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UC 02 - Eletricidade - SA 01

1- INTRODUÇÃO
CONHECENDO O CARGO

MÃOS À OBRA
CONCEITOS ESSENCIAIS
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE

POTENCIAL ELÉTRICO
O estudo da eletricidade está divido em dois grandes campos: eletrostática e eletrodinâmica.
Enquanto o primeiro tem o foco no estudo da relação de cargas elétricas em um átomo e suas
consequências, o segundo se dedica a estudar o movimento dos elétrons e os efeitos provocados
por este movimento. O foco da nossa unidade curricular será o estudo da eletrodinâmica, mas, para
que isso seja possível, é fundamental compreender os fundamentos da eletrostática.

No campo de estudo das cargas elétricas, temos: cargas positivas (prótons), cargas negativas
(elétrons) e cargas neutras (nêutron), de acordo com a relação entre prótons e elétrons em um
átomo, sendo possível definir se ele está carregado positivo, negativo ou eletricamente neutro. A
capacidade de uma carga elétrica realizar trabalho é chamada de potencial elétrico. Quando
comparamos a capacidade de realizar trabalho entre duas cargas, estamos observando a diferença
de potencial elétrico.
DIFERENÇA DE POTENCIAL (DDP)
O conceito de diferença de potencial é um sinônimo de tensão elétrica, ddp é um termo mais comum
no meio acadêmico, enquanto o termo tensão é mais comum entre os profissionais da área técnica.
Entraremos a fundo neste conceito adiante.
GRANDEZAS FUNDAMENTAIS DO CIRCUITO ELÉTRICO
Você sabe o que é um circuito elétrico? Bem,
um circuito elétrico é a ligação de elementos
elétricos, como: condutores, interruptores,
cabos ou fios, cargas e uma fonte geradora, de
modo a construir um caminho fechado para a
corrente elétrica percorrer. Quando o circuito é
formado, entra em evidência algumas
grandezas elétricas que são fundamentais
para entender o funcionamento correto do
circuito e o comportamento dos fenômenos
elétricos que ocorrem. Dentre estas
grandezas, destacam-se: a resistência elétrica,
a tensão elétrica e a corrente elétrica.

CORRENTE ELÉTRICA
Você sabia que a corrente elétrica é
representada pela letra I e pode ser definida
como o fluxo ordenado de elétrons sobre um
material condutor? A corrente é medida em
Ampères (A) por um aparelho chamado
amperímetro. Se fizermos um comparativo com
um sistema hidráulico, a corrente elétrica é
como o fluxo de água que percorre um tubo.
Veja, a seguir, como a corrente elétrica é
medida por um multímetro.

MULTÍMETRO OU MULTITESTE
O multímetro ou multiteste é um aparelho
que concentra vários medidores em um
único corpo como, por exemplo: voltímetro,
amperímetro, ohmímetro. Este aparelho
possui uma chave seletora que permite
escolher a função ou grandeza que deseja
medir e a escala respectiva. Este medidor é
muito utilizado no dia a dia dos técnicos em
eletrotécnica por ser um instrumento portátil
e com uma série de funções, o que o torna
bastante prático e versátil. Observe, na
imagem, as partes do multímetro. Agora que
você já sabe o que é corrente elétrica,
vamos conhecer os seus tipos?
TIPOS DE CORRENTE
ELÉTRICA
Existem dois tipos de corrente elétrica: a
Corrente Alternada (CA/AC) e a Corrente
Contínua (CC/DC).
No Brasil, onde a frequência da rede é
60 Hz, a corrente alternada completa 60
ciclos em um segundo. Observando as
imagens a seguir, vemos que um ciclo é computado quando a corrente sai do zero, atinge seu valor
máximo, retorna a zero, alcança o valor mínimo e retorna a zero novamente. Esta variação segue
a função trigonométrica seno variando positiva e negativamente.
TENSÃO ELÉTRICA
A tensão elétrica, por sua vez, é representada pela letra
V e pode ser chamada de diferença de potencial (ddp),
ou força eletromotriz (fem), e é essa força que faz com
que os elétrons se movimentem. A tensão é medida em
Volts (V) por um aparelho chamado voltímetro, que
conhecerá adiante. Continuando o comparativo com o
sistema hidráulico, a tensão seria como a bomba que faz
com que a água se movimente no tubo. Veja, a seguir, a
utilização do multímetro para medir a tensão elétrica em
um circuito.

Quando falamos em resistência elétrica, lembramos logo do nosso chuveiro elétrico, não é
mesmo? Será que estamos pensando certo? Vamos descobrir agora.

RESISTÊNCIA ELÉTRICA
A resistência elétrica é representada pela letra R e
pode ser definida como a força que se opõe a
passagem dos elétrons, a resistência vai agir como
um limitador de corrente, dificultando a sua
passagem. Ela é medida em ohms (Ω) por um
aparelho chamado ohmímetro. Comparando com o
sistema hidráulico, a resistência elétrica seria como
as válvulas e reduções que dificultam a passagem da
água. Observe, a seguir, a imagem do multímetro
medindo resistência elétrica.

INFLUÊNCIA DAS GRANDEZAS


ELÉTRICAS
Para compreender a influência das grandezas
elétricas em um circuito, clique em cada um dos
botões abaixo e observe as animações.
MATERIAIS ELÉTRICOS
Os materiais elétricos estão sempre ao nosso redor,
sejam nos fios que levam a energia elétrica até as
nossas casas ou nos isolantes que estão presentes
em botas, luvas e em ferramentas, como alicates e
chaves de fenda, que possibilitam aos técnicos
realizar seu trabalho em segurança.
Para que possamos entender como são
classificados os materiais elétricos, é fundamental
compreender o conceito de resistência elétrica visto
anteriormente. Os materiais elétricos são
classificados em dois grupos: condutores e
isolantes. Essa classificação considera a resistência
elétrica como principal parâmetro. Os condutores são materiais que se destacam por possuir uma
baixa resistência elétrica facilitando a passagem da corrente elétrica. Os isolantes são materiais
que possuem uma resistência elétrica elevada a ponto de impedir a passagem da corrente elétrica.
Para conhecer alguns desses materiais, veja a ilustração abaixo.
FONTES GERADORAS DE ENERGIA ELÉTRICA

ENERGIA ATRAVÉS DE PRESSÃO


A geração de energia ocorre quando os cristais feitos de quartzo, mica ou cristais de Rochelle são
pressionados. Esses cristais são chamados de piezoelétricos por produzir tensão elétrica em
resposta à variação da pressão, esta variação de pressão ocorre quando a força que incide sobre
os cristais varia. Esse modelo de geração de energia é bastante interessante por aproveitar
esforços mecânicos para a geração de energia elétrica, em contrapartida, a energia elétrica
produzida é utilizada para energizar equipamentos de baixa potência. Observe a demonstração do
princípio a seguir.
VOCÊ SABIA?
Um exemplo de utilização deste tipo de sistema de
geração de energia ocorre em estradas, onde o
movimento dos carros sobre uma estrutura semelhante
a uma lombada pressiona-a, fornecendo energia aos
cristais piezoelétricos e alimenta semáforos próximos.

ENERGIA POR AÇÃO QUÍMICA


Esse tipo de geração de energia baseia-se na reação
química que ocorre entre dois metais quando colocados
em uma solução química, a reação entre os metais e a
solução retiram elétrons de um dos metais, criando uma
diferença de potencial entre um terminal positivo e um
terminal negativo. O princípio de energia química é
encontrado nas pilhas. A principal vantagem na
utilização de energia elétrica por ação química é a
mobilidade, a possibilidade de ter um aparelho móvel
alimentado como ocorre com controles remotos.
Entretanto, assim como na energia através de pressão, a geração por energia química não permite
a alimentação de equipamentos de maior potência elétrica como motores elétricos trifásicos, por
exemplo, além disso, a presença de metais pesados nas pilhas, o que pode colocar em risco a
nossa saúde caso ocorra um vazamento do conteúdo da pilha.

ENERGIA POR AÇÃO MAGNÉTICA

Esse tipo de energia baseia-se no princípio magnético


descoberto por Michael Faraday, que mostrou que uma
bobina que atravessa um campo magnético produz uma
tensão elétrica. Este princípio é aplicado em dínamos e
geradores de energia utilizados nas usinas hidroelétricas,
que permite aproveitar do movimento das águas, por
exemplo, para a produção de energia elétrica. A
desvantagem que pode ser apontada deste modelo é a
necessidade de fornecer energia cinética de maneira
contínua para manter o processo de geração de energia,
o que acontece ao girar uma catraca, por exemplo.

ENERGIA POR AÇÃO TÉRMICA

A energia elétrica pode ser obtida quando um par


termoelétrico (duas tiras de metais diferentes que
foram unidas por torção) é aquecido. Observe a
animação a seguir.
Na indústria, este par termoelétrico é utilizado
como sensor de temperatura. Ao ser exposto
a uma determinada temperatura ele irá gerar
um sinal elétrico proporcional à temperatura
que foi exposto, que será recebido por um
controlador que fará os ajustes necessários
ao processo, este aparelho é conhecido como
termopar.
ENERGIA POR AÇÃO MECÂNICA

O processo é muito semelhante com o processo de geração por


pressão, consiste em aproveitar os esforços mecânicos,
normalmente compressão ou torção, e aproveitar a variação de
pressão aplicada sobre cristais piezoelétricos para produzir
energia elétrica. Pode ser aplicado como sensor de pressão,
assim como o termopar citado anteriormente.
Um exemplo desta aplicação é demonstrado pela imagem
abaixo. Cristais piezoelétricos junto ao asfalto aproveitam o peso, movimento e vibrações
provocados pela passagem dos carros para gerar energia elétrica.

ENERGIA POR AÇÃO LUMINOSA

USINAS TERMOELÉTRICAS

As usinas termoelétricas são locais responsáveis


pelo abastecimento do país por energia elétrica. O
princípio de funcionamento dessas usinas consiste
na conversão de energia térmica em energia
elétrica. O combustível utilizado para produzir calor
pode ser carvão ou diesel, que é consumido para
dar início ao processo.
A matriz energética brasileira depende muito das
hidrelétricas, contudo, a produção dessas
hidrelétricas está diretamente associada à
incidência de chuvas. Em grandes períodos de
estiagem é fundamental a presença das
termoelétricas para garantir que o país continue
fornecendo energia elétrica para os habitantes.
USINAS HIDRELÉTRICAS

As usinas hidrelétricas são construídas ao longo do


curso de rios, represando-os para que possa
utilizar da energia potencial em função do nível de
água da barragem e sua conversão em cinética
quando a comporta de admissão é aberta. Esta
energia cinética, provinda do movimento da água,
é convertida em energia elétrica através de um
gerador que produz energia elétrica de acordo com a velocidade da água que move as turbinas que
estão acopladas nele. Além do sistema responsável pela produção direta de energia elétrica, as
usinas hidrelétricas ainda contam com
vertedouros e as comportas, que são utilizados
caso o nível de água esteja muito alto, a água é
liberada para não comprometer a estrutura da
barragem.

USINAS EÓLICAS

As usinas eólicas são outra opção de geradores


de energia elétrica, fazem o uso da energia
cinética para conversão em energia elétrica,
diferente das usinas hidrelétricas, as usinas
eólicas ou parques eólicos são parques que
comportam os aerogeradores responsáveis pela
produção de energia elétrica. A ação do vento faz com que as pás do aerogerador girem, acoplado
a ele temos um gerador que vai utilizar o movimento para a produção de energia elétrica.
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

O sistema de distribuição de energia elétrica é responsável por transportar a energia que é


produzida nas usinas aos pontos de utilização. É um sistema ramificado que se divide para levar
energia aos diversos locais, seja em perímetro urbano ou não. Clique nas letras abaixo para
conhecer as etapas do sistema de distribuição.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, tem
a finalidade de regular e fiscalizar a produção, transmissão e comercialização de energia elétrica,
em conformidade com as políticas e diretrizes do governo federal.
CIRCUITOS ELÉTRICOS

Um circuito elétrico é a ligação de elementos


elétricos, como condutores, interruptores,
cabos ou fios, cargas (lâmpadas, resistores,
etc.), a uma fonte geradora de energia (pilhas,
baterias, tomada), de modo a construir um
caminho fechado para a corrente elétrica
percorrer. A ligação de cargas em um circuito
pode ser feita de duas maneiras: série ou
paralelo. Veja, a seguir, a demonstração de um
circuito elétrico.

RESISTORES

CIRCUITO EM SÉRIE

Um circuito em série é um tipo de circuito


caracterizado por suas cargas elétricas
estarem ligadas sequencialmente
formando apenas um caminho para a
passagem da corrente. Este tipo de
circuito gera uma relação de dependência
entre os elementos. Exemplo: um circuito
composto por uma lâmpada e um
interruptor, a lâmpada só irá acender quando o interruptor estiver acionado (fechando o circuito e
permitindo que a corrente elétrica circule), pois a lâmpada depende do interruptor para conseguir
completar um circuito fechado. Clique na indicação abaixo e observe.
CÁLCULO DO CIRCUITO EM SÉRIE

Assista ao vídeo para compreender um exemplo de circuito em


série.
VIDEO
CIRCUITO EM PARALELO

Um circuito em paralelo é um tipo de circuito caracterizado


por suas cargas estarem ligadas a uma mesma tensão,
criando vários caminhos para a passagem da corrente. Este
tipo de circuito gera uma relação de independência entre as
cargas. Exemplo: Um circuito com duas lâmpadas em
paralelo, se uma das lâmpadas der defeito a outra lâmpada
continuará funcionando normalmente, o que não ocorre em
um circuito em série.
A imagem nos mostra o comportamento da corrente em
um circuito em paralelo. Por criar vários caminhos, a
corrente se divide passando em cada resistor ilustrado
na imagem. Caso algum dos resistores (R1, R2 ou R3)
seja retirado do circuito, ainda haverá alternativas para a
corrente completar o circuito.

CÁLCULOS DO CIRCUITO EM PARALELO

Assista, a seguir, uma videoaula explicando os cálculos de


associação de resistores em paralelo.
VÍDEO

CIRCUITO MISTO

Um circuito misto é formado quando temos em um mesmo


circuito um ou mais trechos com cargas ligadas em série ou
em paralelo. A resolução de um circuito misto ocorre
identificando e calculando os trechos que estão em série e
em paralelo.
Observando a imagem é possível perceber que o resistor R1
está em paralelo com o resistor R2, o mesmo ocorre com os
resistores R4 e R5, mas se você observar o resistor R3, é
fácil perceber que ele está em série com estas duas
associações, o que configura este circuito como um circuito
misto.
CÁLCULO DO CIRCUITO MISTO

Assista, agora, ao vídeo para compreender como é feito o cálculo da resistência equivalente de um
circuito misto.
VIDEO

PRIMEIRA LEI DE OHM

Princípios de leis e teoremas


Leis são regras que regem os fenômenos que nos cercam, enquanto teoremas dizem respeito a
proposições que podem ser comprovadas. No ramo da eletricidade, é fundamental conhecer as leis
e teoremas, pois isso nos permite compreender o comportamento da eletricidade. Vamos conhecer,
a seguir, algumas leis que serão de grande importância para o seu aprendizado.

Primeira Lei de Ohm


A primeira Lei de Ohm relaciona tensão, corrente e resistência elétrica. A tensão elétrica de um
circuito é dada pelo produto entre a resistência equivalente do circuito, multiplicado pela corrente
elétrica que passa na malha. Ou simplesmente:
V=RxI
(Passe o mouse sobre os termos)
Dessa forma, a Lei de Ohm relaciona tensão, corrente e resistência e é aplicada quando é preciso
calcular um dos três valores. Em circuitos é mais comum a aplicação para cálculo de tensão ou de
corrente. Observe, a seguir, o exemplo do cálculo da corrente em um circuito.

A imagem acima nos mostra um circuito


misto composto por cinco resistores.
Como visto anteriormente, não existe uma
receita para resolução de circuitos mistos,
é preciso analisar o circuito e perceber a
relação entre os resistores. Para circuitos
com esta configuração, analisar o circuito
do ponto mais distante da fonte facilita o
processo de análise. Desta forma, temos:
R3 e R4 em série, a esta associação
daremos o nome de RA, feito isto, RA
estará em paralelo com R2, RB irá possuir
o valor de resistência equivalente de R2 e RA. Com o valor de RB, poderemos calcular a Req do
circuito e, então, utilizar a Lei de Ohm para calcular a corrente total do circuito.

CÁLCULO DA CORRENTE DE UM
CIRCUITO

Observe, a seguir, um exemplo do


cálculo da corrente em um circuito.
CÁLCULOS COM A PRIMEIRA
LEI DE OHM
A tela anterior nos mostrou um circuito misto
composto por cinco resistores. Como visto
anteriormente, não existe uma receita para
resolução de circuitos mistos. É preciso
analisar o circuito e perceber a relação entre
os resistores. Para circuitos com esta
configuração, analisar o circuito do ponto
mais distante da fonte facilita o processo de
análise. Desta forma, temos: R3 e R4 em
série, a esta associação daremos o nome de
RA, feito isto, RA estará em paralelo com R2,
RB irá possuir o valor de resistência
equivalente de R2 e RA. Com o valor de RB,
poderemos calcular a Req do circuito e,
então, utilizar a Lei de Ohm para calcular a
corrente total do circuito.
Assista ao VÍDEO e compreenda os
cálculos.
SEGUNDA LEI DE OHM

Quando observamos circuitos que possuem


grande comprimento, a queda de tensão em função do comprimento do condutor é um ponto
fundamental de estudo. A segunda Lei de Ohm nos permite calcular a resistência elétrica de um
condutor homogêneo e de seção transversal
constante, sendo que a resistência é diretamente
proporcional ao seu comprimento e inversamente
proporcional à sua área transversal. O valor final da
resistência também depende da temperatura e do
material de que é feito o condutor.

CÁLCULOS COM A SEGUNDA LEI DE OHM

Assista ao vídeo para acompanhar os exemplos


utilizando o cálculo da resistência de um condutor
de cobre.
VÍDEO
LEIS DE KIRCHHOFF I

Você já ouviu falar sobre as Leis de Kirchhoff? Vamos conhecê-las melhor.


Leis de Kirchhoff
Assim como a Lei de Ohm que foi vista anteriormente, as Leis de Kirchhoff são fundamentais para
o estudo da eletricidade, pois explicam o comportamento de tensão e corrente elétrica.

Primeira Lei de Kirchhoff


A primeira Lei de Kirchhoff, lei dos nós ou ainda LKC (Lei de Kirchhoff das Correntes), que trata da
corrente elétrica, diz que a soma das correntes em um nó é igual a zero, ou seja, o valor de corrente
que “entra” no nó é igual a que sai do nó.
Segunda Lei de Kirchhoff
A segunda Lei das malhas ou LKT (Lei de Kirchhoff das Tensões) trata da tensão elétrica e diz que
o somatório de tensões em uma malha é igual a zero, ou seja, a soma algébrica das tensões e a
soma das quedas de tensão são iguais.
CIRCUITO SÉRIE KIRCHHOFF

Aplicando os conceitos das Leis de Kirchhoff em circuitos em série, podemos concluir:


• Por possuir apenas um caminho fechado, a corrente elétrica sempre irá apresentar o mesmo
valor;
• Por possuir vários elementos ligados, a
tensão se divide proporcionalmente à
resistência elétrica do dispositivo, de modo
que se somarmos todas as quedas de
tensão ao longo do circuito teremos o valor
da tensão total.
Observe a animação a seguir demonstrando as
Leis de Kirchhoff em um circuito em série de
maneira prática.

CIRCUITO PARALELO KIRCHHOFF

A animação anterior exemplifica o


comportamento da tensão e da corrente
elétrica em circuitos em série. A corrente
elétrica é constante, ou seja, o valor inicial é
igual ao valor final, enquanto a tensão elétrica
se divide.
Aplicando os conceitos das Leis de Kirchhoff
em circuitos em paralelo, podemos concluir:
• Por não apresentar elementos em série
para dividir a tensão, em paralelo a
tensão elétrica sempre irá apresentar o
mesmo valor;
Por apresentar vários caminhos, a corrente
elétrica em paralelo se divide, de modo a
passar a maior parcela de corrente no ramo de
menor resistência elétrica. Observe a
animação a seguir demonstrando as Leis de
Kirchhoff um circuito em paralelo de maneira
prática.
CÁLCULO DA RESISTÊNCIA
EQUIVALENTE
Assista, no vídeo abaixo, a solução do
cálculo da resistência equivalente do
circuito. A partir do valor da Req, será feito
o cálculo decorrente aplicando os
conhecimentos que desenvolvemos até
aqui com base nas grandezas elétricas e
Leis de Ohm e Kirchhoff.
VIDEO
APLICAÇÃO DAS LEIS DE KIRCHHOFF
Aplicação das Leis de Kirchhoff em circuitos de múltiplas fontes
Os circuitos que estudamos até agora possuíam apenas uma fonte de tensão, o que é comum, mas
você sabia que existem circuitos com mais de uma fonte de tensão? Em circuitos com múltiplas
fontes devemos utilizar outras técnicas de resolução, pois, por apresentarem mais de uma fonte,
os métodos que aprendemos até agora não podem ser
aplicados.
A seguir veremos a aplicação direta das Leis de
Kirchhoff, o método de Maxwell e o teorema da
superposição.
APLICAÇÃO DIRETA DAS LEIS DE KIRCHHOFF

Consiste em aplicar as duas Leis de Kirchhoff em um


circuito elétrico LKC (Lei de Kirchhoff das Correntes) e
LKT (Lei de Kirchhoff das Tensões) para transformar o
circuito elétrico em um sistema de equações, em
seguida, realiza-se o cálculo para encontrar o valor das
correntes. Caso algum valor de corrente seja negativo,
demonstra que o sentido arbitrado para corrente está
invertido, caso o valor seja positivo só confirma o sentido
de corrente escolhido. Para as nossas questões,
consideraremos as correntes que “entram” no nó como
positivas (+) e as correntes que “saem” do nó negativas
(-).
Observe o exemplo a seguir:

CÁLCULOS COM A APLICAÇÃO DAS LEIS DE


KIRCHHOFF

Veja, no vídeo a seguir, a resolução do circuito através


da aplicação direta das Leis de Kirchhoff.
VIDEO

MÉTODO MAXWELL

Agora que você já conheceu a aplicação direta das Leis de Kirchhoff, vamos conhecer o método de
Maxwell e o teorema da superposição.
Método de Maxwell
O método de Maxwell ou método das
correntes fictícias consiste em determinar que
cada malha do circuito elétrico é percorrida por
uma corrente, em seguida, aplica-se a LKT em
cada malha montando equações para
transformar o circuito em um sistema de
equações de primeiro grau. Com o sistema em
mãos, basta utilizar de um método de
resolução de sistemas para descobrir o valor
da corrente na malha. Caso algum valor de
corrente seja negativo, isso só demonstra que
o sentido arbitrado para corrente está
invertido.
Observe o exemplo de um circuito a seguir contendo múltiplas fontes.
CÁLCULO PELO MÉTODO MAXWELL

Assista ao vídeo e acompanhe a resolução do circuito


pelo método de Maxwell.
VIDEO

TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO

Assim como a aplicação direta das Leis de Kirchhoff e


o método de Maxwell, o teorema da superposição é
uma alternativa para resolução de circuitos que
contêm mais de uma fonte de tensão. Este método
consiste em calcular as correntes produzidas por meio
de cada fonte de tensão individualmente,
desconsiderando momentaneamente as outras fontes. Para se obter a corrente produzida por uma
fonte de tensão, deve-se substituir as demais por curtos-circuitos, as fontes de corrente serão
substituídas por um trecho do circuito aberto. Ou seja, em um circuito com duas fontes V1 e V2, o
circuito será resolvido duas vezes, uma considerando V1 como fonte e V2 como curto-circuito, e
outra vez com V2 como fonte e V1 como curto-circuito, os valores de corrente obtidos serão
somados ou subtraídos levando em consideração o sentido da corrente, sentidos iguais serão
somados, sentidos diferentes subtraídos.

CÁLCULO PELO MÉTODO DA SUPERPOSIÇÃO

Assista ao vídeo e acompanhe a resolução do circuito pelo método da superposição.


VIDEO

EXERCITANDO

Chegou a hora de testar os seus conhecimentos!


Observe os aparelhos e clique na grandeza e conceito a ele correspondentes. Boa sorte!
ATIVIDADE 01
Chegou a hora da nossa atividade. Faça o download do arquivo anexo, responda ao questionário
e entre em contato com o seu tutor para mais informações sobre o envio da sua resposta. Boa
sorte!
Anexo: Questionário

CONTEXTO 02

CONCEITOS ESSENCIAIS

POTÊNCIA ELÉTRICA EM
CORRENTE CONTÍNUA

Como vimos no decorrer do nosso


estudo, a energia elétrica é uma
forma de energia baseada na
geração de uma diferença de
potencial elétrico entre dois pontos,

estabelecendo uma corrente elétrica. Esta energia é utilizada


para alimentar os equipamentos que utilizamos, seja em casa
ou no trabalho. Já a potência elétrica pode ser definida como:
o trabalho realizado pela corrente elétrica em um determinado
tempo. Como por exemplo: o volume de um aparelho de som,
a intensidade luminosa de uma lâmpada, a temperatura da
água aquecida por um chuveiro elétrico, todos esses
fenômenos estão diretamente ligados à potência elétrica. O
aparelho utilizado para medir potência é o Wattímetro.
Um fenômeno que está diretamente ligado à
potência elétrica é o efeito térmico, a conversão
de energia elétrica em energia térmica a quem
damos o nome de Lei de Joule.
LEI DE JOULE

CONSUMO ELÉTRICO

Você sabe o que é consumo elétrico? O


consumo pode ser definido como a energia
necessária para manter o equipamento
funcionando por um determinado tempo. Ele é a
informação presente nas nossas contas de
energia. Como o conceito sugere, o consumo
relaciona potência e tempo, então, para
economizarmos na conta de energia podemos
seguir as seguintes estratégias:

CAPACITÂNCIA E INDUTÂNCIA

A capacitância é a propriedade de um dispositivo


ou circuito em se opor à variação de tensão, os
capacitores são os principais responsáveis por
prover essa propriedade aos circuitos elétricos.
No aspecto prático os capacitores conseguem
armazenar tensão elétrica e, por isso, são muito
utilizados em circuitos retificadores para filtragem de sinal, correção de fator de potência em
corrente alternada e para a partida de motores monofásicos. A indutância é a propriedade
de um dispositivo ou circuito em se opor à variação de corrente, os indutores são os principais
responsáveis por fornecer essa propriedade aos circuitos e são aplicados em forma de bobina nos
motores para amplificar o campo magnético fazendo com que os motores elétricos consigam
funcionar.
CAPACITÂNCIA (C)

Além da característica de se opor à variação de tensão, a capacitância também pode ser definida
como a habilidade de duas superfícies condutoras, separadas por um material não condutor
(dielétrico), em armazenar carga elétrica. O material isolante entre as placas condutoras pode ser
o ar, cerâmica, óleo, poliéster e isso ajuda a classificar os tipos de capacitor.
Vemos, aqui, três modelos de capacitores: o eletrolítico que é utilizado em circuitos de corrente
contínua, este capacitor possui polaridade, ou seja, existe um terminal que deve ser ligado no
condutor negativo e o outro terminal ligado no condutor positivo. Os outros dois capacitores são
apolares, ou seja, não existe
restrição quanto ao condutor que
deve ser conectado aos terminais,
e possuem, respectivamente,
cerâmica e poliéster como material
isolante (dielétrico).
Observe que o capacímetro possui
um botão que permite selecionar a
escala para efetuar a medição da
capacitância, além disso possui
dois terminais de conexão, para
que o capacitor possa ser
conectado no aparelho.

COMPORTAMENTO DE
CAPACITORES

Veja, na imagem a seguir, o


comportamento dos capacitores
em relação ao tempo, o que
acontece com os valores de
corrente e tensão elétrica.

Observe que o primeiro gráfico é o


gráfico de corrente, acompanhando
o trajeto da linha apresentada, a
corrente no capacitor começa em
seu valor máximo e ao decorrer do
tempo ela tende a diminuir e atingir
o valor zero. O segundo gráfico
mostra o comportamento da tensão,
inicialmente a tensão começa em
zero e quando o circuito entra em
operação a tensão tende a atingir o
valor máximo de tensão que o
capacitor consegue armazenar.
ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES

Em um circuito elétrico que possua vários


capacitores, eles podem ser associados de modo a
ser representado por um único capacitor, o
chamado capacitor equivalente (Ceq), assim como
acontece com os resistores, visto anteriormente.
Antes de efetuar os cálculos de associação de
capacitores, é fundamental observar a relação
existente entre os capacitores, se estão em série
ou paralelo. Observe:
Observando as fórmulas anteriores para associação de capacitores, percebemos que são as
mesmas utilizadas para resistores, com a diferença de que a associação em série para resistores
é igual a em paralelo para capacitores, enquanto a
paralelo para resistores é igual a em série para
capacitores.
A capacitância oferece resistência à variação de
tensão. Veja, a seguir, a propriedade que oferece
oposição à corrente elétrica.

INDUTÂNCIA (L)

Um indutor tem como propriedade básica a oposição que manifesta às variações da corrente, ou
seja, à passagem de uma corrente alternada. Ele armazena energia na forma de campo magnético,
normalmente combinando o efeito de vários loops da corrente elétrica. A indutância é medida em
Henry (H).

Na imagem podemos observar um condutor de cobre enrolado sobre ele mesmo, também
conhecido como bobina. Para que a bobina funcione, é importante que o fio utilizado seja
esmaltado, a amplificação do campo magnético depende da quantidade de voltas da bobina.

COMPORTAMENTO DE INDUTORES

Na imagem a seguir veremos o


comportamento dos indutores em relação
ao tempo, o que acontece com os valores
de corrente e tensão elétrica.
Como visto anteriormente, com o passar do
tempo a tensão no indutor tende a zero,
enquanto a corrente tende ao valor de
tensão máximo que o capacitor consegue
armazenar.
ASSOCIAÇÃO DE INDUTORES

Em um circuito elétrico que possua vários


indutores, eles podem ser associados de modo
a ser representado por um único indutor, o
chamado indutor equivalente (Leq), assim
como acontece com os resistores, vistos
anteriormente, antes de efetuar os cálculos de
associação de indutores, é fundamental
observar a relação existente entre os indutores,
se estão em série ou paralelo. Veja:
Observando as fórmulas para associação de indutores, vemos que são as mesmas utilizadas para
resistores.
EXERCITANDO

ATIVIDADE 02
Elaborar um relatório referente ao consumo elétrico dos aparelhos utilizados no setor
administrativo/comercial da empresa FSA e organizá-los de maneira decrescente justificando os
motivos do grande consumo elétrico, expondo pontos de melhoria que possam causar uma redução
do consumo de energia elétrica da empresa.
Faça o download do arquivo anexo para acessar o modelo de relatório.
Anexo: Relatório

CONCLUSÃO

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