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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Centro de Ciências Exatas e da Natureza


Departamento de Química

QUÍMICA ANALÍTICA
QUALITATIVA EXPERIMENTAL
Aula 3 – Preparo de amostras

Professora Kátia Messias Bichinho


PREPARO DE AMOSTRAS

 Após o processo de amostragem e antes de procedimentos de preparo


efetivo, é usual a realização de pré-tratamento da amostra.
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO - QUARTEAMENTO


 A amostra laboratorial sólida pode requerer etapa adicional de
quarteamento quando a quantidade recebida é ainda considerada grande ou
heterogênea.  No laboratório, este
procedimento pode ser
realizado em bandejas de
polietileno ou de aço
inoxidável, previamente limpas
e secas.
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO - QUARTEAMENTO


 A amostra laboratorial sólida pode requerer etapa adicional de
quarteamento quando a quantidade recebida é ainda considerada grande ou
heterogênea.  No laboratório, este
procedimento pode ser
realizado em bandejas de
polietileno ou de aço
inoxidável, previamente limpas
e secas.

 Preferencialmente utilizam-se
quarteadores, que reduzem o
tempo operacional e
minimizam possíveis
contaminações.
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO - MOAGEM


 Após a obtenção de quantidade apropriada, a amostra deve ser submetida
ao processo de moagem.
Moinho de
 Amostras moídas são homogêneas e uso geral
representativas.
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO - MOAGEM


 Após a obtenção de quantidade apropriada, a amostra deve ser submetida
ao processo de moagem.
Moinho de
 Amostras moídas são homogêneas e uso geral
representativas.

 A moagem aumenta a área superficial das


partículas, facilitando a dissolução das
amostras.
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO - MOAGEM


 Após a obtenção de quantidade apropriada, a amostra deve ser submetida
ao processo de moagem.
Moinho de
 Amostras moídas são homogêneas e uso geral
representativas.

 A moagem aumenta a área superficial das


partículas, facilitando a dissolução das
amostras.

 O tipo de moinho e o tempo de moagem são


importantes para garantir a homogeneidade
do tamanho de partículas.
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO - PENEIRAMENTO


 Após a etapa de moagem, tem-se início o processo de peneiramento.

 Para tanto, é necessário a utilização de peneira


com abertura de malha específica (mesh),
conforme procedimento analítico ou norma
técnica requerida.
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO - PENEIRAMENTO


 Após a etapa de moagem, tem-se início o processo de peneiramento.

 Para tanto, é necessário a utilização de peneira


com abertura de malha específica (mesh),
conforme procedimento analítico ou norma
técnica requerida.

 A quantidade de material que passar por uma


peneira de abertura de malha, por exemplo, igual
a 200 mesh ou 75 µm, será utilizada para análise.
https://www.youtube.com/watch?v=426bWVaj42Q

Análise gravimétrica
https://www.youtube.com/watch?v=24N5VQKzuMo
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO – SECAGEM


 A etapa de secagem de sólidos é comum para a retirada de água que se
encontra em quantidades variáveis (umidade).
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO – SECAGEM


 A etapa de secagem de sólidos é comum para a retirada de água que se
encontra em quantidades variáveis (umidade).
 A secagem para diferentes tipos de materiais como solos, rochas, minérios, materiais
refratários, farinhas etc é feita em estufa a 105 °C durante 2 horas, até que a massa seja
constante.
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO – SECAGEM


 A etapa de secagem de sólidos é comum para a retirada de água que se
encontra em quantidades variáveis (umidade).
 A secagem para diferentes tipos de materiais como solos, rochas, minérios e materiais
refratários é feita em estufa a 105 °C durante 2 horas, até que a massa seja constante.

 Uma alternativa simples é realizar a secagem de amostras em dessecadores (quantidades


pequenas e com baixa umidade).
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO – SECAGEM


 A etapa de secagem de sólidos é comum para a retirada de água que se
encontra em quantidades variáveis (umidade).
 A secagem para diferentes tipos de materiais como solos, rochas, minérios e materiais
refratários é feita em estufa a 105 °C durante 2 horas, até que a massa seja constante.

 Uma alternativa simples pode ser promover a secagem de amostras em dessecadores


(quantidades pequenas e com baixa umidade).

 Matrizes biológicas são secas em estufa a 60 ºC com circulação forçada de ar.


PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO – SECAGEM


 A etapa de secagem de sólidos é comum para a retirada de água que se
encontra em quantidades variáveis (umidade).
 A secagem para diferentes tipos de materiais como solos, rochas, minérios e materiais
refratários é feita em estufa a 105 °C durante 2 horas, até que a massa seja constante.

 Uma alternativa simples pode ser promover a secagem de amostras em dessecadores


(quantidades pequenas e com baixa umidade).

 Matrizes biológicas são secas em estufa a 60 ºC com circulação forçada de ar.

 A liofilização, processo no qual a amostra é triturada ou macerada, congelada e então seca


sob vácuo em temperaturas da ordem de 45 °C, por sublimação do gelo, é bastante
utilizada para tecidos animais e vegetais.
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO – FILTRAÇÃO


 A etapa de filtração pode ser requerida para amostras
líquidas que possuem partículas em suspensão.
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO – FILTRAÇÃO


 A etapa de filtração pode ser requerida para amostras
líquidas que possuem partículas em suspensão.
 Materiais em suspensão podem causar erros em
medidas espectrométricas por efeito de dispersão da
radiante incidente.
PREPARO DE AMOSTRAS

PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO – FILTRAÇÃO


 A etapa de filtração pode ser requerida para amostras
líquidas que possuem partículas em suspensão.
 Materiais em suspensão podem causar erros em
medidas espectrométricas por dispersão da radiante
incidente.
 Além disso, podem obstruir componentes de
equipamentos como nebulizadores de equipamentos
de absorção ou emissão atômica.
 Exemplo: amostras de água turva ou contendo galhos,
folhas ou outros resíduos.
PREPARO DE AMOSTRAS
PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO – FILTRAÇÃO
 A etapa de filtração pode ser requerida para amostras
líquidas que possuem partículas em suspensão.
 Materiais em suspensão podem causar erros em medidas
espectrométricas por dispersão da radiante incidente.
 Além disso, podem obstruir componentes de equipamentos
como nebulizadores de equipamentos de absorção ou
emissão atômica.
 Exemplo: amostras de água turva ou contendo galhos, folhas
ou outros resíduos.
 A simples diluição de uma amostra para posterior análise é
também considerada como pré-tratamento.
PREPARO DE AMOSTRAS
PRÉ-TRATAMENTO NO LABORATÓRIO – FILTRAÇÃO
 A etapa de filtração pode ser requerida para amostras líquidas que
possuem partículas em suspensão.
 Materiais em suspensão podem causar erros em medidas
espectrométricas por dispersão da radiante incidente.
 Além disso, podem obstruir componentes de equipamentos como
nebulizadores de equipamentos de absorção ou emissão atômica.
 Exemplo: amostras de água turva ou contendo galhos, folhas ou outros
resíduos.
 A simples diluição de uma amostra para posterior análise é também
considerada como pré-tratamento.

 Em cromatografia, amostras líquidas devem ser filtradas em filtros do


tipo seringa antes de serem injetadas no equipamento para evitar
problemas em injetores, na coluna cromatográfica e no detector.
PREPARO DE AMOSTRAS

DECOMPOSIÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA ÚMIDA


PREPARO DE AMOSTRAS
DECOMPOSIÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO DE
AMOSTRAS POR VIA ÚMIDA EM SISTEMAS
ABERTOS
 Reagentes mais utilizados
 Ácidos inorgânicos ou misturas de ácidos
são frequentemente utilizados, muitas
vezes concentrados.
 Peróxido de hidrogênio 30 % v v-1. Chapa elétrica: os copos devem ser
 A solução ácida contendo a amostra é mantidos cobertos por vidros de
aquecida em chapa elétrica ou em bloco relógio para minimizar
digestor. contaminações e produzir refluxo
 A temperatura depende do ponto de dos vapores ácidos, que favorece a
ebulição do ácido. digestão ácida e minimiza o
consumo de ácidos.
PREPARO DE AMOSTRAS
DECOMPOSIÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO DE
AMOSTRAS POR VIA ÚMIDA EM SISTEMAS
ABERTOS OU FECHADOS
 Reagentes mais utilizados Bloco digestor
 Sistema aberto: podem ser
 Ácidos inorgânicos ou misturas de ácidos
utilizados tubos de ensaio.
são frequentemente utilizados, muitas
vezes concentrados.
 Sistema fechado: o bloco digestor
 Peróxido de hidrogênio 30 % v v-1. contém orifícios de cerca de 30
 A solução ácida contendo a amostra é cm de diâmetro para frascos de
aquecida em chapa elétrica ou em bloco Teflon de paredes espessas que
digestor. possuem tampas rosqueadas para
suportar a pressão que será
produzida no frasco durante o
aquecimento.
PREPARO DE AMOSTRAS
DECOMPOSIÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO DE
AMOSTRAS POR VIA ÚMIDA EM SISTEMAS
FECHADOS
 Fornos de micro-ondas
 Ácidos inorgânicos ou misturas de ácidos
são frequentemente utilizados, muitas
vezes concentrados.
 Peróxido de hidrogênio 30 % v v-1.
 A solução ácida contendo a amostra é
aquecida em chapa elétrica ou em bloco
digestor.
PREPARO DE AMOSTRAS
DECOMPOSIÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA ÚMIDA EM SISTEMAS
FECHADOS
 Fornos de micro-ondas
 São empregados frascos fechados que propiciam a decomposição de amostras em
meio ácido a temperatura e pressão elevadas, devido à incidência de radiação
micro-ondas.
 A completa digestão da amostra ocorre em tempos curtos (entre 5 e 15 minutos),
enquanto digestões em chapa elétrica ou bloco digestor podem durar horas.
 Perdas por evaporação de solventes são evitadas e menores quantidades são
utilizadas.
 Não há problemas de perdas de constituintes voláteis.
PREPARO DE AMOSTRAS
DECOMPOSIÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA ÚMIDA EM SISTEMAS
FECHADOS
 Fornos de micro-ondas

Convencional Focalizado
PREPARO DE AMOSTRAS
DECOMPOSIÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA ÚMIDA EM SISTEMAS
FECHADOS
 Fornos de micro-ondas
Convencional Focalizado

https://www.youtube.com/watch?v=ZlLxMnnjTjw
PREPARO DE AMOSTRAS
DECOMPOSIÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA ÚMIDA EM SISTEMAS ABERTOS
OU FECHADOS
 Reagentes mais utilizados – Ácido clorídrico
 HCl: ácido clorídrico comercial possui a concentração de 12 mol L-1 e pureza de
37 % v v-1 e ponto de ebulição de 110 °C.
 Dissolve muitas substâncias inorgânicas, mas encontra limitações para amostras
orgânicas, que necessitam de reagentes oxidantes para a decomposição e
solubilização.
 Dissolve metais, óxidos metálicos e carbonatos.
 AgCl, PbCl2, Hg2Cl2 são insolúveis, mas solubilizam em excesso de ácido
clorídrico.
PREPARO DE AMOSTRAS
DECOMPOSIÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA ÚMIDA EM SISTEMAS ABERTOS
OU FECHADOS
 Reagentes mais utilizados – Ácido nítrico
 HNO3: ácido nítrico comercial possui a concentração de 16 mol L-1, pureza de 70
% (v v-1) e ponto de ebulição de 121 °C.
 Possui propriedades oxidantes e libera NO2 quando aquecido.
4 HNO3 → 2 H2O + 4 NO2(g) + O2 (72 °C)
 Dissolve a maioria dos metais comuns, exceto Al e Cr devido à formação de
óxidos em suas superfícies.
 Não solubiliza Au, Pt e Pd.
PREPARO DE AMOSTRAS
DECOMPOSIÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA ÚMIDA EM SISTEMAS ABERTOS
OU FECHADOS
 Reagentes mais utilizados – Ácido fluorídrico
 HF comercial possui a concentração de 27 mol L-1 e pureza de 48 % (v v-1).
 É utilizado para decompor rochas e outros minerais à base de silicatos, formando
um composto volátil, SiF4.
 Por esse motivo, não deve ser utilizado com vidrarias, feitos com vidro
borossilicato, em geral. Deve-se utilizar recipientes (béquer, proveta, balão
volumétrico, pipetas) de Teflon, polietileno ou polipropileno.
 HF é perigoso pois pode causar queimaduras cutâneas gravíssimas, que resultam
em inflamações.
PREPARO DE AMOSTRAS
DECOMPOSIÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA ÚMIDA EM SISTEMAS ABERTOS
OU FECHADOS
 Reagentes mais utilizados – Ácido sulfúrico
 H2SO4 é adquirido comercialmente na concentração de 18 mol L-1, pureza de 98%
(v v-1) e possui ponto de ebulição de 339 °C, o mais alto dos ácidos inorgânicos.
 A quente, desidrata e oxida a matéria orgânica, dissolvendo metais e ligas
metálicas.
 Problema: forma sulfatos com analitos inorgânicos, que são insolúveis ou
parcialmente solúveis.
 Problema: entre os ácidos inorgânicos é o que possui mais impurezas, devido a
sua densidade (1,83 g cm-3). Para ser utilizado em análises químicas, o ideal é
que o ácido seja bidestilado.
PREPARO DE AMOSTRAS
DECOMPOSIÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA ÚMIDA EM SISTEMAS ABERTOS
OU FECHADOS
 Reagentes mais utilizados – Ácido perclórico
 HClO4 concentrado a quente é um poderoso agente oxidante que dissolve ligas de
ferro e aços inoxidáveis que não são dissolvidos por outros ácidos inorgânicos,
exceto metais nobres.
 HClO4 concentrado à temperatura ambiente ou suas soluções diluídas mesmo
quentes não são perigosos.
 HClO4 concentrado a quente em contato com material orgânico ou substâncias
inorgânicas facilmente oxidáveis pode provocar explosões violentas.
 HClO4 não pode secar durante processos de dissolução clássicos de amostras: se
secar, explode!
PREPARO DE AMOSTRAS
DECOMPOSIÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA ÚMIDA EM SISTEMAS ABERTOS OU FECHADOS
 Reagentes mais utilizados – Misturas oxidantes
 Misturas de ácidos inorgânicos ou com adição de agentes oxidantes facilitam os processos de
decomposição de amostras.
 Exemplos:
 Água régia, formado pela mistura de HCl e HNO3 na proporção de 3:1 (v v-1).
 Dissolve a maioria dos metais, exceto Al, Hg22+ e Pb.
 Dissolve metais nobres como Au, Pt, Pd, formando cloretos:

Au + HNO3 + 3 HCl  AuCl3 + NO + 2 H2O

3 Pt + 4 HNO3 + 12 HCl  3 PtCl4 + 4 NO + 8 H2O

 Água régia invertida pela mistura de HCl e HNO3 na proporção de 1:3 (v v-1).
 Adição de H2O2 a ácidos inorgânicos acelera a oxidação da matéria orgânica.
 Mistura de HNO3 e HClO4 também possui aplicação na oxidação da matéria orgânica e é menos perigoso do que
somente HClO4.
PREPARO DE AMOSTRAS

DECOMPOSIÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA SECA


PREPARO DE AMOSTRAS

DECOMPOSIÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA SECA


 Fusão: método utilizado para materiais inorgânicos que não se dissolvem
em ácidos ou misturas de ácidos a quente (via úmida) ou sofrem dissolução
parcial.
 Cimentos
 Aluminatos
 Silicatos
 Rochas
 Materiais refratários
PREPARO DE AMOSTRAS

DECOMPOSIÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA SECA


 Fusão: método utilizado para materiais inorgânicos que não se dissolvem
em ácidos ou misturas de ácidos à quente (via úmida) ou sofrem dissolução
parcial.

 O método de fusão pode ser utilizado no preparo de amostras para técnicas


espectrométricas, como a fluorescência de raiox-X (XRF), que utiliza a amostra
na forma de pastilhas fundidas.
Pastilhas fundidas

Cimento
PREPARO DE AMOSTRAS

DECOMPOSIÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA SECA


 Fusão: método utilizado para materiais inorgânicos que não se dissolvem em
ácidos ou misturas de ácidos à quente (via úmida) ou sofrem dissolução
parcial.

 O método de fusão também pode ser


utilizado no preparo de amostras Solubilização
para técnicas espectrométricas que completa em
ácido, sob
utilizam a amostra na forma
aquecimento, que
líquida, como espectrometria de pode ser feita em
absorção atômica com chama (FAAS) chapas elétricas
e espectrometria de emissão óptica (sistemas
por plasma indutivamente acoplado abertos).
(ICP OES).
PREPARO DE AMOSTRAS

DECOMPOSIÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA SECA


 Fusão – procedimento geral
 A amostra finamente moída (abaixo de 200 mesh – 75 μm) é misturada a um
eletrólito ácido ou básico, denominado fundente. Eventualmente, um agente
oxidante pode ser adicionado.

 A proporção entre a massa de amostra e fundente é fundamental para obtenção


de um material fundido uniforme, podendo variar de 1:2 a 1:50 (m m-1);

 A mistura é homogeneizada em gral de água e transferida para um cadinho de


platina (mais usado) ou níquel.
PREPARO DE AMOSTRAS

DECOMPOSIÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA SECA


 Fusão – procedimento geral
 O cadinho é aquecido por tempo adequado para que a
amostra fique totalmente dissolvida na solução fundida.
 Exemplo: fusão de cimentos requer um tempo de
12 minutos e a cada minutos o cadinho deve ser
agitado. Temperatura: 1.100 °C. Pastilhas fundidas
 A fusão pode ser feita em mufla aquecida até 1.100 °C
ou em bico de Meker, ambos são procedimentos
manuais.

 A mistura fundida ainda líquida pode ser vertida


rapidamente em um molde de platina aquecido a
temperatura elevada para o preparo de pastilhas (XRF).
PREPARO DE AMOSTRAS

DECOMPOSIÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA SECA


 Fusão – procedimento geral
 A mistura fundida ainda líquida pode ser vertida em béquer contendo solução ácida,
usualmente utiliza-se ácido clorídrico, sob aquecimento até a completa solubilização
(FAAS e ICP OES).

 Algumas desvantagens
 Contaminação por impureza do fundente ou mistura de fundentes;
 Contaminação por impureza do ácido utilizado para a solubilização (FAAS e ICP OES);
 Perda por volatilização (As, Cd, Hg, Se) – altas temperaturas;
 Solução final com alto teor de sais (FAAS e ICP OES).
PREPARO DE AMOSTRAS

DECOMPOSIÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA SECA


 Fusão – procedimento geral
 Materiais para fusão manual em mufla

Melhor material: cadinho de platina, que


deve ser utilizado com tenaz com ponta
revestida com platina.

Importante: a platina em contato direto com


o aço das tenazes, sob temperaturas elevadas
requeridas para a fusão, forma amálgamas.

Resultado prático: o cadinho de Pt


apresentará perfurações.
PREPARO DE AMOSTRAS

DECOMPOSIÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA SECA


 Fusão – procedimento geral
 Máquinas de fusão
PREPARO DE AMOSTRAS

DECOMPOSIÇÃO
DE AMOSTRAS
POR VIA SECA
 Fusão – tipos de
fundentes
PREPARO DE AMOSTRAS

DECOMPOSIÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA SECA


 Combustão: método de decomposição de amostras biológicas e
orgânicas na presença de oxigênio, que atua como agente oxidante
para promover a combustão completa.

550 °C
PREPARO DE AMOSTRAS
DECOMPOSIÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA SECA
 Combustão: método de decomposição de amostras biológicas e orgânicas na
presença de oxigênio, que atua como agente oxidante para promover a
combustão completa.
 A amostra é colocada em um cadinho de (porcelana, quarto, platina) e aquecida
a temperatura entre 450°C e 550°C, sob atmosfera ambiente, para que ocorra
a pirólise da matéria orgânica, resultando apenas o resíduo inorgânico (não-
volátil) de óxidos, sulfatos, fosfatos, silicatos etc.
 O resíduo inorgânico é solubilizado em soluções ácidas, sob aquecimento.
 A combustão completa pode demorar até 12 h, dependendo da amostra.
 Em geral, são utilizadas fornos do tipo mufla.
PREPARO DE AMOSTRAS

DECOMPOSIÇÃO DE AMOSTRAS POR VIA


SECA
 Combustão assistida por micro-ondas
 A amostra é colocada em um cadinho de
(porcelana, quarto, platina) e submetida à
irradiação por micro-ondas na presença de
oxigênio, que promove a combustão por
via seca.

https://www.directindustry.com/pt/prod/cem-corporation/product-99459-1117680.html
PREPARO DE AMOSTRAS

REFERÊNCIA PRINCIPAL

KRUG, Francisco José; ROCHA, Fábio Piovezani. Métodos de Preparo de Amostras para
Análise Elementar. 2ª ed.; São Paulo: EditSBQ-Sociedade Brasileira de Química, 2019.
586 p.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5824130/mod_resource/content/1/Livro-Preparo%20de%20amostras_completo.pdf

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