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Curiosidade não combina com eletricidade
A qualificação profissional é o primeiro passo para uma instalação elétrica bem sucedida,
pois não basta ter um bom projeto elétrico e utilizar materiais certificados se o profissional
segurança.
A instalação elétrica é uma das etapas mais delicadas da obra e, caso seja mal feita, pode
trazer riscos que vão desde o consumo exagerado de energia até curtos-circuitos no
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Sumário
1. O QUE É ELETRICIDADE? ........................................................................................................ 6
Grandezas elétricas .................................................................................................. 7
1.1.1. Múltiplos de grandezas elétricas.......................................................... 7
Exercícios................................................................................................................ 12
2. INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS .................................................................................... 13
Instrumentos de medição ........................................................................................ 13
2.1.1. Multímetro .......................................................................................... 13
Ferramentas ............................................................................................................ 15
2.1.4. Alicates .............................................................................................. 15
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Lâmpada Fluorescente ........................................................................................... 28
6.1.1. Receptáculo ....................................................................................... 29
Minuteria ................................................................................................................. 36
7.1.6. Funcionamento e ligação ................................................................... 36
Exercícios................................................................................................................ 40
8. CONDUTORES ELÉTRICOS.................................................................................................... 40
Importância da flexibilidade nas instalações elétricas ............................................. 41
Condutores e linhas aéreas NBR 5410 ................................................................... 41
Condutor de proteção – PE ..................................................................................... 41
8.1.1. Como instalar o fio terra .................................................................... 42
Exercícios................................................................................................................ 42
9. DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ......................................................... 43
Cálculo de consumo ................................................................................................ 43
Fator de potência e fator de demanda .................................................................... 43
Levantamento de cargas e divisão de circuitos....................................................... 44
9.1.1. Divisão das instalações ..................................................................... 44
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9.1.3. Tomadas............................................................................................ 45
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1. O QUE É ELETRICIDADE?
Eletricidade é o conjunto de fenômenos naturais que envolvem a existência de
cargas elétricas estacionárias ou em movimento e está vinculada ao estado dos átomos
da matéria. Baseada no movimento de cargas elétricas, a eletricidade é um fenômeno
natural que resulta da existência de cargas elétricas nos átomos que constituem a matéria.
No núcleo de cada átomo se encontram cargas elétricas positivas fixas (prótons) e em
torno desse núcleo ha cargas elétricas negativas móveis (elétrons), Figura 01.
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Grandezas elétricas
Grandeza é tudo aquilo que pode ser medido e possui pelo menos uma das
seguintes características: Um símbolo, uma unidade, um instrumento de medida e uma
relação matemática com outras grandezas. As grandezas elétricas são grandezas que
provocam ou são provocadas por feitos elétricos ou que contribuam ou interferem nesses
efeitos. As principais grandezas elétricas são:
Quando as unidades de medida das grandezas utilizadas são valores muito grandes
ou muito pequenos é necessária a utilização de múltiplos de sua unidade de medida.
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1.1.2. Exemplos de múltiplos de grandezas elétricas
Para converter Ampere para QuiloAmpere basta dividir o valor em A por 1000. O
resultado da multiplicação é em QuiloAmpere.
Para converter Ampere para QuiloAmpere basta dividir o valor em A por 1000. O
resultado da multiplicação é em QuiloAmpere.
Resistividade elétrica
Resistividade, representada pela letra grega Rô (ρ), é a resistência específica de um
material, ou seja, é a resistência oferecida por determinado material com um metro de
comprimento, com 1mm2 de seção transversal, à temperatura de 20ºC e varia dependendo
do tipo de material utilizado.
A resistência de um material, Equação 01, depende das características físicas
(temperatura, comprimento e área de seção transversal) e da resistividade do material. A
Figura 03 representa um condutor de comprimento L e seção transversal S.
(𝜌∗𝐿)
𝑅= (01)
𝑆
Onde: R = Resistência elétrica, em Ohms;
ρ = Resistividade Específica, em Ωmm2/m;
L = Comprimento, em metros;
S = Seção transversal do material, em mm2.
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Quanto maior o comprimento do material, maior a resistência do material.
Quanto maior a seção transversal, menor a resistência do material.
Quanto maior a resistividade, maior a resistência do material.
Tensão alternada
No Brasil existem, para unidades residenciais e comerciais, a distribuição em apenas
duas tensões nominais sendo 127V entre fase e neutro (também chamada tensão de fase,
utilizando apenas uma fase e o neutro) e o 220V entre fases (também chamada tensão
de linha, medida entre uma fase com referencia à outra fase), padronizados em 60Hz de
frequência.
Historicamente a tensão de 127V é conhecida equivocadamente como 110V e, essa
expressão fortemente impregnada no vocabulário do povo está relacionada com o fato de
que, essa tensão realmente existiu no Brasil, porem em 1986 foram tomadas medidas
para padronizar os valores de tensão oferecidos pelas concessionárias de energia, com
prazo de que até 1999 todas instalações fora do padrão deviam ser substituídas,
abandonando-se assim a tensão de 110V.
A tensão alternada com forma senoidal é a mais importante das formas de onda C.A.,
que merece um estudo mais aprofundado, tendo em vista que toda a distribuição de
energia elétrica para os consumidores a partir das usinas geradoras é feita através deste
tipo de forma de onda, ou seja, todos os aparelhos conectados a rede elétrica, seja
residencial ou industrial, estão sendo alimentados por ela.
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Frequência (F) Quantidade de ciclos por segundo Hertz (Hz) 𝐹 = 1/𝑇
Valor de Pico (Vp) Valor do zero ao pico Maximo Volts (V) 𝑉𝑝 = 𝑉𝑅𝑀𝑆 ∗ √2
Valor de pico-a-pico (Vpp) Valor do pico negativo ao positivo Volts (Vpp) 𝑉𝑝𝑝 = 2 ∗ 𝑉𝑚𝑎𝑥
Valor eficaz (VRMS) Valor indicado por um multímetro CA Volts (V) 𝑉𝑅𝑀𝑆 = 𝑉𝑚𝑎𝑥/√2
Valor Médio (Vmed) Valor indicado por um multímetro CC Volts (Vcc) 𝑉𝑚𝑒𝑑 = 0 (𝑧𝑒𝑟𝑜)
𝑉
𝐼= (02)
𝑅
Onde: I = Corrente - unidade Ampere (A),
V = Tensão - unidade Volt (V) e
R = Resistência - unidade Ohm (Ω).
Para facilitar os cálculos podemos utilizar uma regra pratica da Figura 06, para
facilitar o desenvolvimento das variações matemáticas das formulas.
Circuito elétrico
Circuito elétrico é definido como o caminho fechado por onde circula corrente
elétrica. Convencionalmente adotamos que corrente sai do polo positivo em direção ao
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polo negativo (“+” para o “-“). Todo circuito elétrico é composto por alguns elementos
básico que são:
a) Circuito série: é o circuito onde a corrente elétrica possui um único caminho para
percorrer, Figura 07.
Os componentes ligados em série tem a mesma corrente: IT = I1 = I2
A tensão aplicada pela fonte se divide entre os elementos em série: V1 = VR1 +
VR2
A resistência equivalente é igual a soma das resistências dos elementos em serie:
Req = R1+R2.
A potência total é igual a soma das potências consumidas em cada componente
do circuito: PT = PR1+PR2
1 1 1 1 1
= + + +⋯+ (05)
𝑅𝐸𝑄 𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅𝑛
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A potência total é igual a soma das potências consumidas em cada componente do
circuito: PT = PR1 + PR2
7) Uma lâmpada que tem uma resistência de 10 ohms é ligada em série com outra cuja
resistência é de 20 ohms. Quando alimentamos as duas lâmpadas por uma bateria,
podemos afirmar que:
( ) As duas lâmpadas acendem com o mesmo brilho.
( ) A lâmpada de 10 ohms acende com maior brilho.
( ) A lâmpada de 20 ohms acende com maior brilho.
( ) A lâmpada de 10 ohms queima.
8) Faça as seguintes conversões.
150 W = kW;
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1250Ω = kΩ;
0,1 A = mA;
8500 mW = W;
0,100 kA = A;
3 kV = V;
1275mV = V;
5500W = kW;
500mA = A.
2. INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS
Sempre se deve ter em mente que diferentes aparelhos de diferentes fabricantes
podem desempenhar funções diferentes ou apresentar formas de funcionamento distintas,
assim, sempre se recomenda a leitura do manual do aparelho, pois este contem as
informações de como utiliza-lo de maneira correta e com segurança.
Instrumentos de medição
São instrumentos que fornecem valores numéricos das grandezas que estão sendo
medidas e sempre que possível, a utilização desses equipamentos é preferível em relação
aos instrumentos de teste.
2.1.1. Multímetro
Primeiro são enunciadas algumas regras de segurança que devem ser observadas
ao se trabalhar com um multímetro, Figura 11:
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Figura 11 – Multímetro digital (esquerda) e analógico (Direita).
Como Medir Resistência: As medidas de resistência devem ser feitas sempre com
o circuito desligado para não danificar o aparelho e, quando se deseja medir uma
resistência em particular, deve-se desconecta-la do circuito.
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2.1.3. Alicate Volt-Amperímetro
O alicate Volt-Amperímetro, Figura 12, possui uma chave seletora e pode medir
tensão e corrente. Da mesma forma que o multímetro, em caso de dúvida sobre os valores
de corrente e tensão a serem medidos, devemos ajusta-lo para a maior escala e sempre
devemos consultar o manual do aparelho. Ele possui garras que “abraçam” o condutor por
onde passa a corrente e sua medição se baseia no campo magnético circular gerado pela
corrente que atravessa o fio.
Para a medição de tensão, o alicate possui dois terminais nos quais são conectados
os fios, que serão colocados em contato com os pontos a serem medidos.
2.1.4. Alicates
Pode ser divididos em vários grupos dependendo da (podem ser do tipo universal, tipo
corte tipo bico, tipo bico chato e do tipo desencapador). A seguir comentaremos a respeito
de cada da característica individual destas ferramentas que contribuem para o
desempenho satisfatório destes profissionais.
Alicate tipo universal - O alicate universal, Figura 13, é composto por dois cabos
articulados e isolados, com mandíbulas com pontas estriadas e de cortes, este
instrumento é especifico para apertar, cortar e dobrar. É o mais popular de todos os
alicates, sendo utilizado por diversas profissões. Apesar da palavra universal em
seu nome, não deve ser utilizado para outros tipos de atividades, pois todas as
utilizações incorretas podem provocar acidentes pessoais, alem de causar danos ao
instrumento comprometendo a sua vida util.
Alicate de corte diagonal - O alicate de corte, Figura 13, é uma ferramenta
articulada e com cabos isolados, que tem como função cortar arames e fios de cobre,
alumínio e aço.
Alicate de bico chato - O alicate de bico chato, Figura 13, é composto cabos
isolados e articulados, tendo mandíbulas com perfil retangular e estriadas nas faces
internas. É utilizado para apertar e dobrar.
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Figura 13 – Alicate universal, de corte e de bico chato.
Como o próprio nome já diz, esta ferramenta foi desenvolvida especificamente para
apertar ou desapertar parafusos que possuem fenda na cabeça. No mercado existem as
chaves de fenda simples e chaves de fenda cruzada (Phillips).
É necessário conscientizar os usuários sobre a função específica da chave de fenda
e mostrar que, para cada tipo de atividade, existe uma ferramenta adequada (os usuários
costumam utilizar a chave de fenda de maneira incorreta como, por exemplo, para fazer
alavancas ou como talhadeira, reduzindo sua vida útil e podendo causar acidentes). Antes
de especificar a chave de fenda correta para cada aplicação, é necessário verificar
algumas informações importantes:
2.1.6. Isolantes
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sobreposta, formando uma massa lisa e uniforme. É utilizada para reposição da camada
isolante de cabos elétricos em emendas terminações de até 69 kV.
2.1.6.2. Fita isolante plástica
É uma tira de material plástico que possui em um dos lados uma substância adesiva
à base de borracha sensível à pressão. É destinada à recomposição da camada isolante
ou cobertura de cabos elétricos em emendas e acabamentos nas instalações em geral,
sendo a P44 para 750 V e a P42 para 600 V, e apresentam-se em rolos de diversos
comprimentos, larguras e espessuras.
2.1.6.3. Isolante termocontrátil
São tubos flexíveis de poliolefina, para uso contínuo em temperaturas de até 125°C.
Este isolante de material termocontrátil permite ser instalado com facilidade e rapidez
bastando, para isso, aplicadores automáticos ou dispositivos de aquecimento normais
(soprador térmico). Possui excelente estabilidade térmica, indicado para uso contínuo de
-30°C a 125°C, não são afetados pelos fluídos e solventes comumente usados. Ao aplicar
calor acima de 115°C, os tubos se contraem cerca de 50% do diâmetro nominal.
3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO DE UM CIRCUITO
ELÉTRICO
O disjuntor é um dispositivo eletromagnético que funciona como um interruptor
automático, destinado a proteger uma determinada instalação elétrica contra possíveis
danos causados por curto circuito e sobrecargas elétricas. Ele é projetado para atuar
quando for detectada uma sobre corrente ou um surto de corrente, no caso do disjuntor
termomagnético e quando for detectada uma variação residual de corrente no caso de um
interruptor DR. Quanto ao numero de polos podem ser unipolar (uma fase), bipolar (duas
fases), tripolar (três fases) ou tetrapolar.
Disjuntor termomagnético
Os disjuntores termomagnéticos, Figura 17, utilizam dois princípios de
funcionamento:
Efeito térmico: Utilizam a deformação de placas bi-metálicas causadas pelo seu
aquecimento. Quando ocorre uma sobrecarga (Quando a intensidade de
corrente ultrapassa o valor da intensidade nominal do disjuntor do circuito),
a corrente que atravessa essa placa a aquece por efeito joule, desarmando o
disjuntor. Esse é um sistema simples e robusto, porem não é muito preciso, alem
de seu tempo de reação ser relativamente lento.
Efeito magnético: A forte variação de intensidade de corrente que atravessa as
espiras de uma bobina, interna ao disjuntor, produz uma forte variação no campo
magnético. Esse campo produz o deslocamento de um núcleo de ferro que vai abrir
mecanicamente o circuito e, assim, proteger a fonte de corrente elétrica e os
condutores elétricos da instalação entre a fonte e o curto circuito. Quando ocorre
um curto circuito, a resistência elétrica do trecho percorrido pela corrente é
muito pequena. Assim como a tensão é constante e a resistência é
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praticamente zero, a intensidade de corrente é muito alta. A essa corrente se
dá o nome de corrente de curto-circuito.
Todo disjuntor possui uma curva de disparo (tempo x corrente), Figura 18, que indica
para qual tipo de instalação ele é mais indicado. São três tipos de curva:
Curva B: São indicados para cargas resistivas com pequena corrente de partida,
como fornos elétricos e lâmpadas incandescentes.
Curva C: São indicados para cargas de media corrente de partida, como motores
elétricos e lâmpadas fluorescentes.
Curva D: São indicados para cargas de grande corrente de partida, como
transformadores BT/BT (baixa tensão).
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Figura 18 – Curvas de disparo – Disjuntor termomagnético.
Interruptor diferencial residual “IDR”
Os dispositivos DR (diferencial residual) protegem contra os efeitos nocivos das
correntes de fuga à terra, garantindo uma proteção eficaz tanto a vida dos usuários quanto
aos equipamentos.
A somatória vetorial das correntes que passam pelos condutores ativos do núcleo
toroidal é praticamente igual a zero (Lei de kirchhoff). As correntes de fuga naturais não
são relevantes. Quando houver uma falha à terra (Corrente de fuga) a somatória será
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diferente de zero, o que irá induzir no secundário uma corrente residual, provocando, por
eletromagnetismo, o disparo do dispositivo DR (desligando o circuito), Figura 20.
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NBR-5410 - Nas linhas elétricas constituídas por condutos fechados só se
admitem conexões contidas em invólucros apropriados, tais como caixas, quadros,
etc., que garantam a necessária acessibilidade e proteção mecânica.
Emendas em prolongamento – Procedimento
1) Com um alicate (ou desencapador) marcar e desencapar cerca de 50 vezes o
diâmetro de cada condutor em seu comprimento, retirando toda a capa isolante.
2) Lixe os condutores até que o metal fique brilhante. Caso o condutor seja estanhado,
não deve ser lixado.
3) Cruze as pontas e inicie o enrolamento das primeiras expirais com os dedos.
Prossiga com o alicate. De o aperto final com dois alicates. O resultado pode ser
visto na Figura 21.
Derivação – Procedimento
1) Desencapar cerca de 50 vezes o diâmetro do condutor no local onde se deseja
fazer a derivação, no condutor principal, retirando toda a capa isolante.
2) Com um alicate (ou desencapador) marcar e desencapar cerca de 50 vezes o
diâmetro do condutor derivado, retirando toda a capa isolante.
3) Lixe os condutores até que o metal fique brilhante. Caso o condutor seja estanhado,
não deve ser lixado.
4) Coloque os condutores formando um ângulo reto e inicie o enrolamento do condutor
derivado no condutor principal com os dedos. Prossiga com o alicate. De o aperto
final com o alicate. O resultado pode ser visto na Figura 23.
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Figura 23 – Derivação.
De certa forma pode-se entender um desenho técnico como uma escrita em uma
língua especial que, por exemplo, o engenheiro usa para informar ao eletricista como a
instalação elétrica deverá ser feita. Assim, é compreensível que o trabalho somente será
realizado corretamente se tanto o engenheiro, quanto o eletricista dominarem essa língua,
ou seja, tiverem a mesma compreensão dos símbolos utilizados.
Utilização de diagramas elétricos
O diagrama elétrico é a representação de uma instalação elétrica ou parte dela, por
meio de gráficos. Há três tipos de diagramas: o diagrama funcional, o diagrama multifilar
e o diagrama unifilar. Cada um deles tem seu objetivo e certas vantagens e desvantagens.
Os diagramas funcionais e multifilares utilizam os mesmos símbolos, sendo que os
diagramas unifilares utilizam símbolos diferentes (compare na lista de símbolos).
Normalmente o diagrama elétrico é representado com todos seus componentes na
posição desligada.
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Simbologia gráfica
Sabendo a quantidade de pontos de luz, tomadas e o tipo de fornecimento, o
projetista pode dar início ao desenho do projeto elétrico na planta baixa da residência,
utilizando a simbologia gráfica. A simbologia utilizada é a usualmente empregada pelo
projetista. Como ainda não existe um acordo comum a respeito delas, o projetista pode
adotar uma simbologia própria, identificando-a no projeto, através de uma legenda. Nos
diagramas encontramos:
a) Fios diretos: São dois condutores (fase e neutro) que, desde a chave de circuito
no quadro de distribuição não são interrompidos, embora, forneçam derivações ao
longo de sua extensão. O fio neutro vai, sem exceção, diretamente a todos os
pontos ativos. O fio fase vai diretamente apenas às tomadas, pontos de luz que
não dependem de comandos, aos interruptores simples e somente a um dos
interruptores paralelos, quando há comando composto (three-way e four-way).
b) Fio de retorno: É o condutor fase que, após passar por um interruptor ou jogo de
interruptores, “retorna”, ou melhor, “vai” ao ponto de luz.
c) Fios alternativos: São condutores que existem apenas nos comandos compostos
e permitem, alternativamente, a passagem de corrente, ligando um interruptor
paralelo a outro ou a um interruptor intermediário.
d) Fios de aterramento: As instalações elétricas também possuem um fio chamado
terra. Trata-se de um fio que, de fato, é ligado à terra por meio de uma barra de
cobre especialmente preparada. O fio terra cumpre a função de proteção nas
instalações. As carcaças dos equipamentos, por norma, devem ser ligadas ao fio
terra, assim, a carcaça sempre terá um nível de tensão 0 volts comparado ao chão
em que pisamos.
Interruptores
Símbolo Símbolo
Significado Observação
Multifilar Unifilar
A letra minúscula indica o ponto
Interruptor de uma seção
comandado
As letras minúsculas indicam os pontos
Interruptor de duas seções
comandados
As letras minúsculas indicam os pontos
Interruptor de três seções
comandados
Interruptor paralelo ou A letra minúscula indica o ponto
“three-way” comandado
Interruptor intermediário ou A letra minúscula indica o ponto
“four-way” comandado
Dutos e distribuição
Símbolo Símbolo
Significado Observação
Multifilar Unifilar
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Eletroduto embutido no teto Para todas as dimensões
em milímetros, indicar a
Eletroduto embutido no piso
seção, se esta não for de 15
Telefone no teto mm.
Telefone no piso
Tubulação para campainha, som, Indicar na legenda o sistema
anunciador ou outro sistema. passante
Condutor fase no interior do
eletroduto
Cada traço representa um
Condutor Neutro no interior do
condutor, indicar a seção, nº
eletroduto
do circuito e a seção dos
Condutor retorno no interior do
condutores, exceto se forem
eletroduto
de 1,5mm2.
Condutor terra no interior do
eletroduto
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dois traços indica o circuito
correspondente.
Ponto de luz
Deve-se indicar a altura da
fluorescente na
luminária
parede
Campainha (Cigarra)
Relé fotoelétrico
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Tomadas
Símbolo Símbolo
Significado Observação
Multifilar Unifilar
Tomada de luz na parede, baixo A potência deverá ser
(300 mm do piso acabado) indicada ao lado em
Tomada de luz a meia altura VA (exceto se for de
(1300 mm do piso acabado) 100VA), como
Tomada de luz a alta (2200 mm também o número do
do piso acabado) circuito
Tomada de luz no piso correspondente e a
altura da tomada, se
for diferente da
Saída para telefone externo na normalizada; se a
parede tomada for de força,
indicar o número de W
ou kW
Saída para telefone externo na
Especificar “h”
parede a uma altura “h”
Saída para telefone interno na
parede
Saída para telefone externo no
piso
Saída para telefone interno no
piso
Tomada para rádio e televisão
Diagrama funcional
O diagrama funcional apresenta todos os condutores e dispositivos de um esquema
elétrico e permite interpretar com rapidez e clareza o seu funcionamento. Ele não se
preocupa com a posição física dos componentes, nem com o percurso real dos
condutores. O caminho percorrido pela corrente é representado por meio de setas, se
possível sem cruzamento ou inclinação. Ele é especialmente usado para explicar o
funcionamento de uma instalação elétrica ou parte dela. A Figura 25 mostra o diagrama
funcional de uma tomada e uma lâmpada incandescente comandada por um interruptor
simples.
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O diagrama Multifilar, Figura 26, é a representação minuciosa de uma instalação
elétrica. Como o diagrama funcional, ele mostra todos os condutores, mas alem disso,
tenta-se representar os componentes da instalação e o trajeto dos condutores em suas
posições corretas. O diagrama Multifilar ajuda especialmente a fazer as conexões, depois
de inseridos os condutores nos eletrodutos. Na pratica, ele é raramente usado, pois é de
difícil interpretação quando o circuito é complexo.
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A iluminação da lâmpada incandescente, Figura 28, se dá pelo aquecimento de um
filamento até a incandescência pela passagem da corrente elétrica. São compostas por
um bulbo de vidro, uma base metálica e um conjunto de peças que dão suporte ao
filamento de tungstênio. No interior do bulbo podemos ter vácuo ou um gás inerte
(nitrogênio e argônio). Por motivo de segurança, o interruptor deve unicamente
interromper o condutor fase e nunca o condutor neutro. Pelo mesmo motivo, o contato
central do soquete deve ser sempre conectado ao condutor de retorno e nunca ao neutro.
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Figura 29 – Esquema lâmpada Fluorescente.
6.1.1. Receptáculo
Cada lâmpada fluorescente precisa de dois receptáculos, Figura 30, que contem os
contatos nos quais são introduzidos os pinos da lâmpada e os bornes para fiação dos
condutores.
6.1.2. Reator
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Figura 31 – Reator eletrônico com indicação do esquema de ligação.
Lâmpada de LED
O mercado de iluminação está mudando para a tecnologia LED (light emitting
diodes), Figura 32, tecnologia que continua em desenvolvimento, para constituir sistemas
de iluminação destinados ao ambiente doméstico, comercial, industrial ou externo
(público), possibilitando a criação de projetos mais eficientes e modernos. O baixo
consumo de energia, vida útil mais longa e menor impacto ambiental são as principais
características das lâmpadas LED.
Elas são mais econômicas porque sua eficiência luminosa é maior do que as das
outras lâmpadas, ou seja, gasta menos energia para gerar a mesma iluminação (daí sua
baixa potência) e podem chegar a durar cerca de vinte e cinco vezes mais que as
lâmpadas incandescentes e quatro vezes mais que as lâmpadas fluorescentes.
Seu custo ainda é relativamente alto, porem considerando o baixo custo de sua
manutenção em função da maior durabilidade e a redução do custo na conta de energia
elétrica, o gasto maior na sua compra poderá ser compensado.
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definida, ou seja, só emite luz e de uma determinada cor, que depende do tipo de material
usado no semicondutor.
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Todas as lâmpadas apresentam em sua embalagem uma informação de fluxo
luminoso (LM), que é a quantidade de radiação emitida por uma fonte de luz, conforme
mostrado abaixo.
Equivalências
Fluorescente de Tubo
LED Incandescente Alógena LM
baixo consumo fluorescente
6W 50W 50W 13W 12W 390-550
7W 60W 60W 15W 14W 510-640
9W 70W 70W 18W 18W 600-830
10W 80W 80W 20W 20W 810-915
12W 100W 100W 25W 25W 900-1100
13W 110W 110W 30W 28W 955-1200
1000-
15W 120W 120W 40W 32W
1400
1100-
18W 140W 140W 50W 36W
1700
1200-
20W 150W 150W 60W 44W
1900
1250-
25W 200W 200W 70W 58W
2400
1300-
30W 250W 250W 80W 70W
2500
Ex: Para uma cozinha de 8m2 e lâmpada fluorescente de baixo consumo de 40W
fazemos:
LMtotal =150*8∴LMtotal =1200 lâmpadas= 1200⁄1400∴lâmpadas=0,85 ou 1 lâmpada
Exercícios
1) Em relação ao retorno, como devem ser conectados os cabos no soquete de uma
lâmpada incandescente? Por quê?
2) Quais as vantagens das lâmpadas fluorescentes e LED em relação à lâmpada
incandescente?
3) Qual a função do reator?
4) Explique, com suas palavras, o principio de funcionamento das lâmpadas
fluorescentes.
5) Explique, com suas palavras, o principio de funcionamento das lâmpadas LED.
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7. ESQUEMAS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Interruptores
Normalmente os interruptores de várias seções, Figura 35, tem uma ponte metálica
que liga eletricamente os bornes de um lado do interruptor. Essa ponte pode ser ligada
unicamente ao condutor fase e nunca ao condutor de retorno. Como os interruptores
simples, os de várias seções podem ser para aplicação externa ou embutida, sendo de
alavanca ou tecla.
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Sempre são utilizados dois interruptores paralelos em conjunto, Figura 36 - (A). Se
uma pessoa mudar a posição do interruptor 1 no fundo de uma escada, por exemplo, a
lâmpada acenderá, porque o circuito agora permite a passagem de corrente, Figura 36 –
(B). Chegando ao fim da escada, a pessoa mudará a posição do interruptor 2,
interrompendo assim a corrente e apagando a lâmpada, Figura 36 – (C). Quando chegar
outra pessoa, no inicio da escada, ela apenas teria que mudar outra vez a posição do
interruptor 1 para iluminar a escada novamente, Figura 36 – (D).
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interruptores intermediários mais dois interruptores paralela. Na situação apresentada, a
lâmpada está apagada, mas ao acionarmos qualquer interruptor ela se acenderá.
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alternada. Fazendo uma corrente alternada, com frequência de 60 Hz, passar pela bobina
do eletroímã o campo magnético não permanece constante, aparecendo e cessando 120
vezes por segundo. Assim, a lâmina vibrante será atraída e solta 120 vezes por segundo,
vibrando e produzindo um zumbido característico. As cigarras são instaladas em
ambientes pequenos ou silenciosos.
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de campainha. As individuais são instaladas nas caixas de passagem de corredores ou
áreas de circulação.
São equipamentos destinados a controlar lâmpadas incandescentes ou
fluorescentes através da regulagem para funcionamento permanente ou temporizado de
15 segundos a 5 minutos. Alguns desses equipamentos avisam ao usuário sobre a
extinção da luz, com a redução da luminosidade por 10 segundos antes do desligamento
total.
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Interruptor automático de presença
Comanda automaticamente a iluminação de ambientes onde não é necessário
manter as lâmpadas permanentemente ligadas. Evita gastos desnecessários de energia,
mantendo as luzes apagadas quando não houver a presença de pessoas. Seu
funcionamento é baseado em um sensor infravermelho e em um conjunto de lentes de
Fresnel. O sensor é capaz de detectar o movimento de pessoas no ambiente através do
calor emitido por seus corpos.
A área de atuação (área monitorada) do interruptor automático de presença, Figura
45, depende do tipo de sensor adquirido, sendo geralmente usado em escadas,
estacionamentos, parte externa, halls de elevadores, etc..
38
O chuveiro elétrico, Figura 47, é um aparelho que aquece água transformando
energia elétrica em calor. O elemento básico de um chuveiro é o elemento de aquecimento
(resistência de níquel-cromo) enrolada em espiral e montada numa forma de cerâmica
Essa resistência, ao ser percorrida por uma corrente elétrica elevada, transforma a energia
elétrica em calor. Normalmente ela é dividida em duas partes3, de tal forma que a corrente
elétrica pode percorrer a resistência inteira ou apena uma parte (elevando mais a
temperatura da água) , dependendo da posição da alavanca de mudança de aquecimento.
Na maioria dos chuveiros a alavanca tem três posições: “inverno” ou “quente” (alto
aquecimento), “verão” ou “morna” (baixo aquecimento) e fria (nenhum aquecimento), onde
essa ultima faz a interrupção do circuito do chuveiro.
A Figura 48 nos mostra uma imagem esquemática do chuveiro elétrico para mostrar
melhor seu funcionamento. Quando se abre a torneira, a água entra na câmara abaixo do
diafragma, e a pressão o eleva, fechando os contatos. Desse modo, a corrente elétrica
pode circular pela resistência, que em contato com a água, aquece-a, podendo sair pelo
crivo (fundo perfurado) ou pelo desvio. Ao desligarmos a água, o diafragma volta a sua
posição inicial, desligando também a alimentação da resistência.
Observando a Figura 48, vemos que na posição “verão” a resistência percorrida pela
corrente elétrica é maior, então á intensidade de corrente será menor gerando menor calor
e menor temperatura da água. Na posição “inverno” em que a resistência percorrida é
39
menor, maior será a corrente elétrica e consequentemente maior a quantidade de calor
gerada.
Exercícios
1) Preencha a tabela:
Equipamento Símbolo unifilar
Interruptor simples
Interruptor duplo
Interruptor Triplo
Interruptor intermediário
Interruptor paralelo
Tomada baixa
Tomada a meia altura
Tomada alta
Lâmpada de 40W incandescente
40
Figura 49 – Classes dos cabos.
41
Dentro de todos os aparelhos elétricos existem elétrons que querem “fugir” do interior
dos condutores. Como o corpo humano é capaz de conduzir eletricidade, sempre que uma
pessoa toca em um equipamento estará sujeita a levar um choque, que nada mais é que
a sensação desagradável provocada pela passagem da corrente elétrica pelo corpo. É
preciso lembrar que correntes elétricas de apenas 50 mA já podem provocar graves danos
ao organismo.
Assim, para evitar choques elétricos, esses elétrons devem ser “desviados” da
pessoa. Esse é basicamente o conceito de proteção contra choques elétricos. Sabendo
que um fio de cobre é um condutor muito melhor que o corpo humano, fica evidente que,
se oferecermos aos elétrons os dois caminhos (o condutor de cobre e o corpo humano),
a maioria deles vai trafegar pelo condutor de cobre, minimizando os efeitos do choque na
pessoa.
O nome desse condutor em particular é condutor de proteção – PE também chamado
de fio terra. Basicamente é o condutor que desviará a corrente de fuga para a terra
(corrente que surge quando acontecem falhas de funcionamento nos equipamentos
elétricos, energizando a carcaça metálica desses equipamentos) evitando acidentes. Sua
função é “recolher” esses elétrons, nada tendo a ver com o funcionamento do equipamento
propriamente dito, por isso as pessoas se esquecem de sua importância para a segurança.
É como em um automóvel, onde podemos fazê-lo funcionar e nos transportar sem o uso
de cintos de segurança. No entanto, os riscos relativos a segurança em caso de acidente
aumentam muito sem seu uso.
A Figura 50 indica a maneira mais simples de instalar o fio terra em uma residência.
Pode se utilizar um único fio terra por eletroduto, interligando os vários aparelhos e
tomadas. Por norma a cor do fio terra é obrigatoriamente verde/amarela ou só verde.
42
4) Qual a diferença entre um condutor classe 1 e um condutor classe 5? Por que seria
melhor utilizar um classe 5 em sua instalação?
5) Quando utilizamos as palavras FIO e CABO?
6) Como é feita a distribuição do fio de proteção em um eletrodutos para diferentes
circuitos?
Exemplo: 2 lâmpadas de 100 W funcionando 8 horas por dia pelo período de 1 mês
(30 dias).
2 ∗ 100 ∗ 8 ∗ 30
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 = ∴ 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 = 48𝑘𝑊ℎ/𝑚ê𝑠
1.000
P – Potência ativa – Unidade Watt (W): Potência que realiza o trabalho. Parcela
da potência que realmente é transformada em calor, movimentos, luz, etc..
43
Q – Potência reativa – Unidade VoltAmpere reativo (VAR): Não realiza trabalho.
Essa potência é usada para criar e manter campos eletromagnéticos em cargas
indutivas (como motores e transformadores) e capacitivas.
S – Potência aparente –Unidade VoltAmpere (VA): Soma vetorial de P e Q.
Potência total fornecida pela fonte.
Levantamento de cargas e divisão de circuitos
Aqui são apresentadas as prescrições para levantamento das cargas e divisão de
circuitos aplicáveis a locais utilizados como habitação, fixa ou temporária, compreendendo
as unidades residenciais como um todo e, no caso de hotéis, motéis, flats, apart-hotéis,
casas de repouso, condomínios, alojamentos e similares, as acomodações destinadas aos
hóspedes, aos internos e a servir de moradia à trabalhadores do estabelecimento.
44
de tomadas não sejam alimentados, em sua totalidade, por um só circuito, caso
esse circuito seja comum (iluminação mais tomadas).
9.1.2. Iluminação
Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo
no teto, comandado por interruptor. Os valores apurados correspondem à potência
destinada à iluminação para efeito de dimensionamento dos circuitos, e não
necessariamente à potência nominal das lâmpadas. Na determinação das cargas de
iluminação, pode ser adotado o seguinte critério:
Obs.: Nas acomodações de hotéis, motéis e similares pode-se substituir o ponto de luz
fixo no teto por tomada de corrente, com potência mínima de 100 VA,
comandada por interruptor de parede.
Admite-se que o ponto de luz fixo no teto seja substituído por ponto na parede em
espaços sob escada, depósitos, despensas, lavabos e varandas, desde que de pequenas
dimensões e onde a colocação do ponto no teto seja de difícil execução ou não
conveniente.
9.1.3. Tomadas
As tomadas são classificadas como tomadas de uso geral (T.U.G.), usadas para
aparelhos cuja corrente nominal seja inferior a 10A, e tomadas de uso específico (T.U.E.),
usadas para alimentar de modo exclusivo ou dedicado aparelhos cuja corrente nominal
seja superior a 10A.
O número de pontos de tomada deve ser determinado em função da destinação do
local e dos equipamentos elétricos que podem ser aí utilizados, observando-se no mínimo
os seguintes critérios:
a) Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo ao
lavatório;
b) Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço,
lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada
para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que acima da bancada da pia
devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em
pontos distintos;
c) Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada. Admite-se que o
ponto de tomada não seja instalado na própria varanda, mas próximo ao seu
acesso,
45
quando a varanda, por razões construtivas, não comportar o ponto de tomada,
quando sua área for inferior a 2 m2 ou, ainda, quando sua profundidade for inferior
a 0,80 m;
d) Em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada para
cada 5 m, ou fração, de perímetro, devendo esses pontos ser espaçados tão
uniformemente quanto possível. Particularmente no caso de salas de estar, deve-
se atentar para a possibilidade de que um ponto de tomada venha a ser usado para
alimentação de mais de um equipamento, sendo recomendável equipá-lo, portanto,
com a quantidade de tomadas julgada adequada.
e) Em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem ser
previstos:
Pelo menos um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for igual ou
inferior a 2,25 m2. Admite-se que esse ponto seja posicionado externamente ao
cômodo ou dependência, a até 0,80 m no máximo de sua porta de acesso. Um ponto
de tomada, se a área do cômodo ou dependência for superior a 2,25 m 2 e igual ou
inferior a 6 m2 ;
Um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, se a área do cômodo
ou dependência for superior a 6 m 2, devendo esses pontos ser espaçados tão
uniformemente quanto possível
46
Terceiro passo: Multiplicar a potência somada no segundo passo pelo
respectivo fator de demanda;
47
Iluminação. 1,5
Tomadas de corrente em quartos, salas e similares. 2,5
Tomadas de corrente em cozinha, áreas de serviço e similares. 2,5
Aquecedores de água em geral. 2,5
Maquina de lavar roupa 4
Aparelhos de ar condicionado 2,5
Fogões elétricos 6
48
Critério da máxima corrente admissível
O método de instalação (eletroduto ou ar livre) influencia a capacidade de troca
térmica entre os condutores e o ambiente, alterando a capacidade de condução de
corrente dos condutores.
Seção Capacidade de corrente (A) – Capacidade de corrente (A) –
nominal Instalação em eletroduto a 30ºC Instalação ao ar livre a 30ºC
em mm2 2 condutores carregados 3 condutores carregados 2 condutorescarregados 3 condutores carregados
1,0 13,5 12 15 13,5
1,5 17,5 15,5 19,5 17,5
2,5 24 21 26 24
4 32 28 35 32
6 41 36 46 41
10 57 50 63 57
16 76 68 85 76
25 101 89 112 101
35 125 111 138 125
50 151 134 168 151
70 192 171 213 192
95 232 207 258 232
120 269 239 299 269
150 309 272 344 309
185 353 310 392 353
240 415 364 461 415
300 473 419 526 473
400 566 502 631 566
500 651 578 725 651
49
Corrente Distância do centro de distribuição à carga em metros
50
Corrente Distância do centro de distribuição à carga em metros
(A) 10 20 30 40 50 75 100 125 150 175 200
1,0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
3,0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5
4,0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5
5,0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 4
admissível de 5% - seção em mm2
51
Corrente Distância do centro de distribuição à carga em metros
Materiais elétricos
Alem dos interruptores e tomadas são necessários outros materiais elétricos para
as instalações prediais e residenciais.
Eletroduto corrugado
Buchas e arruelas
antichamas
Levantamento de material
É o processo de quantificação dos materiais necessários relacionando-os pelo seu
tipo, dimensão, características, etc. Para isso devemos medir, contar e somar todos com
52
o maior detalhamento possível. Para a maioria dos materiais basta apenas uma soma
simples de suas quantidades, porem, para condutores e eletrodutos é necessário uma
maior atenção. Também se deve deixar uma margem de segurança, em torno de 10%,
para eventuais folgas, curvas ou imprevistos.
As medidas dos eletrodutos no plano horizontal são feitas na própria planta, com o
auxilio de uma régua e convertidas através do uso da escala. Caso a escala esteja
marcando, por exemplo, 1:30 dizemos que 1cm no desenho equivale a 30 cm nas
dimensões reais.
Os eletrodutos que descem até as caixas são determinados descontando-se da
medida do pé direito+laje a altura da caixa. Os eletrodutos que sobem são determinados
somando-se a altura da caixa +contrapiso. Os condutores tem a mesma medida dos
eletrodutos.
Exercícios
1) Após os cálculos de demanda, foi constatado que uma determinada instalação
possui uma potência de 15200VA, alimentados em 127V. Para FP = 0,80, calcule
a potência ativa, a corrente total, a bitola mínima dos cabos a serem utilizados e o
valor do disjuntor.
2) Calcule o consumo mensal em kWh de uma residência que possui: 5 lâmpadas de
60W ligadas 30 minutos por dia, 1 chuveiro de 4300W ligado 45 minutos por dia,
uma lava roupas de 600 w ligada 50 minutos por semana.
10. REDE PUBLICA DE BAIXA TENSÃO
A rede publica de baixa tensão, Figura 52, abrange os processos de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica. Os geradores elétricos necessitam de
energia mecânica (energia cinética) para fazerem girar os rotores das turbinas, nos quais
estão acoplados, os rotores dos geradores de eletricidade, assim, a geração é o processo
de transformação de energia potêncial (água ou combustível) em energia elétrica.
Após o processo de geração a energia precisa ser transmitida e, para ser
economicamente viável, a tensão de 13,8 kV gerada deve ser elevada. As linhas de
transmissão trabalham em várias tensões, mas geralmente usa-se 138kV para a
transmissão. Esse valor é obtido através de um transformador elevador de tensão.
Na distribuição, uma subestação abaixadora de tensão reduz novamente os valores
para 13,8 kV e essa tensão é entregue à rede primaria que alimenta s transformadores de
distribuição.
53
Os principais componentes do esquema de fornecimento de energia residencial,
Figura 45, são as entrada de serviço (Ramal de ligação + ramal de entrada), os circuitos
de distribuição e os circuitos terminais, ligados a partir do quadro de distribuição.
54
Figura 56 – Exemplo circuito de distribuição e circuitos terminais e diagrama unifilar.
11. ANEXO
Tabela 01
Corrente Nominal do disjuntor (A)
Seção dos
1 circuito 2 circuitos 3 circuitos 4 circuitos
Cond.
Por Por Por Por
(mm2)
eletroduto eletroduto eletroduto eletroduto
1,5 15 10 10 10
2,5 20 15 15 15
4 30 25 20 20
6 40 30 25 25
10 50 40 40 35
6 70 60 50 40
25 100 70 70 60
35 125 100 70 70
50 150 100 100 90
70 150 150 125 125
95 225 150 150 150
120 250 200 150 150
55
Tabela 02
Numero de condutores no eletroduto
Seção nominal 2 3 4 5 6 7 8 9 10
(mm2)
Tamanho nominal do eletroduto (mm)
1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
4 16 16 20 20 20 25 25 25 25
6 16 20 20 25 25 25 25 32 32
10 20 20 25 25 32 32 32 40 40
16 20 25 25 32 32 40 40 40 40
25 25 32 40 40 50 50 50 50 50
35 25 32 40 40 50 50 50 50 60
50 32 40 40 50 50 60 60 60 75
70 40 40 50 60 60 60 75 75 75
95 40 50 60 60 75 75 75 85 85
120 50 50 60 75 75 75 85 85
150 50 60 75 75 85 85 - -
185 50 75 75 85 85 - - -
240 60 75 85 - - - - -
Cálculo de demanda
Total iluminação (W) e TUG (W) Fator de demanda Total*fator de demanda
56
Agrupad condutor condutor condutor Corren
W Nº
N Tip Tensã Loc V os es (mm2) es (mm2) es (mm2) Tip te
tot polo
º o o (V) al A – norma – Tabela o nomina
al s
01 l
57
58
12. Microempreendedor Individual (MEI)
A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008 criou condições especiais para que o
trabalhador informal possa se tornar um Microempreendedor Individual legalizado,
amparado por Lei e gozando os benefícios da Previdência Social, exercendo sua atividade
com total liberdade.
A Lei do Microempreendedor Individual garante a formalização do seu negócio sem
qualquer custo inicial. Para isto, o empreendedor precisa estar de acordo com os
seguintes pré-requisitos:
• Faturar até R$ 81.000,00 por ano;
• Não participar de outra empresa, como sócio ou titular;
• Trabalhar sozinho ou ter no máximo um empregado (no caso de afastamento legal
deste empregado, você poderá contratar outro temporariamente);
• Não possuir filial.
1.1)Formalização:
Para se formalizar, se faz necessário informar o número do CPF e data de
nascimento do titular, o número do título de eleitor ou o número do último recibo de entrega
da Declaração Anual de Imposto de Renda Pessoa Física – DIRPF, caso esteja obrigado
a entregar a DIRPF. Lembre-se também, de que é necessário conhecer as normas da
Prefeitura ou Administração para o funcionamento de seu negócio, seja ele qual for. Para
ter acesso à lista de atividades permitidas acesse o portal do empreendedor >formalize-
se > o que um MEI pode fazer e tenha acesso a lista de ocupações permitidas.
1.2) Vantagens e benefícios:
1.2.1) Para o empreendedor:
• Formalização simplificada, rápida e gratuita;
• Direito ao CNPJ (emissão automática do número do Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica), Certificado do Microempreendedor Individual, Inscrição Estadual;
• Benefícios Previdenciários: aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez,
auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte e auxílio-reclusão. Consulte
carência mínima para cada benefício (meses de contribuição necessários);
• Dispensa da escrituração fiscal e contábil;
• Pode emitir notas fiscais (obrigatório apenas quando for vender para outra
empresa), com maiores chances de ser contratado por outras empresas e pelo governo,
conquistando, assim, novos clientes;
• Mesmo quando emitir para outra empresa, o MEI pode ser dispensado da emissão
de nota fiscal se a empresa emitir nota de entrada. Cfe. inciso, § 2º, art. 7º, Resolução
CGSN nº 10/2007;
• Possibilidade de legalizar a contratação de 01 funcionário, diminuindo os riscos
de problemas trabalhistas;
• Maior segurança jurídica e menos problemas com a fiscalização;
• Dispensa de vistoria prévia para atividades de baixo risco;
59
• Maior acessibilidade aos serviços financeiros: possibilidade de abrir conta
bancária empresarial e tomar empréstimos exclusivos para empresas deste porte e
contratar outros serviços financeiros para ajudar na gestão do seu negócio;
• Alvará de funcionamento PROVISÓRIO por 06 meses;
• Isenção de taxas de Alvarás, Licenças e Cadastros (as renovações do Alvará,
Licença e Cadastros para funcionamento também são gratuitas. A previsão legal para
impossibilidade de cobrança de taxas e emolumentos é estabelecida pela Lei
Complementar nº 123/2006 e suas alterações posteriores, § 3º do artigo 4º).
1.2.2) Para a família:
• Pensão por morte: a partir do primeiro pagamento em dia. O pagamento não
poderá ocorrer após o óbito;
• Auxílio-reclusão: a partir do primeiro pagamento em dia. O pagamento não poderá
ocorrer após a reclusão.
1.3) Direitos e oportunidades:
Quando se formaliza, todo Microempreendedor Individual passa a ter direitos e
muitos benefícios. Conheça alguns deles:
• Benefícios previdenciários: aposentadoria por idade, salário-maternidade, auxílio-
doença, aposentadoria por invalidez para o MEI, pensão por morte e auxílio-reclusão para
seus familiares;
• Alvará de licença e funcionamento provisório válido por 180 dias;
• Dispensa de contabilidade formal (escrituração fiscal e contábil);
• Dispensa de vistorias prévias para atividades de baixo risco (definidas pelo
município);
• Maior acesso aos serviços financeiros;
• Redução e isenção de impostos dentro do Simples Nacional – Imposto de Renda
de PJ, PIS, Cofins, IPI e CSLL;
• Tratamento diferenciado em licitações da Administração Pública, principalmente
em municípios que estejam com a Lei Geral implementada;
• Emissão de nota fiscal para clientes que sejam Pessoa Jurídica;
• Participar de treinamentos e capacitações no Sebrae para aprender a gerenciar
melhor o negócio, competir no mercado, ter mais lucro e sucesso;
• Receber visitas técnicas gratuitas de Agentes de Orientação Empresarial, pelo
Programa Negócio a Negócio;
• O registro como MEI não causa a perda do benefício do Programa Bolsa Família,
a não ser que haja aumento na renda familiar acima do limite do programa. Mesmo assim,
o cancelamento do benefício não é imediato, só será efetuado no ano de atualização
cadastral;
• O aposentado por invalidez que retorna ao trabalho como MEI ou realizando
qualquer outra atividade é considerado recuperado e apto ao trabalho, portanto, deixará
de receber o benefício por invalidez;
60
• O beneficiário de seguro desemprego que se formalizar como MEI não será mais
considerado como desempregado, portanto, não fará jus ao seguro desemprego;
• A Lei nº 8.112/90 proíbe o Servidor Público em atividade ser empresário, portanto,
esta categoria não se enquadra como MEI. D
1.4) Deveres e obrigações:
É obrigação principal do MEI o pagamento da contribuição única (INSS + impostos)
até o dia 20 de cada mês.
O Microempreendedor Individual é enquadrado no Simples Nacional e fica isento
dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL), pagando um valor fixo
mensal, como descrito abaixo:
• 5% do salário mínimo para a Previdência Social (INSS);
• R$ 5,00 para o município (ISS), para prestação de serviço;
• R$ 1,00 para o estado (ICMS), se vender ou fabricar produtos. Os valores poderão
aumentar em função do salário mínimo, cujo reajuste é anual. Declaração Anual A
Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-Simei) é gratuita e garante a manutenção
dos benefícios do MEI. É obrigatória e pode ser preenchida no site da Receita Federal até
as 23h59 do dia 31 de maio de cada ano, com dados referentes ao ano-calendário anterior
da empresa. O recibo da declaração servirá como comprovante do faturamento da
empresa.
1.4.1) Declaração Anual:
A Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-Simei) é gratuita e garante a
manutenção dos benefícios do MEI. É obrigatória e pode ser preenchida no site da Receita
Federal até as 23h59 do dia 31 de maio de cada ano, com dados referentes ao ano-
calendário anterior da empresa. O recibo da declaração servirá como comprovante do
faturamento da empresa.
1.4.2) Notas fiscais e registro de vendas:
• Emitir nota fiscal nas vendas à pessoa jurídica;
• Reter notas fiscais de compras;
• Preparar relatório mensal de receita bruta;
• Guardar registros de vendas e prestação de serviços em boa ordem e pelo prazo
mínimo de 05 anos.
1.4.3) Para quem contrata funcionário:
O recolhimento do INSS do funcionário é de 11% do salário mínimo, sendo 3% de
responsabilidade do empregador e 8% descontado do empregado. Outra obrigação do
empreendedor é recolher o FGTS do funcionário através da GFIP, que deve ser entregue
até o dia 7 do mês seguinte ao pagamento do salário, através de um sistema chamado
Conectividade Social da Caixa Econômica Federal. Ao preencher e entregar a GFIP, o
FGTS do empregado deverá ser depositado, calculado à base de 8% sobre o seu salário
– esse cálculo é feito automaticamente pelo sistema GFIP, que deve ser baixado do site
da Receita Federal, no endereço www.idg.receita.fazenda.gov.br. Além disso, é
necessário pagar os demais direitos trabalhistas, como transporte, férias, 13º salário etc.
Limite para compras de mercadorias para revenda e/ou insumos O limite máximo que o
61
MEI poderá efetuar de compras de mercadorias é de até 80% (oitenta por cento) do valor
bruto de suas receitas.
1.4.4) Limite para compras de mercadorias para revenda e/ou insumos:
O limite máximo que o MEI poderá efetuar de compras de mercadorias é de até
80% (oitenta por cento) do valor bruto de suas receitas
1.4.5) Para quem compra mercadorias para comercialização em outros estados:
Caso seja necessário comprar mercadorias em outros estados, entre em contato
antes com a Sefaz-BA para se informar sobre o recolhimento do ICMS Antecipação Parcial
(compras de mercadorias para revenda) e o DIFAL – Diferencial de Alíquota* (material de
uso e consumo), ou seja, quais providências precisam ser tomadas antes da entrada das
mercadorias no território da Bahia, sendo elas procedentes de outra unidade da
Federação ou do exterior, destinadas ao Microempreendedor Individual.
*O MEI está dispensado do recolhimento do DIFAL nas aquisições do imobilizado
fora do Estado da Bahia
1.5) Boleto mensal
O Documento de Arrecadação Simplificada do MEI (DAS-MEI) é o instrumento para
fazer o pagamento mensal das obrigações tributárias do Microempreendedor Individual.
Após o vencimento do carnê ou Guia DAS, o MEI deverá gerar um novo DAS,
acessando www.portaldoempreendedor.gov.br. O DAS será impresso com multa e juros,
atualizado para a data informada para pagamento.
A multa será de 0,33% por dia de atraso limitado a 20% e os juros serão calculados
com base na taxa SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a
partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de
1% (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado.
ATENÇÃO: Não é obrigatório realizar qualquer tipo de pagamento, além dos
valores referentes aos impostos (ISS ou ICMS) e ao INSS. Se receber alguma cobrança
que não se enquadre na Lei Complementar nº 147/2014, procure o órgão emissor e solicite
o cancelamento. O boleto do DAS não é enviado por correio.
1.6) Alterações no registro:
Depois de efetivada a formalização o MEI poderá realizar alteração no registro
diretamente no Portal do Empreendedor, sem qualquer custo. Para realizar a alteração,
em serviços, acesse no card “Atualize seus Dados”, a opção “Alterar Dados”.
1.7) Encerramento da empresa
Para cancelar a inscrição como MEI, basta acessar o Portal do Empreendedor e
solicitar a baixa do registro. Após realizar a baixa no Portal do Empreendedor, o MEI
deverá preencher a Declaração Anual para o MEI - DASN-SIMEI de Extinção –
Encerramento, acessando o Portal do Empreendedor e clicando no link Portal do Simples
Nacional.
Com base no artigo 9º da LC nº 123, a baixa do MEI ocorrerá independentemente
da regularidade de seus obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais
ou acessórias, sem prejuízo de suas responsabilidades por tais obrigações. ]
A baixa do registro, sem quitação dos débitos, não impede que posteriormente
sejam lançados ou cobrados do titular os impostos, contribuições e respectivas
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penalidades decorrentes da simples falta de recolhimento ou da prática comprovada e
apurada em processo administrativo ou judicial de outras irregularidades praticadas.
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NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.
NR 19 – Explosivos.
NR 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis.
NR 21 - Trabalhos a Céu Aberto.
NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração.
NR 23 - Proteção Contra Incêndios.
NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho.
NR 25 - Resíduos Industriais.
NR 26 - Sinalização de Segurança.
NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB NR
28 - Fiscalização e Penalidades.
NR 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário.
NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário.
NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura,
Exploração Florestal e Aquicultura.
NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde.
NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados.
NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção,
Reparação e Desmonte Naval.
NR 35 - Trabalho em Altura.
NR 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento
de Carnes e Derivados.
NR 37 - Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo.
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14. Construção Civil:
14.1) A importância da mão de obra qualificada:
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A construção civil é um importante pilar da economia atual brasileira, de modo que
são mais de 12,5 milhões de postos de trabalho diretos, indiretos e informais no setor que
movimenta 6,2% do PIB do Brasil. Consequentemente, esse setor movimenta mais de um
trilhão de reais por ano da economia brasileira. Portanto, essa área comercial é de grande
importância social, econômica e política para o Brasil.
14.3)Para profissionais registrados em MEI:
Importante elencarmos dois aspectos dos profissionais que trabalham por conta
própria:
1) A qualidade do serviço é seu cartão de visitas
2) A divulgação garante a continuidade e a prosperidade do negócio
Atualmente existem vários grupos em redes sociais que servem como ponte do
profissional da construção civil e o interessado no serviço. Vale também ressaltar os
aplicativos que estão aparecendo no mercado e fazem essa conexão.
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