Você está na página 1de 22

CONVERSÃO DE ENERGIA

Transformador Ideal

Um transformador ideal é um transformador hipotético no qual não existem


perdas (dispersões) e o núcleo tem uma permeabilidade infinita, resultando em
perfeito acoplamento sem nenhum fluxo de perda. Nos transformadores grandes
de potência, as perdas são tão pequenas em relação à potência transferida, que
as relações obtidas do transformador ideal podem ser muito úteis em aplicações
de engenharia.

Com referência à Fig. 16-13, a condição de ausência de perdas está expressa por
(½) V1I1*= (½)V2I2* (veja Seção 9.3), mas

V1= E1 = αE2 = αV2

E assim, a sendo real,


V1 = I2= α
V 2 I1
Prof. Júlio Xavier - Aula 5 1
CONVERSÃO DE ENERGIA

A impedância de entrada é prontamente obtida das relações:

Zent = V1 = αV2 = α2 V2 = α2ZL


I1 I2/α I2

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 2


CONVERSÃO DE ENERGIA
EXERCÍCIOS
1. O transformador de três enrolamentos mostrado na Fig. 16-
14 tem espiras N1 = 20, N2=N3= 10. Achar I1 dado que I2 = 10,0 /-
53,13°A, I3 = 10,0 /-45° A.

Com os pontos e as direções de corrente conforme mostrados no diagrama, temos:


N1I1 – N2I2 – N3I3 = 0
De onde
20I1 = 10 (10,0 /-53,13°) + 10 (10,0 /-45°)
I1 = 6,54 – j7,54 = 9,98 /-49,06° A

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 3


CONVERSÃO DE ENERGIA

2. Quando uma bobina de um par acoplado


magneticamente tem uma corrente de 5,0 A, os fluxos
resultantes φL1 e φ12 são de 0,2 mWb e 0,4 mWb,
respectivamente. Se o número de espiras for N1 = 500 e N2
= 1500, achar L1, L2, M e o coeficiente de acoplamento K.
φ11 = φL1 + φ12 = 0,6mWb L1 = N1 φ11 = 500(0,6) = 60 mH
I1 5,0

M = N2 φ12 = 1500(0,4) = 120 mH K = φ12 = 0,667


I1 5,0 φ11

Então, de , L2 = 535mH

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 4


CONVERSÃO DE ENERGIA

3. Duas bobinas acopladas têm auto-indutância L1= 50 mH e L2=


200 mH, e um coeficiente de acoplamento K = 0,50. Se a bobina 2
tiver 1000 espiras e I1 = 5,0 sen 400t (A), achar a tensão na bobina
2 e o fluxo φ1.

Admitindo, como sempre, um circuito magnético linear, temos

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 5


CONVERSÃO DE ENERGIA

4. Obtenha o circuito ponteado equivalente para o circuito


acoplado mostrado na Fig. 16-18, use-o para achar a tensão V
através da reatância capacitiva de 10Ω.

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 6


CONVERSÃO DE ENERGIA

Para determinar a convenção de pontos basta saber que a corrente do


enrolamento primário entra pelo mesmo (o ponto é colocado no início dele),
passa por ele, sai e entra pelo enrolamento secundário, passando por ele e ,quando
sai, é que o ponto é colocado.
Por (5 + j5 – j10) passa I1 . Por (5 + j5 – j2 – j2 + j5 + 5) passa I2 . A mútua j2
tem sinal negativo, porque os pontos estão entrando e saindo. A impedância
comum entre I1 e I2 é (5 + j5 – j2).

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 7


CONVERSÃO DE ENERGIA

Para colocar os pontos no circuito, considerar apenas as bobinas e seu sentido de


enrolamento. Faça passar uma corrente pela parte de cima da bobina esquerda e
coloque um ponto nesse terminal. O fluxo correspondente é para cima. Pela Lei
de Lenz, o fluxo na bobina direita deve ser orientado para cima para se opor ao
primeiro fluxo. Então, a corrente natural sai do enrolamento pelo terminal
superior, o qual é marcado por um ponto. Veja Fig. 16-19 que mostra o circuito
equivalente ponteado completo, com as correntes I1 e I2 escolhidas para o
cálculo de V.

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 8


CONVERSÃO DE ENERGIA

5. Obter o equivalente ponteado para o circuito mostrado na Fig.


16-20 e usar o equivalente para achar a reatância indutiva
equivalente.

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 9


CONVERSÃO DE ENERGIA

Para determinar a convenção de pontos basta saber que a corrente do


enrolamento primário entra pelo mesmo (o ponto é colocado no início dele),
passa por ele, sai e entra pelo enrolamento secundário, passando por ele e,
quando sai, é que o ponto é colocado.
Posteriormente a corrente entra no enrolamento terciário (o ponto é colocado
no início dele), passa por ele sai.
A impedância equivalente será igual a j3 – j2 – j2 + j5 – j3 – j3 + j6 + j4 + j4
= j12

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 10


CONVERSÃO DE ENERGIA

Faça passar uma corrente na primeira bobina e coloque um ponto onde essa
corrente penetra. A corrente natural em ambos os enrolamentos forma um fluxo
oponente àquele estabelecido pela corrente excitadora. Coloque pontos onde a
corrente natural sai dos enrolamentos. (sera eliminada uma certa confusão se as
ligações em série forem desprezadas, enquanto determinamos a locação dos
pontos). O resultado é o da Fig. 16-21.

Z = j3 + j5 + j6 - 2(j2) + 2(j4) - 2(j3) = j12Ω

isto é, uma reatância indutiva de 12Ω.

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 11


CONVERSÃO DE ENERGIA

6. (a) Calcular a tensão V para o circuito acoplado mostrado na Fig. 16-22. (b)
Repetir com a polaridade de uma bobina invertida.

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 12


CONVERSÃO DE ENERGIA

• I1 passa por (3 + j5 – j4).


• I2 passa por (5 + 3 + j10 – j4) .
• I1 e I2 passam por (3 – j4), porém existe a mútua M = 0,8 (√ 5 x 10)
= 5,66 que deve ser levada em conta.

• Portanto, I1 e I2 passam por (3 – j4 – j5,66), com sinal trocado porque


as correntes I1 e I2 estão em sentido contrário. Como I1 entra no
ponto e passa pelo enrolamento primário e I2 passa pelo secundário e
sai do ponto, a mútua é subtraída do capacitor comum.

No caso da bobina estar invertida, teremos I1 e I2 entrando no ponto.


Com isso a mútua é somada ao capacitor comum. (3 – j4 + j5,66)

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 13


CONVERSÃO DE ENERGIA

Logo,

Logo,

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 14


CONVERSÃO DE ENERGIA

7. Obter a indutância equivalente das bobinas acopladas ligadas em


paralelo, mostradas na fig. 16-23. K = 0,7

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 15


CONVERSÃO DE ENERGIA

ou Leq é igual a 0,296 H.

• A corrente I1 passa somente pelo indutor primário de impedância jω0,3.


• As correntes I1 e I2 passam pelo indutor primário no mesmo sentido. Levando-
se em consideração a mútua: M = 0,7 (√ 0,3 x 0,8) = 0,343 H, a impedância
comum entre I1 e I2 é jω0,3 – jω0,343 = –(– jω0,043 H).
• A impedância por onde I2 passa é igual a (jω0,3 + jω0,8 – jω0,343 – jω0,343) =
jω0,414 H
Prof. Júlio Xavier - Aula 5 16
CONVERSÃO DE ENERGIA

8. Para o circuito acoplado mostrado na Fig. 16-24, mostrar que os


pontos não são necessários enquanto o segundo laço for passivo.

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 17


CONVERSÃO DE ENERGIA

As correntes I1 e I2 são escolhidas conforme esta mostrado.

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 18


CONVERSÃO DE ENERGIA

O valor de ∆z não é afetado pelo valor de M. Uma vez que


o determinante do numerador para I1 não inclui a
impedância de acoplamento, I1 também não é afetado. A
expressão para I2 mostra que a mudança na polaridade do
acoplamento resulta em uma mudança de fase de 180°.
Sem nenhuma outra tensão fasorial presente no segundo
laço, esta mudança na fase não tem nenhum efeito.

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 19


CONVERSÃO DE ENERGIA

9. Para o circuito acoplado mostrado na Fig. 16-25, achar a relação


V2/ V1 que resulta em uma corrente nula I1.

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 20


CONVERSÃO DE ENERGIA

10. No circuito da Fig.16-26, achar a tensão através da reatância de


5Ω com a polaridade mostrada.

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 21


CONVERSÃO DE ENERGIA

Para a escolha das correntes de malha mostrada no diagrama,

De maneira idêntica, I2 = 3,66/-40,38° A.


A tensão através de j5 é em parte condutiva, devido as correntes I1 e I2, e em
parte mútua, devido a corrente I1 na reatância de 4Ω.

Naturalmente, a mesma tensão deve existir através do capacitor:

Prof. Júlio Xavier - Aula 5 22

Você também pode gostar