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E PROPOSTAS DE SOLUÇÕES
RESUMO .............................................................................................................................................................. iv
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................................................... 4
LISTA DE FIGURAS
Figura 19 – Defasagem entre banzos superior e inferior, devido à flambagem do banzo superior. ...................... 30
Figura 20 – Ligação dos nós centrais das tesouras do pátio e da sala de aula. ...................................................... 31
Figura 21 – (a) Má execução do encaixe das diagonais no montante central. (b) Má execução do encaixe da
Figura 27 – (a) Estrutura com reforço. (b) Vista longitudinal da estrutura. .......................................................... 35
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. ii
LISTA DE TABELAS
Tabela 8 – Origem das patologias nas fases de construção (DÓREA e SILVA). ................................................. 25
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. iv
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Materiais estruturais como o aço e o concreto armado, são produzidos por processos
altamente poluentes, antecedidos por agressões ambientais consideráveis para obtenção da
matéria-prima. Os referidos processos requerem alto consumo energético e a matéria prima
retirada da natureza jamais será reposta.
Com a aplicação correta da madeira, através da escolha adequada da espécie na
classificação e do sistema estrutural apropriado, pode-se equipará-la e até avantaja-la em
relação ao concreto e o aço em suas aplicações. Além disso, a madeira ainda permite
variações em sua aplicação como, por exemplo, a madeira laminada colada e o compensado,
que permitem a execução de estruturas com características diferenciadas em relação a outros
materiais.
Em geral, os telhados em estruturas de madeira estão associados a vãos pequenos a
médios (10 a 15 metros) e tem-se notado que o projeto da cobertura não recebe a importância
devida dos Engenheiros Civis, ficando esta tarefa para os oficiais carpinteiros. Estes
profissionais muitas vezes não estão preparados para esta tarefa e por questões de tradição e
falta de conhecimento executam estruturas que não atendem aos requisitos técnicos exigidos.
Tal fato resulta em estruturas que podem apresentar-se super dimensionadas, porém,
com ligações não condizentes com os esforços existentes. Isto acarreta desperdícios de
madeira e prejuízos para a segurança da estrutura.
Não raro, problemas como ligações deficientes, deslocamentos excessivos e até
mesmo ruptura têm sido verificados nesses telhados.
O estudo de alguns desses problemas indica algumas causas recorrentes, tais como:
ausência de projeto estrutural; ausência de acompanhamento de profissional habilitado
durante a execução da estrutura; desconhecimento dos preceitos técnicos sobre o
comportamento estrutural da madeira e de suas ligações; desqualificação da mão-de-obra;
falta de manutenção e reparos periódicos.
Como conseqüência, ações corretivas são exigidas posteriormente, trazendo prejuízos
financeiros, interrupções do uso da edificação e quase sempre prejudicando o aspecto estético
inicialmente desejado para a obra.
A investigação destes problemas, as suas implicações no comportamento da estrutura,
propostas para correções necessárias e a divulgação dos resultados só têm a contribuir na
conscientização dos profissionais envolvidos e no uso correto das técnicas e procedimentos da
concepção, análise e dimensionamento, detalhamento e execução das estruturas de madeiras.
Nesta pesquisa são selecionados estudos de casos e posteriormente observadas as
situações de erros in loco, para serem analisados em vista dos esforços e deslocamentos
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 3
1.2 Objetivos
Este projeto de pesquisa tem como objetivo o estudo das principais falhas encontradas
em estruturas de madeira para telhados através de coleta de exemplos práticos em estruturas já
executadas.
Os tipos dos erros mais comuns serão analisados através da Teoria das Estruturas,
discutindo-se os acréscimos dos esforços deles decorrentes e suas implicações no
dimensionamento dos elementos estruturais (barras e ligações).
Os resultados finais serão publicados através de relatórios técnicos e deverão servir de
base para uma futura publicação didática sobre os procedimentos adequados à prática de
projeto e execução das estruturas de madeira para telhados tendo-se em vista as poucas
publicações brasileiras para o projeto de tais estruturas.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.1 As árvores
A madeira pode ser considerada um excelente material estrutural, reconhecida por sua
resistência mecânica elevada e baixa densidade quando comparado com outros materiais,
como o aço para construção (RODRIGUES, 2002).
Segundo BAUER (1979), o emprego da madeira de uma determinada espécie numa
determinada obra somente poderá ser conduzido, com economia e segurança, se forem
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 6
Quando a árvore é cortada, ela tende a perder rapidamente a água livre existente em
seu interior para, a seguir, perder a água de impregnação mais lentamente. A umidade na
madeira tende a um equilíbrio em função da umidade e temperatura do ambiente em que se
encontra.
O teor de umidade correspondente ao mínimo de água livre e ao máximo de água de
impregnação é denominado de ponto de saturação das fibras (PSF). Para as madeiras
brasileiras esta umidade encontra-se em torno de 25%. A perda de água na madeira até o
ponto de saturação das fibras se dá sem a ocorrência de problemas para a estrutura da
madeira. A partir deste ponto a perda de umidade é acompanhada pela retração (redução das
dimensões) e aumento da resistência, por isso a secagem deve ser executada com cuidado para
se evitarem problemas na madeira.
Para fins de aplicação estrutural da madeira e para classificação de espécies, a NBR
7190 (ABNT, 1997) especifica a umidade de 12% como de referência a realização de ensaios
e valores de resistência nos cálculos.
É importante destacar ainda que a umidade apresenta grande influência na densidade
da madeira.
A transformação da madeira em produtos próprios para emprego na construção civil
requer prévia secagem por diversas razões entre as quais destacam-se:
tempo varia de acordo com a espécie e as condições de exposição ao fogo. Entre a porção
carbonizada e a madeira sã encontra-se uma região intermediária afetada pelo fogo, mas, não
carbonizada, porção esta que não deve ser levada em consideração na resistência.
O uso da madeira se dá das mais variadas formas. Na construção civil pode ser
destacado o seu emprego em estruturas de telhados, em pontes, linhas de transmissão, além de
outros componentes para a edificação como forros, caixilhos e portas.
No Brasil, a madeira é ainda muito utilizada na construção civil de forma temporária
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 11
Ainda, a madeira pode ser empregada em sua forma natural, como por exemplo, poste
de seção circular.
Quanto ao projeto e execução, as estruturas de madeira devem atender às
recomendações da NBR 7190 (ABNT, 1997), que fixa as condições que devem ser seguidas
no projeto, na execução e no controle dessas estruturas.
Defeitos de crescimento
Os nós ocorrem como resultado do desenvolvimento natural de ramos ao longo da
existência da árvore. A presença de nós na madeira constitui um defeito por alterar as
características físicas e mecânicas em função do tipo, quantidade, dimensão e localização.
Quando o tecido do nó não apresenta alteração, ele é chamado de nó seco e sua
presença não chega a diminuir exageradamente a resistência à compressão da madeira, mas a
resistência à tração fica muito comprometida. Por este motivo, nas peças que trabalham à
flexão, a peça de madeira deve ser posicionada de modo que os nós fiquem localizados na
zona comprimida.
Podem ocorrer ainda, desvios de veio ou fibras torcidas, ao longo do eixo longitudinal
da árvore, devido ao crescimento das fibras periféricas enquanto que as mais internas ficam
estacionárias.
Outro defeito é caracterizado por separações entre fibras ou anéis de crescimento e
conhecido como Greta. As gretas são causadas por tensões internas devido ao crescimento
lateral da árvore, ou por ações externas, como flexão devido ao vento (DURANTE, 2003).
Na Figura 4 estão ilustrado os defeitos ocasionados pelo crescimento da árvore.
Defeitos de produção
São defeitos originados na manipulação, transporte, no armazenamento e desdobro da
madeira.
Dentre os defeitos de produção estão: fraturas, fendas e danos do abate, cantos
quebrados e fibras reversas. As fibras reversas decorrem de causas naturais, proximidade com
nós, ou serragem da peça em plano inadequado, produzindo peças com fibras inclinadas em
relação ao eixo. Este defeito reduz a resistência da madeira. Na Figura 5 ilustram-se dois tipos
de defeitos ocasionados pela produção da madeira serrada.
Defeitos de secagem
Estes defeitos decorrem da retração da madeira pela perda de umidade (abaixo do
PSF), durante o processo de secagem e se manifesta de diversas formas:
A) Fendas: 1- fendas periféricas; 2- fendas no cerne. Nas peças de pequena seção as fendas podem atravessar a
seção separando-a em duas partes; B) Gretas: 1- greta parcial; 2- greta completa; C) Quina morta; D)
Abaulamento; E) Fibras reversas; F) Empenamento; G) Arqueamento.
Defeitos de conservação
Estes defeitos são provocados por agentes de deterioração como fungos e insetos. Os
fungos causam manchas (bolor), que se desenvolvem na superfície da madeira sob ação de
umidade e calor, e podridões que é a decomposição da madeira por ação desses agentes
biológicos.
f wk
f wd k mod
w
Tipos de Madeira
Madeira serrada
Classes de carregamento Madeira
Madeira laminada colada
recomposta
Madeira compensada
Permanente 0,60 0,30
Longa duração 0,70 0,45
Média duração 0,80 0,65
Curta duração 0,90 0,90
Instantânea 1,10 1,10
Segundo CALIL et al. (2003) a umidade presente na madeira pode alterar suas
propriedades de resistência e elasticidade. A Tabela 5 apresenta a classificação em classes de
umidade definida pela NBR 7190/97.
Madeira serrada
Madeira
Classes de umidade Madeira laminada colada
recomposta
Madeira compensada
(1) e (2) 1,0 1,0
(3) e (4) 0,8 0,9
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 18
primeiros carpinteiros oriundos de várias partes de Portugal e outros países da Europa Central
(ARAÚJO, 2003).
16. Mão francesa - escora empregada para aliviar a flexão das terças, servindo também como
elemento de travejamento dos nós inferiores da tesoura.
com os banzos da treliça seja feita através de entalhe, processo econômico e de fácil
execução. Esta tesoura também é conhecida como tesoura de diagonais normais, sendo muito
empregada para vencer vão de até 18m, aproximadamente. Nesta configuração, os montantes
são executados em peças duplas, facilitando sua ligação com os banzos através de pinos
metálicos, dispensando o uso de cobrejuntas. A Figura 10 esquematiza uma tesoura do tipo
Howe.
Outro tipo de treliça encontrada é a tesoura Belga, que nada mais é que uma variante
da tesoura Pratt. Neste tipo de tesoura os montantes são posicionados perpendicularmente ao
banzo superior. Desta forma tem-se uma melhor distribuição de esforços entre os montantes e
as diagonais pela posição mais adequada destas peças, com sua inclinação tendendo aos 45º
em relação ao banzo inferior. A colocação dos montantes perpendicularmente ao banzo
superior facilita o apoio das terças. Este tipo de treliça é recomendado para vão entre 18 e 25
m e a relação h/L deve estar no intervalo: 1 / 8 h / L 1 / 6 (GESUALDO, 2003).
A treliça tipo Fink (ou Polonceau) é uma variante da treliça Belga, recomendada para
vãos entre 20 e 30 m. Possui a conveniência de reduzir o comprimento das barras das
diagonais e montantes mais centrais.
força cortante enquanto que na parte central do vão tem-se uma diminuição da inclinação e
aumento da distância entre banzos, propício para combater momentos causados por forças
externas. Essas estruturas são recomendadas para vãos entre 15 e 25 m, com a relação h/L em
torno de 1/6. Apresenta como desvantagens, alguns problemas construtivos, como por
exemplo a fixação das telhas nos pontos onde ocorrem a mudança de inclinação é dificultada.
O número de ligações das peças do banzo superior também aumenta acarretando maior mão-
de-obra e maior consumo de material (GESUALDO, 2003).
2.4 Ligações
Problema similar pode ser observado em outra estrutura, apresentada na Figura 16.
Novamente pode-se observar a excentricidade do nó central da tesoura, tendo como agravante
a emenda do banzo inferior executada no mesmo nó. Dadas as circunstancias da estrutura, a
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 26
argumento de que este erro é tolerável para treliças com vãos de até 10 m (MOLITERNO,
1992).
Nota-se que essas patologias podem ser perfeitamente evitadas, e o estudo e
documentação delas contribuiriam para a melhor utilização da madeira como elemento
estrutural, incentivando os profissionais habilitados a se preocuparem com o desenvolvimento
de projetos estruturais específicos para cada obra.
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 28
3. ESTUDOS DE CASO
10,20m 10,20m
(Salas de aula, sanitários e (Salas de aula)
administração)
10,20m
(Pátio)
Banzo superior
Banzo inferior
Figura 20 – Ligação dos nós centrais das tesouras do pátio e da sala de aula.
(a) (b)
Figura 21 – (a) Má execução do encaixe das diagonais no montante central. (b) Má execução
do encaixe da diagonal com o banzo inferior.
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 32
(a) (b)
Figura 22 – Falta de apoio para as terças e desnivelamento das tesouras.
Quanto às treliças das coberturas das outras áreas, devido ao menor vão, foi possível a
execução de reforços das ligações sem necessidade de demolição.
Para esta escola, a análise e dimensionamento da peças e ligações foram executadas e
serão devidamente apresentados no relatório final.
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 33
(a) (b)
Figura 24 – (a) Detalhe do nó central. (b) Emenda do banzo inferior.
Como solução do problema foi realizado o reforço em todas as ligações, com projeto
realizado de acordo com a NBR7190/97.
Esta estrutura é a cobertura de um pátio escolar, também de uma EEF, executada com
madeira do tipo Peroba Rosa, com vão de 15,80 metros.
A planta do telhado e suas dimensões principais estão apresentadas na Figura 25. O
espaçamento entre tesouras é de 2,25 metros. A inclinação do telhado é de 38% e utiliza-se
telha cerâmica tipo paulista.
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 34
2,25 m
2,25 m
2,25 m
2,25 m
2,25 m
2,25 m
2,25 m
2,25 m
15,80 m
Na Figura 26 tem-se uma vista geral do pátio e da tesoura em duas águas destinada à
sua cobertura.
Como pode-se observar a treliça é do tipo Howe e foi executada inicialmente com
peças cuja dimensões das seções transversais são: 2x(3 x 12) cm2 para os montantes, (6 x 12)
cm2 para as diagonais e (6 x 16) cm2 para os banzos superior e inferior.
O que se pode observar nesta obra foi a execução de praticamente outras treliças ao
lado das já existentes, demonstrando clara falta de projeto estrutural. Este fato fica
evidenciado pela foto apresentada na Figura 27.
Tesoura original
(a) (b)
Figura 27 – (a) Estrutura com reforço. (b) Vista longitudinal da estrutura.
Pode-se observar também, que foram executados os reforços sem atendimento aos
critérios de segurança, pois tem-se soluções diferentes para a mesma situação, como ilustra as
fotos da Figura 28.
Na Figura 28.a, o reforço foi executado com peça de (3 x 16) cm2 ao lado dos banzos
superior e inferior.
Já na Figura 28.b, o reforço foi executado com peça de (6 x 16) cm2 ao lado dos
banzos superior e inferior.
Além disso, as diferenças de coloração das madeiras indicam que os reforços foram
executados em épocas diferentes.
Quanto às ligações, também pode se notar que são executadas com um parafuso, não
atendendo à exigência mínima de norma de dois parafusos por ligação.
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 36
(a) (b)
Figura 28 – Reforço executado na estrutura.
2,80 m
3,15 m
3,00 m
3,05 m
3,17 m
2,84 m
2,93 m
10,80 m
3.5 Cerâmica
Segundo a NBR 7190 não se utiliza ligações com um único pino, o que não é
observado na estrutura em estudo, como mostra a Figura 42.
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 43
Permanente
Telha romana, i = 35% = 50 daN m 2
Terças/caibros/ripas = 20 daN m 2
Sobrecarga: 15 daN m 2
V0 40 m s
S 1,0
1
Vento: (catIV , classeB, H 5m) VK 30,4 m s ; q 57,8 m s
S 2 0, 76
S3 1,0
Coeficientes de pressão
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 45
Externos:
-0,2
V90º -0,4 -0,4
-0,6
-0,7
V0º
Internos:
C pi 0,3 ou C pi 0 (o mais nocivo)
Final: C pi 0,1
O
V ENT
DO
ÃO A
33 AÇ C ARG
R E
SOB TE
0 A NEN
33 5 M
PER
2 3 0
33 50
230
33 50 15
-29
230
33 50 22
-36
+1450
1,74 m
230
22
-9
50 -43
+495
78
-81
230 5
+260
95 -685
-49
0
OBS: Para tesoura com espaçamento de 3,20m, multiplicar os esforços pelo fator
2,9 2,6 1,12 .
Banzo Inferior:
N d 4725 daN (tração); seção 6x16
f to,k 389,61
f to,d k mod 0,56 f to,d 120 daN cm2
t 1,8
Nd 4725
t 0 ,d f to,d t 0,d 50 daN cm2 OK!
A 6 16
Banzo Supeiror:
N d 4995 daN (compressão); seção 6x16
Características da seção:
A 96cm 2
I min 288cm 4
W y 96cm 3
l fl 143 cm
ry 1,73cm
l fl 143
82,6
ry 1,73
Nd Md f c 0,d
M d N d e1,ef
Md
Wy Wy
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 47
FE
e1,ef ei ea ec
FE N d
ei 0
l
ea 0,477cm
300
ec (ei ea ) ((exp) c 1)
2 Eco,ef I min
FE FE 11287daN
l 2fl
e1,ef 0 0,477 0,167
11287
e1,ef 1,16cm
11287 4995
N d e1,ef 4995 1,16
Md Md 60,4daN / cm2
Wy 96
N d 4995
Nd Nd 52,0daN / cm2
A 96
f co,k 300
f c 0,d k mod 0,56 120daN / cm2
c 1,4
Nd Md
1,0 0,43 0,50 0,93 1,0(OK!)
f c 0 ,d f c 0 ,d
OBS: Para tesoura com l = 3,20m 0,93 1,12 1,04 (aceita se!)
Montantes:
N d 1450 daN (tração); seção 2x(2,5x12)
Nd 1450
t 0 ,d t 0 ,d 24 daN cm2 120 daN cm2 (OK!)
A 60
Diagonais:
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 48
Características da seção:
A 72cm 2
I min 216cm 4
W 72cm 3
l fl 180 cm
ry 1,73cm
l fl 180
104,04
ry 1,73
Nd Md f c 0,d
M d N d e1,ef
Md
Wy Wy
FE
e1,ef ei ea ec
FE N d
ei 0
l
ea 0,60cm
300
ec (ei ea ) ((exp) c 1)
2 Eco,ef I min
FE FE 2820daN
l 2fl
ec 0,15
2820
e1,ef 0 0,60 0,15 e1,ef 1,15cm
2820 980
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 49
N d 980
Nd Nd 13,6daN / cm 2
A 72
f co,k 300
f c 0,d k mod 0,56 120daN / cm 2
c 1,4
Nd md
1,0 0,11 0,13 0,24 1,0(OK!)
f c 0,d f c 0, d
Terças:
q 1,4 70 1,4 15 1,3 155 daN m
q y 155 cos 20º 146 daN m
q x 155 sen20º 53 daN m
Mx My 85,4 62,5
km 1,0 0,5 0,97 1,0(OK !)
f c 0,d f c 0,d 120 120
My k Mx 1,0 0,5 85,4 62,5 0,87 1,0(OK !)
f c 0,d m
f c 0,d 120 120
Para a flecha:
q y 85 daN m f x 0,72cm
q x 31 daN m f y 1,05cm
fT f x2 f y2
Mx 62 daN cm 2
Com seção 6x16:
My 71 daN cm
2
Mx My
km 0,81 1,0(OK !)
f c 0,d f c 0,d
My k Mx 0,85 1,0(OK !)
f c 0,d m
f c 0,d
6 cm
12 cm
2 cm
12 cm
A 96cm 2
y 6,25cm
W y 173,5cm
3
15800
Mx 119 daN cm2
0,95 139,9
6800
My 85 daN cm2
0,95 84,0
Mx My
f km 1,34 1,0
c 0 ,d f c 0 ,d
(Não Verifica!)
My k Mx 1,20 1,0
f c 0 ,d m
f c 0 ,d
Espigão:
N d 750daN
M d 450daN m
4.1.4 Ligações
f c 0,d f c 90,d
f c 20,d
f c 0,d sen 19º f c 90,d cos 2 19º
2
300
f c 0,d 0,7 150 daN cm²
1,4 f c 20,d 114 daN cm²
f c 90,d 0,25 f c 0,d 37,5 daN cm²
Nd 4995 782,2
c10,d 114 daN cm²
Ac e e
6
cos 20
e 6,96 cm
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 52
f vk 50
Para a folga: f v 0,d k mod f v 0,d 0,7 19,5 daN cm²
v 1,8
f cos( ) 4725
d f v 0.d d 19,5 daN cm² g 40,4cm
g b g 6
Ligação Montante/Banzo:
f yd
lim 1,25 lim 7,35
f e 90,d
t 2,5
2,0
d 1,25
t2
Rv1,d 0,40 f e 90,d Rv1,d 78 daN cm²
Nd 1450
n parafusos n parafusos 10
2 Rv1,d 2 78
Nd 1450
n parafusos n parafusos 9
2 Rv1,d 2 85
N d 980daN
e 3,5cm
f e 64 d 44 daN cm²
N d 815daN
e 2,5cm
f e54 d 51daN cm²
N d 685daN
e 1,3cm
f e30 d 86 daN cm²
N d 980daN
e 2,6cm Demais, adotar e=2,0cm
f e 45d 60 daN cm²
lim 4,76
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 54
t 3cm
3
1,875
1,6
32
RV 1d 0,40 150 288daN
1,875
3425
Com N d 3425daN n paraf 6 parafusos
288 2
(6 x 16)cm²
2 x (2,5 x 12)cm²
2 x (2,5 x 12)cm² (6 x 16)cm²
-1200
1,74 m
-3
-140
30
+4
82
-860
+11
-1200
00
(6 x 16)cm² (6 x 12)cm²
+ TRAÇÃO
1,70 m - COMPRESSÃO
N d max 1400daN
M d max 250daN m
1550 25000
c 0,d 8 114 daN cm² f c 0,d (OK!!)
6 16 2048
A verificação dos montantes e diagonais fica dispensada em vista da verificação realizada nas
tesouras do pátio.
Para as ligações:
32
RV 1d 0,40 150 225daN
2,40
1550
n paraf 3,4 4 parafusos
225 2
Ligação Montantes:
2,50
lim 7,35 ; 2
1,25
RV 1d 80 daN
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 56
Tendo-se em vista os esforços obtidos, será feita nova avaliação desconsiderando-se as barras
do 1º montante a 1ª diagonal.
.m
1,74 m
+796
1 9 0daN aN
= d
-6
Md -2530
+268
10
= +7
Nd 9
-775
Md = 260daN.m
Nd = +2315 daN + TRAÇÃO
- COMPRESSÃO
Figura 47 – XXXXXXXXXXXXXXXXXX.
2315 26000
c 0,d 8 126 daN cm² f c 0,d
6 16 2048
l fl 175 cm
rmin 1,75cm
FE 7536 daN
[ N gk ( 1 2 ) N qk ]
c c 0,167
FE [ N gk ( 1 2 ) N qk ]
19000
ei 7,51cm
2530
7536
ei (7,51 0,70) 12,36cm
7536 2530
M d N d e f 2530 12,36 31270 daN cm
2530
Nd 26,35 daN cm²
96
c 0,d 148,50 daN cm²
31270
Md 8 122,15 daN cm²
2048
DESENHO
Para apoio:
N d 150 daN
M d 250 daN m
A 96cm ²
6 16 3
I 2048cm³
12
150 25000
c 0, d 8 100 daN cm² f c 0,d
72 2043
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 58
Diagonais Montantes
DESENHO
3,0mm
l 6,21mm l l
t 2,0cm t 2,0cm t 2,0cm
Emendas Banzos
t 3cm ; d 12,5mm
2400
f yd 2180 daN cm²
1,1
2180
lim 4,26
120
t 3
2,40 lim
d 1,25
3²
Rv1,d 0,40 120 Rv1,d 180daN
2,4
1550
n paraf 4,3 5 parafusos
2 180
DESENHO
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 59
2370
n paraf 6 parafusos
2 180
2315 26000
c 0,d 8 125,7 daN cm² f c 0,d
96 2048
l fl 175 cm
rmin 1,73cm
FE 7536 daN
[ N gk ( 1 2 ) N qk ]
c c 0,167
FE [ N gk ( 1 2 ) N qk ]
19000 175
ec 1,18 9,54cm
2530 300
2530
M d 19000 2530 9,54 31198daN cm
7536 7530
2530
Nd 26,35 daN cm²
96
c 0,d 148,22 daN cm²
31198
Md 8 121,87 daN cm²
2048
Parafusos:
Ø=12,5mm
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 60
f yd
lim 1,25 8,22
fe
3,0
2,4
1,25
Rv1,d 76 daN cm ²
Permanente
Telha paulista, i = 34% = 50 daN m 2
Terças/caibros/ripas = 20 daN m 2
Sobrecarga: 15 daN m 2
V0 40 m s
S 1,0
1
Vento: (catIV , classeB, H 6,20m) VK 33,2 m s ; q 67,6 m s
S 2 0,83
S 3 1,0
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 61
Coeficientes de pressão
Externos:
-0,2
V90º -0,4 -0,4
-0,6
-0,7
V0º
Internos:
C pi 0,3 ou C pi 0 (o mais nocivo)
Final: C pi 0,1
Banzo Inferior:
N d 6210 daN (tração); seção 6x16
Banzo Supeiror:
N d 6634 daN (compressão); seção 6x16
l fl 190 cm
l fl 190
109,7
ry 1,73
Nd Md f c 0,d
N d 6634
Nd Nd 69,10daN / cm2
A 96
Nd Md
1,0 0,57 42,9 1,0(OK!) VALOR NEGATIVO (NÃO É MENOR Q 1)
f c 0,d f c 0 ,d
16)cm² espaçadas de 6 cm. Para esta nova configuração, são apresentados os cálculos a
seguir:
I=Dúvida no cálculo
l fl 190 cm
l fl 190
109,7
ry 1,73
Nd Md f c 0,d
N d 6634
Nd Nd 69,10daN / cm2
A 96
Nd Md
1,0 0,57 42,9 1,0(OK!) VALOR NEGATIVO (NÃO É MENOR Q 1)
f c 0,d f c 0 ,d
Montantes:
N d 775 daN (tração); seção 2x(3x12)
Nd 2030
t 0,d t 0 ,d 21,14 daN cm2 120 daN cm2 (OK!)
A 96
Diagonais:
N d 1314 daN (compressão); seção 6x12
l fl 280 cm
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 64
l fl 280
109,7
ry 1,73
Nd Md f c 0,d
N d 6634
Nd Nd 69,10daN / cm2
A 96
Nd Md
1,0 0,57 42,9 1,0(OK!) VALOR NEGATIVO (NÃO É MENOR Q 1)
f c 0,d f c 0 ,d
Características da seção:
A 72cm 2
I min 216cm 4
W 72cm 3
l fl 180 cm
ry 1,73cm
l fl 180
104,04
ry 1,73
Nd Md f c 0,d
M d N d e1,ef
Md
Wy Wy
FE
e1,ef ei ea ec
FE N d
ei 0
l
ea 0,60cm
300
ec (ei ea ) ((exp) c 1)
2 Eco,ef I min
FE FE 2820daN
l 2fl
ec 0,15
2820
e1,ef 0 0,60 0,15 e1,ef 1,15cm
2820 980
N d e1,ef 980 1,15
Md Md 15,7daN / cm2
Wy 72
N d 980
Nd Nd 13,6daN / cm 2
A 72
f co,k 300
f c 0,d k mod 0,56 120daN / cm 2
c 1,4
Nd md
1,0 0,11 0,13 0,24 1,0(OK!)
f c 0,d f c 0, d
Terças:
q 1,4 70 1,4 15 1,3 155 daN m
q y 155 cos 20º 146 daN m
q x 155 sen20º 53 daN m
Mx My 85,4 62,5
km 1,0 0,5 0,97 1,0(OK !)
f c 0,d f c 0,d 120 120
My k Mx 1,0 0,5 85,4 62,5 0,87 1,0(OK !)
f c 0,d m
f c 0,d 120 120
Para a flecha:
q y 85 daN m f x 0,72cm
q x 31 daN m f y 1,05cm
fT f x2 f y2
Mx 62 daN cm 2
Com seção 6x16:
My 71 daN cm
2
Mx My
km 0,81 1,0(OK !)
f c 0,d f c 0,d
My k Mx 0,85 1,0(OK !)
f c 0,d m
f c 0,d
6 cm
12 cm
2 cm
12 cm
A 96cm 2
y 6,25cm
W y 173,5cm
3
15800
Mx 119 daN cm2
0,95 139,9
6800
My 85 daN cm2
0,95 84,0
Mx My
f km 1,34 1,0
c 0 ,d f c 0 ,d
(Não Verifica!)
My k Mx 1,20 1,0
f c 0 ,d m
f c 0 ,d
Espigão:
N d 750daN
M d 450daN m
4.1.4 Ligações
f c 0,d f c 90,d
f c 20,d
f c 0,d sen 19º f c 90,d cos 2 19º
2
300
f c 0,d 0,7 150 daN cm²
1,4 f c 20,d 114 daN cm²
f c 90,d 0,25 f c 0,d 37,5 daN cm²
Nd 4995 782,2
c10,d 114 daN cm²
Ac e e
6
cos 20
e 6,96 cm
f vk 50
Para a folga: f v 0,d k mod f v 0,d 0,7 19,5 daN cm²
v 1,8
f cos( ) 4725
d f v 0.d d 19,5 daN cm² g 40,4cm
g b g 6
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 69
A utilização das construções com madeira requer certos cuidados com o manuseio e
manutenção do material. Apesar de a madeira ser um material estrutural de alto nível, suas
propriedades físicas podem ser diferentes de espécies para espécies. Com base nas exigências
do mercado consumidor no que diz respeito à qualidade da construção, esta pesquisa é
realizada com objetivo principal de alertar para as principais patologias encontradas em
treliças de madeira, bem como forma de prevenção ao aparecimento de problemas
perfeitamente previsíveis em fase de projeto e execução dessas estruturas.
A maioria das patologias encontrada nas estruturas em estudo deriva da falta de
conhecimento com relação às propriedades físicas e mecânicas da madeira, além da falta de
projeto e acompanhamento de profissional capacitado aliado a má qualidade da mão-de-obra
de execução.
Quanto à análise das estruturas até aqui consideradas, já foi realizado o estudo das
estruturas da EEF 1 e 2, tanto na configuração inicial quanto na configuração proposta após
novo projeto. O dimensionamento das peças permitiu concluir que, mesmo sem projeto, as
dimensões das peças utilizadas atendem aos critérios da NBR 7190/97. Entretanto, todas as
ligações demonstraram-se insuficientes.
Para a EEF 3, mesmo sem a análise estrutural, pode-se notar a falta de projeto, visto
pelos reforços executados de diversas maneiras e pela deformação permanente excessiva da
estrutura inicial, isto observado in-loco.
Para a cobertura do galpão de festa, dado ao estado em que se encontrava, foi sugerida
a sua demolição. Pode-se notar que aqui também, à medida que as treliças apresentavam
problemas, tentava-se alguma solução, sem consulta a profissional habilitado. Este fato fica
comprovado pela presença dos contraventamentos e dos “apoios intermediários” feitos a
posterior. A falta de manutenção é nítida neste caso.
Até o presente, pode-se notar que a falta do projeto estrutural e de um responsável
técnico pelo acompanhamento da execução das estruturas tem sido um fator determinante nas
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 70
causas dos problemas encontrados. Todos, sem exceção, poderiam ser evitados se houvesse
um projeto estrutural pertinente.
Também, a mão-de-obra mostrou-se um fator preocupante, o que sugere a falta de
treinamento para qualificar os profissionais carpinteiros.
Em continuidade aos estudos até aqui desenvolvidos, a fase seguinte compreenderá a
análise pormenorizada das estruturas já selecionadas (esforços, dimensionamento e soluções
propostas) e de outras que venham a complementa-lás. Estes estudos serão apresentados no
relatório final, a fim de concluir o projeto inicialmente proposto.
Patologia em estruturas de madeira para telhados, suas implicações e propostas de soluções. 71
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALIL JUNIOR, C. Roteiro de projetos de telhados com treliças de madeira. SET 112
Estruturas de Madeiras – Notas de aula. EESC-USP. São Carlos. 1996.
DÓREA, S. C.; SILVA, L. F. Estudo sobre índices da patologia das construções: paralelo
entre situação mundial e a brasileira. In: V Congresso Iberoamericano da patologia de Las
Cosntruciones – CONPAT99. Proceedings. 1999. Montevideo, Uruguai. p. 609-616.