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Aula 16

Eletrodinâmica

Medicina – FUVEST 2021

Professor Lucas Costa


Professor Lucas Costa
Aula 16 – Medicina – FUVEST 2021

Sumário
1 - Considerações iniciais ...................................................................................................................... 4
2 - Corrente elétrica .............................................................................................................................. 4
2.1 - A origem da corrente elétrica ................................................................................................... 5
2.2 - Gerador elétrico ........................................................................................................................ 6
2.3 - O sentido e a intensidade da corrente elétrica ......................................................................... 7
2.4 - Gráfico 𝑖 × 𝑡 ............................................................................................................................ 11
2.4.1 - Corrente contínua constante............................................................................................ 12
2.4.2 - Corrente contínua pulsante .............................................................................................. 13
2.4.3 - Corrente alternada ........................................................................................................... 13
2.5 - O princípio da continuidade da corrente elétrica ................................................................... 14
2.5.1. Bipolo elétrico .................................................................................................................... 15
2.6 - Potência elétrica ..................................................................................................................... 15
2.6.1 - Valores nominais .............................................................................................................. 19
2.7 - Resistência elétrica ................................................................................................................. 22
2.8 - A primeira Lei de Ohm ............................................................................................................ 23
2.8.1 - Curva característica de um condutor ôhmico .................................................................. 23
2.9 - Efeito Joule .............................................................................................................................. 24
3 - Resistores ....................................................................................................................................... 25
3.1 - Potência dissipada num resistor ............................................................................................. 25
3.1.1 - Resistores em série – corrente constante ........................................................................ 25
3.1.2 - Resistores em paralelo – tensão constante ..................................................................... 26
3.2 - Segunda Lei de Ohm ............................................................................................................... 31
3.3 - Reostato .................................................................................................................................. 33
4 - Associação de resistores ................................................................................................................ 37
4.1 - Associação em série ................................................................................................................ 37
4.2 - Associação em paralelo .......................................................................................................... 39
4.3 - Fusível...................................................................................................................................... 42
4.4 - Curto-Circuito .......................................................................................................................... 44
4.5 - Aparelhos para medidas elétricas .......................................................................................... 46
4.5.1 – O amperímetro ................................................................................................................ 47
4.5.2 – O voltímetro ..................................................................................................................... 47

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4.6 - Ponte de Wheatstone ............................................................................................................. 48


5 - Geradores ...................................................................................................................................... 52
5.1 - Gerador elétrico – Força eletromotriz .................................................................................... 52
5.1.1 - A equação do gerador ...................................................................................................... 53
5.1.2 - Gerador em aberto ........................................................................................................... 54
5.1.3 - Gerador em curto-circuito ................................................................................................ 54
5.1.4 - Curva característica de um gerador ................................................................................. 55
5.1.5 - Lei de Pouillet ................................................................................................................... 56
5.2 - Potências elétricas no gerador ............................................................................................... 56
5.2.1 - Rendimento elétrico do gerador ...................................................................................... 57
5.2.2 - Circuito simples gerador-resistor ..................................................................................... 57
5.2.3 - Potência máxima fornecida por um gerador ................................................................... 58
5.3 - Associação de geradores ........................................................................................................ 59
5.3.1 - Associação de geradores em série ................................................................................... 59
5.3.2 - Associação em paralelo de geradores iguais ................................................................... 60
6 - As leis de Kirchhoff ......................................................................................................................... 61
6.1 - Lei de Kirchhoff das correntes (𝐿𝐾𝐶) ou Lei dos Nós: ............................................................. 61
6.2 - Lei de Kirchhoff das tensões (𝐿𝐾𝑇) ou Lei das Malhas: .......................................................... 63
7 - Resumo da aula em mapas mentais .............................................................................................. 69
8 - Lista de questões ........................................................................................................................... 70
8.1 - Já caiu na FUVEST ................................................................................................................... 70
8.2 - Já caiu nos principais vestibulares .......................................................................................... 73
9 - Gabarito das questões sem comentários ...................................................................................... 90
9.1 - Já caiu na FUVEST ................................................................................................................... 90
9.2 - Já caiu nos principais vestibulares .......................................................................................... 90
10 - Questões resolvidas e comentadas ............................................................................................. 91
10.1 - Já caiu na FUVEST ................................................................................................................. 91
10.2 - Já caiu nos principais vestibulares ........................................................................................ 99
11 - Considerações finais .................................................................................................................. 134
12 - Referências Bibliográficas.......................................................................................................... 134
13 - Versão de Aula ........................................................................................................................... 134

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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nesta aula de número 16, serão abordados os seguintes tópicos do seu edital:
• Corrente elétrica: abordagem macroscópica e modelo microscópico.
• Propriedades elétricas dos materiais: condutividade e resistividade; condutores e isolantes.
• Dissipação de energia em resistores.
• Potência elétrica.
• Relação entre corrente e diferença de potencial (materiais ôhmicos e não ôhmicos).
• Circuitos simples.
Esses assuntos se enquadram no subtópico denominado Eletricidade.

Nesta aula serão abordadas as principais consequências das cargas elétricas em movimento.
São abordados os conceitos de corrente elétrica e das propriedades elétricas dos materiais. A forma
como a energia elétrica é dissipada em resistores e a maneira como os elementos elétricos são
organizados em circuitos também é explicada.
As aulas 15 e 16 se complementam, pois trazem um estudo dividido entre os principais
conceitos relacionados à eletricidade, sendo divididos em eletrostática na primeira e eletrodinâmica
na segunda.

2 - CORRENTE ELÉTRICA
Por definição, corrente elétrica nada mais é que o movimento ordenado, ou seja, o
movimento com direção e sentido preferenciais, de portadores de carga elétrica.

Figura 16.1: Elétrons livres em movimento não ordenado (caótico).

Figura 16.2: Elétrons livres em movimento ordenado.

Além da corrente elétrica gerada pela movimentação ordenada de elétrons livres, podemos
ter uma corrente na qual os portadores de cargas são íons positivos e, neste caso, a chamamos de
corrente iônica.

Figura 16.3: Corrente iônica é o movimento ordenado dos íons positivos.

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2.1 - A ORIGEM DA CORRENTE ELÉTRICA

Afinal, o que provoca essa movimentação dos portadores de carga nos materiais condutores?
Para melhor compreensão, vamos tomar duas placas metálicas paralelas 𝐴 e 𝐵, de tal forma
que elas possuem potenciais 𝑉𝐴 e 𝑉𝐵 , respectivamente, com 𝑉𝐴 > 𝑉𝐵 , conforme figura abaixo.

Figura 16.4: Placas A e B carregadas com potenciais 𝑽𝑨 e 𝑽𝑩 , tal que 𝑽𝑨 > 𝑽𝑩 .

Podemos dizer que o saldo de cargas elétricas positivas em 𝐴 é maior que em 𝐵. Dessa
forma, se ligarmos as duas placas por meio de um fio metálico, então os elétrons livres irão se
deslocar de 𝐵 para 𝐴, isto é, do menor para o maior potencial elétrico, gerando uma corrente
elétrica no fio.

Figura 16.5: Fluxo da corrente de elétrons no fio que conecta as placas.

Com isso, quando os elétrons livres começam a sair de 𝐵, o potencial 𝑉𝐵 começa a aumentar
e, simultaneamente, quando os elétrons livres chegam em 𝐴, o potencial 𝑉𝐴 começa a diminuir. Esse
movimento dos elétrons livres ocorre até o momento em que os potenciais elétricos em 𝐴 e em 𝐵
se igualam.

A corrente elétrica é provocada por uma diferença de potencial elétrico (abreviadamente ddp), ou
tensão elétrica.
Além da explicação do surgimento do corrente elétrica pela diferença de potencial, podemos
justificar esse fenômeno utilizando o conceito de campo elétrico e força elétrica.
Se ligamos um fio condutor entre as placas 𝐴 e 𝐵, um campo elétrico 𝐸⃗ é criado no interior
do fio, orientado do maior para o menor potencial, como vimos em eletrostática. Devido ao fato de
a carga dos elétrons livres ser negativa, a força elétrica 𝐹𝑒𝑙 que surge nelas tem sentido oposto ao
campo.
Com isso, os elétrons livres começam a migrar de 𝐵 para 𝐴, gerando a corrente elétrica no
fio. Note que o fio não está em equilíbrio eletrostático.

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Figura 16.6: Força elétrica atuando sobre os elétrons livres e campo elétrico no interior do condutor.

Como vimos em Eletrostática, o módulo do campo elétrico está diretamente relacionado com
o potencial elétrico. Para um campo uniforme, vimos que a relação é dada por:
𝑈 =𝐸⋅𝑑
Em que 𝑈 representa a diferença de potencial. Dessa forma, podemos ver que quando a
corrente elétrica cessa, isto é, a diferença de potencial é zero, então o campo elétrico no interior do
condutor também será nulo, resultado que já conhecemos, pois neste instante o condutor entre em
equilíbrio eletrostático.

2.2 - GERADOR ELÉTRICO

Devemos imaginar um gerador elétrico como um dispositivo capaz de pegar todo elétron que
chega à placa 𝐴 e levar para a placa 𝐵 do exemplo anterior. Assim, os potenciais elétricos das placas
nunca se igualariam e a corrente elétrica no fio não cessaria. Perceba que nesse transporte haveria
um fornecimento de energia aos elétrons.
No mundo real, o dispositivo responsável pela reposição de energia potencial elétrica é o
gerador elétrico. Esse dispositivo precisa ter alguma outra modalidade de energia e transformá-la
em energia potencial elétrica. As pilhas e as baterias são exemplos nos quais a energia química é
transformada em energia potencial elétrica.
Em eletrodinâmica, muitas vezes não estamos interessados nos potenciais dos polos do
gerador, mas sim na diferença entre esses potenciais, já que é a diferença de potencial que garante
a corrente elétrica.
Podemos fazer uma analogia de um gerador elétrico com uma bomba hidráulica. Nesse tipo
de montagem, a água flui da região de alta pressão para a região de baixa pressão, cessando o
movimento quando a diferença de pressão desaparece (os níveis do líquido se igualam).

Figura 16.7: Tanques com água em desnível.

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Para que o fluxo de água não cesse, é necessário que haja reposição do líquido, de modo que
se mantenha a diferença de pressão. Para isso, utiliza-se uma bomba hidráulica, como mostrado na
figura abaixo:

Figura 16.8: Bomba hidráulica mantendo os níveis de água no tanque.

2.3 - O SENTIDO E A INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA

No começo do século XIX, quando os cientistas conheceram o fenômeno da corrente elétrica,


outros fenômenos já eram conhecidos. Sabia-se que o calor que flui de corpos de maior temperatura
para corpos de menor temperatura, assim como o fluxo de água dos rios se dá das regiões mais altas
para as regiões mais baixas.

Figura 16.9: O calor flui da vela (em maior temperatura) para o gelo (em menor temperatura).

Figura 16.10: A água flui de grandes alturas para baixas alturas, como ocorre em cachoeiras, por exemplo.

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De forma análoga, foi cogitado que a corrente elétrica surgia da diferença de potencial e
deveria ser um fluxo de cargas que se dirige do maior para o menor potencial. As cargas que
obedecem a essa lógica são cargas positivas e, por isso, eles concluíram na época que a corrente
elétrica era um fluxo de cargas positivas que se moviam do maior para o menor potencial.

Figura 16.11: A corrente elétrica se estabelece do maior para o menor potencial, então, trata-se de um fluxo de cargas positivas.

Porém, no início do século XX, com o avanço dos modelos atômicos, logo se descobriu que a
corrente elétrica na realidade era um fluxo de elétrons livres. Nesse momento, cerca de 100 anos
já haviam se passado e os diversos modelos e aspectos técnicos, que se baseavam na corrente como
fluxo de cargas positivas já eram amplamente usados.
Por essa razão foi convencionado não trocar este sentido e criar uma equivalência entre os
portadores de carga. A carga negativa (−𝑞) que se move em um sentido deve ser substituída por
uma carga positiva (+𝑞) em sentido oposto com igual velocidade.

Figura 16.12: Convenção para movimentação dos portadores de carga na corrente elétrica.

Devemos considerar que a corrente elétrica em um condutor é o movimento ordenado das


cargas positivas que se dirigem do maior para o menor potencial.
Tenha em mente que os portadores de carga podem ser elétrons livres, íons positivos e íons
negativos. Apesar de considerar que a corrente elétrica vai do maior para o menor potencial em um
metal, em seu interior os portadores de carga (elétrons livres) vão do menor potencial para o maior
potencial elétrico, como mostrado na figura abaixo.

Figura 16.13: Movimento dos elétrons livres e o sentido convencional da corrente elétrica.

De acordo com a convenção, quando consideramos uma corrente elétrica qualquer,


tenderemos a substituir as cargas negativas reais em movimento por cargas positivas imaginárias
que se movem em sentido contrário, de tal forma que se pode presumir que qualquer corrente é
constituída unicamente por cargas positivas. Essa corrente imaginária que criamos, que equivale a
corrente real, é denominada corrente convencional.

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Para o exemplo de um líquido, os portadores de carga são íons positivos e negativos que se
movem em direções opostas. Dessa forma, os íons negativos são substituídos por íons positivos em
sentido contrário, estabelecendo o sentido convencional da corrente.

Figura 16.14: Esquema representativo da corrente iônica em um líquido.

Semelhante aos condutores líquidos, podemos estender a ideia de condução para


substâncias gasosas, como por exemplo o que ocorre em tubos fluorescentes. Os efeitos da corrente
elétrica se manifestam em diferentes níveis, com maior ou menor intensidade. Por exemplo, vamos
conectar uma lâmpada aos terminais de uma bateria com força eletromotriz ℰ1 :

Figura 16.15: Representação da corrente elétrica. Para uma corrente elétrica de baixa intensidade o brilho é fraco.

Quando aumentamos a força eletromotriz ℰ2 , observamos que a lâmpada bilha com mais
intensidade.

Figura 16.16: Representação da corrente elétrica. Para uma corrente elétrica de alta intensidade o brilho é maior.

Os experimentos mostram que a intensidade da corrente elétrica depende da carga que


atravessa o circuito em 1 segundo. Para os casos mostrados, com ℰ2 > ℰ1 , em um mesmo intervalo
de tempo (1 segundo) passaram mais portadores de carga pela secção transversal do condutor (2).
Portanto, a corrente elétrica no condutor (2) é maior que no condutor (1).

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Para medir a corrente elétrica se estabeleceu uma magnitude escalar denominada


intensidade de corrente elétrica (𝑖). No caso da corrente ser contínua, sua magnitude mostra a
quantidade de carga que atravessa a secção transversal do condutor por unidade de tempo.
Matematicamente, temos:

|Δ𝑄|
𝑖= Definição da corrente elétrica
Δ𝑡
Em que |Δ𝑄| é o valor da quantidade de carga e Δ𝑡 é o intervalo de tempo. A unidade de
corrente no SI é o ampère (A). Então:

1𝐶
1𝐴 =
1𝑠
O que significa 𝑖 = 3 𝐴? Se a corrente é contínua (constante), então significa que passam 3 C
de cada pela secção transversal do condutor a cada 1 s.

(2019/QUESTÃO)
Por uma secção transversal de um condutor passam 5 ⋅ 1017 elétrons livres em 20 s. Determine a
intensidade da corrente elétrica no condutor. Suponha que a corrente é contínua.
Comentários:
Por esta secção transversal do condutor passam as cargas negativas 𝑒 − , mas podemos
substituir essas cargas pelo seu equivalente 𝑒 + , alterando o sentido de deslocamento.

De acordo com o enunciado, a corrente é contínua, isto é, sua magnitude permanece


constante. Então:

|Δ𝑄|
𝑖=
Δ𝑡
A quantidade de carga que atravessa o condutor é dada por:

|Δ𝑄 | = 𝑛 ⋅ |𝑞𝑒 − | = 5 ⋅ 1017 ⋅ 1,6 ⋅ 10−19 = 8 ⋅ 10−2 𝐶

Portanto:

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8 ⋅ 10−2
𝑖= = 4 ⋅ 10−3 𝐴 ou 𝑖 = 4 𝑚𝐴
20
Gabarito: 𝟒 𝒎𝑨.

(2019/INÉDITA)
Os celulares são dispositivos essenciais na vida do homem moderno. O principal fator limitante, e
em constante evolução, são as baterias desses dispositivos, que ainda precisam ser recarregadas ao
menos uma vez por dia, em média.
Novas tecnologias de carregamento rápido tentam amenizar o problema diminuindo o tempo
necessário para que as baterias armazenem carga.
Suponha que um celular, cuja bateria possui 3000 𝑚𝐴ℎ de carga, seja carregado usando uma fonte
convencional de 5,0 𝑉 e 1,0 𝐴. Por outro lado, uma outra versão do mesmo modelo é capaz de ser
carregado com 9,0 𝑉 e 3,0 𝐴, fazendo uso de uma nova fonte de carregamento rápido.
O tempo economizado usando a tecnologia de carregamento rápido, no cenário em que se vai de
zero até 100% da carga é de
a) 12 minutos. b) 40 minutos. c) 2 horas. d) 4 horas.
Comentários
A diferença de potencial maior usada na tecnologia de carregamento rápido gera uma
potência maior para o aparelho, aumentado a transferência de energia e diminuindo o aquecimento
da bateria. A carga transferida efetivamente, contudo, é função da corrente elétrica:
𝑞 𝑞
𝑖= ⟹ ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑖
A carga da bateria é de 3000 𝑚𝐴ℎ, ou 3 𝐴ℎ. Isso significa que:

𝑞𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎 = 3 𝐴 ⋅ 1ℎ = 3 𝐴ℎ

Isso significa que uma corrente de 3 𝐴 leva 1 hora para carregar o aparelho. Em contrapartida,
também podemos escrever a carga como:

𝑞𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎 = 1 𝐴 ⋅ 3ℎ = 3 𝐴ℎ

O que significa que uma carga de 1 𝐴 leva 3h para carregar a mesma bateria. Em suma,
teremos uma economia de duas horas.
Gabarito: “c”

2.4 - GRÁFICO 𝒊 × 𝒕

Em muitos casos, devemos analisar como a corrente elétrica varia com o tempo. Podemos
ter diversas curvas que representam a intensidade 𝑖 de uma corrente elétrica qualquer em função
do tempo 𝑡, como no gráfico abaixo:

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Figura 16.17: Gráfico de uma corrente elétrica qualquer que atravessa uma secção transversal de um condutor.

Quando representamos a corrente dessa forma, surge uma propriedade muito interessante:
a área abaixo da curva é numericamente equivalente ao módulo da carga elétrico que atravessou a
secção transversal do condutor.

A área compreendida entre a curva e o eixo do tempo, calculada para um intervalo de tempo de
interesse, é numericamente igual ao módulo da carga elétrica que atravessou uma secção
transversal do condutor.

Figura 16.18: No gráfico 𝒊 × 𝒕, tem-se que |𝜟𝑸| ≡ "á𝒓𝒆𝒂".

Podemos classificar as correntes elétricas de acordo com a forma do gráfico 𝑖 × 𝑡.

2.4.1 - Corrente contínua constante


Chamamos de corrente contínua constante aquela que mantém sua intensidade e sentido
constantes no decorrer do tempo. Graficamente, tem-se que:

Figura 16.19: Corrente contínua constante.

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2.4.2 - Corrente contínua pulsante


É aquela cuja intensidade possui máximos e mínimos, periodicamente, embora o sentido
permaneça inalterado.

Figura 16.20: Exemplos de correntes contínuas pulsantes.

2.4.3 - Corrente alternada


É aquela cujo sentido é invertido periodicamente.

Figura 16.21: Exemplos de correntes alternadas.

Note que, em um condutor metálico percorrido por corrente contínua, os elétrons livres
sempre caminham no mesmo sentido. No caso do condutor ser percorrido por uma corrente
alternada, os elétrons livres oscilam em torno de determinadas posições.

Figura 16.22: Movimento dos elétrons na corrente alternada.

Essa situação ocorre em uma rede elétrica residencial quando algum aparelho é ligado a ela.
Provavelmente você deve ter ouvido falar que a rede elétrica no Brasil tem uma frequência de 60
Hz (lê-se sessenta hertz).
Isso quer dizer que, por exemplo, quando você liga uma lâmpada na sua casa, o valor
algébrico da corrente estabelecida varia conforme o gráfico da figura abaixo:

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Figura 16.23: A corrente alternada.

Perceba que uma variação completa de 𝑖 demora 1/60 s. Por isso, dizemos que ocorreram
60 ciclos a cada segundo. Então, a frequência da rede elétrica é igual a 60 ciclos por segundo, em
outras palavras, 60 Hz.

2.5 - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA

O princípio da continuidade da corrente elétrica diz que, caso o caminho da corrente elétrica
sofra uma fragmentação, a soma das correntes em cada “galho” será igual à corrente total antes da
ramificação.

Figura 16.24: Ramificação da corrente de acordo com a divisão sofrida pelo condutor.

(2019/QUESTÃO)
A figura ilustra fios de cobre interligados:

Determine os valores de 𝑖1 e 𝑖2 :

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Comentários:
Pelo princípio da continuidade da corrente elétrica, temos:
12 + 8 = 𝑖1 𝑖 = 20 𝐴
{ ⇒{1
20 = 8 + 𝑖2 𝑖2 = 12 𝐴
Gabarito: 𝒊𝟏 = 𝟐𝟎 𝑨 e 𝒊𝟐 = 𝟏𝟐 𝑨.

2.5.1. Bipolo elétrico


Um bipolo elétrico é qualquer dispositivo que contenha dois terminais elétricos que são
capazes de ser ligados a um circuito elétrico. Se o bipolo está inserido em um circuito, a corrente
elétrica entra por um dos seus terminais e sai pelo outro.
De um modo geral, um bipolo pode consumir ou fornecer energia a um circuito elétrico.
Alguns exemplos de bipolos são: resistores, lâmpadas, geradores, entre outros.

Figura 16.25: Lâmpada ligada acesa, exemplo de bipolo elétrico.

2.6 - POTÊNCIA ELÉTRICA

Uma lâmpada incandescente se comporta como um bipolo elétrico submetido a uma


diferença de potencial constante 𝑈 fornecida por uma pilha, sendo percorrido por uma corrente
elétrica de intensidade 𝑖, como na figura abaixo:

Figura 16.26: Corrente elétrica, movimento dos elétrons e diferença de potencial no bipolo elétrico.

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Durante um intervalo de tempo Δ𝑡, a lâmpada ganha uma quantidade de energia térmica Δ𝐸,
que é igual à energia potencial elétrica perdida por uma carga 𝑞 que passou pelo bipolo. Então, a
potência recebida pelo dispositivo é de:

𝑬 Potência
𝑷𝒐𝒕 =
∆𝒕
𝑱 [𝑬𝒏𝒆𝒓𝒈𝒊𝒂] = 𝑱 [∆𝒕] = 𝒔
[𝑷𝒐𝒕] = = 𝑾𝒂𝒕𝒕
𝒔
Em outras palavras, se uma lâmpada trabalha com uma potência de 40 W, por exemplo,
significa que ela recebe 40 J a cada segundo. A potência elétrica, em função das relações entre a
energia potência elétrica, pode também ser escrita como:

𝑷𝒐𝒕 = 𝑽 ⋅ 𝒊 A potência elétrica

[𝑷𝒐𝒕] = 𝑾 [𝑽] = 𝑽 = 𝑽𝒐𝒍𝒕 [𝒊] = 𝑨

(2019/INÉDITA)
Considere um smartphone cuja bateria tem uma capacidade total de 𝑞 = 4000 𝑚𝐴ℎ. Se um
carregador opera com uma potência de 10 𝑊 e uma diferença de potencial de 5 𝑉, o tempo que
esse celular demora para ser completamente carregado, considerando uma eficiência de 75%, é de
a) 2ℎ40 b) 2ℎ00 c) 1ℎ20 d) 4ℎ20
Comentários
Devemos começar determinando a corrente que o carregador fornece para o smartphone:

𝑃𝑜𝑡 = 𝑉 ⋅ 𝑖

𝑃𝑜𝑡 10
𝑖= = = 2,0 𝐴
𝑉 5
A bateria do smartphone fornecida em 4000 𝑚𝐴ℎ, parece remeter a uma unidade de
corrente, quando na verdade é uma medida de carga:

𝐶
𝑞 = 4000 𝑚𝐴ℎ = 4 ⋅ 103 ⋅ 10−3 ⋅ ⋅ 3600 𝑠
𝑠
𝑞 = 4 ⋅ 3600 𝐶

A carga é dada pelo produto entre corrente e tempo:

𝑞 = 𝑖 ⋅ ∆𝑡

Isolando o tempo nessa relação, temos:


𝑞
∆𝑡 =
𝑖

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Agora podemos substituir os valores:

4 ⋅ 3600
∆𝑡 = = 7200 𝑠
2,0

Em minutos:

7200
∆𝑡 = = 120 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
60
Não assinale a alternativa “b” como correta ainda. Lembre-se que a eficiência do processo é
de 75%, o que deve fazer com que o tempo seja superior a 120 minutos. Para determinarmos esse
tempo, basta dividirmos o tempo por 0,75:

120
∆𝑡 = = 160 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
0,75

Ou, 2 horas e 40 minutos. Pela notação padrão: 2ℎ40.


Gabarito: “a”.

(2019/INÉDITA)
Um grupo de estudantes construiu um circuito como o representado na figura abaixo.

Qual o valor da potência, em watts, dissipada pelo resistor R?


a) 10 b) 14 c) 36 d) 54 e) 60
Comentários
Como os resistores do ramo superior estão ligados em paralelo ao resistor do ramo inferior,
temos que a diferença de potencial é a mesma e vale 6 𝑉 em cada.
Para o ramo inferior, podemos escrever:

𝑉 =𝑅⋅𝑖

12 = 4 ⋅ 𝑖

𝑖 = 3,0 𝐴

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Se a corrente total é de 5,0 𝐴, então a corrente no ramo superior é de 2,0 𝐴. A queda de


tensão no resistor de 2,5 Ω é de:

𝑉2,5 = 𝑅2,5 ⋅ 𝑖𝑟𝑎𝑚𝑜

𝑉2,5 = 2,5 ⋅ 2,0 = 5 𝑉

Então a queda de tensão no resistor 𝑅 será de 7,0 𝑉. Finalmente, a potência por ele dissipada
é dada por:

𝑃𝑜𝑡𝑅 = 𝑉𝑅 ⋅ 𝑖𝑟𝑎𝑚𝑜 = 7,0 ⋅ 2,0 = 14 𝑊

Gabarito: “b”.

(2019/INÉDITA)
Com a finalidade de não adiar uma prova de Física, um professor a ligou uma lâmpada a uma bateria
de seu carro, que opera em 12 𝑉 e possui 60 𝐴ℎ. Se a lâmpada dissipa 20 𝑊, os valores mais
próximos à corrente, em amperes, que a atravessa e o tempo que ela permanecerá acesa, em horas
são
a) 60 e 12 b) 1,7 e 36 c) 5,0 e 20 d) 60 e 64 e) 1,7 e 29
Note e adote:
Considere que a bateria estava 100% carregada e a sua eficiência de transferência de energia seja
de 80% em função de perdas na fiação.
A lâmpada é própria para operar em corrente contínua e a uma tensão de 12 𝑉.
Comentários
A potência dissipada pela lâmpada é igual a 20 𝑊, então a corrente 𝐼 é de:

𝑃𝑜𝑡 20
𝐼= = ⇒ 𝐼 = 1,7 𝐴
𝑉 12
Para determinarmos o tempo temos duas opções: a carga em 𝐴 ⋅ ℎ decorre da definição da
corrente:
𝑞
𝐼= ⇒ 𝑞 = 𝐼 ⋅ ∆𝑡 = 𝐴 ⋅ ℎ
∆𝑡
Podemos fazer a sua conversão para coulomb:

𝐶
60 𝐴 ⋅ ℎ = 60 ⋅ ⋅ 3600 𝑠 = 60 ⋅ 3600 𝐶
𝑠
Se temos a carga total da bateria e a corrente que atravessa a lâmpada, podemos determinar
o tempo que ela pode permanecer acesa:
𝑞 𝑞
𝐼= ⇒ ∆𝑡 =
∆𝑡 𝐼

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60 ⋅ 3600 60 ⋅ 3600 ⋅ 12
∆𝑡 = = 𝑠
20 20
12
Já fazendo a conversão para horas, temos:

60 ⋅ 3600 ⋅ 12 60 ⋅ 3600 ⋅ 12 ÷ (3600)


∆𝑡 = = = 3 ⋅ 12 = 36 ℎ
20 ⋅ 3600 20 ⋅ 3600
Sendo a eficiência de 80%, temos:

∆𝑡 = 36 ⋅ 0,8 = 28,8 ≅ 29 ℎ

Uma outra interpretação é a que a carga é constante, logo, o produto entre a corrente em
amperes e o tempo em horas também deve ser:

𝑞 = 𝐼 ⋅ ∆𝑡 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 60 𝐴 ⋅ ℎ

Portanto, podemos escrever:

20
60 𝐴 ⋅ ℎ = 𝐴 ⋅ ∆𝑡
12
Perceba que, nessa relação, o tempo já sairá em horas:

60 ⋅ 12
∆𝑡 = = 3 ⋅ 12 = 36 ℎ
20
Novamente, sendo a eficiência de 80%, temos:

∆𝑡 = 36 ⋅ 0,8 = 28,8 ≅ 29 ℎ

Gabarito: “e”.

2.6.1 - Valores nominais


É muito comum os bipolos elétricos especificarem seus valores nominais de potência e de
tensão. A potência nominal é a potência elétrica consumida pelo dispositivo quando submetido à
tensão nominal, que é a tensão da rede elétrica para a qual o aparelho foi fabricado.
Por exemplo, uma lâmpada (60 𝑊 – 110 𝑉). Esses são os valores nominais informados ao
usuário, mostrando que a lâmpada trabalha com a potencial igual a 60 W, quando submetida a uma
ddp igual a 110 V.
Se essa lâmpada for ligada a uma tensão superior a nominal, ela dissipará uma potência maior
e brilhará mais intensamente, mas sua vida útil será reduzida. Por outro lado, se a lâmpada for ligada
a uma tensão inferior a nominal, a potência dissipada será menor e o seu brilho menos intenso.
Os valores nominais dos dispositivos elétricos são de extrema importância para projetar uma
instalação elétrica. Para garantir a segurança do edifício, utilizamos um dispositivo chamado de

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disjuntor, que é responsável por garantir que os bipolos elétricos não sejam rompidos, ou
popularmente, se queimem.
Quando a corrente que atravessa o disjuntor é superior àquela nele especificada, ele abre o
circuito, “abre”, impedindo a passagem de corrente. A grande vantagem do disjuntor em relação ao
fusível é que após cortar a passagem de corrente, ele pode ser religado para que o circuito volte a
operar nas condições normais.
Afinal, o que significa os 220 volts ou os 110 volts em sua casa?
Como já mencionamos, a corrente elétrica que chega em sua residência é alternada e possui
frequência igual a 60 𝐻𝑧. Isso provém do fato da diferença de potencial 𝑈 (𝑈 = 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 ) entre os
terminais de sua tomada também ser alternada.

Figura 16.27: Representação de uma tomada simples.

Graficamente, temos que 𝑈 em função do tempo, para uma tomada de 220 volts, deve variar,
aproximadamente, da seguinte forma:

Figura 16.28: A variação do potencial elétrico em função do tempo.

Isso quer dizer que nos primeiros 1/120 𝑠, 𝑉𝐴 é maior que 𝑉𝐵 e 𝑈 > 0. Nos próximos 1/120 𝑠,
𝑉𝐴 será menor que 𝑉𝐵 e 𝑈 < 0. Mas por que os valores de máximos da ddp 𝑈 são −310 𝑉 e +310 𝑉
(aproximadamente), se nossa tomada é de 220 V?
Na realidade os 220 V não existem. Eles são apenas uma tensão constante e fictícia que
chamamos de tensão eficaz, na qual o seu aparelho elétrico produziria o mesmo efeito se estivesse
trabalhando na tensão real, que varia entre −310 𝑉 e +310 𝑉. Também chamamos a tensão real
de tensão de pico. De modo análogo, em uma tomada de 110 𝑉, a ddp real varia entre −155 𝑉 e
+155 𝑉, aproximadamente.

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(2019/INÉDITA)
Nas instalações elétricas domésticas na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, os aparelhos são ligados a
tomadas com 127 V de tensão. Uma notável exceção é o aparelho de ar condicionado, de alta
potência, que é preferencialmente ligado a tomadas de 240 V de tensão.
Considere 2 aparelhos de ar condicionado, de igual potência nominal, projetados para operar: um,
em 127 V e o outro, em 240 V.
Assinale a opção que melhor justifica a escolha do aparelho projetado para operar em 240 V.
a) A corrente é igual nos 2 casos, mas a potência real do aparelho de ar condicionado, que é o
produto da tensão pela corrente, é maior quando a tensão é maior.
b) Como a corrente é, neste caso, menor, o choque elétrico provocado por algum acidente ou
imprudência será também menos perigoso.
c) Como a corrente é, neste caso, maior, o aparelho de ar condicionado refrigerará melhor o
ambiente.
d) Como a corrente é, neste caso, maior, a dissipação por efeito Joule na fiação será menor,
resultando em economia no consumo de energia elétrica.
e) Como a corrente é, neste caso. menor, a dissipação por efeito Joule na fiação é também menor,
resultando em economia no consumo de energia elétrica.
Comentários
Se os aparelhos possuem mesma potência nominal, temos que a energia gasta pelos
aparelhos em um mesmo intervalo de tempo será igual.
A relação entre potência, tensão e corrente é:

Potência média dissipada


𝐏𝐨𝐭 = 𝑽 ⋅ 𝒊
por um resistor

𝑱
[𝑷𝒐𝒕] = = 𝑾𝒂𝒕𝒕 [𝑉 ] = 𝑉 = 𝑉𝑜𝑙𝑡 [𝑖] = 𝐴 = 𝑎𝑚𝑝é𝑟𝑒
𝒔
Essa relação nos permite inferir que, para uma mesma potência, quanto maior a diferença de
potencial, menor é a corrente.
Os fios usados nas ligações elétricas não são condutores perfeitos. Dessa maneira, alguma
energia é por eles dissipada. Quanto maior a corrente que atravessa os fios, maior é a energia por
eles perdida devido ao efeito Joule.
Assim, a ligação em 240 V se justifica pela economia não com o aparelho em si, mas com a
ligação elétrica que opera em menores correntes e, consequentemente, com menos perdas.
a) Incorreta. De acordo com a relação da potência, com a tensão e a corrente. Temos que a
última não pode ser igual nos dois casos. Quanto maior a tensão, menor será a corrente.
b) Incorreta. A alternativa traz informações corretas. Contudo, elas não justificam o porquê
de a escolha para o aparelho operar em 240 V.

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c) Incorreta. A corrente é menor, conforme demonstrado. Além disso, o fato da corrente ser
menor não se relaciona com a capacidade do aparelho em resfriar o ambiente. O calor advindo da
dissipação por efeito Joule é desprezível se comparado com a capacidade de resfriamento do
aparelho.
d) Incorreta. A corrente é menor, conforme demonstrado.
e) Correta. Como a corrente é menor, a dissipação por efeito Joule na fiação é também
menor, resultando em economia no consumo de energia elétrica.
Gabarito: “e”

2.7 - RESISTÊNCIA ELÉTRICA

Quando um condutor é submetido a uma tensão elétrica 𝑉, ele é percorrido por uma corrente
elétrica 𝑖. Define-se resistência elétrica como o quociente:

𝑽
𝑹= Definição da resistência elétrica
𝒊
𝑽
[𝑹] = =𝛀 [𝑽] = 𝑽 [𝒊] = 𝑨
𝑨
Note que um condutor não precisa apresentar 𝑅 constante necessariamente, isto é, a sua
resistência pode variar com a corrente, temperatura, geometria do condutor etc. Assim, é muito
importante conhecer a curva característica 𝑈 × 𝑖:

Figura 16.29: Curva característica de um condutor não ôhmico.

De acordo com a definição de resistência, vemos que ela é diretamente proporcional à ddp e
inversamente proporcional à corrente. Para determinar a resistência elétrica em cada ponto da
curva, devemos aplicar a definição de resistência, efetuando a divisão 𝑈/𝑖 no ponto desejado. Por
exemplo, para os pontos A e B da curva característica logo acima, temos:

20
𝑅𝐴 = = 10 Ω
{ 2
25
𝑅𝐵 = = 6,25 Ω
4

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2.8 - A PRIMEIRA LEI DE OHM

Georg Simon Ohm (1787 – 1854) foi um físico alemão responsável por estudar, dentre outras
áreas, a eletrodinâmica. Quando a corrente elétrica que atravessa um condutor elétrico é
diretamente proporcional à tensão aplicada entre os seus terminais, temos os denominados
condutores ôhmicos. A primeira lei de Ohm pode ser escrita da seguinte maneira:

𝑽=𝑹⋅𝒊 Definição da resistência elétrica

𝑽
[𝑽] = 𝑽 [𝑹] = =𝛀 [𝒊] = 𝑨
𝑨
Em outras palavras, condutores ôhmicos são aqueles que apresentam resistência constante,
a uma temperatura constante.

Não confunda resistores ôhmicos com a definição de resistência elétrica. Condutores que não
obedecem à Primeira Lei de Ohm são ditos condutores não ôhmicos, entretanto, conhecendo a
curva característica 𝑈 × 𝑖 do dispositivo, podemos determinar a resistência elétrica em cada ponto
de interesse.
O símbolo de resistência elétrica em esquemas de circuitos elétricos é:

Figura 16.30: Simbologia de resistência elétrica em circuitos.

2.8.1 - Curva característica de um condutor ôhmico


Um condutor ôhmico mantido à temperatura constante apresenta resistência elétrica
constante. Dessa forma, ao plotarmos um gráfico da tensão pela corrente, temos:

Figura 16.31: Gráfico da tensão pela corrente elétrica no condutor ôhmico.

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Note que a resistência independe da tensão aplicada nos terminais do condutor ou da


corrente que o atravessa. Ela só depende da temperatura que no nosso caso foi considerada
constante.
Algumas propriedades da curva característica de um condutor ôhmico são que ela é sempre
uma reta, que necessariamente passa pela origem dos eixos. Com um ângulo 𝛼 variando 0 < 𝛼 <
90°. Também é importante destacar que a resistência é constante é proporcional ao valor da
tangente de 𝛼.

2.9 - EFEITO JOULE

Quando um fio condutor é submetido a uma diferença de potencial, um campo elétrico se


estabelece no interior dele. Com isso, os elétrons são acelerados de tal maneira que eles ganham
velocidade no sentido do campo. Entretanto, logo em seguida, esses elétrons colidem com átomos
do metal e perdem velocidade. Como ainda há campo elétrico, os elétrons livres ganham novamente
velocidade naquele sentido, permitindo que eles colidam novamente com outros átomos, e assim
sucessivamente.
Dessa forma, o condutor permite que os elétrons livres se movam em seu interior, mas impõe
uma grande resistência a esse movimento. Quando os elétrons livres se chocam com os átomos do
metal, os átomos passam a oscilar com amplitudes maiores, o que acarreta a elevação da
temperatura do fio.

Figura 16.32: Representação do movimento térmico devido aos choques dos elétrons.

Toda energia potencial elétrica perdida pelos elétrons durante as colisões é convertida em
energia térmica. É comum dizer que a energia potencial elétrica é dissipada no condutor. Esse
fenômeno de transformação da energia potencial elétrica em energia térmica recebe o nome de
Efeito Joule.
Vale lembrar que o movimento dos elétrons é bem lento, mas se inicia quase
instantaneamente em todos nos pontos do condutor, porque a velocidade de propagação do campo
elétrico é muito alta, próxima à velocidade da luz. As considerações feitas até aqui são bem
superficiais perto do que ocorre na realidade, mas já são o suficiente para atender nossas
necessidades no mundo dos nossos vestibulares.

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3 - RESISTORES
O filamento de uma lâmpada incandescente, aquecedores elétricos de ambiente, ferros
elétricos de passar roupa, chuveiros elétricos, soldadores elétricos são exemplos comuns de
resistores. Para proteger os circuitos e instalações elétricos utilizamos fusíveis – filamento que
derrete após uma determinada corrente que provoca um superaquecimento por efeito Joule. Os
fusíveis também são resistores.

3.1 - POTÊNCIA DISSIPADA NUM RESISTOR

Como vimos, a potência dissipada em um bipolo elétrico é dada pela expressão 𝑃𝑜𝑡 = 𝑈 ⋅ 𝑖.
Contudo, usando a primeira Lei de Ohm nessa expressão, podemos encontrar outras fórmulas que
agilizaram nossos cálculos, tudo vai depender do que é pedido e fornecido pela questão.

3.1.1 - Resistores em série – corrente constante


Considere a configuração de três resistores em série, como na figura abaixo:

Figura 16.33: Três resistores conectados em série. A corrente que passa por eles é a mesma.

Neste caso, os três resistores são percorridos pela mesma corrente. Dessa forma, se
escrevermos a potência em função da corrente (que é a mesma para todos os resistores) e a
resistência, podemos comparar a potência em cada resistor e teremos como avaliar aquele que
dissipa maior resistência, por exemplo.
Para isso, basta combinar a primeira lei de Ohm e a potência dissipada por um bipolo,
buscando deixar a resistência e a corrente na expressão da potência:

𝑃𝑜𝑡 = 𝑉 ⋅ 𝑖 e 𝑉 = 𝑅 ⋅ 𝑖

Portanto:

𝑃𝑜𝑡 = (𝑅 ⋅ 𝑖) ⋅ 𝑖

Finalmente:

𝑃𝑜𝑡 = 𝑅 ⋅ 𝑖 2

Para cada um dos resistores, podemos dizer que:


𝑃𝑜𝑡1 = 𝑅1 ⋅ 𝑖 2
𝑃𝑜𝑡2 = 𝑅2 ⋅ 𝑖 2
𝑃𝑜𝑡3 = 𝑅3 ⋅ 𝑖 2
2
{𝑃𝑜𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑅𝑒𝑞 ⋅ 𝑖

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Em que

𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3

Com este resultado, podemos ver que o maior resistor dissipará a maior potência, já que a
corrente que passa por todos é a mesma.

3.1.2 - Resistores em paralelo – tensão constante


Considere a configuração de três resistores em paralelo, conforme a figura abaixo:

Figura 16.34: Resistores conectados em paralelo. A tensão eles estão sob a mesma diferença de potencial.

Note que neste tipo de configuração a ddp é a mesma nos três resistores. Por isso, é muito
interessante encontrar uma expressão para a potência dissipada no resistor em que um dos termos
seja a ddp 𝑉. Dessa forma, podemos combinar as equações da seguinte forma:

𝑉
𝑃𝑜𝑡 = 𝑉 ⋅ 𝑖 e 𝑖 =
𝑅
Combinando as duas relações, temos:

𝑉
𝑃𝑜𝑡 = 𝑉 ⋅ ( )
𝑅
Finalmente:

𝑉2
𝑃𝑜𝑡 =
𝑅
Com esse resultado vemos que a potência é inversamente proporcional a resistência nesse
caso. Portanto, o maior resistor dissipará a menor potência. Para cada um deles e para o circuito
equivalente, temos:

𝑈2
𝑃𝑜𝑡1 =
𝑅1
𝑈2
𝑃𝑜𝑡2 =
𝑅2
𝑈2
𝑃𝑜𝑡3 =
𝑅3
𝑈2
𝑃𝑜𝑡 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
{ 𝑅𝑒𝑞

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Na qual:

1 1 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅3

Como já vimos, por efeito Joule haverá uma dissipação de energia térmica quando o condutor
é percorrido por uma corrente elétrica. Dessa forma, o resistor elevará a sua temperatura até uma
um valor limite.
(2019/INÉDITA)
Considere um circuito formado por uma bateria de resistência interna 𝑟 e dois resistores A e B, como
mostrado na figura, e faça o que se pede nos itens I, II e III:

I) Determine a razão 𝑖𝐴 /𝑖𝐵 entre as correntes que atravessam os dois resistores;


II) Calcule a corrente total que atravessa o circuito;
III) Caso o resistor A entre em pane, abrindo o seu ramo, então o que acontecerá com a potência
dissipada pelo resistor B?
Comentários
I - Como os resistores A e B foram ligados em paralelo, sabemos que a diferença de potencial
a qual estão submetidos é a mesma:

𝑉𝐴 = 𝑉𝐵

𝑅𝐴 ⋅ 𝑖𝐴 = 𝑅𝐵 ⋅ 𝑖𝐵

𝑖𝐴 𝑅𝐵 8,0 2
= = =
𝑖𝐵 𝑅𝐴 12 3

II - Devemos, primeiramente, calcular a resistência equivalente do circuito:

12 ⋅ 8 12 ⋅ 8
𝑅𝑒𝑞 = 0,20 + = 0,20 +
12 + 8 20
6⋅8
𝑅𝑒𝑞 = 0,20 + = 0,20 + 0,6 ⋅ 8 = 0,20 + 4,8 = 5,0 Ω
10

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Agora podemos calcular a corrente total que atravessa o circuito:

𝑉 12
𝑖= = = 2,4 𝐴
𝑅𝑒𝑞 5

III - Se os dois resistores, A e B, são ligados em paralelo, a diferença de potencial fornecida a


cada um dos dois é a mesma. Daí teremos:

𝑉2
𝑃𝑜𝑡 =
𝑅
Como a diferença de potencial não se altera, assim como a resistência elétrica de B, a sua
potência dissipada permanece a mesma.
Gabarito: I - 𝟐/𝟑, II - 𝟐, 𝟒 𝑨 e III – Permanece inalterada.

(2019/INÉDITA)
Uma bateria de tensão 𝑉 e resistência interna 𝑅𝑖 é ligada em série com um arranjo de resistores de
resistência 𝑅, conforme a figura. O esquema do circuito está apresentado na figura. A potência
dissipada por cada resistor 𝑅 é dada por

2 2 2
𝑉 𝑉 𝑉 ⋅ 𝑅𝑖
(𝑅 ) 𝑅 ⋅ (𝑅 ) (𝑅 )
𝑉2 𝑉2 + 𝑅𝑖 + 𝑅𝑖 + 𝑅𝑖
a) b) c) 3 d) 3 e) 3
𝑅 (𝑅 + 𝑅𝑖 ) 9⋅𝑅 9 9
Comentários
Devemos começar pelo cálculo da resistência equivalente do circuito. Como os três resistores
𝑅 foram ligados em paralelo, temos que a resistência equivalente é de:

𝑅
𝑅𝑒𝑞 =
3
Dado que os resistores foram ligados em série à bateria, a resistência total será dada pela
soma de suas resistências:

𝑅
𝑅𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 = 𝑅𝑒𝑞 + 𝑅𝑖 = + 𝑅𝑖
3

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Sabemos pela lei de Ohm-Pouillet que a força eletromotriz de um gerador é igual ao produto
da intensidade da corrente pela resistência total do circuito.

𝐕=𝑹⋅𝒊 Lei de Ohm

[𝑽] = 𝑽 = 𝑽𝒐𝒍𝒕 [𝑅] = Ω = 𝑜ℎ𝑚 [𝑖] = 𝐴 = 𝑎𝑚𝑝é𝑟𝑒

Daí, temos:

𝑉 = 𝑅𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 ⋅ 𝑖

Isolando a corrente nessa relação, temos:

𝑉 𝑉 𝑉
𝑖= = =
𝑅𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑅𝑒𝑞 + 𝑅𝑖 𝑅 + 𝑅
3 𝑖

Finalmente, sabemos que a potência dissipada por um resistor é dada por:

Potência média dissipada


𝐏𝐨𝐭 = 𝑽 ⋅ 𝒊
por um resistor

𝑱
[𝑷𝒐𝒕] = = 𝑾𝒂𝒕𝒕 [𝑉 ] = 𝑉 = 𝑉𝑜𝑙𝑡 [𝑖] = 𝐴 = 𝑎𝑚𝑝é𝑟𝑒
𝒔
Cada resistor 𝑅 será atravessado por um terço da corrente total do circuito, daí:

𝑖
𝑃𝑜𝑡 = 𝑉𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 ⋅
3
Na qual 𝑉𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 é a diferença de potencial elétrico no resistor. Como sabemos apenas a
diferença de potencial da bateria, devemos novamente usar a lei de Ohm combinada à relação acima
descrita para chegarmos até a relação da potência dissipada por um resistor em função da sua
resistência e da corrente que o atravessa.

𝑖 𝑖 𝑖 𝑖2
𝑃𝑜𝑡 = 𝑉𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 ⋅ = 𝑅𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 ⋅ ⋅ = 𝑅𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 ⋅
3 3 3 9
Sabemos que a resistência do resistor vale 𝑅 e a corrente foi determinada anteriormente.
Substituindo-se essas informações, temos:
2
𝑉
𝑅 ⋅ (𝑅 )
+ 𝑅𝑖
𝑃𝑜𝑡 = 3
9
Gabarito: “d”.

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(2020/INÉDITA)
Dois resistores são ligados a uma bateria com resistência interna 𝑅𝑖 .

A potência, em Watts, dissipada por 𝑅2 é próxima de


a) 55 𝑊 b) 69 𝑊 c) 75 𝑊 d) 113 𝑊 e) 4500 𝑊
Note e adote:
A bateria possui Força Eletromotriz de 30 𝑉 e resistência interna de 0,20 Ω.
Os resistores 𝑅1 e 𝑅2 apresentam resistências iguais a 8,0 e 12 Ohms respectivamente.
Comentários
Notamos que 𝑅1 foi ligado em paralelo a 𝑅2 , sendo a resistência interna da bateria
considerada em série com o circuito. Devemos calcular a resistência equivalente à ligação em
paralelo dos dois resistores:

𝑅1 ⋅ 𝑅2 8 ⋅ 12 8 ⋅ 12
𝑅𝑒𝑞 = = = = 4,8 Ω
𝑅1 + 𝑅2 8 + 12 20

A resistência total do circuito será de:

𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 4,8 + 0,2 = 5,0 Ω

Dessa forma, podemos calcular a corrente total no circuito usando a primeira lei de Ohm:

𝑉
𝑉 =𝑅⋅𝑖 ⇒𝑖 =
𝑅
30
𝑖= = 6,0 𝐴
5
Agora podemos calcular a queda de tensão provocada pela resistência interna da bateria:

𝑉 = 𝑅 ⋅ 𝑖 = 0,2 ⋅ 6 = 1,2 𝑉

Isso significa que os resistores 𝑅1 e 𝑅2 estão submetidos a uma mesma tensão de:

𝑉𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 = 30 − 1,2 = 28,8 𝑉

Finalmente, podemos calcular a potência dissipada por 𝑅2 :

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2
(𝑉𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 ) 28,8 ⋅ 28,8
𝑃𝑜𝑡2 = = ≅ 69 𝑊
𝑅2 12

Gabarito: “b”.

3.2 - SEGUNDA LEI DE OHM

Dando sequência aos seus trabalhos, George Ohm buscou identificar quais grandezas
influenciariam a resistência elétrica e verificou que ela era função do material, do comprimento do
condutor e da sua secção transversal.
A resistência elétrica 𝑅 de um condutor homogêneo de secção transversal uniforme é
diretamente proporcional ao seu comprimento 𝐿, inversamente proporcional à área 𝐴 de sua secção
transversal e depende do material e da temperatura:

𝑳
𝑹=𝝆⋅ A segunda lei de Ohm
𝑨
[𝑹] = 𝛀 [𝝆] = 𝛀 ⋅ 𝒎 [𝑳] = 𝒎 [𝑨] = 𝒎𝟐

A condutividade elétrica de um material, simbolizada por 𝜎, é a grandeza física definida como


o inverso da resistividade, ou seja:

𝟏
𝝈= A condutividade elétrica
𝝆

𝟏 𝛀−𝟏 𝑺
[𝝈] = = = [𝝆] = 𝛀 ⋅ 𝒎
𝛀⋅𝒎 𝒎 𝒎
O inverso do Ω é o Siemens. A unidade de 𝜎 é o Siemens por metro (𝑆/𝑚).
(2020/UECE)
Quatro condutores constituídos por diferentes materiais, mas de mesmo comprimento, foram
submetidos a diferentes tensões elétricas enquanto mantido a temperatura constante. O gráfico
representa a diferença de potencial em função da corrente elétrica observada para cada um dos
objetos testados.

Aula 16 – Eletrodinâmica 31
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Admitindo-se que os dois únicos condutores ôhmicos testados possuem a mesma espessura, aquele
de maior condutividade elétrica é o de número
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4
Comentários
Um condutor ôhmico mantido à temperatura constante apresenta resistência elétrica
constante. Daí, os únicos condutores ôhmicos são 1 e 3.
Sabemos que a resistência elétrica 𝑅 de um condutor homogêneo de secção transversal
uniforme é diretamente proporcional ao seu comprimento 𝐿, inversamente proporcional à área 𝐴
de sua secção transversal e depende do material e da temperatura:

𝐿
𝑅=𝜌⋅ A segunda lei de Ohm
𝐴
[𝑅 ] = Ω [𝜌 ] = Ω ⋅ 𝑚 [𝐿 ] = 𝑚 [𝐴 ] = 𝑚 2

A condutividade elétrica de um material, simbolizada por 𝜎, é a grandeza física definida como


o inverso da resistividade, ou seja:

1
𝜎= A segunda lei de Ohm
𝜌

1 Ω−1 𝑆
[𝜎 ] = = = [𝜌 ] = Ω ⋅ 𝑚
Ω⋅𝑚 𝑚 𝑚
Quanto maior a inclinação maior a resistência elétrica do condutor. Com isso, concluímos que
3 possui menor resistência elétrica que 1 e como consequência menor resistividade e maior
condutividade elétrica.
Gabarito: “c”.

(2019/INÉDITA)
Uma resistência foi construída na forma de bastão de 10 𝑐𝑚 de comprimento e seção transversal
quadrada de 10 𝑚𝑚 de lado. Esse elemento foi ligado a uma tensão de 210 𝑉 e usada para aquecer
água. Se durante 34 𝑠 verificou-se que 6,8 ⋅ 103 𝑐𝑎𝑙 foram fornecidos ao líquido, temos que a
condutividade elétrica do material é aproximadamente de
a) 13 𝑆/𝑚 b) 19 𝑆/𝑚 c) 23 𝑆/𝑚 d) 37 𝑆/𝑚 e) 54 𝑆/𝑚
Note e adote:
Considere a resistividade do material e o calor específico da água constantes naquele intervalo de
temperatura.
Admita que 1 𝑐𝑎𝑙 = 4,2 𝐽 e Assuma que toda a energia fornecida ao bastão foi absorvida pela água.
Comentários:
A potência dissipada pelo material é igual ao calor fornecido ao líquido no referido intervalo
de tempo:

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𝑄
𝑃=
Δ𝑡
Podemos escrever a potência fornecida por um resistor elétrico em função da sua resistência
elétrica e da diferença de potencial a qual está submetido:

𝑄
𝑃=
Δ𝑡
𝑈2 𝑄
=
𝑅 𝛥𝑡
2102 6,8 ⋅ 103 ⋅ 4,2
=
𝑅 34
2102 ⋅ 34 210 ⋅ 210 ⋅ 34 21 ⋅ 5 ⋅ 1
𝑅= 3
= = = 52,5 Ω
6,8 ⋅ 10 ⋅ 4,2 68 ⋅ 10 ⋅ 42 2⋅1⋅1

Pela segunda lei de Ohm, podemos determinar a resistividade do material:

𝐿 𝑅⋅𝐴
𝑅=𝜌⋅ ⇒𝜌=
𝐴 𝐿
Devemos nos lembrar que a condutividade elétrica do material é dada pelo inverso da sua
resistividade:

1 𝐿 10 ⋅ 10−2 1 ⋅ 10−1
=𝜎= = =
𝜌 𝑅 ⋅ 𝐴 52,5 ⋅ (10 ⋅ 10−3 )2 52,5 ⋅ 10−4

𝜎 = 0,019 ⋅ 103 = 19 𝑆/𝑚

Gabarito: “b”.

3.3 - REOSTATO

Chamamos de reostato o dispositivo eletrônico que possui resistência variável. Ele pode ser
representado por dois tipos de símbolos:

Figura 16.35: As duas simbologias de reostatos que são utilizadas em circuitos elétricos.

Um exemplo muito comum é o reostato de cursor, em que a variação da resistência elétrica


é definida pela variação contínua do comprimento de um filamento condutor.

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Figura 16.36: Esquema simplificado de um reostato de cursor.

Basicamente, ele utiliza a segunda lei de Ohm, já que a resistência é diretamente proporcional
ao comprimento do fio.

(1989/ITA)
Com um certo material de resistividade elétrica 𝜌 foi construída uma resistência na forma de um
bastão de 5,0 𝑐𝑚 de comprimento e seção transversal quadrada de 5,0 𝑚𝑚 de lado. A resistência
assim construída, ligada a uma tensão de 120 𝑉, foi usada para aquecer água. Em operação,
verificou-se que o calor fornecido pela resistência ao líquido em 10 𝑠 foi de 1,7 ⋅ 103 𝑐𝑎𝑙. Use:
1 𝑐𝑎𝑙 = 4,2 𝐽.
a) Calcule o valor da resistividade 𝜌.
b) Quantos segundos seriam necessários para aquecer 1 litro de água da temperatura de 20 °C até
37 °C?
Observação: considere a resistividade do material e o calor específico da água constantes naquele
intervalo de temperatura.
Comentários:
a) A potência dissipada pelo material é igual ao calor fornecido ao líquido no referido
intervalo de tempo:
𝑄 𝑈2 𝑄 1202 1,7 ⋅ 103 ⋅ 4,2 1202 ⋅ 10
𝑃= ⇒ = ⇒ = ⇒𝑅=
Δ𝑡 𝑅 𝛥𝑡 𝑅 10 1,7 ⋅ 103 ⋅ 4,2
Mas, pela segunda lei de Ohm, temos:
𝑙 1202 ⋅ 10 (5 ⋅ 10−3 )2 1202 ⋅ 10
𝜌⋅ = ⇒ 𝜌 = ⋅
𝐴 1,7 ⋅ 103 ⋅ 4,2 5 ⋅ 10−2 1,7 ⋅ 103 ⋅ 4,2
𝜌 = 0,01 Ω ⋅ 𝑚
b) A quantidade de calor fornecida ao líquido será de:
𝑄 = 𝑚 ⋅ 𝑐 ⋅ Δ𝜃
𝑄 = 1000 ⋅ 1 ⋅ (37 − 20) = 17000 𝑐𝑎𝑙

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Se em 10 segundos o calor fornecido pela resistência ao líquido foi de 1700 𝑐𝑎𝑙, então, para
17.000 𝑐𝑎𝑙 serão necessários 100 𝑠.
Gabarito: a) 𝝆 = 𝟎, 𝟎𝟏 𝛀 ⋅ 𝒎 b) ∆𝒕 = 𝟏𝟎𝟎 𝒔.

(2019/QUESTÃO)
As extremidades A e B de um fio condutor cilíndrico e homogêneo, de 30 𝑐𝑚 de comprimento, são
ligadas numa bateria, submetendo-se a uma ddp igual a 6 𝑉. Calcule:

a) a intensidade do campo elétrico no interior desse fio;


b) a ddp 𝑉𝐷 − 𝑉𝐶 , entre os pontos D e C.
Comentários:
a) Considerando que o campo no interior do condutor será uniforme, podemos dizer que:
𝑈 = 𝐸 ⋅ 𝑑 = 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵
6 = 𝐸 ⋅ 0,3 ⇒ 𝐸 = 20 𝑉/𝑚
b) Dessa forma, a ddp entre os pontos D e C é dada por:
𝑉𝐶 − 𝑉𝐷 = 𝐸 ⋅ 𝑑𝐶𝐷
𝑉𝐶 − 𝑉𝐷 = 20 ⋅ 0,12 = 2,4 𝑉
Mas a ddp pedida é 𝑉𝐷 − 𝑉𝐶 , portanto:
𝑉𝐷 − 𝑉𝐶 = −2,4 𝑉
Gabarito: a) 𝑬 = 𝟐𝟎 𝑽/𝒎, b) 𝑽𝑫 − 𝑽𝑪 = −𝟐, 𝟒 𝑽.

(2019/QUESTÃO)
Um filamento metálico é esticado de modo que seu comprimento triplique e o volume permanece
inalterado. Qual deve ser a nova resistência do fio, se no início era 𝑅0 ?
Comentários:
Antes e depois de esticar o fio, o volume será o mesmo. Então:
𝑉𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑉𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 ⇒ 𝐴0 ⋅ 𝐿0 = 𝐴 ⋅ 𝐿
Mas o comprimento final é 3 vezes o inicial. Assim:
𝐴0
𝐴0 ⋅ 𝐿0 = 𝐴 ⋅ 3 ⋅ 𝐿0 ⇒ 𝐴 =
3
Pela segunda lei de Ohm, a resistência final é de:

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𝐿 3 ⋅ 𝐿0 𝐿0
𝑅=𝜌⋅ =𝜌⋅ = 9 ⋅ (𝜌 ⋅ )
𝐴 𝐴0 𝐴0
3
𝑅 = 9 ⋅ 𝑅0
Gabarito: 𝑹 = 𝟗 ⋅ 𝑹𝟎 .

(2019/QUESTÕES)
Na figura temos um tubo condutor de raio externo 𝑅1 e raio interno 𝑅2 , com comprimento 𝐿. Calcule
a resistência elétrica do condutor, dado que sua resistividade elétrica é igual a 𝜌.

Comentários:
A resistência do condutor pode ser determinada pela segunda lei de Ohm.

Podemos superpor as áreas da seguinte forma:

Então:
𝐿
𝑅 =𝜌⋅
𝜋(𝑅12 − 𝑅22 )
𝑳
Gabarito: 𝑹 = 𝝆 ⋅ .
𝝅(𝑹𝟐 𝟐
𝟏 −𝑹𝟐 )

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4 - ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
É muito comum em circuitos elétricos a necessidade de determinar uma resistência que teria
a mesma corrente quando submetido a mesma tensão. Nessas ocasiões, a configuração dos
resistores pode ser classificada em três categorias: série, paralela ou mista. O resistor equivalente à
associação é o único que, quando submetido à mesma ddp que a associação inicial, é atravessado
pela mesma corrente.

4.1 - ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE

Dizemos que dois ou mais resistores estão associados em série quando são interligados de
tal modo que, ao serem percorridos por uma corrente elétrica, ela terá a mesma intensidade em
todos eles. Esquematicamente, temos que:

Figura 16.37: N resistores conectados em série são percorridos pela mesma corrente elétrica.

A corrente que passa pelos resistores, nessa configuração, será a mesma. Portanto:

𝑖1 = 𝑖2 = 𝑖3 = ⋯ = 𝑖𝑛 = 𝑖

A associação de resistores citada pode ser trocada por um resistor equivalente, tal que:

Figura 16.38: Pela primeira Lei de Ohm, quando o resistor equivalente é submetido à uma ddp U, a corrente percorrida nele é de mesma intensidade i.

É importante destacar que a soma das diferenças de potencial surgidas em cada um dos
resistores é igual a diferença de potencial total entre os resistores ligados em série, 𝑉. Em
decorrência desse fato, podemos escrever para a resistência equivalente de resistores ligados em
série:

𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + ⋯ + 𝑅𝑁 Resistência equivalente para associações em série

Dizemos que a resistência elétrica 𝑅𝑒𝑞 é igual à soma das resistências elétricas dos resistores
associados em série. É importante destacarmos que a ddp a qual está submetido o resistor é
diretamente proporcional à sua resistência elétrica. Portanto, quem possui maior resistência elétrica
terá a maior queda de tensão nele.

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Se as resistências dos resistores associados em série são iguais à 𝑅, então a resistência


equivalente é dada por:

Resistência equivalente para associações em série


𝑅𝑒𝑞 = 𝑛 ⋅ 𝑅
de resistores de mesma resistência

Nesse caso, cada resistor está submetido à mesma diferença de potencial.

(2019/QUESTÃO)
Determine a resistência equivalente entre os pontos 𝑎 e 𝑏, e entre os terminais 𝑐 e 𝑑.

Comentários:
Para determinarmos a resistência equivalente entre 𝑎 e 𝑏, devemos aplicar uma fonte entre
estes pontos e analisar como se distribui a corrente no circuito, como na figura abaixo:

Como o circuito está aberto nos pontos 𝑐 e 𝑑, nos dois resistores de 4 Ω não passa corrente
elétrica (𝑖 = 0). Dessa forma, os resistores de 4 Ω podem ser retirados do circuito sem prejudicar o
funcionamento do circuito.
Dessa forma, há corrente passando apenas nos resistores de 3 Ω, 2 Ω, 6 Ω e 1 Ω. Note que
esses resistores serão percorridos pela mesma corrente e estão em série. Portanto:
𝑅𝑒𝑞 𝑎𝑏 = 3 + 2 + 6 + 1 = 12 Ω
Pela mesma linha de raciocínio, para determinar a resistência equivalente entre 𝑐 e 𝑑,
devemos colocar uma fonte entre esses pontos, como no circuito da figura abaixo:

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Então, os pontos 𝑎 e 𝑏 estão abertos e não há corrente passando por eles. Assim, a corrente
entre 𝑖 deverá passar pelos resistores de 4 Ω, 6 Ω e 4 Ω, formando uma associação em série. Logo,
a resistência equivalente entre 𝑐 e 𝑑 é dada por:
𝑅𝑒𝑞𝑐𝑑 = 4 + 6 + 4 = 14 Ω
Gabarito: 𝑹𝒆𝒒𝒄𝒅 = 𝟏𝟒 𝛀.

4.2 - ASSOCIAÇÃO EM PARALELO

Dois ou mais resistores estão em paralelo quando seus terminais estão conectados nos
mesmos pontos 𝑎 e 𝑏, como mostrado na figura abaixo:

Figura 16.39: Associação de N resistores em paralelo. Eles estão submetidos a mesma diferença de potencial.

Como um exemplo, se ligarmos três lâmpadas em paralelo a uma fonte de tensão, teremos:

Figura 16.40: Circuito formado por três lâmpadas em paralelo.

Note que as três lâmpadas estão submetidas à mesma ddp da fonte. Como bem sabemos, a
corrente irá se estabelecer do polo positivo (maior potencial) para o polo negativo (menor
potencial). Entretanto, em cada lâmpada terá uma corrente determinada pelo valor de sua
resistência:

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Figura 16.41: Representação do circuito formado pelas lâmpadas.

Nesse tipo de configuração os resistores estão conectados aos mesmos terminais, por isso
eles estão submetidos à mesma diferença de potencial:

𝑉𝐴𝐵 = 𝑉1 = 𝑉2 = 𝑉3

Já a corrente elétrica 𝐼, proveniente da fonte, se divide no ponto 𝐴 em três partes, isto é, se


reparte para cada resistor:

𝐼 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3

Este fato pode ser explicado pela conservação da carga elétrica no condutor. A carga que flui
pelos condutores não se acumula em nenhuma parte do condutor. Então, a quantidade de carga
que chega em um segundo no ponto de ramificação 𝐴 é a igual à quantidade de carga sai deste
ponto em um segundo.

Figura 16.42: Ramificação da corrente elétrica em um nó.

Como consequência, teremos:

1 1 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞𝐴𝐵 𝑅1 𝑅2 𝑅3

Embora fizemos para 3 lâmpadas (3 resistores), podemos aplicar a mesma ideia para 𝑛
resistores e o resultado seria:

1 1 1 1 Resistência equivalente para


= + + ⋯+
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅𝑛 associações em paralelo

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É interessante analisar essa relação para alguns casos particulares. Se tivermos 𝑛 resistores
de resistência 𝑅 em paralelo, então a resistência elétrica equivalente é dada por:
1 1 1 1 1 𝑛 𝑅
= + + ⋯+ ⇒ = ⇒ 𝑅𝑒𝑞 =
𝑅𝑒𝑞 𝑅 𝑅 𝑅 𝑅𝑒𝑞 𝑅 𝑛
Nessas condições, todos os resistores serão percorridos pela mesma corrente elétrica 𝑖.
Então, se a corrente total é 𝐼, temos:
𝐼
𝑖=
𝑛
Como a corrente é inversamente proporcional à resistência, o ramo que tiver a maior
resistência terá a menor corrente passando por ele. Pense sempre que a movimentação de cargas
busca o caminho que oferece a menor resistência.
Outra importante observação a ser feita é a de que a resistência equivalente de uma
associação em paralelo é sempre menor que a menor das resistências associadas.
Uma regra prática simples para obter a resistência do resistor equivalente para associação de
dois resistores em paralelo é a seguinte:

𝑅1 ⋅ 𝑅2
𝑅𝑒𝑞 =
𝑅1 + 𝑅2
Dizemos que a resistência do resistor equivalente é o produto pela soma dos dois resistores
associados.
(2019/QUESTÃO)
Calcule a resistência equivalente entre 𝐴 e 𝐵, se todos os resistores possuem resistência igual a 𝑅.

Comentários:
Nesse tipo de problema, é conveniente nomear os pontos da associaçao para verificar qual
tipo de associação está em jogo. Deve-se levar em conta que se não existe resistência entre dois
pontos de um condutor, estes pontos são equivalentes e recebem nomes iguais. Portanto:

Assim, verificamos que todos os resistores estão associados em paralelo entre os pontos 𝐴 e
𝐵. Portanto, temos 9 resistores de resistências iguais a 𝑅 conectados em paralelo. Logo:

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𝑅
𝑅𝑒𝑞 =
9
Gabarito: 𝑹𝒆𝒒 = 𝑹/𝟗

4.3 - FUSÍVEL

Denominamos por fusível o dispositivo eletrônico que é associado em série a um circuito ou


a um ramo de um circuito com a finalidade de protegê-lo. Basicamente, ele é um condutor feito de
um material com baixo ponto de fusão (chumbo e estanho são ótimos materiais para fusíveis).

Figura 16.43: Desenho esquemático de um fusível no circuito composto de dois resistores em série.

Se o fusível é atravessado por uma corrente elétrica cuja intensidade é maior que um certo
valor, ele se funde, interrompendo a passagem da corrente. Um dos fusíveis mais utilizado em
circuito elétrico de carros e em instalações elétricas (no quadro de entrada) é o fusível de cartucho.

Figura 16.44: Exemplo de fusível de cartucho, vista em perspectiva e em corte.

Geralmente, a intensidade da corrente máxima suportada pelo fusível vem registrada em sua
superfície. Note que uma vez fundido o fusível, ele deve ser descartado. Assim, surgiu a necessidade
de desenvolver um dispositivo que apenas interrompesse a passagem de corrente elétrica, caso ela
excedesse o valor desejado e, depois, quando a corrente se reestabelecer ao valor correto, ele fosse
capaz de ser conectado novamente ao circuito.
Assim, foram criados os disjuntores, dispositivos capazes de interromperem
automaticamente a passagem da corrente quando sua intensidade excede certo valor. Ele é baseado
no efeito magnético da corrente elétrica e têm a vantagem da reutilização imediata após sanado o
defeito que originou à sobrecarga da corrente.

(2019/QUESTÃO)
A figura mostra uma associação de resistores mista e os fusíveis que suportam correntes máximas
iguais a 5,0 𝐴. Diga quais fusíveis se danificarão.

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Comentários:
Inicialmente, devemos determinar qual a corrente total no circuito e a corrente que passa
em cada resistor. Para isso, é necessário determinar a resistência equivalente. Note que os dois
resistores de 2 Ω estão em série. Então:

Dessa forma, temos o seguinte circuito:

Portanto:
𝑅𝑒𝑞 = 3,0 + 4,0//6,0//4,0
𝑅𝑒𝑞 = 4,5 Ω
A corrente total que passa pelo circuito é de:
72
𝐼= = 16 𝐴
4,5
Logo, a ddp no resistor de 3 Ω é de:
𝑈1 = 3 ⋅ 16 = 48 𝑉
Consequentemente, a ddp nos terminais em paralelo é de:
𝑈2 = 72 − 48 = 24 𝑉
Portanto, a corrente em cada ramo em paralelo é dada por:

24 24 24
𝑖1 = = 6 𝐴; 𝑖2 = = 4 𝐴; 𝑖3 = =6𝐴
4 6 4

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Como os fusíveis podem suportar até 5 𝐴, então 𝑓1 e 𝑓3 se danificam. Quando 𝑓1 e 𝑓3 se


danificam, o circuito fica aberto nesses ramos e agora temos uma nova configuração do circuito:

Agora, a nova corrente que passa por 𝑓2 é dada por:


72 72
=𝑖 ′′ =
=8𝐴
3+6 9
Novamente, a corrente é superior a aquela suportada pelo fusível 𝑓2 . Logo, ele também se
danifica.
Gabarito: Os 3 fusíveis se danificam.

4.4 - CURTO-CIRCUITO

Quando ligamos um fio condutor de resistência desprezível aos terminais de um resistor, a


ddp nos terminais desse resistor torna-se nula. Esquematicamente:

Figura 16.45: Representação de um resistor em curto-circuito.

Como a corrente elétrica busca o caminho de menor resistência, se o fio condutor ligado
entre os terminais 𝐴 e 𝐵 tem resistência nula, então toda corrente passará por ele e não haverá
corrente elétrica passando por 𝑅.
Assim, dizemos que o resistor 𝑅 está em curto-circuito. Para efeitos práticos, é como se o
resistor fosse retirado do circuito. Assim, podemos considerar que os pontos 𝐴 e 𝐵 ligados pelo
condutor são coincidentes, já que eles possuem o mesmo potencial.
(2019/QUESTÃO)
Calcule a resistência equivalente entre os terminais 𝑀 e 𝑁.

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Comentários:
Nomeando os pontos que possuem o mesmo potencial, temos:

Note que os resistores de 3 Ω e de 6 Ω estão em curto-circuito. Portanto, eles podem ser


retirados do circuito sem danificar a análise dele. Então:

Com isso, o resistor equivalente entre os pontos 𝑀 e 𝑁 é de:


𝑅𝑒𝑞 𝑀𝑁 = 2 + 4 = 6 Ω
Gabarito: 𝑹𝒆𝒒 = 𝟐 + 𝟒 = 𝟔 𝛀.
𝑴𝑵

(2019/QUESTÃO)
Calcule a resistência equivalente entre os terminais 𝑥 e 𝑦.

Comentários:
Quando queremos mostrar que um fio passa por outro sem haver contato, representamos
pelo símbolo:

Assim, podemos nomear os pontos que possuem o mesmo potencial elétrico:

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Podemos notar que o resistor de 4 Ω está curto-circuitado. Além disso, vemos que os demais
resistores estão sofrendo a mesma diferença de potencial, já que seus terminais estão com os
mesmos nomes. Então, o circuito é equivalente a:

Portanto:
6
𝑅𝑒𝑞𝑥𝑦 = =2Ω
3
Gabarito: 𝑹𝒆𝒒𝒙𝒚 = 𝟐 𝛀.

Com estes exercícios, vemos um padrão para resolver problemas que envolvam associação
de resistores:
1) Nomeie os pontos com os mesmos potenciais e pontos com diferentes potenciais adiciona um
novo nome.
2) Redesenhe o seu circuito colocando de tal forma que você possa enxergar melhor a disposição
das conexões, destacando os pontos onde você deseja calcular a resistência equivalente.
3) Simplifique seu circuito até chegar no único resistor entre os pontos desejado.

4.5 - APARELHOS PARA MEDIDAS ELÉTRICAS

Chamamos de amperímetro o instrumento utilizado para medir a intensidade de corrente e


voltímetro o aparelho destinado para medir a diferença de potencial (ddp) entre dois pontos do
circuito.

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Quando usamos um instrumento de medida, desejamos que ele afira a grandeza física
desejada sem alterar as configurações do circuito. Entretanto, essa condição é meramente teórica
já que os aparelhos de medidas elétricas são constituídos por condutores e se torna inevitável que,
quando adicionados a um circuito, não causem interferências. Chamamos de amperímetro e de
voltímetro ideal aqueles que não causam alterações quando inseridos no circuito.

4.5.1 – O amperímetro
O amperímetro é um aparelho que deve ser associado em série com o elemento do circuito
ou no trecho do circuito em que se deseja medir a corrente que por ali passa, pois o aparelho deve
ser atravessado pela corrente.
Dessa forma, para que o amperímetro não altere a medição desejada, ele deve possuir
resistência interna nula (𝑹𝑨 = 𝟎). Obviamente, pela primeira lei de Ohm, a ddp entre os terminais
deste aparelho deve ser nula também. Esquematicamente:

Figura 16.46: O amperímetro deve ser associado em série no local onde deseja-se medir a intensidade da corrente. Se o amperímetro é ideal, sua resistência
elétrica deve ser praticamente zero e considerada nula.

Em alguns problemas surge o termo galvanômetro, que é um instrumento análogo ao


amperímetro, mas utilizado para medir correntes muito pequenas

4.5.2 – O voltímetro
O voltímetro é um aparelho que deve ser associado em paralelo entre os pontos nos quais
deseja-se medir a ddp. Para nenhuma corrente seja desviada para o voltímetro, temos que sua
resistência deve ser muito alta, isto é, 𝑹𝑽 → ∞. Esquematicamente:

Figura 16.47: Voltímetro ideal (resistência muito alta), ligado em paralelo ao resistor 𝑹𝟐 , medindo a ddp entre os terminais deste resistor, sem desviar
corrente que passa em 𝑹𝟏 e em 𝑹𝟐 .

Na prática, os amperímetros e os voltímetros não são ideais, isto é, eles possuem uma
pequena resistência (amperímetro) e a resistência não é infinita (voltímetro). Entretanto, um bom
amperímetro tem resistência elétrica muito pequena, da ordem de 10−1 Ω, e um bom voltímetro
deve ter resistência da ordem de 104 Ω.

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Em muitos exercícios de vestibulares, os aparelhos de medidas são ideais. Somente quando


mencionado ou em casos que levando a suspeita sobre a idealidade dos aparelhos que se deve levar
em conta como instrumentos reais, alterando a forma de trabalhar com o circuito.

4.6 - PONTE DE WHEATSTONE

Trata-se de uma associação especial de resistores, que tem a sua utilidade prática quando ela
está equilibrada. Embora tenha sido idealizada por S. H. Christie no ano de 1833, ela foi usada nas
condições de equilíbrio elétrico por Charles Wheatstone com a finalidade de determinar o valor de
uma resistência desconhecida, tendo conhecimento do valor das outras três resistências.
Na configuração de uma ponte Wheatstone, 𝑅1 e 𝑅4 são resistências conhecidas, 𝑅3 é
variável, porém conhecida. Já 𝑅2 é uma resistência desconhecida. É muito importante a presença
de um galvanômetro ligando os pontos 𝐶 e 𝐷, pois ele indicará uma condição crucial para o equilíbrio
da ponte. Esquematicamente, temos:

Figura 16.48: Representação esquemática de uma ponte de Wheatstone.

Para determinar 𝑅2 , devemos variar 𝑅3 até que a corrente que passa pelo galvanômetro seja
nula. No momento que isto acontecer, os potenciais em 𝐶 e 𝐷 serão iguais (𝑉𝐶 = 𝑉𝐷 ) e podemos
dizer que a ponte está em equilíbrio.
Quando a ponte está equilibrada, ou seja, não há corrente passando pelo galvanômetro, 𝑅1
e 𝑅2 são percorridas por uma mesma corrente 𝑖, ao passo que 𝑅4 e 𝑅3 são percorridas por uma
mesma corrente 𝑖 ′ .
Aplicando a primeira Lei de Ohm em cada resistor, podemos deduzir que em uma ponte de
Wheatstone equilibrada, os produtos das resistências de ramos opostos são iguais:

𝑅1 ⋅ 𝑅3 = 𝑅2 ⋅ 𝑅4

Em suma, conhecendo 𝑅1 , 𝑅3 e 𝑅4 , você será capaz de determinar 𝑅2 que era desconhecida.

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(Mackenzie-SP)
No circuito abaixo, a ddp entre os terminais A e B é de 60 V e o galvanômetro 𝐺 acusa uma
intensidade de corrente elétrica zero. Se a ddp entre os terminais A e B for duplicada e o
galvanômetro continuar acusando zero, podemos afirmar que:

a) a resistência 𝑅 permanecerá constante e igual a 25 Ω.


b) a resistência 𝑅 permanecerá constante e igual a 15 Ω.
c) a resistência 𝑅 permanecerá constante e igual a 10 Ω.
d) a resistência 𝑅, que era de 25 Ω, será alterada para 50 Ω.
e) a resistência 𝑅, que era de 50 Ω, será alterada para 12,5 Ω.
Comentários:
Na primeira condição, ddp igual a 60 𝑉, vemos que a ponte está equilibrada, já que a corrente
é nula pelo galvanômetro. Então:
5 ⋅ (20 + 𝑅) = 15 ⋅ (10 + 5) ⇒ 5 ⋅ (20 + 𝑅) = 3 ⋅ 5 ⋅ 15
20 + 𝑅 = 45 ⇒ 𝑅 = 25 Ω
Perceba que essas relações entre as resistências determinam a condição de equilíbrio na
ponte, independentemente do valor de tensão entre os pontos A e B. Portanto, ao dobrar a ddp
entre A e B, o valor de 𝑅 permanecerá o mesmo e ele é igual a 25 Ω.
Gabarito “a”.

(FAAP-SP)
No circuito indicado na figura a intensidade da corrente no gerador é 𝐼 = 7,0 𝐴 e no ramo 𝐴𝐵 é 𝐼1 =
5,0 𝐴. Calcule a tensão entre os terminais do gerador ideal.

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Comentários:
Se a corrente que chega ao ponto A é de 7,0 A e a corrente no ramo 𝐴𝐵 é de 5,0 A, então a
corrente no 𝐴𝐷 é igual 2,0 A. Dessa maneira, a queda de tensão no ramo 𝐴𝐷 e no ramo 𝐴𝐵 são
dadas por:
𝑈𝐴𝐷 = 𝑉𝐴 − 𝑉𝐷 = 13 ⋅ 2,0 = 26 𝑉
𝑈𝐴𝐵 = 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 = 4 ⋅ 5,0 = 20 𝑉
Fazendo uma menos a outra, temos:
𝑉𝐴 − 𝑉𝐷 − (𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 ) = 26 − 20
𝑉𝐵 − 𝑉𝐷 = 6 𝑉
Ou seja, a corrente que passa pelo resistor de 6 Ω, temos:
𝑉𝐵 − 𝑉𝐷 = 6 ⋅ 𝑖 ′ = 6
∴ 𝑖 ′ = 1,0 𝐴
Note que 𝑉𝐵 > 𝑉𝐷 , já que 𝑉𝐵 − 𝑉𝐷 = +6 𝑉. Então a corrente no resistor de 6 Ω vai de B para
D. Logo, chega ao nó D 2,0 𝐴 do ramo 𝐴𝐷 e 1,0 𝐴 do ramo 𝐵𝐷. Assim, a corrente pelo ramo 𝐷𝐶 é
de 2,0 + 1,0 = 3,0 𝐴.
Com isso, a diferença de potencial entre os terminais do resistor deste ramo é de:
𝑉𝐷 − 𝑉𝐶 = 2,0 ⋅ 3,0 = 6,0 𝑉
Portanto, a diferença de potencial da fonte 𝐸 é de:
𝐸 = 𝑉𝐴 − 𝑉𝐶 = (𝑉𝐴 − 𝑉𝐷 ) + (𝑉𝐷 − 𝑉𝐶 ) = 26 + 6 = 32 𝑉
Perceba que a corrente que chega ao nó B por 𝐴𝐵 é de 5,0 A. Como sai 1,0 A para o ramo
𝐵𝐷, então deverá ir 4,0 A para o ramo 𝐵𝐶. Logo, a tensão neste ramo é de:
𝑉𝐵 − 𝑉𝐶 = 3,0 ⋅ 4,0 = 12 𝑉
Apenas para verificação, note que:
(𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 ) + (𝑉𝐵 − 𝑉𝐶 ) = 20 + 12 = 32 𝑉 = 𝐸
Poderíamos ter escolhido qualquer um dos dois caminhos. Note ainda que a ponte de
Wheatstone apresentada nesse exercício não está equilibrada, pois:
13 ⋅ 3,0 ≠ 2,0 ⋅ 4,0
𝑖 6 Ω = 1,0 𝐴
Por isso, foi uma informação muito valiosa ele ter mencionado os valores das correntes.
Gabarito: 𝑬 = 𝟑𝟐 𝑽.

(2019/QUESTÃO)
Se uma bateria de 20 V é conectada nos terminais A e B, determine a corrente que atravessa a
bateria.

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Comentários:
Conectando o sistema resistivo aos terminais da fonte e nomeando os nós, temos:

Se rearranjarmos o circuito, notaremos que se trata de uma ponte de Wheatstone


equilibrada:

Como o produto das resistências dos ramos opostos são iguais, então a corrente que passa
por 6 é nula e ele pode ser removido do circuito. Então, teremos uma nova configuração:

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Dessa forma, temos a seguinte associação mista:

Logo, temos que:


1 1 1 1 𝑅
= + + ⇒ 𝑅𝑒𝑞 = ⇒ 𝑅𝑒𝑞 = 10 Ω
𝑅𝑒𝑞 𝑅 2𝑅 2𝑅 2
Pela primeira Lei de Ohm, a corrente que atravessa a fonte é de:
𝑈 = 𝑅𝑒𝑞 ⋅ 𝑖 ⇒ 20 = 10 ⋅ 𝑖 ⇒ 𝑖 = 2 𝐴
Gabarito: 𝒊 = 𝟐 𝑨

5 - GERADORES
O gerador elétrico é um equipamento capaz de converter energia, seja ela química, mecânica,
solar, dentre outras, em energia elétrica. Em um gerador existem dois polos, um de maior e outro
de menor potência elétrico, e sua função é manter constante a diferença de potencial entre esses
dois polos.

5.1 - GERADOR ELÉTRICO – FORÇA ELETROMOTRIZ

Devido à diferença de potencial há uma movimentação dos elétrons livre, definindo uma
corrente elétrica. Espontaneamente, essa diferença de potencial tenderia a zero e a corrente
elétrica cessaria. A função de pilhas, baterias, geradores elétricos, células fotoelétricas e termopilhas
é manter entre seus terminais uma ddp.
O termo força eletromotriz não se refere a uma força propriamente dita, mas ao trabalho das
forças externas para mover as partículas eletrizadas de um extremo a outro pelo interior dessas
fontes e, dessa forma, manter a corrente elétrica no circuito ao qual está conectado.

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Podemos dizer que a força eletromotriz (𝑓𝑒𝑚) é o trabalho por unidade de carga que as forças
externas realizam para transladar as partículas carregadas. Esquematicamente, temos:

Figura 16.49: Representação de uma fonte.

Podem existir dois tipos de geradores, os ideais e os reais. Um gerador ideal: é aquele que
possui resistência interna nula (𝑟𝑖𝑛𝑡 = 0). Assim, não há dissipação de energia no seu interior e,
dessa forma, ele entrega para o circuito externo toda 𝑓𝑒𝑚 ℰ da fonte. Esquematicamente:

Figura 16.50: Representação de um gerador ideal.

Por outro lado, um gerador real: é aquele que possui resistência interna não nula (𝑟𝑖𝑛𝑡 ≠ 0).
Na prática, é impossível existir um gerador sem resistência interna. Dessa forma, a ddp que um
gerador real entrega ao circuito externo é menor que a sua 𝑓𝑒𝑚, pois há uma queda de tensão igual
a 𝑟𝑖𝑛𝑡 ⋅ 𝑖 dentro do próprio gerador. Esquematicamente:

Figura 16.51: Representação de um gerador real onde a resistência interna é não nula.

5.1.1 - A equação do gerador


Considere uma pilha ligada a uma pequena lâmpada com a seguinte representação
esquemática:

Figura 16.52: Gerador real ligado a uma lâmpada.

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Para determinar a diferença de potencial que a fonte entrega ao circuito externo, iremos
analisar a queda de tensão do ponto B até o ponto A. Adotando como nulo o potencial de B, 𝑉𝐵 = 0,
quando a corrente passa pela resistência interna do gerador há uma queda de tensão nela dada pela
primeira lei de Ohm (𝑟𝑖𝑛𝑡 ⋅ 𝑖). Logo:

𝑉𝐵 − 𝑉𝐶 = 𝑟𝑖𝑛𝑡 ⋅ 𝑖

Em seguida, há uma elevação do potencial elétrico de C para A, promovido pela força


eletromotriz:

𝑉𝐴 − 𝑉𝐶 = ℰ

Portanto:

𝑉 = 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 = (𝑉𝐴 − 𝑉𝐶 ) − (𝑉𝐵 − 𝑉𝐶 ) = ℰ − 𝑟𝑖𝑛𝑡 ⋅ 𝑖

Assim, chegamos à equação característica de um gerador:

𝑉 = ℰ − 𝑟𝑖𝑛𝑡 ⋅ 𝑖 Equação característica de um gerador

Lembre-se que o sentido da corrente elétrica dentro do gerador é do polo negativo para o
polo positivo.

5.1.2 - Gerador em aberto


Quando um gerador está em aberto, não há corrente elétrica passando por ele (𝑖 = 0). Pela
equação característica do gerador, vemos que:

𝑈 = ℰ − 𝑟𝑖𝑛𝑡 ⋅ 𝑖 ⇒ 𝑈 = ℰ − 𝑟𝑖𝑛𝑡 ⋅ 0 ⇒ 𝑈 = ℰ

Obviamente, isso ocorre somente quando o gerador não está conectado a nenhum circuito
externo e, assim, a ddp é também denominada por tensão em aberto do gerador. Uma forma de
medir a 𝑓𝑒𝑚 de um gerador é conectá-lo a um voltímetro de boa qualidade (𝑅𝑉 → ∞) e, dessa
forma, ter uma boa aproximação do valor da 𝑓𝑒𝑚 do gerador.

Figura 16.53: Gerador em aberto. Um voltímetro de resistência interna muito alta é capaz de medir com boa aproximação o valor da 𝒇𝒆𝒎 𝓔.

5.1.3 - Gerador em curto-circuito


Um gerador está em curto-circuito quando seus terminais estão ligados por um fio de
resistência elétrica desprezível, como na figura abaixo:

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Figura 16.54: Representação de uma pilha em curto-circuito.

Nessa situação física, a ddp 𝑈 entre os terminais do gerador é nula, ou seja, toda a força
eletromotriz (ℰ) que ele produz está aplicada em sua resistência interna (𝑟𝑖𝑛𝑡 ). Aplicando a equação
característica do gerador, podemos encontrar a corrente elétrica nessa ocasião:


𝑈 = ℰ − 𝑟𝑖𝑛𝑡 ⋅ 𝑖 ⇒ 0 = ℰ − 𝑟𝑖𝑛𝑡 ⋅ 𝑖𝑐𝑐 ∴ 𝑖𝑐𝑐 =
𝑟𝑖𝑛𝑡

Em que 𝑖𝑐𝑐 é denominada corrente de curto-circuito.

5.1.4 - Curva característica de um gerador


Analisando a equação característica 𝑈 = ℰ − 𝑟𝑖𝑛𝑡 ⋅ 𝑖, vemos que ela é uma função do
primeiro grau em 𝑖, em que ℰ é o coeficiente linear e 𝑟𝑖𝑛𝑡 é o coeficiente angular da reta.
Graficamente, temos:

Figura 16.55: Curva característica de um gerador elétrico.

Da análise matemática, temos:

ℰ ℰ
𝑡𝑔 𝜃=𝑁 = ⇒ 𝑡𝑔 𝜃=𝑁 𝑟𝑖𝑛𝑡
𝑖𝑐𝑐 ℰ
𝑟𝑖𝑛𝑡

Para o gerador ideal (𝑟𝑖𝑛𝑡 = 0), temos a seguinte equação característica:

Figura 16.56: Curva caraterística de um gerador ideal.

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Tenha sempre em mente que considerar um determinado gerador como ideal é uma
aproximação muito boa, geralmente.

5.1.5 - Lei de Pouillet


Considere um gerador elétrico de 𝑓𝑒𝑚 ℰ e resistência interna 𝑟𝑖𝑛𝑡 , conectado a um único
resistor de resistência elétrica 𝑅, como na figura abaixo:

Figura 16.57: Circuito gerador e um único resistor.

A ddp 𝑈 entre os terminais do resistor é dado pela primeira lei de Ohm:

𝑉 =𝑅⋅𝑖

Por outro lado, sabemos que a ddp entregue pelo gerador é dada pela equação característica:

𝑈 = ℰ − 𝑟𝑖𝑛𝑡 ⋅ 𝑖

Igualando as duas equações, temos:


𝑅 ⋅ 𝑖 = ℰ − 𝑟𝑖𝑛𝑡 ⋅ 𝑖 ⇒ 𝑖 =
𝑟𝑖𝑛𝑡 + 𝑅

A Lei de Pouillet fornece a intensidade da corrente elétrica em um circuito simples do tipo


gerador-resistor. Caso o circuito externo tenha mais de um resistor, será necessário fazer uma
associação de resistores para encontrar o resistor equivalente à associação e, assim, poder usar a
Lei de Pouillet. Futuramente, iremos aprender as Leis de Kirchhoff e ampliaremos nosso poder de
resolução de circuitos elétricos.

5.2 - POTÊNCIAS ELÉTRICAS NO GERADOR

Inicialmente, vamos definir alguns conceitos importantes quando falamos de potência. Como
vimos anteriormente pelo efeito Joule, quando um resistor é percorrido por uma corrente elétrica,
ele libera uma quantidade de energia térmica. Podemos sentir um resistor esquentar quando ele é
percorrido por uma corrente elétrica.
Entretanto, essa dissipação de energia pode ser útil, dependendo de como foi empregado o
resistor, como por exemplo, em um chuveiro elétrico. Por outro lado, essa energia térmica pode ser
inútil e totalmente indesejada, como ocorre em fios de ligação de um notebook ou no interior de
uma pilha. Sendo assim, sempre que dissermos energia desperdiçada estamos nos referindo a
aquela que foi dissipada inutilmente.

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5.2.1 - Rendimento elétrico do gerador


Ao conectar um gerador em um circuito externo, parte da potência elétrica total é transferida
para o circuito e outra parte é desperdiçada internamente na própria resistência interna. Diante
disso, podemos definir um rendimento elétrico (𝜂) para um gerador da seguinte forma:

𝑃𝑜𝑡𝑢
𝜂=
𝑃𝑜𝑡𝑡

Como 𝑃𝑜𝑡𝑢 = 𝑈 ⋅ 𝑖 e 𝑃𝑜𝑡𝑡 = ℰ ⋅ 𝑖, podemos reescrever o rendimento elétrico em função da


ddp fornecida pela fonte e sua 𝑓𝑒𝑚:

𝑈⋅𝑖 𝑈
𝜂= ⇒ 𝜂=
ℰ⋅𝑖 ℰ

Observe que como a potência útil é sempre menor que a potência total, o rendimento
elétrico é sempre um número entre 0 e 1:

0 ≤ 𝜂 ≤ 1 ou 0 ≤ η ≤ 100% (em porcentagem)

5.2.2 - Circuito simples gerador-resistor


Vamos voltar ao circuito simples que utilizamos na Lei de Pouillet:

Figura 16.58: Circuito simples formado por um gerador e um resistor.

Já vimos que a equação característica do gerador é dada por:

𝑈 = ℰ − 𝑟𝑖𝑛𝑡 ⋅ 𝑖

E quando olhamos para o resistor, escrevemos que:

𝑈 =𝑅⋅𝑖

Então, escrevemos a Lei de Pouillet:

ℰ = (𝑅 + 𝑟𝑖𝑛𝑡 ) ⋅ 𝑖

Note que 𝑟𝑖𝑛𝑡 + 𝑅 representa a resistência equivalente do circuito. Então:

ℰ = 𝑅𝑒𝑞 ⋅ 𝑖

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Assim, em um circuito simples (apenas uma fonte e uma associação de resistores) podemos
escrever que a 𝑓𝑒𝑚 é igual ao produto da resistência elétrica total do circuito pela intensidade da
corrente elétrica.

5.2.3 - Potência máxima fornecida por um gerador


A máxima potência útil de um gerador se dá quando a corrente que o percorre vale metade
de sua corrente de curto circuito:

Figura 16.59: Gráfico da potência útil em função da corrente.

A potência máxima útil será dada pelo produto entre a diferença de potencial do gerador e
corrente que o atravessa para a situação:

𝑃𝑚á𝑥 = (𝜀 − 𝑟 ⋅ 𝑖) ⋅ 𝑖

E a corrente de curto circuito é dada por:


𝜀
𝑖𝑐𝑐 =
2⋅𝑟
Unindo as duas relações, temos:
𝜀 𝜀
𝑃𝑚á𝑥 = (𝜀 − 𝑟 ⋅ )⋅
2⋅𝑟 2⋅𝑟
Finalmente:

𝜀2 Potência máxima útil


𝑃𝑚á𝑥 = de um gerador
4⋅𝑟

(2019/QUESTÃO)
Com o objetivo de aquecer um recipiente no menor tempo possível, conecta-se um gerador de 𝑓𝑒𝑚
ℰ = 60 𝑉 e resistência interna 𝑟𝑖𝑛𝑡 = 3,0 Ω e dispõe-se de dois resistores, um de 9,0 Ω e outro dois
de 6, 0 Ω.
Se a quantidade de calor necessária para ferver a água é de 2,4 ⋅ 105 𝑐𝑎𝑙, determine o intervalo de
tempo mínimo necessário. Adote 1,0 𝑐𝑎𝑙 = 4,0 𝐽 e que as perdas calor do recipiente para o
ambiente seja nula.

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Comentários:
A potência elétrica é igual ao calor trocado pelo tempo. Então:
𝑄 𝜀2 𝑄
𝑃𝑚á𝑥 = ⇒ =
Δ𝑡𝑚í𝑛 4 ⋅ 𝑟 Δ𝑡𝑚í𝑛
602 2,4 ⋅ 105 ⋅ 4,0
=
4⋅3 Δ𝑡𝑚í𝑛
Δ𝑡𝑚í𝑛 = 3,2 ⋅ 103 𝑠
Gabarito: 𝚫𝒕𝒎í𝒏 = 𝟑, 𝟐 ⋅ 𝟏𝟎𝟑 𝒔.

5.3 - ASSOCIAÇÃO DE GERADORES

Podemos associar dois ou mais geradores em série, em paralelo ou de forma mista. É muito
comum em lanternas, rádios e outros aparelhos elétricos, combinar pilhas para atingir uma
determinada ddp, conforme a especificação do aparelho.
A seguir, vamos estudar como associar geradores em série e em paralelo, para chegarmos a
um único gerador equivalente capaz de, quando percorrido por uma corrente de intensidade igual
à da que percorre a associação, mantém entre seus terminais a mesma ddp entre os terminais da
associação. Dessa forma, diante de uma associação de geradores, devemos determinar os valores
da 𝑓𝑒𝑚 ℰ e a resistência interna 𝑟 que definem as características do gerador equivalente.

5.3.1 - Associação de geradores em série


Dizemos que dois geradores estão associados em série quando são ligados em sequência, de
tal forma que cada polo de um gerador está conectado ao polo de sinal oposto do próximo gerador
ou do anterior. A figura abaixo ilustra uma associação em série.

Figura 16.60: Associação de N geradores em série. Note que todos são percorridos pela mesma corrente elétrica.

Dessa forma, podemos determinar um gerador equivalente que é percorrido pela mesma
corrente 𝑖 que a da associação e mantém a mesma ddp entre os seus terminais.

Figura 16.61: Representação do gerador equivalente.

Para que o gerador seja equivalente à associação, devemos ter que:

ℰ𝑒𝑞 = ℰ1 + ℰ2 + ⋯ + ℰ𝑁 e 𝑟𝑒𝑞 = 𝑟1 + 𝑟2 + ⋯ + 𝑟𝑁

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Diante desse resultado, vemos que ao associar geradores em série, aumentamos a 𝑓𝑒𝑚 e a
resistência interna. Caso os geradores associados sejam iguais, então:

ℰ𝑒𝑞 = 𝑛 ⋅ ℰ e 𝑟𝑒𝑞 = 𝑛 ⋅ 𝑟

5.3.2 - Associação em paralelo de geradores iguais


Neste tipo de conexão, todos os polos positivos dos geradores são ligados entre si e todos os
polos negativos também, como na figura abaixo:

Figura 16.62: Conexão de n geradores idênticos em paralelo.

Como os 𝑛 geradores são idênticos, a corrente que atravessa a associação se divide em 𝑛


partes iguais, isto é, 𝑖/𝑛. Além disso, os geradores associados mantêm a ddp 𝑈 entre os terminais 𝑥
e 𝑦. Portanto, o gerador equivalente é dado por:

𝑈 = ℰ𝑒𝑞 − 𝑟𝑒𝑞 ⋅ 𝑖

Para cada gerador associado, temos:

𝑖
𝑈 =ℰ−𝑟⋅
𝑛
Então:
𝑟
ℰ𝑒𝑞 − 𝑟𝑒𝑞 ⋅ 𝑖 = ℰ − ⋅𝑖
𝑛
Para os fins desejados, devemos ter que:
𝑟
ℰ𝐸𝑞 = ℰ e 𝑟𝑒𝑞 =
𝑛
Representativamente:

Figura 16.63: Representação do gerador equivalente para uma associação em paralelo.

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Diante desse resultado, podemos concluir que na associação de geradores iguais em paralelo,
a 𝒇𝒆𝒎 se mantém e há apenas uma diminuição na resistência interna.

6 - AS LEIS DE KIRCHHOFF
Utilizamos as leis de Kirchhoff para a resolução de circuitos com duas ou mais malhas.
Antes de mostrar as leis de Kirchhoff propriamente ditas, vamos fazer algumas considerações
utilizando a tabela de ddp para alguns bipolos elétricos, supondo que o valor do potencial de A é 𝑥:

Elemento 𝑽𝑨 𝑽𝑩 𝑼𝑨𝑩

𝑥 𝑥−𝑅⋅𝑖 𝑅⋅𝑖

𝑥 𝑥−ℰ ℰ

𝑥 𝑥 − ℰ′ ℰ′

Figura 16.64: Para resolver o circuito em questão, devemos aplicar as leis de Kirchhoff.

Agora, vamos fazer algumas definições, utilizando nosso circuito acima. Um nó é ponto do
circuito onde a corrente se divide. No nosso exemplo isso ocorre em 𝐵 e 𝐶. Um ramo é trecho do
circuito percorrido pela mesma corrente. No nosso caso: 𝐴𝐵, 𝐸𝐹, 𝐵𝐸 e 𝐵𝐶𝐷𝐸. Já uma malha é um
conjunto de ramos que formam um percurso fechado. No nosso exemplo: 𝐴𝐵𝐸𝐹𝐴, 𝐵𝐶𝐷𝐸𝐵 e
𝐴𝐵𝐶𝐷𝐸𝐹𝐴. Diante dessas definições, podemos enunciar as leis de Kirchhoff:

6.1 - LEI DE KIRCHHOFF DAS CORRENTES (𝑳𝑲𝑪) OU LEI DOS NÓS:

O somatório das correntes que entram em um nó é igual ao somatório das correntes


que saem do nó.

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Matematicamente:

(∑ 𝒊𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒎 ) = (∑ 𝒊𝒔𝒂𝒆𝒎 )
𝒏ó 𝑿 𝒏ó 𝑿

(2019/INÉDITA)
Um aluno fez a seguinte ligação usando quatro resistores elétricos.

Se uma bateria saudável e 100% carregada, cujas especificações eram (12 𝑉 − 36 𝐴ℎ), teve seus
terminais ligados corretamente aos pontos 𝑥 e 𝑦, a corrente que atravessa cada resistor de 6 Ω é de
(A) 1/3 A (B) 2/3 A (C) 2 A (D) 6 A (E) 12 A
Comentários
Quando queremos mostrar que um fio passa por outro sem haver contato, representamos
pelo símbolo:

Assim, podemos nomear os pontos que possuem o mesmo potencial elétrico:

Podemos notar que o resistor de 4 Ω está curto-circuitado. Além disso, vemos que os demais
resistores estão sofrendo a mesma diferença de potencial, já que seus terminais estão com os
mesmos nomes. Então, o circuito é equivalente a:

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Portanto:

6
𝑅𝑒𝑞𝑥𝑦 = =2Ω
3
Pela lei de Ohm, podemos determinar a corrente total que atravessa o circuito:

𝑉
V=R⋅i⇒𝑖 =
𝑅
𝑉 12
𝑖= = = 6,0 𝐴
𝑅 2
Finalmente, podemos determinar a corrente que atravessa cada resistor:

6,0
𝑖𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 = = 2,0 𝐴
3
Gabarito: “c”

6.2 - LEI DE KIRCHHOFF DAS TENSÕES (𝑳𝑲𝑻) OU LEI DAS MALHAS:

O somatório das tensões ao longo de uma malha é nulo.

Sempre que resolvermos circuitos elétricos utilizando as Leis de Kirchhoff, devemos adotar
para cada ramo um sentido da corrente elétrica. Em seguida, aplicamos a 𝐿𝐾𝑇 no circuito com o
objetivo de diminuir a ordem do sistema de equação a ser obtido. Por exemplo:

Figura 16.65: Aplicação da LKC no nó B.

Depois, em cada malha, arbitraremos um sentido de percurso e aplicaremos a 𝐿𝐾𝑇, obtendo


o sistema de equações:

Figura 16.66: Aplicação de LKT em cada malha.

Rodando a malha 𝐹𝐴𝐵𝐸𝐹 e a malha 𝐸𝐵𝐶𝐷𝐸, temos as seguintes equações:


−𝑟 ⋅ 𝑖 + ℰ1 − 𝑅1 ⋅ 𝑖1 − ℰ2 − 𝑟2 ⋅ 𝑖2 − 𝑅2 ⋅ 𝑖1 = 0
{ 1 1
+𝑟2 ⋅ 𝑖2 + ℰ2 − 𝑅3 ⋅ (𝑖1 − 𝑖2 ) − ℰ3 − 𝑟3 ⋅ 𝑖3 = 0

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Por fim, resolvemos o sistema de equações. As correntes com sinal negativo deverão ter seus
sentidos invertidos. Vamos resolver um circuito como exemplo. Considere o circuito da figura
abaixo:

Inicialmente, arbitramos para ramo um sentido de corrente elétrica.

No segundo passo, aplicamos a LKC no circuito para diminuir a ordem do sistema de equações
que será obtido. Por isso, ao invés de escrever 𝑖3 , nós substituiremos no circuito 𝑖3 por 𝑖1 + 𝑖2 . No
terceiro passo, aplicamos a LKT para cada malha fechada, obtendo as equações algébricas. Para a
malha 𝐹𝐴𝐵𝐸𝐹:
35 − 10 ⋅ 𝑖1 − 5 ⋅ (𝑖1 + 𝑖2 ) = 0
15𝑖1 + 5𝑖2 = 35 (𝑒𝑞. 1)
Malha 𝐷𝐶𝐵𝐸𝐷:
30 − 15 ⋅ 𝑖2 − 5 ⋅ (𝑖1 + 𝑖2 ) = 0
5𝑖1 + 20𝑖2 = 30 (𝑒𝑞. 2)
Último passo, resolvemos as equações algébricas. Para isso, basta fazer 4 ⋅ (𝑒𝑞. 1) − (𝑒𝑞. 2):
4 ⋅ (15𝑖1 + 5𝑖2 ) − (5𝑖1 + 20𝑖2 ) = 4 ⋅ 35 − 30
55𝑖1 = 110 ⇒ 𝑖1 = 2 𝐴
Portanto:
15 ⋅ 2 + 5𝑖2 = 35 ⇒ 𝑖2 = 1 𝐴
Finalmente, temos:

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(2019/INÉDITA)
A figura a seguir ilustra um circuito formado por duas baterias ideais e sete resistores ôhmicos.

Se a potência máxima em cada resistor não pode ultrapassar 640 𝑊, força eletromotriz máxima que
as baterias poderão trazer é, em 𝑉, de
a) 8 𝑉 b) 22 𝑉 c) 56 𝑉 d) 132 𝑉 e) 8 𝑉
Comentários
Reorganizando o circuito, temos:

A ponte de Wheatstone formada está em equilíbrio. Isso pode ser percebido pelo produto
dos ramos opostos:

𝑅1 ⋅ 𝑅2 = 𝑅3 ⋅ 𝑅4

10 ⋅ 10 = 5 ⋅ 20

100 = 100

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Assim, não existe passagem de corrente pelo resistor do meio e o circuito pode ser reescrito
da seguinte forma:

Perceba que as fontes de tensão em paralelo equivalem a um novo arranjo com uma bateria
em série com uma resistência de 1 Ω.
A corrente no ramo superior será o dobro da do ramo inferior em paralelo, visto que
resistência do ramo é a metade. Vamos chamar de 2𝑖 a corrente no ramo superior e 𝑖 a do ramo
inferior. Dessa maneira, a corrente total que percorre o circuito será de 3𝑖.

Podemos escrever para os resistores que 𝑃𝑜𝑡 = 𝑅 ⋅ 𝑖 2 . Para cada um deles, teremos:

𝑃10 = 𝑅10 ⋅ (2𝑖)2 = 10 ⋅ 4 ⋅ 𝑖 2 = 40 ⋅ 𝑖 2


𝑃5 = 𝑅5 ⋅ (2𝑖)2 = 5 ⋅ 4 ⋅ 𝑖 2 = 20 ⋅ 𝑖 2
𝑃20 = 𝑅20 ⋅ (𝑖)2 = 20 ⋅ 𝑖 2
{ 𝑃10 = 𝑅10 ⋅ (𝑖)2 = 10 ⋅ 𝑖 2

Concluímos que o resistor de 10 Ω do ramo superior é o mais propenso a dissipar potência.


Devemos igualar a sua potência à máxima permitida:

40 ⋅ 𝑖 2 = 640

𝑖 2 = 16

𝑖 = 4,0 𝐴

A corrente total no circuito é de:

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𝑖𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 3 ⋅ 𝑖 = 3 ⋅ 4 = 12 𝐴

Finalmente, pela Lei de Ohm-Pouillet:

𝜀 = 𝑅𝑒𝑞 ⋅ 𝑖𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

15 ⋅ 30
𝜀=( + 1) ⋅ 12
15 + 30
𝜀 = (10 + 1) ⋅ 12 = 11 ⋅ 12 = 132 𝑉

Gabarito: “d”.

(ITA-SP)
Baseado no esquema abaixo, onde ℰ = 2,0 𝑉, 𝑟𝑖 = 1,0 Ω e 𝑟 = 10 Ω e as correntes estão indicadas,
podemos concluir que os valores de 𝑖1 , 𝑖2 , 𝑖3 e 𝑉𝐵 − 𝑉𝐴 são:

Comentários:
A questão já determinou o sentido da corrente elétricas nas malhas. Então, partiremos para
o segundo passo, escrevendo 𝑖3 = 𝑖1 + 𝑖2 , conforme a LKC no nó C. Portanto, aplicando a LKT em
cada malha temos:

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Malha 𝐹𝐴𝐶𝐸𝐹:
−𝑟𝑖 ⋅ 𝑖1 + ℰ − 𝑟 ⋅ (𝑖1 + 𝑖2 ) = 0
−𝑖1 + 2 − 10(𝑖1 + 𝑖2 ) = 0 (𝑒𝑞. 1)
Malha 𝐵𝐷𝐶𝐸𝐵:
−𝑟𝑖 ⋅ 𝑖2 + ℰ − 𝑟𝑖 ⋅ 𝑖2 + ℰ − 𝑟 ⋅ (𝑖1 + 𝑖2 ) = 0
−𝑖2 + 2 − 𝑖2 + 2 − 10 ⋅ (𝑖1 + 𝑖2 ) = 0 (𝑒𝑞. 2)
Fazendo (𝑒𝑞. 2) − (𝑒𝑞. 1), temos:
−𝑖2 + 2 − 𝑖2 + 2 − 10 ⋅ (𝑖1 + 𝑖2 ) − [−𝑖1 + 2 − 10(𝑖1 + 𝑖2 )] = 0
𝑖1 = 2𝑖2 − 2 (𝑒𝑞. 3)
Substituindo 3 em 1, temos:
−(2𝑖2 − 2) + 2 − 10(2𝑖2 − 2 + 𝑖2 ) = 0
−2𝑖2 + 2 + 2 − 20𝑖2 + 20 − 10𝑖2 = 0
32𝑖2 = 24 ⇒ 𝑖2 = 0,75 𝐴
Substituindo o valor de 𝑖2 na equação 3, temos:
𝑖1 = 2 ⋅ 0,75 − 2 ⇒ 𝑖1 = −0,5 𝐴
Logo, 𝑖3 é igual a:
𝑖3 = 𝑖1 + 𝑖2 = 0,75 + (−0,5) ⇒ 𝑖3 = 0,25 𝐴
Para determinar a diferença de potencial 𝑉𝐵 − 𝑉𝐴 basta ver que 𝑉𝐵 = 𝑉𝐸 = 𝑉𝐹 . Assim, basta
determinar 𝑉𝐹 − 𝑉𝐴 :
𝑉𝐴 − 𝑉𝐹 = −𝑟𝑖 ⋅ 𝑖1 + ℰ = −1 ⋅ (−0,5) + 2 = 2,5 𝑉
∴ 𝑉𝐵 − 𝑉𝐴 = −2,5 𝑉
Gabarito: “d”.

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7 - RESUMO DA AULA EM MAPAS MENTAIS


Atenção: use o(s) mapa(as) mental(ais) como forma de fixar o conteúdo e para
consulta durante a resolução das questões, não tente decorar as fórmulas específicas para
cada situação, ao invés disso entenda como deduzi-las.
Tente elaborar os seus mapas mentais, eles serão de muito mais fácil assimilação do
que um montado por outra pessoa. Além disso, leia um mapa mental a partir da parte
superior direita, e siga em sentido horário.

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8 - LISTA DE QUESTÕES

8.1 - JÁ CAIU NA FUVEST

1. (2020/FUVEST/1ª FASE)
Um fabricante projetou resistores para utilizar em uma lâmpada de resistência 𝐿.Cada um
deles deveria ter resistência 𝑅. Após a fabricação, ele notou que alguns deles foram projetados
erroneamente, de forma que cada um deles possui uma resistência 𝑅𝐷 = 𝑅/2. Tendo em vista
que a lâmpada queimará se for percorrida por uma corrente elétrica superior a 𝑉/(𝑅 + 𝐿), em
qual(is) dos circuitos a lâmpada queimará?

(A) 1, apenas. (B) 2, apenas. (C) 1 e 3, apenas.


(D) 2 e 3, apenas. (E) 1, 2 e 3.

2. (2019/FUVEST/1ª FASE)
Uma bateria de tensão 𝑉 e resistência interna 𝑅𝑖 é ligada em série com um resistor de
resistência 𝑅. O esquema do circuito está apresentado na figura. A potência dissipada pelo
resistor 𝑅 é dada por

𝑉2 𝑉2 𝑉 2𝑅 𝑉 2𝑅 𝑉2
a) b) c) d) e)
𝑅 (𝑅 + 𝑅𝑖 ) (𝑅 + 𝑅𝑖 )2 (𝑅 + 𝑅𝑖 ) (𝑅 − 𝑅𝑖 )

3. (2019/FUVEST/1ª FASE)
Um chuveiro elétrico que funciona em 220 𝑉 possui uma chave que comuta entre as posições
“verão” e “inverno”. Na posição “verão”, a sua resistência elétrica tem o valor 22 Ω, enquanto

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na posição “inverno” é 11 Ω. Considerando que na posição “verão” o aumento de temperatura


da água, pelo chuveiro, é 5 ℃, para o mesmo fluxo de água, a variação de temperatura, na
posição “inverno”, em ℃, é

a) 2,5 b) 5,0 c) 10,0 d) 15,0 e) 20,0

4. (FUVEST)
O gráfico das diferenças de potencial nos extremos de um dispositivo elétrico, em função das
intensidades de corrente, foi o seguinte:

a) Qual o tipo de dispositivo elétrico em questão?


b) Qual a resistência elétrica desse dispositivo quando percorrido por uma corrente de
intensidade 2,0 ⋅ 10−3 𝐴?

5. (FUVEST)
A bateria de um carro, de 𝑓𝑒𝑚 de 12 𝑉, é usada para acionar um rádio de 12 𝑉, que necessita
de 2 𝐴 para o seu funcionamento, e para manter acesas duas lâmpadas de farol de 12 𝑉 e
48 𝑊 cada uma.
a) Qual a intensidade de corrente elétrica fornecida pela bateria para alimentar o rádio e as
duas lâmpadas?
b) Qual a carga, em coulombs, perdida pela bateria em uma hora?

6. (2010/FUVEST)
Medidas elétricas indicam que a superfície terrestre tem carga elétrica total negativa de,
aproximadamente, 600.000 coulombs. Em tempestades, raios de cargas positivas, embora
raros, podem atingir a superfície terrestre. A corrente elétrica desses raios pode atingir valores
de até 300.000 A. Que fração da carga elétrica total da Terra poderia ser compensada por um
raio de 300.000 A e com duração de 0,5 s?
a) 1/2 b) 1/3 c) 1/4 d) 1/10 e) 1/20

7. (2007/FUVEST)
O plutônio (238Pu) é usado para a produção direta de energia elétrica em veículos espaciais.
Isso é realizado em um gerador que possui duas placas metálicas, paralelas, isoladas e

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separadas por uma pequena distância 𝐷. Sobre uma das placas deposita-se uma fina camada
de 238Pu, que produz 5 ⋅ 1014 desintegrações por segundo.

O 238Pu se desintegra, liberando partículas alfa, 1/4 das quais alcança a outra placa, onde são
absorvidas. Nesse processo, as partículas alfa transportam uma carga positiva 𝑄 e deixam uma
carga −𝑄 na placa de onde saíram, gerando uma corrente elétrica entre as placas, usada para
alimentar um dispositivo eletrônico, que se comporta como uma resistência elétrica 𝑅 = 3,0 ⋅
109 Ω. Estime
a) a corrente 𝐼, em ampères, que se estabelece entre as placas.
b) a diferença de potencial 𝑉, em volts, que se estabelece entre as placas.
c) a potência elétrica 𝑃𝐸 , em 𝑤𝑎𝑡𝑡𝑠, fornecida ao dispositivo eletrônico nessas condições.
NOTE E ADOTE
O 238Pu é um elemento radioativo, que decai naturalmente, emitindo uma partícula alfa
(núcleo de 4He).
Carga 𝑄 da partícula alfa = 2 ⋅ 1,6 ⋅ 10−19 𝐶

8. (2002/FUVEST)
Os gráficos, apresentados ao lado, caracterizam a potência 𝑃, em watt, e a luminosidade 𝐿, em
lúmen, em função da tensão, para uma lâmpada incandescente. Para iluminar um salão, um
especialista programou utilizar 80 dessas lâmpadas, supondo que a tensão disponível no local
seria de 127 𝑉. Entretanto, ao iniciar-se a instalação, verificou-se que a tensão no local era de
110 𝑉. Foi necessário, portanto, um novo projeto, de forma a manter a mesma luminosidade
no salão, com lâmpadas desse mesmo tipo.
Para esse novo projeto, determine:
a) O número 𝑁 de lâmpadas a serem utilizadas.
b) A potência adicional 𝑃𝐴 , em watts, a ser consumida pelo novo conjunto de lâmpadas, em
relação à que seria consumida no projeto inicial.

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8.2 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. (2020/UNICAMP/1ª FASE)
Em analogia com um circuito elétrico, a transpiração foliar é regulada pelo conjunto de
resistências (medidas em segundos/metro) existentes na rota do vapor d’água entre os sítios
de evaporação próximos à parede celular no interior da folha e a atmosfera.
Simplificadamente, há as resistências dos espaços intercelulares de ar (𝑟𝑒𝑖𝑎 ), as induzidas pela
presença dos estômatos (𝑟𝑒𝑠𝑡 ) e da cutícula (𝑟𝑐𝑢𝑡 ) e a promovida pela massa de ar próxima à
superfície das folhas (𝑟𝑐𝑙 ). O esquema abaixo representa as resistências mencionadas.

A tabela a seguir apresenta os valores das resistências de duas espécies de plantas (espécie 1
e espécie 2).

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Tendo em vista os dados apresentados e considerando que a condutância é o inverso da


resistência, assinale a alternativa que indica a espécie com menor transpiração e sua respectiva
condutância total à difusão do vapor d’água entre os sítios de evaporação e a atmosfera.
a) espécie 1; 48 𝑥 10−4 𝑚/𝑠. b) espécie 1; 125 𝑥 10−4 𝑚/𝑠.
c) espécie 2; 30 𝑥 10−4 𝑚/𝑠. d) espécie 2; 200 𝑥 10−4 𝑚/𝑠.

2. (2020/UFPR)
As propriedades elétricas de dois resistores A e B foram investigadas, e os dados obtidos para
eles foram dispostos na forma de um gráfico 𝑽 𝒙 𝒊, em que 𝑽 é a tensão aplicada e 𝒊 é a
corrente elétrica que por eles circula. As curvas para os resistores A (linha cheia) e B (linha
tracejada) são apresentadas na figura ao lado.

Com base nos dados apresentados, considere as seguintes afirmativas:


1. O resistor B é ôhmico.
2. Os resistores têm resistências iguais quando submetidos a uma tensão de 𝟏𝟎 𝑽.
3. A potência dissipada pelo resistor A quando submetido a uma tensão de 𝟐𝟎 𝑽 vale 𝟎, 𝟔 𝑾.
4. O resistor B apresenta uma resistência de 𝟓𝟎  quando submetido a uma tensão de 𝟓 𝑽.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

3. (2020/UNESP/1ª FASE)
Na maioria dos peixes elétricos as descargas são produzidas por órgãos elétricos constituídos
por células, chamadas eletroplacas, empilhadas em colunas. Suponha que cada eletroplaca se
comporte como um gerador ideal.

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Suponha que o sistema elétrico de um poraquê, peixe elétrico de água doce, seja constituído
de uma coluna com 5000 eletroplacas associadas em série, produzindo uma força eletromotriz
total de 600 𝑉.

Considere que uma raia-torpedo, que vive na água do mar, possua um sistema elétrico formado
por uma associação em paralelo de várias colunas, cada uma com 750 eletroplacas iguais às do
poraquê, ligadas em série, constituindo mais da metade da massa corporal desse peixe.

Desconsiderando perdas internas, se em uma descarga a raia-torpedo conseguir produzir uma


corrente elétrica total de 50 𝐴 durante um curto intervalo de tempo, a potência elétrica gerada
por ela, nesse intervalo de tempo, será de
(A) 3500 W. (B) 3000 W. (C) 2500 W.
(D) 4500 W. (E) 4000 W.

4. (2018/UNESP)
Para obter experimentalmente a curva da diferença de potencial U em função da intensidade
da corrente elétrica i para uma lâmpada, um aluno montou o circuito a seguir. Colocando entre
os pontos A e B resistores com diversos valores de resistência, ele obteve diferentes valores
de U e de i para a lâmpada.

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Considerando que a bateria de 9,0 𝑉, os aparelhos de medida e os fios de ligação sejam ideais,
quando o aluno obteve as medidas 𝑈 = 5,70 𝑉 e 𝑖 = 0,15 𝐴, a resistência do resistor colocado
entre os pontos A e B era de
a) 100 Ω b) 33 Ω c) 56 Ω d) 68 Ω e) 22 Ω

5. (2018/UNESP)
A figura mostra o circuito elétrico que acende a lâmpada de freio e as lanternas traseira e
dianteira de um dos lados de um automóvel.

Considerando que as três lâmpadas sejam idênticas, se o circuito for interrompido no ponto P,
estando o automóvel com as lanternas apagadas, quando o motorista acionar os freios,
a) apenas a lanterna dianteira se acenderá.
b) nenhuma das lâmpadas se acenderá.
c) todas as lâmpadas se acenderão, mas com brilho menor que seu brilho normal.
d) apenas a lanterna traseira se acenderá.
e) todas as lâmpadas se acenderão com o brilho normal.

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6. (UEL)
Considere as seguintes afirmativas a respeito de um segmento AB de um fio metálico por onde
passa uma corrente elétrica contínua e constante.
I. a corrente elétrica em AB é um fluxo de elétrons.
II. a carga elétrica total de AB é nula.
III. há uma diferença de potencial elétrico entre os extremos de AB.
Quais destas afirmativas são verdadeiras?
a) somente I b) somente II c) somente III
d) somente I e II e) I, II e III

7. (UFRS)
O gráfico representa a intensidade de corrente elétrica 𝑖 em função do tempo 𝑡 em dois
condutores, 𝑋 e 𝑌. Sendo 𝑞𝑥 e 𝑞𝑦 as cargas elétricas que, durante os quatro primeiros
segundos, passam respectivamente por uma seção transversal dos condutores 𝑋 e 𝑌, qual a
diferença 𝑞𝑥 − 𝑞𝑦 ?

a) 1 C b) 2 C c) 3 C d) 6 C e) 8 C

8. (UFSM)
Corrente elétrica, em um condutor metálico, é o movimento.
a) desordenado dos portadores de carga elétrica, independente do campo elétrico aplicado.
b) ordenado dos portadores de carga elétrica, sendo o fluxo dos portadores, num determinado
sentido espontâneo,
c) ordenado dos portadores de carga elétrica, sendo o fluxo dos portadores, num determinado
sentido independente do campo elétrico aplicado.
d) ordenado dos portadores de carga elétrica, sendo o fluxo dos portadores, num determinado
sentido, dependente do campo elétrico aplicado.

9. (UFSM)
Uma lâmpada permanece acessa durante 5 minutos pôr efeito de uma corrente de 2 A,
fornecida por uma bateria. Nesse intervalo de tempo, a carga total (em C) liberada é:
a) 0,4 b) 2,5 c) 10 d) 150 e) 600

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10. (IME)
A intensidade da corrente elétrica em um condutor metálico varia, com o tempo, de acordo
com o gráfico a seguir.

Sendo o módulo da carga elementar 𝑒 = 1,6 ⋅ 10−19 𝐶, determine:


a) a carga elétrica que atravessa uma secção do condutor em 8 s
b) o número de elétrons que atravessa uma secção do condutor durante esse mesmo tempo
c) a intensidade média da corrente entre os instantes 0 s e 8 s

11. (AFA-2001)
Uma pequena esfera condutora, isolada eletricamente, é carregada com uma quantidade de
carga 𝑄. Em seguida essa esfera é aterrada através de um resistor de 0,25 Ω. A carga da esfera
é descarregada em 0,5 𝑠 através da resistência, que dissipa uma potência de 0,5 𝑊. A carga
𝑄, em coulombs, vale
a) 2 b) 4 c) √2 d) √2/2

12. (UNIFEI 2007)


Aplica-se uma diferença de potencial aos terminais de um resistor que obedece à Lei de Ohm.
Sendo U a diferença de potencial, R a resistência do resistor e I a corrente elétrica, qual dos
gráficos abaixo não representa o comportamento deste resistor?

a) b) c) d)

13. (UNIFEI 2007)


O gráfico abaixo mostra como a corrente elétrica, no interior de um condutor metálico, varia
com o tempo.

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Determine a carga elétrica que atravessa uma secção do condutor em 6 (seis) segundos.

14. (UEL)
Na figura a seguir está esquematizado um trecho de um circuito elétrico, onde 𝑖1 , 𝑖2 , 𝑖3 e 𝑖4 são
as intensidades das correntes elétricas não nulas que passam pelos fios que se cruzam no
ponto 𝑃.

Qual a relação entre as intensidades dessas correntes?


a) 𝑖3 + 𝑖4 = 𝑖1 + 𝑖2 b) 𝑖3 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖4
c) 𝑖1 + 𝑖4 = 𝑖3 + 𝑖2 d) 𝑖1 = 𝑖3 + 𝑖4 + 𝑖2
e) 𝑖1 + 𝑖3 = 𝑖2 + 𝑖4

15. (UNIFESP-2007)
Uma das especificações mais importantes de uma bateria de automóvel é o ampere-horo (𝐴ℎ),
uma unidade prática que permite ao consumidor fazer uma avaliação prévia da durabilidade
da bateria. Em condições ideais, uma bateria de 50 𝐴ℎ funciona durante 1 ℎ quando percorrida
por uma corrente elétrica de intensidade 50 𝐴, ou durante 25 ℎ, se a intensidade da corrente
for 2 𝐴. Na prática, o ampere-hora nominal de uma bateria só é válido para correntes de baixa
intensidade - para correntes de alta intensidade, o valor efetivo do ampere-hora chega a ser
um quarto do valor nominal. Tendo em vista essas considerações, pode-se afirmar que o
ampere-hora mede a
a) potência útil fornecida pela bateria.
b) potência total consumida pela bateria.

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c) força eletromotriz da bateria.


d) energia potencial elétrica fornecida pela bateria.
e) quantidade de carga elétrica fornecida pela bateria.

16. (UNIFESP-2007)
Uma das grandezas que representa o fluxo de elétrons que atravessa um condutor é a
intensidade da corrente elétrica, representada pela letra 𝑖. Trata-se de uma grandeza
a) vetorial. porque a ela sempre se associa um módulo, uma direção e um sentido.
b) escalar, porque é definida pela razão entre grandezas escalares: carga elétrica e tempo.
c) vetorial. porque a corrente elétrica se origina da ação do vetor campo elétrico que atua no
interior do condutor.
d) escalar, porque o eletromagnetismo só pode ser descrito por grandezas escalares.
e) vetorial, porque as intensidades das correntes que convergem em um nó sempre se somam
vetorialmente.

17. (1995/CESGRANRIO)
A intensidade da corrente elétrica que percorre um componente eletrônico, submetido a uma
ddp constante, varia, em função do tempo, de acordo com o gráfico a seguir:

Sobre a resistência elétrica desse componente, é correto afirmar que, com o passar do tempo,
ela:
a) decresce uniformemente. b) aumenta uniformemente.
c) tende para zero. d) tende para um valor constante.
e) tende para infinito

18. (1995/UFMG)
O gráfico a seguir mostra como varia a tensão elétrica em um resistor mantido a uma
temperatura constante em função da corrente elétrica que passa por esse resistor.

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Com base nas informações contidas no gráfico, é correto afirmar que:


a) a corrente elétrica no resistor é diretamente proporcional à tensão elétrica.
b) a resistência elétrica do resistor aumenta quando a corrente elétrica aumenta.
c) a resistência do resistor tem o mesmo valor qualquer que seja a tensão elétrica.
d) dobrando-se a corrente elétrica através do resistor, a potência elétrica consumida
quadruplica.
e) o resistor é feito de um material que obedece a Lei de Ohm.

19. (2008/UFSCar)
Semelhante ao desembaçador de vidros de um carro, existe no mercado um desembaçador
especial para espelhos de banheiro, frequentemente embaçados pela condensação do vapor
de água que preenche o ambiente após um banho. A ideia do dispositivo é secar uma área do
espelho para que esse possa ser utilizado mesmo após ter sido usado o chuveiro.

Suponha que a resistência elétrica não sofra alteração significativa de seu valor com a mudança
de temperatura.
a) Atrás do espelho, colado sobre o vidro, encontra-se o circuito esquematizado, originalmente
construído para ser utilizado sob uma diferença de potencial de 110 𝑉. Determine o que
ocorrerá com a corrente elétrica se o desembaçador for ligado a uma diferença de potencial
de 220 𝑉.
b) Determine o novo valor da potência dissipada, supondo que dois dos fios resistivos tenham
sido rompidos durante a montagem do espelho e que o desembaçador não danificado dissipe
40 𝑊 quando ligado em 110 𝑉.

20. (1997/ITA)
A casa de um certo professor de Física do ITA, em São José dos Campos, tem dois chuveiros
elétricos que consomem 4,5 𝑘𝑊 cada um. Ele quer trocar o disjuntor geral da caixa de força

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por um que permita o funcionamento dos dois chuveiros simultaneamente com um aquecedor
elétrico (1,2 𝑘𝑊), um ferro elétrico (1,1 𝑘𝑊) e 7 lâmpadas comuns (incandescentes) de
100 𝑊.
Disjuntores são classificados pela corrente máxima que permitem passar. Considerando que a
tensão da cidade seja de 220 𝑉, o disjuntor de menor corrente máxima que permitirá o
consumo desejado é então de:
a) 30 A b) 40 A c) 50 A d) 60 A e) 80 A

21. (PUC – SP)


No interior de um condutor homogêneo, a intensidade de corrente elétrica varia com o tempo,
como mostra o diagrama abaixo.

Pode-se afirmar que o valor médio da intensidade de corrente, entre os instantes 1 𝑚𝑖𝑛 e
2 𝑚𝑖𝑛, é de:
1 103
a) 𝐴 b) 𝐴 c) 500 𝐴 d) 0,5 𝐴 e) 0,05 𝐴
6 6

22. (ITA)
Mediante chave seletora, um chuveiro elétrico tem a sua resistência graduada para dissipar
4,0 𝑘𝑊 no inverno, 3,0 𝑘𝑊 no outono, 2,0 𝑘𝑊 na primavera e 1,0 𝑘𝑊 no verão. Numa manhã
de inverno, com temperatura ambiente de 10°𝐶, foram usados 10,0 𝑙 de água desse chuveiro
para preencher os 16 % do volume faltante do aquário de peixes ornamentais, de modo a
elevar sua temperatura de 23°𝐶 para 28°𝐶. Sabe-se que 20 % da energia é perdida no
aquecimento do ar, a densidade da água é 𝜌 = 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 e calor específico da água é
4,18 𝐽/𝑔𝐾. Considerando que a água do chuveiro foi colhida em 10 minutos, em que posição
se encontrava a chave seletora? Justifique.

23. (ITA – 1990)


No circuito desenhado ao lado, têm-se duas pilhas de 1,5 V cada, de resistências internas
desprezíveis, ligadas em série, fornecendo corrente para três resistores com os valores
indicados. Ao circuito estão ligados ainda um voltímetro e um amperímetro de resistências

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internas, respectivamente, muito alta e muito baixa. As leituras desses instrumentos são,
respectivamente:

a) 1,5 V e 0,75 A. b) 1,5 V o 1,5 A. c) 3,0 V e 0 A.


d) 2,4 V e 1,2 A. e) outros valores que não os mencionados.

24. (1990/ITA)
A figura a seguir mostra duas lâmpadas de automóvel fabricadas para funcionar om 12 𝑉. As
potências nominais (escritas nos bulbos das lâmpadas) são, respectivamente, 𝑃1 = 5𝑊 e 𝑃2 =
10 𝑊. Se elas forem ligadas, em série, conforme indica o desenho:

a) a corrente fornecida pela bateria é maior que 0,5 A.


b) a bateria pode ficar danificada com tal conexão.
c) o brilho da lâmpada de 5 W será maior que o da lâmpada de 10 W.
d) ambas as lâmpadas funcionam com suas potências nominais.
e) nenhuma das respostas anteriores é satisfatória.

25. (1991/ITA)
Determine a intensidade de corrente que atravessa o resistor R2 da figura, quando a tensão
entre os pontos A e B for igual a V e as resistências R1, R2 e R3 forem iguais a R.

a) 𝑉/𝑅. b) 𝑉/3𝑅. c) 3𝑉/𝑅. d) 2𝑉/3𝑅. e) nenhuma das anteriores.

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26. (1992/ITA)
A ponte de resistores da figura abaixo apresenta na temperatura ambiente, uma tensão 𝑉𝑎 −
𝑉𝑏 = 2,5 𝑉 entre seus terminais 𝑎 e 𝑏. Considerando que a resistência 𝑅 está imersa cm um
meio que se aquece a uma taxa de 10 graus centígrados por minuto, determine o tempo que
leva para que a tensão entre os terminais 𝑎 e 𝑏 da ponte se anule. Considere para a variação
da resistência com a temperatura um coeficiente de resistividade de 4,1 ⋅ 10−3 𝐾 −1 .

a) 8 minutos e 10 segundos. b) 12 minutos e 12 segundos.


c) 10 minutos e 18 segundos. d) 15,5 minutos.
e) n.d.a.

27. (2000/ITA)
Quatro lâmpadas idênticas 1, 2, 3 e 4, de mesma resistência R, são conectadas a uma bateria
com tensão constante V, como mostra a figura. Se a lâmpada 1 for queimada, então

a) a corrente entre A e B cai pela metade e o brilho da lâmpada 3 diminui.


b) a corrente entre A e B dobra, mas o brilho da lâmpada 3 permanece constante.
c) o brilho da lâmpada 3 diminui, pois, a potência drenada da bateria cai pela metade.
d) a corrente entre A e B permanece constante, pois a potência drenada da bateria permanece
constante.
e) a corrente entre A e B e a potência drenada da bateria caem pela metade, mas o brilho da
lâmpada 3 permanece constante.

28. (2001/ITA)
No circuito elétrico da figura, os vários elementos têm resistências 𝑅1 , 𝑅2 e 𝑅3 conforme
indicado. Sabendo que 𝑅3 = 𝑅1 /2, para que a resistência equivalente entre os pontos A e B da
associação da figura seja igual a 2𝑅2 a razão 𝑟 = 𝑅2 /𝑅1 deve ser

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a) 3/8 b) 8/3 c) 5/8 d) 8/5 e) 1

29. (2001/ITA)
Considere o circuito da figura, assentado nas arestas de um
tetraedro, construído com 3 resistores de resistência 𝑅, um
resistor de resistência 𝑅1 , uma bateria de tensão U e um
capacitor de capacitância 𝐶. O ponto 𝑆 está fora do plano
definido pelos pontos 𝑃, 𝑊 e 𝑇. Supondo que o circuito
esteja em regime estacionário, pode-se afirmar que
a) a carga elétrica no capacitor é de 2,0 ⋅ 10−6 𝐹, se 𝑅1 =
3𝑅.
b) a carga elétrica no capacitor é nula, se 𝑅1 = 𝑅.
c) a tensão entre os pontos 𝑊 e 𝑆 é de 2,0 𝑉, se 𝑅1 = 3𝑅.
d) a tensão entre os pontos 𝑊 e 𝑆 é de 16 𝑉, se 𝑅1 = 3𝑅.
e) nenhuma das respostas acima é correta.

30. (2002/ITA)
Para se proteger do apagão, o dono de um bar conectou uma lâmpada a uma bateria de
automóvel (12,0 V). Sabendo que a lâmpada dissipa 40,0 W, os valores que melhor
representam a corrente I que a atravessa e sua resistência 𝑅 são, respectivamente, dados por
a) 𝐼 = 6,6 𝐴 e 𝑅 = 0,36 Ω b) 𝐼 = 6,6 𝐴 e 𝑅 = 0,18 Ω
c) 𝐼 = 6,6 𝐴 e 𝑅 = 3,6 Ω d) 𝐼 = 3,3 𝐴 e 𝑅 = 7,2 Ω
e) 𝐼 = 3,3 𝐴 e 𝑅 = 3,6 Ω

31. (2015/ITA)
Morando em quartos separados e visando economizar energia, dois estudantes combinam de
interligar em série cada uma de suas lâmpadas de 100 W. Porém, verificando a redução da
claridade em cada quarto, um estudante troca a sua lâmpada de 100 W para uma de 200 W,

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enquanto o outro também troca a sua de 100 W para uma de 50 W. Em termos de claridade,
houve vantagem para algum deles? Por quê? Justifique quantitativamente.

32. (IME – 2008)


A malha de resistores apresentada na figura ao lado é conectada
pelos terminais A e C a uma fonte de tensão constante. A malha
é submersa em um recipiente com água e, após 20 minutos,
observa-se que o líquido entra em ebulição. Repetindo as
condições mencionadas, determine o tempo que a água levaria
para entrar em ebulição, caso a fonte tivesse sido conectada aos
terminais A e B.

33. (2009/IME)

A resistência equivalente entre os terminais A e B da figura acima é


a) 1/3𝑅 b) 1/2𝑅 c) 2/3𝑅 d) 4/3𝑅 e) 2𝑅

34. (ITA – 1991)


Na figura, AB representa um resistor filiforme, de resistência 𝑟 e comprimento 𝐿. As distâncias
𝐴𝑃 e 𝑄𝐵 são 2𝐿/5 e 𝐿/5, respectivamente. A resistência 𝑅 vale 0,40𝑟. Quando a chave 𝐶 está
aberta, a corrente constante 𝑖0 = 6,00 𝐴 passa por 𝑟. Quando a chave 𝐶 for fechada,
considerando a tensão entre 𝐴 e 𝐵 constante, a corrente que entrará em 𝐴 será:

a) 7,5 A. b) 12,0 A. c) 4,5 A.


d) 9,0 A. e) indeterminada pois o valor de 𝑟 não foi fornecido.

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35. (1992/ITA)
No circuito a seguir 𝑉 e 𝐴 são voltímetro e um amperímetro
respectivamente, com fundos de escala (leitura máxima):
𝐹𝐸𝑉 = 1 𝑉 e 𝑅𝑉 = 1000 Ω
𝐹𝐸𝐴 = 30 𝑚𝐴 e 𝑅𝐴 = 5 Ω
Ao se abrir a chave 𝐶:
a) o amperímetro terá leitura maior que 30 𝑚𝐴 e pode se
danificar.
b) o voltímetro indicará 0 V.
c) o amperímetro não alterará sua leitura.
d) o voltímetro não alterará sua leitura.
e) o voltímetro terá leitura maior que 1 V e pode se danificar.

36. (1999/ITA)
A força eletromotriz (𝑓. 𝑒. 𝑚.) da bateria do circuito abaixo é de 12 𝑉. O potenciômetro possui
uma resistência total de 15 Ω e pode ser percorrido por uma corrente máxima de 3 𝐴. As
correntes que devem fluir pelos resistores 𝑅1 e 𝑅2 , para ligar uma lâmpada projetada para
funcionar em 6 𝑉 e 3 𝑊, são, respectivamente:

a) iguais a 0,50 𝐴. b) de 1,64 𝐴 e 1,14 𝐴.


c) de 2,00 𝐴 e 0,50 𝐴. d) de 1,12 𝐴 e 0,62 𝐴.
e) de 2,55 𝐴 e 0,62 𝐴.

37. (2008/ITA)
No circuito representado na figura, têm-se duas lâmpadas incandescentes idênticas, 𝐿1 e 𝐿2 , e
três fontes idênticas, de mesma tensão 𝑉. Então, quando a chave é fechada,

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a) apagam-se as duas lâmpadas.


b) o brilho da 𝐿1 aumenta e o da 𝐿2 permanece o mesmo.
c) o brilho da 𝐿2 aumenta e o da 𝐿1 permanece o mesmo.
d) o brilho das duas lâmpadas aumenta.
e) o brilho das duas lâmpadas permanece o mesmo.

38. (2012/ITA)
Um gerador elétrico alimenta um circuito cuja resistência equivalente varia de 50 a 150 Q,
dependendo das condições de uso desse circuito. Lembrando que, com resistência mínima, a
potência útil do gerador é máxima, então, o rendimento do gerador na situação de resistência
máxima, é igual a
a) 0,25 b) 0,50 c) 0,67 d) 0,75 e) 0,90

39. (2016/ITA)
No circuito abaixo os medidores de corrente e tensão elétrica são reais, ou seja, possuem
resistência interna. Sabendo-se que o voltímetro acusa 3,0 V e o amperímetro, 0,8 A, calcule o
valor da resistência interna do voltímetro.

40. (2018/ITA)
No circuito abaixo os medidores de corrente e de tensão elétrica possuem resistência interna.
Sabendo-se que a fonte fornece a ddp 𝑈, o voltímetro mede 4,0 𝑉, o amperímetro mede 1,0 𝐴
e que os valores das resistências 𝑅1 , 𝑅2 e 𝑅3 estão indicadas na figura, calcule o valor da
resistência interna do voltímetro.

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41. (2019/ITA)
Uma bateria composta por 50 células voltaicas em série é carregada por uma fonte de corrente
contínua ideal de 220 𝑉. Cada célula tem uma força eletromotriz de 2,30 𝑉 e resistência
interna de 0,100 Ω. Sendo a corrente de carregamento de 6,00 𝐴, indique o valor da
resistência extra que deve ser inserida em série com a fonte.
a) 23 Ω b) 36,6 Ω c) 12,5 Ω d) 5,00 Ω e) 19,2 Ω

42. (2008/IME)

A figura acima apresenta o modelo de uma fonte de tensão conectada a um resistor variável
𝑅. A tensão 𝑉 e a resistência interna 𝑟 da fonte possuem valores constantes. Com relação à
resistência do resistor 𝑅, é correto afirmar que
a) aumentando seu valor, necessariamente aumentará a potência dissipada em 𝑅.
b) aumentando seu valor, aumentará a tensão sobre 𝑅, mas não necessariamente a potência
dissipada em 𝑅.
c) aumentando seu valor, aumentará a corrente fornecida pela fonte, mas não
necessariamente a potência dissipada em 𝑅.
d) diminuindo seu valor, aumentará a corrente fornecida pela fonte e, consequentemente, a
potência dissipada em 𝑅.
e) diminuindo seu valor, necessariamente aumentará a potência dissipada em 𝑅.

43. (ITA)
Um objeto metálico é colocado próximo a uma carga de +0,02 𝐶 e aterrado com um fio de
resistência de 8 Ω. Suponha que a corrente que passa pelo fio seja constante por um tempo de
0,1 𝑚𝑠 até o sistema entrar em equilíbrio e que a energia flanada no processo seja de 2 J.
Conclui-se que, no equilíbrio, a carga no objeto metálico é:
a) −0,02 𝐶 b) −0,01 𝐶 c) −0,005 𝐶 d) 0 𝐶 e) +0,02 𝐶

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9 - GABARITO DAS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

9.1 - JÁ CAIU NA FUVEST

1. D 2. C 3. C

4. a) ôhmico b) 1,85 𝑘Ω 5. a) 4 A b) 36.000 C 6. C

7. a) 200 𝜇𝐴 b) 6,0 ⋅ 105 𝑉 8. a) 120 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠


c) 1,2 ⋅ 102 𝑊 b) 1200 W

9.2 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. B 2. D 3. D

4. E 5. C 6. E

7. A 8. D 9. E

10. a) Δ𝑄 = 320 𝑚𝐶
b) 𝑛 = 2 ⋅ 1018 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠 11. D 12. D
c) 𝑖𝑚 = 40 𝑚𝐴

13. 180 𝑚𝐶 14. A 15. E

16. B 17. D 18. B

19. a) a corrente também dobrará


20. D 21. D
b) 32 W

22. 3853 𝑘𝑊 23. D 24. C

25. A 26. B 27. E

28. A 29. B 30. E

31. Vide comentários. 32. 16 min 33. D

34. A 35. E 36. D

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37. E 38. D 39. 15 Ω

40. 𝑅𝑉 = 20 Ω 41. C 42. B

43. C

10 - QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS

10.1 - JÁ CAIU NA FUVEST

1. (2020/FUVEST/1ª FASE)
Um fabricante projetou resistores para utilizar em uma lâmpada de resistência 𝐿.Cada um
deles deveria ter resistência 𝑅. Após a fabricação, ele notou que alguns deles foram projetados
erroneamente, de forma que cada um deles possui uma resistência 𝑅𝐷 = 𝑅/2. Tendo em vista
que a lâmpada queimará se for percorrida por uma corrente elétrica superior a 𝑉/(𝑅 + 𝐿), em
qual(is) dos circuitos a lâmpada queimará?

(A) 1, apenas. (B) 2, apenas. (C) 1 e 3, apenas.


(D) 2 e 3, apenas. (E) 1, 2 e 3.
Comentários
Na primeira situação, pela primeira lei de Ohm, temos:

𝑉 𝑉 𝑉 𝑉
𝑖𝐿 = = = =
𝑅𝑒𝑞1 2 ⋅ 𝑅𝐷 + 𝐿 2 ⋅ 𝑅 + 𝐿 𝑅 + 𝐿
2
A lâmpada não queima, pois se encontra atravessada pela corrente limite máxima. Na
segunda situação, temos:

𝑉 𝑉 𝑉
𝑖𝐿 = = =
𝑅𝑒𝑞2 𝑅𝐷 + 𝐿 𝑅 + 𝐿
2 4
Se a corrente é superior à corrente limite, a lâmpada se queima nessa situação. No último
caso, temos que a diferença de potência no ramo superior e inferior é a mesma, já que os dois estão
ligados em paralelo. Isso nos permite escrever que:

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𝑉 𝑉 𝑉
𝑖𝐿 = = =
𝑅𝑒𝑞𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑅𝐷 + 𝐿 𝑅 + 𝐿
2
No último caso, a lâmpada também se queima, visto que a corrente é superior ao limite.
Gabarito: “d”.

2. (2019/FUVEST/1ª FASE)
Uma bateria de tensão 𝑉 e resistência interna 𝑅𝑖 é ligada em série com um resistor de
resistência 𝑅. O esquema do circuito está apresentado na figura. A potência dissipada pelo
resistor 𝑅 é dada por

𝑉2 𝑉2 𝑉 2𝑅 𝑉 2𝑅 𝑉2
a) b) c) d) e)
𝑅 (𝑅 + 𝑅𝑖 ) (𝑅 + 𝑅𝑖 )2 (𝑅 + 𝑅𝑖 ) (𝑅 − 𝑅𝑖 )

Comentários
Devemos começar pelo cálculo da resistência equivalente do circuito. Dado que os resistores
foram ligados em série, a resistência total será dada pela soma de suas resistências:

𝑅𝑒𝑞 = 𝑅 + 𝑅𝑖

Sabemos pela lei de Ohm-Pouillet que a força eletromotriz de um gerador é igual ao produto
da intensidade da corrente pela resistência total do circuito.

𝑽=𝑹⋅𝒊 Lei de Ohm

[𝑽] = 𝑽 = 𝑽𝒐𝒍𝒕 [𝑅] = Ω = 𝑜ℎ𝑚 [𝑖] = 𝐴 = 𝑎𝑚𝑝é𝑟𝑒

Daí, temos:

𝑉 = 𝑅𝑒𝑞 ⋅ 𝑖

Isolando a corrente nessa relação, temos:

𝑉 𝑉
𝑖= =
𝑅𝑒𝑞 𝑅 + 𝑅𝑖

Finalmente, sabemos que a potência dissipada por um resistor é dada por:

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Potência média dissipada


𝑷𝒐𝒕 = 𝑽 ⋅ 𝒊
por um resistor

𝑱
[𝑷𝒐𝒕] = = 𝑾𝒂𝒕𝒕 [𝑉 ] = 𝑉 = 𝑉𝑜𝑙𝑡 [𝑖] = 𝐴 = 𝑎𝑚𝑝é𝑟𝑒
𝒔
Para o resistor, teremos:

𝑃𝑜𝑡 = 𝑉𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 ⋅ 𝑖

Na qual 𝑉𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 é a diferença de potencial elétrico no resistor. Como sabemos apenas a


diferença de potencial da bateria, devemos novamente usar a lei de Ohm combinada à relação acima
descrita para chegarmos até a relação da potência dissipada por um resistor em função da sua
resistência e da corrente que o atravessa.

𝑃𝑜𝑡 = 𝑉𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 ⋅ 𝑖 = 𝑅𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 ⋅ 𝑖 ⋅ 𝑖𝑅𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 ⋅ 𝑖 2

Sabemos que a resistência do resistor vale 𝑅 e a corrente foi determinada anteriormente.


Substituindo-se essas informações, temos:
2
𝑉 𝑉2 𝑉2 ⋅ 𝑅
𝑃𝑜𝑡 = 𝑅 ⋅ ( ) =𝑅⋅ =
𝑅 + 𝑅𝑖 (𝑅 + 𝑅𝑖 )2 (𝑅 + 𝑅𝑖 )2

Gabarito: “c”

3. (2019/FUVEST/1ª FASE)
Um chuveiro elétrico que funciona em 220 𝑉 possui uma chave que comuta entre as posições
“verão” e “inverno”. Na posição “verão”, a sua resistência elétrica tem o valor 22 Ω, enquanto
na posição “inverno” é 11 Ω. Considerando que na posição “verão” o aumento de temperatura
da água, pelo chuveiro, é 5 ℃, para o mesmo fluxo de água, a variação de temperatura, na
posição “inverno”, em ℃, é

a) 2,5 b) 5,0 c) 10,0 d) 15,0 e) 20,0

Comentários
Para resolvermos essa questão, é necessário combinarmos a equação fundamental da
calorimetria:

𝑄 = 𝑚 ∙ 𝑐 ∙ ∆𝜃 Equação fundamental da calorimetria

[𝑄] = 𝑐𝑎𝑙 [𝑚 ] = 𝑔 [𝑐 ] = 𝑐𝑎𝑙/(𝑔 ℃) [∆𝜃] = ℃

E a definição da potência:

𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 Definição de potência


𝑃𝑜𝑡 =
∆𝑡

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𝐽 [𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 ] = 𝐽 [∆𝑡 ] = 𝑠
[𝑃𝑜𝑡 ] = = 𝑊𝑎𝑡𝑡
𝑠
Lembre-se que o calor é uma forma de energia em transição. Unindo as duas relações, temos:

𝑚 ∙ 𝑐 ∙ ∆𝜃
𝑃𝑜𝑡 =
∆𝑡
Precisaremos ainda combinar a lei de Ohm:

𝑉 =𝑅⋅𝑖 Lei de Ohm

[𝑉 ] = 𝑉 = 𝑉𝑜𝑙𝑡 [𝑅] = Ω = 𝑜ℎ𝑚 [𝑖] = 𝐴 = 𝑎𝑚𝑝é𝑟𝑒

E a potência média dissipada por um resistor:

Potência média dissipada


𝑃𝑜𝑡 = 𝑉 ⋅ 𝑖
por um resistor

𝐽
[𝑃𝑜𝑡 ] = = 𝑊𝑎𝑡𝑡 [𝑉 ] = 𝑉 = 𝑉𝑜𝑙𝑡 [𝑖] = 𝐴 = 𝑎𝑚𝑝é𝑟𝑒
𝑠
Isolando a corrente na lei de Ohm e substituindo-a na equação da potência média dissipada
por um resistor, temos:

𝑃𝑜𝑡 = 𝑉 ⋅ 𝑖
𝑉
𝑃𝑜𝑡 = 𝑉 ⋅
𝑅
𝑉2
𝑃𝑜𝑡 =
𝑅
Finalmente, unindo as duas equações, chegamos a:

𝑉 2 𝑚 ∙ 𝑐 ∙ ∆𝜃
=
𝑅 ∆𝑡
Agora devemos substituir as informações de cada caso e fazer a divisão entre as duas:

2202 𝑚∙𝑐∙5
22 = ∆𝑡
2202 𝑚 ∙ 𝑐 ∙ ∆𝜃𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑛𝑜
11 ∆𝑡
2202 𝑚∙𝑐∙5
22 = ∆𝑡
2202 𝑚 ∙ 𝑐 ∙ ∆𝜃𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑛𝑜
11 ∆𝑡

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1
22 = 5 11 5
⇒ =
1 ∆𝜃𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑛𝑜 22 ∆𝜃𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑛𝑜
11
11 ⋅ ∆𝜃𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑛𝑜 = 5 ⋅ 22

5 ⋅ 22
∆𝜃𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑛𝑜 = = 10,0 ℃
11
Gabarito: “c”.

4. (FUVEST)
O gráfico das diferenças de potencial nos extremos de um dispositivo elétrico, em função das
intensidades de corrente, foi o seguinte:

a) Qual o tipo de dispositivo elétrico em questão?


b) Qual a resistência elétrica desse dispositivo quando percorrido por uma corrente de
intensidade 2,0 ⋅ 10−3 𝐴?
Comentários:
a) Pela curva característica 𝑈 × 𝑖 sabemos que se trata de um dispositivo ôhmico, já que
apresenta resistência elétrica constante, seguindo a primeira lei de Ohm.
b) Como o dispositivo elétrico em questão é ôhmico, sabemos que a resistência é
numericamente igual ao coeficiente angular da reta apresentada. Portanto:
18,5
𝑅= ⇒ 𝑅 = 1,85 𝑘Ω
10 ⋅ 10−3
Gabarito: a) ôhmico b) 𝟏, 𝟖𝟓 𝒌𝛀.

5. (FUVEST)
A bateria de um carro, de 𝑓𝑒𝑚 de 12 𝑉, é usada para acionar um rádio de 12 𝑉, que necessita
de 2 𝐴 para o seu funcionamento, e para manter acesas duas lâmpadas de farol de 12 𝑉 e
48 𝑊 cada uma.
a) Qual a intensidade de corrente elétrica fornecida pela bateria para alimentar o rádio e as
duas lâmpadas?
b) Qual a carga, em coulombs, perdida pela bateria em uma hora?
Comentários:
a) A intensidade de corrente elétrica para alimentar o rádio é de 2 A e para manter cada
lâmpada é de:

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𝑃 = 𝑈 ⋅ 𝑖 ⇒ 48 = 12 ⋅ 𝑖 ⇒ 𝑖 = 4 𝐴
Portanto, a corrente total requerida é de:
𝑖 𝑇 = 2 + 4 + 4 = 10 𝐴
b) Em 1 ℎ = 3600 𝑠, temos a seguinte quantidade de cargas:
Δ𝑄 = 𝑖 𝑇 ⋅ Δ𝑡 = 10 ⋅ 3600 ⇒ 36.000 𝐶
Nas próximas aulas, veremos como funcionam os circuitos elétricos e os geradores. Nessa
questão foi considerado que a bateria é ideal e que os dispositivos foram ligados em paralelo. Fique
tranquilo se você não é familiarizado com esses termos. Tudo ficará bem claro nas próximas aulas.
Gabarito: a) 4 A b) 36.000 C

6. (2010/FUVEST)
Medidas elétricas indicam que a superfície terrestre tem carga elétrica total negativa de,
aproximadamente, 600.000 coulombs. Em tempestades, raios de cargas positivas, embora
raros, podem atingir a superfície terrestre. A corrente elétrica desses raios pode atingir valores
de até 300.000 A. Que fração da carga elétrica total da Terra poderia ser compensada por um
raio de 300.000 A e com duração de 0,5 s?
a) 1/2 b) 1/3 c) 1/4 d) 1/10 e) 1/20
Comentários:
Para uma corrente de 300.000 A com duração de 0,5 s, a carga elétrica que transita é de:
Δ𝑄 = 𝑖 ⋅ Δ𝑡 ⇒ Δ𝑄 = 300.000 ⋅ 0,5 ⇒ Δ𝑄 = 150.000 𝐶
Portanto, a fração de carga elétrica é de:
150.000 1
𝜂= =
600.000 4
Gabarito: “c”.

7. (2007/FUVEST)
O plutônio (238Pu) é usado para a produção direta de energia elétrica em veículos espaciais.
Isso é realizado em um gerador que possui duas placas metálicas, paralelas, isoladas e
separadas por uma pequena distância 𝐷. Sobre uma das placas deposita-se uma fina camada
de 238Pu, que produz 5 ⋅ 1014 desintegrações por segundo.

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O 238Pu se desintegra, liberando partículas alfa, 1/4 das quais alcança a outra placa, onde são
absorvidas. Nesse processo, as partículas alfa transportam uma carga positiva 𝑄 e deixam uma
carga −𝑄 na placa de onde saíram, gerando uma corrente elétrica entre as placas, usada para
alimentar um dispositivo eletrônico, que se comporta como uma resistência elétrica 𝑅 = 3,0 ⋅
109 Ω. Estime
a) a corrente 𝐼, em ampères, que se estabelece entre as placas.
b) a diferença de potencial 𝑉, em volts, que se estabelece entre as placas.
c) a potência elétrica 𝑃𝐸 , em 𝑤𝑎𝑡𝑡𝑠, fornecida ao dispositivo eletrônico nessas condições.
NOTE E ADOTE
O 238Pu é um elemento radioativo, que decai naturalmente, emitindo uma partícula alfa
(núcleo de 4He).
Carga 𝑄 da partícula alfa = 2 ⋅ 1,6 ⋅ 10−19 𝐶
Comentários:
a) Pela definição de corrente elétrica, temos que:
Δ𝑄
𝑖=
Δ𝑡
Sabemos que 1 segundo, 5 ⋅ 1014 partículas são desintegradas e que 1/4 delas alcançam a
outra placa. Então, a variação da carga 1 segundo é de:
1
Δ𝑄 = 5 ⋅ 1014 ⋅ 2 ⋅ 1,6 ⋅ 10−19 ⋅
4
Δ𝑄 = 4 ⋅ 10−5 𝐶 = 40 ⋅ 10−6 = 40 𝜇𝐶
Portanto a corrente devida as cargas que chegam a outra placa é de:
Δ𝑄 40 𝜇𝐶
𝑖1 =
= = 40 𝜇𝐴
Δ𝑡 1𝑠
Quando a partícula deixa a placa com uma carga −𝑄 é equivalente a uma corrente elétrica
de intensidade:
Δ𝑄2 5 ⋅ 1014 ⋅ 2 ⋅ 1,6 ⋅ 10−19
𝑖2 = = ⇒ 𝑖2 = 16 ⋅ 10−5 𝐴 = 160 ⋅ 10−6 𝐴 = 160 𝜇𝐴
Δ𝑡 1,0
Portanto, a corrente total é de:
𝑖 𝑇 = 𝑖1 + 𝑖2
𝑖 𝑇 = 40 𝜇𝐴 + 160 𝜇𝐴 = 200 𝜇𝐴
Poderíamos interpretar que a corrente entre as placas seja apenas formada pelas cargas que
saem da pastilha de 238Pu e atingem a placa esquerda. Nesse caso, a corrente seria apenas 40 𝜇𝐴.
Entretanto, a corrente externa que passa no resistor continua sendo 200 𝜇𝐴.
b) Pela primeira lei de Ohm, temos:
𝑈 = 𝑅 ⋅ 𝑖 𝑇 ⇒ 𝑈 = 3 ⋅ 109 ⋅ 200 ⋅ 10−6 ⇒ 𝑈 = 6,0 ⋅ 105 𝑉

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c) A potência elétrica no equipamento é calculada por:


𝑃 = 𝑖𝑇 ⋅ 𝑈
𝑃 = 200 ⋅ 10−6 ⋅ 6,0 ⋅ 105 ⇒ 𝑃 = 1,2 ⋅ 102 𝑊
Gabarito: a) 𝟐𝟎𝟎 𝝁𝑨 b) 𝟔, 𝟎 ⋅ 𝟏𝟎𝟓 𝑽 c) 𝟏, 𝟐 ⋅ 𝟏𝟎𝟐 𝑾.

8. (2002/FUVEST)
Os gráficos, apresentados ao lado, caracterizam a potência 𝑃, em watt, e a luminosidade 𝐿, em
lúmen, em função da tensão, para uma lâmpada incandescente. Para iluminar um salão, um
especialista programou utilizar 80 dessas lâmpadas, supondo que a tensão disponível no local
seria de 127 𝑉. Entretanto, ao iniciar-se a instalação, verificou-se que a tensão no local era de
110 𝑉. Foi necessário, portanto, um novo projeto, de forma a manter a mesma luminosidade
no salão, com lâmpadas desse mesmo tipo.
Para esse novo projeto, determine:
a) O número 𝑁 de lâmpadas a serem utilizadas.
b) A potência adicional 𝑃𝐴 , em watts, a ser consumida pelo novo conjunto de lâmpadas, em
relação à que seria consumida no projeto inicial.

Comentários:
a) Para o projeto elaborado, temos a seguinte luminosidade:
80 ⋅ 750 𝑙ú𝑚𝑒𝑛𝑠 = 60000 𝑙ú𝑚𝑒𝑛𝑠
Com o objetivo de manter a luminosidade com as lâmpadas de 110 V, sendo de 500 lúmens
a intensidade de cada uma delas, o número de lâmpadas é dado por:
𝑁 ⋅ 500 = 60.000
𝑁 = 120 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠

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b) A potência do projeto inicial:


𝑃 = 80 ⋅ 75 = 6000 𝑊
Na nova situação, temos:
𝑃′ = 120 ⋅ 60 = 7200 𝑊
Dessa forma, a potência adicionada é de 1200 W.
Gabarito: a) 𝟏𝟐𝟎 𝒍â𝒎𝒑𝒂𝒅𝒂𝒔 b) 1200 W

10.2 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. (2020/UNICAMP/1ª FASE)
Em analogia com um circuito elétrico, a transpiração foliar é regulada pelo conjunto de
resistências (medidas em segundos/metro) existentes na rota do vapor d’água entre os sítios
de evaporação próximos à parede celular no interior da folha e a atmosfera.
Simplificadamente, há as resistências dos espaços intercelulares de ar (𝑟𝑒𝑖𝑎 ), as induzidas pela
presença dos estômatos (𝑟𝑒𝑠𝑡 ) e da cutícula (𝑟𝑐𝑢𝑡 ) e a promovida pela massa de ar próxima à
superfície das folhas (𝑟𝑐𝑙 ). O esquema abaixo representa as resistências mencionadas.

A tabela a seguir apresenta os valores das resistências de duas espécies de plantas (espécie 1
e espécie 2).

Tendo em vista os dados apresentados e considerando que a condutância é o inverso da


resistência, assinale a alternativa que indica a espécie com menor transpiração e sua respectiva
condutância total à difusão do vapor d’água entre os sítios de evaporação e a atmosfera.
a) espécie 1; 48 𝑥 10−4 𝑚/𝑠. b) espécie 1; 125 𝑥 10−4 𝑚/𝑠.
c) espécie 2; 30 𝑥 10−4 𝑚/𝑠. d) espécie 2; 200 𝑥 10−4 𝑚/𝑠.
Comentários
Devemos calcular a resistência equivalente para as duas espécies. Vamos começar pela
espécie 1. Note que 𝑟𝑒𝑖𝑎 e 𝑟𝑒𝑠𝑡 estão em série:

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𝑟𝑟𝑎𝑚𝑜 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝑟𝑒𝑖𝑎 + 𝑟𝑒𝑠𝑡 = 10 + 30 = 40 𝑠/𝑚

Esse ramo está ligado em paralelo a 𝑟𝑐𝑢𝑡 . A resistência equivalente entre os dois ramos se
dará pela razão dos inversos, ou pela razão entre o produto e a soma de suas resistências:
𝑟𝑟𝑎𝑚𝑜 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 ⋅ 𝑟𝑐𝑢𝑡 40 ⋅ 120 40 ⋅ 120
𝑟𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 = = = = 30 𝑠/𝑚
𝑟𝑟𝑎𝑚𝑜 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝑟𝑐𝑢𝑡 40 + 120 160

Finalmente, a resistência total do ramo 1 será dada pela soma dessa resistência com 𝑟𝑐𝑙 , visto
que estão ligadas em série:

𝑟1 = 𝑟𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 + 𝑟𝑐𝑙 = 30 + 50 = 80 𝑠/𝑚

E a sua condutividade, conforme o enunciado, é dada pelo inverso da sua resistência:

1 1
𝐺1 = = = 125 ⋅ 10−4 𝑚/𝑠
𝑟1 80 𝑠/𝑚

De maneira análoga, para a espécie 2, temos:

𝑟𝑟𝑎𝑚𝑜 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝑟𝑒𝑖𝑎 + 𝑟𝑒𝑠𝑡 = 10 + 30 = 40 𝑠/𝑚

Esse ramo está ligado em paralelo a 𝑟𝑐𝑢𝑡 . A resistência equivalente entre os dois ramos se
dará pela razão dos inversos, ou pela razão entre o produto e a soma de suas resistências:

𝑟𝑟𝑎𝑚𝑜 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 ⋅ 𝑟𝑐𝑢𝑡 40 ⋅ 280 40 ⋅ 280


𝑟𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 = = = = 35 𝑠/𝑚
𝑟𝑟𝑎𝑚𝑜 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝑟𝑐𝑢𝑡 40 + 280 320

Finalmente, a resistência total do ramo 1 será dada pela soma dessa resistência com 𝑟𝑐𝑙 , visto
que estão ligadas em série:

𝑟1 = 𝑟𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 + 𝑟𝑐𝑙 = 35 + 15 = 50 𝑠/𝑚

E a sua condutividade, conforme o enunciado, é dada pelo inverso da sua resistência:

1 1
𝐺2 = = = 200 ⋅ 10−4 𝑚/𝑠
𝑟2 50 𝑠/𝑚

Se a resistência da primeira espécie é maior, ela terá menor transpiração e sua respectiva
condutância total será de:

𝐺1 = 125 ⋅ 10−4 𝑚/𝑠

Gabarito: “b”.

2. (2020/UFPR)
As propriedades elétricas de dois resistores A e B foram investigadas, e os dados obtidos para
eles foram dispostos na forma de um gráfico 𝑽 𝒙 𝒊, em que 𝑽 é a tensão aplicada e 𝒊 é a

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corrente elétrica que por eles circula. As curvas para os resistores A (linha cheia) e B (linha
tracejada) são apresentadas na figura ao lado.

Com base nos dados apresentados, considere as seguintes afirmativas:


1. O resistor B é ôhmico.
2. Os resistores têm resistências iguais quando submetidos a uma tensão de 𝟏𝟎 𝑽.
3. A potência dissipada pelo resistor A quando submetido a uma tensão de 𝟐𝟎 𝑽 vale 𝟎, 𝟔 𝑾.
4. O resistor B apresenta uma resistência de 𝟓𝟎  quando submetido a uma tensão de 𝟓 𝑽.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Comentários
1) Verdadeira. Em um condutor ôhmico mantido à temperatura constante, a resistência
elétrica é constante. Dessa forma, se plotarmos um gráfico da tensão pela corrente, temos:

2) Verdadeira. Isso pode ser observado pela sobreposição das curvas quando na tensão de
10V:

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3) Verdadeira. De acordo com o gráfico, o resistor A, quando submetido a uma tensão de


20 𝑉, é atravessado por uma corrente de 30 𝑚𝐴.

A potência por ele dissipada pode ser calculada por:

𝑃𝑜𝑡 = 𝑉 ⋅ 𝑖

𝑃𝑜𝑡 = 20 ⋅ 30 ⋅ 10−3 = 2 ⋅ 3 ⋅ 102 ⋅ 10−3 = 6 ⋅ 10−1 = 0,6 𝑊

4) Falsa. De acordo com o gráfico, o resistor B é atravessado por uma corrente de 10 𝑚𝐴


quando submetido a uma tensão de 5 𝑉. Como B é um resistor ôhmico, podemos calcular a sua
resistência tomando esse ou qualquer outro ponto do gráfico fazendo uso da 1ª lei de Ohm:

𝑉 =𝑅⋅𝑖

5 = 𝑅 ⋅ 10 ⋅ 10−3

5
𝑅= = 5 ⋅ 102 = 500 Ω
10−2
Gabarito: “d”.

3. (2020/UNESP/1ª FASE)
Na maioria dos peixes elétricos as descargas são produzidas por órgãos elétricos constituídos
por células, chamadas eletroplacas, empilhadas em colunas. Suponha que cada eletroplaca se
comporte como um gerador ideal.

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Suponha que o sistema elétrico de um poraquê, peixe elétrico de água doce, seja constituído
de uma coluna com 5000 eletroplacas associadas em série, produzindo uma força eletromotriz
total de 600 𝑉.

Considere que uma raia-torpedo, que vive na água do mar, possua um sistema elétrico formado
por uma associação em paralelo de várias colunas, cada uma com 750 eletroplacas iguais às do
poraquê, ligadas em série, constituindo mais da metade da massa corporal desse peixe.

Desconsiderando perdas internas, se em uma descarga a raia-torpedo conseguir produzir uma


corrente elétrica total de 50 𝐴 durante um curto intervalo de tempo, a potência elétrica gerada
por ela, nesse intervalo de tempo, será de
(A) 3500 W. (B) 3000 W. (C) 2500 W.
(D) 4500 W. (E) 4000 W.
Comentários
No poraquê, as 5000 células são ligadas em série, formando a força eletromotriz de 600 V.
Nesse tipo de ligação, a diferença de potencial total é dada pela soma da diferença de potencial de
cada uma das placas, daí:

600 600 6
𝜀𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎 = = = 𝑉
5000 5000 50
Já na raia-torpedo, temos 750 placas em série. Isso nos permite calcular a sua diferença de
potencial:

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6 75 ⋅ 6
𝜀𝑟𝑎𝑖𝑎 = 750 ⋅ =
50 5
Podemos encontra a potência dissipada usando a relação:

𝑃𝑜𝑡 = 𝜀𝑟𝑎𝑖𝑎 ⋅ 𝑖

75 ⋅ 6 75 ⋅ 6 ⋅ 50 75 ⋅ 6 ⋅ 50
𝑃𝑜𝑡 = ⋅ 50 = =
5 5 5
𝑃𝑜𝑡 = 75 ⋅ 6 ⋅ 10 = 4500 𝑊

Gabarito: “d”

4. (2018/UNESP)
Para obter experimentalmente a curva da diferença de potencial U em função da intensidade
da corrente elétrica i para uma lâmpada, um aluno montou o circuito a seguir. Colocando entre
os pontos A e B resistores com diversos valores de resistência, ele obteve diferentes valores
de U e de i para a lâmpada.

Considerando que a bateria de 9,0 𝑉, os aparelhos de medida e os fios de ligação sejam ideais,
quando o aluno obteve as medidas 𝑈 = 5,70 𝑉 e 𝑖 = 0,15 𝐴, a resistência do resistor colocado
entre os pontos A e B era de
a) 100 Ω b) 33 Ω c) 56 Ω d) 68 Ω e) 22 Ω
Comentários:
A força eletromotriz da bateria será equivalente à queda de tensão ocorrida na lâmpada e no
resistor.

𝜀 = 𝑉𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 + 𝑉𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟

A diferença de potencial da lâmpada nos foi fornecida, pois foi medida pelo multímetro ligado
a ela em paralelo, atuando como um voltímetro, e vale 5,70 𝑉. A corrente que atravessa o resistor

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também nos foi fornecida pelo multímetro a ele ligado em série, atuando como um amperímetro, e
vale 0,15 𝐴. Daí, usando a primeira lei de Ohm para a 𝑑𝑑𝑝 do resistor, podemos escrever:

𝜀 = 𝑉𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 + 𝑉𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟

𝜀 = 𝑉𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 + 𝑅 ⋅ 𝑖

9,0 = 5,70 + 𝑅 ⋅ 0,15

3,3 = 𝑅 ⋅ 0,15

3,3
𝑅= = 22 Ω
0,15

Gabarito: “e”.

5. (2018/UNESP)
A figura mostra o circuito elétrico que acende a lâmpada de freio e as lanternas traseira e
dianteira de um dos lados de um automóvel.

Considerando que as três lâmpadas sejam idênticas, se o circuito for interrompido no ponto P,
estando o automóvel com as lanternas apagadas, quando o motorista acionar os freios,
a) apenas a lanterna dianteira se acenderá.
b) nenhuma das lâmpadas se acenderá.
c) todas as lâmpadas se acenderão, mas com brilho menor que seu brilho normal.
d) apenas a lanterna traseira se acenderá.
e) todas as lâmpadas se acenderão com o brilho normal.
Comentários:
Caso o motorista acionasse o freio, fechando o interruptor do circuito da lâmpada de freio, e
o ponto P estivesse operando normalmente, teríamos o acendimento, exclusivamente, da lâmpada

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de freio. Isso aconteceria porque a corrente não tenderia a atravessar as outras malhas que
apresentam resistência. Dessa forma, a tensão sobre a lâmpada de freio seria a mesma da bateria.
Com a interrupção no ponto P, todas as lâmpadas se acenderiam, já que estariam ligadas em
série. Nesse tipo de ligação, a corrente elétrica é a mesma em todas as lâmpadas. Contudo, a tensão
se dividiria igualmente entre as três, já que são idênticas e apresentam a mesma resistência elétrica.
Dessa forma, a potência também será menor e o brilho delas será menor que o normal.
Gabarito: “c”.

6. (UEL)
Considere as seguintes afirmativas a respeito de um segmento AB de um fio metálico por onde
passa uma corrente elétrica contínua e constante.
I. a corrente elétrica em AB é um fluxo de elétrons.
II. a carga elétrica total de AB é nula.
III. há uma diferença de potencial elétrico entre os extremos de AB.
Quais destas afirmativas são verdadeiras?
a) somente I b) somente II c) somente III
d) somente I e II e) I, II e III
Comentários:
I. CORRETA. Como visto em teoria, a corrente elétrica é o movimento ordenado dos elétrons
livres de um metal.
II. CORRETA. A quantidade de cargas no fio AB não se altera, há apenas uma movimentação
das cargas.
III. CORRETA. Se existe uma corrente elétrica contínua e constante no fio, isso ocorre porque
há uma diferença de potencial entre os terminais do condutor.
Gabarito: “e”.

7. (UFRS)
O gráfico representa a intensidade de corrente elétrica 𝑖 em
função do tempo 𝑡 em dois condutores, 𝑋 e 𝑌. Sendo 𝑞𝑥 e 𝑞𝑦
as cargas elétricas que, durante os quatro primeiros segundos,
passam respectivamente por uma seção transversal dos
condutores 𝑋 e 𝑌, qual a diferença 𝑞𝑥 − 𝑞𝑦 ?
a) 1 C b) 2 C c) 3 C
d) 6 C e) 8 C
Comentários:
Como vimos, a área do gráfico 𝑖 × 𝑡 é numericamente igual a carga. Então:
4⋅2 1,5 ⋅ 4
𝑞𝑥 = = 4 𝐶 e 𝑞𝑦 = =3𝐶
2 2

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Portanto:
𝑞𝑥 − 𝑞𝑦 = 4 − 3 = 1 𝐶
Gabarito: “a”.

8. (UFSM)
Corrente elétrica, em um condutor metálico, é o movimento.
a) desordenado dos portadores de carga elétrica, independente do campo elétrico aplicado.
b) ordenado dos portadores de carga elétrica, sendo o fluxo dos portadores, num determinado
sentido espontâneo,
c) ordenado dos portadores de carga elétrica, sendo o fluxo dos portadores, num determinado
sentido independente do campo elétrico aplicado.
d) ordenado dos portadores de carga elétrica, sendo o fluxo dos portadores, num determinado
sentido, dependente do campo elétrico aplicado.
Comentários:
Pela definição de corrente elétrica, sabemos que ela é um movimento ordenado dos
portadores de carga e o sentido da corrente depende do campo elétrico estabelecido no condutor
metálico, o que depende de como foi aplicada a diferença de potencial.
Gabarito: “d”.

9. (UFSM)
Uma lâmpada permanece acessa durante 5 minutos pôr efeito de uma corrente de 2 A,
fornecida por uma bateria. Nesse intervalo de tempo, a carga total (em C) liberada é:
a) 0,4 b) 2,5 c) 10 d) 150 e) 600
Comentários:
Pela definição de corrente elétrica, temos:
Δ𝑄 = 𝑖 ⋅ 𝑡 = 2 ⋅ 5 ⋅ 60 = 600 𝐶
Gabarito: “e”.

10. (IME)
A intensidade da corrente elétrica em um condutor metálico varia, com o tempo, de acordo
com o gráfico a seguir.

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Sendo o módulo da carga elementar 𝑒 = 1,6 ⋅ 10−19 𝐶, determine:


a) a carga elétrica que atravessa uma secção do condutor em 8 s
b) o número de elétrons que atravessa uma secção do condutor durante esse mesmo tempo
c) a intensidade média da corrente entre os instantes 0 s e 8 s
Comentários:
a) Como bem sabemos, a carga elétrica que atravessa a secção é dada pela área do gráfico,
então:
64 ⋅ 10−3 ⋅ 2 64 ⋅ 10−3 ⋅ (8 − 4)
Δ𝑄 = + (4 − 2) ⋅ 64 ⋅ 10−3 +
2 2
−3 (
Δ𝑄 = 64 ⋅ 10 ⋅ 1 + 2 + 2) ⇒ Δ𝑄 = 320 𝑚𝐶
Fique atento aos eixos dos gráficos. A corrente no gráfico está em 𝑚𝐴 = 10−3 𝐴.
b) Pela quantização da carga, temos:
Δ𝑄 = 𝑛 ⋅ |𝑞𝑒 − | ⇒ 320 ⋅ 10−3 = 𝑛 ⋅ 1,6 ⋅ 10−19 ⇒ 𝑛 = 2 ⋅ 1018 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠
c) A intensidade média da corrente entre 0 e 8 s é aquela corrente média que atravessaria a
mesma quantidade de carga. Portanto:
Δ𝑄 = 𝑖𝑚 ⋅ Δ𝑡 ⇒ 320 ⋅ 10−3 = 𝑖𝑚 ⋅ 8 ⇒ 𝑖𝑚 = 40 ⋅ 10−3 𝐴 ⇒ 𝑖𝑚 = 40 𝑚𝐴
Gabarito: a) 𝚫𝑸 = 𝟑𝟐𝟎 𝒎𝑪 b) 𝒏 = 𝟐 ⋅ 𝟏𝟎𝟏𝟖 𝒆𝒍é𝒕𝒓𝒐𝒏𝒔 c) 𝒊𝒎 = 𝟒𝟎 𝒎𝑨

11. (AFA-2001)
Uma pequena esfera condutora, isolada eletricamente, é carregada com uma quantidade de
carga 𝑄. Em seguida essa esfera é aterrada através de um resistor de 0,25 Ω. A carga da esfera
é descarregada em 0,5 𝑠 através da resistência, que dissipa uma potência de 0,5 𝑊. A carga
𝑄, em coulombs, vale
a) 2 b) 4 c) √2 d) √2/2
Comentários:
A potência elétrica é dada por:
𝑃 =𝑈⋅𝑖
E a primeira lei de Ohm em um resistor diz que:
𝑈 =𝑅⋅𝑖
Combinando as duas equações, temos:
𝑃 = 𝑅 ⋅ 𝑖 ⋅ 𝑖 = 𝑅 ⋅ 𝑖2
Dessa forma, podemos determinar a corrente que passa pelo resistor:
0,5 = 0,25 ⋅ 𝑖 2 ⇒ 𝑖 = √2 𝐴
A corrente elétrica que passa pela resistência é justamente a movimentação das cargas da
esfera que foi aterrada. Então:

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𝑄 √2
𝑖= ⇒ 𝑄 = 𝑖 ⋅ Δ𝑡 ⇒ 𝑄 = √2 ⋅ 0,5 ⇒ 𝑄 = 𝐶
Δ𝑡 2
Gabarito: “d”.

12. (UNIFEI 2007)


Aplica-se uma diferença de potencial aos terminais de um resistor que obedece à Lei de Ohm.
Sendo U a diferença de potencial, R a resistência do resistor e I a corrente elétrica, qual dos
gráficos abaixo não representa o comportamento deste resistor?

a) b) c) d)

Comentários:
Pela definição de um resistor ôhmico, sabemos que ela é constante a uma determinada
temperatura fixada. Portanto, a letra a) está de acordo com a teoria. Além disso, a letra b e a letra c
também estão, pois nelas a resistência permanece constante, mesmo variando a corrente e a
tensão. A única alternativa que apresenta erro no gráfico é a alternativa d, pois a resistência varia
com a tensão. Portanto, a única alternativa que não está correta é a letra d.
Gabarito: “d”.

13. (UNIFEI 2007)


O gráfico abaixo mostra como a corrente elétrica, no interior de um condutor metálico, varia
com o tempo. Determine a carga elétrica que atravessa uma secção do condutor em 6 (seis)
segundos?

Comentários:
A carga que atravessa a secção do condutor em 6s é dada pela área do gráfico que é um
trapézio. Logo:

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4+6
Δ𝑄 = ( ) ⋅ 36 ⋅ 10−3 ⇒ Δ𝑄 = 180 𝑚𝐶
2
Gabarito: 𝟏𝟖𝟎 𝒎𝑪.

14. (UEL)
Na figura a seguir está esquematizado um trecho de um circuito elétrico, onde 𝑖1 , 𝑖2 , 𝑖3 e 𝑖4 são
as intensidades das correntes elétricas não nulas que passam pelos fios que se cruzam no
ponto 𝑃.

Qual a relação entre as intensidades dessas correntes?


a) 𝑖3 + 𝑖4 = 𝑖1 + 𝑖2 b) 𝑖3 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖4
c) 𝑖1 + 𝑖4 = 𝑖3 + 𝑖2 d) 𝑖1 = 𝑖3 + 𝑖4 + 𝑖2
e) 𝑖1 + 𝑖3 = 𝑖2 + 𝑖4
Comentários:
Pelo princípio da continuidade da carga, sabemos que tudo que entra no nó é igual a tudo
que sai do nó. Então:
𝑖3 + 𝑖4 = 𝑖1 + 𝑖2
Gabarito: “a”.

15. (UNIFESP-2007)
Uma das especificações mais importantes de uma bateria de automóvel é o ampere-horo (𝐴ℎ),
uma unidade prática que permite ao consumidor fazer uma avaliação prévia da durabilidade
da bateria. Em condições ideais, uma bateria de 50 𝐴ℎ funciona durante 1 ℎ quando percorrida
por uma corrente elétrica de intensidade 50 𝐴, ou durante 25 ℎ, se a intensidade da corrente
for 2 𝐴. Na prática, o ampere-hora nominal de uma bateria só é válido para correntes de baixa
intensidade - para correntes de alta intensidade, o valor efetivo do ampere-hora chega a ser
um quarto do valor nominal. Tendo em vista essas considerações, pode-se afirmar que o
ampere-hora mede a
a) potência útil fornecida pela bateria.
b) potência total consumida pela bateria.
c) força eletromotriz da bateria.
d) energia potencial elétrica fornecida pela bateria.
e) quantidade de carga elétrica fornecida pela bateria.

Aula 16 – Eletrodinâmica 110


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Comentários:
Pela definição de corrente, sabemos que ampere-hora é uma medida da quantidade de carga,
já que:
Δ𝑞 = 𝑖 ⋅ Δ𝑡
Portanto, você nem precisa ler o texto, apenas ir para pergunta e alternativas.
Gabarito: “e”.

16. (UNIFESP-2007)
Uma das grandezas que representa o fluxo de elétrons que atravessa um condutor é a
intensidade da corrente elétrica, representada pela letra 𝑖. Trata-se de uma grandeza
a) vetorial. porque a ela sempre se associa um módulo, uma direção e um sentido.
b) escalar, porque é definida pela razão entre grandezas escalares: carga elétrica e tempo.
c) vetorial. porque a corrente elétrica se origina da ação do vetor campo elétrico que atua no
interior do condutor.
d) escalar, porque o eletromagnetismo só pode ser descrito por grandezas escalares.
e) vetorial, porque as intensidades das correntes que convergem em um nó sempre se somam
vetorialmente.
Comentários:
Sabemos que corrente é uma grandeza escalar, definida pela razão entre carga elétrica e
tempo.
Gabarito: “b”.

17. (1995/CESGRANRIO)
A intensidade da corrente elétrica que percorre um componente eletrônico, submetido a uma
ddp constante, varia, em função do tempo, de acordo com o gráfico a seguir:

Sobre a resistência elétrica desse componente, é correto afirmar que, com o passar do tempo,
ela:
a) decresce uniformemente. b) aumenta uniformemente.
c) tende para zero. d) tende para um valor constante.
e) tende para infinito

Aula 16 – Eletrodinâmica 111


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Comentários:
𝑈
Pela definição de resistência elétrica (𝑅 = ), sabemos que a resistência é inversamente
𝑖
proporcional a corrente. Então, se a taxa de crescimento da corrente está diminuindo, pois ela está
convergindo para um valor, quer dizer que a resistência está aumentando e tendendo para um valor
constante.
Gabarito: “d”.

18. (1995/UFMG)
O gráfico a seguir mostra como varia a tensão elétrica em um resistor mantido a uma
temperatura constante em função da corrente elétrica que passa por esse resistor.

Com base nas informações contidas no gráfico, é correto afirmar que:


a) a corrente elétrica no resistor é diretamente proporcional à tensão elétrica.
b) a resistência elétrica do resistor aumenta quando a corrente elétrica aumenta.
c) a resistência do resistor tem o mesmo valor qualquer que seja a tensão elétrica.
d) dobrando-se a corrente elétrica através do resistor, a potência elétrica consumida
quadruplica.
e) o resistor é feito de um material que obedece a Lei de Ohm.
Comentários:
Note que a curva característica mostra que o resistor não é ôhmico, já que a resistência não
é constante, dado que a temperatura é constante. Assim as alternativas A, C e E estão erradas. Da
𝑈
definição de resistência (𝑅 = ) e pela curva mostrada na questão, quando a corrente aumenta, a
𝑖
tensão aumenta mais ainda.
𝑈
Dessa forma, o quociente continua crescendo com o aumento da corrente. Portanto, a
𝑖
alternativa B está correta. Na alternativa D, ele relaciona a potência elétrica no resistor como se ele
fosse ôhmico, o que não é verdade. Portanto, esta alternativa está errada.
Gabarito: “b”.

19. (2008/UFSCar)
Semelhante ao desembaçador de vidros de um carro, existe no mercado um desembaçador
especial para espelhos de banheiro, frequentemente embaçados pela condensação do vapor
de água que preenche o ambiente após um banho. A ideia do dispositivo é secar uma área do
espelho para que esse possa ser utilizado mesmo após ter sido usado o chuveiro.

Aula 16 – Eletrodinâmica 112


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Suponha que a resistência elétrica não sofra alteração significativa de seu valor com a mudança
de temperatura.
a) Atrás do espelho, colado sobre o vidro, encontra-se o circuito esquematizado, originalmente
construído para ser utilizado sob uma diferença de potencial de 110 𝑉. Determine o que
ocorrerá com a corrente elétrica se o desembaçador for ligado a uma diferença de potencial
de 220 𝑉.
b) Determine o novo valor da potência dissipada, supondo que dois dos fios resistivos tenham
sido rompidos durante a montagem do espelho e que o desembaçador não danificado dissipe
40 𝑊 quando ligado em 110 𝑉.
Comentários:
a) Sabemos que a potência elétrica em um bipolo elétrico é dada por: 𝑃𝑜𝑡 = 𝑈 ⋅ 𝑖 .Portanto,
se a ddp dobra, então a corrente também dobrará.
b) Cada fio resistivo dissipa a mesma potência. Se em condições normais o desembaçador
dissipa 40 W e temos 10 fios resistivos. Portanto, cada fio resistivo dissipa 4 W. Como 2 fios foram
perdidos, a potência dissipada pelo desembaçador será de 40 − 2 ⋅ 4 = 32 𝑊. Note que isso é
possível pois todos os fios resistivos estão submetidos a mesma diferença de potencial.
Gabarito: a) a corrente também dobrará b) 32 W

20. (1997/ITA)
A casa de um certo professor de Física do ITA, em São José dos Campos, tem dois chuveiros
elétricos que consomem 4,5 𝑘𝑊 cada um. Ele quer trocar o disjuntor geral da caixa de força
por um que permita o funcionamento dos dois chuveiros simultaneamente com um aquecedor
elétrico (1,2 𝑘𝑊), um ferro elétrico (1,1 𝑘𝑊) e 7 lâmpadas comuns (incandescentes) de
100 𝑊.
Disjuntores são classificados pela corrente máxima que permitem passar. Considerando que a
tensão da cidade seja de 220 𝑉, o disjuntor de menor corrente máxima que permitirá o
consumo desejado é então de:
a) 30 A b) 40 A c) 50 A d) 60 A e) 80 A
Comentários:
A potência total para o funcionamento simultâneo dos aparelhos é dada por:
𝑃𝑜𝑡 = 2 ⋅ 𝑃𝑐ℎ𝑢𝑣 + 𝑃𝑎𝑞 + 𝑃𝑓𝑒 + 7 ⋅ 𝑃𝑙â𝑚𝑝
𝑃𝑜𝑡 = 2 ⋅ 4,5 + 1,2 + 1,1 + 7 ⋅ 0,1 = 12 𝑘𝑊 = 12.000 𝑊
A partir da potência total, podemos determinar a corrente que passará pelo nosso disjuntor:

Aula 16 – Eletrodinâmica 113


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𝑃𝑜𝑡 = 𝑈 ⋅ 𝑖
12.000 = 220 ⋅ 𝑖
𝑖 = 54,5 𝐴
O disjuntor para a corrente máxima é de 60 A.
Gabarito: “d”.

21. (PUC – SP)


No interior de um condutor homogêneo, a intensidade de corrente elétrica varia com o tempo,
como mostra o diagrama abaixo.

Pode-se afirmar que o valor médio da intensidade de corrente, entre os instantes 1 𝑚𝑖𝑛 e
2 𝑚𝑖𝑛, é de:
1 103
a) 𝐴 b) 𝐴 c) 500 𝐴 d) 0,5 𝐴 e) 0,05 𝐴
6 6

Comentários:
O valor médio da intensidade de corrente entre os instantes 1 min e 2 min é aquela que
produz a mesma variação de carga. Ou seja:
Δ𝑄 = 𝑖𝑚 ⋅ Δ𝑡
Em que Δ𝑄 é calculado pela área do gráfico. Então:
(2 − 1) ⋅ 60
( ⋅ 103 ⋅ 10−3 )
3
Δ𝑄 = 3 ⋅ = 30 𝐶
2
Portanto:
30 = 𝑖𝑚 ⋅ 1 ⋅ 60 ⇒ 𝑖𝑚 = 0,5 𝐴
Gabarito: “d”.

22. (ITA)
Mediante chave seletora, um chuveiro elétrico tem a sua resistência graduada para dissipar
4,0 𝑘𝑊 no inverno, 3,0 𝑘𝑊 no outono, 2,0 𝑘𝑊 na primavera e 1,0 𝑘𝑊 no verão. Numa manhã
de inverno, com temperatura ambiente de 10°𝐶, foram usados 10,0 𝑙 de água desse chuveiro
para preencher os 16 % do volume faltante do aquário de peixes ornamentais, de modo a

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elevar sua temperatura de 23°𝐶 para 28°𝐶. Sabe-se que 20 % da energia é perdida no
aquecimento do ar, a densidade da água é 𝜌 = 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 e calor específico da água é
4,18 𝐽/𝑔𝐾. Considerando que a água do chuveiro foi colhida em 10 minutos, em que posição
se encontrava a chave seletora? Justifique.
Comentários:
Inicialmente, devemos determinar o volume do aquário. Se 10 litros correspondem a 16%,
então os outros 84% correspondem a um volume 𝐿:
10 16%
= ⇒ 𝐿 = 52,5 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
𝐿 84%
A temperatura da água quando ela sai do chuveiro pode ser calculada pelas trocas de calor:

∑𝑄 = 0

10 ⋅ 𝑐 ⋅ (28 − 𝜃) + 52,5 ⋅ 𝑐 ⋅ (28 − 23) = 0


𝜃 = 54,25 °𝐶
Dessa forma, o calor necessário para esquentar a água foi de:
𝑄 = 10000 ⋅ 1 ⋅ 4,18 ⋅ (54,25 − 10) = 1.849.650 𝐽
Mas 20% da energia é perdida no aquecimento do ar. Portanto, 1.849.650 𝐽 correspondem
aos 80% de energia que foi fornecida pelo chuveiro elétrico. Então, a energia fornecida pelo chuveiro
foi de 2.312.062,5 𝐽. Pela definição de potência, temos:
2.312.062,5
𝑃𝑜𝑡 = ≅ 3853 𝑘𝑊
600
Gabarito: 𝟑𝟖𝟓𝟑 𝒌𝑾

23. (ITA – 1990)


No circuito desenhado ao lado, têm-se duas pilhas de 1,5 V
cada, de resistências internas desprezíveis, ligadas em série,
fornecendo corrente para três resistores com os valores
indicados. Ao circuito estão ligados ainda um voltímetro e um
amperímetro de resistências internas, respectivamente, muito
alta e muito baixa. As leituras desses instrumentos são,
respectivamente:
a) 1,5 V e 0,75 A. b) 1,5 V o 1,5 A.
c) 3,0 V e 0 A. d) 2,4 V e 1,2 A.
e) outros valores que não os mencionados.
Comentários:
As pilhas têm resistência interna desprezíveis, portanto, são apenas fontes de tensão para o
circuito sem perdas internas. Além disso, o voltímetro tem resistência muito alta, ou seja, não passa
corrente por ele (voltímetro ideal) e o amperímetro tem resistência interna muito baixo, isto é, se

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comporta como um fio ideal (o amperímetro também é ideal). Diante disso, para determinar a
corrente que passa pelo amperímetro, basta calcular a resistência equivalente no circuito:
1,0
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅3 + 𝑅1 //𝑅2 ⇒ 𝑅𝑒𝑞 = 2,0 + ⇒ 𝑅𝑒𝑞 = 2,5 Ω
2
Portanto, temos que:
3
1,5 + 1,5 = 2,5 ⋅ 𝑖 ⇒ 𝑖 = ⇒ 𝑖 = 1,2 𝐴
2,5
Pela primeira lei de Ohm, a ddp em 𝑅3 , que é a leitura feita pelo voltímetro, é de:
𝑈3 = 𝑅3 ⋅ 𝑖 = 2 ⋅ 1,2 ⇒ 𝑈3 = 2,4 𝑉
Gabarito: “d”.

24. (1990/ITA)
A figura a seguir mostra duas lâmpadas de automóvel fabricadas para funcionar om 12 𝑉. As
potências nominais (escritas nos bulbos das lâmpadas) são, respectivamente, 𝑃1 = 5𝑊 e 𝑃2 =
10 𝑊. Se elas forem ligadas, em série, conforme indica o desenho:

a) a corrente fornecida pela bateria é maior que 0,5 A.


b) a bateria pode ficar danificada com tal conexão.
c) o brilho da lâmpada de 5 W será maior que o da lâmpada de 10 W.
d) ambas as lâmpadas funcionam com suas potências nominais.
e) nenhuma das respostas anteriores é satisfatória.
Comentários:
De acordo com os valores nominais, podemos determinar o valor da resistência interna de
cada lâmpada.
𝐿1 :
𝑈2 122
𝑃1 = ⇒ 𝑅1 = Ω
𝑅1 5
𝐿2 :
𝑈2 122
𝑃2 = ⇒ 𝑅2 = Ω
𝑅2 10
Note que:

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𝑅1 = 2𝑅2
Pela primeira lei de Ohm, podemos determinar que a corrente que passa pelas lâmpadas,
quando elas são ligadas em série, é de:
𝐸 12 1 10
𝑖= = 2 = = = 0,28 𝐴
𝑅1 + 𝑅2 12 122 12 2 12 36
+ ⋅ +
5 10 5 2 10
Este resultado já anula a alternativa a. Para analisar a potência dissipada em cada lâmpada,
basta fazermos:
𝑃1 = 𝑅1 ⋅ 𝑖 2 e 𝑃2 = 𝑅2 ⋅ 𝑖 2
𝑃1 𝑅1 𝑖 2 𝑅1
= ⋅ =
𝑃2 𝑅2 𝑖 2 𝑅2
Mas, 𝑅1 = 2𝑅2 , então:
𝑃1 2𝑅2
= ⇒ 𝑃1 = 2𝑃2
𝑃2 𝑅2
Este resultado mostra que a potência dissipada pela lâmpada 1 será o dobro da potência
dissipada pela lâmpada 2. Logo, a lâmpada 1 terá brilho maior que a lâmpada 2.
Observe que a conexão não danificará a lâmpada, já que elas estão em série e, por isso, a ddp
em cada lâmpada será menor que 12 V. Sendo assim, ela também não irá funcionar com os valores
nominais.
Gabarito: “c”.

25. (1991/ITA)
Determine a intensidade de corrente que atravessa o resistor R 2 da figura, quando a tensão
entre os pontos A e B for igual a V e as resistências R1, R2 e R3 forem iguais a R.

a) 𝑉/𝑅. b) 𝑉/3𝑅. c) 3𝑉/𝑅. d) 2𝑉/3𝑅. e) nenhuma das anteriores.


Comentários:
Perceba que entre os resistores 𝑅1 e 𝑅2 o potencial é 𝑉𝐵 , pois há um fio ligando esse ponto
até o ponto B. A mesma situação ocorre com A, isto é, entre os resistores 𝑅2 e 𝑅3 o potencial é 𝑉𝐴 .
Portanto, 𝑅1 , 𝑅2 e 𝑅3 estão submetidos a mesma diferença de potencial 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 . Portanto, a
corrente que passa por 𝑅2 é dada pela primeira lei de Ohm:
𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 = 𝑉 = 𝑅2 ⋅ 𝑖
𝑉 𝑉
𝑖= ⇒ 𝑖=
𝑅2 𝑅
Gabarito: “a”.

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26. (1992/ITA)
A ponte de resistores da figura abaixo apresenta na temperatura ambiente, uma tensão 𝑉𝑎 −
𝑉𝑏 = 2,5 𝑉 entre seus terminais 𝑎 e 𝑏. Considerando que a resistência 𝑅 está imersa cm um
meio que se aquece a uma taxa de 10 graus centígrados por minuto, determine o tempo que
leva para que a tensão entre os terminais 𝑎 e 𝑏 da ponte se anule. Considere para a variação
da resistência com a temperatura um coeficiente de resistividade de 4,1 ⋅ 10−3 𝐾 −1 .

a) 8 minutos e 10 segundos. b) 12 minutos e 12 segundos.


c) 10 minutos e 18 segundos. d) 15,5 minutos.
e) n.d.a.
Comentários:
Analisando o comportamento da corrente no circuito, temos:

Inicialmente, temos que:


𝑉𝑎 − 𝑉𝑏 = 2,5 𝑉
Para encontrar o tempo para que a tensão se anule entre os terminais 𝑎 e 𝑏, devemos calcular
o valor da resistência 𝑅 no instante inicial, para usar a lei de variação da resistência com a
temperatura e, com isso, determinar a variação da temperatura sofrida pelo resistor 𝑅 e, finalmente,
determinar o intervalo de tempo através da taxa de variação de temperatura por minuto.
Assim, calcularemos o valor de cada corrente:
𝑉𝑥 − 𝑉𝑦 30
𝑖= = = 10 𝑚𝐴
𝑅2 + 𝑅4 1 ⋅ 103 + 2 ⋅ 103
Podemos definir 𝑉𝑦 = 0, então:
𝑉𝑏 − 𝑉𝑦 = 𝑅3 ⋅ 𝑖 = 2 ⋅ 103 ⋅ 10 ⋅ 10−3 ⇒ 𝑉𝑏 = 20 𝑉
Assim, 𝑉𝑎 é igual a:
𝑉𝑎 − 𝑉𝑏 = 2,5 ⇒ 𝑉𝑎 = 22,5 𝑉

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Então, podemos determinar a corrente 𝑖 ′ utilizando a queda de tensão no resistor 𝑅3 :


𝑉𝑎 − 𝑉𝑦 = 𝑅3 ⋅ 𝑖 ′
22,5 − 0 = 3 ⋅ 103 ⋅ 𝑖 ′ ⇒ 𝑖 ′ = 7,5 𝑚𝐴
Dessa forma, como definimos que 𝑉𝑦 = 0, então 𝑉𝑥 = 30 𝑉. Logo, a queda de tensão no
resistor 𝑅 é dada por:
𝑉𝑥 − 𝑉𝑎 = 𝑅 ⋅ 𝑖 ′
30 − 22,5 = 𝑅 ⋅ 7,5 ⋅ 10−3 ⇒ 𝑅 = 1 𝑘Ω
Quando chegarmos a 𝑉𝑎 − 𝑉𝑏 = 0, a ponte estará equilibrada, então valerá a relação:
𝑅 ⋅ 𝑅4 = 𝑅2 ⋅ 𝑅3
𝑅 ⋅ 2 𝑘 = 1 𝑘 ⋅ 3 𝑘 ⇒ 𝑅 = 1,5 𝑘Ω
Sabemos que a variação da resistência com a temperatura é da seguinte forma:
𝑅 = 𝑅0 (1 + 𝛼 ⋅ Δ𝜃)
Δ𝑅 = 𝑅0 ⋅ 𝛼 ⋅ Δ𝜃
0,5 ⋅ 103 = 1 ⋅ 103 ⋅ 4,1 ⋅ 10−3 Δ𝜃
500
Δ𝜃 =
≈ 122 𝐾 = 122 °𝐶
41
Se a cada minuto a temperatura há uma variação de 10 °, então para uma variação de 122 °
são necessários 12 min e 12 segundos.
Gabarito: “b”.

27. (2000/ITA)
Quatro lâmpadas idênticas 1, 2, 3 e 4, de mesma resistência R, são conectadas a uma bateria
com tensão constante V, como mostra a figura. Se a lâmpada 1 for queimada, então

a) a corrente entre A e B cai pela metade e o brilho da lâmpada 3 diminui.


b) a corrente entre A e B dobra, mas o brilho da lâmpada 3 permanece constante.
c) o brilho da lâmpada 3 diminui, pois, a potência drenada da bateria cai pela metade.
d) a corrente entre A e B permanece constante, pois a potência drenada da bateria permanece
constante.

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e) a corrente entre A e B e a potência drenada da bateria caem pela metade, mas o brilho da
lâmpada 3 permanece constante.
Comentários:
Quando todas as lâmpadas estão funcionando, a resistência equivalente do circuito é de
𝑅𝐸𝑞 = 𝑅. No momento que a lâmpada 1 queima, a resistência equivalente passa a ser 𝑅𝑒𝑞 = 2𝑅,
pois a ramo superior da associação em paralelo fica em aberto e, por isso, a corrente passa apenas
nas duas lâmpadas na parte inferior, que estão em série.
Como a tensão é constante e como a resistência equivalente cai pela metade, então a
corrente drenada pela fonte cai pela metade. Como a tensão entre A e B não muda, o brilho da
lâmpada 3 permanece inalterado.
Gabarito: “e”.

28. (2001/ITA)
No circuito elétrico da figura, os vários elementos têm resistências 𝑅1 , 𝑅2 e 𝑅3 conforme
indicado. Sabendo que 𝑅3 = 𝑅1 /2, para que a resistência equivalente entre os pontos A e B da
associação da figura seja igual a 2𝑅2 a razão 𝑟 = 𝑅2 /𝑅1 deve ser

a) 3/8 b) 8/3 c) 5/8 d) 8/5 e) 1


Comentários:
De acordo com o circuito proposto e as relações entre os valores de resistência, temos:

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Logo, a resistência equivalente entre A e B é dada por:


3 3 𝑅2 3
𝑅𝐴𝐵 = 𝑅2 + 𝑅1 = 2𝑅2 ⇒ 𝑅2 = 𝑅1 ⇒ 𝑟 = =
8 8 𝑅1 8
Gabarito: “a”.

29. (2001/ITA)
Considere o circuito da figura, assentado nas arestas de um
tetraedro, construído com 3 resistores de resistência 𝑅, um
resistor de resistência 𝑅1 , uma bateria de tensão U e um
capacitor de capacitância 𝐶. O ponto 𝑆 está fora do plano
definido pelos pontos 𝑃, 𝑊 e 𝑇. Supondo que o circuito
esteja em regime estacionário, pode-se afirmar que
a) a carga elétrica no capacitor é de 2,0 ⋅ 10−6 𝐹, se 𝑅1 =
3𝑅.
b) a carga elétrica no capacitor é nula, se 𝑅1 = 𝑅.
c) a tensão entre os pontos 𝑊 e 𝑆 é de 2,0 𝑉, se 𝑅1 = 3𝑅.
d) a tensão entre os pontos 𝑊 e 𝑆 é de 16 𝑉, se 𝑅1 = 3𝑅.
e) nenhuma das respostas acima é correta.
Comentários:
Podemos redesenhar o circuito da seguinte forma:

Para a condição de equilíbrio da ponte de Wheatstone, já que o circuito está em regime


estacionário, temos:
𝑅1 ⋅ 𝑅 = 𝑅 ⋅ 𝑅 ⇒ 𝑅1 = 𝑅
Gabarito: “b”.

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30. (2002/ITA)
Para se proteger do apagão, o dono de um bar conectou uma lâmpada a uma bateria de
automóvel (12,0 V). Sabendo que a lâmpada dissipa 40,0 W, os valores que melhor
representam a corrente I que a atravessa e sua resistência 𝑅 são, respectivamente, dados por
a) 𝐼 = 6,6 𝐴 e 𝑅 = 0,36 Ω b) 𝐼 = 6,6 𝐴 e 𝑅 = 0,18 Ω
c) 𝐼 = 6,6 𝐴 e 𝑅 = 3,6 Ω d) 𝐼 = 3,3 𝐴 e 𝑅 = 7,2 Ω
e) 𝐼 = 3,3 𝐴 e 𝑅 = 3,6 Ω
Comentários:
Se a potência consumida pela lâmpada é igual a 40,0 W, então a corrente 𝐼 é de:
𝑃 40,0
𝐼= = ⇒ 𝐼 = 3,3 𝐴
𝑈 12,0
E a resistência 𝑅 é de:
𝑈 2 12,02
𝑅= = ⇒ 𝑅 = 3,6 Ω
𝑃 40,0
Gabarito: “e”.

31. (2015/ITA)
Morando em quartos separados e visando economizar energia, dois estudantes combinam de
interligar em série cada uma de suas lâmpadas de 100 W. Porém, verificando a redução da
claridade em cada quarto, um estudante troca a sua lâmpada de 100 W para uma de 200 W,
enquanto o outro também troca a sua de 100 W para uma de 50 W. Em termos de claridade,
houve vantagem para algum deles? Por quê? Justifique quantitativamente.
Comentários:
Supondo que as potências fornecidas sejam as nominais para serem ligadas na tensão padrão
𝑈 e como 𝑃 = 𝑈 2 /𝑅, então as resistências das lâmpadas de 50 W, 100 W e 200 W são proporcionais
a 4R, 2R e R, respectivamente.
Na primeira situação, temos que:

Portanto, a relação das potencias das lâmpadas é dada por:


𝑈 2
( ) 𝑈2
𝑃1 = 𝑃2 = 2 =
2𝑅 8𝑅
Na segunda situação, temos:

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Portanto:
𝑈 2
( ) 𝑈2
𝑃1′ = 5 =
𝑅 25𝑅
2
4𝑈
( ) 4𝑈 2

𝑃2 = 5 =
4𝑅 25𝑅
Dado que a claridade é diretamente proporcional à potência, então, quando a troca de:
100 𝑊 por 200 𝑊 ⇒ 𝑃1′ < 𝑃1 ⇒ há desvantagem
100 𝑊 por 50 𝑊 ⇒ 𝑃2′ > 𝑃2 ⇒ há vantagem
Gabarito: vide comentários.

32. (IME – 2008)


A malha de resistores apresentada na figura ao lado é conectada
pelos terminais A e C a uma fonte de tensão constante. A malha
é submersa em um recipiente com água e, após 20 minutos,
observa-se que o líquido entra em ebulição. Repetindo as
condições mencionadas, determine o tempo que a água levaria
para entrar em ebulição, caso a fonte tivesse sido conectada aos
terminais A e B.

Comentários:
Quando a fonte está ligada aos terminais A e C, por simetria, sabemos que os resistores no
ramo 𝐵𝐷 estão em curto. Portanto, eles podem ser retirados do circuito sem alterar os nossos
resultados. Assim, chegamos ao seguinte circuito:

Associação equivalente de resistores é dada por:


𝑅𝐸𝑞 = 2𝑅//2𝑅//2𝑅 = 2𝑅/3

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A potência dissipada nessas condições é de:


𝑈2 3𝑈 2
𝑃𝐴𝐶 = =
𝑅𝐴𝐶 2𝑅
Na segunda situação, a fonte está ligada entre os terminais A e B, novamente, por simetria,
temos a seguinte configuração:

O resistor equivalente 𝑅𝐴𝐵 é de:


𝑅𝐴𝐵 = [(2𝑅//𝑅) + 2𝑅]//2𝑅//𝑅
2𝑅
𝑅𝐴𝐵 = ( + 2𝑅)//2𝑅//𝑅
3
8𝑅 2𝑅
𝑅𝐴𝐵 = //
3 3
8𝑅
𝑅𝐴𝐵 =
15
Logo, a potência 𝑃𝐴𝐵 é expressa por:
𝑈2 15𝑈 2
𝑃𝐴𝐵 = =
𝑅𝐴𝐵 8𝑅
Como a energia dissipada em ambos os casos é a mesma, então:
𝐸 = 𝑃 ⋅ Δ𝑡
𝑃𝐴𝐶 ⋅ Δ𝑡𝐴𝐶 = 𝑃𝐴𝐵 ⋅ Δ𝑡𝐴𝐵
3𝑈 2 15𝑈 2
⋅ 20 𝑚𝑖𝑛 = ⋅ Δ𝑡𝐴𝐵 ⇒ Δ𝑡𝐴𝐵 = 16 𝑚𝑖𝑛
2𝑅 8𝑅
Gabarito: 16 min.

33. (2009/IME)

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A resistência equivalente entre os terminais A e B da figura acima é


a) 1/3𝑅 b) 1/2𝑅 c) 2/3𝑅 d) 4/3𝑅 e) 2𝑅
Comentários:
Pela simetria da associação, percebe-se que os resistores iguais a 𝑅 estão em curto, já que se
desenharmos uma linha tracejada por eles, vemos que eles estão sob o mesmo potencial. Portanto:
𝑅𝐴𝐵 = (2𝑅//2𝑅//2𝑅) + (2𝑅//2𝑅//2𝑅)
2𝑅 2𝑅 4𝑅
𝑅𝐴𝐵 = + =
3 3 3
Gabarito: “d”.

34. (ITA – 1991)


Na figura, AB representa um resistor filiforme, de resistência 𝑟 e comprimento 𝐿. As distâncias
𝐴𝑃 e 𝑄𝐵 são 2𝐿/5 e 𝐿/5, respectivamente. A resistência 𝑅 vale 0,40𝑟. Quando a chave 𝐶 está
aberta, a corrente constante 𝑖0 = 6,00 𝐴 passa por 𝑟. Quando a chave 𝐶 for fechada,
considerando a tensão entre 𝐴 e 𝐵 constante, a corrente que entrará em 𝐴 será:

a) 7,5 A. b) 12,0 A. c) 4,5 A.


d) 9,0 A. e) indeterminada pois o valor de 𝑟 não foi fornecido.
Comentários:
Quando a chave 𝐶 está aberta, ao aplicar uma ddp de valor ℰ entre A e B, a corrente que
passa pelo resistor filiforme é de:
ℰ ℰ
𝑖=
⇒ 6 = ⇒ ℰ = 6𝑟
𝑟 𝑟
Ao fechar a chave 𝐶, pela segunda lei de Ohm, podemos dizer que as resistências ao longo do
circuito possuem a seguinte configuração:

Aula 16 – Eletrodinâmica 125


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Pela Lei de Pouillet (ou LKT nessa única malha), temos:



𝑖=
𝑅𝑒𝑞
Em que 𝑅𝑒𝑞 é dado por:
2𝑟 𝑟 2𝑟 2𝑟 2𝑟 𝑟 𝑟 4𝑟
𝑅𝑒𝑞 = + + // ⇒ 𝑅𝑒𝑞 = + + =
5 5 5 5 5 5 5 5
Portanto:
6𝑟
𝑖= ⇒ 𝑖 = 7,5 𝐴
4𝑟
5
Gabarito: “a”.

35. (1992/ITA)
No circuito a seguir 𝑉 e 𝐴 são voltímetro e um amperímetro
respectivamente, com fundos de escala (leitura máxima):
𝐹𝐸𝑉 = 1 𝑉 e 𝑅𝑉 = 1000 Ω
𝐹𝐸𝐴 = 30 𝑚𝐴 e 𝑅𝐴 = 5 Ω
Ao se abrir a chave 𝐶:
a) o amperímetro terá leitura maior que 30 𝑚𝐴 e pode se
danificar.
b) o voltímetro indicará 0 V.
c) o amperímetro não alterará sua leitura.
d) o voltímetro não alterará sua leitura.
e) o voltímetro terá leitura maior que 1 V e pode se danificar.
Comentários:
Quando a chave C está fechada, a resistência 𝑅𝑉 ≫ 𝑅𝐴 , portanto 𝑅𝑉 //𝑅𝐴 ≅ 𝑅𝐴 . Mas 𝑅𝐴 ≪ 𝑅.
Portanto, a resistência equivalente do circuito é praticamente 𝑅. Com isso, a corrente que passa
pelo amperímetro é dada por:
15
= 0,03 𝐴𝑖=
500
Note que a corrente passa toda pelo amperímetro, já que 𝑅𝑉 ≫ 𝑅𝐴 . Dessa forma, o
voltímetro marca aproximadamente zero volts.
Quando a chave C é aberta, o amperímetro passa a indicar zero, pois não passa mais corrente
por ele (o circuito está aberto neste ramo). Por outro lado, a corrente no circuito é dada por:
ℰ 15
𝑖= = = 0,01 𝐴
𝑅𝑉 + 𝑅 1000 + 500
Portanto, a queda de tensão em 𝑅𝑉 é de:

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𝑈𝑉 = 𝑅𝑉 ⋅ 𝑖 = 1000 ⋅ 0,01 = 10 𝑉
Sendo assim, quando abrimos a chave C, a leitura do amperímetro cai de 0,03 A para zero e
a do voltímetro sobre de zero para 10 V e, portanto, pode danificar o voltímetro que possui fundo
de escala igual a 1V.
Gabarito: “e”.

36. (1999/ITA)
A força eletromotriz (𝑓. 𝑒. 𝑚.) da bateria do circuito abaixo é de 12 𝑉. O potenciômetro possui
uma resistência total de 15 Ω e pode ser percorrido por uma corrente máxima de 3 𝐴. As
correntes que devem fluir pelos resistores 𝑅1 e 𝑅2 , para ligar uma lâmpada projetada para
funcionar em 6 𝑉 e 3 𝑊, são, respectivamente:

a) iguais a 0,50 𝐴. b) de 1,64 𝐴 e 1,14 𝐴.


c) de 2,00 𝐴 e 0,50 𝐴. d) de 1,12 𝐴 e 0,62 𝐴.
e) de 2,55 𝐴 e 0,62 𝐴.
Comentários:
De acordo com o circuito, temos a seguinte divisão das correntes:

Para a lâmpada funcionar com 6 V e 3 W, a corrente que deve passar por ela é de:
𝑃 = 𝑈 ⋅ 𝑖3 ⇒ 3 = 6 ⋅ 𝑖3 ⇒ 𝑖3 = 0,5 𝐴
Mas, pela continuidade da corrente elétrica, temos que:
𝑖1 = 𝑖2 + 𝑖3
Em que 𝑖2 e 𝑖3 podem ser expressos pela primeira lei de Ohm:
𝑈2 6 𝑈1 6
𝑖2 = = e 𝑖1 = =
𝑅2 𝑅2 𝑅1 𝑅1

Aula 16 – Eletrodinâmica 127


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Substituindo na equação das correntes, vem:


6 6
= + 0,5
𝑅1 𝑅2
Como 𝑅1 + 𝑅2 = 15 Ω, então:
6 6
= + 0,5 ⇒ 𝑅22 + 9𝑅2 − 180 = 0 ⇒ 𝑅2 = 9,65 Ω
15 − 𝑅2 𝑅2
Portanto:
𝑅1 = 15 − 𝑅2 ⇒ 𝑅1 = 5,35 Ω
Assim, as correntes são de:
6 6
𝑖1 = = ⇒ 𝑖1 = 1,12 𝐴
𝑅1 5,35
6 6
𝑖2 = = ⇒ 𝑖2 = 0,62 𝐴
𝑅2 9,65
Gabarito: “d”.

37. (2008/ITA)
No circuito representado na figura, têm-se duas lâmpadas incandescentes idênticas, 𝐿1 e 𝐿2 , e
três fontes idênticas, de mesma tensão 𝑉. Então, quando a chave é fechada,

a) apagam-se as duas lâmpadas.


b) o brilho da 𝐿1 aumenta e o da 𝐿2 permanece o mesmo.
c) o brilho da 𝐿2 aumenta e o da 𝐿1 permanece o mesmo.
d) o brilho das duas lâmpadas aumenta.
e) o brilho das duas lâmpadas permanece o mesmo.
Comentários:
Antes de fecharmos a chave, temos o seguinte circuito:

Como as lâmpadas são idênticas, ou seja, apresentam a mesma resistência interna, cada
lâmpada estará submetida ao mesmo potencial que é igual a 𝑉.

Aula 16 – Eletrodinâmica 128


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Ao fecharmos a chave, temos que a segunda lâmpada (𝐿2 ) sempre terá a mesma ddp 𝑉 sobre
ela, já que ela está ligada diretamente aos terminais da fonte 𝑉. Por outro lado, se olharmos para
𝐿1 , ela terá sempre a ddp 𝑉 sobre ela, pois na malha que contém 2𝑉 já foram gastos 𝑉 em 𝐿2 , como
na figura abaixo:

Portanto, as duas lâmpadas permaneceram com o mesmo brilho.


Gabarito: “e”.

38. (2012/ITA)
Um gerador elétrico alimenta um circuito cuja resistência equivalente varia de 50 a 150 Q,
dependendo das condições de uso desse circuito. Lembrando que, com resistência mínima, a
potência útil do gerador é máxima, então, o rendimento do gerador na situação de resistência
máxima, é igual a
a) 0,25 b) 0,50 c) 0,67 d) 0,75 e) 0,90
Comentários:
Quando o gerador transfere a máximo potência, há um casamento da resistência dele com a
resistência do circuito externo. Para a condição de mínima resistência, a resistência interna do
gerador deve ser igual a 50 Ω também. No caso de haver máxima resistência do circuito externo,
temos:

Assim, a força eletromotriz do gerador em função da corrente é igual a:


ℰ = (50 + 150) ⋅ 𝑖 ⇒ ℰ = 200 ⋅ 𝑖
Mas, pela equação característica do gerador, temos:
𝑈 = ℰ − 𝑟 ⋅ 𝑖 ⇒ 𝑈 = 200 ⋅ 𝑖 − 50 ⋅ 𝑖 ⇒ 𝑈 = 150 ⋅ 𝑖
Portanto, o rendimento elétrico do gerador nesta condição é de:
𝑈 150 ⋅ 𝑖
𝜂= = ⇒ 𝜂 = 0,75
ℰ 200 ⋅ 𝑖
Gabarito: “d”.

Aula 16 – Eletrodinâmica 129


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39. (2016/ITA)
No circuito abaixo os medidores de corrente e tensão elétrica são reais, ou seja, possuem
resistência interna. Sabendo-se que o voltímetro acusa 3,0 V e o amperímetro, 0,8 A, calcule o
valor da resistência interna do voltímetro.

Comentários:
De acordo com o enunciado, temos:

De acordo com a leitura do voltímetro, a ddp entre A e B é dada por:


𝑈𝐴𝐵 = 3,0 𝑉
Portanto:
3 = (10//10//𝑅𝑉 ) ⋅ 0,8
5 ⋅ 𝑅𝑉
= 3,75 ⇒ 𝑅𝑉 = 15 Ω
5 + 𝑅𝑉
Gabarito: 𝟏𝟓 𝛀.

40. (2018/ITA)
No circuito abaixo os medidores de corrente e de tensão elétrica possuem resistência interna.
Sabendo-se que a fonte fornece a ddp 𝑈, o voltímetro mede 4,0 𝑉, o amperímetro mede 1,0 𝐴
e que os valores das resistências 𝑅1 , 𝑅2 e 𝑅3 estão indicadas na figura, calcule o valor da
resistência interna do voltímetro.

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Comentários:
Como o voltímetro mede 4,0 𝑉 e a corrente que passa pelo amperímetro é de 1,0 A, temos:
𝑅𝑉 ⋅ 5
10//10//𝑅𝑉 ⋅ 1 = 4 ⇒ = 4 ⇒ 𝑅𝑉 = 20 Ω
𝑅𝑉 + 5
Gabarito: 𝑹𝑽 = 𝟐𝟎 𝛀

41. (2019/ITA)
Uma bateria composta por 50 células voltaicas em série é carregada por uma fonte de corrente
contínua ideal de 220 𝑉. Cada célula tem uma força eletromotriz de 2,30 𝑉 e resistência
interna de 0,100 Ω. Sendo a corrente de carregamento de 6,00 𝐴, indique o valor da
resistência extra que deve ser inserida em série com a fonte.
a) 23 Ω b) 36,6 Ω c) 12,5 Ω d) 5,00 Ω e) 19,2 Ω
Comentários:
Ao associar 50 geradores em série, a força eletromotriz é de 50 ⋅ 2,3 = 115 𝑉. A resistência
interna é de 50 ⋅ 0,1 = 5 Ω.
Pela Lei de Pouillet:
220 − 115
𝑖= = 6 ⇒ 𝑅 = 12,5 Ω
5+𝑅
Gabarito: “c”.

42. (2008/IME)

A figura acima apresenta o modelo de uma fonte de tensão conectada a um resistor variável
𝑅. A tensão 𝑉 e a resistência interna 𝑟 da fonte possuem valores constantes. Com relação à
resistência do resistor 𝑅, é correto afirmar que
a) aumentando seu valor, necessariamente aumentará a potência dissipada em 𝑅.
b) aumentando seu valor, aumentará a tensão sobre 𝑅, mas não necessariamente a potência
dissipada em 𝑅.
c) aumentando seu valor, aumentará a corrente fornecida pela fonte, mas não
necessariamente a potência dissipada em 𝑅.
d) diminuindo seu valor, aumentará a corrente fornecida pela fonte e, consequentemente, a
potência dissipada em 𝑅.
e) diminuindo seu valor, necessariamente aumentará a potência dissipada em 𝑅.

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Comentários:
Pela condição de máxima transfere de potência, sabemos que isso ocorre quando:
𝑟=𝑅
A tensão no resistor 𝑅 é dada por:
𝑉 𝑅
𝑈𝑅 = 𝑖 ⋅ 𝑅 ⇒ 𝑈𝑅 = ⋅ 𝑅 ⇒ 𝑈𝑅 = ⋅𝑉
𝑟+𝑅 𝑟+𝑅
Assim, quando aumentamos o valor de 𝑅, a tensão nele aumentará, mas não
necessariamente a potência, de acordo com a condição de máxima transferência de potência. Logo,
a única alternativa correta teoricamente é a letra B.
A letra A está errada porque a potência dissipada em 𝑅 não aumenta necessariamente com
o aumento de 𝑅.
A letra C está errada, pois quando aumentamos o valor de 𝑅, a corrente necessariamente
diminui:
𝑉
𝑖=
𝑟+𝑅
A letra D está errada, pois sabemos que ao diminuir 𝑅, a corrente irá aumentar, mas não
necessariamente a potência dissipada irá aumentar.
A letra E está errada, pois de acordo com a máxima transferência de potência, 𝑟 = 𝑅, não
sabemos se 𝑅 está se aproximando de 𝑟 ou não.
Gabarito: “b”.

43. (ITA)
Um objeto metálico é colocado próximo a uma carga de +0,02 𝐶 e aterrado com um fio de
resistência de 8 Ω. Suponha que a corrente que passa pelo fio seja constante por um tempo de
0,1 𝑚𝑠 até o sistema entrar em equilíbrio e que a energia flanada no processo seja de 2 J.
Conclui-se que, no equilíbrio, a carga no objeto metálico é:
a) −0,02 𝐶 b) −0,01 𝐶 c) −0,005 𝐶 d) 0 𝐶 e) +0,02 𝐶
Comentários:
A potência dissipada no objeto metálico quando percorrido por uma corrente 𝑖 é dada por:
𝑃 = 𝑅 ⋅ 𝑖2
Além disso, sabemos que a potência pode ser escrita como a variação da energia no intervalo
de tempo considerado. Ou seja:
Δ𝐸
𝑃=
Δ𝑡
Então:
Δ𝐸
= 𝑅 ⋅ 𝑖2
Δ𝑡
A corrente que flui no condutor devido a indução é dada por:

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Δ𝑄
𝑖=
Δ𝑡
Portanto:
Δ𝐸 Δ𝑄 2
=𝑅⋅( )
Δ𝑡 Δ𝑡

Δ𝐸 ⋅ Δ𝑡 2 ⋅ 0,1 ⋅ 10−3 10−4 10−2


Δ𝑄 = √ = √ = √ = = 0,005 𝐶
𝑅 8 4 2
Note que calculamos o módulo da carga, mas a carga que induziu é positiva, portanto, a carga
no condutor deverá ser negativa. Logo, a alternativa correta é a letra C.
Gabarito: “c”.

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11 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
“O segredo do sucesso é a constância no objetivo”

Parabéns por mais uma aula concluída. Ela significa menos um degrau até a sua aprovação.
É importante frisar que um dos principais diferencias do Estratégia é o famoso fórum de dúvidas. O
fórum é um ambiente no qual, prevalecendo o respeito, ocorre a troca de informações e o
esclarecimento das dúvidas dos alunos.
Para acessar o fórum de dúvidas faça login na área do aluno, no site do Estratégia
Vestibulares. Pelo link https://www.estrategiavestibulares.com.br/ e busque pela opção “Fórum de
Dúvidas”.

12 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Calçada, Caio Sérgio. Física Clássica volume 5. 2. Ed. Saraiva Didáticos, 2012. 576p.
[2] Newton, Gualter, Helou. Tópicos de Física volume 3. 11ª ed. Saraiva, 1993. 303p.
[3] Toledo, Nicolau, Ramalho. Os Fundamentos da Física volume 3. 9ª ed. Moderna. 490p.
[4] Resnick, Halliday, Jearl Walker. Fundamentos de Física volume 3. 10ª ed. LTC. 365p.

13 - VERSÃO DE AULA

Versão Data Modificações

1.0 13/07/2020 Primeira versão do texto.

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