RELATÓRIO DE SERVIÇOS

Inspeção do

Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas

SPDA

Janeiro de 2009
 POWER ENERGY Eletrotécnica Ltda
Projetos Estudos Manutenção e Montagens Elétricas Industriais

RELATÓRIO DE SERVIÇOS

Número: RS Pw-202/08 (Inspeção SPDA)

Cliente: Alcoa Alumínio S.A. – Unidade de Extrudados – Tubarão (SC)

Assunto: Inspeção do Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas

(SPDA)

Objeto: Todo o Parque Fabril

Serviços: São os solicitados e descritos em nossa proposta Pw-202/08.

Objetivo: Executar os serviços propostos verificando o estado atual do sistema,

conforme descrito nos anexos. Sugerindo intervenções, quando e onde
necessário.

Data: 22/01/09

Conclusão: Os resultados obtidos descrevem um SPDA dentro dos parâmetros

técnicos esperados.

Otacílio Costa, 26 de janeiro de 2009.

Alexandre Soares Roberto Irusta Mendez

Coordenador Técnico Comercial Engenheiro Eletricista
Power Energy Eletrotécnica Ltda Power Energy Eletrotécnica Ltda
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Obs.: Este relatório compõe-se de 05 (cinco) páginas e 08 (oito) anexos.

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Cópias só terão validade se forem integrais e com autorização prévia do órgão elaborador.
Apresentação
Para a realização destas verificações do SPDA foi seguido o descrito na Norma NBR 5419 “Proteção de estruturas contra descargas
atmosféricas” da ABNT (levando-se em consideração as ultimas alterações).

Em Santa Catarina, as “Normas de Segurança Contra Incêndios” estabelecidas pelo corpo de bombeiros do estado de Santa Catarina,
edição de 1992, descrevem, no capítulo XII (Pág. 73), procedimentos semelhantes na verificação da confiabilidade de um SPDA. Têm
por finalidade fixar os requisitos mínimos nas edificações e no exercício de atividades estabelecendo Normas e Especificações para a
Segurança Contra Incêndios, no Estado de Santa Catarina, levando em consideração a proteção de pessoas e seus bens.

Citamos aqui alguns tópicos que foram levados em consideração na realização desta verificação:
- A NBR 5419 descreve em seu “Objetivo”: “1.5 A aplicação desta Norma não dispensa a observância dos regulamentos de
órgãos públicos aos quais a instalação deva satisfazer”;
- A Norma do Corpo de Bombeiros descreve como seção transversal mínima cabos de 35mm 2 e tubulações de proteção
2”x3metros;
- A Norma do Corpo de Bombeiros descreve que as curvas nos condutores serão iguais ou superiores a 90 o (noventa graus);
- A NBR 5419 cita parafusos M10 (ou dois M8) como o mínimo em aterramentos de estruturas;
- A NBR 5419 diz:
o “5.1.3.1.2 Do ponto de vista da proteção contra descargas atmosféricas, um sistema de aterramento único e
integrado à estrutura constitui a melhor solução e assegura uma proteção completa...”.
o “Sistemas de aterramento distintos devem ser interligados através de uma ligação eqüipotencial... conforme NBR
5410”.
- Estas verificações não se aplicam aos sistemas destinados à proteção de instalações elétricas ou de telecomunicações.
- A NBR 5419 de Jun 1993 permitia emendas nos condutores de descida (além das caixas de medição é lógico), desde que,
fossem feitas através de soldas exotérmicas. Porém, a revisão de 2001 proíbe qualquer tipo de emendas.
- A situação “Condutores de descida naturais” é descrita na NBR 5419 (item 5.1.2.5) e, no item 5.1.2.6 dispensa o uso de
conexões de medição neste tipo de situação.
- O item B4 do anexo B da NBR 5419 dispõe sobre a avaliação geral de risco. Em alguns casos “a conveniência de um SPDA
deve ser decidida por acordo entre projetista e usuário”.

Os Níveis de Proteção citados em norma são:

Nível l – Instalações de centrais nucleares, torres de controle de tráfego aéreo, centrais de processamento e similares, onde não pode
haver a interferência de descargas elétricas externas;
Nível II – Edificações de depósito de combustíveis ou explosivos, centrais de processamento de dados e similares que apresentem
risco elevado de sofrerem danos causados por descargas elétricas;
Nível III – Edifícios de apartamentos ou comerciais, depósitos comuns e similares com características normais de uso rotineiro;
Nível IV – Edificações onde não haja trânsito de pessoas com rotina e estejam situadas em locais ermos.
Obs.: Para realização destas verificações estamos considerando as instalações da Alcoa Alumínio SA, Unidade de Tubarão – SC,
como sendo de Nível II.

Nas fichas estão relatadas todas as verificações, suas respostas tendem a ser “OK” e “Não OK”. Sempre que houver um “Não OK”
haverá algum comentário nas Observações de cada seção.
Os itens que estão preenchidos com “NA”, significam que não se aplicam às instalações vigentes naquela área.

Realizamos esta inspeção considerando todo o parque fabril. Maiores detalhes poderão ser encontrados nas fichas “Inspeção de
Malha de Aterramento” e no desenho “Condições Atuais do SPDA”, todos em anexo.

Sobre as Medições
As medições foram realizadas desconectando-se as descidas dos cabos de aterramento, através das caixas de inspeção e seus
conectores, e medindo-se deste ponto para o aterramento. Como foram medidas todas as descidas é possível identificar se estas estão
interligadas no solo.
Obs.: Valores muito diferentes de uma descida para outra, podem indicar que estas não estão interligadas.

Mesmo tendo em vista a facilidade de observarmos as interligações na parte superior, as descidas após reconectadas, foram medidas
em relação ao aterramento. Este procedimento é válido para constatarmos a interligação superior da malha (neste caso também é
necessário que os valores sejam semelhantes) e a medição total da resistência de aterramento. Estes valores não foram anotados,
tendo em vista que sua finalidade é a comparação das leituras, retirando assim alguma dúvida do inspetor no momento da leitura.
Quaisquer problemas foram anotados.

Para facilitar na localização dos pontos medidos, estes foram numerados e indicados no desenho “Condições Atuais do SPDA” em
anexo. Os valores encontrados estão nas Fichas de “Inspeção de Malha de Aterramento”, também em anexo.

Além da comparação das medições, devem ser analisados se os valores encontrados não excedem os limites estabelecidos. Todos os
valores acima de 10W para instalações em geral e 1W para depósito de explosivos e inflamáveis foram assinalados com “Negrito e
Itálico” nas Fichas de “Inspeção de Malha de Aterramento”. Todas as resistências acima destes valores devem ser corrigidas o mais
breve possível, diminuindo-se assim os gradientes de potencial no solo e evitando-se centelhamentos perigosos. Esta correção poderá
ocorrer através da instalação de um conjunto de aterramento, composto de cabos, hastes e conectores.

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Sobre as Inspeções
Durante as medições foram realizadas em paralelo as inspeções visuais do SPDA.
Alguns comentários estão no desenho “Condições Atuais do SPDA” em anexo, porém, o resultado completo destas inspeções
encontra-se nas Fichas de “Inspeção de Malha de Aterramento”, também em anexo. Nestas fichas estão inclusive detalhadas as
principais não-conformidades encontradas, quando estas não-conformidades localizavam-se na parte superior do SPDA, estas foram
indicadas utilizando-se como localização às descidas mais próximas.

Quando da reforma (em 2003) foi decidido que o novo projeto envolveria TODAS as áreas descobertas da fábrica, e assim foi feito.
Posteriormente a reforma também assim foi realizada. Sendo assim, não existem na fábrica “áreas sem SPDA”.

No ano de 2008 foram realizados vários consertos e adequações a Norma, o que confere ao SPDA existente características dentro do
esperado.

Nos prédios da produção (também em 2008) foram instalados estruturas metálicas para suportação de cabos de aço em toda a parte
superior. Estas estruturas foram aterradas e fazem agora também a função de Captores Naturais (Ver item 5.1.1.4 da NBR 5419), os
terminais aéreos que estavam abaixo destas estruturas foram retirados e a situação atual consta do desenho “Condições Atuais do
SPDA” em anexo.

O valor lido nos “laudos” quando identificado por prédios indica a média das leituras em todos os pontos. Se em algum local o valor de
uma descida estiver muito diferente das outras ou com valor acima de 10W estará indicado.

Anexos
- Inspeção de Malha de Aterramento (08 fichas);
- Condições Atuais do SPDA (desenho).

Inspeção e Medições realizadas por

- Alexandre Soares
- Gilmar Hugen de Liz

Local dos Trabalhos

- Alcoa Alumínio S.A. Unidade de Extrudados
Tubarão (SC)

Equipamento Utilizado para as Medições

- Terrômetro Digital
Fabricante: Minipa
Modelo: MTD-1520D

Comentários Finais (sugestão nas correções das não-conformidades)

1- Todas as estruturas metálicas existentes nas coberturas das edificações (antenas, escadas, chamines, etc.) deverão ser
interligados ao ponto mais próximo do sistema de captação para equalização de potencial e escoamento de alguma possível
descarga.
2- Em locais de fácil acesso de pessoas, os cabos de descida deverão ser protegidos por tubos de pvc de 2".
3- Todas as tubulações metálicas que cruzarem com o anel de aterramento deverão ser interligadas a esse no ponto de
cruzamento.
4- Todas as conexões do aterramento deverão ser executadas com conectores de compressão firmemente prensados por
alicate destinado a esse fim.
5- O sistema deverá ter uma manutenção preventiva anual e sempre que atingido por descarga atmosférica, para verificar
eventuais irregularidades e garantir a eficiência do SPDA.
6- Não é função do SPDA a proteção de equipamentos eletro-eletrônicos. Para tal, os interessados deverão adquirir
supressores de surtos individuais (protetores de linha).

Colocamo-nos a disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários.

Alexandre Soares Roberto Irusta Mendez

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