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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

FOLHA
ELÉTRICA RESIDENCIAL E PREDIAL
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ELÉTRICA RESIDENCIAL
E PREDIAL
NÍVEL BÁSICO

MÓDULO III

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Curiosidade não combina com eletricidade


A qualificação profissional é o primeiro passo para uma instalação elétrica bem

sucedida, pois não basta ter um bom projeto elétrico e utilizar materiais

certificados se o profissional responsável pela instalação for qualificado e,

principalmente, não conhecer as normas de segurança.

Atualmente, todo profissional que trabalha direta ou indiretamente com

eletricidade é obrigado a ter o curso NR-10 de segurança em instalações e

serviços em eletricidade, cuja validade é de 2 anos.

A instalação elétrica é uma das etapas mais delicadas da obra e, caso seja mal

feita, pode trazer riscos que vão desde o consumo exagerado de energia até

curtos-circuitos no sistema elétrico ocasionados pela fuga de corrente.

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Sumário
1. ILUMINAÇÃO ..................................................................................................................... 4
1.1. Lâmpada incandescente ........................................................................................ 4
1.2. Lâmpada Fluorescente ........................................................................................... 4
1.2.1. Receptáculo ....................................................................................................... 5
1.2.2. Reator .................................................................................................................. 5
1.3. Lâmpada de LED ...................................................................................................... 6
1.3.1. Princípio de funcionamento .......................................................................... 7
1.4. Quantidade de lâmpadas por ambiente ............................................................. 8
1.5. Exercícios ................................................................................................................... 9
2. ESQUEMAS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .......................................................... 10
2.1. Interruptores ............................................................................................................ 10
2.1.1. Interruptor simples ........................................................................................ 10
2.1.2. Interruptor de várias seções ....................................................................... 10
2.1.3. Interruptor paralelo (“three-way”).............................................................. 10
2.1.4. Interruptor intermediário (“four-way”)...................................................... 11
2.2. Variador de luminosidade (“dimmer”) .............................................................. 12
2.3. Cigarra elétrica ........................................................................................................ 13
2.3.1. Ligação de campainhas e cigarras ............................................................ 13
2.4. Minuteria ................................................................................................................... 14
2.4.1. Funcionamento e ligação ............................................................................. 14
2.5. Rele fotoelétrico...................................................................................................... 15
2.6. Interruptor automático de presença.................................................................. 15
2.7. Tomadas ................................................................................................................... 16
2.8. Chuveiro elétrico .................................................................................................... 16
2.8.1. Princípio de funcionamento do chuveiro elétrico ................................. 17
2.9. Exercícios ................................................................................................................. 18

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1. ILUMINAÇÃO

1.1. Lâmpada incandescente


A iluminação da lâmpada incandescente, Figura 28, se dá pelo
aquecimento de um filamento até a incandescência pela passagem da corrente
elétrica. São compostas por um bulbo de vidro, uma base metálica e um conjunto
de peças que dão suporte ao filamento de tungstênio. No interior do bulbo
podemos ter vácuo ou um gás inerte (nitrogênio e argônio). Por motivo de
segurança, o interruptor deve unicamente interromper o condutor fase e nunca
o condutor neutro. Pelo mesmo motivo, o contato central do soquete deve ser
sempre conectado ao condutor de retorno e nunca ao neutro.

Figura 28 – Ligação de uma lâmpada incandescente.

1.2. Lâmpada Fluorescente


A lâmpada fluorescente produz luz por meio da passagem da corrente
elétrica através de um gás. Ela é constituída por um bulbo cilíndrico de vidro que
contem gás argônio e gotículas de mercúrio. Os elétrons migram dos filamentos
de uma extremidade até a outra através do gás, Figura 29. Como os elétrons e
os átomos carregados se movem dentro do tubo, alguns deles irão colidir com
os átomos dos gases de mercúrio e estas colisões excitam os átomos, jogando-
os para níveis de energia mais altos.
Quando os elétrons retornam para seus níveis de energia mais baixos,
fótons de luz são liberados na faixa do ultravioleta. A parte interna do bulbo é
recoberta por uma substancia fluorescente (cristais de fósforo) que converte a
radiação ultravioleta em luz visível e em suas extremidades existem filamentos
de tungstênio e pinos para conexão.
É uma das mais utilizadas em oficinas, estabelecimentos industriais e
comerciais porque apresenta várias vantagens em relação à lâmpada
incandescente. Com a mesma potência o rendimento de uma lâmpada
fluorescente é cinco vezes maior do que o da lâmpada incandescente, por que
irradiam menos calor, ou seja, maior iluminação para o mesmo gasto de energia.
Outra de suas principais vantagens é o tempo de vida que pode chegar a 10.000
horas.

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Como principal desvantagem ela apresenta um custo inicial de instalação


maior e manutenção mais difícil. Elas também são próprias para uso contínuo e
devem ser utilizadas em locais a serem iluminados durante longos períodos do
dia. Se ela for ligada e desligada constantemente, sua vida útil cairá
consideravelmente.

Figura 29 – Esquema lâmpada Fluorescente.

1.2.1. Receptáculo

Cada lâmpada fluorescente precisa de dois receptáculos, Figura 30, que


contém os contatos nos quais são introduzidos os pinos da lâmpada e os bornes
para fiação dos condutores.

Figura 30 – Receptáculo para lâmpada fluorescente.

1.2.2. Reator

Para se estabelecer a descarga da lâmpada fluorescente é necessário que


a tensão aplicada entre os filamentos seja mais alta do que a alimentação. Uma
vez estabelecida a descarga, a própria passagem de corrente através do gás
torna-o melhor condutor e, por isso, a descarga deve ser mantida por uma tensão
consideravelmente menor que a necessária para acender a lâmpada.
Assim, torna-se compreensível que o funcionamento da lâmpada
fluorescente requeira duas tensões diferentes, uma de partida e outra de
funcionamento, sendo esta última menor que a primeira. Para isso, as lâmpadas
fluorescentes requerem um dispositivo que permita efetuar essa variação de

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tensão, chamado de reator, Figura 31, que podem ser eletromagnéticos,


constituídos por uma bobina de fio de cobre enrolando em um núcleo de ferro ou
eletrônicos, mais comuns, constituídos por capacitores, indutores, resistores,
circuitos integrados e outros componentes eletrônicos, operando em alta
frequência (de 20 kHz a 50 kHz).

Figura 31 – Reator eletrônico com indicação do esquema de ligação.

1.3. Lâmpada de LED


O mercado de iluminação está mudando para a tecnologia LED (light
emitting diodes), Figura 32, tecnologia que continua em desenvolvimento, para
constituir sistemas de iluminação destinados ao ambiente doméstico, comercial,
industrial ou externo (público), possibilitando a criação de projetos mais
eficientes e modernos. O baixo consumo de energia, vida útil mais longa e menor
impacto ambiental são as principais características das lâmpadas LED.
Elas são mais econômicas porque sua eficiência luminosa é maior do que
as das outras lâmpadas, ou seja, gasta menos energia para gerar a mesma
iluminação (daí sua baixa potência) e podem chegar a durar cerca de vinte e
cinco vezes mais que as lâmpadas incandescentes e quatro vezes mais que as
lâmpadas fluorescentes.
Seu custo ainda é relativamente alto, porem considerando o baixo custo de
sua manutenção em função da maior durabilidade e a redução do custo na conta
de energia elétrica, o gasto maior na sua compra poderá ser compensado.

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Figura 32 – Vista em corte de um LED (esquerda) e lâmpada de LED


(Direita).

1.3.1. Princípio de funcionamento

Os LED’s são formados por uma junção PN de material semicondutor


(materiais dopados positivamente e negativamente), e por dois terminais, o
Ânodo (A) e o Cátodo (K). Para que um elétron possa atravessar a junção é
necessário que ele receba energia da fonte de alimentação. Após atravessar a
junção ocorrem recombinações entre esses elétrons a as lacunas do material
tipo P. Essa recombinação exige que a energia possuída por esse elétron, que
até então era livre, seja liberada na forma de fótons de luz, Figura 33.
Uma característica importante observada nessa radiação é que, em lugar
de sua frequência ser aleatória, como no caso da lâmpada incandescente que
se espalha pelo espectro (emite luz, calor, radiação ultravioleta, etc.), ela tem
uma frequência muito bem definida, ou seja, só emite luz e de uma determinada
cor, que depende do tipo de material usado no semicondutor.

Figura 33 – Recombinação dos elétrons na junção PN.

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1.4. Quantidade de lâmpadas por ambiente


A luz interfere na produtividade dos funcionários de uma empresa, nas
vendas em uma loja e ela influi diretamente sobre a motivação em uma tarefa e
na capacidade de concentração. O excesso de pontos de luz serve apenas para
aumentar o consumo energético e causar ofuscamento, mas, por outro lado, a
falta de iluminação necessária principalmente em locais onde são executadas
tarefas de maior precisão causa um grande desconforto visual.
Para se determinar a quantidade de lâmpadas necessárias em um
ambiente deve ser usado o conceito de iluminância (Quantidade de luz presente
em um ambiente), medida em LUX (LX). A tabela apresenta os valores de
iluminâcia por m2 indicados conforme a NBR 5413 para residências.

Ambiente Iluminância Ambiente Iluminância


Sala de estar – Geral. 150 Dormitórios - Espelho, Cama. 300
Sala de estar – Leitura, costura, 500 Sala, escada, despensas e garagens. 100
etc.
Cozinhas – Geral. 150 Banheiros – Geral. 150
Cozinhas – Fogão, pia e mesa. 300 Banheiros – Espelhos. 300

Todas as lâmpadas apresentam em sua embalagem uma informação de fluxo


luminoso (LM), que é a quantidade de radiação emitida por uma fonte de luz,
conforme mostrado abaixo.

Equivalências
Fluorescente de Tubo
LED Incandescente Alógena LM
baixo consumo fluorescente
6W 50W 50W 13W 12W 390-550
7W 60W 60W 15W 14W 510-640
9W 70W 70W 18W 18W 600-830
10W 80W 80W 20W 20W 810-915
12W 100W 100W 25W 25W 900-1100
13W 110W 110W 30W 28W 955-1200
1000-
15W 120W 120W 40W 32W
1400
1100-
18W 140W 140W 50W 36W
1700
1200-
20W 150W 150W 60W 44W
1900

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1250-
25W 200W 200W 70W 58W
2400
1300-
30W 250W 250W 80W 70W
2500

Para determinarmos a quantidade de lâmpadas no ambiente em função da


área desse ambiente, de maneira mais simples, fazemos:
𝐿𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐿𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐿𝑈𝑋𝑑𝑜 𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 ∗ 𝑚2 ∴ 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 =
𝐿𝑀𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠

Ex: Para uma cozinha de 8m2 e lâmpada fluorescente de baixo consumo


de 40W fazemos:
𝐿𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 150 ∗ 8 ∴ 𝐿𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1200 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠
1200
=
1400 ∴ 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 = 0,85 𝑜𝑢 1 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎

1.5. Exercícios
1) Em relação ao retorno, como devem ser conectados os cabos no soquete
de uma lâmpada incandescente? Por quê?
2) Quais as vantagens das lâmpadas fluorescentes e LED em relação à
lâmpada incandescente?
3) Qual a função do reator?
4) Explique, com suas palavras, o princípio de funcionamento das lâmpadas
fluorescentes.
5) Explique, com suas palavras, o princípio de funcionamento das lâmpadas
LED.

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2. ESQUEMAS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

2.1. Interruptores

2.1.1. Interruptor simples

O interruptor simples serve para comandar uma lâmpada ou conjunto de


lâmpadas ao mesmo tempo de um só ponto de contato, Figura 34. Podem ser
para aplicação externa ou embutida, sendo de alavanca ou tecla.

Figura 34 – Interruptor simples.

2.1.2. Interruptor de várias seções

Normalmente os interruptores de várias seções, Figura 35, tem uma ponte


metálica que liga eletricamente os bornes de um lado do interruptor. Essa ponte
pode ser ligada unicamente ao condutor fase e nunca ao condutor de retorno.
Como os interruptores simples, os de várias seções podem ser para aplicação
externa ou embutida, sendo de alavanca ou tecla.

Figura 35 – Interruptores de várias seções.

2.1.3. Interruptor paralelo (“three-way”)

Há casos que a necessidade exige que o mesmo circuito de iluminação


seja comandado de dois pontos diferentes, como por exemplo. Em salas com
duas entradas ou em escadas. Os interruptores simples não servem nesse caso
e devemos utilizar interruptores especiais, chamados interruptores paralelos,
também conhecidos como interruptores “three-way”. O interruptor paralelo tem

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três bornes (A, B e C) e permite a interligação entre o borne central (A) hora com
o borne C, hora com o borne B, dependendo da posição do interruptor.
Sempre são utilizados dois interruptores paralelos em conjunto, Figura 36
- (A). Se uma pessoa mudar a posição do interruptor 1 no fundo de uma escada,
por exemplo, a lâmpada acenderá, porque o circuito agora permite a passagem
de corrente, Figura 36 – (B). Chegando ao fim da escada, a pessoa mudará a
posição do interruptor 2, interrompendo assim a corrente e apagando a lâmpada,
Figura 36 – (C). Quando chegar outra pessoa, no início da escada, ela apenas
teria que mudar outra vez a posição do interruptor 1 para iluminar a escada
novamente, Figura 36 – (D).

Figura 36 – Sequência de funcionamento interruptor paralelo.

2.1.4. Interruptor intermediário (“four-way”)

Os interruptores paralelos servem apenas para comandar lâmpadas de até


dois pontos diferentes. Quando houver a necessidade de comandar uma
lâmpada de mais de dois pontos, como escadas com vários andares ou em salas
com vários acessos, temos que utilizar interruptores intermediários, também
conhecidos como interruptores “four-way” em combinação com os interruptores
paralelos. O interruptor intermediário tem quatro bornes (A, B, C e D). Em uma
posição ele conecta os bornes A-D e B-C. Quando mudamos a posição do
interruptor ele conecta os bornes A-C e B-D. Na Figura 37- (A) o circuito está
interrompido, portanto a lâmpada fica desligada, mas, acionando ao interruptor
1, Figura 37- (B), interruptor 3, Figura 37- (C) ou interruptor 2, Figura 37- (D) a
lâmpada se acende.

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Figura 37 - Sequência de funcionamento interruptor intermediário.

Pode-se empregar qualquer número de interruptores intermediários. A


Figura 38 mostra o exemplo de circuito controlado em cinco pontos diferentes
através de três interruptores intermediários mais dois interruptores paralela. Na
situação apresentada, a lâmpada está apagada, mas ao acionarmos qualquer
interruptor ela se acenderá.

Figura 38 – Montagem para controle de cinco pontos.

2.2. Variador de luminosidade (“dimmer”)


O Variador de luminosidade, também chamado de “dimmer” é um
dispositivo eletrônico composto por capacitores, tiristores, resistores, bobinas e
um potenciômetro (resistência variável). Sua função é regular a potência de uma
lâmpada incandescente visando realizar a variação da luminosidade do
ambiente, passando de luz plena, sem graduação até uma completa extinção de
seu brilho. O “dimmer” pode ser do tipo rotativo ou deslizante, Figura 39.

Figura 39 – Dimmer rotativo (esquerda) e deslizante (direita).

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Seu princípio de funcionamento é o controle do ângulo de condução de um


Triac (chave eletrônica bidirecional), disparando-o em diversos pontos do sinal
senoidal, Figura 40, da rede de energia é possível aplicar a uma carga potências
diferentes. Assim, se o disparo for feito no início do a carga receberá maior
potência. No entanto, se o disparo for feito no final do semiciclo, uma pequena
parcela da energia será conduzida para a carga, que vai operar com potência
reduzida.

Figura 40 – Pontos de disparo do Triac de um dimmer, para diferentes


potências.

2.3. Cigarra elétrica


São aparelhos sonoros mais simples que as campainhas e também são
empregadas para anunciar visitas. É constituída por um eletroímã (bobina com
núcleo de ferro) e uma lâmina vibrante de aço, Figura 41, funcionando somente
com corrente alternada. Fazendo uma corrente alternada, com frequência de 60
Hz, passar pela bobina do eletroímã o campo magnético não permanece
constante, aparecendo e cessando 120 vezes por segundo. Assim, a lâmina
vibrante será atraída e solta 120 vezes por segundo, vibrando e produzindo um
zumbido característico. As cigarras são instaladas em ambientes pequenos ou
silenciosos.

Figura 41 – Esquema interno de uma cigarra

2.3.1. Ligação de campainhas e cigarras

As campainhas e cigarras são comandadas por interruptores pulsadores


(somente fecham o contato enquanto são pressionados) posicionados
normalmente na entrada da residência, enquanto a campainha ou cigarra
geralmente é instalada na cozinha, Figura 42 – (A). Caso se deseje acionar a
campainha de dois ou mais pontos (exemplo: entrada social e entrada de

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serviço), basta ligar os interruptores em paralelo, Figura 35 – (B). Também


podemos adicionar mais de uma campainha ou cigarra em um só interruptor.
Nesse caso as campainhas são ligadas em paralelo, Figura 35 – (C).

Figura 42 – Diagrama multifilar – cigarra.

2.4. Minuteria
Em vários edifícios residenciais ainda é comum o uso de minuterias, que
apagam automaticamente o circuito de serviço após certo tempo, visando maior
economia para o condomínio. A maioria das minuterias é baseada em um
eletroímã que fecha os contatos do circuito de iluminação e num mecanismo que
provoca o desligamento no tempo previsto. Este mecanismo pode ser
pneumático, de relojoaria (mecânico, com engrenagens), acionadas por motores
elétricos ou circuitos eletrônicos.

2.4.1. Funcionamento e ligação

Normalmente a minuteria traz o esquema de ligação impresso na sua caixa.


A Figura 43 nos mostra um exemplo de ligação. Podem ser individuais ou de
comando em grupo, instaladas dentro do quadro de distribuição. O botão de
acionamento é o mesmo do tipo de campainha. As individuais são instaladas nas
caixas de passagem de corredores ou áreas de circulação.
São equipamentos destinados a controlar lâmpadas incandescentes ou
fluorescentes através da regulagem para funcionamento permanente ou
temporizado de 15 segundos a 5 minutos. Alguns desses equipamentos avisam
ao usuário sobre a extinção da luz, com a redução da luminosidade por 10
segundos antes do desligamento total.

Figura 43 – Diagrama multifilar minuteria a 3 fios.

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2.5. Rele fotoelétrico


Controla automaticamente as lâmpadas, baseando-se no princípio de
variação de luminosidade ambiente, geralmente utilizado na iluminação pública.
Seu funcionamento se baseia na utilização de um sensor que varia suas
características resistivas em função da quantidade de luz que incide sobre ele,
o que permite o acionamento das cargas, através de um pequeno circuito
eletrônico.
Caso o relé fotoelétrico, Figura 44, seja ligado com o visor do sensor voltado
diretamente para a lâmpada que o mesmo estará acionando, ocorrerá um efeito
“pisca-pisca”, assim, o visor sempre deve ficar voltado para a direção onde haja
menos luz. Também devemos considerar sua potência máxima em função das
características elétricas do circuito a ser acionado.

Figura 44 – Rele fotoelétrico.

2.6. Interruptor automático de presença


Comanda automaticamente a iluminação de ambientes onde não é
necessário manter as lâmpadas permanentemente ligadas. Evita gastos
desnecessários de energia, mantendo as luzes apagadas quando não houver a
presença de pessoas. Seu funcionamento é baseado em um sensor
infravermelho e em um conjunto de lentes de Fresnel. O sensor é capaz de
detectar o movimento de pessoas no ambiente através do calor emitido por seus
corpos.
A área de atuação (área monitorada) do interruptor automático de
presença, Figura 45, depende do tipo de sensor adquirido, sendo geralmente
usado em escadas, estacionamentos, parte externa, halls de elevadores, etc....

Figura 45 – Interruptor automático de presença.

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2.7. Tomadas
Nem todos os aparelhos elétricos precisam de fio terra. Isso ocorre por que
são construídos de tal forma que a quantidade de elétrons “fugidos” esteja dentro
de limites aceitáveis por normas. Nesses casos, para sua ligação, é preciso
apenas levar até eles dois fios (fase e neutro ou fase e fase), que são ligados
através de conectores apropriados ou por meio de tomadas de dois polos.
Por outro lado, há vários aparelhos que vêm com fio terra incorporados,
seja fazendo parte do cabo do aparelho, seja separado dele. Nessa situação é
preciso utilizar uma tomada, Figura 46, com três polos (fase, neutro e terra ou
fase, fase e terra) compatível com o tipo de plugue do aparelho.
Como uma instalação deve estar preparada para receber qualquer tipo de
aparelho elétrico, conclui-se que, conforme prescreve a norma brasileira de
instalações elétricas, NBR 5410 todos os circuitos de iluminação tomadas de uso
geral e também tomadas de uso específico (Para chuveiros, ar-condicionado,
micro-ondas, lava roupas, etc.) devem possuir o fio terra.

Figura 46 - Diagrama multifilar de uma tomada.

2.8. Chuveiro elétrico


O chuveiro elétrico, Figura 47, é um aparelho que aquece água
transformando energia elétrica em calor. O elemento básico de um chuveiro é o
elemento de aquecimento (resistência de níquel-cromo) enrolada em espiral e
montada numa forma de cerâmica Essa resistência, ao ser percorrida por uma
corrente elétrica elevada, transforma a energia elétrica em calor. Normalmente
ela é dividida em duas partes3, de tal forma que a corrente elétrica pode
percorrer a resistência inteira ou apena uma parte (elevando mais a temperatura
da água), dependendo da posição da alavanca de mudança de aquecimento.
Na maioria dos chuveiros a alavanca tem três posições: “inverno” ou
“quente” (alto aquecimento), “verão” ou “morna” (baixo aquecimento) e fria
(nenhum aquecimento), onde essa última faz a interrupção do circuito do
chuveiro.

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Figura 47 – Visão esquemática de um chuveiro elétrico.

2.8.1. Princípio de funcionamento do chuveiro elétrico

A Figura 48 nos mostra uma imagem esquemática do chuveiro elétrico para


mostrar melhor seu funcionamento. Quando se abre a torneira, a água entra na
câmara abaixo do diafragma, e a pressão o eleva, fechando os contatos. Desse
modo, a corrente elétrica pode circular pela resistência, que em contato com a
água, aquece-a, podendo sair pelo crivo (fundo perfurado) ou pelo desvio. Ao
desligarmos a água, o diafragma volta a sua posição inicial, desligando também
a alimentação da resistência.

Figura 48 – Princípio de funcionamento do chuveiro elétrico.

Observando a Figura 48, vemos que na posição “verão” a resistência


percorrida pela corrente elétrica é maior, então á intensidade de corrente será
menor gerando menor calor e menor temperatura da água. Na posição “inverno”
em que a resistência percorrida é menor, maior será a corrente elétrica e
consequentemente maior a quantidade de calor gerada.

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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
FOLHA
ELÉTRICA RESIDENCIAL E PREDIAL
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2.9. Exercícios
1) Preencha a tabela:
Equipamento Símbolo unifilar
Interruptor simples
Interruptor duplo
Interruptor Triplo
Interruptor intermediário
Interruptor paralelo
Tomada baixa
Tomada a meia altura
Tomada alta
Lâmpada de 40W incandescente

2) Em qual situação devemos optar por utilizar um interruptor paralelo ao


invés de um interruptor simples?
3) Faça o diagrama unifilar do acionamento de uma lâmpada 40w,127V com
interruptor simples e uma tomada no mesmo ponto.
4) Faça o diagrama unifilar de um interruptor paralelo monofásico, acionando
uma lâmpada 60w e duas tomadas de uso geral.
5) Qual a diferença entre um interruptor “three-way” e um interruptor duplo?
6) Explique o funcionamento de um dimmer.
7) Explique o que ocorre dentro de um chuveiro elétrico (quanto à resistência
elétrica) quando mudamos a chave da posição inverno para a posição
verão.

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