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S.A.
SUMÁRIO
1.0 - Objetivos
2.0 - Abrangência
3.0 - Definições
4.0 - Documentos Aplicáveis
5.0 - Material Necessário
6.0 – Evidencias fotográficas Comentários técnicos
7.0 – Inspeção
8.0 – Evidências fotográficas
1.0 - OBJETIVO
O presente relatório tem como objetivo descrever de forma clara e objetiva as condições gerais do estado de
conservação em que se encontram as comportas metálicas da unidade fabril UHE CANA BRAVA. Ressalto
que, tudo que for apresentado neste documento, tem como finalidade principal nortear e auxiliar o cliente na
busca por soluções que melhor se adeque, tanto no que tange questões econômicas quanto à questões técnicas.
2.0 - ABRANGÊNCIA
Este documento deve servir como orientação para o departamento de manutenção/engenharia local e servem
também como base para tomada de decisões no que abrange às ações corretivas e preventivas.
3.1 - MICRONS ( )
3.2 - SUBSTRATO
Superfície onde será aplicada a camada de tinta e pode ser ferrosa ou não ferrosa.
É a quantidade de tinta aplicada sobre uma superfície, expressa em forma de película seca depositada
por demão.
3.4 – DEMÃO
É um revestimento aplicado com a finalidade de proteger a superfície ferrosa e não ferrosa por barreira,
prover ancoragem da tinta de acabamento e proteger bases com pigmentos metálicos.
É o revestimento final, aplicado para reforçar o sistema de proteção à superfície e por questões estéticas
bem como sinalizações.
.
3.10 – HIGRÔMETRO
É um instrumento utilizado para verificar a umidade relativa do ar, no local do jateamento e pintura.
É um dos itens mais importantes a ser medido antes do início dos trabalhos, não podendo ultrapassar a
faixa de 85%, caso a umidade exceda esse percentual a pintura deve ser interrompida até que se atinja
umidade inferior.
3.13 – ADERÊNCIA
Ensaio destrutivo realizado para verificar se a tinta aplicada faz parte integrante do substrato a proteger.
É a temperatura que se encontra o substrato ao se aplicar a tinta protetiva, não devendo ultrapassar 52
graus.
3.16 – VISCOSIDADE
3.17 – DILUENTE
Todo solvente verdadeiro para tinta é denominado diluente, utilizado na preparação da tinta para
facilitar a aplicabilidade.
São equipamentos empregados para revestir cantos, áreas de difícil acesso e em pequenas áreas de
manutenção, largamente utilizado em pintura de reforço.
3.19 – SOLVENTE
Utilizada para reparos em locais onde a pintura original possa ter sofrido danos mecânicos e/ou locais
com falha de pintura.
Denominada pintura de reforço a camada de tinta aplicada a trincha ou pincel, nas áreas criticas das
superfícies, tais como: arestas, cantos, rebaixos, cordões de solda, antes ou depois da aplicação do
Primer (demão da tinta de fundo).
É o tempo que se deve aguardar após aplicação de cada camada do revestimento, seguir rigorosamente
as recomendações do fabricante da tinta e/ou o procedimento da pintura.
É o tempo final que se deve aguardar para manusear a peça depois da aplicação de cada camada ou final.
É o tempo final que se deve aguardar para colocar o equipamento em operação, processo pelo qual o
sistema de pintura passa pela cura química.
ASTM 03359: Método padrão para medir aderência pelo teste de fita
NBR 10443 da ABNT – Método Padrão para Medir a Espessura de Película Seca
N-13
FOTO 01:
A pintura se encontra em boas condições de conservação apesar de seus mais de 20 anos. Destacamos apenas
problemas estéticos pelo fato da calcinação aparente e sujeira impregnada pela ação do tempo.
FOTO 02:
Idem aos comentários da foto 01.
FOTO 03:
Teste de aderência pelo método da fita filamentosa. Teste aprovado com resultado X0 Y0 – primeira fase
FOTO 04:
Teste de aderência pelo método da fita filamentosa. Teste aprovado com resultado X0 Y0 – segunda fase
FOTO 05:
Teste de espessura seca pelo método via microteste. Ponto 1
FOTO 06:
Teste de espessura seca pelo método via microteste. Ponto 2
FOTO 07:
Existe corrosão osmótica generalizada ao longo das soldas, demais áreas estão em boas condições.
FOTO 08:
Idem foto 07
FOTO 09:
Teste de aderência pelo método da fita filamentosa. Teste aprovado com resultado X0 Y0 – primeira fase
FOTO 10:
Teste de aderência pelo método da fita filamentosa. Teste aprovado com resultado X0 Y0 – segunda fase
FOTO 11:
Teste de espessura seca pelo método via microteste.
A visita técnica fora realizada pelo Sr., Genildo Aprigio Rodrigues – Inspetor de pintura N-2, na data de
05/11/2020. O mesmo foi acompanhado pelos Sr., Helio Silva, supervisor da manutenção local, onde na ocasião
foram inspecionados visualmente e tecnicamente através de ensaios de aderência e espessura seca da película
de tinta aplicada. A pintura do lado jusante se encontra em boas condições, porém com aspecto de pintura
envelhecida por causa da calcinação ocorrida pela exposição ao intemperismo e, outro fato a se destacar é a
formação de limo e sujeiras decorrentes de pó em suspenção. Neste caso, recomendamos que, se faça uma
hidrolavagem com a utilização de máquinas com pressão positiva de até 10.000 PSi, logo em seguida um
tratamento padrão visual ST3 nos pontos danificados e com corrosão, nas demais áreas tratamento padrão
visual ST2 e por fim aplicar duas demãos de 50 micrometros cada de pintura P.U dupla função. O trabalho
deverá ser realizado nas comportas e seus periféricos, ou seja, corrimãos, escadas, etc. Baseando-se no desenho
recebido, estimamos uma área total de aproximadamente 1300 m² para cada comporta. Esse tipo de trabalho
hoje no mercado, estão entre R$ 200,00 a 350,00 R$ reais o m². Para as 06 (seis) comportas, estima-se uma
verba total, mão de obra + material, de aproximadamente R$ 2.145.000,00, e um cronograma de execução em
torno de 06 (seis) meses de obra, isso somente para o lado jusante. Já para o lado montante, observamos uma
condição um pouco mais crítica. Conforme demonstram as fotos 07 e 08, observa-se corrosão em forma de
bolhas osmóticas, e/ou corrosão ferrobactérias. Aprofundando um pouco mais a cerca desse do assunto, sabe-se
que: as bactérias são organismos que utilizam energia através da oxidação de íons ferrosos (Fe+2) a íons
férricos (Fe+3), comumente em condições de pH baixo. Em condições de pH neutro e na interface entre
condições com oxigênio e sem oxigênio, existem espécies de bactérias que conseguem obter energia através
dessa oxidação do ferro. Recomendamos que, se faça o jateamento abrasivo parcial em todos os cordões de
soldas atingindo uma faixa de 25 cm para cima e 25 cm para baixo da solda e, em outras regiões em que se
encontrar com mesmo problema de corrosão. Em seguida aplicar duas demãos de pintura epóxi TarFree, a
primeira na cor preta e a segunda na cor marron, com espessura de 250 micrometros cada demão. Para as
demais áreas realizar o preparo de superfície com a utilização de hidrolavagem com pressão positiva de até
10.000 PSi, e em seguida preparo ST2 em toda superfície. Como pintura utilizar o mesmo epóxi indicado para
as soldas, porém com aplicação de uma demão de pintura cruzada com espessura de 120 micrometros seca. O
trabalho deverá ser realizado nas 06 (seis) comportas. Baseando-se no desenho recebido, estimamos uma área
total de aproximadamente 500 m² para cada comporta. Esse tipo de trabalho hoje no mercado, estão entre R$
300,00 e 400,00 R$ reais o m². Para as 06 (seis) comportas, estima-se uma verba total, mão de obra + material,
de aproximadamente R$ 1.050.000,00, e um cronograma de execução em torno de 04 (seis) meses de obra, isso
somente para o lado montante. Outro fator importante e de grande relevância salientar aqui, é com relação
aos custos envolvidos na reparação da pintura, pois sempre devem ser aplicadas como e em condições de
manutenção preventiva e não corretiva, portanto quanto antes se iniciar os trabalhos de pintura menor será o
impacto de forma geral. Como se trata de uma obra de grande porte e de alta complexidade, é de suma
importância que se contrate uma empresa com experiência comprovada no ramo de pintura industrial e, assim
sendo possa apresentar a documentação necessária e fornecer garantia dos trabalhos realizados por pelo
menos 05 (cinco) anos. A empresa contratada para realizar a obra, deve manter em seu quadro fixo, além da
equipe operacional, 01 (um) engenheiro mecânico, 01 (um) encarregado técnico com experiência em obras do
tipo, 01 (um) inspetor de pintura N-1 e 01 (um) técnico de segurança do trabalho. Para se entender um pouco
mais com relação aos graus de corrosão e suas classificações, apresentamos a seguir um breve esboço: os
mesmos são avaliados da seguinte forma: Grau “A” – para superfícies intactas com carepa de laminação; Grau
“B” – para superfícies iniciando processo de corrosão, ou seja, quando começa o descascamento da carepa de
laminação e aparecem os primeiros pontos de oxidação; Grau “C” – Fase onde já não existe mais a carepa de
laminação e o processo de corrosão já é generalizado porém de forma superficial; Grau “D” – fase onde o
processo de oxidação já se encontram em fase avançada de ataque ao metal, nesse caso é visível o aparecimento
RELATORIO TÉCNICO-001-20-UHE CANABRAVA Página 17
Cliente: ENGIE BRASIL ENERGIA
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de perfurações pontuais e desgastes da chapa e com a perda de massa. Para superfícies pintadas a forma de se
avaliar o grau de corrosão é aplicando a utilização de uma escala numérica, sendo: Grau “8” quando a
superfície está com a pintura intacta, e assim sucessivamente até o Grau “0” onde não há mais nenhum vestígio
de pintura e com a estrutura em fase avançada de corrosão.
Um projeto de pintura industrial, deve ser baseado em três pilares fundamentais, sendo: 01) especificação
correta de produtos; 02) fabricante homologado e que atendam às normas vigentes; 03) aplicadores
especializados. Se um desses três pilares falharem todo o projeto será comprometido e os resultados finais não
serão os melhores. Como fornecedor/fabricantes de tintas homologados podemos sugerir os seguintes: Jotun /
Internacional / Renner / Sherwin Williams.
As inspeções devem ser feitas diariamente e sempre que solicitado pelo cliente, utilizando as normas
relacionadas neste documento.
Os locais de armazenamento de tintas e solventes, devem ser cobertos, bem ventilados, não sujeitos
aos raios diretos do sol e cujo local de armazenamento não ultrapasse a temperatura de 40 graus
centígrados.
O armazenamento deve ser feito em local exclusivo para tintas e solventes, providos com sistema de
combate a incêndio apropriado.
O armazenamento deve ser feito de tal forma que possibilite a retirada em primeiro lugar do material
mais antigo no almoxarifado e que a movimentação seja feita de forma a evitar danos a embalagem.
Antes do início da aplicação da tinta, a superfície a ser revestida deve ser inspecionada visualmente
e dimensionalmente.
Se a superfície está livre de pó, óleo, gordura, graxa ou outra matéria estranha.
Se os respingos de solda, carepa de solda, resíduo de maçarico forem eliminados e se as arestas da solda
estão arredondadas. Para isso, devem ser utilizadas ferramentas mecânicas ou manuais apropriadas.
Se o grau de limpeza da superfície está de acordo com o especificado: o que deve ser feito pela
comparação deste grau de limpeza da superfície com os padrões visuais de superfície preparadas da
norma SIS 05 5000.
Se toda tinta solta e não aderente, for removida nos casos de repintura. Toda tinta que não for removida
deve ter sua aderência perfeita, bem como não deve trazer imperfeições à repintura.
Se a tinta que já está aplicada ou que foi aplicada está de acordo com o especificado. Para verificação
deste item, o inspetor pode exigir do aplicador ensaios que julgar necessários.
Se antes da aplicação de uma demão de tinta sobre a outra, a camada anterior estiver seca para repintura,
limpa e sem falha de aplicação, se o intervalo entre demão está dentro do especificado.
Se foi feito lixamento da camada anterior, quando o intervalo entre demãos foi ultrapassado. Para o
lixamento, deve ser utilizada lixa com granulação de 200 mesh, exceto para as tintas ricas em zinco com
veículo inorgânico que devem ser feito apenas uma limpeza mecânica utilizando fibra scot brite verde a
fim de remover pó e outros contaminantes impregnados.
Se as peças metálicas que já receberam a primeira ou as demais camadas de tinta não estão em contato
direto com o piso.
Se a espessura do filme seco de cada camada de tinta está de acordo com o especificado. A medição de
espessura do filme seco deve ser feita ao máximo a cada aplicação
Após aplicação de cada camada de tinta, deve ser executada uma medição de película úmida da
tinta aplicada, para se avaliar a necessidade ou não de aplicar uma demão como corretivo da
espessura de película seca.
Para tomar a medida de película úmida se aplica duas passadas de tinta e executa-se a medição
regulando a “mão” para espessura desejada.
Dois dispositivos foram padronizados na ASTM D 1212-70, com intuito de fornecer informações
sobre o valor obtido da espessura de camada úmida.
Esse aferidor é um retângulo dentado de metal ou plástico de vãos graduados cortados nos
cantos. Seus dentes possuem um ligeiro desequilíbrio, o que proporciona verificar a camada de
película úmida. É um aparelho de baixo custo, o qual se obtém valores aproximados. O aferidor é
colocado verticalmente na superfície molhada de tinta até que pouse firmemente sobre a
superfície. As espessuras medidas do filme encontram-se entre o dente maior de uma
extremidade, e o maior da outra extremidade.
A espessura de película seca deve ser medida após aplicação de cada camada de tinta, usando um
Microtest f-3, Elcometer 256, ou similar.
A seguir descreveremos um roteiro no levantamento dos dados de espessura de película seca,
quando medido com aparelho apropriado.
a) A medição de espessura será efetuada após aplicação de cada demão, com auxílio do
instrumento com precisão de 5 micras.
b) Serão selecionadas 5 regiões a cada 250 m de fração do comprimento de tubulação.
c) Serão selecionadas 5 regiões a cada 250 m² ou fração da superfície do equipamento ou
estrutura.
d) Selecionar as regiões de medição em função do tipo do equipamento que está sendo pintado.
Cada região selecionada deve medir 200 x 200 mm.
e) Efetuar no mínimo 12 (doze) medições em cada região selecionada.
f) Abandonar o maior e menor dos valores obtidos.
g) Obter a média aritmética dos demais valores.
h) A média aritmética obtida representa a medida da espessura da película seca de tinta da
região selecionada.
i) Serão aceitas áreas com redução de espessura por demão até 20% desde que a área não seja
superior a 10% da superfície total.
j) São aceitas áreas com aumento de até 40% da espessura prevista por demão no sistema de
pintura, com exceção das tintas pigmentadas com zinco como o etil silicato de zinco, o qual
deve Ter um aumento de 10% e uma redução de 20%.
k) Se a redução de espessura for superior a 20%, deve ser aplicada uma demão adicional em
toda área afetada, exceto para tintas pigmentadas com zinco que devem ser totalmente
removidas para uma nova aplicação.
Outro item o qual consideramos de extrema importância é o teste de aderência. Com intuito de
orientar quanto ao desenvolvimento do teste daremos a seguir uma metodologia para teste de
aderência, cuja norma da ABNT é NBR 11003 de Abril de 1990. Segundo a norma aqui citada, a
aparelhagem e os materiais empregados no teste de aderência pelo método A (corte em X) e pelo
método B (corte em grade) encontram-se descritos abaixo.
7.4.4 – APARELHAGEM
a) MÉTODO A – Corte em X
a) Método A – Corte em X
O ensaio deve ser realizado à temperatura ambiente e úmidade relativa de até 70%
Selecionar uma área a mais plana possível, livre de imperfeições, limpa e seca.
Medir a espessura da área onde vai ser determinada a aderência, conforme NBR 10443
Executar dois cortes com 40mm de comprimento que deverão se interceptar próximo ao meio
com um ângulo entre 30 e 45 graus.
Remover duas voltas completas da fita no início de cada série de ensaio, a descartar.
Remover para o ensaio, de maneira uniforme e contínua, mais 10cm de fita e aplicá-la no centro
da interseção, na direção dos ângulos menores.
Alisar a fita com o dedo na área das incisões e em seguida esfregar firmemente a borracha no
sentido longitudinal da fita para se obter uma uniformidade na transparência da fita aplicada.
Remover a fita no intervalo de 1 min à 2 min da aplicação, puxando-a firme e continuamente
com uma velocidade de 20 cm/Seg, em um ângulo tão próximo de 180 graus, quanto possível.
7.4.6 – Avaliação:
Examinar a área ensaiada quanto ao destacamento, logo após a remoção da fita, clasificando-a
quanto a aderência de acordo com a tabela em anexo no Apêndice A.
A superfície pintada quando testada segundo o corte em X, o critério de aceitação é o nível 3º, ao
passo que para o quadriculado o nível de aceitação é o 3B.
Se o resultado for negativo, o teste será repetido em (2) pontos diametralmente opostos,
distânciados 1 metro do teste anterior.
Se os dois testes não acusarem falta de aderência, a película de tinta da região vizinha à
inicialmente testada, deve ser retirada e reaplicada.