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Diagrama Elétrico Comentado I: Fiat Idea

Por Ciclo Engenharia | 20 de maio de 2016


Para começar é importante relembrar que um diagrama o esquema elétrico é uma
representação gráfica e de forma simplificada de como os diferentes componentes de
um sistema estão interligados eletricamente entre si. Grande parte da informação
contida nele é composta por símbolos, e a correta interpretação deles fará com que o
processo de estudo e análise do diagrama seja mais rápida. A seguir vamos ajudar
você que ainda não domina a leitura desta ferramenta elementar para o reparador.

Iremos comentar o diagrama elétrico da injeção


eletrônica de um Fiat Idea 1.4 flex com injeção Bosch
Motronic ME7.9.9

A central está localizada no vão do motor e conta com dois conectores que totalizam
121 terminais de contato.

Alimentação
A central está aterrada na própria carcaça e nos terminais 01, 02, 67 e 68. No terminal
18 uma alimentação positiva constante de bateria (+30) protegida pelo fusível 18 que
se encontra na central de fusíveis do vão do motor.
Ao ser acionada a chave de ignição a central é alimentada, linha 15, no terminal 39. A
proteção é feita pelo fusível 16 que também se encontra na central de fusíveis do vão
do motor.

A partir desse momento, a central comanda um chaveamento interno que aterra o


terminal 40, permitindo que uma corrente elétrica percorra o enrolamento da bobina
do relé T09 (na central do vão do motor). O campo magnético gerado na bobina é
suficiente para atracar o contato 30/87 no interior do relé. A partir daí, vários sistemas
são alimentados:

T05 alimenta o relé do compressor; F11 para o aquecimento da sonda lamda, o relé
da partida a frio, o sensor de velocidade e a eletroválvula de purga do canister; F17
para a própria central da injeção; F22 para os eletroinjetores e bobina de ignição.

Bomba de Combustível
A central faz um chaveamento pelo terminal 62 energizado a bobina do relé T19 (na
central do vão do motor). O Campo magnético gerado, fecha o contato do relé
alimentando a bomba de combustível. Caso não tenha sinal de rotação, a central
desarma o relé e evita o funcionamento desnecessário da bomba de combustível.

Sensores
O sensor de rotação e PMS está localizado na frente do motor e é do tipo indutivo.
Está ligado à central de injeção pelos terminais 96 e 95. O movimento da roda
dentada solidária ao virabrequim provoca a variação de campo magnético necessária
para a geração do sinal de rotação do motor.

Para calcular a massa de ar admitida, a central de injeção mede a pressão e a


temperatura do ar de admissão no colector de admissão. Pelo terminal 94 a central
alimenta com uma tensão de referência 5V, o sensor de pressão. O terminal 86 serve
como um massa de referência. No terminal 100 a central recebe um sinal de tensão
proporcional à pressão no colector. O sensor de temperatura é um termistor do tipo
NTC e o nível de tensão entre os terminais 108 e 86 caem na medida em que a
temperatura sobe.

A temperatura do motor também é determinada por um termistor do tipo NTC


instalado na parte traseira do cabeçote. A diferença entre os potenciais dos terminais
87 e 109 revelam a temperatura em que se encontra o motor.

O sensor de posição da borboleta é composto por dois potenciômetros ligados em


paralelo. O terminal 93 oferece a tensão 5V de referência em relação ao terminal 85
aos dois potenciômetros. No terminal 104 a central recebe um sinal de tensão
decrescente com a abertura da borboleta, enquanto no terminal 112 um sinal de
tensão crescente com a abertura da borboleta.

A abertura da borboleta é feita por um motor comandado pelos terminais 114 e 119 da
central de injeção.

O sensor de posição do pedal do acelerador é composto por dois potenciômetros


ligados de forma independente. O primeiro, alimentado pelos terminais 21 (5V) e 79
(massa), fornece um sinal de tensão ao terminal 16 crescente com o acionamento do
pedal do acelerador. O segundo é alimentado pelos terminais 19 (5V) e 78 (massa),
fornece um sinal de tensão ao terminal 54 crescente com o acionamento do pedal do
acelerador.

A sonda lambda é do tipo plana aquecida. A alimentação é feita através do relé T09 e
protegida pelo fusível 11. A central controla o aquecimento pelo terminal 92. Já a
sonda propriamente dita está ligada aos terminais 103 e 84.

No bloco do motor, logo abaixo do coletor de admissão, entre o 2º e 3º cilindros,


encontra-se o sensor de detonação. Um cristal piezoelétrico ligado eletricamente à
unidade de comando pelos terminais 89 e 97.

O interruptor do pedal de embreagem está ligado à massa e ao terminal 72 da central


de injeção.

O interruptor do pedal de freio é do tipo duplo, sendo um normalmente fechado e outro


normalmente aberto. A central recebe seus sinais respectivamente pelos terminais 14
e 17.

A partida a frio é controlada pela unidade de gerenciamento através do relé T10 (na
central do vão do motor). Ao chavear o terminal 63 a central aciona o relé liga o motor
da partida a frio e também o injetor da partida a frio.
Atuadores
Os injetores são alimentados positivamente através do relé T09 e protegidos pelo
fusível 22. A central comanda o funcionamento de cada um pelos terminais 107, 83,
99 e 91 respectivos ao 1º, 2º, 3º e 4º cilindro.

A bobina de ignição é do tipo quádrupla e o sistema trabalha e o sistema trabalha com


centelha perdida. No terminal 116 a unidade controla a ignição nos cilindros 1 e 4. No
terminal 121 a ignição nos cilindros 2 e 3.

Um interruptor inercial localizado ao lado do pedal de embreagem protege o veículo,


abrindo o circuito de massa da bomba de combustível em caso de colisões. Quando
isso ocorre, o contato aberto do interruptor inercial fecha-se informando o Computador
de Bordo (peça acoplada à caixa de fusíveis interna do veículo) a respeito da
necessidade de se destravar as portas do veículo.

O nível de combustível é informado ao Computador de Bordo, bem como o sinal de


velocidade do veículo. Essas informações são processadas no Computador de Bordo
e trafegam pela rede CAN chegando à central de injeção e ao painel de instrumentos.

A CAN-L está ligada entre o CB terminal C36 e unidade do motor terminal 46. A
CAN_H está ligada entre o CB terminal C37 e o terminal 27 da central do motor. Por
estes dois fios, trafegam de forma multiplexada do motor para o Computador de
Bordo: rotação do motor, temperatura do motor, pressão do óleo do motor e indicação
de anomalias.

O imobilizador está incorporado ao Computador de Bordo e a informação do código


também trafega pela rede CAN.

A tomada de diagnose para instalação do scanner é um conector existente no próprio


Computador de Bordo (conector B). A linha de diagnose K é uma ligação do terminal
38 da unidade do motor ao terminal C20 do Computador de Bordo.

A eletroválvula do canister é alimentada através do relé T09 e protegida pelo fusível


11. A central de injeção controla seu funcionamento pelo terminal 105.

Continue lendo a segunda entrega da série Diagramas Elétricos Comentados,


abordamos o GM-Chevrolet Corsa. Aprenda a ler e interpretar umas das principais
ferramentas para a reparação automotiva. A matéria completa
em: http://blog.ciclo.eng.br/?p=714
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