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S
T T
S
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276 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS DE PONTOS E LINHA
claramente.
(Cortesia de LE Murr.)
(uma) (b)
u1 = 0, u2 = 0, u3 = 0.
b
u3 = f (ÿ) = eu.
14h
ÿbx2
ÿ13 = , (4.10b)
4ÿ(x2 1 + x22 )
bx1
e23 = , (4.10c)
4ÿ(x21 + x22 )
ÿ33 = 0.
ÿ13 = 2G ÿ13,
ÿ23 = 2G ÿ23.
Gbx2
ÿ13 = ÿ31 = ÿ , (4.11a)
2ÿ(x21 + x22 )
Gbx1
ÿ23 = ÿ32 = . (4.11b)
2ÿ(x21 + x22 )
Gbx2(3x21 + x22 )
ÿ11 = ÿ , (4.12a)
2ÿ(1 ÿ v)(x2 1 + x22 )2
Gbx1(x2 1 ÿ x22 )
ÿ12 = , (4.12b)
2ÿ(1 ÿ v)(x2 1 + x22 )2
Gbx2(x2 1 ÿ x22 )
p22 = . (4.12c)
2ÿ(1 ÿ v)(x2 1 + x22 )2
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278 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS DE PONTOS E LINHA
20 4
6
10
8
UNIDADE DE TENSÃO: G/400ÿ (1 ÿ ÿ)
(uma)
50
ÿ4 ÿ4
40
ÿ2 ÿ2
ÿ1 ÿ1
0 30
0
ÿ8 ÿ8
20
2
10
1 4 1
0
8 84 0
ÿ8
ÿ1
ÿ4 ÿ8 ÿ4 ÿ1
ÿ2
ÿ2
ÿ1 8 ÿ1
8
0 0
2 UNIDADE DE DISTÂNCIA: b 2
UNIDADE DE TENSÃO:
G/400p (1ÿn)
(b)
G bvx2
ÿ33 = v(ÿ11 + ÿ22) = ÿ ÿ(1 ÿ v)(x2 + x2 . (4.12d)
1 2)
UNIDADE DE DISTÂNCIA: b ÿ8
ÿ10 ÿ12
ÿ14
ÿ16
ÿ18
ÿ20 ÿ6
ÿ30
ÿ4
ÿ40
ÿ2
10 20 30
2
40
30
4
20 6
18
16
14
12
10
8
UNIDADE DE TENSÃO:
G/400 ÿ (1 ÿ n)
(c)
0
1 0 ÿ1
ÿ1 ÿ1 1
0
ÿ2 2
2 ÿ2
ÿ4 4 ÿ4 4
8 ÿ8 8
ÿ8
UNIDADE DE TENSÃO:
10 20 30 40 50
G/400 ÿ (1ÿn)
UNIDADE DE DISTÂNCIA: b 8
ÿ8
6 ÿ6
4 ÿ4 4
ÿ4
ÿ2 2
2 ÿ2
ÿ1
1
ÿ1
0 1
1
0
ÿ1
0 (d)
1
Em = (4.13)
ÿi j ÿi j .
2
1 1
Em = (p211 + p222 + p2 33) + (p212 + p213 + p2 23)
2G 2(1 + v)
dentro
+ v)
1 G 2b2x2 G 2b2x2
2 + 1
nós = (4.14)
2G 4ÿ2(x2 1 + x22 )2 4ÿ2(x2 1 + x22 )2
G b2
= .
8ÿ2(x2 1 + x22 )
G b2
Us =
. (4.15)
8ÿ2r 2
R G b2 G b2 R
nós = 2ÿrdr = ln 8ÿ2r 2 r0 . (4.16)
4p
r0
G b2 R
Uÿ = ln 4ÿ(1 ÿ v) . (4.17)
r0
eu
DENTRO
eu
eu
(b)
L2 área ÿ 1 deslocamento,
área unitária ÿ discordâncias ÿ.
Como resultado,
ÿ = L ÿ2. (4.18)
12L /4
ÿ= = 3L- 2. (4.19)
L3
Mas
eu
R= ,
2
de modo a
ÿ = 3(2R)ÿ2
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282 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS DE PONTOS E LINHA
e
1 r ÿ1/2
R= = 0,86ÿÿ1/2.
2 3
O raio médio da discordância é muitas vezes considerado
R ÿ ÿÿ1/2.
Agora adicionamos a energia do núcleo da discordância. Essa energia é tomada
para ser Gb2/10 para metais. Portanto, a energia total de uma discordância é
Ur = Unúcleo + Superioridade.
A Equação 4.17 pode então ser generalizada para:
G b2 G b2 ÿÿ1/2
U=+ (1 ÿ v cos2 ÿ) ln , (4.20)
10 4ÿ(1 ÿ v) 5b
G b2
U= . (4.21)
2
Exemplo 4.3
G b2 10-6 G b2 G b2
U = 0,1G b2 + 5 × 0,25 × 10ÿ9 = 0,63G b2 = ln ÿ= .
4p 1,587 2
Para este exemplo, a energia por unidade de comprimento é igual a 1,5 × 10ÿ9 J/m
(G = 48,3 GPa). A energia de deformação total é de 1,5 kJ/m3.
ds
com raio R pode ser calculado (veja Weertman e Weertman, p. 50,
na leitura sugerida) e é igual a dq/2 dq dq/2
T T
G b2 R R
U = ln 5b . (4.22a)
4p
É possível calcular a força F necessária para dobrar uma discordância Fig. 4.34 Deslocamento curvo.
F 1 = 2T sen(dÿ/2).
F 2ds = 2T sen(dÿ/2).
F 2ds = T dÿ.
Mas
Rdÿ = ds,
F 2R dÿ = T dÿ,
F2 = T /R
Assumindo, para uma primeira aproximação, que a tensão de linha de uma curva
deslocamento é igual à energia de uma discordância reta (Eqn. 4.21),
temos
Equação Pêssego-Koehler
A equação Peach-Koehler relaciona a força aplicada a uma discordância
a um estresse. F é a força por unidade de comprimento da discordância, e ÿ é a
tensão de cisalhamento atuando no plano de deslizamento ao longo da direção de deslizamento. este
relação pode ser demonstrada considerando um paralelepípedo com
dimensões dx1, dx2, dx3 . Se uma discordância, com comprimento dx1, na qual
uma força por unidade de comprimento é F, se move através do paralelepípedo, o
trabalho feito é
W = (F dx1)dx2.
U = (ÿÿ )dx1dx2dx3,
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284 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS DE PONTOS E LINHA
x3
Fig. 4.35 Decomposição de
deslocamento em um cristal FCC.
B
k
[011]
E
b2 UMA UMA UMA UMA UMA
[101] b1 BBBB
eu x2
b3 C
UMA
b1 UMA UMA
D
[110]
eu
UMA
b2 b3 UMA
x 1
(uma) (b)
ÿ = b/ dx3.
Como W = U,
F = ÿb. (4.22c)
ÿ = Gb / 2R. (4.22d)
ÿÿB A
b1 = = 2r (4.23)
2
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4.4 DEFEITOS DE LINHA 285
|b1| = .
ÿ2
Este vetor é, logicamente, o mesmo da Equação 4.23. A notação simplificada usada para
vetores de Burgers é
¯uma 1 ¯
b1 = [101] ou 2 b1 = [101] .
2
ÿÿB D = eu + j-e
2 2
uma uma
ÿÿE A = ai ÿ j- _ k.
2 2
b2 = (i + j ÿ 2k)
6
uma
b3 = (2i ÿ j ÿ k)
6
b1 = b2 + b3.
=
ÿ6.
(uma) (b)
a2 a2 a2
> + ,
2 6 6
e podemos ver que a energia total diminui com a decomposição.
Quando uma discordância perfeita se decompõe em parciais, uma
região de empilhamento defeituoso é criada entre os parciais. Esta posição decom é
mostrada na Figura 4.36. As discordâncias geram uma região
em que o empilhamento é ABC AC ABC. Portanto, temos quatro planos em
cujo empilhamento é CACA. Esta é exatamente a sequência de empilhamento de
a estrutura do HCP. Esta estrutura tem uma energia livre de Gibbs maior do que
a estrutura FCC de equilíbrio, porque não é termodinamicamente
estável nas condições impostas. Este conjunto específico de aviões é
chamada de falha de empilhamento, e a energia associada a ela determina
a separação entre os dois deslocamentos parciais: o repulsivo
força entre os dois parciais é equilibrada pela atração tentando
minimizar a região com a falha de empilhamento. As seguintes equações de [Murr6 e
Kelly e Groves, (veja a leitura sugerida) respectivamente], permitem o cálculo da
separação de equilíbrio
entre as discordâncias parciais d:
2
Gbp 2-v 2v cos 2ÿ
ÿSF = 1- ,
8pd 1-v 2-v
G b1b2 sen ÿ1 sen ÿ2
ÿSF = cos ÿ1 cos ÿ2 + ,
2ÿd 2-v
G b2
ÿSF = . (4,25)
2ÿd
Aqui, ÿ é a energia livre de falhas de empilhamento (SFE) por unidade de área (livre
energia de HCP menos energia livre de FCC), bp é o vetor de Burgers de
6
LE Murr, Fenômenos Interfaciais em Metais e Ligas (Reading, MA: Addison-Wesley, 1975),
pág. 142.
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4.4 DEFEITOS DE LINHA 287
uma
(uma) (b)
a discordância parcial, e ÿ é o ângulo do vetor de Burgers com Fig. 4.37 (a) Segmento curto de
a linha de deslocamento. A Tabela 4.2 apresenta os SFEs para alguns materiais. falha de empilhamento em aço inoxidável AISI 304
Das equações anteriores, pode-se ver que d é inversamente proporcional a ÿ. O aço sobreposto com coerente
efeito dos elementos de liga geralmente diminui fronteira gêmea. (a) Diferenças em
a natureza desses defeitos
o SFE. A adição de alumínio ao cobre tem um efeito drástico na
ilustrado por contraste de franjas
o SFE deste último, baixando-o de 78 para 6 mJ/m2. Alumínio, que tem
diferenças. (b) Deslocamentos em AISI
um SFE alto (166 mJ/m2), exibe uma separação muito pequena entre
Aço inoxidável 304 dividido em
parciais: 1 nm. Por outro lado, em certos sistemas de liga, a distância pode chegar a parciais limitados por curto
10 nm ou mais. região de falha de empilhamento. Parciais
A energia da falha de empilhamento é muito sensível à composição. Usualmente, espaçamento marcado como d. (Cortesia de
liga tem o efeito de diminuir o SFE. Assim, os latões têm uma LE Murr.)
b= [111].
3
Temos uma amostra de uma falha de empilhamento intrínseca na Figura 4.39(a) e uma
falha extrínseca ou de empilhamento duplo na Figura 4.39(b). Desde os hambúrgueres
vetor não estiver no plano de escorregamento, as duas falhas são imóveis. Outro
tipo de deslocamento imóvel que pode ocorrer em metais FCC é o ¯
Fechadura Lomer-Cottrell. Consideremos dois (111) e (111) planos. As três discordâncias
perfeitas em (111) são
uma ¯
b1 = [110] ,
2
uma ¯
b2 = [101] ,
2
uma ¯
b3 = [011] ,
2
¯
Para o plano (111), temos
uma ¯
b4 = [110] ,
2
uma
b5 = [101],
2
uma
b6 = [011].
2
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4.4 DEFEITOS DE LINHA 289
(uma)
(b)
[111]
uma
uma
[110] [011]
2 2
(111) (111)
(uma) (b)
a2 a2
+ = a2
2 2
b3 + b5 = +
[011] [101]
2 2
uma
= [110].
2
escorregam nos planos atômicos envolvidos, bem como nos planos adjacentes. Piramidal
avião
uma ¯
b= [2 1¯ 1 0] .
3
[1¯11] ÿ
[1¯10] ¯ [1¯12] ¯ [1¯10] ¯ ++ .
¯2 8 4 8
7
LJ Teutônico, Mater. Sci & Eng., 6 (1970) 27.
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292 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS DE PONTOS E LINHA
Exemplo 4.4
[1¯11] ¯ ÿ
[1¯10] ¯ + [1¯12] ¯ + [1¯10] ¯ .
2 8 4 8
b1 b2 b3
uma uma uma uma
[1¯11] ¯ ÿ
[1¯10] ¯ + [1¯12] ¯ + [1¯10] ¯ .
2 8 4 8
Do lado esquerdo:
2 2 2
ÿa ÿa uma 3
b2 = + + = a2 .
2 2 2 4
No lado direito:
2 2 2 2 2
ÿa ÿa ÿa ÿa 2a
b21 + b22 + b23 = + +02 + + +
8 8 4 4 4
2 2
ÿa ÿa
+ + + 02
8 8
a2 3a2 a2 7a2
= + + = .
32 8 32 16
Desde
3 7a2
a2 > ,
4 16
b1b2
ÿSF ÿ ,
d
1
ÿdÿ .
ÿSF
Exemplo 4.5
Faça uma tabela com todos os 48 sistemas de deslizamento para a estrutura do BCC.
(110)
¯ [111] (112) [111]¯(321) [ (101) [111] (1 (101) 111] ¯ (321) [11 ¯ 1]¯
[1 11]
¯ (101) [111]
¯ (1 (101)
¯ 21) [111]
[11¯1](213)
(12 ( [11
011) [111] ¯ 1] (213) [1 11] 11]
(21 ¯ (211)
¯ [111] (231)
¯ [1 (231) [11
¯ 1¯1] (123) ¯ 1]¯
¯ 12)
¯ [1 [111]
¯ ¯123][11
[ 1¯1] (132) [111] [ [1 132] [1 11¯ 11]
¯ 1)
¯ [321]
112)
¯ (312)
[ [1
[ 111] [3 [ [11 11¯ 1] (312)
¯ [111] 1]¯
¯ ¯ 1) ¯ 12]
¯ ¯ 1]¯
(011)
¯ [111] ( ¯ ¯ ¯ 1] ¯ 11]
(011)
¯ [111] ¯( (011) [ 121)
¯ [11 ¯1] (213) [111] [2 13]
¯ [ ¯111]
111] (2 11) [11 1] (231) [111] [23 1] [ 111]
Tabela 4.4 Estruturas Cristalinas, Sistemas de Deslizamento e Vetores de Hambúrgueres para Cerâmica (Cortesia de TE Mitchell)
/
1
C
[1120]
60°
UMA
D B
b1 b2 [1010]
b3
[2110]
[1100]
Oxigênio
Alumínio
Vazio
1
b= <110¯ > = d0.
2
As discordâncias em cerâmicas geralmente possuem alta energia, devido à
o grande módulo de cisalhamento e vetor de Burgers (U ÿ Gb2/2). Tabela 4.5
fornece vetores de Burgers e auto-energias para discordâncias em um número
de intermetálicos e cerâmicas. Para fins de comparação, a energia de
deslocamento do alumínio é mostrada. As diferenças podem ser dramáticas.
A tensão Peierls-Nabarro (ver Seção 4.4.12) é muito alta, em
geral, por causa da direcionalidade da ligação em estruturas iônicas e
covalentes. Por exemplo, os ângulos de ligação de 109ÿ para o carbono
átomo precisa de forças muito altas para ser distorcido. O movimento de um
deslocamento requer a quebra e o refazer de ligações, e distorções
são produzidos em torno das discordâncias. Portanto, o movimento de
deslocamentos em cerâmica é, em geral, difícil. Existem exceções,
no entanto, como o MgO, que pode exibir plasticidade significativa em
à temperatura ambiente.
As interações e reações de discordância ocorrem de maneira semelhante
à dos metais e intermetálicos. Um exemplo é dado na Figura 4.44. Dipolos de
discordância são frequentemente observados na deformação
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296 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS DE PONTOS E LINHA
Tabela 4.5 Energia Elástica para Deslocamentos em Cerâmica e Intermetálicos (Cortesia de Veyssiere)
1 ¯ 1 ¯ 1 ¯
[1120] + [1210] + [2110] = 0.
3 3 3
1 ¯ 1 ¯ 1 ¯
[110] + [011] + [101] = 0.
2 2 2
0001
1120
1100 b1 = 1/3 <1120>
Plano de deslizamento A
55°
Plano de deslizamento B
1
diminuição (U ÿ Gb2/2) é aplicada, e a dissociação é estável se b2 > b2 +
b2
2.
Algumas dissociações de discordância foram observadas em cerâmicas. Dentro
a estrutura espinélio, a dissociação
1 ¯ 1 ¯ 1 ¯
[110] ÿ
[110] [110] +
2 4 4
1 ¯ 1¯ 1 ¯
[1120] ÿ
[1010] [0110] + .
3 3 3 Fig. 4.45 Matriz hexagonal de
deslocamentos em diboreto de titânio.
Esta dissociação ocorreu apenas por subida.
(Cortesia de DA Hoke e GT
Como ilustração da ocorrência de falhas de empilhamento em cerâmica,
Cinza.)
A Figura 4.46 mostra um TEM de fosforeto de gálio. A grande concentração
dessas falhas é evidente. Eles são uma ocorrência comum em finas
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298 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS DE PONTOS E LINHA
500 mm
(Cortesia de LE Murr.)
100
0
0 10 20 30
Deformação de cisalhamento resolvida (x 102)
a tensão pode ser várias vezes maior do que a tensão média. Nessas regiões,
deslocamentos podem ser gerados e “bombeados” para os monocristais. A
maioria das discordâncias em monocristais deformados em tensão são geradas
8
na superfície. Pangborn et ai. investigaram o mecanismo de deslocamento
massa e de
superfície em monocristais. A densidade de deslocamento próximo à superfície
foi até seis vezes maior do que no bulk. A camada de superfície de discordância
(com maior densidade de discordância) estendeu-se por aproximadamente 200
ÿm para dentro do material na superfície. As fontes de superfície não podem
ter um efeito significativo na deformação do policristal, porque a maioria dos
grãos não estaria em contato com a superfície livre. Como a atividade de
deslocamento é restrita aos grãos, as fontes de superfície não seriam capazes
de afetar os grãos internos. Interfaces incoerentes entre a matriz e os
precipitados, fases dispersas ou fibras de reforço (em compósitos) também são
fontes de deslocamentos.
8
PN Pangborn, S. Weissman e IR Kramer, Met. Trans. 12A (1981) 109.
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4.4 DEFEITOS DE LINHA 301
B C B C B C
P P'
uma
B C B C
(d)
(e)
No entanto, à medida que os laços são formados, eles estabelecem uma tensão de retorno, de modo que o
a tensão necessária para gerar loops sucessivos aumenta de forma constante. Se o
loops são expelidos do material, eles deixam de exercer uma tensão de retorno.
Apenas algumas fontes de Frank--Read foram observadas em metais. Entretanto,
em um arranjo tridimensional de discordâncias, os nós definem segmentos.
Esses segmentos podem se curvar e agir efetivamente como fontes Frank-Read.
Outra possibilidade é que a fonte se forme quando um deslocamento do parafuso
desliza transversalmente e retorna a um plano paralelo ao deslizamento original.
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302 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS DE PONTOS E LINHA
a2s
d= .
|as ÿ a0|
n 5 4 3 210
t XI
ÿt = n. (4.26)
b
L= . (4.26a)
pt
9
JD Eshelby, FC Frank, e FRN Nabarro, Phil. Mag., 42 (1951) 351.
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4.4 DEFEITOS DE LINHA 305
(uma)
(b)
Note-se que alguns autores utilizam o nome ''jog'' para ambos os tipos de segmentos.
Jogs e torções podem ter um parafuso ou um caractere de borda. A partir da Figura
4.56(a), pode-se ver que os segmentos em uma discordância de aresta não podem
impedir o movimento de saliências ou dobras, porque os segmentos podem escorregar
com a discordância. Por outro lado, nas discordâncias em parafuso, existem segmentos
que podem escorregar com as discordâncias e segmentos que não podem. Quando o
segmento pode se mover com a discordância, o movimento é chamado de conservativo.
Quando o segmento não pode se mover por deslizamento, o movimento é chamado
de não conservativo. A Figura 4.56(b) mostra algumas interações. À esquerda há um
movimento conservativo por deslizamento e à direita um movimento não conservativo.
O movimento não conservativo de um trote é, em essência, um processo de subida e
requer ativação térmica. Vagas ou intersticiais são produzidos à medida que o
segmento se move. Se a temperatura não for alta o suficiente para fornecer ativação
térmica suficiente, o jog não se move e os laços são formados à medida que a
discordância avança; isso é mostrado na Figura 4.57. o
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306 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS DE PONTOS E LINHA
(uma) (b)
X3
X3
X2
X1
bb bb bb
Nb
ao longo do plano Ox1x2. A tensão de cisalhamento plástica pode ser expressa como
Nb
dÿ13 = . (4.27)
dx3
N dx2
ÿ= e N = ÿ dx1 dx3 . (4,28)
dx1 dx2 dx3
dÿ13 = ÿbdx1.
ÿ13 = ÿb¯l.
ÿp = kÿb¯l. (4,29)
dÿp d¯l dr
= kÿb + klb . (4.30)
dt dt dl
ÿp = kÿbv,
Exemplo 4.6
rT eu = 0,147 nm.
a = 2r = 0,294 nm.
Assumimos uma razão c/a ideal igual a 1,633. Assim, c = 0,48 nm. o
O vetor de hambúrgueres para deslizamento basal é igual a a.
Exemplo 4.7
Solução :
rNi = 0,125 nm
0,1
=
108 cm-2 × 0,25 nm
0,1
= = 4 × 10ÿ4 m
108 × (104 mÿ2) × 0,25 (10ÿ9 m) (ii) ÿÿ =
ÿbv¯,
assim
ÿÿ
v¯ =
ÿb
10ÿ4sÿ1
= = 4 × 107 m/s.
108 cm-2 × 0,25 nm
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4.4 DEFEITOS DE LINHA 309
(uma)
E
EPN
X
E0
b
Barreira de estresse
Peierls-Nabarro
dxt
dE
l/b
=
ÿPN
0 X
(b)
(c)
Reino
dentro
Unido
D
F= ÿdU .
(4.32)
dx
t= ÿ1 . (4.33)
b dx
Uma forma senoidal para U(x) foi assumida por Peierls e Nabarro, levando à expressão
Gb 2ÿx
ÿP N = um e ÿ ÿa / c sen , (4,34)
2c c
10
R. Becker, Z. Phys. 26 (1925) 919.
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4.4 DEFEITOS DE LINHA 311
ÿÿ=ÿ + ÿG , (4,35)
ÿ = ÿÿ + ÿG . (4,36)
0 t0 t0 t 0
Temperatura, K
(uma)
1000
800
Fe-0,03% C e
600 = 3 × 10-4 s-1
escoamento
Tensão
(MN/
m2)
de
Por
400
e = 10-4 s-1
200
0
0 200 400 600 800
Temperatura, K
(b)
200
Com - 2% Sn
e = 2 s-1 d = 50 mm
150 e = 2 × 10-4 s-1
e = 2 × 10-8 s-1
100 s*
escoamento
Tensão
(MN/
m2)
de
50
ÿG
(b) DENTRO
= Hon 2 b
e
S
h > hc
DENTRO
(c) b
e
S
11
WG Johnston e JJ Gilman, J. Appl. Física 33 (1959) 129.
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314 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS DE PONTOS E LINHA
ÿUt E b G b2 h
= -2 e- + = 0. (4,42)
ÿ (1/S) 1-n S 2ÿ(1 ÿ ÿ) b
12
JH van der Merwe e NG van der Berg, Surface Science, 32 (1972) 1.
13
JW Matthews e AE Blakeslee, Journal of Crystal Growth, 27 (1974) 118; 29 (1975)
273.
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4.4 DEFEITOS DE LINHA 315
10
Nakahara e IK Robinson, J.
Vac. Sci. Tecnol. A, 2 (1984) 436.
1 (Adaptado de WD Nix., Met.
Trans., 20A (1989) 2216.)
Feijão et ai. (1984)
0,1
0,0 0,2 0,4 0,6 Fração 0,8 1,0
atômica Ge
Fonte
Filme h
Substrato
(b)
hc Gb b
= = (4,43)
ln hc 4p E e 8ÿ(1 + n)E
n0
Leitura sugerida
Defeitos pontuais
CS Barrett e TB Massalski. Estrutura de Metais, 3ª ed. Nova York, NY:
McGraw-Hill, 1966.
JH Crawford Jr. e LM Slifkin, eds. Defeitos pontuais em sólidos. Nova York, NY:
Imprensa Plena, 1972.
AC Damask e GJ Dienes. Defeitos pontuais em metais. Nova York, NY: Gordon e Breach,
1963.
CP Flynn. Defeitos pontuais e difusão. Oxford: Clarendon Press, 1972.
H. Kimura e R. Maddin. Têmpera de têmpera em metais, na série "Defeitos em sólidos
cristalinos", S. Amelincx, R. Gevers e J. Nihoul, eds. Amsterdã: Holanda do Norte, 1971.
Defeitos de Linha
AH Cottrell. Deslocamentos e Escoamento Plástico em Cristais. Oxford: Clarendon Press,
1953.
JC Fisher, WG Johnston, R. Thomson e T. Vreeland, Jr., eds. Luxações
e Propriedades Mecânicas dos Cristais. Nova York, NY: Wiley, 1957.
J. Friedel. Deslocamentos. Elmsford, NY: Pergamon Press, 1967.
JP Hirth e J. Lothe. Teoria das luxações, 2ª ed. Nova York, NY:
J. Wiley, 1981.
D. Hull e DJ Bacon. Introdução às luxações. Nova York, NY: Oxford Uni
Versity Press, 1989.
A. Kelly e GW Groves. Cristalografia e Defeitos Cristais. Reading, MA: Addison-Wesley,
1974.
I. Kovacs e L. Zsoldos. Deslocamentos e Deformação Plástica. Elmsford, NY: Perg amon
Press, 1973.
D. Kuhlmann-Wilsdorf, em Physical Metallurgy, 3ª ed., RW Cahn e P. Haasen,
ed. Amsterdã: Holanda do Norte, 1990, 1983.
JP Hirth e FRN Sculpture, eds. Deslocamentos em Sólidos, (15 vols.). Cidade de Nova York,
NY: Elsevier/Norte da Holanda, 1979--2008.
WT Read, Jr. Deslocamentos em Cristais. Nova York, NY: McGraw-Hill, 1953.
J. Weertman e JR Weertman. Teoria do deslocamento elementar. Nova York, NY:
Oxford University Press, 1992.
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EXERCÍCIOS 317
Exercícios
4.2 Calcule a concentração de monovacâncias em ouro a 1.000 K, sabendo que Hf = 1,4 × 10ÿ19 J.
Se o ouro for subitamente resfriado à temperatura ambiente,
temperatura, qual será a concentração de vacância em excesso?
4.5 Qual é o efeito das vacâncias na amplitude de vibração dos átomos vizinhos?
4.6 Qual estresse é necessário para tornar operacional uma fonte Frank--Read em ferro,
sabendo que a distância entre os pontos B e C é de 20 (Figura 4.50) nm e
que o raio de Goldschmidt dos átomos de ferro é 0,14 nm?
¯
4.7 Faça todas as reações possíveis entre discordâncias (perfeitas) em (111) e (1 em um cristal 1¯1) ¯
4.8 Considere todas as reações possíveis entre deslocamentos parciais de Shockley (apenas
¯
o deslocamento frontal, do par) em (111) e (111) em um cristal FCC. Dentre eles, quais formarão uma
luxação de haste de escada?
4.9
4,10 107 e 1011 cmÿ2 são valores típicos para a densidade de discordância de
níquel recozido e deformado, respectivamente. Calcule o espaço médio
entre as linhas de discordâncias (assumindo uma distribuição de discordâncias aleatórias), bem como
como a energia de linha para discordâncias de borda e parafuso, em ambos os casos. Em níquel,
E = 210 GPa, v = 0,3, e a menor distância entre os centros dos átomos é
0,25nm.
4.11 Calcule a densidade de discordâncias para a Figura 4.22b; assumir uma espessura de folha
de 0,3 um.
Para o alumínio, suponha que o raio dos átomos seja 0,143 nm. (Dica: O
comprimento da discordância de Frank correspondente a um disco é igual à circunferência do círculo.)
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318 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS DE PONTOS E LINHA
4.14 Em quais planos de uma estrutura BCC o a/2 [111] pode se mover?
4.15 Ao encontrar um obstáculo, uma discordância de borda para. Uma segunda discordância
de aresta, com vetor de Burgers idêntico e movendo-se no mesmo plano, aproxima-se da
primeira discordância, impulsionada por uma tensão igual a 140 MPa.
4.16 LiF é um cristal iônico com uma estrutura do tipo NaCl (cúbica). Os átomos de Li ocupam
os vértices e os centros das faces da célula unitária, enquanto os átomos de F ocupam as
arestas e um átomo de F está na posição de corpo centrado.
Há oito átomos por célula unitária. Sabendo que o plano de escorregamento para LiF é [110],
determine o vetor de Burgers de uma discordância perfeita. Lembre-se que um tem um cristal
iônico e que existe uma forte repulsão entre íons do mesmo signo. Explique seus resultados.
4.17 Desenhe uma célula unitária para um cristal HCP. Mostre as discordâncias perfeitas no
plano base. Eles podem se decompor em parciais? Em caso afirmativo, represente-os pela
notação especial para discordâncias.
4.19 Calcule o maior átomo que caberia intersticialmente em (a) níquel (FCC; raio atômico =
0,125 nm) e (b) molibdênio (BCC; raio atômico = 0,136 nm).
4.20 Calcule, para tungstênio (BCC; raio atômico = 0,1369 nm), os raios dos maiores átomos
que podem caber em (a) um sítio intersticial tetraédrico (em 0, 1/4, 1/2) e (b) um octaédrico
sítio intersticial (em 0, 1/2, 1/2).
4.21 Se a entalpia de formação para uma vacância é igual a 80 kJ/mol, qual é a fração de
sítios vagos a 1.500 K.
4.22 O parâmetro de rede de um cristal BCC foi medido à temperatura ambiente e a 1.000
ÿC. O parâmetro apresentou um aumento de 0,5% devido a
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EXERCÍCIOS 319
expansão térmica. No mesmo intervalo de temperatura, a densidade, medida por um método separado,
apresentou um decréscimo de 2%.
(a) Supondo que, à temperatura ambiente, haja uma vacância por 1.000 átomos, qual é a concentração de
vacâncias a 1.000 ÿC? (b) Calcule a energia de ativação necessária para a produção de vagas.
4.24 Uma discordância está ancorada entre dois pontos distantes 10 ÿm. Para um metal com b = 0,35 nm
e G = 30 GPa, calcule a tensão de cisalhamento necessária para curvar a discordância em um semicírculo.
4.25 Considere um policristal de alumínio com tamanho de grão de 10 ÿm. Se uma fonte de discordância
no centro de um grão emite discordâncias sob uma tensão de cisalhamento aplicada de 50 MPa que se
acumulam nos contornos de grão, qual é a tensão experimentada por um contorno de grão? Tome G = 26
GPa eb = 0,3 nm.
4,26
(a) Ferro (r = 0,124 nm, G = 70 GPa) está sendo deformado a uma tensão de cisalhamento de 0,3.
Assumindo uma densidade de discordâncias constante igual a 1010 cmÿ2, qual é a distância média
que cada discordância deve percorrer?
(b) Assumindo que a taxa de deformação é 10ÿ2 sÿ1, qual é o deslocamento médio
velocidade?
4.27 O alumínio (r = 0,15 nm, G = 26 GPa) é deformado a uma tensão de cisalhamento de 0,5. Uma
densidade de discordância igual a 1010 cmÿ2 resulta.
(a) Qual é a distância média que cada discordância teve que percorrer? (b) Se a taxa de
deformação fosse 10ÿ2 sÿ1, qual seria o deslocamento médio
velocidade?
[110] ÿ
[211] + 6 [12¯1] ¯ .
2 6
É energeticamente favorável?
4.29 Considere deslocamentos bloqueados em ouro. Se a tensão de fluxo é controlada pela tensão
necessária para operar uma fonte Frank-Read, calcule a densidade de discordância ÿ no cristal quando ele
é deformado a um ponto onde a tensão de cisalhamento resolvida no plano de deslizamento é de 45 MPa.
Tome G = 27 GPa.
4.30 Plote as tensões em torno de uma discordância de parafuso, em termos de campos de isotensão.
4.31 Plote a energia de uma discordância de aresta simples no cobre em função da densidade de
discordância (em unidades de Gb2). Comece com uma densidade de 106 cmÿ2, característica de material
bem recozido, e termine em 1011 cmÿ2, característica de material endurecido.
4.32 Um segmento de discordância está preso por dois obstáculos a uma distância de 10 ÿm.
Calcule a tensão necessária para curvar este segmento em um semicírculo (isso é igual à tensão necessária
para ativar uma fonte Frank-Read). b = 0,25 nm; G = 40 GPa.
4.33 Um policristal de tântalo (tamanho de grão igual a 50 ÿm) é deformado a uma deformação de
cisalhamento total de 0,5 a uma taxa de deformação de 10 sÿ1. Suponha que as deslocações não
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320 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS DE PONTOS E LINHA
cruzar os limites de grão. Dado que G = 10 GPa, b = 0,2 nm, e supondo k = 1, calcule:
4.34 Em oito cubos que possuem um vértice comum, correspondente à origem dos eixos,
desenhe a família de planos {111}. Mostre que eles formam um octaedro e indique todas
as direções <110>.
4.35 Quantas vagas por centímetro cúbico existem no ouro, à temperatura ambiente,
assumindo um parâmetro de rede de 0,408 nm? Gv = 1,4 × 10ÿ19.
4.36 O vetor de hambúrgueres de um cristal geralmente se encontra em uma direção compacta. Por quê?
4.37 Qual é a resistência ideal de um sólido cristalino? Que imperfeição do cristal permite
que o material se deforme com uma resistência muito menor e por quê?
4.38 Você acha que a adição de discordâncias em um cristal altera sua densidade?
Explique sua resposta.
4.40 No cobre G = 48,3 GPa e b, o vetor de Burgers, é considerado 0,25 nm. Encontre
(a) a força necessária para dobrar uma discordância em um raio R = 10 ÿm; (b) a energia
dessa discordância curva.
4.41 Qual é o efeito de deslocamentos desajustados nas interfaces filme-substrato?
capítulo 5
Imperfeições: Interface e
Defeitos volumétricos
5.1 Introdução
(uma)
(b)
por uma configuração relativamente simples de discordâncias (por exemplo, uma parede de
discordância de borda) e é, apropriadamente, chamada de fronteira de baixo ângulo. Quando o
a desorientação é grande (chamado, novamente apropriadamente, de limite de alto
ângulo), estruturas mais complicadas estão envolvidas (como em uma configuração
de bolhas de sabão simulando os planos atômicos em redes cristalinas). UMA
contorno de grão geral tem cinco graus de liberdade. Três graus
especificar a orientação de um grão em relação ao outro, e
dois graus especificam a orientação da fronteira em relação a
um dos grãos.
A estrutura do grão é geralmente especificada fornecendo o diâmetro médio
ou usando um procedimento atribuído à American Society for Testing
e Materiais (ASTM) de acordo com o qual o tamanho do grão é especificado
pelo número n na expressão N = 2n--1, onde N é o número
de grãos por polegada quadrada quando a amostra é examinada na potência de 100.
O procedimento ASTM é comum em aplicações de engenharia. Dentro
pesquisa, muitas vezes é preferível medir o tamanho do grão pela técnica de
interceptação linear. Nesta técnica, as linhas são desenhadas no
fotomicrografia, e o número de interceptações de contorno de grão, N ao longo de ,
uma linha é contado. O intercepto linear médio é então
¯ eu
= , (5.1)
NM
¯ 65 × 10ÿ3
= = 7,1 um.
7 × 1300
Várias linhas devem ser desenhadas para ¯obter um valor estatisticamente significativo
resultado. O intercepto linear médio não fornece realmente o grão
tamanho, mas está relacionado a um parâmetro de tamanho fundamental, a área do
contorno de grão por unidade de volume, Sv, pela equação
¯ 2
= . (5.2)
Sv
A prova desta fórmula está além do escopo deste livro, mas é dada
por deHoff e Rhines.1 Se assumirmos, em uma primeira aproximação, que
os grãos são esféricos, temos a seguinte relação entre
a área e o volume do contorno de grão:
1 4ÿr 2
Sv =
2 4 3
3pr
3 3
= = . (5.3)
2º lugar D
1
RT deHoff e FN Rhines (eds.), Quantitative Microscopy (Nova York: McGraw-Hill,
1968).
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324 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS INTERFACIAIS E VOLUMÉTRICOS
Aqui, D é o diâmetro médio do grão, e o fator 1/2 foi introduzido porque cada
superfície é compartilhada entre dois grãos. A partir de
Equações 5.2 e 5.3, obtemos
3
D= ,
2
Exemplo 5.1
N = 2nÿ1
N = 56 + 48/2
= 56 + 24 = 80 = 2nÿ1
n = ln N/ln 2 + 1
= ln 80/ln 2 + 1
= 4,38/0,69 + 1 = 7,35.
2 ÿr = 1 em 2 ,
r = 0,56 pol,
¯ 2pr 2ÿ × 0,56 × 25,4
= =
NM 48 × 100
= 0,0186 mm = 18,6 ÿm.
Exemplo 5.2
3,07 em
4,1 25 pol.
12 cm
Fig. E5.2
60
N= = 4,65.
12,9
ln N = ln 2nÿ1
= (n ÿ 1) ln 2.
1,53 = (n ÿ 1)ln 2,
n ÿ 1 = 2,24,
n ÿ 3.
R. Gronsky.)
b/2 B
D= ÿ= (para ÿ muito pequeno), (5.4)
sen(ÿ/2) eu
bb
b/ 2
b
D~–
q
Grão
EU
D
Grão
II q/ 2
b = 1,3a.
1.3a
D= ÿ 7.8a.
eu
D = 8a.
de torção
simetricamente em relação ao limite. Um contorno consistindo inteiramente de
q
discordâncias em parafuso é chamado de contorno de torção, porque a desorientação Grão
II
pode ser descrita por uma rotação relativa de dois grãos em torno de um eixo. A Figura
5.5 mostra um limite de torção que consiste em dois grupos de discordâncias de
q
parafuso.
É possível produzir desorientações entre grãos por meio de limites combinados
Fig. 5.5 Limite de torção de baixo
de inclinação e torção. Nesse caso, a estrutura do contorno de grão consistirá em uma
ângulo.
rede de discordâncias de borda e parafuso.
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328 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS INTERFACIAIS E VOLUMÉTRICOS
1 eu eu G b2 D
E=Eÿ =Eÿ = ln +E núcleo , (5.5)
D b b 4ÿ(1 ÿ v) r0
onde Eÿ é a energia de deformação por discordância no contorno de grão.
Assim, a energia de um limite de inclinação é dada por2
Gb
E = eu (ÿ ln ÿ + A) = E = E 0ÿ(A ÿ ln ÿ), 4ÿ(1 ÿ v) (5.6)
Exemplo 5.3
Exemplo 5.4
Calcule a energia de um limite de inclinação de baixo ângulo em níquel como uma função
da desorientação ÿ, para 0 < ÿ < 10. Para Ni, r = 0,125 nm, G = 76
GPa, ev = 0,31.
2
MA Meyers e KK Chawla, Metalurgia Mecânica (Englewood Cliffs, Prentice Hall,
1984), pp. 273-275.
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5.2 LIMITES DE GRÃOS 329
uma uma
= .
d[110]
= ÿh2 + k2 + l2 ÿ2
Desta forma,
uma
b = = 2r = 0,250 nm
ÿ2
e
47 × 109 × 0,25 × 10ÿ9
E = ÿ(A ÿ ln ÿ).
4ÿ(1 ÿ 0,31)
Podemos supor que a energia de deslocamento é igual à energia do núcleo
quando a separação entre eles é igual a 10b. Isso é o dobro
raio do núcleo usado por muitos cientistas. A partir desse valor, obtemos o
valor da constante de integração, A. A sequência de equações é
G b2 b
Em = para D = 10b = ÿ ,
10
G b2 G b2 Gb
E= = = (ÿ = 0,1),
10D 100b 100
Gb Gb × 0,1
= (A - ln 0,1),
100 4ÿ(1 ÿ v)
4ÿ(1 ÿ v)
A = + ln 0,1 = 0,866 ÿ 2,30,
10
= -1,436.
Então
Exemplo 5.5
Solução: O espaçamento é
b
D= .
eu
b= , 4rcu = ÿ 2a,
ÿ2
(4/ ÿ2)rcu
b= = 2rcu = 0,314 nm,
ÿ2
0,5
ÿ = 0,5ÿ =
180ÿ = 0,0009 rad,
b 0,314
D= = = 34,9 nm.
eu 0,009
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330 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS INTERFACIAIS E VOLUMÉTRICOS
Temos assim
1 G b2 1 Gb
E=Eÿ = = , ÿ = 0,1.
D 10 D 100
Também,
Gb
E= ÿ(A ÿ ln ÿ).
4ÿ(1 ÿ v)
e segue que
4ÿ(1 ÿ v)
A= + ln
100º
1,6
gavg (superfície de Cu em hidrogênio)
superfície,
Energia
m2
de
J/
0,2
(S5)
E = E0q (A - ln/q)
(c) Fronteira dupla (ÿ3)
0,1
c
0
0° 10° 20° 30° 40° 70° 80°
Sites de
coincidências
aumenta linearmente com ÿ próximo de 0ÿ. Depois disso, a energia Fig. 5.7 Reticulado de
aumenta lentamente à medida que os campos de tensão das discordâncias coincidência formado por cada sétimo
adjacentes interagem mais fortemente. Esse comportamento é mostrado átomo nos dois grãos, desorientado
22ÿ por uma rotação em torno do eixo <111>.
na Figura 5.6. Uma tensão superficial, ÿ gb, pode ser associada a um
(Adaptado de ML Kronberg e HF
contorno de grão comum (alto ângulo), que consiste em uma mistura de
Wilson, Trans. AIME, 85
vários tipos de discordâncias.
é instrutivo determinar
Como o valor
as formas
de ÿ gb estáveis
é relativamente
assumidas
alto,
(1949), 501.)
pelos grãos de um determinado material. Como acontece, existem certos
limites especiais para os quais um ângulo alto particular entre dois cristais
adjacentes produz um valor baixo de ÿ. Esses limites especiais podem
ser divididos em duas categorias: limites de coincidência e limites de
gêmeos coerentes. Um limite de coincidência (Figura 5.7) é incoerente,
assim como um limite de grão comum; isto é, a maioria dos átomos de
um cristal na fronteira não corresponde aos sítios da rede do outro cristal.
Em média, no entanto, essa não correspondência em um limite de
coincidência é menor à medida que a densidade de locais de coincidência
aumenta. Por exemplo, na figura, um
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332 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS INTERFACIAIS E VOLUMÉTRICOS
(111) 38 1 em 7
22 1 em 7
32 1 em 13
47 1 em 19
(110) 39 1 em 9
50,5 1 em 11
26,5 1 em 19
(100) 37 1 em 15
espinélio
5 nm
(uma)
uma
6
1120
Al2O3
[1100] a
4
112
Interface
NiAl2O4
[110]
(b)
limite quando uma certa rotação de um grão em relação a outro grão resulta em
um padrão atômico tridimensional no qual uma certa fração de pontos de rede
coincidem nos dois grãos. O volume da célula primitiva CSL é um pequeno
múltiplo do volume da célula primitiva de rede. Tal limite CSL é caracterizado
por um parâmetro o recíproco da fração de sítios de rede que coincidem (na
, Tabela 5.1, = 7, 9, 13, 15, 19). Equivalentemente, é a razão entre o volume
da célula primitiva CSL e o da célula primitiva de rede. Um limite de gêmeo
coerente é 3. Observou-se que limites de grão CSL com valores relativamente
baixos de podem ter uma influência significativa no comportamento mecânico
de um material policristalino. Limites de CSL com pequenos valores de resultam
em estruturas ordenadas de curto período no contorno de grão. Os limites CSL
com menos de 29 mostram as seguintes vantagens sobre os limites de grão
aleatórios ou limites com valores mais altos:
10-3
100 101 102 103
Tamanho do grão, nm
Assim, parece que o controle do caráter e densidade dos limites baixos pode ser
um meio de produzir um material policristalino superior.
3
B. Palumbo, SJ Thorpe e KT Aust, Scripta Met., 24 (1990) 1347.
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5.2 LIMITES DE GRÃOS 335
(111)
GBD'S
(uma) (b)
Saliência
Um q B
(111)
(111)
Limite
de grão
(c) (d)
4
MF Ashby, F. Spaepen e S. Williams, Acta Met., 26 (1978) 1053.
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5.3 GEMINAÇÃO E LIMITES GÊMEOS 337
(b)
[110]1
[001]1
[110]2
[001]2
(110) avião
200 ÿm
(uma)
(b)
0,25 ÿm
(uma) (b)
(c)
Fig. 5.15 Gêmeos de deformação em nitreto de silício observados por TEM. (a) Campo
claro. (b) Campo escuro. (c) Padrão de difração de elétrons mostrando manchas de duas
12 variantes gêmeas, A e B. (Cortesia de KS Vecchio.)
10
Direção de
Plano de geminação
[1011]
geminação [1012]
uma
altas velocidades
Movimento de discordância em
cisalhamento/
cisalhamento
Módulo
Tensão
de
de
baixas velocidades
Geminação
Tt Temperatura
Fig. 5.18 Efeito da temperatura na tensão necessária para geminação e deslizamento (em taxas de
deformação baixas e altas). (Cortesia de G. Thomas.)
800 1750
1400
600 Geminação
1050
70–30 Latão
Estresse,
MPa
400 MPa
dÿ,
dÿ/
Cobre
200
350
Cobre
0 0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
Deformação Deformação
(uma) (b)
Fig. 5.19 (a) Tensão-deformação a temperatura abaixo da qual o material irá ceder por geminação em
curvas para o cobre (que deforma deformação convencional. No entanto, em altas taxas de deformação, o deslocamento
por deslizamento) e latão 70% Cu–30% Zn geração e dinâmica são tais que toda a curva é traduzida
(que se deforma por deslizamento e
para cima, enquanto a curva de geminação é estacionária, por razões que
geminação). (b) Endurecimento de trabalho
ser dado posteriormente. Assim, a interseção das duas curvas
inclinação dÿ/ dÿ em função do plástico
ocorre a uma temperatura mais elevada.
tensão; ocorre um platô para o latão em
Asgari, E. El-Danaf, SR Kalidindi, para geminação aumenta. A adição de zinco ao cobre diminui
e RD Doherty, Met. e Mate. a energia da falha de empilhamento drasticamente, de 78 mJ/m2 (para Cu puro)
Trans., 28A (1997) 1781.) a 7 mJ/m2 (para latão 75--25). Isso leva a uma planaridade muito maior
de deslizamento, que eventualmente resulta em geminação. A geminação gera
barreiras internas escorregam e quebram a microestrutura de um material em domínios
progressivamente menores. O resultado é um aumento
no endurecimento do trabalho; ou seja, o movimento das discordâncias é dificultado. A
Figura 5.19(a) ilustra esse efeito. A taxa de endurecimento do trabalho de
cobre diminui com a deformação plástica, da maneira esperada, enquanto
latão, em que a geminação é predominante, mostra uma quase constante
endurecimento por trabalho, em uma faixa de deformação plástica significativa. O começo de
geminação é claramente visto no platô da taxa de endurecimento, em
Figura 5.19(b).
Conforme mostrado na Figura 5.18, a tensão de geminação parece ser bastante
insensível à temperatura. A Figura 5.20 mostra a tensão de geminação
para vários metais. A tensão necessária para o deslizamento, por outro
lado, é bastante sensível à temperatura; veja a Figura 5.18.
A geminação mecânica é, em metais FCC, bastante sensível à
energia de falha de empilhamento. A tensão necessária para a geminação aumenta à medida que
a energia da falha de empilhamento é aumentada. A Figura 5.21 mostra a geminação
tensão para várias ligas de cobre. A seguinte relação é
obedecido entre a tensão de geminação, ÿT , e a energia de falha de estaqueamento,
ÿS F :
ÿS F 1/2
ÿT = K ,
Gb
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5.3 GEMINAÇÃO E LIMITES GÊMEOS 343
Fe - 3,3% Sim
300
Zr
cisalhamento
geminação,
Tensão
MPa
de
Fe - 2,5% Sim
200
Fe Fe
Com
Com - 20% Zn
100 No
Ag - 4% em
0
0 100 200 300 400
Temperatura, K
0 5 10 20 40 60 de empilhamento na tensão de
500 geminação para várias ligas de cobre. (De MA
PC PC Meyers, O. Voehringer, and VA
Com
Lubarda, Acta Mater., 49 (2001)
Com Zn
400 Com Ga 4025.)
Com Ge
Com Al
Com Ás
300 Com St
geminação,
Estresse
MPa
de
200
100
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08
g/Gb
ÿT = ÿS .
Titânio 100 ÿm
1000
800
Escorregar
Temperatura,
K
600
10 ÿm
400
200
3 ÿm
Geminação
0
10-7 10-5 10-3 10-1 10 103 105 107
(uma) Taxa de deformação, sÿ1
1200
20 em % Zn
1000
Cobre–Zinco
50 ÿm
800 15 em% Zn
Escorregar
Temperatura,
K 600
10 em% Zn
400
200
5 em% Zn
Geminação
0
10-7 10-5 10-3 10-1 10 103 105 107
(b) Taxa de deformação, sÿ1
Fig. 5.22 Temperatura-tensão plot separa os domínios de geminação e deslizamento. Como a taxa de deformação é
parcelas de taxa com deslizamento e geminação aumentada, a temperatura máxima para geminação é aumentada. o
domínios; (a) efeito do tamanho do grão em mesmo gráfico mostra o efeito do tamanho do grão (linhas diferentes). Enquanto o
titânio; (b) efeito de falha de empilhamento o tamanho de grão é diminuído, o domínio de geminação diminui. Figura 5.22(b)
energia em ligas de cobre-zinco. mostra o efeito da energia de falha de empilhamento nos domínios. Isso está feito
(De MA Meyers, O.
para uma liga monocristalina de cobre-zinco. A energia da falha de empilhamento
Voehringer, e VA Lubarda, Acta
diminui com o aumento do teor de zinco. Considerando que o Cu--20 em % Zn
Mater., 49 (2001) 4025.)
gêmeas de liga à temperatura ambiente e baixa taxa de deformação, é necessário
aplicar uma taxa de deformação muito alta em baixa temperatura para acionar
geminação em uma liga Cu--5 em % Zn.
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5.4 LIMITES DOS GRÃOS NA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA 345
5
J. P. Hirth, Met. Trans. 3 (1972) 3047.
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346 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS INTERFACIAIS E VOLUMÉTRICOS
600
1. 304 SS COZIDO (1% DE COMPENSAÇÃO)
8 2. 304 SS ROLADOS (1% DE COMPENSAÇÃO)
10
3. LATÃO (YS)
4. COBRE (YS)
500 5. AÇO "FERROVAC E" (YS)
2
79 6. 0,05 C AÇO (YS)
7. 0,09 C AÇO (YS)
Estresse,
MN/
m2
300 5
200
3
100 11 4
13
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
D-1/2, mm-1/2
Fig. 5.23 Gráfico Hall–Petch Desde que Hall e Petch6 introduziram sua conhecida relação entre o
para vários metais e ligas. YS ponto de escoamento mais baixo dos aços de baixo carbono e o tamanho do
indica força de rendimento. grão, um grande esforço tem sido dedicado a explicar essa relação de um
ponto de vista fundamental e aplicá-la ao rendimento e tensão de fluxo de
diferentes metais e sistemas de ligas. A equação Hall-Petch (H-P) tem a forma
ÿy = ÿ0 + kD ÿ1/2, (5.8)
6
EO Hall, Proc. Roy. Soc. (Londres) B64 (1951) 474; NJ Petch, J. Iron Steel Inst. 174 (1953)
25.
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5.4 LIMITES DOS GRÃOS NA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA 347
yp 640,33 0,79
yp 21,57 0,41
uma
31.)
Salão Normal-Petch
102
variar
Único cristal
101
10-1 100 101 102 103
Comprimento, mm-1/2
o comportamento deve ser considerado não uma lei universal, mas uma aproximação em
uma faixa limitada de tamanhos de grão. Uma vez que a maior parte da engenharia
as ligas têm tamanhos de grão na faixa de 10--100 ÿm, a equação Hall-Petch é realmente
muito útil.
As principais teorias propostas para explicar a relação Hall-Petch são apresentadas a
seguir. As duas primeiras teorias perderam muito
sua credibilidade, porque os empilhamentos de deslocamento não são considerados tão
importantes como costumavam ser, especialmente em energia de falha de alto empilhamento
materiais.
resolvida a tensão de cisalhamento aplicada no plano de deslizamento, então a tensão que atua
na cabeça de um pileup contendo n discordâncias é nÿ a (Equação
4.26). O número de discordâncias em um pileup depende do comprimento
do empilhamento, que, por sua vez, é proporcional ao diâmetro do grão
D. De acordo com Eshelby et al.7 (ver Equação 4.26(a)):
ÿnGb
L= . (5.9)
pta
7
JD Eshelby, FC Frank, e FRN Nabarro, Phil. Mag. 42 (1951) 351.
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5.4 LIMITES DOS GRÃOS NA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA 349
Da Equação 5.9
ad ta de Dt _ 2
uma
ÿ ÿ ÿc , ou ÿ ÿc.
2Gb / p 2Gb
ÿ ÿ ÿ0 + kD ÿ1/2. (5.11)
A Equação 5.11 é essencialmente idêntica à Equação 5.8, uma vez que o cisalhamento
tensões são convertidas em tensões normais. Observe que a equação de Eshelby é válida
apenas para um grande número de discordâncias; portanto, a equação não é aplicável a
tamanhos de grão abaixo de alguns micrômetros.
ou
8
AH Cottrell, Trad. TMS-AIME, 212 (1958) 192.
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350 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS INTERFACIAIS E VOLUMÉTRICOS
resmungar.)
(uma)
0,2 milímetros
(b)
ÿ = ÿ0 + ÿG bÿÿ, (5.12)
9
JCM Li, Trad. TMS-AIME, 227 (1963) 239.
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5.4 LIMITES DOS GRÃOS NA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA 351
ÿ ÿ Sv . (5.13)
A Equação 5.3 mostra que a superfície do contorno de grão por unidade de volume,
Sv, é inversamente proporcional a D. Assim:
1
ÿÿ . (5.14)
D
ÿ = ÿ0 + GbD ÿ1/2.
ÿI = 1,37ÿAP,
10
MA Meyers e E. Ashworth, Phil. Mag., 46 (1982) 737.
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352 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS INTERFACIAIS E VOLUMÉTRICOS
(b)
(c)
Chega-se a um relacionamento
ÿ1/2
ÿy = ÿB + 8k(ÿG B ÿ ÿB )D ÿ 16k2(ÿGB ÿ ÿB ) D ÿ1. (5.15)
Exemplo 5.6
Se você pudesse produzir aço AISI 1020 com granulometria de 50 nm, o que
seria a tensão de escoamento esperada, assumindo uma resposta Hall-Petch?
(Use os dados da Figura 5.23.)
ÿ0 = 120 MPa,
Portanto,
ÿ1/2
ÿ = (120 × 106 ) + (0,56 × 106 ) × (50 × 10ÿ9 )
= 2,65 × 109 Pa
= 2,65 GPa.
pode ter um efeito análogo aos contornos de grão. Exemplos são células
paredes e gêmeos de deformação. Essas barreiras foram estudadas por vários
investigadores, e seu efeito sobre a tensão de fluxo pode ser representado por
a equação geral
= ÿ0 + K ÿm, ÿ f (5.16a)
1
onde o coeficiente m varia entre querer incluir os efeitos do tamanho do e 1. Se nós
2
grão e do refinamento da subestrutura devido às barreiras internas, podemos usar o seguinte
ÿ1/2 + K ÿm.
ÿf _ = ÿ0 + K 1D 2 (5.16b)
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354 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS INTERFACIAIS E VOLUMÉTRICOS
0,1 milímetros
600
107
d, mm
onde esta equação expressa a linha reta que passa por (ÿ f ÿ ÿ0, d¯) e (ÿ1 ÿ
ÿ0, d¯1). Observe que a ordenada na Figura 5.26 é ÿ ÿ ÿ0. A manipulação da
Equação 5.17 produzirá
ÿ1
(ÿ f ÿ ÿ0) .
log = log (ÿ f ÿ ÿ0)
d¯ d¯1
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5.6 MATERIAIS NANOCRISTALINOS 355
Por isso,
ÿ1 ÿ ÿ0
ÿ f ÿ ÿ0 = d¯ÿ1 = K d¯ÿ1.
d¯ÿ1
1
pf _ = ÿ0 + K d¯ÿ1.
o aço tende cada vez mais para o eutetóide, outros efeitos, como
como a razão ferrita-perlita, o espaçamento das camadas de cementita no
perlita, e o tamanho das colônias de perlita, tornam-se importantes
parâmetros. Gladman, McIvor e Pickering11 desenvolveram uma expressão para misturas
de perlita-ferrita, a saber,
1/3
+ (1 ÿ f uma
)[11,6 + 0,25Sÿ1/20 ] + 4,1(% Si) + 27,6(ÿ %N),
Desde 1985, uma grande quantidade de pesquisas tem sido dedicada a materiais
contendo tamanhos de grão na faixa nanométrica. Esses materiais possuem
propriedades mecânicas, magnéticas e eletrônicas que são bastante diferentes das dos
materiais cristalinos convencionais (10 ÿm ÿ d ÿ
300 um). É claro que altos níveis de resistência podem ser alcançados através de
redução do tamanho de grão. Outro efeito benéfico é um aumento
deformabilidade da cerâmica, devido à grande interface grão-limite.
Um nível de resistência de 4.000 MPa foi obtido em um aço trefilado que
um tamanho de grão de 10 nm (0,01 ÿm).
11
T. Gladman, ID McIvor e RE Pickering, J. Iron Steel Inst., 210 (1972) 916.
12
JM Hyzak e IM Bernstein, Met. Trans., 7A (1976) 1217.
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356 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS INTERFACIAIS E VOLUMÉTRICOS
Grão desordenado
átomos de fronteira
Existem também outras técnicas: epitaxia por feixe molecular, rápida solidificação do
fundido, pulverização reativa, sol-gel, deposição eletroquímica e erosão por faísca.
200
rendimento,
Estresse
Mpa
de
150
100
50
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4
13
JSC Chang e CC Koch, Scripta Met. Mat., 24 (1990) 1599.
14
RO Scattergood e CC Koch, Scripta Met. Mat., 27 (1992) 1195.
15
MA Meyers, A. Mishra, e DJ Benson, Prog. Mater. Sci., 51 (2006) 427.
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358 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS INTERFACIAIS E VOLUMÉTRICOS
A incorporação do termo Dÿ1 na equação Hall-Petch que foi realizada por Meyers e
Ashworth, e descrita na Seção 5.4.4, leva aos resultados mostrados na Figura 5.33. O
termo Dÿ1 na Equação 5.15 é negativo e produz uma diminuição gradual na inclinação
da curva Hall-Petch. Isso fica evidente no gráfico da Figura 5.33, feito pela aplicação
da Equação 5.15.
16
H.-H. Fu, DJ Benson e MA Meyers, Acta Mater., 49 (2001) 2567.
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5.7 DEFEITOS VOLUMÉTRICOS OU TRIDIMENSIONAIS 359
10 mm
20 nm 10 milímetros
(uma) (b)
Fig. 5.36 Fase vítrea no ponto triplo em nitreto de silício; observe os planos cristalográficos
individuais em Si3N4. (Cortesia de KS Vecchio.)
Exemplo 5.7
(b) Se o módulo de Young para o TiC totalmente denso é 440 GPa, qual é o módulo de Young
para o TiC poroso?
Fig. E5.7
Solução :
E = E 0(1 ÿ 1,9p)
Leitura sugerida
Defeitos interfaciais
H. Gleiter. ''Sobre a estrutura dos limites de grãos em metais.'' Mater. Sci. Eng.,
52 (1982) 91.
H. Gleiter e B. Chalmers. "Limites de grãos de alto ângulo", Progress in Materials Science, vol. 16,
B. Chalmers, JW Christian e TB Massalski, eds.
Elmsford, NY: Pergamon Press, 1972.
LE Murr. Fenômenos Interfaciais em Metais e Ligas. Reading, MA: Addison
Wesley, 1975.
AP Sutton e RW Baluffi. Interfaces em Materiais Cristalinos. Nova York, NY:
Oxford University Press, 1994.
Geminação
RE Reed-Hill, JP Hirth e HC Rogers, eds., Deformation Geminação. TMS
AIME Conf. Proc. Nova York, NY: Gordon e Breach, 1965.
JW Christian e S. Mahajan. Geminação de Deformação. Nova York, NY: Oxford
Editora Universitária, 1995.
Exercícios
E eu eu
= 1 ÿ ln ,
E ÿmax
máximo ÿmax
5.5 Considere dois contornos de inclinação paralelos com desorientações ÿ que, 1 e ÿ 2. mostrar
5.6 Você pode sugerir uma técnica rápida para verificar se as linhas observadas em um microscópio
óptico na superfície de uma amostra polida após a deformação são linhas de deslizamento ou
marcações duplas?
5.7 Uma fronteira gêmea separa dois cristais de orientações diferentes; no entanto, não precisamos
necessariamente de deslocamentos para formar um gêmeo. Por quê?
5.8 Seja m o comprimento total das discordâncias por unidade de área de um contorno de grão.
Suponha que no escoamento, todas as discordâncias no interior dos grãos (ÿ) sejam as emitidas
pelos contornos. Suponha também que os grãos sejam esféricos (com diâmetro D). Deduza a
relação Hall-Petch (ÿ = ÿ0 + kDÿ1/2) para este caso e dê a expressão para k.
5.9 Considere uma corda de piano que tem uma estrutura 100% perlítica. Quando este fio sofre
uma redução de diâmetro de D0 para Dÿ, o espaçamento interlamelar perlita normal ao eixo do fio
é reduzido de d0 para dÿ, ou seja,
d0 D0
= ,
dÿ Dÿ
k e
ÿ = ÿi + exp ÿd0 .
4
5.10
(a) Determine a interceptação linear média, a área de superfície por unidade de volume e o diâmetro
de grão estimado para a amostra mostrada na Figura Ex5.10.
(b) Estime a tensão de escoamento do corpo de prova (aço inoxidável AISI 304). (c)
Estime os parâmetros da parte (a), excluindo os gêmeos de recozimento. Por
qual porcentagem a tensão de escoamento será diferente?
5.11 O professor MI Dum realizou um estudo sobre o efeito do tamanho de grão na tensão de
escoamento de vários metais usando amostras de folha fina (espessura de 0,1 mm e largura de
6,25 mm). Ele investigou tamanhos de grão de 5, 25, 45 e 100 ÿm. Fig. Ex5.10
Quais espécimes podem ser considerados verdadeiramente policristalinos?
0,96 251
2 10 185
20 95 86
130 95
33
25
17
AW Thompson, Acta Met., 25 (1977)
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366 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS INTERFACIAIS E VOLUMÉTRICOS
5.14 Nilles e Owen18 encontraram uma forte dependência do tamanho de grão da tensão
necessária para geminação ao deformar uma liga Fe--25 at.% Ni a 4 K. Pelo que você
aprendeu no texto, esse comportamento é esperado? Compare a razão das inclinações Hall-
Petch da geminação e tensões de escoamento para Fe--25% Ni com a razão encontrada
para cromo e Fe--Si.
5.15 A maioria dos materiais policristalinos, quando gravados, formam sulcos nos contornos
de grão. Quando recozidas, as cerâmicas formam sulcos térmicos nos limites de grão. Um
esquema de tal ranhura é mostrado na Figura Ex5.15. Se a energia superficial por unidade
de área do material for ÿ s, deduza uma expressãocontorno
para a energia
de grãopor unidade
entre de área
os grãos 1 e 2.do
q Vapor
Sólido 5.16 Estime o diâmetro médio de grão e a área de contorno de grão por unidade de volume
para um material que possui grãos isotrópicos (a mesma dimensão em todas as direções)
1 2
e tamanho de grão ASTM 6.
5.18 Um estudante de pós-graduação (os alunos de graduação são muito mais brilhantes!)
mediu o tamanho do grão de uma amostra metálica e descobriu que era igual a ASTM #2.
No entanto, ele tinha a ampliação errada em sua foto (400× em vez de 100×). (a) Qual é o
tamanho de grão ASTM correto? (b) Qual é o diâmetro aproximado do grão?
5.20 Calcule a fração volumétrica de vazios na amostra de TiC mostrada na Figura 5.35(b).
5,22
(a) Usando o intercepto linear médio, calcule o diâmetro de grão para tanta
lum, dada a micrografia na Figura 5.29(a). (b) Calcule
o tamanho de grão ASTM. (c) Estime a tensão de
escoamento para este espécime de tântalo, usando valores de
Tabela 5.3.
18
JL Nilles e WS Owen, Met. Trans., 3 (1972) 1877.
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EXERCÍCIOS 367
Fig. Ex5.21
5.23 Uma amostra policristalina tem 16 grãos por polegada quadrada em um micrográfico tirado
com ampliação de 100x. Qual é o número de tamanho de grão ASTM?
5.24 Uma linha de 20 cm deu sete interseções em uma micrografia de 100 ×. Usando o método
de interceptação linear, determine a interceptação linear média e o tamanho de grão.
5.25 Quantos grãos em uma área de 5 × 5 cm seriam contados em uma fotomicrografia tirada
com uma ampliação de 500 × para um metal com tamanho de grão ASTM 3.
5.26 A tensão de escoamento do aço AISI 1020 com tamanho de grão de 200 ÿm é de 200 MPa.
Estime a tensão de escoamento para um tamanho de grão de 10 ÿm se a constante Hall-Petch
k = 0,8 MN/m3/2.
5.27 Um limite de inclinação de pequeno ângulo tem uma orientação incorreta de 0,1ÿ. Qual é o
espaçamento entre as discordâncias neste limite se o vetor de Burgers da discordância for 0,33
nm?
5,29
(a) Determine o tamanho de grão para a microestrutura de zircônio mostrada na Figura Ex5.29,
usando o método de interceptação linear. Use a escala dada na parte inferior.
(b) Use a equação Hall-Petch para determinar a tensão de escoamento deste material,
dado ÿ0 = 29 MPa, k = 0,25 MPa m1/2.
5.30 Da Figura 5.2 (a, b) encontre o diâmetro de grão de amostras usando o método ASTM de
interceptação linear, N = 2n--1.
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368 IMPERFEIÇÕES: DEFEITOS INTERFACIAIS E VOLUMÉTRICOS
5.32 Se uma amostra de cobre tivesse um tamanho de grão de 75 mm, qual seria a tensão
de escoamento esperada, assumindo uma resposta Hall-Petch? (Use os dados da Figura
5.23.)
Capítulo 6
Geometria da Deformação e
Endurecimento do Trabalho
6.1 Introdução
Dentro
Extrusão (direta e indireta). (d) Desenho
(uma)
Haste
RAM extrudada
Boleto
Câmara
RAM
Haste extrudada
Boleto
Câmara
(c)
Matriz superior
Forjamento
Tensão
Matriz inferior
o
Calhas de flash
(b) (d)
Corrediça
Desenhar conta
Matriz inferior
(e)
1000 1000
400°C
90% de redução de laminação a frio
500°C
800 80%C 800
60%C
40%C
600 600 600°C
20%C
700°C
engenharia,
Tensão
MPa
de
Recozido engenharia,
Tensão
MPa
de
400 400
valor. Assim, para um material endurecido por trabalho, a tensão de fluxo é aumentada Fig. 6.3 Engenharia-tensão–
curvas de deformação de engenharia para
acima de ÿ0, enquanto para um material idealmente plástico, a tensão de escoamento
níquel. (a) Níquel submetido a 0,
é constante em ÿ0. Sob certas condições, o material também pode amolecer.
20, 40, 60, 80 e 90% de laminação a frio
Isso também é mostrado na Figura 6.2 e é discutido com mais detalhes em
redução. (b) Níquel laminado a frio para
Seção 6.4.
80%, seguido de recozimento em
No Capítulo 4, discutimos os vários tipos de defeitos em materiais. Destes defeitos, temperaturas diferentes. (De d.
os principais portadores de deformação plástica em Jaramillo, VS Kuriyama e MA
metais e cerâmicas são discordâncias e gêmeos. Do simples Meyers, Acta Met. 34 (1986) 313.)
movimento de discordâncias ao longo de planos específicos, derivamos o Orowan
Equação 4.29, que relaciona a deformação plástica global com o movimento e a
densidade da discordância individual. Basicamente, o endurecimento em uma estrutura
cristalina ocorre porque esses materiais se deformam plasticamente por
o movimento de deslocamentos, que interagem diretamente entre si e com outras
imperfeições, ou indiretamente com o interior
campo de tensão (curto ou longo alcance) de várias imperfeições e
obstáculos. Todas essas interações levam a uma redução na média móvel
deslocamentos, que então requerem uma tensão maior para realizar o movimento
adicional (ou seja, com a deformação plástica contínua, nós
necessidade de aplicar uma tensão cada vez maior para maior deformação plástica);
daí o fenômeno do endurecimento do trabalho.
A Figura 6.3 ilustra como um metal (neste caso, níquel) endurece por laminação
a frio. Como a placa de níquel é reduzida em espessura
(e aumentou em comprimento), sua resposta ao estresse--deformação muda. No
figura, plotamos tensão de engenharia versus tensão de engenharia, e todos
as curvas mostram um amolecimento após o endurecimento. Esse amolecimento não se deve
a um “amolecimento” estrutural inerente, mas a uma redução localizada na
seção transversal, chamada de estrangulamento. (Consulte o Capítulo 3.) A tensão de escoamento aumenta
1000
nominal,
Tensão
MPa
800 1100
1200
600
1300
1400
1500
400
1600
200 1700
1770
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tensão aparente (%)
curva recozida, mostrando que os efeitos da laminação a frio foram eliminados. Isso ocorre porque as
discordâncias produzidas pela deformação plástica foram eliminadas pelo recozimento. Os espécimes
de níquel eram policristalinos, com tamanho de grão de 40 ÿm.
maneiras.
medida que a temperatura aumenta além de 950 ÿC, a deformação plástica gradualmente se instala.
Isso é chamado de transição dúctil-frágil. À medida que a temperatura aumenta, a tensão de
escoamento diminui. Neste regime de temperatura, o material apresenta plasticidade. No Al2O3
monocristalino deformado em altas temperaturas, também é observada deformação plástica
significativa. A Figura 6.5 mostra o
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6.2 GEOMETRIA DA DEFORMAÇÃO 373
e = 3,5 × 10ÿ4sÿ1
e = 1,4 × 10ÿ4sÿ1
0
0,05 0,1 Deformação de
cisalhamento
Uma analogia pode ser feita com mapas. Imagine que olhamos para a
Terra de cima; isto é, vemos o hemisfério norte com o pólo norte no centro.
Se agora desenharmos um mapa em um círculo, teremos uma situação
análoga a uma projeção estereográfica. Os meridianos do mapa correspondem
a grandes círculos na projeção estereográfica - isto é, círculos cujo centro
coincide com o centro da esfera. Os quatro grandes círculos perpendiculares
ao plano do papel são projetados como linhas retas.
c
f
s (Direção de deslizamento)
eu
(Plano de deslizamento)
A1
A Figura 6.8 mostra um cristal com área de seção transversal normal A sobre o
qual atua uma carga de tração P, gerando uma tensão uniaxial P/ A. O plano e
a direção de deslizamento são indicados, respectivamente, pelos ângulos ÿ e ÿ
que fazem com o eixo de tração. A normal n do plano de escorregamento, área
da seção transversal A1, que faz um ângulo ÿ com a direção de carregamento .
A = A1 cos ÿ.
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376 GEOMETRIA DA DEFORMAÇÃO E ENDURECIMENTO
P cos ÿ P
t= = cos ÿ cos ÿ.
A1 UMA
ÿ = ÿ cos ÿ cos ÿ.
O ângulo entre quaisquer duas direções a e b pode ser obtido a partir do produto
escalar desses vetores:
a · b = |a||b| porque eu
ou
a·b
cos ÿ = .
|a||b|
Para cristais cúbicos, planos e direções com os mesmos índices são perpendiculares,
e o ângulo é determinado a partir dos coeficientes h, k e l. Para dois vetores
4
resolvido,
Estresse
normal
crítico
MN/
não
m2
3,0
situação para cristais FCC. A orientação para a qual os cristais FCC são mais macios é M =
2.6
0,5, ou Mÿ1 = 2, que ocorre aproximadamente no centro do triângulo. Acredita-se que a
2.4
dependência da orientação para sistemas cúbicos seja porque os componentes das tensões 2.2
de compressão que atuam normais aos planos de deslizamento são diferentes para 2,1
2,05
t c diferentes orientações no mesmo nível de tensão aplicada. 2,02
2,0
[100]
2,449 2,4 2,4
2,449 [110]
Essas tensões de compressão devem ter efeito em ÿ c. O deslizamento fácil em cristais FCC
Fig. 6.10 Efeito da orientação no
é maior no centro da projeção estereográfica, na região mais próxima (mas não coincidente) inverso do fator de Schmid
com o canto <110>. (1/M) para metais FCC. (Adaptado
Ele é afetado por vários parâmetros, sendo os mais notáveis os seguintes. com permissão de GY Chin,
“Inhomogeneities of Plastic
Deformation”, em The Role of
1. Tamanho da amostra. Amostras com uma área de seção transversal menor tendem a Preferred Orientation in Plastic
têm uma região de fácil deslizamento mais estendida. Deformation (Metals Park, OH:
2. Temperatura. O deslizamento fácil é mais pronunciado em temperaturas mais baixas e ASM, 1973), pp. 83, 85.)
pode desaparecer completamente em altas temperaturas.
3. Energia de falha de empilhamento. Metais FCC com baixa energia de falha de empilhamento tendem
ter uma região de fácil deslizamento mais pronunciada. Por quê?
4. Átomos de soluto. Se os átomos de soluto fixarem as discordâncias, eles encurtarão seu
caminho livre médio e a extensão do deslizamento fácil. Se os átomos de soluto
contribuem principalmente para a redução da energia da falha de empilhamento ou para
a ordenação, eles aumentarão a faixa de deslizamento fácil.
1
E. Schmid e W. Boas, Kristalplastizitat (Plasticity of Crystals) (Berlim e Londres: Springer
e Hughes, 1950).
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378 GEOMETRIA DA DEFORMAÇÃO E ENDURECIMENTO
Exemplo 6.1
Solução:
n·
cos ÿ = | ,
n|·| |
s·
cos ÿ = ,
|s|·| |
e a seguinte tabela:
6/18 184
¯
(111) 122
¯
[011] 367
f
eu
Fig. E6.1
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6.2 GEOMETRIA DA DEFORMAÇÃO 379
Exemplo 6.2
Calcule a energia total devido às discordâncias no ferro na condição recozida, após 20% de
deformação plástica e 100% de deformação plástica.
Use tanto a equação exata (Equação 4.20) quanto a aproximada (Equação 4.21) (U =
Gb2/2). Suponha que o núcleo tenha um raio igual a 5b e que as discordâncias sejam
distribuídas uniformemente entre os tipos de aresta e parafuso.
Dadas as seguintes informações:
G = 81,6 GPa,
v = 0,293,
r = 0,124 nm.
A relação tensão-deformação é:
ÿ = ÿ0 + kÿ n,
1
= 50 × 106, k = 100 × 106, en = onde ÿ 0 /2.
A densidade de discordância é:
2 1 2
ÿ = (ÿ ÿ 40 × 106 ) × = 3,5 × 10ÿ3 (ÿ ÿ 40 × 106 ) .
16.672
Daí, para
× 1014 mÿ2 .
Então, para
ÿ = 0, l ÿ 1,69 × 10ÿ5 m,
ÿ = 1, 10ÿ7 m,
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380 GEOMETRIA DA DEFORMAÇÃO E ENDURECIMENTO
e nós temos
|b| = e 12 + 12 + 12 = 4 anos
= 0,496 nm.
Assim, para
U = UT ÿ,
e para
ÿ = 0, U = 696,3 J/m3 , ÿ =
0,2, U = 74,2 × 104 J/m3 , ÿ = 1, U
= 2,3 × 105 J/m3 .
dÿ dÿ
dÿ = = . (6.4)
sen x cos l M
Plano conjugado (111) [101] Plano crítico (111) Fig. 6.11 Estereográfico
[111] projeção mostrando a rotação de
[111]
plano de deslizamento durante a deformação.
[211]
Direção P1, dentro do estereográfico
eu
triângulo se move em direção a P2 em
P2 P1
limite [100]–[111]. Então, P2
move para [211].
[110] [110]
[100]
c
[111] [111]
[101]
Plano cruzado (111) Plano primário (111)
2
(De TE Mitchell, Prog. App.
40
Mats. Res. 6 (1964) 117.)
20
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1.2 1,4 1,6 1,8
Tensão de cisalhamento
convenientemente, em três regiões: I, II e III; ÿI, ÿII e ÿIII são as respectivas inclinações t3
T1
de encruamento (dÿ / dÿ ) das regiões. A seguir, descrevemos os pontos salientes das
várias etapas. cisalhamento
Tensão
de
qII
diferentes.
deformações mais altas e são constituídos por grupos de linhas de deslizamento. Por
outro lado, as marcas de deslizamento são observadas como degraus na superfície
do corpo de prova. O estágio I não existe em policristais ou em monocristais orientados
para polideslizamento. A extensão deste estágio depende fortemente da orientação
do cristal. A deformação no final do estágio I (ÿ 2) tem um valor máximo quando a
orientação do cristal está localizada no centro do triângulo estereográfico padrão. O
final do estágio I é considerado o início do escorregamento secundário (quando, na
Figura 6.11, o ponto P1 se moveu para P2).
O estágio II, ou estágio de endurecimento linear, possui as seguintes
características importantes.
2
A. Seeger, em JC Fischer, WG Johnston e T. Vreeland (eds.), Dislocations and Mechanical
Properties of Crystals (Nova York: John Wiley, 1957), p. 243.
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384 GEOMETRIA DA DEFORMAÇÃO E ENDURECIMENTO
Cruz
Primário
1011
Um
No entanto, devido à interferência mútua de grãos vizinhos e ao problema de Sistemas
Dois
deformações compatíveis entre grãos adjacentes, o deslizamento múltiplo ocorre Seis
de deslizamento
1010
com bastante facilidade e, consequentemente, há um encruamento apreciável logo Policristais.
no início da deformação.
De maneira semelhante à dos monocristais, as discordâncias primárias
109
interagem com as discordâncias secundárias, dando origem a dipolos e loops de
(cm-2)
r1/2
a 108 deslocamentos por cm2, enquanto um metal trabalhado plasticamente a frio Wiedersich, J. Metals, 16 (1964) p.
425, 427.)
pode conter até 1012 deslocamentos por cm2. A relação entre a tensão de fluxo e a
densidade de discordância é a mesma observada para monocristais - isto é,
ÿ = ÿ0 + ÿG bÿÿ, (6.5)
onde ÿ é uma constante com um valor entre 0,3 e 0,6. Essa relação foi observada
como válida para a maioria dos casos. ÿ0 é a tensão necessária para mover uma
discordância na ausência de outras discordâncias. A Figura 6.15 mostra que a
Equação 6.5 é obedecida para monocristais de cobre (com um, dois e seis sistemas
de deslizamento operando), bem como policristais. A relação é muito importante e
serve de base para as teorias de endurecimento do trabalho. Em cerâmica, apenas
observações limitadas desse tipo foram feitas. No entanto, eles mostram a mesma
tendência. Medidas de densidades de discordância em safira (ÿ-alumina
monocristalina) submetida à deformação plástica em altas temperaturas (1.400--1.720
ÿC ), acima da transição dúctil-frágil, são mostradas na Figura 6.16. Essas densidades
de discordância foram medidas em deformações ÿ < 0,23, e observou-se que a
densidade de discordância apresentou uma dependência de tensão análoga à
Equação 6.5, com ÿ0 = 0. O coeficiente de proporcionalidade foi dependente da
temperatura e variou na faixa de 0,2--0,5, que é muito semelhante à faixa
correspondente para metais.
0 0 10 20 30 40 50 60 70
t , MN/m2
3
GI Taylor, Proc. Roy. Soc. (Londres), A145 (1934) 362.
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6.3 ENDURECIMENTO EM POLICRISAIS 387
eu
ÿ = kÿb , (6.6)
GB x1(x21 ÿ x22 )
ÿ12 = .
2ÿ(1 ÿ ÿ) (x21 + x22 )
GB K Gb
ÿ12 = = ,
ÿ(1 ÿ ÿ)L eu
K Gb
t=
eu
ÿ = K Gbÿÿ. (6.7)
c c
ÿ = K Gb = kG . (6.8)
kb
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388 GEOMETRIA DA DEFORMAÇÃO E ENDURECIMENTO
1/2 ÿ = ÿ0 + kc
Células
(uma)
(b)
Pontos
de difração
em arco
Limites do
subgrão
(c)
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390 GEOMETRIA DA DEFORMAÇÃO E ENDURECIMENTO
4
J. Gil Sevillano, P. van Houtte e E. Aernoudt, Prog. mãe. Sci., 25 (1981) 69.
5
D. Kuhlmann-Wilsdorf, Met. Trans. 11A (1985) 2091.
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6.3 ENDURECIMENTO EM POLICRISAIS 391
Fontes
7
14 15
Fontes 8
ativadas da parede
celular ~L = g{
Exemplo 6.3
A tensão de fluxo é a tensão de cisalhamento necessária para operar uma fonte Frank--
Read. Portanto (da Equação 4.22d),
ÿ = G b/ = G bÿÿ.
Para cobre, b = 3,6 × 10ÿ10( ÿ2/2) m = 2,55 × 10ÿ10 m, onde 3,6 × 10ÿ10 m é o parâmetro
de rede Cu. Reorganizando a expressão anterior, obtemos a densidade de discordância /
(50 × 109 )
2 2 2
2ÿ=ÿ / G 2b2 = ( 42 x 106 ) × (2,55 × 10ÿ1 ) ,
ou
Exemplo 6.4
Solução: A tensão de tração está relacionada com a tensão de cisalhamento pelo Schmid
fator
ÿ = Mÿ1 t.
p
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392 GEOMETRIA DA DEFORMAÇÃO E ENDURECIMENTO
300
Hegemier e HE Reed, Mech.
E3
Mater., 4 (1985) 215; dados 200
originalmente de A. Anvar.)
100
0 012 3
Deflexão, mm
Desta forma,
Além disso, a deformação de tração ÿ está relacionada com a deformação de cisalhamento ÿ por
ÿ = Mp y.
Desta forma,
ou
Exemplo 6.5
G b2
U=p .
2
Para cobre, G = 48,3 GPa eb = 0,25 nm. Assim, a energia de deformação total é (ÿ = 1011
cmÿ2 = 1015 mÿ2):
1
Em = × 1015 × 48,3 × 109 × 0,0625 × 10ÿ18
2
= 1,5 x 106 J/m3 .
Assumindo que esta amostra de cobre apresenta endurecimento por trabalho e que a equação
constitutiva é (ver Equação 3.11)
ÿ = ÿ0 + Ken ,
Onde
ÿ0 = 50 MPa,
n = 0,5,
K = 500 MPa.
Podemos calcular a energia total de deformação por unidade de volume com uma deformação
de 0,5:
e e1
Em = ÿÿÿ = (ÿ0 + K e )d
0 0
e 1+1 0,35
= 50
Kn + 1 = (25 + 116) x 106 = x1,41
106xx108
0,5 J/m3
+ 500. x 106 x = ÿ0ÿ1 +
1,5
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394 GEOMETRIA DA DEFORMAÇÃO E ENDURECIMENTO
600
0,001 s-1
Mech. Mater., 17 (1994) 175.) (b) Esquemático
400 0,01 s-1
linear
1,44 s-1
curvas de tensão de cisalhamento-deformação de cisalhamento 200
3,9 s-1
para titânio em diferentes
0
temperaturas, com curva adiabática sobreposta 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
construída a partir de Verdadeira tensão
(uma)
(Adaptado de M.
600 mil
300
A. Meyers e H.ÿR. Pak, Acta Met., 34 (1986)
2493.) cisalhamento,
Tensão
MPa
de
Adiabático
Curva
200 800 mil
100
1000K
0
0 2 4 6 8 10
(b) Tensão de cisalhamento
Se não houver tempo suficiente para que o calor escape do corpo de prova
durante a deformação, o material não pode mais ser considerado isotérmico, e a
perda de resistência causada pelo aumento da temperatura excederá, em certo
ponto, o aumento de resistência devido ao endurecimento do trabalho. Nesse
ponto, a curva tensão-deformação começa a diminuir e o amolecimento térmico
se instala. Isso é mostrado na Figura 6.21(a).
Em taxas de deformação mais baixas (2 × 10ÿ4 sÿ1, 10ÿ3 sÿ1 e 10ÿ2 sÿ1), as
curvas mostram o comportamento normal de encruamento até altas deformações.
No entanto, para as taxas de deformação de 1,44 sÿ1 e 3,9 sÿ1, as curvas tensão-
deformação mostram máximos além dos quais o amolecimento se estabelece. É
fácil entender e prever esse amolecimento. A Figura 6.21(b) mostra as curvas de
tensão de cisalhamento--deformação de cisalhamento para titânio em diferentes
temperaturas. Por simplicidade, assumiu-se o endurecimento por trabalho linear.
Essas curvas são todas isotérmicas. Agora calculamos a elevação de temperatura
produzida pela deformação plástica, aplicando a seguinte equação:
dT = b ÿde,
ÿCp
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6.5 FORTALECIMENTO DA TEXTURA 395
b
T= em e.
ÿC p
Na Figura 6.21(b), uma curva adiabática foi construída dessa forma. O fator de
conversão de trabalho em calor ÿ é geralmente considerado na faixa de 0,9 a 1,0.
(A maior parte do trabalho é convertida em calor.) A curva adiabática mostra um
máximo em ÿ aproximadamente igual a 1; isso marca a tensão de cisalhamento na
qual o amolecimento começa.
O amolecimento do material levará ao fenômeno de localização de cisalhamento
adiabático. As bandas de cisalhamento adiabáticas são regiões estreitas onde
ocorre o amolecimento e onde ocorre a deformação plástica concentrada. Aços,
ligas de titânio e ligas de alumínio são bastante propensos à formação de bandas
de cisalhamento, que ocorre na usinagem e que é responsável pela quebra dos
cavacos de usinagem. A formação de bandas de cisalhamento também ocorre em
operações de alta taxa de deformação, como forjamento e cisalhamento, bem como
em impacto balístico.
As bandas de cisalhamento formadas durante as operações de forjamento são
altamente indesejáveis, pois podem levar à fratura subsequente do corpo de prova.
A microestrutura dentro das bandas de cisalhamento é bastante diferente daquela
do material circundante. As bandas de cisalhamento frequentemente sofrem
recristalização dinâmica, devido à alta temperatura local.
No impacto balístico de projéteis contra armaduras, as bandas de cisalhamento
desempenham um papel importante tanto na derrota da armadura quanto no
rompimento dos projéteis. Como a recristalização ocorre muito rapidamente, o
tamanho de grão resultante é muito pequeno, tipicamente 0,1 ÿm. A Figura 6.22(a)
mostra uma banda de cisalhamento em titânio com uma largura de aproximadamente
10 ÿm. A estrutura microcristalina fina dentro da banda de cisalhamento é vista na
fotomicrografia da Figura 6.22(b); o tamanho de grão inicial do material foi de 50 ÿm.
(uma)
(b)
Fe (111)
250
Aço
ferrítico Aço austêntico
(GPa)
E
200
150
Fe (100)
100
30°
190 45° [110] 60
E se
180 50
170 40
(MPa)
60° (%)
se
E
sim
160 30
e
150 20
140 10
Transversal
130 direção
130 140 150 160 170 0 180 190 200 [010]
e (MPa)
Transversal
direção
Leitura sugerida
Endurecimento de trabalho
LM Clarebrough e ME Hargreaves. "Trabalho de Endurecimento de Metais", em Progresso em
Metal Physics, Vol. 8, B. Chalmers e W. Hume-Rothery, eds. Nova York, NY: Pergamon
Press, 1959, p. 1.
AH Cottrell. Deslocamentos e Escoamento Plástico em Cristais. Oxford: Clarendon Press,
1953.
PB Hirsch, ed. A Física dos Metais, Vol. 2: Defeitos. Cambridge, Reino Unido: Cambridge
University Press, 1975.
JP Hirth e J. Lothe. Teoria das luxações, 2ª ed. ed. Nova York, NY: J. Wiley.
1982.
D. Kuhlmann-Wilsdorf, Met. Trans. 11A (1985) 2091.
A. Seeger, em Work Hardening, TMS-AIME Conf., Vol. 46, 1966, pág. 27.
AW Thompson, ed. Endurecimento por Trabalho em Tensão e Fadiga. Nova York, NY: TMS
AMORES, 1977.
Exercícios
6.2 Explique por que um metal como o chumbo não endurece quando deformado à temperatura
ambiente, enquanto um metal como o ferro o faz.
6.4 Se coarmos um monocristal FCC e HCP, qual dos dois terá uma maior quantidade de
deslizamento fácil e por quê?
6.5 Em um metal trabalhado a frio, uma densidade de discordância de 1 × 1016 mÿ2 foi
medida após uma tensão de cisalhamento de 10%. Supondo que as discordâncias estejam
distribuídas uniformemente, estime a tensão de escoamento desse metal. Tome G = 25 GPa.
6.7 Faça um gráfico esquemático mostrando a variação nos seguintes parâmetros com percentual
de trabalho a frio:
6.8 O eixo de tensão em um cristal FCC faz ângulos de 31ÿ e 62ÿ com a normal ao plano de
escorregamento e com a direção de escorregamento, respectivamente. A tensão aplicada é de 10
MN/m2.
6.9 O óxido de magnésio é cúbico (tendo a mesma estrutura do NaCl). Os planos e direções de
escorregamento são [110] e <110>, respectivamente. Ao longo de quais direções, se houver, uma
tensão de tração (ou compressão) pode ser aplicada sem produzir deslizamento?
6.10 Um monocristal
¯ de Cu (FCC) de 10 cm de comprimento é puxado em tensão. O eixo de
tensão é [123].
(a) Qual é o sistema de tensões com a maior tensão de cisalhamento resolvida? (b) Se
a extensão do cristal continuar até que um segundo sistema de deslizamento se torne operacional,
qual será esse sistema? (c) Que rotação será necessária para ativar o segundo sistema? (d)
Quanta deformação longitudinal é necessária para ativar o segundo sistema?
6.11 A tensão de escoamento varia com a taxa de deformação; uma equação que tem sido usada
para expressar essa dependência é ÿ = cÿÿm f (ÿ, T ),
onde m é a sensibilidade da taxa de deformação, que é geralmente menor que 0,1. Alguns metais,
chamados superplásticos, podem sofrer alongamentos de até 1.000% em tensão uniaxial. Supondo
que esses testes sejam realizados a uma velocidade uniforme da cruzeta, os metais terão um valor
muito alto ou muito baixo de m ?
Explique, em termos de formação e inibição do pescoço.
v = Aÿm ,
6.13 Os seguintes resultados foram obtidos em um teste de tração à temperatura ambiente, para
um monocristal de alumínio com uma área de seção transversal de 9 mm2 e um eixo de tensão
fazendo ângulos de 27ÿ com [100], 24,5ÿ com [110] e 29,5 ÿ com [111]:
6
WG Johnston e JJ Gilman, J. Appl. Phys., 30 (1959) 129.
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EXERCÍCIOS 401
10.000
0 10.005
12,40 10.040
14,30 10.100
16,34 10.150
18,15 10.180
21,10 10.200
23,60 26,65 10.220
6.14 Tome um triângulo estereográfico para um metal cúbico. Se os sistemas de deslizamento da FCC
estão operacionais, indique o número de sistemas de deslizamento com o mesmo Schmid
fator se o eixo de tensão é:
(a) [111],
(b) [110],
(c) [100],
(d) [123].
6.16 A tensão de escoamento ÿ está relacionada com a densidade de discordância ÿ pela relação
ÿ1 = ÿi + ÿG bÿÿ,
6.17 Para um metal policristalino FCC, a análise TEM mostrou que a densidade de deslocamento
após o trabalho a frio foi de 5 × 1010 mÿ2. Se a tensão de atrito for 100
MPa, G = 40 GPa eb = 0,3 nm, calcule a tensão de escoamento desse metal.
6.18 A curva tensão-deformação de uma amostra de alumínio policristalino pode ser representada por
ÿ = 25 + 2000,5 e .
Calcule a energia de deformação por unidade de volume correspondente à deformação uniforme (ou
seja, imediatamente antes do início do estrangulamento) neste material.
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402 GEOMETRIA DA DEFORMAÇÃO E ENDURECIMENTO
6.20 Calcule a energia total devido às discordâncias para o cobre que sofreram deformação
plástica de 20%, resultando em uma densidade de discordância de 1014 mÿ2.
Suponha que b = 0,3 nm.
173 mil (a) Usando a equação de Johnson--Cook, plote as curvas de tensão-deformação para
1500 temperaturas de 77, 173, 473 e 1.473 K. (b) Se C = 0,02, plote as curvas de tensão-
MPa
s,
293 mil deformação para uma taxa de deformação de 3 × 104 sÿ1.
473 mil
1000 673 mil 6.22 Um monocristal (diâmetro 4 mm, comprimento 100 mm) está sendo tracionado.
873 mil
973 mil
500 1023K
1073K (a) Qual é o alongamento sofrido pelo corpo de prova se 1.000 discordâncias em planos de
1123K
1473K deslizamento fazendo 45° com o eixo de tração cruzam o corpo de prova completamente?
0
0 0,4 0,8 1.2 1,6 Tome b = 0,25 nm. (b) Qual seria o alongamento se todas as discordâncias existentes no
Variedade
cristal (106 cmÿ2) fossem ejetadas pela tensão aplicada? Suponha uma distribuição homogênea
de discordâncias. Suponha que o cristal seja FCC e que todas as discordâncias estejam
Fig. Ex6.21 (Depois de D Viereck,
no mesmo sistema de deslizamento.
G. Merckling, KH Lang, D. Eifler e
D. Löhe, em Strength and
Deformation at High Temperature, 6.23 Um cristal longo com seção transversal quadrada (1 × 1 cm) é dobrado para formar um
K. Schneider, ed. (Oberursel: semicírculo com raio R = 25 cm.
Informationsgesellschaft, pp .102 –
208.) (a) Determine o número total de discordâncias geradas se todas as flexões forem
acomodados por discordâncias de borda. (b)
Determine a densidade de discordância (b = 0,3 nm).
6.24 A resposta do cobre à deformação plástica pode ser descrita pela equação de Hol lomon
ÿ = K ÿ0.7.
Sabe-se que para ÿ = 0,25, ÿ = 120 MPa. A densidade de discordância varia com a tensão
de fluxo de acordo com a conhecida relação
ÿ = K ÿ1/2.
(a) Se a densidade de discordância em uma deformação plástica de 0,4 é igual a 1011 cmÿ2,
plotar a densidade de discordância versus
deformação. (b) Calcule o trabalho realizado para deformar o corpo de
prova. (c) Calcule a energia total armazenada no metal como discordâncias após uma
deformação plástica de 0,4 e compare este valor com o obtido na parte
(d) Explique a diferença.
ÿ = ÿ0 + ÿGbÿÿ.
6.30 Qual é a densidade de discordância no ferro com uma tensão de cisalhamento de 0,4?
Dado:
+ K ÿ n, ÿ 0 (b) ÿ = ÿ0 + ÿG =bÿÿ,
50 ×G 106 MPa,
= 81,6 K =b108
GPa, MPa,
= 0,25 n ÿ= =0,5,
nm, 0,5.(a) ÿ = ÿ0
6.31 A tensão de escoamento para uma liga é 100 MPa quando sua densidade de discordância é
106 cmÿ2 e 150 MPa quando sua densidade de discordância é 108 cmÿ2. Quando a tensão de
fluxo é 190 MPa, qual é a densidade de discordância?
ÿ = ÿ0 + Ken ,
Capítulo 7
7.1 Introdução
6. Efeitos ambientais (rachaduras por corrosão sob tensão, fragilização por hidrogênio,
fragilização de metal líquido, etc.)
O processo de fratura pode, na maioria dos casos, ser subdividido nas seguintes
categorias:
1. Acúmulo de danos.
2. Nucleação de uma ou mais fissuras ou vazios.
3. Crescimento de rachaduras ou vazios. (Isso pode envolver uma coalescência das
rachaduras ou vazios.)
nos fornecem uma medida quantitativa da tenacidade à fratura. Vários órgãos de Fig. 7.1 Analógico “Pato Pateta” para
padronização, como a American Society for Testing três modos de carregamento de fissuras. (uma)
e Materiais (ASTM), British Standards Institution (BSI) e Japão Rachadura/bico fechado. (b) Abertura
Institute of Standards (JIS), têm padrões para tenacidade à fratura modo. (c) Modo deslizante. (d) Rasgando
K eu c = Y ÿ ÿÿa,
Estresse
s
a0 d
Distância, um
14h
ÿ = K sen 2d (a ÿ a0) . (7.1)
1
E. Orowan, "Fratura e Resistência dos Sólidos", Rep. Prog. Phys., 12 (1949) 185.
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7.2 RESISTÊNCIA À TRAÇÃO TEÓRICA 407
e
= dÿ
a0
dÿ dÿ
= =E , (7.2)
dÿ sim/a0
dÿ
a0 =E .
e
e
página
d= . (7.7)
K
ÿ
Adaptado com permissão de A. Kelly, Strong Solids, 2ª ed. (Oxford, Reino Unido: Clarendon Press, 1973), p. 73.
da Equação 7.3,
E d
ÿmax = K = . (7.8)
Pi a0
Ec
K = ÿmax = ,
a0K
K 2
= (ÿmax)
2
= Ec ,
a0
ou
Ec
ÿmax = . (7.9)
a0
2
Kd E d
c= = (7.10)
Pi a0 Pi
She0 E
c= e ÿmax ÿ= (7.11)
10 Pi
Podemos concluir da Equação 7.9 que, para ter uma alta resistência à clivagem
teórica, um material deve ter um módulo de Young e energia superficial altos e
uma pequena distância a0 entre os planos atômicos.
A Tabela 7.1 apresenta as forças de clivagem teóricas para uma série de
metais. A maior fonte de erro é ÿ : não é fácil determinar ÿ
com grande precisão em sólidos, e os valores usados na tabela vêm
de diferentes fontes e não foram necessariamente determinados no
mesma temperatura.
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7.3 CONCENTRAÇÃO DE STRESS; CRITÉRIO DE FRATURA DE GRIFFIT 409
s s
Fig. 7.3 “Linhas de força” em uma barra com entalhe lateral. A direção e a densidade
das linhas indicam a direção e a magnitude da tensão na barra sob uma tensão
uniforme ÿ longe do entalhe. Há uma concentração das linhas de força na ponta do entalhe.
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410 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
uma
2a ÿmax = ÿ 1 + 2 . (7.12)
b
uma uma
Notamos que à medida que ÿ se torna muito pequeno, ÿ máximo fica muito grande e
no limite, como ÿ ÿ 0, ÿ fator de máximo ÿ ÿ. Definimos o termo 2ÿa/ ÿ como o
concentração de tensão Kt (ou seja, Kt = ÿ max/ÿ). Kt simplesmente descreve
o efeito geométrico da trinca na tensão local (ou seja, na ponta do
a rachadura). Note que Kt depende mais da forma da cavidade do que
em seu tamanho. Uma série de textos e manuais fornecem uma compilação de
fatores de concentração de tensão Kt para componentes contendo trincas ou
entalhes de várias configurações.
Como exemplo da importância da concentração de estresse, apontamos
o uso de janelas quadradas nos jatos comerciais COMET.
As rachaduras de fadiga, iniciadas nos cantos das janelas, causaram falhas catastróficas em
várias dessas aeronaves.
Além de produzir uma concentração de tensão, um entalhe produz
uma situação local de tensão biaxial ou triaxial. Por exemplo, no caso
de uma placa contendo um furo circular e sujeita a uma força axial,
existem tensões radiais e tangenciais. As tensões em um grande
placa contendo um furo circular (com diâmetro 2a) e carregado axialmente
(Figura 7.5(a)) pode ser expresso como 4
p a2 p a4 a2
ÿrr = 1- + 1+3 -4 cos 2ÿ,
2 r2 2 4r _ r2
p a2 p a4
sth = 1+ ÿ
2
CE Inglis, Proc. Inst. Arco Naval, 55 (1913) 163, 219.
3
A derivação desta equação, que pode ser encontrada em testes mais avançados [por exemplo, JF
Knott, Fundamentos de Mecânica de Fratura, (Londres: Butterworths, 1973), p. 51], envolve
a solução da equação biharmônica, a escolha de uma tensão Airy apropriada
função e variáveis complexas.
4
Ver, por exemplo, S. Timoshenko e JN Goodier, Theory of Elasticity, 2ª ed. (Novo
York: McGraw-Hill, 1951), p. 78.
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7.3 CONCENTRAÇÃO DE STRESS; CRITÉRIO DE FRATURA DE GRIFFIT 411
s
Fig. 7.5 (a) Distribuição de tensões em
uma grande placa contendo um furo
circular. (b) Fator de concentração de
tensão Kt em função do raio de um furo
circular em uma placa grande em
smax = 3s tensão.
uma
s
q UMA
sth
srÿ
sr
s
(uma)
3,0 aD
2,8
2,6
2,4
2,2
Kt 2,0
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
(b) de Anúncios
ÿÿÿ = 3ÿ = ÿmax,
4 - 5n 9 a5
ÿÿÿ = 1 + 2(7 a3 + 3
s, (7.15)
ÿ 5ÿ) horas
2(7 ÿ 5ÿ) 5r _
5
J. N. Goodier, Ap. mecânico 1 (1933) 39; ver também Timoshenko e Goodier, op. cit.
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412 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
3 + 15ÿ
(ÿrr)ÿ = (ÿÿÿ )ÿ=0 = ÿ 2(7 ÿ 5ÿ) pág.
Assim, uma tensão de compressão gera uma tensão de tração em ÿ = 0. Este resultado é
muito importante e mostra que a tensão de compressão pode gerar trincas em falhas
esféricas como vazios. Tomando ÿ = 0,2--0,3 (típico da cerâmica), chega-se aos seguintes
valores:
1 7,5
ÿ (ÿÿÿ )ÿ=0 ÿ .
2 11
ÿÿÿ = ÿÿ.
No carregamento de tração, a tensão ÿÿÿ = 3ÿ, o que poderia prever uma diferença de
três vezes nas resistências à tração e à compressão. Falhas mais gerais (elípticas) podem
ser assumidas, e sua resposta sob carga compressiva fornece uma melhor compreensão
da resistência à compressão de materiais frágeis. A geração e o crescimento de trincas a
partir dessas falhas também precisam ser analisados, para previsões mais realistas. Isso
será realizado na Seção 8.3.4.
O resultado geral é que uma grande perturbação no estado de tensão aplicada ocorre em
uma distância aproximadamente igual a a dos limites da cavidade, com os principais
gradientes de tensão sendo confinados a uma região de dimensões aproximadamente
iguais a ÿ ao redor da posição de concentração máxima. .
4
s/ L
s 3
S
2 s22
1 s11
b
r
X1
uma
Exemplo 7.1
Embora o módulo de elasticidade do vidro à base de sílica seja bastante baixo (E = 70 GPa), a
resistência teórica de um vidro livre de defeitos pode chegar a 3 GPa. Geralmente, esses valores de
alta resistência não são medidos na prática. Por quê?
0,5 , 0,5 ,
ÿth = 2ÿ (a/ ÿ) ou ÿ = 0,5 ÿth(ÿ/a)
onde ÿth é a resistência teórica (3 GPa), a é o comprimento da trinca (1 ÿm) e ÿ é o raio da raiz na
ponta da trinca, que, como a ponta é atomicamente afiada, pode ser considerada como 0,25 nm.
Colocando esses valores na expressão anterior, descobrimos que a força real de tal vidro é de apenas
24 MPa! Observe que neste problema fizemos uma estimativa do raio da raiz do entalhe. Na prática,
isso é muito difícil de medir. É por isso que o conceito de fator de intensidade de tensão, envolvendo a
tensão de campo distante e a raiz quadrada do comprimento da trinca, é muito mais conveniente para
lidar com problemas de tenacidade à fratura, como veremos mais adiante neste capítulo (Seção 7.6).
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414 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
Exemplo 7.2
p 5a2 3a4
ÿrr = 2- + ,
2 2r _ r4
p a2 3a2
sth =
ÿ
,
2 2r _ r4
trÿ = 0.
Para ÿ = ÿ/2,
p 3a2 3a4
ÿrr =
ÿ
,
2 2r _ r4
p a2 3a4
sth = 2++ ,
2 2r _ r4
trÿ = 0.
4
ÿ=0 sr/s trq/s
3 sqq/s
normalizado
Estresse
1
-1
-2
1 1,5 2 2,5 3
r/a
(uma)
4
sr/s trq/s
q = p/2
3 sqq/s
normalizado
Estresse
1
-1
-2
1 1,5 2 2,5 3
r/a
(b)
Fig. E7.2
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7.3 CONCENTRAÇÃO DE STRESS; CRITÉRIO DE FRATURA DE GRIFFIT 415
Exemplo 7.3
Duas placas planas estão sendo puxadas em tensão. (Ver Figura E7.3.) A tensão de
escoamento dos materiais é de 150 MPa.
Solução :
P 100 kN
ÿ= =
UMA 10cm x 1cm
= 100 MPa,
uma
ÿmax = ÿ 1 + 2 b .
Furo circular:
1,5
ÿmax = 100 × 1 + 2 × = 300 MPa.
1,5
Furo elíptico:
1,5
ÿmax = 100 × 1 + 2 × = 700 MPa.
0,5
(b) Sim, porque em ambos os casos, a tensão é maior que a tensão de escoamento
(150 MPa).
(c) O furo elíptico tem maior tensão do que o circular.
P = 100kN P = 100kN
1 cm 1 cm
3 cm 3 cm
1 cm
10 cm 10 cm
Fig. E7.3
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416 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
ou, em termos de espessura por unidade da placa sob tensão plana, a energia
liberada é
Ue = ÿÿ2a2/ E .
Fig. 7.7 Uma placa de espessura t
A diminuição na energia de deformação, Ue, quando uma trinca se propaga é
contendo uma trinca de comprimento 2a. (uma)
equilibrada por um aumento na energia superficial, Us, produzida pela criação
Condição descarregada. (b) e (c)
Condição carregada. das duas novas superfícies de trinca. O aumento da energia superficial é igual a:
Us = (2at)(2ys ),
área. Em étermos
a energia
aquisuperficial
ÿ s da espessura
específica,
por ou
unidade
seja, ada
energia
placa, por
o aumento
unidadena
de
energia superficial é 4aÿ s.
Agora, quando uma trinca elíptica é introduzida na placa,
podemos escrever, para a variação da energia potencial da placa,
U = UsÿUe,
ps2a2
U = 4aÿs - ,
E
DENTRO 2ps2a
= 4ÿs ÿ = 0, (7.16a)
ÿa E
ou
PS2a
2ÿs = . (7.16b)
E
O leitor pode verificar ainda mais a natureza desse equilíbrio tomando a segunda
derivada de U em relação a a. Um segundo negativo
derivada implicaria que a Equação 7.16a representa um
condição de equilíbrio e que a trinca avance.
Reorganizando a Equação 7.16b, podemos escrever, para a tensão crítica
necessário para que a trinca se propague na situação de tensão plana,
2E ÿs
ÿc = (tensão plana). (7.17a)
Pai
ÿ ÿÿa = 2E ÿs .
2E ÿs
ÿc = (tensão plana). (7.17b)
ÿa(1 ÿ v 2)
ÿ33 = 0
ÿ23 = 0
ÿ13 = 0
(uma) (b)
ÿÿUe ÿUs
ÿ ,
ÿa ÿa
1
ÿc ÿa = (ÿmax)c ÿÿ = constante.
2
Exemplo 7.4
Solução
(a) Temos
2a = 1 mm e a = 0,5 mm.
Desta forma,
2E ÿs = 2 × 100 × 109 × 1
ÿc =
Pai ÿ × (0,5 × 10ÿ3)
= 11,3 MPa.
2a = 1 mm e a = 0,5 mm,
de modo a
Fig. 7.9 Deslocamentos emitidos por uma ponta de trinca em cobre. (Cortesia de SM Ohr.)
2E
ÿc = (ÿs + ÿp) (tensão plana) (7.18a)
Pai
2E
ÿc = (ÿs + ÿp) (tensão plana). ÿa(1 (7.18b)
ÿ ÿ2)
2E ÿs ÿp
ÿc = 1+ .
Pai ÿs
Para ÿ p/ÿ s 1,
2E ÿp
ÿc ÿ= .
Pai
1 ÿUe
G= = taxa de variação de energia com o comprimento da trinca.
2 ÿa
pas2
G= .
E
Na fratura, G = Gc, e
EG c
ÿc = (tensão plana) (7.19a)
Pai
ou
POR EXEMPLO
c
ÿc = (tensão plana). (7.19b)
ÿ(1 ÿ ÿ2 )
G c = 2(ÿs + ÿp).
Um material não dúctil tem uma capacidade muito baixa de se deformar plasticamente;
isto é, não é capaz de relaxar as tensões de pico em defeitos semelhantes a trincas.
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422 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
Mecânica
uma da fratura
uma s
NOK
Em tal material, uma trinca se propaga muito rapidamente com pouca deformação
plástica ao redor da ponta da trinca, resultando no que é chamado de fratura frágil.
Normalmente, tal fratura também é caracterizada por uma propagação de trinca que é
repentina, rápida e instável. Em termos práticos, esta definição de fragilidade, que se
refere ao início da instabilidade sob uma tensão aplicada menor que a tensão
correspondente ao escoamento plástico do material, é muito útil. Numerosas fraturas
frágeis ocorreram em serviço, e há exemplos abundantes delas em uma grande
variedade de campos de engenharia estrutural e mecânica envolvendo navios, pontes,
vasos de pressão, dutos de óleo, turbinas e assim por diante. Tendo em vista a grande
importância da fratura frágil na vida real, surgiu uma disciplina chamada mecânica da
fratura linear elástica (LEFM), que nos permite obter uma medida quantitativa da
resistência de um material frágil à propagação de trincas instável ou catastrófica. A
extensão desses esforços em regimes elásticos e plásticos não lineares levou ao
desenvolvimento da mecânica de fratura elasto-plástica (EPFM), também chamada de
mecânica de fratura pós-cedência (ver Seção 7.9).
A mecânica da fratura adota uma abordagem totalmente nova para projetar contra
fratura. É certo que os defeitos sempre estarão presentes em um componente
estrutural. Mas considere uma estrutura ou um componente com um defeito semelhante
a uma rachadura. Podemos simular isso com um único entalhe de aresta de
comprimento a em uma placa. (Veja a Figura 7.10.) Alternativamente, podemos dizer
que estamos aumentando o fator de intensidade de tensão aplicado K na ponta da
trinca. O material na ponta, no entanto, apresenta resistência ao crescimento de trincas.
Denotamos essa resistência inerente do material por KR (às vezes o símbolo R sozinho
é usado no lugar de KR). A disciplina da mecânica da fratura
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7.6 MECÂNICA DE FRATURA ELÁSTICA LINEAR 423
pode então ser representado por um triângulo como mostrado na Figura 7.10; ou seja, temos
uma interação entre as três quantidades a seguir:
Vários parâmetros são usados para representar KR. Discutimos sua equivalência na Seção
7.7.5. Aqui queremos esclarecer um ponto comum de confusão. O símbolo K é usado para
designar o fator de intensidade de tensão na ponta da trinca correspondente a uma determinada
tensão aplicada e comprimento da trinca. O símbolo KR (ou um de seus equivalentes)
representa a tenacidade à fratura. A este respeito, a seguinte analogia é útil.
O fator de intensidade de tensão, K, é para a tensão como a tenacidade à fratura, KR, é para a
resistência. O estresse e o fator de intensidade do estresse variam com as condições de carga
externa; resistência e tenacidade são parâmetros do material, independentes das considerações
de carregamento e tamanho do corpo de prova.
Buscamos agora uma resposta para a pergunta: Dada uma certa tensão aplicada, qual é o
maior defeito de tamanho (rachadura) que pode ser tolerado sem a falha do membro? Uma vez
que sabemos a resposta a esta pergunta, resta apenas usar técnicas de inspeção apropriadas
7.6.3 Modos de Separação da Ponta da Trinca Os três Fig. 7.11 Os três modos de fratura.
modos de fratura são mostrados na Figura 7.11. O modo I (Figura 7.11(a)), chamado de modo (a) Modo I: modo de abertura. (b)
de abertura, tem tensão de tração normal às faces da trinca. O modo II (Figura 7.10(b)) é Modo II: modo deslizante. (c) Modo
III: modo de rasgamento (ver
chamado de modo deslizante ou modo de cisalhamento frontal. Neste modo, a tensão de
também Figura 7.1).
cisalhamento é normal
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424 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
para a frente da fenda que avança. O modo III (Figura 7.11(c)) é chamado de modo de
rasgamento ou modo de cisalhamento transversal, com a tensão de cisalhamento paralela à
frente da trinca em avanço. O análogo “pato pateta” da Figura 7.1 mostra isso de uma forma
mais ilustrativa.
7.6.4 Campo de tensão em um material isotrópico nas proximidades de uma ponta de trinca
Os componentes de tensão para os três modos de fratura em um material
isotrópico são dados a seguir. No caso de materiais anisotrópicos, essas relações devem ser
modificadas para permitir a assimetria de tensão na ponta da trinca. KI, KII e KIII representam
fatores de intensidade de estresse nos modos I, II e III, respectivamente. Temos (a derivação
dessas expressões é atribuída a Westergaard6):
Modo I:
3ÿ
ÿ 1 ÿ sen 2 sin
ÿ 2 ÿ
ÿ ÿ
p11
K eu ÿ
3ÿ ÿ
ÿ ÿ = EU
sin
ÿ 1 + sen ,
ÿ ÿ
porque
p22
ÿ2ÿr 2 ÿ
ÿ
2
ÿ
ÿ p12 ÿ
2
ÿ ÿ
ÿ
sen 2 3ÿ cos
ÿ 2 ÿ
ÿ13 = ÿ23 = 0,
ÿ33 = 0, (tensão plana),
Modo II:
ÿ 3ÿ 2 cos
ÿ ÿ sen cos 2
ÿ 2 2 ÿ
ÿ ÿ
p11 3º
K II
ÿ ÿ
ÿ eu
ÿ ÿ = ÿ
sen 2
ÿ
p22 ÿ
porque porque ÿ
,
ÿ2ÿr ÿ 2 2 ÿ
ÿ p12 ÿ ÿ ÿ
ÿ 3ÿ 1 ÿ
ÿ ÿ
Modo III:
ÿ ÿ sen
p13 K III ÿ 2 ÿ
= ÿ ÿ
p23 2pr eu
porque
ÿ ÿ
A derivação desta expressão para o Modo III é dada no Apêndice no final deste capítulo
6
H. M. Westergaard, J. Appl. Mecan., 5A (1939) 49.
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7.6 MECÂNICA DE FRATURA ELÁSTICA LINEAR 425
q
x1
2a
Onde
K = ÿ ÿÿa (7,25)
Pai
Dentro
ou Y = seg
Dentro
1
ou Y =
2a 2
p
1-
p Dentro
p
até a/W = 0,6
p
Dentro
1,222 - 0,561 - 0,205 + 0,471 - 0,190
Dentro Dentro Dentro Dentro
ou Y =
uma
1-
p Dentro
Rachaduras Embutidas
Dentro
ÿ ÿpa a2 1/4
K1 =Y sen2 ÿ + cos2 ÿ
B 3p Pi a2 2c
eu +
uma
8 8 c2
2c
Y = 1,12 (para W, B Grande)
umac uma
e= , , , eu
B c Dentro
uma 2 uma 4
Y = Y1 + Y2 + Y3 Y4g(ÿ)g(W)
B B
uma
Y1 = 1,13 - 0,09
c
0,89
Y2 = ÿ0,54 +
0,2 + uma
1,0 uma 24
.5
Y3 = 0 ÿ 0,65 + 14 1,0 ÿ
+ uma
c
c
uma 2
2
Y4 = 1 + 0,1 + 0,35 (1 ÿ sen ÿ)
B
uma 2 1/8
g(ÿ) = sen2 ÿ + cos2 i
c
1/2
ÿc uma
g(W) = seg
Dentro B
uma uma
ÿ ÿpa a2 1/4
K1 =Y sen2 ÿ + cos2 ÿ
uma
3p Pi a2
eu
8
+ 8 c2
2c
c Y = 1,2
Pai 1/2
K = ÿ W tan . (7.26)
Dentro
K = ÿ ÿÿa.
comprimento é (a + ry).
y Estresse real
distribuição
ry
X
Rachadura
uma
2 ry
Plástico
zona
Figura 7.14.) A zona plástica (raio ry) será então inserida em um campo de tensão
elástica. Fora e longe da zona plástica, o campo de tensões elásticas “vê” a trinca
e a perturbação devido à zona plástica, como se estivesse presente uma trinca
em um material elástico com o bordo de ataque da trinca situado dentro do
plástico zona. Uma trinca de comprimento 2(a + ry) em um material elástico ideal
produz tensões quase idênticas às tensões elásticas em um elemento cedido
localmente fora da zona plástica. Se a tensão aplicada for muito grande, a zona
plástica aumenta de tamanho em relação ao comprimento da trinca e as equações
do campo de tensão elástica perdem a precisão. Quando toda a seção reduzida
cede, a zona plástica se espalha para as bordas da amostra, e K não tem validade
como parâmetro definidor do campo de tensões.
7
GR Irwin, na Enciclopédia de Física, Vol. VI (Heidelberg: Springer-Verlag, 1958); ver também
J. Basic Eng., Trans. ASME , 82 ( 1960 ) 417 .
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430 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
x1
x3 2c
2a
(uma)
Zona de plástico
Rachadura
R 2c R
(b)
Assim, o centro de perturbação, a ponta da trinca aparente, está localizado a uma distância
ry da ponta da trinca real. O comprimento efetivo da trinca é, então,
(2a)ef = 2(a + ry ).
c ps
= cos .
uma
2ÿy
8
BA Bilby, AH Cottrell e KH Swinden, Proc. Roy. Soe, A272 (1963) 304; DS
Dugdale, J. Mech. Física Sólidos, 8 (1960) 100.
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7.6 MECÂNICA DE FRATURA ELÁSTICA LINEAR 431
Superfície
Fig. 7.16 Representação formal
da zona plástica na ponta da
trinca para uma trinca transversal
em uma placa.
Seção intermediária
X2
Estresse
X3
plano
Ponta de
X1
rachadura
Tensão
do plano
K2
2ps2y
Desta relação, nota-se que como ÿ ÿ ÿy, c/a ÿ 0, a ÿ ÿ (isto é, ocorre escoamento geral). Por
outro lado, à medida que ÿ/ÿy diminui, podemos escrever (usando a expansão em série para
cosseno),
c ÿ2ÿ2
= 1 ÿ +··· .
uma 8x2
anos
Comparando a Equação 7.28 com a Equação 7.27, vemos que há uma boa concordância
entre as duas (ÿ/8 ÿ 1/ÿ). De fato, o tamanho da zona plástica também varia com ÿ. Uma
representação formal da zona plástica na frente da trinca através da espessura da placa é
mostrada na Figura 7.16.
100
100x
P = 80
B
x
Dureza,
K
60
Fratura
plana,
%
P
40
B
20
KIc
Espessura, B
(b)
B B
=p ,
2
2º ano (K c / ÿy )
9
JE Srawley e WF Brown, Sociedade Americana para Testes e Materiais, Publicação
Técnica Especial (ASTM STP) 381 (Filadélfia: ASTM, 1965), p. 133; WF Brown e JE
Srawley, ASTM STP 410 (Filadélfia: ASTM, 1966), p. 1.
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7.6 MECÂNICA DE FRATURA ELÁSTICA LINEAR 433
Exemplo 7.5
Fig. E7.5
Solução :
a = 1 cm,
W = 1 cm.
K eu c = Y ÿ ÿÿa, (1)
uma uma
2
Y = 1,12 - 0,231 + 10,55
Dentro Dentro
2
1 1
= 1,12 ÿ 0,231 + 10,55
10 10
= 1,20.
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434 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
versus deslocamento e.
1
P0
e e 2 dP
2a B
do
e0
e
(uma) (b)
ÿ=
e ÿÿa
para obter
100
ÿ=
= 470 MPa < ÿy .
1,20ÿÿ × 10ÿ2
Portanto,
P
= ÿ e P = ÿ A = (470 × 106 ) × (10 × 10ÿ2 × 3 × 10ÿ2 )
UMA
= 1.410 kN.
1
U1 = Sobre,
2
1
U2 = (P ÿ ÿ P )(e + ÿe),
2
GB ÿa = U2 ÿ U1 = ÿU.
você
,
G = limÿAÿ0 UMA
onde ÿA = B ÿa.
É conveniente avaliar G em termos da conformidade c do
amostra, definida como
e = cP . (7,29)
Agora,
1 1
ÿU = U2 ÿ U1 = (p ÿ ÿ P )(e + ÿe) ÿ Sobre,
2 2
ou
1 1 1
U= P ÿe ÿ e ÿ P ÿ ÿ P ÿe. 2 (7.30)
2 2
ÿe = c ÿ P + P ÿc. (7.31)
1 1 1 1 1
U= P 2ÿc ÿ e ÿ P ÿ e(ÿ P ) 2 P ÿ P ÿc. 2
PcÿP+ ÿ
(7.32)
2 2 2 2
1 1 1
U= PcÿP+ P 2 c- _ PcdP ,
2 2 2
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436 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
ou
1
2
U= P c. (7,33)
2
Então
você P2ÿc _
12
,
G = limÿAÿ0 UMA = limÿAÿ0 UMA
ou
2
1 P ÿc
G= . (7,34)
2 B uma
Este método é mais útil para amostras de teste relativamente pequenas, nas quais medições
exatas podem ser feitas em laboratório. Um dos usos importantes da Equação 7.34 é que ela
fornece um valor de G (ou K) para estruturas complexas que não foram (ou não podem ser)
tratadas analiticamente. Uma determinação experimental de Gc, a força crítica de extensão da
fissura, usando esta equação requer o valor da carga de fratura (medida experimentalmente) e o
valor de ÿc/ÿa. A conformidade pode ser medida calibrando uma série de amostras com diferentes
comprimentos de fissura. Obtemos um diagrama de c versus a, e ÿc/ÿa é avaliado como a
inclinação no comprimento de trinca inicial apropriado.
Exemplo 7.6
Uma liga de titânio (Ti--6% Al-4% V) é usada para aplicações em aeronaves. Os métodos NDE
usados não podem detectar falhas cujo tamanho seja menor que 1 mm. Você é solicitado, como
engenheiro de projeto, a especificar a tensão de tração máxima que a peça pode suportar em
plano de tensão e plano de tensão
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7.7 PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA À FRATURA 437
E = 115 GPa,
v = 0,312,
G c = 23,6 kN/m.
2a = 1 mm,
de modo a
a = 0,5 × 10ÿ3 m.
POR EXEMPLO
c
ÿc =
Pai
1/2
115 × 109 × 23,6 × 103
=
ÿ × 0,5 × 10ÿ3
POR EXEMPLO
c
ÿc =
ÿ(1 ÿ ÿ2 )
Assim, as tensões máximas são 1,31 GPa (tensão plana) e 1,385 GPa (tensão plana).
seguir.
Mas isso, como bem sabemos, não ocorre. Em vez disso, uma zona plástica se desenvolve e
pode se estender através da seção de tal forma que
Dentro
ÿnet = ÿ sim , _
W-a
10
AA Wells, Brit. Soldar. J., 13 (1965) 2.
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438 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
4p
COD = = (a2 ÿ x2). (7,35)
E
4 sa
máximo = .
E
4p 2
= ÿ x2,
(a + ry )
E
4p
d= 2ário . (7,36)
E
4p
=
2aeffry .
E
2
4 K EU
d= . (7,37)
Pi Esy
4p 2
= ÿ x2
(a + ry )
E
4p 2
= ÿ x2.
a + 2ário + r S
E
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7.7 PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA À FRATURA 439
2
Ignorando o r S termo e usando a relação da Equação 7.36, temos
pode escrever
2 1/2
4p E
= a2 ÿ x2 + d2 . (7,38)
E 16s2
De acordo com esta equação, ÿ pode ser medido indiretamente a partir de um COD
medição (por exemplo, em x = 0, no centro da fissura) sem
fazendo quaisquer simplificações sobre a correção do tamanho da zona plástica.
pode ser medido por meio de um clip-gage.
Outra maneira de obter ÿ é usar as equações de Dugdale -
Modelo BCS da fissura. (Consulte a Seção 7.6.6.) De acordo com Dugdale--BCS
modelo (Bilby, Cotrell, Swinden, op. cit.; Dugdale, op. cit.)
ps
8ÿya
ÿ = log s ÿ E 2ÿy .
Para ÿ ÿy, podemos escrever (desprezando termos de quarta ordem e de ordem superior)
PS2 G
=
EU
d= . (7,39)
E ÿy y
Comparando a Equação 7.39 com a Equação 7.37, notamos que a diferença está
no fator 4/ÿ, que vem da correção da zona plástica. No geral,
G K 2 (1 ÿ n2)
=
EU
d= EU
11
AA Wells, Eng. Fract. Mech., 1 (1970) 399.
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440 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
d = CTOD
= COD O X1
2a
Exemplo 7.7
7.7.3 J Integral
A integral J é outra variante para análise de tenacidade à fratura. Ele fornece
um valor de energia necessária para propagar uma trinca em um elástico - plástico
material. A base matemática para a integral J foi lançada
por Eshelby,12 que o aplicou às luxações. Cherepanov13 e Rice14
aplicou-o, independentemente, às rachaduras. A Figura 7.22 mostra um contorno
fechado em um corpo bidimensional. Quando tal corpo é submetido a
forças externas, tensões internas surgem nele. Com base na teoria
de conservação de energia, Eshelby mostrou que a integral J é igual
para zero para um contorno fechado; isso é,
ÿu
J = Wdx2 ÿ T ds = 0, (7.41)
ÿx1
12
JD Eshelby, Phil. Trans. Roy. Soc Londres, A244 (1951) 87.
13
GP Cherepanov, Appl. Matemática. Mec. (Prinkl. Mat. Mekh.), 31, no. 3 (1967) 503.
14
JR Arroz, J. Appl. Mech., 35 (1968) 379.
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7.7 PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA À FRATURA 441
F1
X2
C T
X1
ds
F3
Fn
Onde
eu j
W= ÿi jdÿi j
0
J = J 1+ 2 = 0.
J 1+ 2 =J 1 +J 2 + J AF + J CD = 0, J 1 = ÿJ 2
.
Portanto, a integral J ao longo de dois caminhos diferentes em torno de uma trinca tem
o mesmo valor. Isto é, em geral, a integral J em torno de uma trinca é
caminho independente.
Do ponto de vista físico, a integral J representa a diferença nas energias potenciais
de corpos idênticos contendo fissuras
de comprimento a e a + da; em outras palavras, a integral J em torno de uma rachadura
é igual à variação da energia potencial para uma extensão de trinca da.
Para um corpo de espessura B, isso pode ser escrito como
1 você
J= , (7,42)
B uma
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442 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
C2
UMA
F E
B
Ponta de rachadura
D
C
C1
(b)
C2
região
Ponta de rachadura
de
elasto plástico
(uma) (b)
15
JA Begley e JD Landes, ASTM STP 514, (Filadélfia: ASTM, 1972), p. 1.
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7.7 PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA À FRATURA 443
ao ao a'
a
um (um) (b)
Assim, o uso da integral J deve ser limitado ao início da propagação da trinca, por processos
estáveis ou instáveis. Estudos usando plasticidade incremental ou teorias de fluxo com
elementos finitos indicam a independência de caminho da integral J.
Uma vez que o tamanho da zona plástica aumenta não linearmente com a, também se
espera que R aumente não linearmente com a. G aumenta linearmente com a. A Figura
7.25 mostra o critério de instabilidade: o ponto de tangência entre as curvas de G versus a
e R versus a. A Figura 7.25(a) mostra a curva R para um material frágil, e a Figura 7.25(b)
mostra a curva R para um material dúctil. A extensão da fissura ocorre para G > R.
Considere o
Linha G para uma tensão ÿ , mostrado na Figura 7.25(b). Na tensão ÿ , a
rachadura no material crescerá apenas de a0 a , pois G > R para a <
uma , G < R para a > a , e a rachadura não se estende além de um . À medida que a
carga aumenta, a posição da linha G muda, conforme indicado na figura. Quando G se
torna tangente a R, ocorre uma fratura instável.
A curva R para um material frágil (Figura 7.25(a)) é uma curva “quadrada”, e a trinca não
se estende até que o contato seja alcançado, ponto em que G = Gc e a fratura instável
segue.
O método da curva R é outra versão do balanço de energia de Griffith. Pode-se
convenientemente fazer esse tipo de análise se uma expressão analítica para a curva R
estiver disponível. A determinação experimental de curvas R , no entanto, é complicada e
demorada.
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444 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
uma
uma
a0
K NOK
K = KR
Seria, no entanto, útil ao leitor recapitular essas relações, mesmo correndo o risco de
repeti-las. É o que faremos nesta seção.
K 2 = EG ,
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7.8 IMPORTÂNCIA DO KIC NA PRÁTICA 445
2
ÿc = K eu c /ÿE ÿy ,
J = ÿdsy .
J = G = K 2/E = ÿÿy ÿ,
KIc é o fator crítico de intensidade de tensão sob condições de deformação plana (ÿ33
= 0), que é caracterizada por plasticidade em pequena escala na ponta da trinca. O
material é totalmente restringido na direção da espessura. Quando determinado sob
essas condições rigorosas, KIc será uma constante do material. Assim, quando se
precisa caracterizar materiais por sua tenacidade (da mesma forma que se caracteriza
materiais por sua resistência à tração última ou limite de escoamento à tração), apenas
dados válidos de KIc devem ser considerados. Isso será explicado no Capítulo 8.
Melhor resistência e
resistência
Kc
(sy ou smax)
70
60
MPa
KIC,
m
50
40
30
(uma)
Metais
(b) Cerâmica
Cimento/concreto 0,2
MgO 3
Al2O3 3–5
(c) Polímeros
Epóxi 0,3–0,6
Polipropileno 3
abdômen 3–4
Policarbonato 1–2,6
PVC 2.4
90°
d
Ângulo da ponta da rachadura
d Tangente
ÿt = ÿel + ÿpl.
J total = J el + J pl,
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7.10 ANÁLISE ESTATÍSTICA DA FORÇA DE FALHA 449
2
onde Jel é a porção elástica, igual a KE para tensão EU
/ E . Aqui novamente, E é igual
plana e E/(1 -- ÿ2) para deformação plana. Jpl é uma função da geometria do componente
e da carga de fissura correspondente à deformação plástica extensa, e as características
do material, como o limite de escoamento, resistência à tração final, etc.
Uma curva que mostra esses estágios é chamada de curva de resistência (ÿ--R ou J -- R).
Descreve a resistência do material em função do crescimento estável da trinca a.
Como temos repetidamente apontado, os materiais na vida real nunca são perfeitos. Não
importa o quão cuidadosamente processado seja um material, ele sempre conterá uma
série de falhas. A presença de falhas em metais dúcteis não é muito grave, pois esses
metais têm a capacidade de se deformar plasticamente e assim atenuar, pelo menos até
certo ponto, o efeito insidioso das falhas na resistência. O mesmo não pode ser dito de
materiais frágeis. Tais falhas preexistentes são responsáveis pelo fenômeno de fratura
catastrófica nestes materiais. Em geral, as falhas variam em tamanho, forma e orientação;
consequentemente, a resistência de um material varia de amostra para amostra. Quando
testamos um material frágil, uma ou várias das falhas maiores se propagam. No caso de
um material dúctil como o alumínio, a maioria das falhas é atenuada devido à deformação
plástica, e somente após uma considerável deformação plástica os microvazios se formam
e coalescem, levando a uma eventual fratura. (Veja o Capítulo 8.) Se fôssemos testar um
grande número de amostras idênticas e traçar a distribuição de resistência de um sólido
frágil e dúctil, obteríamos as curvas mostradas na Figura 7.31. A curva de distribuição de
resistência para o sólido dúctil é muito estreita e próxima de uma distribuição gaussiana
ou normal, enquanto que para o sólido frágil é muito ampla com uma cauda grande no
lado de alta resistência - isto é, uma distribuição não gaussiana. Acontece que a
distribuição de resistência de um sólido frágil pode ser explicada por uma distribuição
estatística chamada distribuição Weibull, em homenagem ao engenheiro sueco que a
propôs pela primeira vez. sólidos.
16
W. Weibull, J. App. Mech., 18 (1951), 293.
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450 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
f(s)
Frágil
ln P (V ) = n ln P (V0),
ou
ou alternativamente,
Material m
Cerâmica Tradicional:
Tijolo, Cerâmica, Giz <3
Cerâmica projetada:
SiC, Al2O3, Si3N4 5–10
Metais:
Alumínio, Aço 90–100
m
p
P (V0) = exp ÿ . (7,50)
p0
1
P (V0) = = 0,37.
e
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452 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
Assim, um gráfico logarítmico duplo da Equação 7.51 fornecerá uma linha reta
reta com inclinação m. Isso produz uma maneira conveniente de obter um Weibull
análise da resistência de um determinado material. Se N amostras forem testadas,
classificamos seus pontos fortes em ordem crescente e obtemos a probabilidade
de sobrevivência para o valor de força i como
Observe que haverá N + 1 intervalos de força para N testes. Alternativamente, podemos usar
a probabilidade de falha:
ln P (V ) = ln P (V0),
V0
ou
DENTRO
m
DENTRO p
P (V ) = exp ÿ , (7,53)
V0 p0
ou
m
DENTRO p
log P (V ) = ÿ . (7,54)
V0 p0
Podemos converter a Equação 7.54 para a forma a seguir tomando os logaritmos novamente.
1 DENTRO p
ln ln = ln + m ln .
P (V ) V0 p0
A Equação 7.54 nos diz que, para uma dada probabilidade de sobrevivência e para
dois volumes V1 e V2 de um material,
m m
-V1 p1 p2
log P (V ) = = ÿV2 ,
V0 p0 V0 p0
aço
0,10
Força, MPa
Por isso,
m m
V1p 1 = V2s 2,
ou
1/m
p1 V2
= . (7,55)
p2 V1
Assim vemos que, para uma probabilidade igual de sobrevivência, quanto maior o
volume (V2 > V1), menor deve ser a resistência à fratura (ÿ1 < ÿ2).
Exemplo 7.8
Os dados obtidos em testes de flexão de quatro pontos (ou flexão) em amostras de SiC
processados de três maneiras diferentes são relatados na Tabela E7.8.1. Calcular
o módulo de Weibull m e a resistência característica ÿ0, e faça
o gráfico de Weibull, para cada espécime. Cada espécime tinha exterior e
vãos internos de 40 e 20 mm, respectivamente. A altura e a largura do
amostras são 3 mm e 4 mm, respectivamente.
Tabela E7.8.1 Carga de fratura (N) de três amostras de SiC prensadas a quente
P eu
M= × .
2 4
Mc
ÿ= ,
EU
h
c= ,
2
bh3
eu = .
12
L/2
L/4 L/4
P/2 P/2
Mmax
Fig. E7.8.1
pl × 12 3 PL
ÿ= = .
8 × bh3 4 bh2
0,8
0,6
SiC-A
Probabilidade
falha
de
SiC-B
SiC-N
0,4
0,2
0
0 100 200 300 400 500 600 700
s, MPa
Fig. E7.8.2
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456 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
m
p
P (V ) = exp ÿ ,
p0
ou
m
p
1 ÿ F (V ) = exp ÿ .
p0
m
p
ln[1 ÿ F (V )] = ÿ .
p0
ou
1
ln ln = m(ln ÿ ÿ ln ÿ0).
1 - F (V )
eu
1 ÿ Pi (V ) = Fi (V ) = ,
N+1
Weibull
1
0,8
0,6
SiC-A
Probabilidade
falha
de
SiC-B
SiC-C
0,4
0,2
0
0 100 200 300 400 500 600 700
s, MPa
Fig. E7.8.3
Weibull
1
0,8
SiC-A
0,6
SiC-B
Probabilidade
falha
de
SiC-C
0,4
0,2
0
100 200 300 400 500 600 700
s, MPa
Fig. E7.8.4
Tabela E7.8.2
Estresse Médio
Amostra m ÿ0 (MPa) ±SD (MPa)
SD = Desvio padrão.
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458 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
x2
x1
x3
Fig. A1
É relativamente simples obter a singularidade da tensão próxima a uma trinca no Modo III.
(Veja a Figura A1.) Para os Modos I e II, existem outras soluções mais complexas.
u = 0,
v = 0,
w = 0.
As estirpes são:
ÿw
ÿ31 = ÿ13 = ,
ÿx1
ÿw
ÿ32 = ÿ23 = .
ÿx2
ÿ13 = G ÿ13 ,
ÿ23 = G ÿ23 .
ÿxj
ÿÿi j
= 0.
ÿxj
ÿÿ13 ÿÿ23 + =
0, ÿx1 ÿx2
ÿ2w ÿ2w
G + G = 0, ÿx2
ÿx2
1 2
ÿ2w = 0.
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APÊNDICE: SINGULARIDADE DE STRESS NA PONTA DE CRACK 459
ÿ2 ÿ2 ÿ2 1 ÿ 1 ÿ2 r
ÿ2 = + = + + . eu
ÿx21 ÿx22 ÿr 2 r ÿr r ÿÿ 2
x1
A solução para esta equação é dada na equação diferencial
livros.17
ÿw=r f (ÿ), x3
1 ÿÿ1 1 l
ÿ2w = ÿ (ÿ ÿ 1)r
ÿÿ2
f (ÿ) + ÿr f (ÿ) + r 2 f (ÿ), Fig. A2
r r
ÿÿ 2r
ÿ (ÿ ÿ 1) f (ÿ) + ÿf (ÿ) + f (ÿ) = 0.
ÿ2 f (ÿ) + f (ÿ) = 0,
B = 0,
eu
w (r, ÿ) = r Um pecado lth.
1 ÿw
ÿzÿ = G = 0,
r ÿÿ
ÿw ÿ
=r Al cos ÿÿ em ÿ = ÿ,
ÿÿ
1 3 5 2n - 1
ÿ=± , ± , ± , ÿ= .
2 2 2 2
1 1
w (r, ÿ) = A1r 2 sen ÿ,
2
1 ÿw 1 eu
= A1 G r
1
ÿzÿ = G 2 porque ,
r ÿÿ r 2 2
eu
A1G
ÿzÿ = 1
porque .
2º lugar 2 2
17
Veja, por exemplo, R. Haberman, Elementary Applied Partial Differential Equations (Superior
Saddle River, NJ: Prentice Hall, 1998).
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460 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
ÿzÿ = porque ,
ÿ2ÿr 2
ÿw eu
ou,
K III eu
ÿrÿ = sin .
ÿ2ÿr 2
Leitura sugerida
T.L Anderson. Mecânica da Fratura, 2ª ed. Boca Raton, Flórida: CRC Press, 1995.
JM Barsom e ST Roffe. Fratura e Controle de Fadiga em Estruturas, 2ª ed.
Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1987.
D. Broek. Mecânica de Fraturas de Engenharia Elementar, 3ª ed. Haia: Sijthoff
e Noordhoff, 1978.
HL Ewalds e RJH Wanhill. Mecânica da Fratura. Londres: Arnold, 1984.
MF Kanninen e CH Popelar. Mecânica Avançada da Fratura. Nova York, NY:
Imprensa da Universidade de Oxford, 1985.
JF Knott. Fundamentos da Mecânica da Fratura, 3ª ed. Londres: Butterworths,
1993.
Exercícios
7.1 Em uma placa de policloreto de vinila (PVC), existe uma cavidade elíptica, através da espessura.
As dimensões da cavidade são:
(no caso de chapa fina) e de furo esférico (no caso de chapa grossa
corpo de prova) submetido a uma tensão de tração de 200 MPa. O material é Al2O3 com
n = 0,2.
ÿ=0
p
eu
Fig. Ex7.7
7.5 Calcule a razão de tensão necessária para propagar uma trinca em um material frágil sob
condições de plano de tensão e plano de deformação. Considere a razão de Poisson ÿ do
material como 0,3.
7.6 Um corpo de prova de Al2O3 está sendo tracionado. A amostra contém falhas com um
tamanho de 100 ÿm. Se a energia superficial do Al2O3 é 0,8 J/m2, qual é a tensão de fratura?
Use o critério de Griffith. E = 380 GPa.
7.7 Uma placa fina é rigidamente fixada em suas bordas (veja a Figura Ex7.7). A placa tem
altura L e espessura t (normal ao plano da figura). Uma rachadura se move da esquerda para
a direita através da placa. Toda vez que a rachadura se move uma distância
x, duas coisas acontecem:
Obtenha uma expressão para a tensão crítica necessária para a propagação da trinca neste
caso. Explique o significado físico dessa expressão. Suponha que a tensão, ÿ, à frente da trinca
seja uniforme.
7.10 (a) Uma placa de aço AISI 4340 tem uma largura W de 30 cm e uma fissura central 2a de
3 mm. A placa está sob uma tensão uniforme ÿ. Este aço tem um valor de KIc de 50 MPa m1/2.
Encontre a tensão máxima para este comprimento de trinca. (b) Se a tensão de operação for
1.500 MPa, calcule o tamanho máximo da trinca que o aço pode ter sem falha.
7.11 Um aço microligado, temperado e revenido a 250 ÿC, tem um limite de escoamento (ÿy)
de 1.750 MPa e uma tenacidade à fratura por deformação plana KIc de 43,50 MPa m1/2. Qual
é a maior inclusão tipo disco, orientada mais desfavoravelmente, que pode ser tolerada neste
aço com uma tensão aplicada de 0,5ÿy?
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462 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
7.12 Uma barra de ferro fundido de 25 mm2 contém uma fissura de 5 mm de comprimento e normal a
um rosto. Qual é a carga necessária para quebrar esta barra se ela for submetida a flexão de três
pontos com a fissura voltada para o lado de tração e os apoios 250
mm de distância?
7.13 Considere uma placa de aço maraging de espessura (B) 3 mm. Dois espécimes
de largura (W) igual a 50 mm e 5 mm foram retirados desta placa.
Qual é a maior rachadura através da espessura que pode ser tolerada em
os dois casos em uma tensão aplicada de ÿ = 0,6ÿy, onde ÿy (tensão de escoamento) =
2,5 GPa? A tenacidade à fratura por deformação plana KIc do aço é de 70 MPa
m1/2. Quais são as dimensões críticas no caso de um entalhe de aresta única
espécime?
7.14 Uma placa infinitamente grande contendo uma fissura central de comprimento 2a = 50/ÿ
mm é submetido a uma tensão nominal de 300 MPa. O material rende em
500 MPa. Calcular:
Kl
2 eu eu
_
ry = 2ÿÿ2 cos2 4 ÿ 3 cos2 2 .
2
S
ry =
eu
cos2 4[1 ÿ ÿ(1 ÿ ÿ)] ÿ 3 cos2 .
2ÿs2 2 2
S
7.18 Uma folha de poliestireno tem uma fina rachadura central com 2a = 50 mm. o
a rachadura se propaga catastroficamente a uma tensão aplicada de 10 MPa. Os Jovens
poliestireno módulo é 3,8 GPa, e a razão de Poisson é 0,4. Encontre GI.
7.19 Calcule o tamanho aproximado da zona plástica, rÿ , para uma liga que tem
a módulo de Young E = 70 GPa, limite de escoamento ÿÿ = 500 MPa e tenacidade
Gc = 20 kJ/m2.
7,20 aço 300-M, comumente usado para trens de pouso de aviões, tem um valor Gc de
10 kN/m. Uma técnica de exame não destrutivo capaz de detectar rachaduras
que são 1 mm de comprimento está disponível. Calcule o nível de tensão que o trem de pouso
pode suportar sem falha.
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EXERCÍCIOS 463
7.21 Um material termoplástico tem uma tensão de escoamento de 75 MPa e um valor de GIc
de 300 J/m2. Qual seria o deslocamento crítico de abertura da trinca correspondente? Tome ÿ
= 1. Calcule também JIc.
7.23 Al2O3 tem uma tenacidade à fratura de aproximadamente 3 MPa m1/2. Suponha que você
tenha realizado uma caracterização da superfície da amostra e detectado falhas na superfície
com um raio a = 50 ÿm. Estime as resistências à tração e compressão deste corpo de prova;
mostrar por esboços, como as falhas serão ativadas na compressão e tensão.
7.24 Usando a equação de Weibull, estabeleça a resistência à tração, com 50% de probabilidade
de sobrevivência, de corpos de prova com comprimento de 60 mm e diâmetro de 5 mm. Ensaios
de tração uniaxial realizados em corpos de prova com comprimento de 20 mm e mesmo
diâmetro produziram os seguintes resultados em MPa (foram realizados 10 ensaios): 321, 389,
411, 423, 438, 454, 475, 489, 497,
501.
7.25 Uma cerâmica de engenharia tem uma resistência à flexão que obedece às estatísticas
de Weibull com m = 10. Se a resistência à flexão é igual a 200 MPa com 50% de probabilidade
de sobrevivência, qual é o nível de resistência à flexão em que a probabilidade de sobrevivência
é de 90%?
7.27 Dez barras retangulares de Al2O3 (10 mm de largura e 5 mm de altura) foram ensaiadas
em três pontos de flexão, com vão de 50 mm. As cargas de ruptura foram 1.040, 1.092, 1.120,
1.210, 1.320, 1.381, 1.410, 1.470, 1.490 e 1.540 N. Determine a resistência à flexão característica
e o módulo de Weibull para as amostras. (Consulte a Seção 9.6.1 para a fórmula de flexão.)
7.29 O alumínio tem uma energia superficial de 0,5 Jmÿ2 e um módulo de Young de 70 GPa.
Calcule a tensão na ponta da trinca para dois comprimentos de trinca diferentes: 1 mm e 1 cm.
7.30 Determine a tensão necessária para a propagação da trinca sob deformação plana para
uma trinca de comprimento igual a 2 mm em alumínio. Tome a energia superficial igual a 0,048
J/m2, a razão de Poisson para 0,345 e o módulo de E = 70,3 GPa.
7.31 Calcule a carga máxima que uma liga de alumínio 2024-T851 (10 cm × 2 cm) com uma
fissura central através da espessura (comprimento 0,1 mm) pode suportar sem ceder. Dado: ÿy
= 500 MPa e KIc = 30 MPa m1/2.
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464 FRATURA: ASPECTOS MACROSCÓPICOS
40
Com confinamento
30
Estresse,
MPa
20
Sem confinamento
10
0 02468
Deslocamento, mm
Fig. Ex7.34
7.32 Uma folha infinitamente grande está sujeita a uma tensão de campo distante de 300 MPa. O
material tem um limite de escoamento de 600 MPa, e há uma fissura central de 7/ÿ cm de
comprimento.
KIc = 55 MPa m1/2 e ÿy = 1.380 MPa? Suponha uma condição de deformação plana
e uma fenda central.
7.34 Dois corpos de prova de concreto foram ensaiados à compressão. Um foi embrulhado com
uma fita composta muito forte. Eles exibiram diferenças substanciais em força, mostradas na
Figura Ex7.34. Explique, em termos de comportamento microestrutural, a razão da diferença na
resposta. Use esboços.
7.35 Um corpo de prova de Al2O3 está sendo tracionado. A amostra contém falhas com um
tamanho de 100 ÿm.
(a) Se a energia superficial do Al2O3 é 0,8 J/m2, qual é a tensão de fratura? Use o critério de
Griffith. E = 380 GPa.
(b) Usando seu vasto conhecimento em mecânica de fratura e equações avançadas, estime a
tensão de fratura se a tenacidade à fratura for 4 MPa m1/2. Assuma duas posições para a
falha: no centro de um corpo infinito e na borda.
7.36 Um componente de aço estrutural tem uma fissura superficial de 2 mm. Este aço tem uma
tenacidade à fratura de 75 MPa m1/2. Em quanto essa rachadura pode crescer antes de uma
falha catastrófica?
7.37 Uma liga de titânio (Ti-6Al-4V) tem um limite de escoamento de 1280 MPa e uma tenacidade
à fratura de 77 MPa m1/2. Se aplicarmos uma tensão de 0,3ÿy, qual será o tamanho da fissura
na superfície que levará a uma falha catastrófica?
7.38 Uma placa de aço AISI tem uma fissura com o tamanho de 2 mm no centro. Se a placa
estiver sob uma tensão uniforme e a largura da placa for 24 cm:
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EXERCÍCIOS 465
(a) Encontre o valor máximo da tensão se KIc = 45 MPa m1/2. (b) Encontre
o tamanho máximo de trinca que a placa pode ter, se ela tiver que operar
a uma tensão de 1.250 MPa.
7.39 Em uma liga de Al 7178-T651 (placa grossa), encontre o comprimento crítico da trinca
se ela estiver sob tensão de 500 MPa. Dado: KIc = 28 MPa m1/2.
7.40 Qual é o maior tamanho de falha de um material cerâmico que pode suportar uma
resistência de 280 MPa e KIc = 2,2 MPa m1/2, supondo Y = 1?
7.42 Um material frágil (Sialon) é usado como placa de suporte. Sialon tem uma tenacidade
à fratura de 9 MPa m1/2. A placa deve suportar uma carga de tração de 200kN.
Temos três técnicas de inspeção não destrutiva à nossa disposição: radiografia de raios X
(pode detectar falhas maiores que 0,5 mm); radiografia gama (falhas maiores que 0,20 mm)
e inspeção ultrassônica (falhas maiores que 0,125 mm). Calcule a área da seção transversal
da placa para os diferentes métodos de teste NDE.
7,43
(a) Uma placa de aço AISI tem largura W = 30 cm e uma fissura central com tamanho de 3
mm. A placa está sob uma tensão uniforme. Encontre o valor máximo da tensão é KIc =
50 MPa m1/2. (b) Se a peça tiver que operar com uma tensão de 1.500 MPa, calcule o
tamanho máximo da trinca que a placa pode ter.
7.44 Um polímero contém falhas internas (em forma de moeda) com diâmetro de 2 mm e
falha, sob tração, sob uma tensão aplicada de 30 MPa. Qual é a tenacidade à fratura deste
polímero?
7.45 Ordene a resistência estimada de três peças cerâmicas, feitas de Al2O3, com três
volumes diferentes: V = 10 cm3; V = 100 cm3; V = 1 m3.
7.46 Estabeleça a carga de tração máxima que um bloco com seção transversal de
10 × 10 cm pode demorar, se sua tenacidade à fratura for igual a 90 MPa m1/2 e sua tensão
de escoamento for 1.000 MPa. Esta peça contém uma fissura embutida com um raio de 10
mm.
(a) A que pressão máxima o cilindro pode ser carregado? (b) Qual é a
redução percentual na pressão máxima devido à pressão
ência de falha?
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Capítulo 8
8.1 Introdução
facetas claras e lisas que têm o tamanho dos grãos. No aço, a fratura frágil
tem o aspecto típico brilhante, enquanto a fratura dúctil tem um aspecto
fosco e acinzentado. Além da fratura frágil, os polímeros sofrem um modo
de fratura envolvendo crazing, no qual as cadeias poliméricas à frente de
uma trinca se alinham ao longo do eixo de tração, de modo que a
concentração de tensão é liberada.
Outro modo de deformação que é precursor da fratura é o fenômeno
de bandamento de cisalhamento em um polímero. Se esticarmos o material
polimérico, observamos a formação de uma faixa de material com uma
tensão de fluxo muito maior do que existe no estado não esticado.
As bandas de cisalhamento (ou localização) também são predominantes em metais.
Os compósitos - especialmente os fibrosos - podem apresentar uma
variedade de modos de falha que dependem dos componentes do material
(matriz e reforço) e da ligação. Se a resistência de união for maior que a
resistência da matriz e do reforço, a fratura se propagará através do último
(Figura 8.1). Se a ligação for fraca, há descolagem e arrancamento da
fibra. Na compressão, os compósitos podem falhar por um mecanismo de
dobra, também mostrado na figura; as fibras se quebram e toda a estrutura
gira ao longo de uma faixa, resultando em um encurtamento do compósito.
Este mecanismo é conhecido como microflambagem plástica.
Adaptado com permissão de BR Lawn e TR Wilshaw, Fracture of Brittle Solids (Cambridge, Reino Unido: Cambridge
uma
10 10 + D eu
1mm
(uma) (b)
Fig. 8.2 (a) Rompimento por cisalhamento (deslizamento) em um metal puro. (Reproduzido
com permissão de D. Broek, Elementary Engineering Fracture Mechanics, 3ª ed. (Haia, Holanda:
Martinus Nijhoff, 1982), p. 33.) (b) Uma fratura pontual em uma amostra de cobre de um único
cristal macio. (Cortesia de JD Embury.)
1
C. Zener, The Fracture of Metals (Metals Park, OH: ASM, 1948).
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8.2 FRATURA EM METAIS 471
Plano de Micro
deslizamento rachadura
(c)
Estresse
aplicado
Deslizando
Cavidade
vazios ali criados. Em monocristais metálicos extremamente puros (por exemplo, contorno de grão normal ao
eixo de estresse.
aqueles livres de inclusões, etc.), a deformação plástica continua até que a
seção da amostra seja reduzida a um ponto, uma consequência geométrica do
deslizamento, conforme mostrado na Figura 8.2.
(b)
coalescência de microcavidades. A
Fig. 8.13 Micrografias eletrônicas sendo nucleado. Na Figura 8.16(c), a rachadura avançou juntando-se a
de varredura em baixa ampliação esses vazios crescentes. Novos vazios se nuclearam.
(centro) e alta ampliação (direita e
A nucleação e crescimento de vazios é de grande importância na
esquerda) de aço AISI 1008 rompido
determinação das características de fratura de materiais dúcteis. Muitos
sob tensão.
pesquisadores identificaram partículas e inclusões de segunda fase
Observe as covinhas equiaxiais na
região central e covinhas alongadas
como as principais fontes de vazios.2 De fato, a Figura 8.12 mostra
nas paredes de cisalhamento, nas covinhas, na parte inferior das quais podem ser vistas partículas de
laterais do copo. segunda fase. O tamanho, a separação e a ligação interfacial dessas
partículas determinam as características gerais de propagação das
trincas dúcteis e, portanto, a ductilidade do material. O papel das
partículas de segunda fase é ilustrado na Figura 8.17. Ligas à base de
cobre com diferentes quantidades de partículas de segunda fase (frações
de 0 a 0,24) foram testadas em tração, e
2
Ver, por exemplo, HC Rogers, em Ductility (Metals Park, OH: ASM, 1967), p. 31; e LM
Brown e JD Embury, em Microstructure in Design of Alloys, Vol. 1 (Londres: Institute of
Metals/Iron and Steel Institute, 1973), p. 164.
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8.2 FRATURA EM METAIS 477
a ductilidade do material foi medida. A ductilidade é dada pela redução da área dos corpos de
prova no ponto de fratura (ln A0/ Af, onde A0 e Af são as áreas da seção transversal inicial e final,
respectivamente). Por uma simples regra de misturas, assumindo que as partículas do segundo
lugar têm ductilidade zero, obtém-se a linha reta mostrada na figura. No entanto, o efeito das
partículas da segunda fase é muito mais drástico e a ductilidade é reduzida a zero em f = 0,24.
Esta é uma indicação clara de que as partículas de segunda fase desempenham um papel
fundamental na propagação da fratura dúctil.
Vários modelos têm sido propostos para o crescimento de vazios. Quando a taxa de
crescimento é muito baixa, ou a temperatura é alta (como na fluência), as vacâncias fluem para o
vazio e o fazem crescer. No entanto, em baixas temperaturas e altas taxas de desgaste, a
migração de vagas não pode explicar o crescimento de vazios. Um mecanismo envolvendo
deslocamentos precisa ser considerado. No Capítulo 4 (Figura 4.26) estudamos laços prismáticos.
Esses laços consistem em um disco de átomos. Assumimos, por simplicidade, uma situação
bidimensional mostrada na Figura 8.18(a). Se uma espira prismática se move por deslizamento
das discordâncias, o disco extra de matéria é carregado e o diâmetro do vazio aumenta em b,
igual ao vetor de Burgers. A Figura 8.18(a) mostra quatro espiras prismáticas que se originam na
superfície vazia e se movem para fora.
ÿ = 3ÿ.
A tensão radial é igual a zero, pois as tensões normais em uma superfície livre são iguais às
tração externa:
ÿr = 0.
ÿÿ ÿ ÿr
ÿmax = = 1,5p.
2
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8.2 FRATURA EM METAIS 479
(uma)
(b) (c)
Quando esta tensão de cisalhamento atinge um nível crítico, uma discordância pode
ser emitida do vazio. Dois mecanismos responsáveis pela geração das discordâncias
geometricamente necessárias para o crescimento de vazios são mostrados na Figura
8.18(b) e (c). A Figura 8.18(b) mostra loops prismáticos sucessivos emitidos de um
vazio crescente. À medida que o vazio cresce, o mesmo acontece com o diâmetro das
alças. Esta é uma representação bidimensional, e uma imagem tridimensional completa
seria mais complexa. A Figura 8.18(c) mostra laços de cisalhamento, que também
podem atingir o mesmo objetivo de remover matéria da superfície vazia e estendê-la.
O crescimento real dos vazios é mais complexo, uma vez que as alças interagem entre
si e seu movimento para fora é, portanto, impedido. No entanto, o resultado líquido é
que uma grande densidade de deslocamentos é gerada em torno de um vazio
crescente. De fato, a microscopia eletrônica de transmissão revela que os vazios são
cercados por uma camada altamente endurecida.
Antes de encerrarmos esta seção, vale ressaltar aqui que o termo “ductilidade”
significa a capacidade de um material sofrer deformação plástica. A ductilidade não é
uma propriedade fundamental do material, porque a deformação plástica antes da
fratura é uma função do estado de tensão, taxa de deformação, temperatura, ambiente
e história anterior do material. O estado de tensão é definido pela imagem tridimensional
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480 FRATURA: ASPECTOS MICROSCÓPICOS
0
-0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
(Charpy)
Energia
Taxa de
carregamento
Frágil
Temperatura
800
600
s(MPa)
400
0
1 2 3 4
(b) D-1/2 (mm-1/2)
UMA
B Fig. 8.23 Formação de degraus de
UMA
clivagem. (a) Fendas paralelas (A, A) se
C
unem por clivagem (B) ou cisalhamento
(C). (b) Iniciação da etapa de clivagem
pela passagem de uma discordância em
(uma)
parafuso. (c) Formação de marcações
de rios após a passagem de um contorno
Propagação
direção
(b)
Torção
fronteira
Rio
marcações
(c)
(uma)
(b)
ÿy = ÿ0 + ky D ÿ1/2.
ÿ0 = B exp(ÿÿT ),
ÿc = ÿ0c + kc D ÿ1/2.
Observe que ÿc não depende da temperatura. Observe também que kc > ky.
4
Ao definir ÿc igual a ÿy, podemos obter a temperatura de transição dúctil-frágil:
ÿy = ÿc, 1
3
RW Armstrong, Phil. Mag., 9 (1964) 1063.
4
Na Figura 8.21, o escoamento (por geminação) e a fratura (por clivagem) têm o mesmo k. Isso ocorre
porque a inclinação Hall-Petch para geminação é muito maior do que a inclinação para deslizamento.
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486 FRATURA: ASPECTOS MICROSCÓPICOS
sc D1
-1/2
kc (D1 - D2 -1/2)
-1/2
- D2 -1/2)
Estresse
isso (D1
sc D2
e D1
D2
sim e
5
DB Williams, M. Watanabe, C. Li e VJ Keast, em Nano e Design Microestrutural de
Materiais Avançados, eds. MA Meyers, RO Richie e M. Sarikaya (Oxford, Reino Unido:
Elsevier, 2003).
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8.3 FRATURA EM CERÂMICA 487
(uma) (b)
ilustrado na Figura 8.26. A Figura 8.26(a) mostra uma fratura dúctil em cobre, Fig. 8.26 Imagens SEM da
caracterizada por ondulações e nucleação e crescimento de vazios. superfície de fratura de (a) Cu puro
A Figura 8.26(b) mostra uma superfície de fratura em cobre à qual foram e (b) Cu dopado com 20 ppm Bi.
adicionados 20 ppm de Bi. As duas morfologias são completamente diferentes. (De DB Williams, M.
O modo de fratura na Figura 8.26(b) é intergranular e o material foi Watanabe, C. Li e VJ Keast, em
Nano and Microstructural Design
dramaticamente fragilizado.
of Advanced Materials, (Elsevier,
Oxford, 2003).)
(uma)
Fibra
Grão de
zircônia monoclínica (b)
Rachadura
Grão de
zircônia tetragonal
uma
(c)
Microfissuras
uma
Adaptado com permissão do Guide to Engineered Materials (Metals Park, OH: ASM International, 1985), p. 16.
b
Os dados são de uma variedade de fontes comerciais.
V1 V2
V3 V4
V3
(b)
No centro dessa área lisa, podem ser vistos os vestígios da falha inicial. Esta área do
espelho torna-se mais irregular à medida que a fissura se propaga a partir da falha
inicial. Isso é chamado de região de névoa . À medida que a ramificação se torna
predominante, a superfície plana e lisa torna-se marcadamente irregular, e essa região
é chamada de região de hackle . (Estes são semelhantes aos observados em polímeros
e mostrados mais adiante na Figura 8.42.)
Quando se inicia a ramificação da fissura (bifurcação), a superfície de fratura torna-
se cada vez mais irregular, pois, na separação, diferentes planos de fratura se
interligam. Na cerâmica, as falhas são extremamente importantes, e sua concentração
e tamanho determinam a resistência da cerâmica. Essas falhas podem ser classificadas
em três grupos: falhas produzidas durante o processamento, falhas induzidas por
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8.3 FRATURA EM CERÂMICA 491
K eu c = ÿ ÿÿa,
(uma)
(b)
Fig. 8.31 Vazios em AD85 os grãos individuais. Defeitos introduzidos pela usinagem também são falhas indescritíveis,
alumina. (a) Elétron de varredura mas perigosas. Essas falhas estão próximas à superfície. Grãos grandes isolados, grãos
micrografia da superfície seccionada em rachados e inclusões são outras fontes
baixa ampliação. (b) Ampliado
de falhas. As inclusões são frequentemente o resultado de contaminação durante o
vista de um vazio. Esses vazios são
processamento. Durante a prensagem ou secagem subsequente, as laminações são frequentemente
maiores que os grãos.
formado. Durante a secagem, as laminações podem se separar
uns aos outros.
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8.3 FRATURA EM CERÂMICA 493
uma
Exemplo 8.1
0,5
a1 = × 10ÿ6 m,
2
a2 = 25 × 10ÿ6 m,
K eu c = Y ÿ ÿÿa.
K eu c
4 × 106
ÿ1 = = ÿ 4 GPa,
E ÿÿa 4 9,9 × 10ÿ4
× 106
ÿ2 = = 400 MPa.
9,9 × 10ÿ3
Uma vez que o tamanho do defeito é muitas vezes estabelecido pelo tamanho do grão (2a = D), um
tem
ÿK I c
ÿ= . (8.2)
ÿÿ D / 2
20 mm
400
80 mm
200
160 mm
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
A partir desses valores, pode-se ver que os planos {1010} e {1012} seriam os planos
de fratura preferidos. Esses altos valores de energia superficial também explicam
porque a fratura em policristais tende a ser intergranular. Outra razão é que, em
materiais anisotrópicos (materiais que são anisotrópicos em suas constantes elásticas
ou coeficientes de expansão térmica), os contornos de grão são regiões de concentração
de tensões nas quais o início de uma fratura é mais provável de ocorrer do que em
outras regiões. A Figura 8.34 mostra uma micrografia eletrônica de varredura de uma
superfície de fratura em um único cristal de safira. As superfícies planas são os planos
onde a energia de superfície é a mais baixa.
{0001} >40
{1010} 7.3
{1012} 6
{1126} 24,4
uma
(uma)
(b)
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498 FRATURA: ASPECTOS MICROSCÓPICOS
Fig. 8.34 Micrografia eletrônica a contribuição é universalmente reconhecida.6 A análise Weibull é descrita no
de varredura da superfície da Capítulo 7; é suficiente aqui fornecer a equação básica para a probabilidade
fratura em safira (alumina de que um corpo de prova de volume V não falhe em uma tensão de tração
monocristalina). aplicada ÿ. Esta equação é (veja as Equações 7.49 e 7.53)
m
DENTRO
ÿ ÿ ÿu
P (V ) = exp ÿ
V0 p0
6
W. Weibull, J. Appl. Mech., 18 (1951) 293.
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8.3 FRATURA EM CERÂMICA 499
7
AA Griffith, Proc. Primeiro Int. Cong. Aplicativo. Mec., 1 (1924) 55.
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500 FRATURA: ASPECTOS MICROSCÓPICOS
(uma)
sc sc sc
sc sc
(b)
Fig. 8.35 (a) Falha por compressão de material frágil por divisão axial. (b) Esquema
representação do crescimento de trincas críticas, produzindo divisão axial e fragmentação de
fragmentos; colunas separadas sob compressão entrarão em colapso.
sc sc
Fluxo preexistente
~70°
sl sl sl sl
Secundário
rachaduras
sc sc
(uma) (b)
x2
sc
sc
S
Asa rachada quadrado
x
Inicial
fluxo angular q
s´ 22 eu
d lsc Com
lsc = sl
´ 2a
s s12 sl x1
quadrado
q
eu
2a
sr
srq
Asa rachada
s
sc
(c) (d)
são criados por incompatibilidade de expansão térmica (especialmente em não cúbicos MF Ashby e SD Hallam, Acta.
Met., 34 (1986) 497.) (d) Circular
materiais). Frequentemente, a escala das microfissuras é a do grão
falha gerando rachadura. (Adaptado
Tamanho; tendem a estender-se de fronteira a fronteira. A ruptura por compressão de
de CG Sammis e MF
materiais frágeis é fortemente afetada pelo confinamento lateral (tensões transversais
Ashby, Acta Met., 34 (1986) 511.)
à direção do carregamento). Figura 8.37
mostra como as trincas alinhadas com a direção principal de carregamento são
geradas em falhas esféricas e afiadas e como elas levam à falha. As curvas tensão-
deformação e as interações entre as trincas
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502 FRATURA: ASPECTOS MICROSCÓPICOS
sc
-sl sc
-sl sc
-sl sc
-sl
se = 2 - 10% se = 5 - 15%
e e
(uma) (b) (c) (d)
K EU
= ÿÿc ÿÿa [(1 ÿ ÿ)(1 + ÿ2) 1/2 ÿ (1 + ÿ)ÿ].
ÿ3
8
ME Ashby e SD Hallam, Acta Met., 34 (1986), 497.
9
H. Horii e S. Nemat-Nasser, J. Geophys. Res., 90 (1985) 3105; e Fil. Trans. Roy Soc.
(Londres), 319 (1986) 337.
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8.3 FRATURA EM CERÂMICA 503
ÿc ÿÿa ÿ ÿ3
= .
K eu c [(1 ÿ ÿ)(1 + ÿ2) 1/2 ÿ (1 + ÿ)ÿ]
Para falhas esféricas e circulares, as equações dadas na Seção 7.3 podem ser
aplicadas. Isso resulta na seguinte expressão:
ÿc ÿÿa 1
=ÿ .
K eu c L 1/2 1.1(1ÿ2.1ÿ) ÿÿ
3.3
(1+L )
10
J. Lankford, J. Mater. Sci., 12 (1977) 791.
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504 FRATURA: ASPECTOS MICROSCÓPICOS
2 T2
ÿ= E (ÿc ÿ ÿa )dT ,
3(1 ÿ v) T1
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8.3 FRATURA EM CERÂMICA 505
Gêmeo
Acumular-se
Rachadura
(c) (d)
Grão
E1
duro
E2
Grão compatível T1
ÿL2
(e) T1 T2
ÿL1
onde T1 e T2 são as temperaturas extremas do ciclo térmico, e ÿa e ÿc são os
Rachadura
coeficientes de expansão térmica perpendicular e paralelo ao eixo c,
respectivamente. Para coeficientes de expansão constantes, e assumindo uma
constante E, obtemos
2E Rachadura
ÿ= um T .
3(1 ÿ v)
1
eu
D1
D2
(uma) (b)
1 = 2
.
D1 D2
K eu c = ÿ ÿÿa
ÿ=K eu c
kD -1/2.
(uma)
hackear
Névoa
Suave
espelho
Origem
(b)
3. Uma região de transição entre as duas anteriores que tem uma névoa
aparência e sem recursos resolvíveis.
1 cm
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8.4 FRATURA EM POLÍMEROS 511
Fig. 8.46 Uma transição entre bandas de cisalhamento difusas e bandas de cisalhamento agudas, respectivamente.
cisalhamento e fissuração em Os cantos superiores esquerdos indicam a direção da deformação. Observe que, à
misturas de filme de óxido de medida que a quantidade de PPO aumenta, mais e mais manias são atenuadas por
polipropileno (PPO) e poliestireno
faixas de cisalhamento. A 70% APS (ou 30% PPO), aparecem apenas bandas de
atático (APS) deformado 10% à
cisalhamento difusas.
temperatura ambiente (Usado com
permissão de E. Baer, A.
Hiltner e HD Keith, Science, 235 8.4.3 Fratura em Polímeros Semicristalinos e Cristalinos As regiões cristalinas em
(1987) 1015.). As porcentagens de um polímero semicristalino possuem uma estrutura de cadeia dobrada; isto é, as
peso APS são mostradas nos cantos cadeias moleculares dobram-se sobre si mesmas para formar plaquetas finas
inferiores esquerdos. C, D e S indicam
chamadas lamelas. (Consulte o Capítulo 1.) O material amorfo, contendo extremidades
fissuras, cisalhamento difuso e bandas
de cadeia, moléculas de ligação e outros materiais difíceis de cristalizar, separa os
de cisalhamento agudo,
diferentes lamelae. As propriedades de tais polímeros semicristalinos podem ser
respectivamente. As setas indicam a
direção da deformação. altamente anisotrópicas - muito fortes e rígidas na direção da cadeia principal e fracas
na direção transversal. Parâmetros como o grau de cristalinidade, peso molecular,
orientação dos cristais, etc., afetam o comportamento mecânico em geral e o
comportamento da fratura em particular. Como os polímeros mostram uma quantidade
significativa de comportamento viscoelástico em sua temperatura de serviço, a taxa
de deformação tem um efeito profundo em seu comportamento de fratura. A Figura
8.47 mostra esquematicamente o efeito da taxa de deformação no caminho da fratura
através de um polipropileno esferulítico. Em baixas taxas de deformação a fratura
segue um caminho interesferulítico, enquanto em altas taxas de deformação a fratura
se torna transesferulítica.
Velocidade, m/s
11
RJ Young, em Desenvolvimentos em Polímeros Orientados, Vol. 2, ed. IM Ward (Essex, Reino
Unido: Elsevier Applied Science, 1987), p. 1.
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514 FRATURA: ASPECTOS MICROSCÓPICOS
Energia
fratura
m2)
(J/
de
Vidros inorgânicos
10
0
ÿ50 ÿ25 0 25 50
Temperatura (°C)
também. Os dados na Tabela 8.6 foram obtidos à temperatura ambiente e vemos que a
Fig. 8.50 Aumento na fratura
faixa de tenacidade para polímeros é de 1 a 5 MPa
energia em função da porcentagem
m1/2 em comparação com 10--100 MPa m1/2 para metais e 1--10 MPa m1/2 para
peso de terminação carboxila
cerâmica. Em um material elástico ou independente do tempo, a tenacidade à fratura é butadieno-acrilonitrila. (Depois
independente da velocidade da trinca; em um material viscoelástico ou dependente do AK St. Clair e TL St. Clair, Int.
tempo, o crescimento de trincas em estado estacionário pode ocorrer em um J. Adesão e Adesivos, 1 (1981)
intensidade de tensão menor que o valor crítico. A Figura 8.51(a) mostra 249.)
isso esquematicamente, enquanto a Figura 8.51(b) mostra uma curva real de tensão
intensidade versus velocidade de fissura para PMMA. Observe que os dados são plotados
em uma escala log-log. Um gráfico semilog da mesma curva para PMMA para
velocidades de trinca muito mais altas são mostradas na Figura 8.52. A mesma tendência
é observada em metais, onde a tensão de escoamento aumenta com a deformação
taxa.12
12
MA Meyers, Dynamic Behavior of Materials (Nova York: J. Wiley, 1994).
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516 FRATURA: ASPECTOS MICROSCÓPICOS
1
MPa
m
K,
0,5
10ÿ5 10-3 10-1
(b) a (msÿ1)
0
10-6 10ÿ4 10ÿ2 100 102
Exemplo 8.2
Descreva como o fenômeno da fissuração pode ser explorado para melhorar a tenacidade de um
polímero.
nucleadas, mas não permitirmos que cresçam até a fratura, podemos melhorar a tenacidade de
um polímero. Tal mecanismo é utilizado em acrilonitrila butadieno estireno (ABS), que tem uma
tenacidade muito maior do que o poliestireno (PS). A acrilonitrila e o estireno formam um
copolímero monofásico. O butadieno é disperso nesta matriz de copolímero como partículas
elastoméricas. Essas partículas têm uma camada de estireno-acrilonitric enxertada nelas. Assim,
o ABS tem uma estrutura bifásica. Quando o ABS é estressado, as fissuras nucleam em
deformações bastante baixas na interface elastômero-estireno. No entanto, a alta extensibilidade
de
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8.5 FRATURA E RESISTÊNCIA DE MATERIAIS BIOLÓGICOS 517
100
Natural
polímero
e polímero
compostos
Bambu
Natural Queratina
10 elastômeros amuado
Osso (chifres)
Célula sanguínea
Coco
muro
Macadâmia
Molhado
Cutícula Osso
1 Cortiça
Artéria
Molusco
Concha
Algas marinhas
Batatas
Madeira
0,1
Resistência
m2
kJ/
Jc,
Maçãs Esmalte
Totalmente denso
hidroxiapatita
0,01
Natural
cerâmica
e cerâmica
compostos
Comum
minerais
0,001
0,0001
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Modula E, GPa
A Figura 8.53 fornece a tenacidade à fratura (Jc) para vários materiais biológicos em função do
módulo de elasticidade. O quadrado da fratura
a tenacidade (Kc) pode ser obtida multiplicando-se Jc pelo módulo de Young. (Consulte a Seção
7.7.5.) A Figura 8.53 fornece uma visão valiosa sobre o
tenacidade de materiais biológicos. Por exemplo, as conchas têm uma dureza muito superior à
calcita, embora a composição seja semelhante.
Isso ocorre porque as conchas são um composto de carbonato de cálcio e uma fina camada
camada de cola orgânica.
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518 FRATURA: ASPECTOS MICROSCÓPICOS
(Boston: McGraw Hill, 2003), Esta é uma das alterações sofridas pelo osso com o envelhecimento. Existem muitas
p. 102.) morfologias de fratura no osso, dependendo das tensões de carga, taxa de carga e
condição do osso. A Figura 8.54 apresenta algumas dessas modalidades.
(a) Fratura em galho verde: ocorre em osso jovem, que possui uma grande fração
de volume de colágeno e pode quebrar como um galho verde. Esta fratura em
ziguezague indica uma alta tenacidade.
(b) Fratura fissurada: Corresponde a uma fissura longitudinal em
osso.
(c) Fratura cominutiva: Nela são formados muitos fragmentos. Isso é típico de uma
fratura causada por impacto em altas velocidades. Dois fatores desempenham um
papel fundamental. À medida que a velocidade do projétil aumenta, sua energia
cinética aumenta. Essa energia é transferida para o osso.
O segundo fator é que em altas taxas, muitas trincas são produzidas
simultaneamente; eles podem crescer independentemente até que suas superfícies
se cruzem. Esta é a razão pela qual um copo, quando jogado no chão com
violência, se estilhaça em muitos pequenos fragmentos. Uma razão adicional é
que o osso se torna mais rígido e mais quebradiço à medida que a taxa de
deformação aumenta.
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8.5 FRATURA E RESISTÊNCIA DE MATERIAIS BIOLÓGICOS 519
3
Região de comprimento de fissura
2
constante a = 9,76 mm; s = 0,016
1 mm a0 = a+3s = 9,80 mm
A aluna curiosa deve pegar um pedaço de giz e torcê-lo com as mãos. Uma
bela fratura helicoidal resultará. Esse tipo de fratura é conhecido, na
comunidade médica, como espiral. No entanto, este nome não está correto,
e uma hélice descreve a trajetória da trinca melhor do que uma espiral. O
Capítulo 2 (Exemplo 2.6) fornece mais informações.
Materiais biológicos como ossos e dentes também podem ser
caracterizados por meio de parâmetros de mecânica da fratura. Por exemplo,
Malik e colaboradores13 estudaram a resistência à fratura dos ossos da
perna (terceiro osso metacarpo) em cavalos e descobriram que a resistência
à fratura aumentava com o comprimento da fenda. Este comportamento é
semelhante aos compósitos de matriz cerâmica. Este aumento da tenacidade
à fratura com o crescimento de trinca em compósitos de matriz cerâmica é
indicativo de mecanismos de tenacidade no material devido à existência do
componente de reforço e matriz. Microfissuras na fase cerâmica podem
produzir uma diminuição na concentração geral de tensão.
Quando a tenacidade à fratura é dependente do tamanho da trinca, a
mecânica linear elástica da fratura não pode ser aplicada e deve-se aplicar
outros métodos de ensaio, como a curva R. No caso do osso da perna de
cavalo, verificou-se que havia descolamento ao longo de estruturas lamelares
macroscópicas à frente da fissura, levando à deflexão da fissura, absorção
de energia da fissura e endurecimento à medida que a fissura crescia. A
Figura 8.55 mostra o aumento do KR com o comprimento da trinca. Para um
comprimento de fissura inicial de 9,76 mm, o valor inicial da tenacidade é de
5 MPa m1/2. A tenacidade aumenta para >6 MPa m1/2 com o aumento do
comprimento da trinca.
13
CL Malik, JC Gibeling, RB Martin e SM Stover, J. Biomech., 36 (2003) 191.
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520 FRATURA: ASPECTOS MICROSCÓPICOS
Leitura sugerida
Exercícios
8.1 Na Figura 8.6, a geminação mecânica gerou microfissuras que, em ensaios de tração
subsequentes, enfraqueceram o corpo de prova. A resistência à tração final do tungstênio é de
1,2 GPa, e sua tenacidade à fratura é de aproximadamente 70 MPa m1/2. Em quanto a tensão de
fratura é diminuída devido à presença das microfissuras?
8.2 Explique por que os metais FCC apresentam uma fratura dúctil mesmo em baixas temperaturas,
enquanto os metais BCC não.
8.3 Mostre, por uma sequência de croquis, como se desenvolverá o gargalo em cobre puro e em
cobre com fração volumétrica de 15% de uma segunda fase. Usando os valores da Figura 8.17,
mostre a configuração aproximada do gargalo final.
8.4 As amostras de alumina contêm falhas introduzidas durante o processamento; essas falhas
são, aproximadamente, iguais ao tamanho do grão. Plote a tensão de fratura versus tamanho de
grão (para grãos abaixo de 200 ÿm), sabendo que a tenacidade à fratura para alumina é igual a 4
MPa m1/2. Suponha Y = 1.
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522 FRATURA: ASPECTOS MICROSCÓPICOS
normalizada,
Tensão
tração
de
s/
E
10-4
Intergranular
10
fratura rastejante
10-5
1
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
Temperatura, °C
102
Clivagem 1
normalizada,
Tensão
tração
de
E / 10–4 Tensão
tração
MPa
°C,
20
de
a
Transgranular
fratura rastejante 10
10–5 Intergranular
fratura rastejante
e = 10–10 s
1
10–6
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
(b) Temperatura homóloga, T / MT
8.6
(a) Calcule a resistência à compressão para uma fissura contendo cerâmica de tamanho
100 um. Seja ÿ o coeficiente de atrito entre as paredes da falha e
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EXERCÍCIOS 523
8.7 Uma cerâmica com KIc = 4 MPa m1/2 contém poros com raio a = 5 ÿm devido
à sinterização incompleta. Esses poros levam a uma diminuição na tensão de
ruptura do material tanto em tração quanto em compressão. Uma em cada dez
junções de contorno de grão contém um vazio; o tamanho de grão da cerâmica é de 50 ÿm.
A cerâmica falha na compressão quando o comprimento de cada trinca gerada nos
vazios é igual a metade do espaçamento entre os vazios.
8.8 Usando as micrografias da Figura 8.31, estabeleça, para Al2O3 (KIc = 2,5 MPa
m1/2), (a) a resistência à compressão, usando a equação de Sammis-Ashby do
problema anterior, e (b) a resistência à tração .
8.9 A têmpera é o tratamento dado ao vidro plano (por exemplo, a janela de vidro
no forno da sua cozinha) temperando o vidro em um líquido adequado.
Desenhe esquematicamente a distribuição de tensões em tal vidro em função da
espessura de uma folha de vidro. Discuta o significado da distribuição de tensões
obtida no vidro temperado.
Suponha K c = ÿ ÿÿa.
8.11 Si3N4 tem uma energia superficial igual a 30 J/m2 e um espaçamento atômico
a0 ÿ 0,2 nm. Calcule a resistência teórica deste material (consulte o Capítulo 7) e
compare o valor obtido com o observado experimentalmente no teste de tração (ÿ
= 550 MPa). Calcule o tamanho da falha que causaria essa falha
estresse.
8.12 A densidade teórica de um polímero é 1,21 g cmÿ3. Por uma técnica óptica,
foi determinado que a região craquelada neste polímero tinha 40% de porosidade.
Qual é a densidade da região enlouquecida? Você pode estimar o módulo de
elasticidade da região fendida como uma porcentagem do módulo do polímero
normal?
= k log(t/t0),
8.16 O famoso acidente do ônibus espacial Challenger da NASA que ocorreu em uma
noite fria foi causado por um O-ring defeituoso. Explique o acidente.
8.17 Descreva os processos microscópicos que ocorrem durante a fratura dúctil e frágil.
Quais são as diferenças na aparência dessas fraturas?
8.18 A Figura 8.10 mostra cavidades do tipo r nucleadas em contornos de grão em cobre.
Supondo que a tensão aplicada esteja na direção vertical, faça um esboço dos eventos
consecutivos que ocorreriam ao longo dos contornos de grão.
Capítulo 9
Teste de fratura
9.1 Introdução
Posicão
Ponteiro inicial Martelo
para
Bigorna Amostra
(uma)
Impacto
Martelo
10 8
Izod
Amostra 22 milímetros
55 10
0,25 R
Dimensão em
milímetros
45°
(b) (c)
Ef = mg (h0 - h1) ,
825.)
40
30 Extinto
Temperado
20
10
0
100 200 300 400
Temperatura, K
No impacto com o corpo de prova, o martelo tem uma velocidade (o aluno deve
consultar seu livro de física)
1/2 .
v = (2gh0)
v = 4,5 m/s.
ÿÿ = ÿ 103sÿ1.
eu
dTc 1
=ÿ
,
d ln D 1/2 b
onde ÿ é uma constante. Isso é explicado pelo critério de Armstrong (Seção
8.2.3). Assim, um gráfico de Tc contra ln D1/2 será uma linha reta com
inclinação ÿ1/ÿ.
Na Figura 9.4, a fração da área de fratura que é clivagem e a expansão
lateral do espécime Charpy são plotadas, em
1
J. Heslop e NJ Petch, Phil. Mag., 3 (1958) 1128.
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9.2 TESTE DE IMPACTO 529
60
50 expansão
clivagem,
lateral
Área
%,
de
40
25
20
Expansão lateral
0
0 ÿ100 0 100 200 300 400
Temperatura, °C
além da energia absorvida pelo martelo. A excelente correlação entre as três curvas é
clara, e este teste simula a resposta dinâmica de um metal.
cordão de solda
Metal comum
1,8–2,0 mm
tf .
Força
(F) E= F. VELOCIDADE. dt
7kN o
8J
Propagação de Iniciação
0 tf .
0,5 ms Tempo (t)
(uma) (b)
A instrumentação envolve o registro do sinal de uma célula de carga no pêndulo por meio
de um osciloscópio na forma de uma curva carga-tempo da amostra de teste. A Figura
9.7(a) mostra um registro típico de osciloscópio e a Figura 9.7(b) mostra uma representação
esquemática desse registro. Esse tipo de curva pode fornecer informações sobre a carga
no escoamento geral, carga máxima, carga na fratura e assim por diante.
A energia gasta no impacto também pode ser obtida pela integração da curva carga-tempo.
A partir desta curva, pode-se obter a energia de fratura se a velocidade do pêndulo for
conhecida. Supondo que essa velocidade seja constante durante o teste, podemos escrever
a energia de fratura como
t
E = V0 PDT, (9.2)
0
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532 TESTE DE FRATURA
E = E (1 ÿ ÿ) , (9.3)
t
t
onde Et é a energia total de fratura, E = V0 0 Pdt, ÿ = E / 4E0, e
E0 é a energia inicial do pêndulo. Os valores da energia total
absorvida na fratura calculada desta forma a partir das curvas de carga-tempo
mostrar uma correspondência um-para-um com os valores determinados em um
teste Charpy convencional. Com base nessa correspondência, podemos usar
Equação 9.3 para calcular as energias de iniciação e propagação
a uma dada temperatura. Esta informação, juntamente com a carga em
escoamento, carga máxima e carga na fratura, podem nos permitir identificar
as várias etapas do processo de fratura.
É bem conhecido (ver Seção 9.3) que a fratura por deformação plana
O teste de tenacidade (KIc) dá uma ideia muito melhor e precisa da tenacidade de um
material do que o teste de Charpy instrumentado. Além disso, KIc é um
propriedade material. No entanto, como será visto em breve, o teste KIc apresenta
algumas desvantagens: A preparação do equipamento e a
a amostra é bastante cara, o teste é relativamente lento e não é simples de executar, e
assim por diante. Consequentemente, houve tentativas de
desenvolvendo correlações empíricas entre a energia absorvida em um
teste Charpy convencional (CV) e a tenacidade à fratura por deformação plana
(Kic). O leitor é avisado que tais correlações são completamente empíricas e são válidas
apenas para os metais específicos testados. O instrumentado
Teste Charpy, com amostras pré-trincadas e contendo sulcos laterais em
a fim de assegurar uma condição de deformação plana, pode ser usado para determinar
a tenacidade à fratura dinâmica KID. Para metais de ultra-alta resistência
(ÿy muito grande), KID ÿ KIc. Assim, podemos usar o Charpy instrumentado
teste para determinar KIc ou KID para aços de alta resistência. Mas devemos
verifique os resultados obtidos com os obtidos de uma norma ASTM
teste KIc , conforme descrito na próxima seção.
2
B. Augland, Brit. Sold., 9 (1962) 434.
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9.3 TESTE DE RESISTÊNCIA À FRATURA DE TENSÃO DO PLANO 533
Dentro
a = 0,45 - 0,55 W
A carga na fratura frágil que corresponde a KIc é então bem definida.
Quando o corpo de prova é de espessura reduzida, ocorre um degrau P
2
S P
2
4 W.
chamado ''pop-in'' na curva, indicando um aumento no deslocamento de
(b)
abertura da trinca sem aumento da carga (Figura 9.9(b)). Este fenômeno
é atribuído ao fato de que a frente da trinca avança apenas no centro da
espessura da placa, onde o material é constrangido sob condição de plano-
deformação. No entanto, próximo à superfície livre, a deformação plástica
é muito mais pronunciada do que no centro, e aproxima-se das condições
de tensão plana. Consequentemente, a trinca plano-deformação avança
muito mais na porção central da espessura da placa, e em regiões do
material próximas às superfícies do corpo de prova, a falha eventualmente
é por cisalhamento.
Quando a peça de teste se torna ainda mais fina, a condição de tensão
plana prevalece e a curva de carga-deslocamento fica como mostrado na
Figura 9.9(c). Para fazer medições válidas de tenacidade à fratura em
deformação plana, a influência da superfície livre, que relaxa a restrição, Fig. 9.8 Corpos de prova típicos de
deve ser mantida pequena. Isto permite que a zona de plástico seja teste de tenacidade à fratura por
completamente restringida por material elástico. O comprimento da fissura deformação plana padrão ASTM. (a)
também deve ser mantido acima de um certo limite inferior. Tensão compacta. (b) Flexão. (c)
A Figura 9.10 mostra a zona plástica na frente da trinca em uma placa Fotografia de espécimes de
vários tamanhos. Espécimes Charpy
de espessura finita. Nas bordas da placa (x3 ÿ ± B/2), o estado de tensão
e de tração também são mostrados,
se aproxima do estado de tensão plano. No centro de uma placa
para fins de comparação. (Cortesia de
suficientemente espessa, o estado de tensão aproxima-se do estado de
MPA, Stuttgart.)
deformação plana. Isso ocorre porque a componente ÿ33 da deformação
é igual a zero no centro, pois o material nessa direção é restrito, enquanto
que próximo às bordas o material pode ceder na direção x3 , então ÿ33 é
diferente de zero.
Até este ponto, o tamanho da amostra e o comprimento da trinca foram
discutidos de forma qualitativa. Os limites inferiores de largura, espessura
e comprimento da trinca dependem da extensão da deformação plástica
através do fator (KIc/ 2ÿy)
o .tamanho
Tendo em
exato
vistadaa zona
falta de
plástica
conhecimento
para a fissura
sobreno
modo I (modo de abertura da fissura), é muito difícil determinar teoricamente
os limites inferiores de dimensão do corpo de prova. Esses limites inferiores
acima dos quais KIc permanece constante são determinados por meio de
testes de teste.
Amostras de dimensões menores que esses limites tendem a superestimar
o limite KIc .
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534 TESTE DE FRATURA
Pop-in
Carregar
abc
Deslocamento
x3
B
x2
uma
2g
Superfície: Centro:
tensão tensão
plana plana
Tensão
Compressão
Rachadura
Tensão
Medidor de clipe
Amostra
UMA
Pq= P5P
P5
Pq
P5
Carregar
5% 5% 5%
EU II III
Deslocamento
uma P
K1 = f . (9.4)
Dentro
BÿW
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536 TESTE DE FRATURA
Largura da
amostra da espessura da
amostra do tamanho da falha
Defeito Falha
muito pequeno grande o suficiente
A função f(a/ W) tem uma forma diferente para cada geometria do corpo de prova.
Para o corpo de prova compacto (Figura 9.8(a)),
uma
f = Dentro
3 4
uma uma
Para o corpo de prova de dobra entalhada de borda única carregado em dobra de três
pontos (Figura 9.8 (b)),
uma
f = 1,99 - 1-
3/2
Dentro
21+2
uma
1-
uma
Ligado Dentro
Dentro Dentro
2
uma uma
c Dc m
(b) D (b) D
Exemplo 9.1
Tenacidade à fratura K eu c
= 100 MPa m1/2 .
Com
Apoia
para calibre de clipe
uma
q
c
r (w - a)
Aparente
dentro
Centro
w - um
do
Dobradiça rotação
de plástico
(w ÿ a) c
ÿc = .
w + 2a + 3z
encontre JIc.
Deslocamento
(uma) (b)
Linha embotada
Carregar J JIc
2A
UMA
J=
Bb
(d)
2A
J= ,
Bb
J = 2ÿfluxo a, (9.7)
K 2
JIc
= Jc . (9.8)
E
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540 TESTE DE FRATURA
M E
= (9.9)
EU R
M p
= , (9.10)
EU
S
d4
eu = , (9.11)
64
bh3
eu = (9.12)
12
3
O aluno deve relembrar discussões sobre desvios de vigas em cursos de mecânica
de materiais.
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9.6 TESTE DE FLEXÃO 541
Compressão
ÿ = E e. (9.13)
Das Equações (9.9), (9.10) e (9.13), obtemos a seguinte relação simples, válida no
regime elástico:
S
e= . (9.14)
R
P
Dois tipos principais de testes de flexão são os testes de flexão de três pontos e
de quatro pontos. Outra variante dos testes de flexão é a chamada tensão de
P/2
P/2
cisalhamento interlaminar (ILSS) que é usada em compósitos reforçados com fibras. S
Nós os descrevemos brevemente.
Máximo
momento
9.6.1 Ensaio de flexão em três pontos No fletor
M = (P/2)(S/2) = PS/4,
P/2 P/2
enquanto o momento de inércia, para uma viga de seção retangular, é
Momento
I = bh3/12. fletor
máximo
Usando a Equação 9.10, podemos obter a tensão máxima na camada mais externa
Fig. 9.18 Aplicação de diagramas de
(y = h/2) como
cargas e momentos fletores para (a)
flexão em três pontos e (b) flexão em
ÿmax = 3PS/2bh2. (9.15)
quatro pontos.
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542 TESTE DE FRATURA
3P R
ÿ= 1 + (1 + n) ln ,
2ÿt2 r
4
H. Li, FC Chen e AJ Ardell, Met. Trans A, 22 (1991) 2061.
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9.6 TESTE DE FLEXÃO 543
Carcaça superior
Amostra
Pino guia
Carcaça inferior
o
Haste de contato
Primavera
LVDT
2
r = (1,6r + t 2) ÿ 0,675t se r ÿ t/2
r = r se r > t/2.
Este teste de dobra miniaturizado pode ser usado em materiais dúcteis ou frágeis
e é adequado quando o material está disponível em tamanhos pequenos.
3P
ÿmax = . (9.18)
4 anos
ÿmax h
= . (9.19)
ÿmax 2S
A Equação 9.19 diz que se fizermos o vão de carga S muito pequeno, podemos
maximizar a tensão de cisalhamento ÿ de modo que o corpo de prova falhe
sob cisalhamento com uma trinca ao longo do plano médio. Assim, se
deliberadamente tornarmos o vão muito pequeno (daí o nome, “viga curta”), é
provável que ocorra falha sob cisalhamento. Uma palavra de cautela é
necessária sobre a interpretação deste teste: O teste torna-se inválido
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544 TESTE DE FRATURA
se as fibras falharem em tração antes que ocorra a falha induzida por cisalhamento. o
teste também será inválido se ocorrer ruptura de cisalhamento e tração simultaneamente
imediatamente. É aconselhável examinar a superfície da fratura após o teste, para
certifique-se de que a rachadura esteja ao longo da interface e não através do
matriz.
Exemplo 9.2
Em um teste de flexão de três pontos (veja a Figura E9.2), o corpo de prova tem um vão de
50 mm e uma carga P de 50 N. A largura e a altura são de 5 mm cada. Empate
os diagramas de momento e força cortante. Encontre o momento máximo e
estresse máximo.
P = 50N
S = 50 milímetros
= 25N
P/2 PS/4 P/2 = 25N
Momento de flexão
+ P/2
P/2
Diagrama de cisalhamento
Fig. E9.2
P S PS 50 N × 50 × 10ÿ3 m
× = = = 625 × 10ÿ3 N · m.
2 2 4 4
3 · PS 3 · 50 × 50 × 10ÿ3
Tensão máxima (Equação 9.15) = = 2
bh2 5 × 10ÿ3 (5 × 10ÿ3)
= 60 MPa.
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9.7 TESTE DE RESISTÊNCIA À FRATURA DE MATERIAIS FRÁGEIS 545
Exemplo 9.3
ÿdobrar/ÿten = 3S/2a.
Força = P ,
Mmaxymax/I, onde
I = bh3 / 12 = a4 /12,
M = PS/4,
ymax = a/2.
Por isso,
ÿdobrar PS uma 12 a2 3S
= × × = .
ÿten 4 2 a4 , P 2a
K eu c ÿ 4 MPa m1/2,
ÿ ÿ 400 MPa.
B ÿ 2,5 × 10ÿ4 m.
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546 TESTE DE FRATURA
(uma)
Frente de rachadura
S P
uma
Wm
2
t1
Suporte Suporte
(b) Dentro
P
B
Dentro
uma
Os entalhes nas amostras podem ser convenientemente feitos com uma serra
diamantada de baixa velocidade. As dimensões do corpo de prova devem obedecer
às seguintes orientações, conforme recomendado em diversas referências:5
= Pmax
K eu c Yc (ÿ0) ,
BÿW
para a geometria do corpo de prova neste estudo (ou seja, ÿ = 60ÿ e W/B = 1,5).
5
S.-X. Wu, Eng. Fracture Mech., 19 (1984) 221.
6
S.-X. Wu, Espécimes entalhados em Chevron: Teste e análise de estresse, eds. JH Underwood,
SW Freiman e FI Baratta (Filadélfia: ASTM, 1984), p. 176.
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548 TESTE DE FRATURA
Dentro
a1
uma
a0
B
Seção do plano
(b) de entalhe
uma
B
(c)
que abre a fenda pode ser suprida aplicando tensão nos dois lados ou por um
engenhoso mecanismo de bexiga. Nesse mecanismo, uma bolsa contendo
um fluido é inserida na fenda. O fluido é então pressurizado, criando uma
força de abertura de fissura P. A tenacidade à fratura do corpo de prova é
determinada a partir de
K eu c ÿ 22Pc B ÿ3/2,
P
H= ,
2 ÿc
7
S. Palmqvist, Jernkontorets Ann., 141 (1957) 300; Arco. Eisenhuttenwies., 33 (1962) 629.
8
BR Lawn e TR Wilshaw, J. Mater. Sei., 10 (1975) 1049; AG Evans e TR Wilshaw,
Acta Met., 24 (1976) 939; AG Evans e EA Charles, J. Am. Cer. Soc., 59 (1976) 371.
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550 TESTE DE FRATURA
2a
2b onde c é a diagonal da impressão e P é a carga. A área
2c
Rachadura
da impressão é 0,5c2, definindo o valor do parâmetro ÿ para
Recuo
srr sth
Plástico
deformação
por
P
Kc = .
Fig. 9.23 Esquema ÿa3/2
representação de recuo
gerando uma deformação plástica Isso fornece as unidades corretas para Kc: Nmÿ3/2 ou Pa m1/2. O fator ÿ
região e uma fenda semicircular. incorpora uma complexa interação elasto-plástica que não será discutida aqui. É
importante ressaltar que nem sempre a rachadura é
produzido durante o período de recuo, mas pode ser gerado durante
descarregando. Existem tensões elásticas causadas pela indentação, produzindo
componentes tangenciais compressivas da tensão; há também deformação plástica,
criando tensões residuais no descarregamento. São estes
tensões residuais, com uma componente tangencial de tração, que impulsionam o
rachadura. O problema pode ser analisado como uma cavidade interna pressurizada
em um corpo infinito. Isso gera tensões radiais de compressão ÿrr e
tensões tangenciais de tração ÿÿÿ . As tensões tangenciais decaem com 1/ r2.
Por outro lado, uma trinca de comprimento 2a forma, em circunstâncias ideais, um
semicírculo sob o entalhe, conforme mostra a Figura 9.23.
O fator de intensidade de tensão residual, por sua vez, é dado por
K r = Yÿÿÿÿÿa .
Desde
kP
sth = ,
a2
segue que
kY ÿ1/2 P kP
Kr = = ,
a3/2 a3/2
E
1/2
k=d ,
H
E
1/2 P
Kr =d
H a3/2
9
Anstis et ai. tome ÿ = 0,016 ± 0,004 (para um recuo Vickers). o
a tenacidade à fratura do material é o fator de intensidade de tensão residual no qual
a trinca para de crescer. Por isso,
E
1/2 P
K eu c =d .
H a3/2
9
GR Anstis, P. Chantikul, BR Lawn e DB Marshall, J. Am. Cer. Soc., 64 (1981) 533.
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9.7 TESTE DE RESISTÊNCIA À FRATURA DE MATERIAIS FRÁGEIS 551
Às vezes, as condições de equilíbrio não são estabelecidas até que a carga seja Kc (convencional), ksi em
100 101
removida. O crescimento lento das trincas pode então ocorrer, e a medição de a
depende do intervalo de tempo envolvido. banheiro
Às vezes, não são formadas trincas radiais bem definidas. Nesse caso, a carga P deve
10
ser ajustada de modo que trincas bem desenvolvidas sejam geradas - isto é, trincas 101
para as quais a > 2c. A Figura 9.24 compara a tenacidade à fratura convencional e de (recuo),
em
ksi
Kc
(recuo),
MPa
Kc
m
Si3N6
indentação para várias cerâmicas. As barras de erro mostram a variabilidade das vitrocerâmica SiC
Al2O3
Si3N6
medições. Pode-se observar que os resultados concordam em 30%. A grande vantagem Al2O3
COMO* Safira
dos testes de tenacidade à fratura por indentação sobre os testes convencionais é que 100 A* SL I, II *
1,0
testes comparativos com diversos materiais podem ser realizados prontamente, Si *Óculos
Uma segunda maneira na qual a indentação é usada é gerar uma fissura “inicial”
Fig. 9.24 Comparação entre
para o teste de flexão de três pontos. Um penetrador Knoop é preferível, e uma fissura convencional e recuo
aguda é gerada no centro do corpo de prova e no lado oposto ao onde P (a carga determinações de tenacidade à
central) é aplicada. fratura para vidros e cerâmicas. (De
GR Anstis, P. Chankitul, BR
Lawn e DB Marshall, J. Am. Cer.
Exemplo 9.4 Soc., 64 (1981) 533.)
2c = 14 mm,
2a = 36,5 mm.
2c = 0,087 mm,
2a = 0,228 mm,
P = 10 kgf = 102 N,
e nós temos
1/2
E P
K r = 0,016 .
H a3/2
Da Tabela 2.8,
E = 365 GPa.
Também,
1/2
365 102
K r = 0,016
23,85 3/2
(0,114 × 10ÿ3)
= 5,13 MPa m1/2 .
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552 TESTE DE FRATURA
(a) Filme dúctil sobre substrato frágil. É feita uma indentação, tipicamente com um micro
ou nanoindentador, de tal forma que
penetra apenas no filme fino dúctil, empurrando-o para o lado como mostrado
na Figura 9.25(a). As tensões residuais causadas pela deformação
filme fino causa delaminação, uma vez que o penetrador é removido, e
se a deformação for suficientemente grande. O diâmetro do delam
diâmetro. (Adaptado de JJ
Vlassak, MD Drory e WD Revestimento quebradiço
Zona elástica b
Delaminação
(b)
7
-1000
6
-600
5
Go
G/
-300
4 -200
Filme/ res = -100
3
2
uma
1 x
0
2 4 6 8 10 12 14 16
região inada pode estar relacionada diretamente com a taxa de liberação de energia
para delaminação.
(b) Filme frágil sobre substrato dúctil. Esta é a situação oposta.
Neste caso, a análise é bem diferente. Seguimos aqui a abordagem de Vlassak,
Drory e Nix.10 A Figura 9.25(b) mostra a configuração usada por eles. O penetrador
é feito para penetrar através do filme fino, no substrato, deformando-o plasticamente.
(1 ÿ ÿ2 filme) ÿ2
G0 = repouso,
filme 2E
onde t é a espessura do filme e ÿfilm é a razão de Poisson do filme. ÿres deve ser
calculado ou medido separadamente. Esta técnica simples permite a determinação
da tenacidade da ligação entre substrato e filme. Um exemplo é a tenacidade da
interface titânio-diamante. Vlassak, Drory e Nix obtiveram um valor de 51 J/m2. Os
revestimentos de diamante são usados em muitas aplicações onde é necessária uma
superfície dura e resistente ao desgaste.
Leitura sugerida
TL Andersen. Mecânica da Fratura, 2ª ed. Boca Raton, Flórida: CRC, 1995.
RW Hertzberg. Mecânica de Deformação e Fratura de Materiais de Engenharia, 4ª ed. Nova York,
NY: John Wiley, 1996.
B. Gramado. Fratura de sólidos frágeis, 2ª ed. Cambridge, Reino Unido: Universidade de Cambridge
Imprensa, 1993.
Exercícios
9.1 Uma máquina Charpy com um martelo pesando 200 N tem um braço de 1 m de comprimento.
A altura inicial h0 é igual a 1,2 m. O corpo de prova Charpy, (veja a Figura 9.2), absorve 80 J de
energia no processo de fraturamento. Determinar:
9.2 Estime a fração da área de clivagem nos quatro espécimes mostrados na Figura 9.3.
10
JJ Vlassak, MD Drory, e WD Nix, J. Mater. Res., 12 (1997) 1900.
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554 TESTE DE FRATURA
160
9.3 Mostre esquematicamente como a curva Charpy energia vs. temperatura
140 ser traduzido se os testes foram realizados a uma baixa taxa de deformação (aproximadamente
10 ÿ2 sÿ1).
120
9.4 Se, em vez de corpos de prova Charpy com espessura padrão igual a 10 mm,
100
você fosse testar amostras com espessura reduzida (por exemplo, 5 mm) e
Carga,
kN
80 espessura (por exemplo, 30 mm) que mudanças você esperaria na energia Charpy
60 valor normalizado para a espessura do corpo de prova.
9.6 Um polímero termoplástico tem uma tenacidade à fratura por deformação plana KIc =
15 MPa m1/2 e uma tensão de escoamento ÿy = 80 MPa. Estime os requisitos para
dimensões de um corpo de prova de tenacidade à fratura para este material.
QUENCED ÿy NORMALIZADO
Carga,
kN comprimentos: a3 = 9,4 mm
20
10
9.8 Um corpo de prova de polímero entalhado foi testado quanto à tenacidade à fratura em um
0 teste de flexão de três pontos. As dimensões relevantes do corpo de prova são:
0 12 3 4
Deslocamento, mm Espessura B = 5 mm,
Largura W = 15 mm,
Fig. Ex9.7
Comprimento da fissura a = 1 mm,
S = 3,5 W
Espessura B = 5 mm,
Largura W = 50 mm,
Comprimento da fissura a = 20 mm.
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EXERCÍCIOS 555
Assumindo uma curva de deslocamento linear até a falha a uma carga de 200 N, calcule KIc para este
polímero.
9.11 Norton NC-132 prensado a quente Si3N4 tem os seguintes pontos fortes para o dado
testes:
Comente sobre os tamanhos de falhas necessários para produzir essas tensões de falha.
9.12 Calcule as tensões de tração geradas por uma carga de 200 N atuando sobre um corpo de prova
de SiC (seção retangular de 5 mm de altura e 10 mm de largura) submetido a (a) flexão em três pontos
e (b) flexão em quatro pontos. A largura do vão é de 50 mm e, para a configuração de dobra em quatro
pontos, o vão interno é de 25 mm. Se os corpos de prova são pré-entalhados, com uma profundidade
de entalhe de 1 mm, quais são os fatores de intensidade de tensão?
9.13 Um componente estrutural cilíndrico com diâmetro de 100 mm é submetido a uma força de 100
kN a uma distância de 500 mm do grampo. O material usado para o cilindro tem uma tensão de Fig. Ex9.13
escoamento de 600 MPa. Ela cederá plasticamente sob a configuração de carregamento mostrada na
Figura Ex9.13? Use I = ÿr4/4 para o momento de inércia de um eixo cilíndrico.
9.14 Em uma amostra de MoSi2, uma indentação feita por um indentador Vickers deu a impressão
mostrada na Figura Ex9.14 sob uma carga de 1 kN. Calcule a dureza H de MoSi2. Tomando E para
MoSi2 como 300 GPa, calcule a tenacidade à fratura da amostra.
9.15 Estime a tenacidade à fratura para o vidro AsS3 mostrado na Figura 9.22a, sabendo que a
indentação foi feita com carga P = 10 N. O módulo de Young para este vidro é E = 75 GPa. Suponha
a mesma ampliação para as duas micrografias.
Fig. Ex9.14
9.16 Um corpo de prova de haste curta chevron com diâmetro de 5 cm (Al2O3) foi testado e a carga
crítica Pc foi igual a 2.000 N. Determine a tenacidade à fratura do corpo de prova.
1,25 mm de diâmetro
Fig. Ex9.17
20 milímetros
milímetros
40 milímetros
85
4,2 milímetros
45 milímetros
140 milímetros
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556 TESTE DE FRATURA
As dimensões dos corpos de prova, trincas e fraturas por carga para uma série de testes
são:
Rachadura Amostra
Comprimento, Largura, espessura,
Material de teste a (mm) W (mm) B (mm) Carga, P (N)
[2 + (a/ w)] 2
f (a/W) = [1 0,886 + 4,64(a/W) ÿ 13,32(a/W)
3/2
ÿ (a/ W)]
3 4 .
+ 14,72(a/W) ÿ 5.6(A/ W)
9.21 Estime a espessura mínima do corpo de prova para um teste válido de tenacidade à fratura
por deformação plana para um material com as seguintes propriedades: tensão de escoamento,
9.22 Uma placa de alumínio estrutural (7075-T561, KIc = 29 MPa m1/2), parte de um
projeto de engenharia, tem que suportar 200 MPa sob tensão. Determinar o
maior tamanho de fissura que esta placa pode suportar.
9.23 Uma amostra de teste é submetida a um teste de deslocamento de abertura de fissura (COD). o
a espessura da amostra é de 7 mm e a espessura do grampo é de 0,6 mm.
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EXERCÍCIOS 557
9.24 Em um teste de flexão de quatro pontos, o corpo de prova tem um vão de 70 mm e uma carga,
P, de 80 N. A largura e a altura são de 6 mm cada. Desenhe o momento e corte
diagramas. Encontre o momento máximo e a tensão máxima.
Temperatura de teste
( ÿC) 0% Ni 2% Ni 5% Ni 8% Ni
–200 – 2 2 28
150 – 3 5 5 35
100 – 6 15 30 37
50 0 15 55 55 47
60 80 70 60
50 75 85 75 65
100 75 85 80 85 67
Capítulo 10
10.1 Introdução
Uma solução pode ser definida como uma mistura homogênea de duas ou mais
substâncias. Geralmente, pensa-se em uma solução como líquida, mas formas
gasosas ou sólidas também são possíveis. De fato, podemos ter soluções de
gases em um gás, gases em um líquido, líquidos em um líquido, sólidos em um
líquido e sólidos em um sólido. Uma solução pode ter um ou mais solutos
dissolvidos em um solvente. O soluto é a substância dissolvida; o solvente é a
substância na qual o soluto é dissolvido. Em uma solução, há sempre menos
soluto do que solvente. Existem dois tipos de soluções sólidas: substitucionais e
intersticiais. A Figura 10.1 mostra exemplos de cada um de forma esquemática. A
Figura 10.1(a) é de latão, que é uma solução sólida substitucional de zinco (o
soluto) em cobre (o solvente). Chamamos tal liga de substituição porque os átomos
do soluto simplesmente substituem os átomos do solvente em suas posições
normais. Em uma solução substitucional, os tamanhos atômicos dos átomos do
soluto e do solvente são bastante próximos. A diferença máxima de tamanho é de
aproximadamente 15%. Quando os tamanhos atômicos do soluto e do solvente
são muito diferentes, como no caso do carbono ou nitrogênio no ferro, obtemos
uma solução sólida intersticial.
A Figura 10.1(b) mostra essa solução sólida de carbono em ferro. Chamamos
essas soluções de soluções sólidas intersticiais porque os átomos de soluto
ocupam posições intersticiais na rede do solvente.
Neste capítulo, primeiro focamos nossa atenção no fenômeno da solução
sólida e no fortalecimento que pode ser obtido por esse processo.
Simplificando, o fenômeno pode ser considerado como uma forma de restringir o
movimento de discordância em materiais cristalinos, especialmente metais. Em
seguida, estendemos essa ideia para o fortalecimento da precipitação e da dispersão.
Os precipitados podem ser formados em certas ligas no estado sólido. Começa-se
com uma solução sólida a alta temperatura, extingue-se a uma temperatura baixa
e depois envelhece-se a uma temperatura intermédia para obter um precipitado
finamente distribuído. Durante o envelhecimento, os precipitados aparecem em
uma variedade de sequências, dependendo do sistema de liga em consideração.
O fortalecimento da precipitação tem a ver com a interação de discordâncias com
precipitados, e não com átomos únicos
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10.2 REFORÇO DE SOLUÇÃO SÓLIDA 559
de solutos. Uma extensão lógica dessa ideia é dispersar artificialmente fases cerâmicas
duras em uma matriz metálica macia, em vez de obtê-las por meio de um processo de
precipitação. A mobilidade das discordâncias é então restringida por essas partículas
duras e a liga é reforçada. Este processo é chamado de fortalecimento de dispersão.
(uma) (b)
As discordâncias são bastante móveis em metais puros, e a deformação plástica ocorre
por meio do movimento das discordâncias (isto é, por cisalhamento). Um método muito Fig. 10.1 As duas formas básicas de
versátil de obter altos níveis de resistência em metais seria restringir esse movimento soluções sólidas. (a) Solução sólida
bastante fácil das discordâncias. Vimos anteriormente que os contornos de grão (Capítulo substitutiva de zinco em cobre para formar
5) e campos de tensão de outras discordâncias (Capítulo 6) podem desempenhar esse latão. (b) Sólido intersticial
solução de carbono em ferro para formar
papel restritivo em baixas temperaturas e aumentar a resistência do material. Quando a
aço. A solução sólida intersticial
mobilidade das discordâncias em um sólido é restringida pela introdução de átomos de
átomos de carbono aparecem na
soluto, o fortalecimento resultante da formiga é chamado de endurecimento em solução forma cúbica de face centrada do ferro.
sólida, e a liga é chamada de solução sólida. Um exemplo do reforço que pode ser obtido
por solução sólida é mostrado na Figura 10.2(a), na qual plotamos o aumento da tensão
de escoamento do aço em função do teor de soluto. Observe que solutos como carbono
e nitrogênio, que entram em posições intersticiais da rede de ferro, têm efeitos de
fortalecimento muito maiores do que átomos substitucionais como o manganês.
Explicaremos isso em breve. Para analisar o fenômeno de endurecimento devido à
presença de átomos de soluto, devemos considerar o aumento da tensão necessária
para mover uma discordância em seu plano de escorregamento na presença de barreiras
discretas ao movimento das discordâncias. Conceitualmente, é útil e mais fácil pensar
em termos de uma energia de interação entre a discordância e a barreira (por exemplo,
um átomo de soluto ou um precipitado). No caso de soluções substitucionais, para uma
discordância estacionária, a energia de interação é a variação de energia do sistema
consistindo de um cristal e uma discordância quando um átomo de solvente é removido
e substituído por um átomo de soluto. Conhecendo a energia de interação U, podemos
calcular a força dU/dx necessária para mover uma discordância uma distância dx normal
ao seu comprimento. Em cerâmica, solutos também podem exercer um efeito de
fortalecimento, como demonstrado pela Figura 10.2(b) para alumina monocristalina com
adições de cromo. Esse aumento se manifesta em altas temperaturas, onde as cerâmicas
se tornam relativamente dúcteis.
70
C, N
0,81 % de cátion Cr
60
150
50 0,20 % de cátion Cr
E
0,03 % de cátion Cr
40
100 Não dopado
30 (0001)
MPa
t,
, Mn
MP
Ds
a 20
50
Mo 10
(1010) (1120)
Dentro
0 0
0 1,0 2,0 0 0,05 0,10 0,1 5 0,20 0,25 0,30
(no % elemento de liga (b) c
Fig. 10.2 (a) Aumento da como incompatibilidade de módulo elástico elétrico e químico, também são possíveis.
resistência, ÿ, do aço em função do Cada uma dessas interações representa uma barreira de energia ao movimento das
teor de soluto. O sólido discordâncias.
as linhas representam adições
de soluto substitucionais, enquanto
10.2.1 Interação Elástica No caso
a linha tracejada representa adições
de soluto intersticial. (Depois de FB de discordância de aresta positiva, existe um semiplano extra acima do plano de
Pickering e T. Gladman, ISI Special escorregamento. Portanto, haverá uma tensão de compressão acima do plano de
Report 81, Iron and Steel Inst., deslizamento e uma tensão de tração abaixo dele (Capítulo 4). Como um átomo de
(Londres: 1963), p. 10). (b) Aumento soluto colocado aleatoriamente em um cristal tem um campo de tensão ao seu redor,
na resistência da safira (alumina esse campo de tensão seria minimizado se o átomo de soluto se movesse para a
monocristalina) com pequenas adições discordância. Para o caso de um átomo intersticial de carbono no ferro, a posição de
de cromo em
energia mínima em uma discordância de borda é a região dilatada perto do núcleo. Um
1400 ÿC (Adaptado de KPD
átomo substitucional que é menor que o solvente
Lagerlof, BJ Pletka, TE Mitchell e AH
Heuer, Radiation Effects, 74 (1983) átomo tenderá a se mover para o lado compressivo. Por outro lado, se um átomo de
87.) soluto é maior que o átomo de solvente, espera-se que ele se mova para o lado de
tração. Átomos substitutivos como Zn em Cu dão origem a uma distorção esférica
completamente simétrica na rede, que corresponde ao problema de desajuste elástico
associado à inserção de uma bola em um buraco maior ou menor; isto é, o átomo de
soluto substitucional atua como uma fonte pontual de dilatação da simetria esférica.
É importante notar que tais campos de tensão esfericamente simétricos causados por
átomos de impurezas substitucionais podem interagir apenas com defeitos que têm um
componente hidrostático em seus campos de tensão, como acontece com uma
discordância de borda (ver Equações 4.12a-c ).
As discordâncias em parafuso, por outro lado, têm um campo de tensão de caráter
puro de cisalhamento; isto é, o componente hidrostático de uma discordância em
parafuso é zero (veja as Equações 4.11a eb). Portanto, para uma primeira aproximação,
não há interação entre deslocamentos de parafuso e átomos substitucionais, como Zn
em Cu ou Mn em Fe. Átomos intersticiais, como carbono ou nitrogênio em ÿ-ferro, no
entanto, não apenas produzem um desajuste dilational (em volume), mas também
induzem uma distorção tetragonal. Tanto o carbono quanto o nitrogênio ocupam
posições intersticiais nos centros das faces e/ou nos pontos médios das bordas da
estrutura cúbica de corpo centrado (Figura 10.3). Os átomos de carbono ocupam os
pontos médios das arestas <001>.
Na Figura 10.3(a), indicamos as posições dos átomos de carbono
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10.2 REFORÇO DE SOLUÇÃO SÓLIDA 561
Com
[001]
–Fe
[001]
x
S
Distorção
ao carbono
[100] [100]
(uma) (b)
por cruzes. A Figura 10.3(b) representa a distorção tetragonal produzida Fig. 10.3 (a) Posições de
átomos intersticiais no cubo. (b)
quando um átomo de carbono se move para uma das arestas do cubo de ferro. O cúbico
Átomo de carbono mostrado como produtor
forma muda para tetragonal, produzindo uma distorção tetragonal ao longo
de uma distorção tetragonal.
esse eixo <001> específico. Observe que a figura mostra o tetragonal
distorção produzida por um átomo de carbono no cubo de ferro; o carbono
átomo não tem uma forma alongada! O campo de deformação atribuído
a esta distorção tetragonal irá interagir com hidrostática, bem como
campos de tensão de cisalhamento. O importante efeito da distorção tetragonal
é que os átomos intersticiais como C e N no ferro irão interagir
4 3 3 4 3 4 3 3
V= ÿr 0 (1 + e)
ÿ
ÿr 0 = ÿr 0 [(1 + e) - 1],
3 3 3
de modo a
4 3
V ÿ ÿr 0 3 3e,
ou
3
V ÿ 4ÿr e. 0 (10.1)
1
AH Cottrell, em Proceedings of Conference on Strength of Solids, Physical Society,
Londres, 1968, p. 30.
2
BA Bilby, Proc. Física Soc., A63 (1950) 191.
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562 SOLUÇÃO SÓLIDA, PRECIPITAÇÃO E FORTALECIMENTO DA DISPERSÃO
GB pecado eu
ÿzz = ÿ ,
ÿ(1 ÿ v) r
GB porque eu
ÿrÿ = ÿ ,
2ÿ(1 ÿ v) r
p. z = ÿzr = 0.
O
1+v GB pecado eu
ÿp = . (10.2)
1ÿv 3p r
Uint = V ÿi j (ÿi j )T ,
1+v GB pecado eu
3 pecado eu
Onde
4 1+v 3
A= Gbÿr 0 .
3 1-v
3
JD Eshelby, Proc. Roy. Soe, A241 (1957) 376; A252 (1959) 561.
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10.2 REFORÇO DE SOLUÇÃO SÓLIDA 563
onde L é o espaçamento dos átomos de soluto que “fixam” uma discordância. Várias
suposições podem ser feitas para estabelecer Fmax e L. Faremos a suposição muito
simples de que todos os átomos de soluto se movem a uma certa distância b da
discordância. Se C é a concentração de átomos de soluto por unidade de volume e ÿ
é a densidade de discordância (igual ao comprimento de discordância por unidade de
volume), então o espaçamento entre os átomos de soluto ao longo de uma
discordância é
L = ÿ/ C.
Desta forma,
Se r ÿ b e sen ÿ ÿ 1, obtemos
ÿ = A C/b3ÿ.
L ÿ C ÿ1/3.
Exemplo 10.1
Por que as soluções sólidas substitucionais são mais comuns do que as soluções sólidas
intersticiais?
200
50°C
Aço BH2 1
100°C
hora de idade
100
Pré-tensão de
engenharia
S
segregam para as discordâncias porque isso resulta em uma diminuição na energia
livre. Dadas as condições adequadas para a difusão atômica, seria de se esperar a
A PARTIR DE
deslizamento ano 0
se difundem facilmente em temperaturas ambientes, mas em muitas ligas substitucionais
é necessário recorrer a tratamentos em temperaturas mais altas.
Átomos de carbono
e = 0.08
350
0,20
Deformação nominal
1125.) 0,006
0,003
Estresse de rendimento
0
0 250 500 750 1000 1250
Temperatura, K
Solubilizado a 954°C/1 hora Solubilizado a 1037°C/1 hora Fig. 10.10 Escoamento serrilhado
observado em ensaio de tração realizado
e = 0.01 e = 0.01
decremento de log
tan ÿ = = Q -1,
Pi
então ÿ = Q
ÿ1 = ln(1/n) ,
ÿvt
Limite
(uma) de grão
200 nm
(b)
1 mm
(c)
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572 SOLUÇÃO SÓLIDA, PRECIPITAÇÃO E FORTALECIMENTO DA DISPERSÃO
80
4% Cu
60
3% Cu
2% Cu
40
0,1 1 10 100
Tempo de envelhecimento, dias
Força,
MPa
100
90
80
70 TD Níquel
60
50
40
30
20
800 900 1000 1100 1200
Temperatura, °C
que os sistemas endurecidos por dispersão têm uma grande vantagem sobre
os endurecidos por precipitação, a saber, a estabilidade dos dispersóides.
Assim, os sistemas endurecidos por dispersão mantêm alta resistência em
altas temperaturas, nas quais os precipitados tendem a se dissolver na
matriz. A Figura 10.13 ilustra as diferenças entre o reforço por precipitação e
o endurecimento por dispersão. As superligas à base de níquel IN792 e MAR
M 200 são endurecidas por precipitação por precipitados ÿ ou ÿ com
composições de Ni3Nb e Ni3Al, respectivamente. O níquel TD, por outro
lado, contém uma fina dispersão de ThO2, um óxido de alto ponto de fusão
que é insolúvel na matriz. Em temperaturas mais baixas (até 1.000 ÿC), o
endurecimento por precipitação é mais eficaz; no entanto, a aproximadamente
1.100 ÿC, os precipitados se dissolvem na matriz e a resistência é
drasticamente reduzida. Os dispersóides continuam a ser eficientes enérgicos
de resistência em temperaturas ainda mais altas.
O fortalecimento nestes sistemas, endurecidos por precipitados ou
dispersóides, tem origem na interação dos deslocamentos com as partículas.
Em geral, a interação depende das dimensões, resistência, espaçamento e
quantidade do precipitado.
O comportamento detalhado, é claro, difere de sistema para sistema. Vamos
primeiro descrever o fenômeno do endurecimento por precipitação, ou
envelhecimento. A solução sólida supersaturada é obtida por resfriamento
súbito a partir de uma temperatura suficientemente alta na qual a liga possui
uma única fase. O tratamento térmico que causa a precipitação do soluto é
chamado de envelhecimento. O processo pode ser aplicado a vários sistemas de liga.
Embora o comportamento específico varie com a liga, a liga deve, pelo
menos:
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574 SOLUÇÃO SÓLIDA, PRECIPITAÇÃO E FORTALECIMENTO DA DISPERSÃO
% Cu, atômico
1 23 4
800 Líquido Al + Líquido
700
Líquido
700 660°
600 Al 602
5.2
600 a+L
500
uma
500
400
Temperatura,
°C
Temperatura,
°C
400
300
Al + Li Al
300 200
um + eu
200 100
100 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 01 2 4 56
(uma) Cobre, wt. % (b) 3 Lítio, peso %
Fig. 10.14 (a) Diagrama de fases da 1. Formar uma solução sólida monofásica em altas temperaturas.
extremidade rica em Al do Al-Cu 2. Rejeite um precipitado finamente disperso durante o envelhecimento, ou seja, o diagrama
sistema. (b) Diagrama de fases da de fases deve mostrar uma linha de solvus em declínio.4
extremidade rica em Al do sistema Al-Li.
A Figura 10.14(a) mostra uma parte do diagrama de fases do sistema Al--Cu em que o
endurecimento por precipitação pode ocorrer, enquanto a Figura 10.14(b) mostra o
diagrama de fases do sistema Al-Li. O lítio é interessante porque sua adição ao alumínio
resulta em uma diminuição da densidade, bem como um aumento substancial no módulo
da liga.
Ambos os sistemas mostrados na Figura 10.14 atendem aos pré-requisitos para que ocorra
o endurecimento por precipitação. O tratamento de precipitação consiste nas seguintes
etapas:
4
A linha solvus é o lugar geométrico dos pontos que representam o limite de solubilidade do sólido
em função da temperatura.