente, e o eletrodo de grafite que está ligado ao terminal positivo da
bateria fica carregado positivamente; então, os íons positivos e negativos em solução
começam a ter deslocamento dirigido, por causa da atração dos eletrodos carregados. Os
íons hidrogênio hidratados carregados positivamente tendem a migrar para o eletrodo
negativo, os íons cloreto hidratados carregados negativamente tendem a migrar para o
eletrodo positivo. Esse movimento dirigido dos íons em direção aos eletrodos de carga
oposta é muito lento, porque a migração se opõe às colisões freqüentes com as
moléculas de água circundantes. Embora a migração dos íons em direção aos eletrodos
de carga oposta seja lenta, o número de íons existentes é muito elevado se a
concentração de solução HCl(aq) for 1mol/L de modo que o número de íons presentes na
vizinhança de cada eletrodo é suficiente para produzir uma reação perceptível, como a
evolução de bolhas de gás.
Quando 2 eletrodos são submersos em água pura não acontece nada. A água não é boa
condutora de eletricidade porque a concentração dos íons H+(aq) ou [H3O+(aq)] e OH-(aq) é
muito pequena: 1x10-7 mol/L. Quando se adiciona uma pequena quantidade de uma
substância iônica, como cloreto de sódio (NaCl), ocorrem as seguintes reações:
91
Quando se tem uma solução concentrada de NaCl (Figura 6.5) as reações passam a ser:
A reação completa é:
O quadro VI.1 apresenta três células eletrolíticas de NaCl, variando-se seu estado físico:
Quadro VI.1
Produto
Voltagem mínima
Material Estado Ânodo Cátodo
requerida (volts)
92
6.6. Leis de Faraday
Em 1832, Faraday descobriu duas leis de importância fundamental sobre a relação que
existem entre a quantidade de eletricidade que passa através de uma solução e a
quantidade de matéria gerada nos eletrodos.
A primeira lei de Faraday da eletrólise estabelece que “os pesos das substâncias
formadas nos eletrodos durante a eletrólise são diretamente proporcionais à quantidade
de eletricidade que passa através do eletrólito (solução ou massa fundida)”. Por
exemplo, se 1 mol de elétrons (6,02 x 1023 elétrons) depositam 107,88 g de prata (1
mol), 2 mol de elétrons (2 x 6,02x1023 elétrons) depositarão 2 x 107,88 g de prata (2
mol).
A Segunda lei de Faraday da eletrólise estabelece que “as massas das diversas
substâncias formadas pela passagem da mesma quantidade de eletricidade são
proporcionais aos pesos equivalentes de cada substância”.
Faraday descobriu que íons de um metal são depositados no estado sólido quando uma
corrente elétrica circula através de uma solução iônica de um sal do metal. Cada elétron
que atravessa o circuito transporta uma carga igual a 1,6 x 10-19 C. Então, se X elétrons
atravessam o circuito metálico, eles transportarão uma carga de X 1,6 x 10-19 C. Logo,
para um mol de elétrons podemos escrever:
93
Portanto, pode-se concluir:
A carga Q (em Coulomb, C) que atravessa o circuito poder ser calculada, multiplicando-
se a corrente (em ampère, A) que atravessa o circuito pelo tempo total (em segundos, s)
da operação de eletrólise. É a conhecida equação: Q=it (6.11)
94
6.7. Parte Experimental
Materiais: Reagentes:
95
Figura 6.6: Célula eletrolítica em solução de NaCl
Quadro VI.2
Anodo
Catodo
Reação Global:
96
Figura 6.7: Célula eletrolítica em solução de H2SO4
Quadro VI.3
Reação anódica:
Reação catódica:
Reação global:
Observações:
97
Figura 6.8: Eletrólise com eletrodos em série
b) Após ligar os eletrodos nos pólos da fonte de corrente contínua complete os quadros
VI.4 e VI.5:
Quadro VI.4
BÉQUER A
Reação anódica:
Reação catódica:
Reação global:
Observações:
Quadro VI.5
BÉQUER B
Reação anódica:
Reação catódica:
Reação global:
Observações:
Obs.: I2 + KI KI3. O Iodo é solúvel em KI dando o KI3 de cor castanho avermelhado.
98
Questionário:
99
EXPERIMENTO 07
CINÉTICA QUÍMICA I
7.1. Introdução
Toda reação química leva certo tempo para se completar: Reagentes Produtos.
Comparemos dois fatos relativamente comuns: um palito de fósforo que é aceso e uma
fruta que apodrece. Ambos envolvem reações químicas, mas estas reações químicas têm
uma característica que as distingue naturalmente, além de se relacionarem as
substâncias completamente diferentes, é que uma ocorre de forma explosiva e a outra,
muito lenta.
Dizemos que essas duas reações distinguem-se entre si pelas suas velocidades.
Enquanto a “explosão” do fósforo é caracterizada por uma velocidade alta, a
decomposição da fruta é uma reação de velocidade bem mais baixa. A corrosão dos
metais é uma reação lenta quando comparada com a neutralização de um ácido por uma
base. Reações diferentes podem ter velocidades diferentes, mas, uma mesma reação,
quando realizada em diferentes condições, pode apresentar também diferentes
velocidades.
Uma das finalidades da cinética química é o estudo das velocidades das reações
químicas e dos fatores que as modificam, entre os quais se destacam:
100
O termo velocidade de reação é usado para expressar a maior ou menor rapidez com a
qual se processa uma reação química do tipo (A P) e é medida pela quantidade de
substâncias transformadas ou formadas em um determinado intervalo de tempo.
1 dna
ra = - (7.1)
Va dt
Como regra geral, no caso de um sistema que reage à temperatura e pressão constantes,
a velocidade da reação não é constante em relação ao tempo. Na maioria dos casos, a
velocidade tem o seu valor máximo no início da reação, quando os reagentes acabaram
de ser misturados; depois, a velocidade decresce gradualmente e, finalmente, torna-se
constante quando o sistema atinge o estado de equilíbrio.
Quando se junta solução aquosa de íon bário à solução aquosa de íon sulfato, o
precipitado se forma quase que instantaneamente [ Ba2+(aq) + SO42-(aq) BaSO4(s) ].
101
Por outro lado as reações que acontecem no cimento durante a pega do concreto levam
anos para se completarem.
Quando numa reação química um dos reagentes se encontra no estado sólido, o tamanho
das partículas (dado pela área superficial As) é um dos fatores que controla a velocidade
da reação, além da temperatura e da concentração dos reagentes gasosos ou líquidos. A
expressão da taxa de velocidade de reação química é dada por:
1 dn a
ra = - (7.2)
A s dt
Uma vez que muitas partículas pequenas possuem uma área bem maior do que uma
partícula grande, de mesma massa total, diminuindo o tamanho da partícula, aumenta-se
a superfície de contato e consequentemente a velocidade da reação.
Por exemplo, cortando-se um tronco em pequenos pedaços de madeira, com uma grande
área superficial total, pode-se acender uma fogueira com maior facilidade.
Pode-se acelerar uma reação química aumentando a freqüência das colisões e a fração
das moléculas cuja energia seja suficiente para reagir. Além disso, sabe-se que este
aumento da velocidade pode ser atingido através dos fatores, isoladamente ou em
conjunto: aumento da temperatura, aumento da concentração de um ou mais reagentes e
através do uso de um catalisador.
As moléculas para reagirem necessitam ter uma energia cinética mínima, que pode ser
considerada como uma barreira de energia que deve ser vencida pelos reagentes para
que a reação ocorra. A energia necessária para vencer esta barreira é denominada
“energia de ativação”. Pode-se dizer que a energia de ativação é quantidade de energia
que devemos dar aos reagentes para que eles se transformem em complexo ativado
(Figura 7.1).
103
Como visto na Figura 7.1, o uso do catalisador diminui acentuadamente a energia de
ativação.
104
7.5 Parte Experimental
Materiais: Reagentes:
Tubos de ensaio KMnO4 0,1 N
Estante para tubos H2SO4 4N
Cronômetro FeSO4 0,1N
Pipetas H2C2O4 0,1N
Béqueres Lâmina de zinco
Zinco em pó
HCl concentrado
Peróxido de Hidrogênio
MnO2 em pó
Reação:
Oxidante Redutor
2 KMnO4(aq) + 8 H2SO4(aq) + 10 FeSO4(aq) 2 MnSO4(aq) + 5 Fe2(SO4)3(aq) +
K2SO4(aq) + 8 H2O(l)
105
II) Reação usando H2C2O4 como um dos reagentes:
Oxidante Redutor
2 KMnO4(aq) + 3 H2SO4(aq) + 5 H2C2O4(aq) 2 MnSO4(aq) + K2SO4(aq) + 10 CO2(g) +
8 H2O(l)
Quadro VII.1
Tempo de
Tubo Análise dos resultados
reação
b) Adicione em cada tubo cerca de 2mL de HCl concentrado, como mostrado na Figura
7.1, tomando-se o cuidado na adição do ácido ao pó;
106
Figura 7.2: Representação esquemática dos tubos de ensaios
Quadro VII.2
107
Figura 7.3: Representação esquemática dos tubos de ensaios
108
Quadro VII.3
Questionário:
6) Cite razões para que se use um catalisador como o Platina - ródio, extremamente
caro, na produção industrial do ácido nítrico.
109
EXPERIMENTO 08
CINÉTICA QUÍMICA II
8.1. Introdução
A cinética química tem importância sob diversos aspectos. De uma parte ela é a fonte
mais útil de informação de como as reações químicas ocorrem – isto é, o mecanismo das
reações químicas – que é um dos problemas mais interessantes da química moderna. Por
outro lado, um conhecimento das velocidades das reações é essencial para o sucesso de
muitos processos químicos industriais; ele permite ao químico selecionar as condições
de uma reação de modo a obter a velocidade ótima nas condições mais econômicas.
A velocidade de uma reação entre moléculas gasosas depende, além do efeito estérico
(efeito de orientação), da (1) freqüência das colisões moleculares e da (2) fração de
moléculas que colidem possuindo energia suficiente para reagir. Esses dois fatores são
diretamente afetados por uma das condições sob as quais a reação está se processando,
ou seja, a temperatura, conforme mostra a Figura 8.1.
110
Figura 8.1: Efeito da temperatura na cinética de reação química - Freqüência de
colisões – Distribuição de Boltzmann para a energia cinética das
moléculas, em temperaturas distintas, T1 e T2, onde T1 < T2
O número de colisões moleculares das moléculas que possuem energia suficiente para
superar a barreira imposta pela energia de ativação é diretamente proporcional à área
abaixo da curva de distribuição de Boltzmann, a direita da abscissa Ea, que representa a
energia de ativação. Na temperatura T1, esta área esta representada pela cor cinza
escuro. Por outro lado, a área correspondente a T2, superior a T1, é representada pela cor
cinza claro. Obviamente, como mostra o gráfico, o número de colisões necessárias para
romper a barreira de Ea é alto, em altas temperaturas. Como resultado, as taxas de
reação aumentam consideravelmente. Logo, um pequeno aumento na temperatura causa
um relativo aumento na taxa de reação.
Ea
k -
E a - R.T Ln k A e R.T
(8.1)
A
112
orientação favorável e serem capazes de se estabelecer na colisão. Para que a reação
aconteça e ultrapasse a energia de ativação, a temperatura, orientação e energia das
moléculas devem ser substanciais; esta equação controla a soma de todas estas coisas.
Uma regra geral aproximada é que aumentando a temperatura em 10 graus irá dobrar a
velocidade da reação, na ausência de quaisquer outros efeitos dependentes da
temperatura, devido a um aumento do numero de moléculas que terá a energia de
ativação.
A velocidade de corrosão (ou de qualquer outra reação química) pode ser classificada
em velocidade média e velocidade instantânea.
113
Variação da concentração [ ]inicial - [ ]final
Velocidade média = r = - = - (8.2)
Intervalo de tempo t inicial - t final
[reagente] [produtos]
r = - ou r = (8.3)
t t
No entanto, a velocidade de reação não muda somente com a variação do tempo, mas
também muda de forma contínua. Isto quer dizer que os valores medidos mudam
instantaneamente. A fim de reduzir ao mínimo o erro provocado por estas medições,
parece adequado medir a velocidade de reação em intervalos de tempos pequenos, se
comparados aos intervalos maiores para a reação global terminar. Assim, pode-se
escolher um intervalo de variação de concentração tão pequeno (infinitesimal), dX,
114
onde X representa a variação de concentração em um intervalo de tempo dt; então,
podemos aproximar a velocidade média para a velocidade instantânea, segundo a
seguinte equação:
[X] dX
ri = lim r = lim - ri = -
t 0 t
t 0
(8.4)
dt
a seguir:
3 x 10 -3 mol/L
ri - - 3,3 x 10 -5 mol/L.s
90 s
115
1,3 x 10 -3 mol/L
ri - - 4,81 x 10 -6 mol/L.s
273 s
Portanto, a velocidade de reação pode ser medida a qualquer tempo, desde que as
misturas dos reagentes alcancem o equilíbrio. Ademais, é fácil perceber que a
velocidade instantânea inicial da reação é àquela medida quando se misturam os
reagentes.
Termômetro
A velocidade média de corrosão pode ser
obtida pela medida da diferença de peso
Fio de nylon
apresentada pelo material metálico ou
Rolha de borracha
pela determinação da concentração de
íons metálicos em solução durante
Célula eletroquímica intervalos de tempo de exposição ao
(solução eletrolítica) Amostra
meio corrosivo, é o chamado método de
perda de massa ou método gravimétrico.
116
8.5. Parte Experimental
“... A reação pode ocorrer, tendo-se em vista a estabilidade dos reagentes e produtos?
Sob que condições a velocidade, a velocidade da reação é suficientemente rápida para
que o método seja prático?...”
(Química Geral — Linus Pauling)
Materiais: Reagentes:
Tubos de ensaio Solução de IO-3 0,02 mol/L
Estante para tubos Solução de HSO-3 0,02%
Cronômetro
Béqueres
Pipetas
117
d) Agite cada tubo para homogeneizar a solução.
Equação da reação:
118
g) Analise e comente os resultados obtidos na experiência realizada baseados na teoria
cinética.
0,02 VIodato
f) Faça o gráfico experimental: concentração vs. tempo: C F
VFinal 10,0
119
d) Junte a solução de IO-3 à solução de HSO-3, agite para homogeneizar a solução, e
mantendo o tubo com a solução dentro do banho, marque o tempo para que a reação
se processe.
Quadro VIII.2
Tempo total de reação (s)
T (ºC) Grupo 01 Grupo 02 Grupo 03 Grupo 04 Grupo 05
Reação no
banho de
gelo
Reação do
tubo (1) da
experiência
anterior
Questionário
1) Nas duas experiências realizadas, explique porque ocorre o aparecimento da cor azul
nas reações entre IO-3 e HSO-3.
2) Explique em que conceito você se baseou na comparação dos resultados das duas
experiências.
4) Explique a afirmativa: “O aço queima com dificuldade no ar que tem apenas 20% de
O2, mas queima com chama branca e brilhante no oxigênio puro”.
120
EXPERIMENTO 09
CORROSÃO I - CORROSÃO QUÍMICA E
ATMOSFÉRICA
9.1. Introdução
Quase todos os metais são considerados termodinamicamente instáveis. Eles têm uma
tendência natural para sofrerem destruição, devido à reação com o meio ambiente,
atingindo um estado estável pela formação de um composto do metal.
O ferro, por exemplo, ocorre na natureza sob forma de óxidos estáveis, a partir dos
quais por redução térmica, se obtém ferro elementar. Mas, como este é
termodinamicamente instável, tende a voltar espontaneamente para sua condição de
maior estabilidade, oxidando-se e conseqüentemente sofrendo destruição, como mostra
a Figura 9.1. Esta é a causa básica da corrosão, isto é, a tendência espontânea que os
metais apresentam para retornar ao estado estável.
121
9.2. Atmosfera
122
amônia, NH3; cloreto de hidrogênio, HCl; fluoreto de hidrogênio, H2F2; e cloro, Cl2,
aceleram o processo de corrosão.
123
Os ventos – podem arrastar, para as superfícies metálicas, agentes poluentes e
névoa salina; dependendo da velocidade e da direção dos ventos, esses poluentes
podem atingir instalações posicionadas até em locais bem afastadas das fontes
emissoras;
124
9.3. Parte Experimental
Materiais
Caixa de fósforos
Pinça metálica
Placas de ferro (Fe) e cobre (Cu)
Fita de magnésio
Lixas
Tubos de ensaio
Suporte para os tubos
Lâminas de aço
Lã de aço (bombril)
Tubo de ensaio de boca larga
Béquer
Reagentes
125
1ª EXPERIÊNCIA: Corrosão dos metais Fe, Cu e Mg aquecidos no ar
a) Limpe uma placa de Fe com uma lixa, lave e seque com papel.
OBS.: Não olhe diretamente para a fita quando esta estiver queimando.
126
d) Anotar no quadro IX.1 abaixo os resultados:
Quadro IX.1
Fe
Cu
Mg
e) Anotar as equações das reações químicas ocorridas nas placas durante o aquecimento.
I) Água de torneira.
II) Solução de ácido clorídrico 6 mol/L.
III) Solução de ácido sulfúrico 3 mol/L.
IV) Água salgada (NaCl 3%).
V) Lâmina testemunho em tubo vazio.
127
Figura 9.7: Placas de ferro e soluções diversas
128
b) Assinale o nível de água no tubo de ensaio.
129
Questionário
3) Na 2ª experiência cite pelo menos dois meios que foram mais agressivos às placas.
4) Entre o HCl e o H2SO4 qual foi o que mais provocou corrosão na placa? Explique.
130
EXPERIMENTO 10
CORROSÃO II - CORROSÃO GALVÂNICA E
AERAÇÃO DIFERENCIAL
10.1. Introdução
A corrosão galvânica ocorre quando dois metais diferentes são postos em contato um
com outro e expostos a um eletrólito. O metal menos nobre será o ânodo e por isso se
dissolverá enquanto o mais nobre agirá como cátodo (Figura 10.1). Dependendo da
natureza do meio corrosivo, as reações catódicas podem ocorrer pelos processos de
desprendimento de hidrogênio ou absorção de oxigênio.
131
A corrosão por aeração diferencial (Figura 10.2) ocorre quando um material metálico é
exposto a regiões diferentemente aeradas, sendo o ânodo a área menos aerada e o cátodo
a mais aerada.
Outra forma freqüente de corrosão galvânica é quando se tem um metal em contato com
soluções contendo íons, facilmente redutíveis, de um metal que seja catódico em relação
ao primeiro. Assim, tubulações de alumínio em presença de sais, por exemplo, de
Cu2+(aq) e Hg2+(aq), sofrem corrosão localizada, produzindo pites (pequenos orifícios).
Isto ocorre porque o alumínio reduz os íons Cu2+(aq) ou Hg2+(aq) para os metais
respectivos, sofrendo consequentemente oxidação.
132
Além desse ataque inicial o metal formado se deposita sobre a superfície de alumínio e
cria uma série de micropilhas galvânicas, nas quais o alumínio funciona como ânodo,
sofrendo corrosão acentuada, como mostra a Tabela X.1.
Corrosão em miligramas
Segundo metal
Ferro Segundo metal
133
Trocadores ou permutadores de calor, com feixe de tubos de alumínio; à
presença de pequenas concentrações de Cu2+ na água de refrigeração
ocasiona, em pouco tempo, perfurações nos tubos;
Figura 10.3: Feixes de tubo de alumínio para trocador de calor, antes e após o
processo de corrosão
(a) (b)
Figura 10.4: Caldeira – (a) Vista da tubulação, (b) Incrustação de compostos de
cobre em caldeira aquatubular
134
Tanques de aço carbono ou de aço galvanizado. A corrosão galvânica é
ocasionada pela presença de cobre ou compostos originados pela ação
corrosiva ou erosiva da água sobre a tubulação de cobre que alimenta o
tanque. Por isso deve-se evitar, sempre que possível que um fluido circule
por um material metálico catódico antes de circular por um que lhe seja
anódico.
(a)
(b) (c)
135
10.3. Corrosão por aeração diferencial
Este tipo de corrosão é o que ocorre na “linha dágua das partes metálicas parcialmente
imersas em uma solução (Figura 10.6). Ao mergulhar uma peça de metal, zinco, por
exemplo, em uma solução diluída de um eletrólito qualquer, e a solução não é agitada,
as partes acima e adjacentes a linha dágua são mais fortemente aeradas devido a
facilidade de acesso do oxigênio a estas áreas que, portanto, tornar-se-ão catódicas. Na
136
parte imersa a maior profundidade, a concentração de oxigênio é menor, sendo esta, por
conseguinte, anódica.
Figura 10.7: Corrosão tipo “linha dágua” provocada pela água do mar, associada à
presença de microorganismos
Outro exemplo de corrosão por aeração diferencial tipo linha dágua, ocorre nas
estruturas, estacas, etc. mergulhadas parcialmente na água do mar (Figura 10.7).
137
10.4. Parte Experimental
Materiais
Béquer 100 mL
Tubo de ensaio de boca larga
Suporte para tubos de ensaio
Lâminas de ferro, alumínio e cobre
Fio de cobre
Lixas
Reagentes
Água de torneira
Água salgada (3% de NaCl)
Ácido clorídrico 1N
Ácido clorídrico concentrado
Ácido sulfúrico 1N
Ácido sulfúrico concentrado
Lâmina testemunho em tubo vazio
Solução de NaOH 0,1N
Solução de HCl 0,5N
Solução de ferricianeto de potássio [K3Fe(CN)6] 1N
Solução de fenolftaleína (1%)
138
1ª EXPERIÊNCIA: Corrosão do ferro em soluções diversas
a) Coloque as placas de ferro, previamente lixadas com lixa dágua, imersas nas
soluções relacionadas acima, dentro de tubos de ensaio rotulados. Após 7 (sete) dias
verifique os resultados.
I. Água de torneira.
II. Água salgada (3% de NaCl)
III. Ácido clorídrico 1 mol/L
IV. Ácido clorídrico concentrado
V. Ácido sulfúrico 0,5 mol/L
VI. Ácido sulfúrico concentrado
VII. Lâmina testemunho em um tubo vazio
Quadro X.1
II
III
IV
VI
139
2ª EXPERIÊNCIA: Corrosão galvânica I
b) Monte uma célula galvânica para cada par de metais e coloque-as nas respectivas
soluções.
b) Após uma semana, verifique como estão as placas de cada um dos pares, indicando
em cada par qual metal funcionou como anodo, usando a solução de ferricianeto de
potássio para indicar a presença ou não dos íons de Fe nos eletrólitos.
Semi-reação Semi-reação
Par Anodo Reação global
anódica catódica
II
III
Quadro X.3
Par Fe Cu
Cor observada
Eletrodo
Semi-reações
ocorridas
Função dos
indicadores
a) Coloque em uma placa de ferro, limpa, 2 gotas de solução de cloreto de sódio e sobre
estas gotas acrescente 1 gota de solução de ferricianeto de potássio e 1 gota de
solução de fenolftaleína.
141
Figura 10.10: Aeração diferencial
142
Questionário
143
EXPERIMENTO 11
CORROSÃO III - CORROSÃO SELETIVA E
DO ALUMÍNIO
11.1. Introdução
11.2. Dezincificação
145
Como o zinco é mais redutor que o cobre pode-se supor que a imersão do latão em um
eletrólito ocasiona a corrosão do zinco, permanecendo o cobre em estado metálico, de
acordo com as reações (meio neutro ou básico aerado):
146
11.3. Parte Experimental
Materiais
Placas de latão
Béquer
Lâmina de alumínio
Lixa dágua
Pipeta
Reagente
b) Após cerca de 5 minutos retire a placa da solução e limpe com papel toalha a
superfície da mesma.
c) Dobre a placa de latão nas duas partes (parte imersa na solução e parte não imersa).
Observe o ocorrido.
147
d) Escreva a equação química representativa do processo corrosivo ocorrido.
Observações:
Equação química:
b) Deixe agir por alguns minutos, lave a placa com água, seque-a com papel toalha e
exponha ao ar. Observe o que irá acontecer.
Observações:
Equação química:
148
Questionário
149
EXPERIMENTO 12
CORROSÃO ELETROLÍTICA E SOB
TENSÃO
12.1. Introdução
As correntes elétricas de interferência que abandonam o seu circuito normal para fluir
pelo solo ou pela água, atingem instalações metálicas enterradas, podendo assim
ocasionar corrosão em tubulações enterradas, como oleodutos, gasodutos, adutoras,
minerodutos e cabos telefônicos com revestimento metálico (chumbo).
150
Figura 12.2: Diagrama esquemático do processo de corrosão eletrolítica por
corrente de fuga
A corrosão sob tensão descreve o efeito combinado das tensões mecânicas e do meio
corrosivo que leva o material metálico à fratura a uma tensão muito inferior a que o
metal resistirá em meio não corrosivo.
As tensões que provocam o fenômeno podem ser residuais ou atuantes. As residuais são
geralmente provenientes de operações de soldagem e deformação a frio, como
estampagem e dobramento, e as tensões atuantes resultam da aplicação de esforços
sobre a peça (tração, torção, etc.). Uma característica importante da corrosão sob tensão
é que não se observa praticamente perda da massa do material que permanece com bom
aspecto até que ocorra a fratura, que pode ser intergranular (Figura 12.3) ou
transgranular (Figura 12.4).
151
O tempo necessário para ocorrer corrosão sob tensão fraturante de um dado material
metálico depende da tensão, da concentração ou natureza do meio corrosivo, da
temperatura, da estrutura cristalina e da composição do material. Geralmente o material
com grãos menores é mais resistente à corrosão sob tensão fraturante do que o mesmo
material com grãos maiores.
A estrutura cristalina também influencia a corrosão sob tensão fraturante: assim o aço
inoxidável férrico (cúbica de corpo centrado) é muito mais resistente à corrosão sob
tensão fraturante quando exposto às soluções aquosas de cloreto do que o aço
inoxidável austenítico (cúbica de face centrada). Metais puros são geralmente imunes à
corrosão sob tensão fraturante, mas no caso de cobre a presença de traços de impurezas
podem torná-lo susceptível à corrosão sob tensão. Por exemplo, pequena quantidade de
fósforo, usado para limpar o cobre, pode torná-lo susceptível à corrosão sob tensão
fraturante.
152
12.3. Corrosão Eletrolítica
Como a resistência dos metais é muito menor que a resistência do solo ou água, as
estruturas metálicas enterradas ou imersas constituem um novo circuito por onde
passam as correntes de fuga. Como em todos os processos de corrosão eletroquímica, a
localização das áreas anódicas e catódicas no processo de corrosão ocasionado por
correntes de fuga provêm de uma diferença de potencial.
153
Através de mecanismo semelhante pode-se obter o refino eletrolítico de metais, como o
refino do cobre, em que se coloca o cobre impuro como ânodo ativo da cuba eletrolítica,
o cobre puro como cátodo e a solução de sulfato de cobre como eletrólito, como
esquematiza a Figura 12.5.
M (s) M (aq)
n+
+ n e- (12.1)
154
1
H 2O(L) + O + 2 e- 2 OH -(aq) (meio neutro aerado) (12.2)
2 2(g)
2 H 2 O(L) + 2 e- H 2(g) + 2 OH -(aq) (meio neutro não aerado) (12.3)
1
+
2 H (aq) + O2(g) + 2 e- H 2O(L) (meio ácido aerado) (12.4)
2
+
2 H (aq) + 2 e- H 2(g) (meio ácido não aerado) (12.5)
155
12.4. Parte Experimental
Materiais
Béquer de 25 mL
Placas de aço
Fonte de corrente contínua
Tubo de ensaio
Placa de Petri
Lã de aço
Pregos de aço
Reagentes
156
1ª EXPERIÊNCIA: Corrosão sob tensão
a) Adicione ácido clorídrico 3,0 mol.L-1 num tubo de ensaio e nele introduza um prego.
b) Prepare o gel de ágar (100 mL), adicionando 1,0 g de NaCl, 0,15 g de ferricianeto de
potássio e 1,0 mL de solução de fenolftaleína, agitando para solubilizar. Passe a
solução para uma placa de Petri, ocupando metade de sua altura e coloque um prego
limpo, recobrindo-o com mais dispersão.
157
c) Após alguns minutos observe o resultado e preencha o quadro XII.1
Quadro XII.1
Ponta
Corpo
Cabeça
Quadro XII.2
Colorações observadas Semi-reações químicas
Anodo
Catodo
159
c) Observe as cores formadas, indicando o eletrodo anodo e o catodo.
Questionário
b) Explique, considerando a estrutura do material, porque áreas sob tensão são áreas
de corrosão.
160
EXPERIMENTO 13
PROTEÇÃO CATÓDICA
13.1. Introdução
A proteção catódica não pode ser usada em estruturas aéreas em face da necessidade de
um eletrólito contínuo, o que não se consegue
na atmosfera.
161
estrutura que se deseja proteger (Figura 13.2). É uma grandeza que depende das
características do ânodo, do material que compõe a estrutura que se deseja proteger e, de
certa forma, do próprio eletrólito.
162
Os materiais tradicionalmente utilizados
como ânodos galvânicos (Figura 13.3) são:
Ligas de magnésio;
Ligas de alumínio;
Ligas de zinco.
Ao fazer a ligação do ânodo com a estrutura, estando ambos em contato simultâneo com
o eletrólito, forma-se uma pilha na qual a corrente que circula resulta da dissolução
eletroquímica do ânodo.
À luz deste fenômeno, é fácil concluir-se que, em última análise, o ânodo galvânico
representa certa quantidade de energia acumulada, a qual será liberada paulatinamente,
proporcionando uma corrente elétrica que exercerá uma ação protetora sobre a
superfície da estrutura (cátodo).
163
13.3. Proteção catódica por corrente impressa
Como a diferença de potência de saída da fonte pode ser estipulada em valores baixos
ou elevados, a proteção catódica por corrente impressa aplica-se a estruturas situadas
em eletrólitos de baixa, média e alta resistividade. Também ela é aplicada onde se exige
maiores correntes; portanto, em estruturas de média para grande porte, o que não
impede o seu uso em estruturas pequenas, quando houver conveniência. Os
equipamentos e materiais comumente empregados nos sistemas por corrente impressa
são:
164
- Os ânodos mais empregados são os de grafite, ferro-silício, ferro-silício-cromo,
chumbo-antimônio-prata, titânio platinizado, nióbio platinizado e magnetita. Os
ânodos de grafite, ferro-silício e magnetita são geralmente usados em solos e os
demais usados em água do mar.
- Os cabos para interligação dos ânodos e ligação na estrutura devem ser cabos de cobre
com capacidade de condução adequada ao sistema e com isolamento de boa
qualidade, em geral de polietileno de alta densidade e alto peso molecular.
165
13.5 Parte Experimental
“...à luz deste fenômeno, é fácil concluir-se que, em última análise, o ânodo galvânico
representa uma certa quantidade de energia acumulada, a qual será liberada
paulatinamente, proporcionando uma corrente elétrica que exercerá uma ação
protetora sobre a superfície da estrutura.”
(Proteção Catódica – Aldo Cordeiro Dutra &Laerce de Paula Nunes)
Materiais: Reagentes:
A- um chapa de ferro
B- um chapa de ferro ligado a uma placa de cobre
C- um chapa de ferro ligado a uma placa de zinco
D- um chapa de ferro envolvido com uma fita de magnésio
E- um chapa de ferro ligado a placas de cobre e zinco
F- um chapa de ferro envolvido com uma fita de magnésio e ligado a uma placa de
cobre
c) Após uma semana preencha o quadro XIII.1 abaixo com suas observações
166
Quadro XIII.1
Quadro XIII.2
167
3ª EXPERIÊNCIA:
b) Imerge dois eletrodos, um de ferro e outro de cobre, ligados por um fio de cobre,
imobilizando-os dentro da solução.
c) Imerge após algum tempo um eletrodo de grafite e ligue-o ao pólo positivo da mesma
fonte de corrente contínua, ligando o ferro e o cobre ao pólo negativo da mesma fonte.
Quadro XIII.3
Ferro e cobre
Grafite
168
Questionário:
5) Explique se poderia ser usado corrente da rede elétrica sem passar pelo retificador.
9) Explique o tipo de corrosão que ocorre na montagem inicial (Fe, Cu em NaCl (aq)),
indicando ânodo, cátodo e as respectivas reações.
169
EXPERIMENTO 14
PREPARO DE SOLUÇÕES
14.1. Introdução
As soluções são definidas como misturas homogêneas de duas ou mais substâncias. Elas
são encontradas em qualquer um dos três estados da matéria: sólido, líquido e gasoso.
Todas as misturas gasosas são soluções porque qualquer mistura de gases é homogênea.
Soluções sólidas, como certas ligas metálicas, são comuns. A grande maioria das
soluções, entretanto, existe no estado líquido. Soluções líquidas são formadas pela
dissolução de um gás, líquido ou sólido em um líquido. Se o líquido é a água, a solução
é chamada de solução aquosa.
14.2. Soluções
OBS.: Em toda solução com participação da água, esta é considerada como solvente,
esteja ou não em maior quantidade.
170
Tabela XIV.1 – Tipos de soluções segundo o estado físico do soluto e do solvente
Para estudo das soluções três aspectos devem ser considerados: quantidade, composição
e concentração. A quantidade da solução envolvida em um processo pode ser medida
em massa e volume.
Quando adicionamos 1 grama de NaCl em 1 litro de água, observamos que todo sal se
dissolve facilmente. Esta solução, assim obtida, conterá pequena quantidade do soluto
(sal de cozinha) em relação à quantidade do solvente (água) usada e será chamada
solução diluída.
171
Ao acrescentarmos mais soluto a solução anterior (solução diluída), estamos
transformando uma solução diluída em concentrada. Quando a quantidade do soluto for
grande em relação a quantidade do solvente, obteremos uma solução concentrada.
Assim, uma solução que contenha 300 gamas de NaCl em 1 litro de água é uma solução
concentrada. Não há limite para considerarmos uma solução, diluída ou concentrada,
sem um termo de comparação. Uma solução é definida em função da outra. Assim, se
têm duas soluções:
n (nmoles ) soluto
Molaridade mol/L Química
V ( L) solução
N eq. g ( soluto)
Normalidade eq./L Química
V ( L) solução
n (nmoles )componente
Fração Molar X Física/química
nº total (moles )componentes
OBS.: Outro sistema comum de expressar concentração é: gramas por litro (g/l) que é a
relação entre a massa do soluto em gramas e o volume da solução em litros.
172
14.3. Propriedades coligativas de eletrólitos
pv água pura > pv solução glucose > pv solução NaCl > pv solução CaCl2
Muitos eletrólitos formam soluções aquosas saturadas cujas pressões de vapor são tão
baixas que os sólidos absorvem água (deliqüescem) quando expostos ao ar úmido. Isto
ocorre com o cloreto de cálcio, cuja solução saturada tem uma pressão de vapor de
apenas 20% em relação à da água. Se CaCl2 seco é exposto ao ar no qual a umidade
relativa é maior que 20%, ele absorve água e forma uma solução saturada. A
deliqüescência continua até a pressão de vapor da solução se tornar igual à da água no
ar.
173
14.4. Parte Experimental
Materiais: Reagentes:
OBS. 1: A balança é um aparelho delicado que deve ser manuseado com CUIDADO !
M: Molaridade
n
M 1 n1: nº de moles de soluto
V ( L)
V(L): Volume da solução em litros
n1: nº de moles do soluto
m
n1 1 m1: massa do soluto
PM1
PM1: Peso molecular do soluto
174
b) Acrescente ao béquer uma quantidade de água destilada, aproximadamente 30 mL,
suficiente para dissolver o soluto.
c) Transfira esta solução para um balão volumétrico de 100 mL, com auxílio de um
funil. Lave o béquer e o funil, com água destilada e transfira as águas de lavagem
também para o balão.
a) Meça 2,7 mL de H2SO4 – 98% através de uma bureta contendo o referido ácido, em
um béquer de 100 mL, contendo aproximadamente 20 mL de H2O destilada.
c) Complete o volume do balão com água destilada até o traço de referência. Arrolhar o
balão e agitá-lo para homogeneização.
175
3ª EXPERIÊNCIA: Preparar 100 mL de solução aquosa de NaCl (cloreto de sódio)
de concentração 0,5 mol/L.
Cálculos
b) Molhe a ponta de um papel tornassol azul em cada uma das soluções contidas nos
tubos. Observe e anote a cor.
c) Proceda do modo anterior com um papel tornassol vermelho. Observe e anote a cor.
d) Adicione duas gotas de solução de fenolftaleína a cada um dos três tubos. Agite,
observe e anote as cores.
176
Tabela XIV.3
Tornassol azul
Tornassol
vermelho
Fenolftaleína
Questionário:
1) As soluções preparadas nesta prática poderão ser usadas como padrão? Justifique sua
resposta.
2) Por que se deve usar balão volumétrico para preparar uma solução?
4) Dez gramas de ácido ascórbico (vitamina C), C6H8O6, são dissolvidos em água
suficiente para preparar 125 mL de solução. Qual é a molaridade do ácido
ascórbico?
177
EXPERIMENTO 15
VOLUMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO
(TITULAÇÃO)
15.1. Introdução
Na reação de neutralização um mol de ácido reage com 2 mol de base para formar sal e
água. A Volumetria de Neutralização compreende:
178
A solução reagente é adicionada até o ponto em que a quantidade de reagente
adicionada seja equivalente à quantidade de substância que se analisa; este ponto
denomina-se ponto de equivalência. A localização do ponto de equivalência é o
problema fundamental de uma titulação. Esta localização é feita usando instrumentos
apropriados ou, mais freqüentes indicadores visual e neste caso a titulação é chamada
volumétrica.
Os indicadores usados nestas titulações são conhecidos como indicador ácido - base.
São substâncias ácidas ou básicas fracas, que na forma molecular apresentam coloração
diferente daquela que tem na forma iônica. A viragem de um indicador se dá em um
intervalo de pH característico para cada substância usada como indicador.
Numa titulação é necessário escolher um indicador que tenha o ponto de viragem mais
próximo possível do pH da solução quando alcançado o ponto de equivalência. Por
exemplo, quando se titula um ácido fraco, o pH da solução no ponto de equivalência,
situa-se na região básica, sendo, portanto necessário escolher um indicador que se
apresente uma viragem da cor nessa região (fenolftaleína). Ao contrário, titulando-se
uma base fraca obter-se-á uma solução cujo pH, no ponto de equivalência, é ácido,
sendo necessário escolher um indicador cuja cor varie na região ácida da escala de pH
(o vermelho de metila, por exemplo, cujo intervalo de pH é de 4,2 a 6,2).
No caso da titulação de um ácido forte com uma base forte, onde o salto de pH no ponto
de equivalência seja bastante extenso, a escolha do indicador será menos crítica.
179
b) A partir de dados experimentais.
O estudo das curvas de titulação revela as melhores condições para a titulação indicando
o erro que se comete se usar um indicador que não vira nas proximidades do ponto de
equivalência. Os indicadores usados nestas titulações são conhecidos como indicador
ácido - base. São substâncias ácidas ou básicas fracas, que na forma molecular
apresentam coloração diferente daquela que tem na forma iônica. A viragem de um
indicador se dá em um intervalo de pH característico para cada substância usada como
indicador.
180
15.2. Parte Experimental
“... Se a espécie é uma base, titulamos com uma “solução padrão” de um ácido forte,...
...Por outro lado, para determinarmos a concentração de uma espécie ácida, titulamos
com uma solução de uma base forte,...
( Princípios da Química- Masterton, Slowinki & Stanitski)
Materiais: Reagentes:
Bureta de 50 mL NaOH
Suporte para bureta H2SO4
Erlenmeyer Solução alcoólica de fenolftaleína
Funil Solução padronizada de H2SO4
Béquer de 100 mL Vinagre (CH3COOH)
Pipeta de volumétrica adequada
Pipeta de 10 mL
a) Encha a bureta (com auxílio de um funil) um pouco acima do traço que indica zero
mL. Deixe escoar a solução até que o menisco inferior coincida com a referência do
zero mL.
181
c) Deixe escoar lentamente (gota a gota) a solução da bureta sobre a solução do
erlenmeyer, agitando sempre, até que persista uma coloração levemente rósea.
Anote o volume de NaOH gasto na tabela abaixo.
d) Repita a titulação e anote na tabela os novos dados. Tire a média dos volumes de
NaOH consumidos nas reações.
OBS.: Os volumes de NaOH não devem diferir de mais de 0,1 ml. Se as diferenças
forem maiores, repita a titulação e preencha o quadro XV.1.
Quadro XV.1
1ª Titulação 2ª Titulação
Normalidade do ácido
Na.Va = Nb.Vb
Onde :
182
2ª EXPERIÊNCIA: Determinar a acidez do vinagre (CH3COOH), usando como
padrão a solução de NaOH da experiência anterior.
Quadro XV.2
1ª Titulação 2ª Titulação
Normalidade da base
VaMa = VbMb
183
Questionário:
1) Numa titulação quais são os erros que podem interferir nos resultados?
184
EXPERIMENTO 16
PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS
IÔNICAS E MOLECULARES
16.1. Introdução
As propriedades das substâncias estão relacionadas com o tipo e força de suas ligações
químicas. Elementos e compostos reagem quimicamente para formar substâncias que
podem ser iônicas ou moleculares.
Nas substâncias iônicas (como NaCl) os íons (Na+ e Cl-) são mantidos unidos por fortes
forças eletrostáticas denominadas ligações iônicas.
Compostos iônicos têm altos pontos de fusão e ebulição devido a forte atração entre
íons de cargas opostas. São bons condutores de eletricidade quando em solução ou no
estado de fusão.
As substâncias iônicas são tipicamente de alto ponto de fusão; têm calores de fusão e
vaporização muito altos, freqüentemente se dissolvem em água (mas raramente em
outros solventes comuns), e são más condutoras de eletricidade no estado sólido, mas se
tornam bons condutores quando fundidos ou dissolvidos em água. Todas estas
propriedades estão relacionadas à alta energia requerida para deslocar os íons de suas
posições muito estáveis no campo eletrostático gerado pelos íons circundantes de carga
oposta.
186
Tabela XVI.1 – Alguns compostos iônicos
Composto Descrição
As ligações são geralmente (mas não sempre) mais fortes que as ligações iônicas. A
ligação iônica pura é descrita como uma simples atração eletrostática entre íons de carga
oposta, enquanto que a ligação covalente envolve o compartilhamento de elétrons nos
campos positivos de dois ou mais núcleos.
É importante lembrar que a fusão e ebulição de substâncias tais como o silício envolve o
rompimento de ligações covalentes. Em substâncias moleculares, tais como o
tetracloreto de carbono, a fusão e a ebulição não quebram as ligações covalentes das
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moléculas individuais, mas apenas as forças muito mais fracas entre as moléculas
vizinhas.
Composto Descrição
FREON 12
Gás atóxico, usado em refrigeração e sistema de ar condicionado.
(CF2 Cl 2 )
188
16.5. Parte Experimental
“...Passe um pente por seu cabelo diversas vezes. Use o pente carregado para levantar
um pequeno pedaço de papel. Esta atração eletrostática simula uma ligação iônica
“pura”. Agora verifique quanta força você tem que fazer para puxar o papel do
pente.Compare esta força com a requerida para arrancar um selo bem colado de um
envelope. Esta última situação simula uma ligação covalente “pura”...”
(Rod O’Connor – INTRODUÇÃO À QUÍMICA)
Materiais: Reagentes:
Tubos de ensaio Cloreto de sódio (sólido)
Suporte par tubos Cloreto de sódio 1 mol/L
Béquer Clorato de sódio (sólido)
Buretas Àcido Clorídrico 3 mol/L e 1 mol/L
Bastão de borracha Hexano
Am perímetro Tetracloreto de carbono
Àlcool metílico
Álcool etílico
Iodo metálico
189
Figura 16.2: Circuito elétrico
Anote suas observações no quadro XVI.1, abaixo, atribuindo (0) para o não condutor,
(1) para baixa e média condutividade e (2) para alta condutividade. O brilho do bulbo da
lâmpada indicará a taxa de condutividade.
Quadro XVI.1
A – Água destilada
B – NaCl sólido
C – NaCl 1 mol/L
D – NaClO3 sólido
HCl 3 mol/L
Hexano (C6H14)
190
2ª EXPERIÊNCIA: Polaridade das moléculas
Quadro XVI.2
Observações
Água
Hexano
Observação:
191
Questionário
192
EXPERIMENTO 17
PERIODICIDADE QUÍMICA
17.1. Introdução
Dos elementos conhecidos até hoje cerca de 80 são metais. Estes são maleáveis, dúcteis,
bons condutores de calor e eletricidade, apresentam brilho e geralmente pontos de fusão
elevados. Não-metais são pobres condutores de calor e eletricidade, quebradiços,
sólidos e fracos refletores de luz. Os metalóides são elementos que exibem propriedades
intermediárias entre os metais e os não metais, por exemplo, eles são usados como
semicondutores de eletricidade.
193
As filas horizontais da tabela periódica se chamam períodos; eles são: um período muito
curto (que contém o hidrogênio e o hélio), dois curtos de 8 elementos, dois grandes de
18, um muito grande de 32 e um incompleto. As propriedades dos elementos variam de
maneira sistemática ao longo do período.
Esse critério de colocação de elétrons nos orbitais constitui a Regra de Hund, que pode
ser enunciada por: “Em dado subnível, a ordem de preenchimento dos orbitais deve
permitir que se tenha o maior número possível de orbitais semi preenchidos. Os
elétrons individuais nestes orbitais semi preenchidos possuem spins paralelos e
contrários”, e a aplicação do princípio da incerteza de Pauli conduz à observação que só
se consegue colocar dois elétrons em cada orbital.
194
Linus Pauling, químico norte-americano duas vezes laureado com o Premio Nobel (de
Química, em 1954, e da Paz, em 1963), elaborou um diagrama que permite, de maneira
simplificada, fazer-se a colocação dos elétrons nos diversos orbitais.
195
17.3. Parte Experimental
Materiais: Reagentes:
196
Equação da reação:
Observações:
Observações:
c) Lixe uma fita de magnésio até que apareça brilho em sua superfície.
Observações:
197
2ª EXPERIÊNCIA: Reações dos óxidos metálicos (coluna 2 A) e água.
Observações:
Observações:
Observações:
198
3ª EXPERIÊNCIA: Reações dos óxidos não metálicos (coluna 4 A e 6 A) com água.
Observações:
b) Repita a experiência usando CO2 (dióxido de carbono) como fonte de gás. Observe o
ocorrido.
Observações:
199
Questionário:
1) Que produtos podem-se prever que se formariam pela adição de Lítio em água?
3) Que produtos podem-se prever que se formariam pela adição de óxido de bário em
água?
200
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ETT, G. et al. Desinfetante ecológico a partir de água e sal. [On-line] São Paulo: CRQ
– IV. Informativo, Setembro/Outubro de 2007. Acesso em <10/Abril/2008>. Disponível
em <http://www.crq4.org.br/informativo/dezembro_2007/pagina04.php>.
201
GENTIL, V. Corrosão. 3º Edição Revista. LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora
S.A. Rio de Janeiro, 1996.
O´BRIEN, J et al. Eletrólise de alta temperatura pode ser viável. [On-line]. Inovação
Tecnológica: Inovação Tecnológica, Ciência e Tecnologia e Pesquisa e
Desenvolvimento. 06/12/2004. Acesso <17/Abr./2008>. Disponível em
<http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010115041206>.
RUSSELL, J. B. Química geral. 2º Edição. Makron Books do brasil Editora Ltda. Vol.
1, 1994.
202
SILVA, P. F. Introdução à corrosão e proteção das superfícies metálicas. Belo
Horizonte: Imprensa Universitária da UFMG, 1981.
203
APÊNDICES
204
APÊNDICE 01
TABELAS PERIÓDICAS
DOS ELEMENTOS
QUÍMICOS
205
206
207
APÊNDICE 02
SISTEMAS DE
UNIDADES E FATORES
DE CONVERSÃO
208
209
210
211
APÊNDICE 03
PROPRIEDADES FÍSICAS
E QUÍMICAS DE
SUBSTÂNCIAS E
ELEMENTOS QUÍMICOS
212
TABELA A.3.1 - MOMENTOS DE DIPOLO E CONSTANTES DIELÉTRICAS
DE ALGUNS SOLVENTES
NOME FÓRMULA
213
TABELA A.3.2 – PROPRIEDADES FÍSICAS DAS SUBSTÂNCIAS
Substância / Densidade Solubilidade
PF(°C) PE(°C) Cor
Elementos (g/cm3)* (g/100g água)*
Alumínio(s) 2,70 660 2450 0 Cinza claro
Verde –
Cloro(g) 0,00292 -101 -34 0,59
amarelado
22- 25 0,997
26- 28 0,996
29- 32 0,995
33- 35 0,994
POTENCIAIS PADRÃO
DE REDUÇÃO, A 25 ºC,
EM RELAÇÃO AO
ELETRODO PADRÃO DE
HIDROGÊNIO
215
216
217