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Introdução

• Conforme estudamos no tópico “Propriedades dos Metais”, eles


apresentam algumas características peculiares, dentre elas a plasticidade.

• A plasticidade é a capacidade de um material se deformar sob uma


força, de forma que quando cessar a força, a deformação é
irreversível.

• Essa característica é muito importante permitindo a conformação


dos metais no estado sólido por meio de operações metalúrgicas,
como: forjamento, laminação, estiramento, extrusão, estampagem,
etc.
Qual dos valores abaixo você utilizaria no
desenvolvimento de um projeto?

390 MPa
 270 MPa
 390 MPa
 420 MPa
Onde o estudo da plasticidade é importante?

Onde se deseja trabalhar no


limite elástico, evitando que
o material se deforme.
2 situações
podem ocorrer:
Onde é necessária a
deformação plástica do
material.
Processos de Fabricação

• Dentre a imensa variedade de processos de fabricação de


metais podemos dividi-los em grupos distintos:

• Processos de fusão; A aula de hoje será


• Processos de usinagem; útil nesses dois itens.
• Processos de conformação;
• Processos de união;
• Processos de tratamento térmico.
Os processos de conformação de metais representam um segmento
significativo na indústria.
Por que alguns processos de conformação são
realizados a frio e outros a quente?

Conformação a frio Conformação a quente


A resposta está na aula passada!

O que acontece com a tensão de O que acontece com a tensão de


escoamento de um metal que foi escoamento de um metal com o
deformado plasticamente? aumento da temperatura?
Deformação vs Temperatura

Maior a % de trabalho mecânico, maior a Quanto maior a temperatura, maior a


resistência do material. ductilidade do material
Deformação vs Temperatura

• Dessa forma, aplicando Grãos encruados


temperatura o material
permanece relativamente
com baixa dureza e dúctil
durante a deformação,
pois não encrua; sendo
possíveis grandes Grãos recristalizados
deformações.
Temperatura na Conformação

• Os processos de conformação são comumente classificados em:

Trabalho a quente: a deformação é realizada acima da


temperatura de recristalização.
Trabalho a morno: a deformação é realizada sob a temperatura
de recuperação (não chega ocorrer a recristalização).
Trabalho a frio: a deformação é realizada em temperatura
inferior a recuperação.
Mecanismo de deformação
• Em uma escala microscópica, a deformação plástica corresponde ao
movimento resultante de um grande número de átomos em resposta
à aplicação de uma tensão.

Durante esse processo, ligações interatômicas são rompidas e


formadas novamente.
Discordâncias e deformação plástica
Nos sólidos cristalinos, a deformação plástica envolve, na maioria das vezes, o
movimento de discordâncias, que são defeitos cristalinos lineares.

Micrografia eletrônica de transmissão de


Microscopia de força atômica mostrando plano
uma liga de titânio em que as linhas escuras
extra de átomos (defeito em linha). Ampliação de
são discordâncias. Ampliação de 50 mil vezes.
300 mil vezes.
Discordância em cunha e deformação plástica

(a) O semiplano de átomos extra é identificado como A. (b) A discordância se move uma distância atômica para a
direita conforme A se liga à porção inferior do plano B; nesse processo, a porção superior de B se torna o
semiplano extra. (c) Um degrau se forma na superfície do cristal conforme o semiplano extra atinge a superfície.
Discordância em cunha e deformação plástica
• Uma discordância em aresta se move em resposta à aplicação de uma
tensão cisalhante em uma direção perpendicular à sua linha.

Movimento análogo ao movimento de um tapete ou de uma lagarta. A linha azul


representa um contorno de grão que dificulta o movimento das discordâncias.
Discordância em cunha e deformação plástica

A lagarta forma uma corcova próxima à sua extremidade posterior, puxando para a frente seu último par de
pernas o equivalente a uma unidade de comprimento da perna. A corcova é impelida para a frente pelo
movimento repetido de elevação e de mudança dos pares de pernas. Quando a corcova atinge a extremidade
anterior, toda a lagarta terá se movido para a frente o equivalente a uma distância de separação entre os
pares de pernas. A corcova da lagarta e seu movimento correspondem ao semiplano de átomos extra no
modelo da deformação plástica por discordâncias.
Discordância espiral e deformação plástica

Figura esquemática de uma discordância em espiral e uma fotomicrografia feita em


microscópio de força atômica.
Cunha vs Espiral
Uma discordância em aresta se move em resposta à
aplicação de uma tensão cisalhante em uma direção
perpendicular à sua linha. Para a discordância espiral a
direção do movimento é paralela à direção da tensão.
Entretanto, a deformação plástica resultante para os
movimentos de ambos os tipos de discordâncias é a
mesma.
Discordâncias em metais

• Todos os metais e ligas contêm algumas discordâncias que foram


introduzidas durante a solidificação, durante a deformação plástica, e como
consequência das tensões térmicas que resultam de um resfriamento rápido.

• O número de discordâncias, ou densidade de discordâncias, em um material


é expresso como o comprimento total de discordâncias por unidade de
volume, ou, de maneira equivalente, como o número de discordâncias que
intercepta uma área unitária de uma seção aleatória.

• As unidades da densidade de discordâncias são milímetros de discordância


por milímetro cúbico ou, simplesmente, por milímetro quadrado.
Densidade de discordâncias

• Densidades de discordâncias tão baixas quanto 103 /mm2 são


encontradas normalmente em cristais metálicos cuidadosamente
solidificados.

• Para metais altamente deformados, a densidade pode ser tão elevada


quanto 109 a 1010 /mm2.

• O tratamento térmico da amostra de um metal deformado pode reduzir


a densidade para em torno de 105 a 106 /mm2.
Densidade de discordâncias
• Nos contornos de grão de alto ângulo, pode não ocorrer de as discordâncias
atravessarem os contornos de grão durante a deformação; em vez disso, as
discordâncias tendem a se “acumular” (ou empilhar) nos contornos de grão.
Densidade de discordâncias
• Esses empilhamentos introduzem concentrações de tensão à frente
dos seus planos de escorregamento, o que gera novas discordâncias
nos grãos adjacentes.

• Os contornos de grão, assim como defeitos internos e irregularidades


superficiais, tais como riscos e entalhes, que atuam como
concentrações de tensões, podem servir como sítios para a formação
de discordâncias durante a deformação.
Características das discordâncias
As discordâncias causam distorção da rede atômica devido à presença do
semiplano de átomos extra. Como consequência, existem regiões
onde deformações da rede compressivas, de tração e cisalhantes são impostas
sobre os átomos vizinhos.
Os átomos imediatamente acima e
adjacentes à linha da discordância Abaixo do semiplano, o
estão comprimidos uns contra os efeito é justamente o
outros. Como resultado, esses átomos oposto; os átomos da
podem ser considerados como se rede suportam a
estivessem sofrendo uma deformação imposição de uma
de compressão em relação aos átomos deformação de tração.
posicionados no cristal perfeito e
localizados distantes da discordância.
Interação entre discordâncias
• Os campos de deformação ao redor das discordâncias próximas umas das outras
podem interagir entre si tal que forças são impostas sobre cada discordância.
Os campos de deformação de compressão e de
tração para ambas as discordâncias se encontram
no mesmo lado do plano de escorregamento; a
interação dos campos gera repulsão mútua entre
essas duas discordâncias isoladas, a qual tende a
afastá-las.

Duas discordâncias de sinais opostos e que


possuem o mesmo plano de escorregamento
são atraídas uma em direção à outra, e
quando elas se encontrarem ocorre uma
aniquilação de discordâncias. Isto é, os dois
semiplanos extras de átomos se alinham e se
tornam um plano completo.
Planos de deslizamento

• As discordâncias não se movem com o mesmo grau de facilidade em


todos os planos cristalográficos de átomos e em todas as direções
cristalográficas.
• Normalmente, existe um plano preferencial e, nesse plano, existem
direções específicas ao longo das quais ocorre o movimento das
discordâncias.
• Esse plano é chamado de plano de escorregamento; e, de maneira
análoga, a direção do movimento é chamada de direção de
escorregamento. Essa combinação de plano de escorregamento e
direção de escorregamento é denominada sistema de escorregamento.
Sistema de escorregamento
• Para uma estrutura cristalina específica, o plano de escorregamento é aquele
que possui o empacotamento atômico mais denso — isto é, aquele que possui
a maior densidade planar. A direção do escorregamento corresponde à
direção, nesse plano, que está mais densamente compactada com átomos —
isto é, aquela que possui a maior densidade linear.

A direção do vetor de Burgers corresponde


à direção de escorregamento das
discordâncias, enquanto sua magnitude é
igual à distância de escorregamento
unitária (ou à separação interatômica nessa
direção).
Obstáculos ao deslocamento de discordâncias
• Defeitos internos, irregularidades
superficiais (tais como riscos e entalhes)
atuam como concentrações de tensões,
podem servir como sítios para a formação Discordância livre para se mover.
de discordâncias durante a deformação.
• Elementos de liga, carbonetos, contorno
de grão e as próprias discordâncias
também são exemplos de obstáculos.
Impureza de átomo substitucional Discordância travada pelo átomo de impureza
• As técnicas de aumento da resistência
dependem desse princípio simples: a
restrição ou o impedimento ao
movimento das discordâncias confere
Discordância travada pelo átomo de impureza
maior dureza e resistência ao material. Impureza de átomo intersticial
Sistemas de escorregamento
Deformação plástica nos metais
• Em cada grão, o movimento das discordâncias ocorre ao longo do
sistema de escorregamento que possui a orientação mais favorável.

Amostra de cobre deformada


plasticamente
Linhas de escorregamento na
superfície de uma amostra
policristalina de cobre que foi
polida e subsequentemente
deformada. Ampliação de 173×.
Antes da deformação os grãos
são equiaxiais, ou seja, possuem
aproximadamente a mesma
dimensão em todas as direções.
Nesse tipo específico de
deformação, os grãos se tornam
alongados ao longo da direção na
qual a amostra foi estendida.
Influência do contorno de grão sobre a deformação
plástica
• Uma vez que os dois grãos têm orientações diferentes, uma discordância que
passe para o grão B terá que mudar a direção do seu movimento; isso se
torna mais difícil conforme aumenta a diferença na orientação cristalográfica.
A falta de ordem atômica na região do
contorno de grão resulta em uma Os grãos agem com barreiras ao deslocamento de
descontinuidade dos planos de discordâncias.
escorregamento de um grão para o outro.
Influência do tamanho de grão sobre o limite de
escoamento

Influência do tamanho de grão


sobre o limite de escoamento
de um latão 70 Cu-30 Zn.
Observe que o diâmetro de
grão aumenta da direita para a
esquerda e não é linear.
Influência de impurezas na plasticidade
• Os contornos entre duas fases diferentes também são impedimentos
ao movimento das discordâncias.

• As ligas são mais resistentes que os metais puros porque os átomos


de impurezas que estão participando na solução sólida normalmente
impõem deformações de rede sobre os átomos hospedeiros vizinhos.

• Assim, resultam interações do campo de deformação da rede entre as


discordâncias e esses átomos de impurezas, e, consequentemente, o
movimento das discordâncias fica restrito.
Influência de impurezas sobre o limite de
escoamento e ductilidade
Deformação por maclação

• Além de ocorrer por escorregamento, a deformação plástica em


alguns materiais metálicos pode ocorrer pela formação de maclas de
deformação, ou maclação.

• Isto é, uma força de cisalhamento pode produzir deslocamentos


atômicos tais que em um dos lados de um plano (o contorno da
macla) os átomos estejam localizados em posições de imagem de
espelho em relação aos átomos no outro lado do plano.
Deformação por maclação
As maclas de deformação ocorrem em metais que possuem estruturas cristalinas CCC e HC,
em baixas temperaturas, e sob taxas de carregamento elevadas (cargas de impacto),
condições sob as quais o processo de escorregamento é restringido — isto é, existem
poucos sistemas de escorregamento operacionais.

Diagrama esquemático mostrando como a macla resulta da aplicação de uma tensão cisalhante τ. (a) Posições dos átomos antes
da maclação. (b) Após a maclação, os círculos azuis representam átomos que não mudaram de posição; os círculos vermelhos
representam átomos que se deslocaram. Os átomos identificados por letras com e sem linhas (por exemplo, A′ e A) estão
localizados em posições de imagem em espelho através do contorno da macla.
Encruamento

Algumas vezes, esse fenômeno também é chamado de endurecimento por


trabalho, ou, pelo fato de a temperatura na qual a deformação ocorre ser “fria”
em relação à temperatura absoluta de fusão do metal, de trabalho a frio.
Micrografia do alumínio trabalhado a frio (TF)

Recozido 40% TF 80% TF

Chapa de alumínio Alumínio 5457


Macrografia de um parafuso conformado
• Macroscopicamente não altera significativamente as propriedades óticas
do produto.
• Mediante ataque químico é possível observar as bandas de conformação.
Como é estimada a quantidade (%) de trabalho a frio
(TF)?
• O grau de deformação plástica ou porcentagem de trabalho a frio
(%TF) é definida como:

A0: área original da seção transversal que sofre deformação.


Ad: área de seção transversal após a deformação.
Exemplo:
• Calcule a quantidade de trabalho a frio aplicado em um material onde
um cilindro teve o diâmetro reduzido de 15,2 mm para 12,2 mm.
Resposta:
Influência do encruamento na resistência e
ductilidade
Recuperação
• Quando os metais são deformados plasticamente, uma fração da energia de
deformação (cerca de 5%) é retida internamente; o restante é dissipado na
forma de calor. A maior parcela dessa energia armazenada é como energia de
deformação, que está associada às discordâncias.

• Durante a recuperação, uma parcela da energia de deformação interna


armazenada é liberada em virtude do movimento das discordâncias (na
ausência de aplicação de uma tensão externa), como resultado da maior
difusão atômica em temperaturas elevadas.

• Além disso, algumas propriedades físicas, tais como as condutividades


elétrica e térmica, são recuperadas aos estados de antes do trabalho a frio.
Recristalização
A recristalização é a formação de grãos livres de deformação e equiaxiais (isto é,
com dimensões aproximadamente iguais em todas as direções) e com baixas
densidades de discordâncias.

As propriedades e estruturas podem ser revertidas aos estados anteriores ao


trabalho a frio mediante um tratamento térmico apropriado.
Recristalização
Os novos grãos se formam como núcleos muito pequenos e crescem até
consumirem por completo seu material de origem, em processos que
envolvem difusão de curto alcance.

(a) Estrutura de grão trabalhado a frio (33%TF). (b) Estágio inicial da recristalização após aquecimento durante 3 s a 580°C
(1075ºF); os grãos muito pequenos são aqueles que recristalizaram. (c) Substituição parcial dos grãos trabalhados a frio
por grãos recristalizados (4 s a 580°C). (d) Recristalização completa (8 s a 580°C). (e) Crescimento dos grãos após 15 min a
580°C. (f) Crescimento dos grãos após 10 min a 700ºC (1290ºF). Todas as fotomicrografias estão com ampliação de 70×.
A recristalização é um processo dependente
tanto do tempo quanto da temperatura.

O comportamento da recristalização de uma


determinada liga metálica é às vezes
especificado em termos de uma temperatura
de recristalização, que é a temperatura na qual
a recristalização termina em exatamente 1 h.

O gráfico mostra a influência da temperatura


de recozimento (para um tempo de
recozimento de 1 h) sobre o limite de
resistência à tração e a ductilidade de um latão.
O tamanho de grão está indicado em função da
temperatura de recozimento. As estruturas de
grão durante os estágios de recuperação,
recristalização e crescimento de grão são
mostradas esquematicamente.
Recristalização

• A recristalização de metais trabalhados a frio pode ser empregada


para refinar a estrutura de grão.
• As propriedades mecânicas à temperatura ambiente de um metal
com granulação fina são, em geral, superiores (isto é, apresentam
maiores resistência e tenacidade) às do metal com grãos grosseiros.
• Após a recristalização as propriedades mecânicas que foram alteradas
como consequência do trabalho a frio são restauradas aos seus
valores anteriores ao trabalho a frio — isto é, o metal se torna menos
resistente e tem menor dureza, entretanto é mais dúctil.
Temperatura de recristalização vs % de trabalho a frio

Tipicamente, ela se encontra entre um


terço e metade da temperatura absoluta
de fusão de um metal ou liga e depende
de vários fatores, que incluem a
quantidade de trabalho a frio a que o
material foi submetido e a pureza da liga.
O aumento da porcentagem de trabalho
a frio aumenta a taxa de recristalização,
resultando na redução da temperatura
de recristalização, que tende a um valor
constante ou limite sob deformações
Variação da temperatura de recristalização em função da porcentagem
de trabalho a frio para o ferro. Para deformações menores que a crítica
elevadas.
(aproximadamente 5%TF), a recristalização não ocorrerá.
Influência dos elementos de liga na temperatura de
recristalização
• Durante a recristalização, ocorre o movimento dos contornos de grão
conforme novos núcleos de grãos se formam e então crescem.
• Acredita-se que os átomos de impurezas segregam-se preferencialmente nos
contornos de grão recristalizados e interagem com eles, de forma a diminuir
suas mobilidades (isto é, dos contornos de grão); isso resulta em uma
diminuição na taxa de recristalização e aumenta a temperatura de
recristalização, às vezes de maneira bastante substancial.
• Para os metais puros, a temperatura de recristalização é normalmente de
0,4Tf, em que Tf é a temperatura absoluta de fusão; para algumas ligas
comerciais, ela pode chegar a 0,7Tf.
Temperaturas de recristalização e de fusão
Responda:
• Por que alguns metais (por exemplo, o chumbo e o estanho)
não encruam quando são deformados à temperatura
ambiente?
Crescimento de Grão

• Após a conclusão da recristalização, os grãos isentos de deformações


continuarão a crescer se a amostra do metal for deixada sob uma
temperatura elevada

• O crescimento de grão ocorre pela migração dos contornos de grão.


Obviamente, nem todos os grãos podem aumentar de tamanho,
porém grãos maiores crescem à custa de grãos menores que
diminuem.
Crescimento de Grão

• O movimento dos contornos


consiste simplesmente na
difusão, em curta distância,
dos átomos de um lado para
outro do contorno.
• As direções do movimento
do contorno e do
movimento dos átomos são
opostas entre si.
Crescimento de grão vs tempo vs temperatura

O logaritmo do diâmetro de grão


em função do logaritmo do
tempo para o crescimento de
grão no latão em várias
temperaturas.
Referências:
• CALLISTER, W. D., Jr.; RETHWISCH, D. G. Ciência e Engenharia de
Materiais: uma introdução. 8.ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2015.
• VAN VLACK, L. H. Princípios de ciências dos materiais. EdUfscar, São
Carlos: 2010.
Bons estudos!

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