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A EQUAÇÃO DO CALOR: DEDUÇÃO


A primeira etapa é definir um sistema (elemento) diferencial, dx · 1 · 1, com largura dx e área unitária entre
seções perpendicular à direção x como mostrado na Fig. 16.3. Se preferirmos formular a primeira lei em
um instante de tempo, a próxima etapa será identificar os processos de energia que são relevantes para o
sistema.
Fluxos térmicos por condução para dentro e fora do sistema

A taxa de transferência de calor por condução na superfície de controle (x  dx) pode ser expressa por
meio de uma expansão em série de Taylor desconsiderando-se os termos de maior ordem

onde o fluxo térmico qn é dado pela lei de Fourier, Eq. 16.1, mas o gradiente é descrito por uma derivada
parcial já que a temperatura depende da coordenada x e do tempo.
Taxa de geração de energia no interior do sistema

Taxa de variação de energia no interior do sistema

A etapa final consiste em formular o requisito de conservação de energia com base na taxa, Eq. 15.11a.
Substituindo as expressões anteriores dos processos de energia e redefinindo, o balanço de energia dife-
rencial tem-se a forma

equação de calor

A Eq. 16.2 é a equação do calor. Resumindo em palavras, a equação de calor estabelece que em qual-
quer ponto do meio físico unidimensional, a taxa de transferência de energia por condução dentro de
um volume unitário mais a taxa volumétrica de geração de energia deve ser igual à taxa de variação da
energia armazenada dentro do volume.

Figura 16.3 Sistema diferencial, dx · 1 · 1,


para análise da condução em um sistema
cartesiano de coordenadas unidimensional.

A PAREDE COMPOSTA
As paredes compostas também podem ser caracterizadas como configurações do tipo série-paralelo, como
as mostradas na Fig. 16.6. Em muitas aplicações desse tipo, geralmente é recomendável presumir condi-
ções unidimensionais. Se considerarmos essa hipótese, dois circuitos térmicos diferentes poderão ser usa-
dos. No caso (a) supõe-se que as superfícies perpendiculares à direção x sejam isotérmicas, enquanto no
caso (b) supõe-se que as superfícies paralelas à direção x sejam adiabáticas. Resultados diferentes são ob-
tidos para Rtot, e os valores correspondentes de q incluem a taxa de transferência de calor real. Essas dife-
renças aumentam com a elevação de 冨kF  kG冨, à medida que os efeitos multidimensionais se tornam mais
significativos.
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Figura 16.6 Configurações do tipo série-paralelo de parede composta com convecção nas duas superfícies e circui-
tos térmicos equivalentes: (a) as superfícies perpendiculares à direção x são isotérmicas e (b) as superfícies paralelas
à direção x são adiabáticas.

TABELA 16.2 Resistência de Contato Térmico de Interfaces Sólido/Sólido Representativas


R t ,c  10 4 R t ,c  10 4
Interface (m2 · K/W) Interface (m2 · K/W)

Chip de silício/alumínio sobreposto em ar 0,3–0,6 Alumínio/alumínio com 0,01–0,1


(27-500 kN/m2)a revestimento metálico (Pb)
Chip de silício/alumínio com 0,02 mm 0,2–0,9 Alumínio/alumínio com lubrificante ⬃0,07
de cola epóxi Dow Corning 340 (⬃100 kN/m2)
Alumínio/alumínio com enchimento de ⬃0,07 Aço inoxidável/aço inoxidável com ⬃0,04
lâmina de índio (⬃3500 kN/m2) lubrificante Dow Corning 340
(⬃3500 kN/m2)
Aço inoxidável/aço inoxidável com ⬃0,04 Bronze/bronze com 15-µm de solda 0,025–0,14
enchimento de lâmina de índio de estanho
(⬃3500 kN/m2)
a
Representa a pressão aplicada para unir as superfícies.

16.3.2 SISTEMAS RADIAIS COM GERAÇÃO DE ENERGIA


A geração de energia pode ocorrer em várias formas geométricas radiais. Considere o cilindro sólido longo
da Fig. 16.12, que poderia representar um fio condutor de corrente elétrica ou um elemento combustível de
um reator nuclear. Em condições de regime permanente a taxa de geração de energia no interior do cilindro
deve ser igual à taxa de transferência de calor por convecção da superfície do cilindro para o fluido em
movimento. Essa condição permite que a temperatura da superfície seja mantida com um valor fixo Ts.
Para determinar a distribuição radial de temperatura no cilindro, começaremos com a forma apropriada da
equação do calor. Se seguirmos a mesma metodologia usada na Seção 16.1.2 para a parede plana, o balanço
de energia de um sistema diferencial será descrito no sistema unidimensional de coordenadas radiais (cilín-
dricas). Com uma condutividade térmica constante, a equação do calor para um cilindro tem a forma
equação de calor:
cilindro

Separando as variáveis e supondo geração uniforme, essa expressão pode ser integrada para obtermos

Repetindo o procedimento, a solução geral para a distribuição de temperatura passará a ser


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Fluido frio

Figura 16.12 Condução em um cilindro


sólido com geração de calor uniforme.

Para obter as constantes de integração C1 e C2, aplicaremos as condições de contorno

A primeira condição resulta da simetria. Isto é, no cilindro sólido a linha central (eixo) é uma linha de si-
metria para a distribuição da temperatura e o gradiente de temperatura deve ser zero. Lembre-se de que
condições semelhantes existiam no plano central de uma parede com condições de contorno simétricas (Fig.
16.11b). De acordo com a condição de simetria em r  0 e a Eq. 16.53, fica evidente que C1  0. Usando
a condição de contorno da superfície em r  ro com a Eq. 16.54, obteremos
Cilindro

Portanto, a distribuição de temperatura é

Avaliando a Eq. 16.55 na linha central e dividindo o resultado, obteremos a distribuição de temperatura na
forma adimensional

onde To é a temperatura na linha central. É claro que a taxa de calor para qualquer valor de raio do cilindro
pode ser calculada com o uso da Eq. 16.55 com a lei de Fourier.
Para relacionar a temperatura na superfície, Ts, à temperatura do fluido frio, T, podem ser usados o
balanço de energia de uma superfície ou o balanço de energia global. Escolhendo a segunda opção,
E˙ out  E˙ g  0, obteremos

ou, arrumando os termos, encontraremos

Para determinar a temperatura radial da esfera, usaríamos a mesma abordagem do cilindro. No sistema
de coordenadas radiais (esféricas), a fórmula apropriada da equação do calor para uma esfera é
equação do calor:
(16.58) esfera

que apresenta a solução geral


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Devido à condição de simetria no centro e com uma temperatura especificada para a superfície, as condi-
ções de contorno são

Portanto, a distribuição de temperatura é

Esfera

Aplicando o balanço de energia global à esfera, obteremos a expressão relacionando a temperatura da


superfície à temperatura do fluido frio

EXEMPLO 16.5
PERDAS POR RADIAÇÃO LOCALIZADAS
Perdas por radiação (krw  20 W/m · K) ocorrem em um tubo de aço inoxidável (kss  15 W/m · K) com raios interno e
externo iguais, respectivamente, a r1  200 mm e r2  250 mm. A perda produz uma taxa de geração uniforme de 1  105 W/
m3, enquanto a superfície externa do tubo é exposta a escoamento de refrigerante no qual h  500 W/m2 · K e T  25°C.
Determine a temperatura máxima do sistema.
Solução
Dados: Tubo resfriado na superfície externa apresenta perda por radiação com geração de energia uniforme.
Determinar: A temperatura máxima no sistema.
Esquemas e dados fornecidos:

Refrigerante
Tubo de aço inoxidável

Resíduo radioativo Circuito térmico equivalente


representando a condução no tubo e a
convecção em sua superfície externa
Figura E16.5

Hipóteses:
1. Condições de regime permanente.
2. Condução radial unidimensional.
3. Perdas com geração volumétrica de energia uniforme.
4. Propriedades constantes.
Análise: A temperatura máxima no sistema devido às perdas por radiação ocorrerá na linha central, T(0)  To. Pela Eq.
16.55, para a distribuição de temperatura na perda onde r  0, encontraremos

onde Ts,1  T(r1). Se usarmos o circuito térmico mostrado na Figura E16.5, a taxa de calor por comprimento unitário do tubo
pode ser expressa como
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onde Rcond e Rconv representam as resistências de condução e convecção na parede do tubo, Eqs. 16.32 e 16.41, respectivamente

Do balanço de energia global devido às perdas, resulta

Rearrumando a Eq. 2 e substituindo os valores numéricos, a temperatura na superfície devido às perdas é

Portanto, a temperatura na linha central, Eq. 1, é

16.4.1 ANÁLISE DE CONDUÇÃO-CONVECÇÃO


Estamos interessados principalmente em saber até que ponto superfícies estendidas específicas ou configura-
ções particulares de aletas poderiam melhorar a transferência de calor de uma superfície para o fluido adja-
cente. Para determinar a taxa de transferência de calor associada a uma aleta, primeiro precisamos obter a
distribuição de temperatura ao longo dela. Como fizemos em análises de condução anteriores, definiremos
um sistema (elemento) diferencial apropriado, identificaremos os processos relevantes e aplicaremos um
balanço de energia para obter uma equação diferencial, cuja solução fornecerá a distribuição de temperatura.
Considere as aletas retangulares reta e piniforme da Fig. 16.16a e b. A análise ficará mais simples se
certas hipóteses forem admitidas. Optamos por presumir condições unidimensionais na direção longitudi-
nal (x), ainda que na verdade a condução no interior da aleta seja bidimensional. No entanto, na prática as
aletas são finas e as variações de temperatura na direção longitudinal são muito maiores do que as que ocorrem
na direção transversal. Logo, podemos presumir condução unidimensional na direção x. Vamos supor con-
dições de regime permanente e também condutividade térmica constante. A troca de calor por radiação
proveniente da superfície será desconsiderada, e presumimos efeitos de geração ausentes e coeficiente de
transferência de calor por convecção, h, uniforme sobre a superfície.
Aplicando o princípio da conservação de energia, Eq. 15.11a, ao elemento diferencial da Fig. 16.16c,
obtemos

Figura 16.16 Aletas retas de seção transversal uniforme. (a) Aleta retangular. (b) Aleta piniforme. (c) Balanço de
energia em um sistema (elemento) diferencial ao longo da aleta reta.
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Pela lei de Fourier, a taxa de transferência de calor por condução em x é

onde Ac é a área da seção transversal. Se usarmos uma série de Taylor truncada, a taxa de calor por con-
dução em x  dx pode ser expressa como

e substituindo-se na lei de Fourier para o cálculo de qx, deduz-se que

A taxa de transferência de calor por convecção pode ser expressa como

onde dAs é a área da superfície do elemento diferencial de extensão dx na direção x e P é o perímetro. Subs-
tituindo as equações de taxa anteriores no balanço de energia, Eq. 16.61, obteremos

Para simplificar a forma dessa equação, transformaremos a variável dependente definindo um excesso de
temperatura como

excesso de
temperatura

Como T é uma constante, d /dx  dT/dx. Substituindo a Eq. 16.63 na Eq. 16.62, obteremos

onde o parâmetro de aleta, m, é definido como

parâmetro de aleta, m

A Equação 16.64 é uma equação diferencial linear homogênea de segunda ordem com coeficientes cons-
tantes. Sua solução geral é da forma

Por substituição pode ser verificado que na verdade a Eq. 16.66 é uma solução da Eq. 16.62.

EXEMPLO 16.9
HISTÓRICO DA TEMPERATURA EM FUNÇÃO DO TEMPO EM UMA PEÇA DE TRABALHO: OPERAÇÃO DE CURA
4. Em vez de tratar hrad como uma constante durante o processo de aquecimento, podemos gerar o balanço de energia, Eq.
16.81, para incluir a equação da taxa de radiação, Eq. 15.7

Essa equação diferencial é difícil de resolver e calcular analiticamente. O Interactive Heat Transfer (IHT) inclui uma função
integral, DER(T, t), que pode ser usada para representar a derivada da temperatura em relação ao tempo fornecendo o recurso
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de integrar numericamente equações diferenciais de primeira ordem. O balanço de energia teria a seguinte forma na Área de
trabalho

Depois de pressionado o botão Solve (Calcular), a janela Diff/Integral Equations (Equações Dif/Integrais) aparecerá, iden-
tificando a variável independente t e fornecendo caixas Start, Stop e Step (Início, Fim e Incremento) para a inserção dos limi-
tes de integração e do incremento de tempo,
t, respectivamente, assim como a Condição Inicial (IC, Initial Condition). Usando
esse método de solução para o exemplo, encontraremos tc  124 s, que sugere que o valor do coeficiente de radiação linear
foi estimado apropriadamente. Lembrete: Use unidades de temperatura absoluta nos cálculos de balanço de energia. Consul-
te o arquivo de seu CD-ROM chamado Coisas que você deve saber sobre o IT e o IHT para ver dicas especiais sobre o uso do
IHT nessa situação.

A EQUAÇÃO DO CALOR: DEDUÇÃO


Na Seção 16.1.2 deduzimos a equação do calor em regime não-estacionário para condições unidimensionais
(direção x), Eq. 16.2. Se tivermos propriedades constantes sem geração de calor, a equação do calor se
reduzirá a

para a qual a difusividade térmica foi definida na Eq. 16.5 como

Para resolver essa equação diferencial e achar a distribuição de temperatura, T(x, t), é necessário especifi-
car uma condição inicial e duas condições de contorno. Para a parede plana da Fig. 16.25, essas condições
são

A Equação 16.95 presume uma distribuição de temperatura uniforme no instante t  0; a Eq. 16.96 reflete
o requisito de simetria para o plano central da parede; e a Eq. 16.97 descreve a condição de superfície no
instante t 0.
É claro que além de dependerem de x e t, as temperaturas da parede também dependem de vários parâ-
metros físicos. Em particular

É vantajoso resolver o problema em forma adimensional. Isso pode ser feito reunindo as variáveis rele-
vantes das equações principais em grupos adequados. Considere a variável dependente T. Se a diferença de
temperatura  T  T for dividida pela diferença máxima de temperatura possível, i  Ti  T, a tem-
peratura adimensional pode ser definida como

Portanto, * deve estar no intervalo 0 * 1. Uma coordenada espacial adimensional pode ser definida
como

onde L é a metade da espessura da parede plana. O tempo adimensional


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é definido de acordo com o número de Fourier, Eq. 16.92. Pela manipulação da condição de contorno em
x  L, Eq. 16.97, o grupo adimensional que representa o número de Biot seria identificado por

Lembre-se que segundo a Eq. 16.88 o número de Biot é a razão entre a resistência térmica da condução
dentro do sólido e a resistência à transferência de calor por convecção ao longo da camada-limite do fluido.
Na forma adimensional, agora a dependência funcional pode ser expressa como

Lembre-se que uma dependência funcional semelhante, sem a variação x*, foi obtida no método da capa-
cidade concentrada, como mostrado na Eq. 16.93.
Comparando as Eqs. 16.98 e 16.103, torna-se evidente a vantagem considerável associada à resolução
do problema na forma adimensional. A Equação 16.103 sugere que para uma forma geométrica específi-
ca, a temperatura transiente * é uma função universal de x*, Fo e Bi. Isto é, a solução adimensional as-
sumirá uma forma prescrita que não dependa dos valores específicos de Ti, T, L, k, ou h. Já que essa
generalização simplifica bastante a apresentação e a utilização de soluções transientes, as variáveis
adimensionais serão muito usadas em seções subseqüentes.

EXEMPLO 16.10
PAREDE PLANA SUBMETIDA A UM PROCESSO DE AQUECIMENTO REPENTINO POR CONVECÇÃO
3. Os resultados anteriores também poderiam ser obtidos se aplicássemos os gráficos de Heisler e Gröber do Apêndice TC-
7. Por exemplo, se usarmos a Fig. TC-7.1 com Bi1  0,40 e Fo  0,516, o valor correspondente da temperatura no plano
central será de 85°C. Para x*  1 e Bi1  0,40, a Fig. TC-7.2 gera (L, 10min)/ o(10 min) ⬇ 0,4. Deduz-se que a tempera-
tura na superfície é

e o fluxo de calor na superfície é qL ⬇ 3600 W/m2. Com Bi  2,50 e Bi2Fo  3,23, a Fig. HT-7.3 gera Q/Qo ⬇ 0,48.
Substituindo na Eq. 16.108, deduz-se que a transferência de energia por área unitária é

Os resultados anteriores estão de acordo com os obtidos na estimativa de um único termo que é mais precisa.

16.5.3 SISTEMAS RADIAIS COM CONVECÇÃO


Para um cilindro ou esfera infinitos de raio ro (Fig. 16.26), que estejam em uma temperatura inicial unifor-
me e sejam submetidos a condições repentinas de convecção, podem ser desenvolvidos resultados seme-
lhantes aos da Seção 16.5.2. Isto é, uma solução exata através de série infinita pode ser obtida para a distri-
buição de temperatura radial em função do tempo, mas uma estimativa de um único termo pode ser usada
Figura 16.26 Cilindro na maioria das condições. O cilindro infinito é uma idealização que permite a suposição de uma condução
ou esfera infinitos com unidimensional na direção radial. É uma aproximação aceitável para cilindros com L/ro  10.
uma temperatura inicial
uniforme sujeita a con- DISTRIBUIÇÕES DE TEMPERATURA
dições de convecção re- Para o cilindro e a esfera infinitos, as soluções por série da equação do calor podem, mais uma vez, ser
pentina. aproximadas pelo termo de primeira ordem para Fo 0,2. Portanto, como no caso da parede plana, a de-
pendência da temperatura com relação ao tempo em qualquer local no interior do sistema radial é a mesma
encontrada na linha ou ponto centrais.
Cilindro Infinito A estimativa de primeira ordem para a distribuição adimensional da temperatura é

onde Fo  t/ro2 e rearrumando os termos


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onde *o representa a temperatura adimensional na linha central e tem a forma

Os valores dos coeficientes C e  foram determinados e estão listados na Tabela 16.6 para um dado inter-
valo de números de Biot. J0 é a função de Bessel de primeira espécie, de ordem zero, e pode ser calculada
em função de seu argumento na Tabela TC-6 ou com o uso da função intrínseca J0(x) do IHT.
Esfera A estimativa de primeira ordem para a distribuição adimensional da temperatura é

ou

onde *o representa a temperatura adimensional central e tem a forma

Os valores dos coeficientes C e  foram determinados e estão listados na Tabela 16.6 para um dado inter-
valo de números de Biot.

TABELA 16.6 Coeficientes Usados na Estimativa de Primeira Ordem da Solução por Séries Referente à Condução
Unidimensional Transiente em Esfera e Cilindro Infinitos

Cilindro infinito Esfera


Bia  C  C

0,01 0,1412 1,0025 0,1730 1,0030


0,02 0,1995 1,0050 0,2445 1,0060
0,03 0,2439 1,0075 0,2989 1,0090
0,04 0,2814 1,0099 0,3450 1,0120
0,05 0,3142 1,0124 0,3852 1,0149
0,06 0,3438 1,0148 0,4217 1,0179
0,07 0,3708 1,0173 0,4550 1,0209
0,08 0,3960 1,0197 0,4860 1,0239
0,09 0,4195 1,0222 0,5150 1,0268
0,10 0,4417 1,0246 0,5423 1,0298
0,15 0,5376 1,0365 0,6608 1,0445
0,20 0,6170 1,0483 0,7593 1,0592
0,25 0,6856 1,0598 0,8448 1,0737
0,30 0,7465 1,0712 0,9208 1,0880
0,4 0,8516 1,0932 1,0528 1,1164
0,5 0,9408 1,1143 1,1656 1,1441
0,6 1,0185 1,1346 1,2644 1,1713
0,7 1,0873 1,1539 1,3525 1,1978
0,8 1,1490 1,1725 1,4320 1,2236
0,9 1,2048 1,1902 1,5044 1,2488
1,0 1,2558 1,2071 1,5708 1,2732
2,0 1,5995 1,3384 2,0288 1,4793
3,0 1,7887 1,4191 2,2889 1,6227
4,0 1,9081 1,4698 2,4556 1,7201
5,0 1,9898 1,5029 2,5704 1,7870
6,0 2,0490 1,5253 2,6537 1,8338
7,0 2,0937 1,5411 2,7165 1,8674
8,0 2,1286 1,5526 1,7654 1,8921
9,0 2,1566 1,5611 2,8044 1,9106
10,0 2,1795 1,5677 2,8363 1,9249
20,0 2,2881 1,5919 2,9857 1,9781
30,0 2,3261 1,5973 3,0372 1,9898
40,0 2,3455 1,5993 3,0632 1,9942
50,0 2,3572 1,6002 3,0788 1,9962
100,0 2,3809 1,6015 3,1102 1,9990
 2,4050 1,6018 3,1415 2,0000
Bi  hro/k para o cilindro e a esfera infinitos. Consulte a Fig. 16.26.
a
10

TRANSFERÊNCIA TOTAL DE ENERGIA


Como na parede plana da Seção 16.5.2, a conservação de energia pode ser usada para determinar a trans-
ferência total de energia proveniente do cilindro ou esfera infinitos durante o intervalo de tempo de 0 a t.
Substituindo nas soluções, que são as Eqs. 16.111b e 16.112b, e introduzindo Qo, que foi obtido na Eq.
16.108, os resultados serão os seguintes.
Cilindro Infinito

Esfera

Os valores da temperatura central o* são determinados na Eq. 16.111c ou 16.112c, com o uso dos coefi-
cientes do sistema apropriado encontrados na Tabela 16.6. J1 é a função de Bessel da primeira espécie, de
ordem um, e pode ser calculada em função de seu argumento na tabela TC-6 ou com o uso da função intrín-
seca J1(x) do IHT.

CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS
Como na parede plana, os resultados anteriores podem ser usados para prever a resposta transiente de cilin-
dros e esferas longos sujeitos a uma variação repentina na temperatura da superfície. Isto é, um número de
Biot infinito é determinado e a temperatura do fluido T é substituída pela temperatura constante na super-
fície Ts.
Representações gráficas das estimativas de primeira ordem são apresentadas no Apêndice TC-7.

EXEMPLO 16.11
TÊMPERA DE UMA PEÇA ESFÉRICA EM UM BANHO DE ÓLEO
Uma esfera de 10 mm de diâmetro, inicialmente em equilíbrio a 400°C em um forno, é repentinamente mergulhada em um
banho de óleo bem homogêneo operando a 20°C com coeficiente de transferência de calor por convecção de 6000 W/m2. As
propriedades termofísicas do material são   3000 kg/m3, c  1000 J/kg · K,  6,66  106 m2/s e k  20 W/m · K.
Calcule o tempo tc necessário para que o centro da esfera resfrie até alcançar 50°C.
Solução
Dados: Requisitos de temperatura para o resfriamento de uma esfera.
Determinar: O tempo tc necessário para atender o requisito de resfriamento.
Esquema e Dados Fornecidos:

Banho
de óleo Hipóteses:
1. Condução unidimensional na direção r.
Esfera, ro  5 mm
2. Propriedades constantes.

Figura E16.11

Análise: Para determinar se o método de capacitância concentrada pode ser empregado, o número de Biot será calculado
com o uso da Eq. 16.89, com Lc  ro/3
11

Portanto, o método de capacitância concentrada não é apropriado já que Bilcm 0,1. Os efeitos espaciais são significativos e
a estimativa de primeira ordem deve ser usada no cálculo. O instante tc em que a temperatura central atingirá 50°C, isto é,
T(0, tc)  50°C, pode ser obtido rearrumando a Eq. 16.112c

onde tc  Fo ro2 / . Na estimativa de primeira ordem o número de Biot é definido como

A Tabela 16.6 gera C  1,376 e   1,800. Deduz-se que o número de Fourier seja

e o tempo necessário para a temperatura central atingir 50°C é

Observe que, com Fo  0,88, o uso da estimativa de primeira ordem é apropriado.


Comentários: A temperatura na superfície da esfera quando tc  3,3 s pode ser obtida a partir da Eq. 16.112c. Com o* 
0,079 e r*  1, obtemos

Observe que a diferença entre as temperaturas na superfície e no centro da esfera é de 14°C, portanto, os efeitos espaciais são
realmente relevantes durante o processo de têmpera.

16.5.4 SÓLIDO SEMI-INFINITO


Outra forma geométrica simples para a qual podem ser obtidas soluções analíticas é o sólido semi-infinito.
Já que, em princípio, esse tipo de sólido se estende ao infinito em todas as direções exceto uma, ele é carac-
terizado por uma única superfície identificável (Fig. 16.27). Se uma mudança repentina nas condições for
imposta a essa superfície, ocorrerá condução unidimensional transiente no interior do sólido. O sólido semi-
infinito fornece uma idealização útil para muitos problemas práticos. Pode ser usado para determinar a
transferência de calor transiente perto da superfície da Terra ou aproximar a resposta transiente de um só-
lido finito, como uma chapa muito espessa.
A equação do calor para a condução transiente em um sólido semi-infinito é fornecida pela Eq. 16.2
sem geração de energia (q˙  0). A condição inicial é T(x, 0)  Ti, e a condição do contorno interna é da
forma

Isto é, a uma grande distância da superfície, a temperatura permanece com o valor inicial Ti durante o pro-
cesso transiente.
Soluções de fórmula fechada foram obtidas para três condições de superfície importantes, instantanea-
mente aplicadas em t  0. Essas condições são mostradas na Fig. 16.27. Elas incluem (A) aplicação de
uma temperatura constante na superfície Ts  Ti, (B) aplicação de um fluxo de calor constante na superfí-
cie qo e (C) exposição da superfície a um fluido caracterizado por T Ti e o coeficiente de convecção h.
As distribuições de temperatura nesses três casos são mostradas na Fig. 16.27 e as soluções analíticas serão
resumidas a seguir.
12

Caso (A) Caso (B) Caso (C)

Figura 16.27 Distribuições de temperatura transiente em um sólido semi-infinito com três condições de superfície:
temperatura constante na superfície, fluxo térmico constante na superfície e convecção na superfície.

Figura 16.28 Históricos da temperatura de um sóli-


do semi-infinito com convecção na superfície.

Caso A Temperatura Constante na Superfície: T(0, t)  Ts

Caso B Fluxo de Calor Constante na Superfície: qs  qo

Caso C Convecção na Superfície:


13

A função de erro gaussiano, erf w, é definida no Apêndice TC-6, que também fornece valores tabulados
para o argumento w. A função de erro complementar, erfc w, é definida como erfc w ⬅ 1  erf w. Essas
funções também podem ser calculadas com o uso das funções intrínsecas ERF(x) e ERFC(x) do IHT.
Os históricos de temperatura dos três casos são mostrados na Fig. 16.27 e características distintas de-
vem ser observadas. Com uma variação em degrau na temperatura da superfície (caso A), as temperaturas
dentro do meio físico se aproximarão uniformemente da temperatura de superfície Ts com t crescente, en-
quanto a magnitude do gradiente de temperatura na superfície e, portanto, o fluxo de calor na superfície
diminui proporcionalmente com t1/2. Ao contrário, para um fluxo de calor fixo na superfície (caso B), a
Eq. 16.117 revela que T(0, t)  Ts(t) aumenta uniformemente proporcionalmente a t1/2. Na convecção de
superfície (caso C), a temperatura da superfície e as temperaturas no interior do meio físico se aproximam
da temperatura do fluido T quando o tempo cresce. É claro que quando Ts tende a T, há uma redução no
fluxo de calor na superfície, qs (t )  h[T  Ts(t)]. Os históricos de temperatura específicos calculados
através da Eq. 16.118 foram representados na Fig. 16.28. O resultado correspondente a h   é equivalen-
te ao associado a uma mudança repentina na temperatura da superfície, caso A. Isto é, quando h  , a
superfície atinge instantaneamente a temperatura imposta pelo fluido (Ts  T) e, com o segundo termo do
lado direito da Eq. 16.118 reduzido a zero, o resultado é equivalente ao da Eq. 16.115.

EXEMPLO 16.12
TUBULAÇÃO HIDRÁULICA SUBMETIDA A UMA MUDANÇA REPENTINA NA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE
Na implantação de redes de distribuição de água em locais de clima frio, as instalações devem levar em conta a possibilidade
de congelamento em épocas frias. Embora o problema de determinar a temperatura do solo em função do tempo seja compli-
cada pela alteração das condições da superfície, estimativas razoáveis podem ser baseadas na suposição de uma temperatura
constante na superfície por um período prolongado de tempo frio. Que profundidade mínima xm você recomendaria para evi-
tar o congelamento sob condições em que o solo, inicialmente a uma temperatura uniforme de 20°C, ficasse sujeito a uma
temperatura constante na superfície de 15°C por 60 dias?
Solução
Dados: Temperatura imposta na superfície do solo inicialmente a 20°C.
Determinar: Profundidade mínima da tubulação para evitar congelamento, xm.
Esquema e Dados Fornecidos:
Hipóteses:
Atmosfera
1. Condução unidimensional em x.
2. O solo é um meio físico semi-infinito.
3. Propriedades constantes.
Solo
Propriedades: Tabela TC-3, solo (300 K):   2050 kg/m3, k  0,52 W/
m · K, c  1840 J/kg · K,  (k/c)  0,138  106 m2/s.
Tubulação de água

Figura E16.12

Análise: As condições prescritas correspondem às do caso A da Figura 16.27 e a resposta da temperatura transiente do solo
é determinada pela Eq. 16.115. Portanto, no momento t  60 dias após a mudança na temperatura da superfície,

Usando a tabela da função de erro do Apêndice TC-6, acharemos

e a profundidade mínima para evitar o congelamento da água no interior da tubulação será


14

PROBLEMAS
16.2 No sistema mostrado ocorre condução unidimensional em 16.13 A roupa protetora dos bombeiros, conhecida como ca-
regime permanente sem geração de energia. A condutividade saco de revestimento, normalmente é construída como um
térmica é de 25 W/m · K e a espessura L é de 0,5 m. conjunto de três camadas separadas por lacunas de ar, como
mostrado na Fig. P16.13.
As dimensões representativas e as condutividades térmi-
cas das camadas são as seguintes:

Figura P16.2 Camada Espessura (mm) k(W/m · K)

Revestimento (s) 0,8 0,047


Determine os valores desconhecidos para cada caso da tabela Barreira úmida (mb) 0,55 0,012
fornecida e represente graficamente a distribuição de tempe- Forro térmico (tl) 3,5 0,038
ratura, indicando a direção do fluxo térmico.

As lacunas de ar entre as camadas têm 1 mm de espessura, e o


dT/dx q x calor é transferido por condução e troca de radiação através do
Caso T1 T2 (K/m) (W/m2) ar parado. O coeficiente de transmissão de calor por radiação
1 400 K 300 K linear de uma lacuna pode ser estimado como hrad  (T1 
2 100°C 250 T2) (T12  T22 ) ⬇ 4T3méd, onde Tméd representa a temperatura
3 80°C 200 média das superfícies que compõem a lacuna e o fluxo de ra-
4 5°C 4000 diação que passa por ela pode ser expresso como qrad  hrad
5 30°C 3000 (T1 – T2).
(a) Represente o casaco de revestimento como um circuito
térmico, nomeando todas as resistências térmicas. Cal-
16.5 A distribuição de temperatura em uma parede de 0,3 m de cule e tabule as resistências térmicas por área unitária (m2 ·
espessura em um certo instante é T(x)  a  bx  cx2, onde T K/W) para cada uma das camadas, assim como para os
está em graus Celsius e x em metros, a  200°C, b  200°C/ processos de condução e radiação nas lacunas. Conside-
m e c  30°C/m2. A parede tem uma condutividade térmica re o uso de um valor de Tméd  470 K no cálculo aproxi-
de 1 W/m · K. mado da resistência à transmissão por radiação das duas
(a) Baseando-se em uma superfície de área unitária, deter- lacunas. Comente as magnitudes relativas das resistên-
mine a taxa de transferência de calor para dentro e para cias.
fora da parede e a taxa de variação de energia térmica ar- (b) No ambiente com perigo iminente de incêndio em que
mazenada por ela. os bombeiros costumam trabalhar, normalmente o fluxo
(b) Se a superfície fria for exposta a um fluido a 100°C, qual irradiante de calor no lado externo do casaco de revesti-
será o coeficiente de transmissão de calor por convecção? mento é de 0,25 W/cm2. Qual será a temperatura na su-
16.12 Considere uma parede composta que inclua um lado ex- perfície externa do casaco se a temperatura na superfície
terno de madeira dura de 8 mm de espessura, suportes de ma- interna for de 66°C, uma condição que resultaria em quei-
deira dura de 400 por 130 mm em uma parte interna de 0,65 m madura?
com isolamento de fibra de vidro (forrada de papel, 28 kg/m3),
e revestimento com camada de gesso (vermiculita) de 12 mm.

Revestimento
Lado de madeira (s) Barreira Forro
úmida (mb) térmico
Suporte (tl)

Isolamento térmico Lado do Bombeiro


fogo
Revestimento da
parede Lacuna Lacuna
de ar de ar
Figura P16.12 Figura P16.13

Qual é a resistência térmica associada a uma parede que tenha 16.16 O vidro traseiro de um automóvel é desembaçado por
2,5 m de altura por 6,5 m de largura (tendo 10 suportes, cada meio de um elemento de aquecimento transparente em forma
um com 2,5 m de altura)? de película fina e transparente fixada à sua superfície interna.
15

Quando esse elemento é aquecido eletricamente, um fluxo tér- 16.26 Considere o tubo de raio r, mantido a Ti, revestido com
mico uniforme é gerado na superfície interna. A temperatura isolamento de espessura t  r  ri e condutividade térmica k
do ar e o coeficiente de transferência de calor por convecção experimentando convecção na superfície exposta (T, h). O ob-
internos são, repectivamente, Tx,i  25°C e hi  10 W/m2 · K, jetivo deste problema é demonstrar que existe um raio de iso-
enquanto a temperatura externa e o coeficiente de transferên- lamento crítico rcr ⬅ k/h, abaixo do qual q aumenta com r cres-
cia de calor por convecção externo (ambiente) são, respecti- cente e acima do qual q diminui com r crescente.
vamente, T,o  10°C e ho  65 W/m2 · K. Em vidro traseiro
com 4 mm de espessura, determine a energia elétrica necessá-
ria por área unitária para manter a temperatura na superfície
interna igual a 15°C.
16.21 Considere um transistor de potência encapsulado em um
revestimento de alumínio acoplado em sua base a uma placa
quadrada de alumínio de condutividade térmica k  240 W/ Fluido
m · K, espessura L  6 mm e largura W  20 mm (Fig. P16.21).
O revestimento foi fixado à placa com parafusos que mantêm
uma pressão de contato de 1 bar, e a superfície traseira da pla- Isolamento térmico, k
ca dissipa calor por convecção natural e por radiação para o ar
ambiente e para a vizinhança de grandes dimensões a T 
Tsur  25°C. A superfície tem uma emissividade de ε  0,9 e
o coeficiente de transferência de calor por convecção é h  4
W/m2 · K. O revestimento está completamente fechado de tal Circuito térmico representando os
processos de condução no isolamento
forma que se pode presumir a transferência de calor ocorren- e convecção na superfície Figura P16.26
do exclusivamente através da placa da base. Se a lacuna de ar
entre as superfícies de alumínio for caracterizada por uma área
de Ac  2  104 m2 e uma resistência de contato térmico de (a) Desenvolva expressões para as resistências térmicas as-
R t,c  2,75  104 m2 · K/W, qual será a dissipação de ener- sociadas ao circuito térmico acima, assim como para a
gia máxima permitida se a temperatura na superfície do reves- resistência térmica total por comprimento unitário, Rtot.
timento, Ts,c, não puder exceder 85°C? Dica: Considere, e de- (b) Considere o caso em que ri  5 mm, k  0,055 W/m · K
pois justifique, hrad 7,25 W/m2 · K. e h  5 W/m2 · K. Calcule e represente graficamente
Rcond , Rconv e Rtot em função da espessura do isolamen-
to t  r  ri no intervalo 0 t 50 mm.
(c) Baseado em seu gráfico da parte (b) determine o raio em
Invólucro que a resistência total é mínima. Em que esse valor é com-
do parável à definição do raio de isolamento crítico rcr ⬅ k/
transistor Placa da base, (k, ε)
Ts,c, Pelét
h?
Interface, Ac
(d) Baseado em sua análise, explique em palavras por que o
aumento na espessura do isolamento de um tubo poderia
Proteção
aumentar a taxa de transferência de calor.
16.30 Um recipiente esférico usado como reator na produção
Ar de medicamentos tem parede de aço inoxidável de 10 mm de
espessura (k  17 W/m · K) e diâmetro interno de 1 m. A su-
perfície externa do recipiente está exposta ao ar ambiente
(T  25°C) no qual um coeficiente de transferência de calor
Figura P16.21 por convecção de 6 W/m2 · K pode ser presumido.
(a) Durante operação em regime permanente, uma tempera-
tura de 50°C na superfície interna é mantida pela ener-
16.25 Um condutor elétrico de 2 mm de diâmetro é isolado por gia gerada dentro do reator. Qual é a perda térmica pro-
um revestimento de borracha de 2 mm de espessura (k  0,13 veniente do recipiente?
W/m · K), e a superfície entre o fio e o revestimento é caracte- (b) Se uma camada de 20 mm de espessura de isolamento
rizada por uma resistência de contato térmico de R t,c  3  em fibra de vidro (k  0,040 W/m · K) for aplicada à su-
104 m2 · K/W. O coeficiente de transferência de calor por con- perfície externa do recipiente e a taxa de geração de ener-
vecção na superfície externa do revestimento é igual a 10 W/ gia não se alterar, qual será a temperatura na superfície
m2 · K, e a temperatura do ar ambiente é de 20°C. Se a tempe- interna do recipiente?
ratura do isolamento não puder exceder 50°C, qual será a ener- 16.31 Uma casca esférica composta com raio interno r1  0,25
gia elétrica máxima aceitável que poderá ser dissipada por com- m é construída em chumbo (k  35 W/m · K e MP  601 K)
primento unitário do condutor? de raio externo r2  0,30 m e aço inoxidável (k  15 W/m · K)
16

de raio externo r3  0,31 m. A cavidade é preenchida com (a) Calcule a temperatura na interface entre o fio e a capa e
resíduos radioativos que geram energia a uma taxa de q̇  na superfície externa.
5  105 W/m3. Propôs-se que o contêiner seja submerso no oce- (b) Qual é a temperatura no centro do condutor?
ano a uma temperatura de T  10°C e com um coeficiente de 16.42 A seção transversal de um elemento combustível cilín-
convecção uniforme de h  500 W/m2 · K na superfície exter- drico longo em um reator nuclear é mostrada a seguir. A gera-
na. Há algum problema com relação a essa proposta? ção de energia ocorre uniformemente na haste combustível de
16.39 Uma parede plana de espessura 2L e condutividade tér- tório, que tem diâmetro D  25 mm e está envolvido por um
mica k tem taxa volumétrica de geração de energia uniforme revestimento fino de alumínio.
q˙. Como mostrado no esboço do caso 1, a superfície em x 
L está totalmente isolada, enquanto a outra superfície é man-
tida a uma temperatura uniforme constante To. No caso 2, uma Refrigerante

faixa dielétrica muito fina é inserida no ponto central da pare-


de (x  0) para isolar eletricamente as duas seções, A e B. A
resistência térmica da faixa é Rtn  0,0005 m2 · K/W. Os pa-
râmetros associados à parede são k  50 W/m · K, L  20 mm, Haste Revestimento
q̇  5  106 W/m3 e To  50°C. combustível fino de
de tório alumínio
Caso 1 Caso 2
Faixa dielétrica fina, Rt Figura P16.42

Foi proposto que, sob condições de regime permanente, o sis-


tema opere com uma taxa de geração de q̇  7  108 W/m3 e
com T  95°C e h  7000 W/m2 · K como características do
sistema de arrefecimento. Essa proposta é satisfatória?
16.43 Características exclusivas de materiais biologicamente
ativos como frutas, vegetais e outros produtos requerem cui-
dado especial na manipulação. Após a colheita e a separação
Figura P16.30
das plantas produtoras, a glicose é catabolizada para produzir
dióxido de carbono e vapor d’água com geração concomitan-
(a) Represente graficamente, em coordenadas T  x a dis-
te de energia. Considere uma caixa de maçãs, cada uma com
tribuição de temperatura no caso 1 . Descreva as princi-
80 mm de diâmetro, que é ventilada com ar a 5°C fornecendo
pais características dessa distribuição. Identifique o lo-
um coeficiente de convecção de 7,5 W/m2 · K. Dentro de cada
cal da temperatura máxima na parede e calcule-a.
maçã, energia é gerada uniformemente a uma taxa total de
(b) Represente graficamente a distribuição de temperatura no
4000J/kg · dia. A massa específica e a condutividade térmica
caso 2 nas mesmas coordenadas T  x. Descreva as prin-
da maçã são 840 kg/m3 e 0,5 W/m · K, respectivamente.
cipais características dessa distribuição.
(c) Qual é a diferença de temperatura entre as duas paredes
Maçã, 80 mm
em x  0 no caso 2?
de diâmetro
(d) Qual é o local da temperatura máxima na parede com-
posta do caso 2? Calcule essa temperatura.

CONDUÇÃO COM GERAÇÃO DE ENERGIA:


SISTEMAS RADIAIS
16.40 Uma haste de aço inoxidável de 25 mm de diâmetro atra-
vés do qual passa uma corrente elétrica experimenta geração
Ar
de energia uniforme. A haste tem uma condutividade térmica
de 15 W/m · K e resistividade elétrica de 0,7  106  · m.
Que corrente será necessária para manter a linha central da Figura P16.43
haste a uma temperatura de 100°C acima da temperatura am-
biente quando o coeficiente de convecção for de 25 W/m2 · K? Determine as temperaturas no centro e na superfície da maçã.
16.41 Um condutor cilíndrico longo de 200 mm de diâmetro 16.44 Resíduos radioativos (krw  20 W/m · K) são armazena-
com condutividade térmica de 0,5 W/m · K experimenta gera- dos em um contêiner esférico de aço inoxidável (kss  15 W/
ção volumétrica de energia uniforme de 24.000 W/m3. O con- m · K) de raios interno e externo iguais, respectivamente, a
dutor está revestido por uma capa circular com diâmetro ex- ri  0,5m e ro  0,6 m. Energia é gerada volumetricamente
terno de 400 mm e condutividade térmica de 4 W/m · K. A nos resíduos a uma taxa uniforme de q̇  105 W/m3 e a super-
superfície externa da capa está exposta a escoamento direto de fície externa do contêiner está exposta a um escoamento de
ar a 27°C com coeficiente de convecção de 25 W/m2 · K. água para o qual h  1000 W/m2 · K e T8  25°C.
17

coeficiente de convecção sobre a superfície da extremidade da


Água barra e as aletas piniformes é de 10 W/m2 · K.
Resíduos radioativos,
krw, q
Aço inoxidável,
kss Extremidade da barra, Tb

Aleta piniforme, N  10

Figura P16.44 Ar

(a) Calcule as temperaturas externa e interna, respectivamen-


te Ts,o e Ts,i.
(b) Qual é a temperatura máxima do sistema e onde está lo- Figura P16.57
calizada?
16.50 Considere o uso de aletas retangulares retas de aço ino- Determine o aumento percentual na taxa de transferência de
xidável (k  15 W/m · K) em uma parede plana cuja tempera- calor associada à fixação das aletas piniformes na extremida-
tura é de 100°C. O fluido adjacente está a 20°C, e o coeficien- de da barra.
te de convecção associado é de 75 W/m2 · K. A aleta tem 6 mm 16.58 À medida que mais e mais componentes são inseridos em
de espessura e 20 mm de comprimento. um mesmo circuito integrado (chip), o nível de dissipação de
(a) Calcule a eficiência, a efetividade e o fluxo térmico por energia tende a aumentar. Contudo, esse aumento está limita-
comprimento unitário da aleta. do pela temperatura de operação máxima permitida ao chip,
(b) Compare os resultados anteriores com os de uma aleta que é de aproximadamente 75°C. Para maximizar a transferên-
fabricada em cobre puro (k  400 W/m · K). cia de calor, foi proposto incluir uma série 4  4 de aletas
16.54 Uma haste muito longa de 5 mm de diâmetro e piniformes de cobre ligadas metalurgicamente à superfície
condutividade térmica k  25 W/m · K é submetida a um pro- externa de um chip quadrado que tem 12,7 mm de lado.
cesso de tratamento térmico. A parte central de 30 mm de com-
primento é inserida na bobina de aquecimento por indução e Aletas
experimenta geração volumétrica de energia uniforme de Vista superior piniformes,
Dp Vista lateral
7,5  106 W/m3.

Bobina de aquecimento
por indução
Chip

Haste muito longa,


Região submetido a Resistência Ar
5 mm de diâmetro
do contato,
Figura P16.54
Placa, kb
Figura P16.58
As partes não aquecidas da haste, cujas extremidades saem da
bobina de indução, experimentam convecção com o ar ambi-
ente a T  20°C e h  10 W/m2 · K. Admita que não haja (a) Represente graficamente o circuito térmico equivalente
convecção proveniente da superfície da haste no interior da do conjunto pino-chip-placa, supondo condições unidi-
bobina. mensionais em regime permanente e resistência de con-
(a) Calcule a temperatura To da haste em regime permanen- tato desprezível entre os pinos e o chip. Nomeie as resis-
te no ponto central da parte aquecida pela bobina. tências, temperaturas e taxas de calor apropriadas.
(b) Calcule a temperatura Tb da haste na extremidade da parte (b) Para as condições prescritas no Problema 16.20, qual é
aquecida. a dissipação máxima de energia Pe no chip quando os
16.57 A extremidade de uma barra retangular revestida de iso- pinos estiverem instalados? Isto é, qual é o valor de Pe
lamento é mantida a 100°C e está exposta ao ar ambiente como para Tc  75°C? O diâmetro e o comprimento do pino
mostrado na figura. Um conjunto linear de aletas piniformes são Dp  1,5 mm e Lp  15 mm.
(N  10) é afixada à superfície da extremidade para aumentar 16.59 Uma aleta anular de liga de alumínio (k  180 W/m · K)
a taxa de transferência de calor proveniente da barra. As aletas e perfil retangular é acoplada à superfície externa de um tubo
piniformes (k  65 W/m · K) têm 3 mm de diâmetro e 12 mm circular com diâmetro externo de 25 mm e temperatura na
de comprimento. A temperatura do ar ambiente é de 25°C, e o superfície de 250°C. A aleta tem 1 mm de espessura e 10 mm
18

de comprimento, e a temperatura e o coeficiente de convecção regime permanente? As propriedades do fio são   8000 kg/
associados ao fluido adjacente são de 25°C e 25 W/m2 · K, res- m3, c  500 J/kg e k  20 W/m · K.
pectivamente. 16.72 O objetivo deste problema é desenvolver modelos térmi-
(a) Qual é o fluxo térmico por aleta? cos para estimar a temperatura em regime permanente e o his-
(b) Se 200 dessas aletas forem inseridas espaçadas de 5 mm tórico da temperatura transiente do transformador elétrico
ao longo do tubo, qual será o fluxo térmico por metro de mostrado na Figura P16.72.
tubo?
16.62 Uma esfera sólida de aço (AISI 1010), com 300 mm de
diâmetro, é revestida com uma camada de material dielétrico
de 2 mm de espessura e condutividade térmica de 0,04 W/m ·
K. A esfera revestida está inicialmente a uma temperatura uni-
forme de 500°C sendo mergulhada repentinamente em uma
grande banheira com óleo para o qual T  100°C e h  3300
W/m2 · K. Estime o tempo necessário para a temperatura da
esfera revestida alcançar 140°C. Dica: Desconsidere o efeito
da energia armazenada no material dielétrico, já que sua Figura P16.72
capacitância térmica (cV) é pequena comparada à da esfera
metálica. A forma geométrica externa do transformador é aproximada-
16.65 Sistemas de armazenamento de energia normalmente mente cúbica, com 32 mm de aresta. A massa composta de ferro
envolvem um leito cheio de esferas sólidas, através das quais e cobre do transformador é de 0,28 kg, e o calor específico
escoa um gás quente quando o sistema estiver sendo carrega- médio de 400 J/kg · K. O transformador dissipa 4,0 W e está
do ou um gás frio quando ele estiver sendo descarregado (Fig. operando em ar ambiente a uma temperatura de T  20°C e
P16.65). Em um processo de carga, a transferência de calor pro- coeficiente de convecção de 10 W/m2 · K. Dica: Consulte o
veniente do gás quente aumenta a energia térmica armazena- Problema 16.69 para saber a resposta da temperatura nesse
da dentro das esferas mais frias; durante a descarga, a energia sistema quando ele apresenta geração interna de energia e re-
armazenada diminui enquanto a transferência de calor ocorre sistência de convecção externa.
das esferas mais quentes para o gás mais frio. (a) Estime o tempo necessário para o transformador chegar
à temperatura de 5°C abaixo do valor de regime perma-
nente.
Esfera
(b) O método da capacitância concentrada é válido nessa
Leito com
enchimento aplicação? Sua estimativa do tempo necessário é otimis-
ta?
Gás 16.75 A parede de 150 mm de espessura de um forno a gás foi
construída com tijolos de barro refratário (k  1,5 W/m · K,
  2600 kg/m3 e c  1000 J/kg · K) e isolada termicamente
em sua superfície externa. A parede se encontra a uma tempe-
Figura P16.65 ratura inicial uniforme de 20°C, quando os queimadores são
acionados e a superfície interna é exposta a produtos de com-
Considere um leito cheio de esferas de alumínio de 75 mm de bustão para os quais T  950°C e h  100 W/m2 · K. Quanto
diâmetro (  2700 kg/m3, c  950 J/kg · K, k  240 W/m · tempo demorará para a superfície externa da parede atingir uma
K) e um processo de carga em que o gás entra na unidade de temperatura de 750°C?
armazenamento a uma temperatura Tg,i  300°C. Se a tempe- 16.78 A resistência e a estabilidade dos pneus podem ser au-
ratura inicial das esferas for Ti  25°C e o coeficiente de mentadas pelo aquecimento dos dois lados da borracha (k 
convecção for h  75 W/m2 · K, quanto tempo demorará para 0,14 W/m · K,  6,35  108 m2/s) em uma câmara de va-
uma esfera próxima à entrada do sistema acumular 90% da por na qual T  200°C. No processo de aquecimento, uma
energia máxima possível? Qual será a temperatura correspon- parede de borracha de 20 mm de espessura (supondo-se que
dente no centro da esfera? Há alguma vantagem em usar co- ainda não tenha sido usada) é levada de uma temperatura ini-
bre em vez de alumínio? cial de 25°C até uma temperatura de 150°C no plano central.
16.71 Um fio longo de diâmetro D  1 mm é submerso em um Se escoamento de vapor sobre as superfícies do pneu manti-
banho de óleo à temperatura T 25°C. O fio tem uma resis- ver um coeficiente de convecção h  200 W/m2 · K, quanto
tência elétrica por comprimento unitário de Re  0,01 /m. tempo demorará para que seja atingida a temperatura deseja-
Se uma corrente de I  100 A escoar através do fio e o coefi- da no plano central?
ciente de convecção for h  500 W/m2 · K, qual será a tempe- 16.80 Placas de circuito impresso de fibra de vidro com epóxi
ratura do fio em regime permanente? Durante o tempo em que e revestidas de cobre são tratadas termicamente quando uma
a corrente for aplicada, quanto demorará para o fio alcançar pilha delas é aquecida sob alta pressão como mostrado na Fig.
uma temperatura que corresponda a 1°C abaixo do valor de P16.80. A finalidade da operação de compressão-aquecimen-
19

to é curar a cola que liga as lâminas de fibra de vidro, forne- 1600 W/m2 · K. Após 35 s, a barra é revestida com um isolante
cendo rigidez às placas. A pilha, conhecida como bloco, é com- térmico e não experimenta perdas de calor. Qual será a tempe-
posta de placas e lâminas de compressão, que impedem a cola ratura da barra depois de um longo intervalo de tempo?
de escoar entre as placas e fornecem um acabamento unifor- 16.85 No tratamento térmico para endurecer superficialmente
me das placas curadas. As prensas nas partes superior e inferi- rolamentos de esferas de aço (c  500 J/kg · K,   7800 kg/
or da pilha são mantidas a uma temperatura uniforme por meio m3, k  50 W/m · K), é recomendável aumentar a temperatura
de um fluido circulante. A cura é atingida após a cola ser man- na superfície por um período curto sem aquecer significativa-
tida em 170°C ou acima por pelo menos 5 min. As proprieda- mente o interior da esfera. Esse tipo de aquecimento pode ser
des termofísicas efetivas da pilha ou bloco são k  0,613 W/ obtido pela imersão brusca da esfera em um banho de sal der-
m · K e c  2,73  106 J/m3 · K. retido a uma temperatura de T  1300 K e h  5000 W/m2 ·
K. Suponha que nenhum local dentro da esfera cuja tempera-
Força aplicada
tura exceda 1000 K será endurecido. Estime o tempo necessá-
Prensas com rio para endurecer a superfície externa com espessura milimé-
fluido circulante
trica de uma esfera de 20 mm diâmetro, se sua temperatura ini-
Placa de compressão cial for de 300 K.
de metal
16.86 Em um processo de fabricação de pequenas esferas de
vidro (k  1,4 W/m · K,   2200 kg/m3, c  800 J/kg · K) de
3 mm de diâmetro, as esferas são suspensas em um fluxo de ar
Placa do direcionado para cima que se encontra a T 15°C e mantém
circuito impresso
Prensa um coeficiente de convecção h  400 W/m2 · K. Se as esferas
estiverem a uma temperatura inicial Ti  477°C, quanto tem-
Figura P16.80
po elas devem ficar suspensas para atingir uma temperatura
central de 80°C? Qual será a temperatura correspondente na
Se o bloco estiver inicialmente a 15°C e, após a aplicação de superfície?
pressão, as prensas forem repentinamente trazidas para uma 16.87 Foi proposto o mergulho de rolamentos de esferas de aço
temperatura uniforme de 190°C, calcule o intervalo de tempo de diâmetro D  0,2 e temperatura inicial Ti  400°C em uma
te necessário para o plano central do bloco alcançar a tempera- câmara de ar frio. O ar na câmara é mantido a 15°C por um
tura de secagem de 170°C. sistema de refrigeração, e as esferas de aço passam por ela em
16.81 Considere a unidade de armazenamento de energia do uma esteira transportadora. Um nível ótimo de produção de
Problema 16.64, mas com um material de alvenaria com   esferas requer que 70% do conteúdo inicial de energia interna
1900 kg/m3, c  800 J/kg · K e k  0,70 W/m · K usado no acima de 15°C na esfera seja removido. Os efeitos da trans-
lugar do alumínio. Quanto tempo demorará para que ela atinja ferência de calor por radiação podem ser desconsiderados, e o
75% do armazenamento de energia máximo possível? Quais coeficiente de transferência de calor por convecção dentro da
serão as temperaturas máxima e mínima da alvenaria nesse ins- câmara é de 1000 W/m2 · K. Estime o tempo de permanência
tante? das esferas dentro da câmara e recomende a velocidade da es-
teira transportadora. As propriedades a seguir podem ser usa-
CONDUÇÃO TRANSIENTE: SISTEMAS RADIAIS das para o aço: k  50 W/m · K,  2  105 m2/s e c  450
J/kg · K.
16.82 Barras cilíndricas de aço (AISI 1010), com 50 mm de
diâmetro, são tratadas termicamente ao serem inseridas em um
forno de 5 m de comprimento em que o ar é mantido a 750°C.
Rolamento Compartimento
As barras entram a 50°C e atingem uma temperatura de 600°C de esferas Ar frio
da câmara
na linha central antes de sair. Para um coeficiente de convecção
de 125 W/m2 · K, estime a velocidade com que as barras de-
vem ser inseridas no forno. Esteira transportadora
16.83 Um cilindro longo de 30 mm de diâmetro, inicialmente
Figura P16.87
a uma temperatura uniforme de 1000 K, é instantaneamente
mergulhado em um grande banho de óleo com temperatura
constante de 350 K. As propriedades do cilindro são k  1,7 CONDUÇÃO TRANSIENTE: O SÓLIDO SEMI-INFINITO
W/m · K, c  1600 J/kg e   400 kg/m3, enquanto o coefici- 16.88 Uma placa espessa de aço ( 7800 kg/m3, c  480 J/
ente de convecção é de 50 W/m2 · K. Calcule o tempo neces- kg · K e k  50 W/m · K) se encontra inicialmente a 300°C e
sário para a superfície do cilindro alcançar 500 K. é resfriada por jatos de água que colidem em uma de suas su-
16.84 Uma barra longa de 40 mm de diâmetro, fabricada a par- perfícies. A temperatura da água é de 25°C, e os jatos mantêm
tir da safira (óxido de alumínio) e inicialmente a uma tempe- um coeficiente de convecção aproximadamente uniforme e ex-
ratura uniforme de 800 K, é resfriada bruscamente por um flui- tremamente alto na superfície. Supondo que a superfície seja
do a 300 K com um coeficiente de transferência de calor de mantida à temperatura da água em todo o processo de resfria-
20

mento, quanto tempo demorará para a temperatura alcançar seguida, a superfície deve ser aquecida e, pela determinação
50°C a uma distância de 25 mm da superfície? do tempo necessário para que a fusão ocorra, o coeficiente de
16. 89 Pavimento asfaltado pode atingir temperaturas tão altas convecção será determinado. A montagem experimental
quanto 50°C em um dia quente de verão. Suponhamos que essa esboçada na Figura P16.92 usa o procedimento para determi-
média de temperatura estivesse presente em todo o pavimen- nar o coeficiente de convecção de um escoamento de gás per-
to, quando repentinamente uma tempestade reduz a tempera- pendicular a uma superfície. Especificamente, uma haste lon-
tura na superfície para 20°C. Calcule a quantidade total de ener- ga de cobre é encapsulada em um superisolador de
gia (J/m2) que será transferida do asfalto em um período de 30 condutividade térmica muito baixa, e um revestimento muito
min no qual a superfície será mantida a 20°C. fino é aplicado à sua superfície exposta.
16.90 Um ladrilho metálico para pisos é composto de uma pla-
Escoamento
ca aquecedora maciça mantida a 150°C por um aquecedor elé- de gás

trico interno. O aquecedor é colocado em contato com o ladri-


lho para amolecer a cola adesiva, permitindo que este seja fa-
cilmente erguido separando-se da base. A cola ficará suficien-
Revestimento da superfície
temente mole se aquecida acima de 50°C por pelo menos 2 min,
mas sua temperatura não deve exceder 120°C para evitar a Haste de cobre,
deterioração. Suponha que o ladrilho e a base tenham uma tem- k  400 W/m · K,  104 m2/s
peratura inicial de 25°C e propriedades termofísicas equiva-
Superisolador
lentes k  0,15 W/m · K e cp  1,5  106 J/m3 · K.

Figura P16.92
Ladrilho, 4 mm de espessura

Base Se o fio estiver inicialmente a 25°C e um escoamento de gás


em que h  200 W/m2 · K e T  300C for iniciado, qual será
Figura P16.90 a temperatura do ponto de fusão do revestimento se observar-
mos a fusão ocorrer em t  400 s?
16.93 Padrões para paredes à prova de fogo podem ser basea-
Quanto tempo será necessário para que a cola fique suficien-
dos em sua resposta térmica a um determinado fluxo irradiante
temente mole e o ladrilho possa ser erguido? A temperatura
de calor. Considere uma parede de concreto de 0,25 m de es-
da cola excederá 120°C?
pessura (  2300 kg/m3, c  880 J/kg · K e k  1,4 W/m ·
16.91 Uma parede espessa de carvalho, inicialmente a 25°C, é K), que se encontra a uma temperatura inicial de Ti  25°C. A
repentinamente exposta a produtos de combustão para os quais parede é exposta a energia térmica radiante em uma das su-
Ti  800°C e h  20 W/m2 · K. Determine o tempo de exposi- perfícies por meio de lâmpadas que fornecem um fluxo térmi-
ção necessário para a superfície atingir a temperatura de com- co uniforme q s  104 W/m2. A absortividade da superfície à
bustão de 400°C. irradiação é de s  1,0. Se requisitos das normas de constru-
16.92 Um procedimento simples para a medição de coeficien- ção definirem que as temperaturas das superfícies iluminada e
tes de transferência de calor por convecção em uma superfície traseira não devem exceder 325°C e 25°C, respectivamente,
envolve revestir a superfície com uma fina camada de materi- após 30 min de aquecimento esses requisitos terão sido aten-
al que tenha uma temperatura exata de ponto de fusão. Em didos?

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