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Noções de Nutrição
e
Dietoterapia
Colégio Técnico
São Bento
Apresentação
Objetivos
Colégio Técnico São Bento - Av. XV de Novembro, 413 - Vl. Romanópolis - Ferraz de Vasconcelos - SP 08500-405
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Sumário
Capítulo 1 - Introdução ao estudo da Nutrição ......................................................... 7
1.1 Conceito ........................................................................................................... 8
1.1.1 Nutrição ...................................................................................................... 8
1.1.2 Alimentos .................................................................................................... 8
1.1.3 Nutrientes ................................................................................................... 8
1.1.3.1 Reguladores ......................................................................................... 8
1.1.3.2 Energéticos .......................................................................................... 9
1.1.3.3Construtores .......................................................................................... 9
1.2 Alimentos reguladores ...................................................................................... 9
1.3 Vitaminas .......................................................................................................... 9
1.3.1 Vitaminas lipossolúveis ............................................................................. 10
1.3.1.1 Vitamina A (retinol) ............................................................................. 10
1.3.1.2 Vitamina D (calcifenol) ........................................................................ 11
1.3.1.3 Vitamina E (tocoferol) ......................................................................... 11
1.3.1.4 Vitamina K (menadiona ou minaquona) .............................................. 12
1.3.2 Vitaminas hidrossolúveis .......................................................................... 12
1.3.2.1 Vitaminas do complexo B ................................................................... 12
1.3.2.1.1 Vitamina B1 (tiamina) ................................................................... 13
1.3.2.1.2 Vitamina B2 (riboflavina) .............................................................. 13
1.3.2.1.3 Vitamina B3 (Niacina ou ácido nicotínico)..................................... 14
1.3.2.1.4 Vitamina B6 (piridoxina) ............................................................... 14
1.3.2.1.5 Vitamina B12 (cianocobalamina) .................................................. 15
1.3.2.2 Vitamina C (ácido ascórbico) .............................................................. 16
1.4 Sais minerais .................................................................................................. 16
1.4.1 Cálcio e fósforo ......................................................................................... 17
1.4.2 Potássio .................................................................................................... 17
1.4.3 Sódio ........................................................................................................ 17
1.4.4 Cloro ......................................................................................................... 18
1.4.5 Ferro ......................................................................................................... 18
1.4.5.1 Principais doenças causadas pela falta de Ferro no organismo ......... 18
1.4.6 Iodo .......................................................................................................... 19
1.4.7 Água ......................................................................................................... 19
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1.4.7.1 As vias pelas quais o organismo pode perder água ............................ 19
1.5 Alimentos energéticos ..................................................................................... 20
1.5.1 Gorduras e Lipídios .................................................................................. 20
1.5.2 Proteínas .................................................................................................. 21
1.6 alimentos construtores .................................................................................... 22
Capítulo 2 - Distúrbios Nutricionais ......................................................................... 23
2.1 Desnutrição ..................................................................................................... 24
2.1.1 Kwashiorkor .............................................................................................. 25
2.1.2 Marasmo................................................................................................... 25
2.1.3 Kwashiorkor-marasmático ........................................................................ 26
2.1.4 Tratamento da desnutrição ....................................................................... 26
2.2 Obesidade ...................................................................................................... 26
2.2.1 Diagnóstico de Obesidade ........................................................................ 26
2.2.1.1 Cálculo do IMC ................................................................................... 27
2.2.1.2 Classificação do IMC .......................................................................... 27
2.2.2 Tratamento de Obesidade ........................................................................ 27
2.2.2.1 Tratamento medicamentoso para obesidade ...................................... 27
2.2.2.2 Tratamento cirúrgico ........................................................................... 28
2.3 Anorexia ......................................................................................................... 30
2.3.1 Causas ..................................................................................................... 30
2.3.2 Fatores de risco ........................................................................................ 30
2.3.3 Sintomas................................................................................................... 31
2.4 Bulimia ............................................................................................................ 32
2.4.1 Causas ..................................................................................................... 33
2.4.2 Fatores de risco ........................................................................................ 33
2.5 Anemia Ferropriva .......................................................................................... 33
Capítulo 3 - Avaliação nutricional ........................................................................... 35
3.1 Alterações do estado nutricional: .................................................................... 36
3.1.1 Fatores determinantes do estado nutricional ............................................ 36
3.1.2 Avaliação do estado nutricional ................................................................ 36
3.1.2.1 Métodos de avaliação do estado nutricional ....................................... 37
3.2 Dietoterapia .................................................................................................... 37
3.2.1 Características das dietas e indicações. ................................................... 39
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3.2.1.1 Dieta Livre ou Geral .......................................................................... 40
3.2.1.2 Dieta Branda ...................................................................................... 41
3.2.1.3 Dieta Pastosa ..................................................................................... 42
3.2.1.4 Dieta Liquida-Pastosa ou Pastosa Liquidificada ............................... 43
3.2.1.5 Dieta Liquida Completa ..................................................................... 44
3.2.1.6 Dieta Liquida Restrita ....................................................................... 45
3.2.1.7 Dietas especiais ................................................................................. 45
3.2.1.7.1 Dieta para Diabéticos/Hipocalórica ............................................... 45
3.2.1.7.2 Dieta hipercalórica ........................................................................ 46
3.2.1.7.3 Dieta obstipante ou sem resíduos ................................................ 46
3.2.1.7.4 Dieta laxativa ou com resíduos ..................................................... 46
3.2.1.7.5 Dieta Hiperproteica ....................................................................... 46
3.2.1.7.6 Dieta Hipoproteica ........................................................................ 46
3.2.1.7.7 Dieta Hipogordurosa (para pessoas com problemas hepáticos) ... 46
3.2.1.7.8 Deita Hipossódica ........................................................................ 47
3.2.1.7.8 Dieta assódica ou sem sal ............................................................ 47
3.2.1.8 Classificação das dietas e seus critérios de inclusão .......................... 47
3.2.1.8.1 Dieta com resíduos mínimos (de alta absorção ou sem resíduos) 47
3.2.1.8.2 Dieta antifermentativa................................................................... 48
3.2.1.8.3 Dieta sem irritantes gástricos ....................................................... 48
3.2.1.8.4 Dieta para neutropênico ............................................................... 49
3.2.1.8.5 Dieta antifermentativa................................................................... 49
3.2.1.8.6 Dieta rica em cálcio ...................................................................... 50
3.2.1.8.7 Dieta rica em ferro ........................................................................ 50
3.2.1.8.8 Dieta pobre em potassio ............................................................... 51
3.2.1.8.9 Dieta aprotéica ............................................................................. 52
3.2.1.8.10 Dieta hipoalergenica ................................................................... 53
3.2.1.8.11 Dieta isenta de glúten ................................................................. 53
3.2.1.8.12 Dieta hiperproteica ..................................................................... 53
3.3 Terapia Nutricional Enteral (TNE) ................................................................... 54
3.3.1 Indicações ................................................................................................ 54
3.3.2 Vias .......................................................................................................... 54
3.3.2.1 Sondas Nasoenterais ......................................................................... 54
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3.3.2.2 Estomias............................................................................................. 55
3.4 Nutrição Parenteral (NP) ................................................................................. 55
3.4.1 Indicações ................................................................................................ 55
3.4.2 Soluções Padronizadas de Nutrição Parenteral no Hospital (volumes para
24 horas) ........................................................................................................... 56
3.4.2.1 Observações importantes ................................................................... 56
3.4.3 Vias .......................................................................................................... 56
3.4.3.1 Periférica ............................................................................................ 56
3.4.3.2 Central ................................................................................................ 57
3.4.3.3 Dissecção venosa periférica ............................................................... 57
3.4.3.3.1 Observações especiais ................................................................ 57
3.5 Técnica de Sondagem nasogástrica ............................................................... 58
3.5.1 Material ..................................................................................................... 58
3.5.2 Ação da Enfermagem ............................................................................... 59
3.5.3 Procedimento ........................................................................................... 59
3.5.4 Para verificar se a sonda está no local ..................................................... 60
2. Referências .......................................................................................................... 61
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Capítulo 1 - Introdução ao estudo da Nutrição
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1.1 Conceito
O nosso organismo pode ser comparado a uma maquina, assim como esta
requer para seu funcionamento, óleos e graxas, á nossa maquina humana exige o
seu combustível o alimento. Entretanto, este tem que ser de boa qualidade,
variedade e fornecido em quantidades adequadas. Um pequeno descontrole nesses
fatores é suficiente para que o organismo não funcione bem, ocasionando sérias
perturbações. Sem alimento não há vida, uma alimentação inadequada ou deficiente
traz inúmeros prejuízos à saúde.
1.1.1 Nutrição
É o processo de fornecimento aos organismos animais e vegetais dos
nutrientes necessários para a vida. É também a ciência que investiga as relações
entre o alimento ingerido pelo homem e as doenças, buscando o bem-estar e a
preservação da saúde humana.
1.1.2 Alimentos
São todas as substâncias utilizadas pelos animais como fontes de matéria e
energia para poderem realizar as suas funções vitais, incluindo o crescimento,
movimento e reprodução.
1.1.3 Nutrientes
São compostos específicos encontrados nos alimentos, no solo e nos
fertilizantes e são importantes para o crescimento e sobrevivência dos seres vivos.
Os nutrientes de acordo com a natureza das funções que desempenham no
organismo, são agrupados em diferentes categorias, a saber:
1.1.3.1 Reguladores
Exercem função no controle ou no equilíbrio do metabolismo, protegendo
contra as doenças. São as vitaminas, os sais minerais, a água e as fibras vegetais.
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1.1.3.2 Energéticos
Exercem a função de fornecer energia (combustível para que nosso
organismo para realizar suas funções normais). São carboidratos e as gorduras.
1.1.3.3Construtores
Atuar na formação de tecidos orgânicos no plano de renovação dos mesmos
e, principalmente no crescimento. São as proteínas.
1.3 Vitaminas
As vitaminas são nutrientes essenciais para o organismo e devem estar
contidas na dieta. O organismo humano necessita destas vitaminas em pequenas
quantidades na dieta para desempenhar diversas funções.
A deficiência de vitaminas é chamada de avitaminose ou hipovitaminose e o excesso
são chamados de hipervitaminose. Ambas podem causar danos ao funcionamento
do organismo.
As vitaminas são divididas em dois grupos: lipossolúveis e hidrossolúveis.
Lipossolúveis: solúveis em gorduras ou solventes de gordura. São elas: A, D, E, K.
Hidrossolúveis: solúveis em água. São as vitaminas do complexo B e C.
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1.3.1 Vitaminas lipossolúveis
São vitaminas encontradas nos óleos e gorduras dos alimentos. São absorvidas com
a ajuda da bile e armazenadas no fígado e no tecido adiposo.
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1.3.1.2 Vitamina D (calcifenol)
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Dentre elas destaca-se a teoria da função antioxidante lipídico (previne a formação
de produtos tóxicos e oxidação). São boas fontes de vitaminas E, germe de cereais,
vísceras, músculos, ovos e leite. A deficiência de vitamina E no homem é rara.
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1.3.2.1.1 Vitamina B1 (tiamina)
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folhosos, levedo de cerveja e integrais. A carência de riboflavina manifesta-se por
lesões na língua (glossite), lábios (quilose), nariz e olhos (blefarite), pois há
impedimento da oxidação celular. A este conjunto de sintomas dá- se o nome de
arriboflavinose.
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É indispensável em muitos processos químicos complexos, onde os
nutrientes são metabolizados no organismo, principalmente no caso das proteínas.
As principais fontes de vitamina B6 são sementes de cereais, levedo de cerveja,
sementes de girassol, carne, fígado e peixes. Sua carência ocasiona problemas de
pele, sistema nervoso central, lesões seborreicas nos olhos, nariz e boca
acompanhadas de glossite e estomatite.
Esta vitamina é importante no metabolismo de proteínas, produção de
hormônios e atua no crescimento. A falta dela causa fraqueza, insônia, irritabilidade,
dermatites, anemias, convulsões e distúrbios de crescimento. O excesso de vitamina
B6 pode causar intoxicações neurológicas.
Sua função mais importante é relativa medula óssea, onde são formadas as
hemácias. As melhores fontes de vitamina de B12 são: fígado, rim, coração, ostras,
carnes em geral, peixe, os ovos e leite.
A deficiência de vitamina de B12 causa a chamada anemia perniciosa e
profundas alterações ao sistema nervoso, que se caracterizam por uma
desmineralização dos nervos. O excesso de vitamina B12 é eliminado na urina.
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1.3.2.2 Vitamina C (ácido ascórbico)
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1.4.1 Cálcio e fósforo
1.4.2 Potássio
1.4.3 Sódio
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raros os sinais de deficiência de sódio em indivíduos normais. Quando há
transpiração excessiva, ocorrem perdas significativas de sódio.
1.4.4 Cloro
1.4.5 Ferro
- Anemia hipocrômica;
- Diminuição de funções cognitivas e psicomotoras (principalmente em crianças);
- Cefaleia (dor de cabeça);
- Cansaço;
- Diminuição da função leucocitária .
Principais fontes de ferro: Brócolis, Fígado de boi, Farinha de soja, Amêndoa,
Feijão, Aspargos, Gema de ovos, Banana, Carne Magra, Peixes, Mariscos, Cereja,
Amendoim cozido Figo em calda, Farinha de aveia crua, Avelã, Espinafre, Broto de
Chuchu, Beterraba.
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1.4.6 Iodo
1.4.7 Água
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1.5 Alimentos energéticos
1.5.2 Proteínas
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A carência de proteínas leva ao crescimento retardado e menor
desenvolvimento da musculatura, provocando efeitos na postura ficando os
indivíduos com ombros caídos, cabeça pendida para frente e os braços caídos ao
longo do corpo.
Sintomas de falta de proteína na alimentação:
- Cansaço facial
- Palidez e desanimo
- Falta de resistência contra doenças
- Difícil cicatrização
- Síndrome de Kwashiorkor
- Carboidratos, hidrato de carbono ou glicídios.
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Capítulo 2 - Distúrbios Nutricionais
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2.1 Desnutrição
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MARASMO KWASHIORKOR
2.1.1 Kwashiorkor
2.1.2 Marasmo
2.1.3 Kwashiorkor-marasmático
2.2 Obesidade
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resultado revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado -
revelando sobrepeso ou obesidade.
IMC CLASSIFICAÇÃO
Até 18,4 Abaixo do peso
de 18,5 a 24,9 Peso normal
de 25,0 a 29,9 Sobrepeso
de 30,0 a 34,9 Obesidade grau 1
de 35,0 a 39,9 Obesidade grau 2
a partir de 40,0 Obesidade grau 3
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Estes remédios ajudam a tirar a fome e ajudam a combater a gordura
acumulada alcançando ótimos resultados, contudo, só devem ser utilizados sob
orientação médica, pois eles possuem contraindicações e efeitos colaterais como
dor de cabeça, insônia, boca seca e ansiedade generalizada.
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mistas podem ser predominantemente restritivas (derivação Gástrica com e sem
anel) e predominantemente disabsortivas (derivações bileopancreáticas).
Apesar de cada caso precisar ser avaliado individualmente, a todos aqueles
irão realizar a cirurgia devem ser submetidos a uma avaliação clínico-laboratorial a
qual inclui além da aferição da pressão arterial, dosagens da glicemia, lipídeos
sanguíneos, e outros exames sanguíneos, avaliação das funções hepática, cardíaca
e pulmonar. A endoscopia digestiva e a ecografia abdominal são importantes
procedimentos pré-operatórios. A avaliação psicológica também faz parte dos
procedimentos pré-operatórios. Pacientes com instabilidade psicológica grave,
portador de transtornos alimentares (como, por exemplo, bulimia), devem ser
tratados antes da cirurgia. O tratamento cirúrgico é um procedimento complexo e
apresenta risco de complicações. A intervenção impõe uma mudança fundamental
nos hábitos alimentares dos indivíduos. Portanto, é primordial que o paciente
conheça muito bem o procedimento cirúrgico e quais os riscos e benefícios da
cirurgia. Desta forma, além das orientações técnicas, o acompanhamento
psicológico e o apoio da família são aconselháveis em todas as fases do processo.
Em alguns casos, uma cirurgia plástica para retirada do excesso de pele é
necessária. A mesma poderá ser feita quando a perda de peso estiver totalmente
estabilizada, ou seja, depois de aproximadamente dois anos.
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2.3 Anorexia
2.3.1 Causas
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Anorexia é um distúrbio muito comum entre adolescentes, principalmente por
conta da pressão social existente nessa fase da vida e todas as mudanças que
ocorrem no corpo e na mente. Entretanto, pessoas de todas as idades podem
desenvolver o problema, sendo considerado raro somente em indivíduos acima dos
40.
Estudos mostram que alguns genes possam estar diretamente relacionados
ao desenvolvimento da anorexia
Histórico familiar, ou seja, ter um parente que apresenta ou apresentou algum
distúrbio alimentar pode aumentar as chances de desenvolver anorexia também.
O ato de perder ou ganhar peso pode desencadear em reações das mais
variadas, desde elogios até críticas. Elas podem, por isso, levar uma pessoa a
recorrer a dietas cada vez mais extremas e ao surgimento da anorexia.
Grandes mudanças na vida e na rotina podem acarretar no desenvolvimento
de distúrbios alimentares, entre eles a anorexia. Exemplos: mudança de escola,
casa ou trabalho, morte de um ente querido e términos de relacionamento.
Pessoas ligadas ao esporte e ao mundo artístico, como atores, atrizes e
modelos, são mais propensas a desenvolver anorexia também, pois trabalham com
a própria imagem e sofrem julgamentos por um número maior de pessoas.
A mídia e a sociedade são grandes responsáveis pela anorexia. A televisão e
revistas de moda, bem como os estereótipos sociais de beleza, despertam nas
pessoas a sensação de que só serão felizes e populares se seguirem um
determinado padrão – alimentado diariamente pelos meios de comunicação e
reproduzido em todos os círculos sociais.
2.3.3 Sintomas
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- Ter uma imagem corporal muito distorcida, ser muito focada no peso ou na forma
corporal e se recusar a admitir a gravidade da perda de peso;
- Não menstruar por três ou mais ciclos;
- As pessoas com anorexia podem limitar gravemente a quantidade de comida que
ingerem e depois provocar vômitos.
Outros comportamentos incluem:
- Cortar a comida em pequenos pedaços ou movê-los no prato em vez de comê-los;
- Exercitar-se o tempo todo, mesmo quando o clima está ruim, a pessoa está
machucada ou ocupada;
- Ir ao banheiro imediatamente após as refeições;
- Recusar-se a comer perto de outras pessoas;
- Usar comprimidos para urinar (diuréticos), evacuar (enemas e laxantes) ou reduzir
o apetite (comprimidos para perda de peso).
Outros sintomas de anorexia podem incluir:
- Pele manchada ou amarelada, seca e coberta por pelos finos;
- Pensamento confuso ou lento, junto com memória ou julgamento deficiente;
- Depressão;
- Boca seca;
- Extrema sensibilidade ao frio (vestir várias camadas de roupas para ficar
aquecido);
- Perda de resistência óssea;
- Desgaste dos músculos e perda de gordura corporal.
2.4 Bulimia
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2.4.1 Causas
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pele e das mucosas, pouca disposição e apatia. Suas principais consequências são
o atraso no crescimento e no desenvolvimento. As principais fontes de ferro são
carnes, leguminosas, folhas verdes escuras.
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Capítulo 3 - Avaliação nutricional
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3.1 Alterações do estado nutricional:
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ANAMNESE ALIMENTAR: Ficha utilizada para orientar o entrevistador a coletar
informações importantes e diversas, relativas ao indivíduo que está sendo avaliado.
Geralmente é composta dos seguintes itens:
- Dados pessoais
- Condições socioeconômicas
- História clínica
- Avaliação dietética
- Avaliação antropométrica
- Exame físico/clínico
- Avaliação bioquímica
- Conduta nutricional
1) Métodos diretos:
A) Inquéritos alimentares (R24h, QFCA, DA, HÁ)
b) Avaliação antropométrica
C) Exames laboratoriais/bioquímicos
2) Métodos indiretos:
A) Avaliação subjetiva global (ASG)
B) Exame clínico/físico
3.2 Dietoterapia
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A dietoterapia é a ciência que estuda e aplica a dieta com principio
terapêutico, tendo a dieta normal como padrão. A finalidade básica da dietoterapia é
ofertar ao organismo nutrientes adequados ao tipo de doença, condições físicas,
nutricionais e psicológicas do paciente, mantendo ou recuperando o estado
nutricional. Para isso, o, profissional nutricionista deve proceder à prescrição
dietética que envolve várias etapas como a anamnese alimentar, avaliação do
estado nutricional, hipótese diagnostica nutricional, determinação da conduta
alimentar, definição do nível de assistência e, posteriormente, a reabilitação
nutricional.
Uma dieta nutritiva deve ser planejada de acordo com as doenças e
condições físicas do indivíduo, atendendo as leis fundamentais de alimentação de
Escudeiro (quantidade, qualidade, harmonia e adequação). As recomendações
nutricionais mais atuais levam em conta os guias alimentares. A Pirâmide Alimentar
que foi publicada em 1992 pelo departamento de agricultura dos USA.
A orientação da Pirâmide Alimentar tem um enfoque um pouco mais amplo
que os guias propostos anteriormente. Há uma preocupação em abordar a
alimentação de forma a ensinar urna dieta global, e não apenas uma dieta básica.
São levados em conta as deficiências nutricionais, que podem ocorrer e os prejuízos
decorrentes dos excessos alimentares. O objetivo é orientar três conceitos básicos:
a variedade na seleção de alimentos, a proporcionalidade e a moderação
principalmente de gordura e açúcares. Para pacientes hospitalizados, as vias de
suporte nutricional podem ser oral, enteral e/ou parenteral!
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3.2.1 Características das dietas e indicações.
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Observações: A escolha dos alimentos que compõem cada dieta é de competência
da Nutricionista, levando em consideração hábitos e necessidades dos pacientes; O
médico poderá prescrever qualquer tipo de dieta e de diversas formas, cabendo ao a
Nutricionista interpretá-las; Se a dieta prescrita pelo médico não constar como
padrão no cadastro, em sistema informatizado, ela será adaptada individualmente,
conforme critério da Nutricionista, com base na prescrição.
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3.2.1.2 Dieta Branda
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3.2.1.3 Dieta Pastosa
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3.2.1.4 Dieta Liquida-Pastosa ou Pastosa Liquidificada
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3.2.1.5 Dieta Liquida Completa
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3.2.1.6 Dieta Liquida Restrita
Dieta para pessoas que não podem comer açúcar, sendo necessário controlar
os alimentos energéticos: arroz, batata, pão, e massa.
São proibidos:
-Alimentos e bebidas que contenham açúcar
-Alimentos gordurosos e frituras em excesso.
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3.2.1.7.2 Dieta hipercalórica
Dieta com o objetivo de fornecer mais energia. Deve ser oferecida maior
quantidade de arroz, massa, doce.
Para pacientes com diarreia. Não podem comem verduras cruas ou cozidas,
legumes, frutas cruas, frituras e alimentos gordurosos, leite e derivados, doces (só
gelatina) e sucos de frutas (com exceção do limão, maçã e goiaba ).
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3.2.1.7.8 Deita Hipossódica
Dieta com controle de sódio e sal. São proibidos: pão francês, bolacha de
agua e sal, cream craker, queijos salgados e embutidos. Pode ser oferecido ate 2g
de sal em sache.
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- Leite e derivados;
- Frutas ricas em fibras;
- Doces e açúcar;
- As frutas deverão ser consumidas sem casca.
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- Alimentos que podem ser excluídos da dieta:
- frituras de imersão;
- bebidas alcoólicas;
- café e chás escuros;
- refrigerantes;
- pimenta;
- doces concentrados;
- frutas ácidas.
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- gema de ovo.
- Alimentos que auxiliam na absorção de ferro:
- Acido ascórbico, frutas cítricas.
- Proteínas, carne vermelha, frango e peixe.
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ALIMENTOS RICOS EM ALIMENTOS POBRES EM
POTÁSSIO POTÁSSIO
(devem ser evitados)
Banana nanica Laranja lima
Maracujá Pêra
Banana prata Maça
Coco Pêssego
Melão Abacaxi
Figo Caqui
Laranja Banana maça
Abacate Melancia
Uva Mamão
Cenoura Manga
Tomate Goiaba
Pimentão Morango
Mexerica Alface
Acelga Agrião
Almeirão Pepino
Escarola Repolho
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3.2.1.8.10 Dieta hipoalergenica
É uma dieta restrita em alimentos com trigo, aveia, centeio, cevada e malte.
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Dieta indicada para paciente com intolerância ao glúten.
CARACTERÍSTICAS DA DIETA
- Normocalórica, normoglicídica, normoprotéica e normolípídica;
- Exclusão de alimentos que contenham na sua composição trigo, aveia, centeio,
cevada e malte (subproduto da cevada).
A dieta rica em proteínas é uma dieta indicada para pessoas que querem ganhar
massa muscular ou mesmo fazer a manutenção diária de seus músculos.
No entanto, muitas pessoas descobriram que este tipo de dieta tem o mesmo efeito
na perda de peso e cada vez mais utiliza este tipo de dieta chegar ao seu objetivo.
Isso porque a dieta da proteína ajuda manter a massa muscular enquanto queima
gordura de forma saudável sem grandes riscos a saúde e com isso consegue perder
peso rápido e fácil.
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Um dos motivos do sucesso dessa dieta de proteína é o efeito termogênico, que faz
acelerar o metabolismo. E isso acelera a queima das gordurinhas estocadas.
Elas ainda prolongam a sensação de saciedade, dão firmeza à pele, contribuem
para a manutenção da massa magra.
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Dieta indicada para pacientes que necessitam de reposição de proteínas, devido à
perda de massa corpórea, hipercatabolismo, queimaduras ou pacientes que estejam
com o estado imunológico diminuídos.
CARACTERÍSTICAS DA DIETA
- Normocalórica, normoglicídica, hiperprotéica e normolipídica;
- Aumento da oferta de alimentos fontes de proteínas, principalmente as PAVB
(proteína de alto valor biológico): aquelas de origem animal.
3.3.1 Indicações
3.3.2 Vias
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A administração por sondas de calibres maiores não é indicada, pelo risco de
regurgitação e microaspirações, além de complicações mecânicas outras.
A posição da sonda pode ser gástrica, duodenal ou jejunal. Não há
contraindicação de se iniciar a administração da dieta se a sonda está em posição
gástrica desde que não haja contraindicações para tal, e desde que sejam
respeitados os cuidados orientados durante a administração da mesma. A posição
duodenal pode ser desejável se houver gastroparesia, ou grande risco de
microaspiração. A posição jejunal está indicada na TNE em pacientes com
pancreatite, devendo ser usada uma fórmula elementar ou semi-elementar; exige
sonda específica e passagem endoscópica da mesma.
3.3.2.2 Estomias
3.4.1 Indicações
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3.4.2 Soluções Padronizadas de Nutrição Parenteral no Hospital
(volumes para 24 horas)
3.4.3 Vias
3.4.3.1 Periférica
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Utilizam-se as veias antecubitais e a veia cefálica. Deve-se examinar
diariamente o local da punção, observando sinais inflamatórios. O acesso deve ser
trocado a cada 72 horas pelo menos, para evitar ocorrência de flebites.
Como para a via central, o acesso deve ser exclusivo para NP, não sendo
admitida a infusão concomitante de medicações ou outras soluções pela mesma via.
3.4.3.2 Central
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Pode-se espaçar tal controle se o paciente se apresentar estabilidade glicêmica
após 3 a 5 dias de NP; deve-se aumentar o controle e correção se o paciente se
mostra hiperglicêmico, e na dificuldade da correção com insulina regular, consultar o
médico.
3. Na suspeita de bacteremia relacionada à NP, interromper imediatamente a
infusão da solução, colher 3 amostras de hemoculturas e uma amostra colhida
diretamente da bolsa de NP e encaminhar ao laboratório de microbiologia.
4. Evitar desconexão e interrupções da infusão da NP, pois a abertura do
sistema de infusão aumenta em muito o risco de contaminação da solução e a
colonização do cateter. Se seu paciente será submetido a algum exame, encaminhe-
o sem a bomba de infusão, regulando o fluxo na pinça do equipo e orientando a
enfermagem a evitar disparos no gotejamento.
5. Sempre que interromper o uso da NP por qualquer motivo, instalar solução
de glicose a 10% na mesma velocidade de infusão, por pelo menos 8 horas,
evitando assim ocorrência indesejável de hipoglicemia.
6. Atenção para o controle laboratorial e clínico diário orientado anteriormente.
Como se trata de uma via de nutrição extremamente artificial, os riscos de
complicações metabólicas são maiores que com a NE, e a vigilância deve ser
redobrada.
A manutenção destas vias é de total responsabilidade da equipe de
enfermagem
3.5.1 Material
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3.5.2 Ação da Enfermagem
- Higienizar as mãos;
- Conferir prescrição médica, reunir o material e levar para próximo ao paciente;
- Explicar o procedimento ao paciente e ao familiar;
- Isolar a cama com um biombo;
- Posicionar o paciente em posição “Fowler” alta, a menos que haja contraindicação.
Caso o paciente não possa ter a cabeceira elevada, mantê-lo em decúbito dorsal
horizontal, lateralizando a cabeça e inclinando-a para frente;
- Colocar máscara e calçar luvas de procedimento;
- Avaliar a desobstrução nasal e/ou desvio de septo;
- Inspecionar a condição da cavidade oral do paciente.
3.5.3 Procedimento
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3.5.4 Para verificar se a sonda está no local
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2. Referências
DIAS et al. Dietas orais hospitalares. In: WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e
parenteral na prática clínica. 4ªed. São Paulo: Editora Atheneu. V. 1. Cap.36. p.649-
663, 2009.
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