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Materiais de Construção II
2011
ÍNDICE................................................................................................................................................ 2
1 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ......................................................................................................... 7
1.1 Definição ................................................................................................................................... 7
1.2 Classificação ............................................................................................................................. 7
1.3 Propriedades Gerais dos Corpos ............................................................................................. 7
1.4 Propriedades dos Corpos Sólidos ............................................................................................ 8
1.5 Esforços Mecânicos .................................................................................................................. 9
1.6 Normalização e Especificações .............................................................................................. 11
1.7 Tipos de Materiais ................................................................................................................... 12
1.8 Estrutura Molecular ................................................................................................................. 15
2 MADEIRA ...................................................................................................................................... 16
2.1 Constituição da Madeira ......................................................................................................... 16
2.1.1 Identificação Botânica .......................................................................................................... 17
2.2 Produção da Madeira .............................................................................................................. 18
2.3 Características Físicas ............................................................................................................ 19
2.3.1 Umidade ............................................................................................................................... 19
2.3.2 Retratilidade .......................................................................................................................... 19
2.3.3 Condutibilidade elétrica........................................................................................................ 19
2.3.4 Condutibilidade térmica ....................................................................................................... 19
2.3.5 Condutibilidade sonora ........................................................................................................ 19
2.3.6 Massa específica ................................................................................................................. 19
2.3.7 Resistência mecânica ........................................................................................................... 19
2.4 Conservação das Madeiras .................................................................................................... 20
3 METAIS ......................................................................................................................................... 22
3.1 Metais Não Ferrosos e Ligas Metálicas ................................................................................. 22
3.2 Aço e Metais Ferrosos ............................................................................................................ 24
3.2.1 Ferro Gusa............................................................................................................................ 24
3.2.2 Ferro Fundido ....................................................................................................................... 24
3.2.3 Aço ....................................................................................................................................... 24
3.3 Aço na Construção Civil .......................................................................................................... 26
3.3.1 Barras de Aço para Concreto ............................................................................................... 27
3.4 Conservação do Aço .............................................................................................................. 30
4 POLÍMEROS ................................................................................................................................... 31
4.1 Produção dos Plásticos .......................................................................................................... 33
5 VIDRO ........................................................................................................................................... 36
5.1 Produção do Vidro ................................................................................................................... 37
5.1Tipos de vidro ............................................................................................................................ 38
6 TINTAS .......................................................................................................................................... 42
6.1 Fabricação das Tintas .............................................................................................................. 42
6.2 Classificação das Tintas ......................................................................................................... 43
6.3 Aplicação em Rodovias ........................................................................................................... 43
7 CAL ............................................................................................................................................... 44
7.1 Produção .................................................................................................................................. 44
8 MATERIAIS BETUMINOSOS ............................................................................................................ 46
8.1 Uso de Materiais Betuminosos ............................................................................................... 48
8.1.1 Cimento Asfáltico Natural (CAN) ........................................................................................ 48
8.1.2 Cimento Asfáltico do Petróleo .............................................................................................. 48
1.1 Definição
Materiais de construção são todos os corpos, objetos ou substâncias que são usadas
em qualquer obra de engenharia. O estudo dos materiais de construção tem como
objetivo compreender a obtenção, aplicação, conservação, durabilidade e ensaios
desses materiais de modo a conhecê-los e melhor aplicá-los (SILVA, 1985).
1.2 Classificação
Impenetrabilidade: é a propriedade que indica não ser possível que dois corpos ocupem
o mesmo lugar no espaço.
Os corpos sólidos são os de maior importância para essa disciplina. São apresentadas
a seguir algumas propriedades específicas dos corpos sólidos:
Massa específica ( ) – é a relação entre a massa do material (M) e o seu volume (V).
M
γ=
V
Massa unitária (Mu) – é a relação entre a massa do material (M) e volume total do
material (Vt), considerando-se os vazios. Também é chamada de massa específica
aparente.
M
Mu =
Vt
Resistência ao fogo: é a capacidade que o solo apresenta de não ser destruído pelo
fogo. Através dessa propriedade os materiais são divididos em: materiais
incombustíveis, materiais fracamente combustíveis e materiais combustíveis.
Flexão Torção
Cizalhamento
Flambagem
Tensão (σ): chama-se de tensão à relação entre o esforço (P) aplicado e a área (S) da
seção resistente:
P
σ=
S
Deformação (ε): efeito da tensão. É dada pela relação entre o comprimento deformado
(Lf) e o comprimento inicial (Li).
L f − Li
ε= X100
Li
A deformação pode ser: elástica ou plástica.
BS – British Standards;
Estrutura amorfa: Arranjo desordenado dos átomos, sem a repetição das estruturas
cristalinas.
A madeira se origina das árvores e é constituída por um conjunto de tecidos que forma
a massa de seus troncos. O tronco é a parte da árvore de onde se extrai a madeira.
Situado entre as raízes e os ramos, o tronco é composto de células alongadas, de
várias naturezas, de acordo com sua idade e suas funções, reunidas por uma matéria
intercelular. A figura 2.2 mostra o corte transversal de um tronco de árvore.
Na parte externa do tronco está a casca, que se subdivide em casca externa e casca
interna. A casca é uma camada protetora que protege e isola os tecidos da árvore
contra os agentes atmosféricos. Debaixo da casca, situa-se o liber, que é um tecido
cheio de canais que conduzem a seiva descendente. Debaixo do liber, encontra-se o
alburno (câmbio) que é uma camada viva de formação recente, constituída de células
em plena atividade de proliferação, igualmente cheia de canais, que conduzem a seiva
ascendente ou seiva bruta; sua espessura variável, segundo as espécies. Sob o
alburno, encontra-se o cerne, formado por madeira dura e consistente, impregnada de
tanino e lignina. O cerne é a parte mais desenvolvida da árvore e a mais importante sob
o ponto de vista de material de construção. É formado por uma série de anéis
concêntricos de coloração mais clara e mais escura alternadamente; são os anéis ou
camadas anuais, que possibilitam conhecer a idade da árvore, sobretudo nos países
temperados, onde são mais nítidos. Finalmente, no centro do tronco, encontra-se a
medula, constituída de material mole (ANDRADE E HORTA, 1996).
2.3.1 Umidade
2.3.2 Retratilidade
Quando bem seca a madeira é excelente isolante elétrico, ao passo que úmida torna-se
condutora. A condutibilidade elétrica varia de acordo com as espécies.
A massa específica das madeiras varia de 0,30 a 1,30 kg/m3, dependendo da espécie
da madeira, da árvore de origem, da localização do corpo de prova retirado da madeira
em exame, etc. As madeiras comerciais brasileiras apresentam massa específica que
varia de 0,35 a 1,30 1,30 kg/m3.
9 resistência ao fendilhamento;
9 dureza;
9 resistência ao cisalhamento.
As melhores madeiras para construção são as que provêm de árvores de maior altura,
com troncos retos e regulares. Devem apresentar boa homogeneidade, boa resistência
mecânica e dureza, sem serem muito densas e difíceis de trabalhar.
9 Vácuo inicial de 600 mm Hg, que extrai o ar existente nas células da madeira,
predispondo-a para uma melhor impregnação;
Os metais não são encontrados puros na natureza, geralmente estão combinados com
outros elementos formando rochas denominadas minério.
Cobre
Seu peso específico é de 2,7 g/cm3 a 20ºC, o ponto de fusão corresponde a 660ºC.
Apresenta boa condutibilidade térmica e relativamente alta condutibilidade elétrica (62%
da do cobre). É não-magnético e apresenta baixo coeficiente de emissão térmica.
Latão
Os latões comuns são ligas de cobre-zinco, podendo conter zinco em teores que variam
de 5 a 50%. A presença do zinco, obviamente, altera as propriedades do cobre (Figura
3.4). À medida que o teor de zinco aumenta, ocorre também uma diminuição da
resistência à corrosão em certos meios agressivos.
O ferro ao derreter-se deposita-se no fundo do alto forno. A este ferro dá-se o nome de
ferro-gusa ou simplesmente gusa. As impurezas ou escórias por serem mais leves,
flutuam sobre o ferro gusa derretido.
9 Absorve muito bem as vibrações, condição que o torna ideal para uso nos corpos
de máquinas;
9 Quando quebrado sua face apresenta uma cor cinza escura, devido ao carbono
se encontrar combinado com o ferro, em forma de palhetas de grafite.
3.2.3 Aço
Aço ao carbono
As barras para concreto armado são especificadas pela norma NBR 7480:
a) Quanto à apresentação:
Cláudio Luiz Dias Leal Figura 3.7 – Barras de aço para concreto. 27
cleal@iff.edu.br
Classe a: barras e fios laminados a quente, com escoamento definido, caracterizado
por patamar no diagrama tensão-deformação; são barras lisas.
Classe b: são as barras e fios encruados por deformação a frio, com tensão de
escoamento convencionada em uma deformação permanente de 0,2%; são as barras
torcidas ou com mossas.
9 Barras: 5 - 6 - 8 - 10 - 12 - 16 - 20 - 22 - 25 - 32 - 40 mm.
Perfis laminados
Os perfis de aço formados a frio são obtidos por conformação a frio de chapa fina de
aço e têm hoje sua utilização em fase de rápido crescimento no Brasil. Tal difusão se
deve à grande diversidade de aplicações apresentadas pelo produto final, podendo-se
obter concepções estruturais extremamente leves e eficientes para uso nas edificações
residenciais e industriais (Figura 3.8).
Trilhos e defensas
Os trilhos são produtos laminados destinados a servir de apoio para as rodas metálicas
de pontes rolantes ou trens (Figura 3.10).
O aço em contato com o meio ambiente tende a se oxidar pela presença de O2 e H2O,
começando pela superfície do metal até a sua total deterioração. Algumas soluções
reduzem ou mesmo eliminam a velocidade da corrosão, entre elas a aplicação de
zincagem e pintura.
A proteção contra corrosão através de pintura, figura 3.12, consiste em criar uma
barreira impermeável protetora na superfície exposta do aço através de aplicação de
esmaltes, vernizes, tintas e plásticos, como apresentado a seguir:
Homopolímeros
Copolímeros
A fabricação dos plásticos pode ser resumida nas seguintes etapas: preparação das
matérias-primas; reações de polimerização;
processamento dos polímeros; fabricação de
produtos (Figura 4.5).
Moldagem por sopro: esta técnica é utilizada juntamente à moldagem por extrusão ou
injeção. Os grânulos de resina são aquecidos e comprimidos em um tubo líquido,
parecido com creme dental. A resina entra no molde frio e o ar comprimido é soprado
para dentro do tubo da resina. O ar expande a resina contra as paredes do molde. Este
método é utilizado para fazer garrafas plásticas (Figura 4.9).
Não se sabe exatamente a data ou o lugar onde o vidro foi descoberto. Alguns
historiadores julgam que o primeiro vidro produzido pelo homem veio da Síria,
aproximadamente 3000 anos antes de Cristo. Outros apontam o Egito, cerca de 2500
a.C. Sabe-se, com certeza, que em 1400 a.C. os egípcios produziam vasos, enfeites e
outros objetos similares. Posteriormente, os romanos, com o auxílio de artesãos
egípcios e sírios, produziram vasos, garrafas, jarras e outros objetos de adorno.
Também empregavam-no como janelas, como se vê nas ruínas de Pompéia. Evidência
de envidraçamento de casas também foi encontrada nas ruínas romanas da Inglaterra.
As primeiras janelas foram produzidas aproximadamente no primeiro ou segundo
século da era cristã.
O vidro poderia ser feito apenas com sílica, carbonato de sódio e calor, de acordo com
a equação:
calor
Na2CO3 + SiO2 → Na2SiO3 + CO2
A composição química do vidro pouco mudou 5000 anos. O vidro mais usado no
mundo, o cálcio-sódico, conta
com 70% de SiO2 , 15% de óxido
de sódio e 10% de óxido de
cálcio, com 5% de outros óxidos
(Figura 5.1).
Cláudio Luiz Dias Leal Figura 5.1 – Composição do vidro. Fonte: ABIVIDRO, 2008 36
cleal@iff.edu.br
Na realidade, o sódio e o cálcio são adicionados como carbonatos e perdem dióxido de
carbono, formando óxido de sódio e de cálcio.
O uso do vidro na construção praticamente explodiu no século XX, e hoje são comuns
grandes áreas envidraçadas que, em alguns casos, abrangem toda a fachada do
prédio. A causa principal do aumento do emprego do vidro na construção foi a redução
do seu custo. As principais qualidades e características dos vidros são: reciclabilidade;
transparência; dureza; impermeabilidade; ótimo isolador elétrico; baixa condutividade
térmica; durabilidade; matéria-prima abundante na natureza.
Processo de Flutuação
5.1Tipos de vidro
Vidro comum
O vidro comum é composto por sílica (areia), potássio, alumina, sódio (barrilha),
magnésio e cálcio. Essas matérias-primas são misturadas com precisão e fundidas em
forno. O vidro, fundido a aproximadamente 1.000 ºC, é continuamente derramado num
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tanque de estanho liquefeito, quimicamente controlado. Ele flutua no estanho,
espalhando-se uniformemente. A espessura é controlada pela velocidade da chapa de
vidro que se solidifica à medida que continua avançando. Após o recozimento
(resfriamento controlado), o processo termina com o vidro
apresentando superfícies polidas e paralelas.
Geralmente, não recebe nenhum tipo de tratamento e pode ser utilizado nas mais
diversas aplicações – construção civil, indústria de móveis e decoração. Ele é a
matéria-prima para o processamento de todos os demais vidros planos: temperados,
laminados, insulados, serigrafados, curvos, duplo envidraçamento, espelhos, entre
outros.
Espelho
O vidro comum recebe sobre uma das superfícies camadas metálicas, como a prata, o
alumínio ou o cromo. Em seguida, o produto recebe camadas de tinta que têm como
função protegê-lo
(Figura 5.3). É a prata
que promove o reflexo
das imagens, visível por
meio do vidro
transparente e
protegida pela tinta.
Quando olhamos para o Figura 5.3 – Espelho.
Potes para alimentos, frascos e garrafas para bebidas, produtos farmacêuticos, higiene
pessoal e mais incontáveis outras aplicações: a utilização do
vidro para embalagens é uma das mais antigas e freqüentes
aplicações para o vidro. Por ordem de consumo, a maior
utilização é a do setor de bebidas, principalmente com
cervejas, seguida pela indústria de alimentos e, logo após,
produtos não alimentícios, sobretudo farmacêuticos e
cosméticos (Figura 5.4)
Vidro refletivo
Figura 5.4 – Vidro para
Desenvolvido com tecnologia que garante o controle eficiente embalagem.
O vidro refletivo pode ser usado na sinalização viária, sob a forma de microesfera,
misturada à tinta de demarcação de faixas. O facho luminoso proveniente dos faróis do
veículo penetra nas microesferas de vidro e devido ao seu efeito retrorefletivo, os raios
luminosos retornam,
a segurança do
condutor (Figura
Figura 5.3 – Microesferas de vidro.
5.3).
A tinta é uma mistura estável de uma parte sólida, que forma a película aderente à
superfície a ser pintada, em um componente
volátil, em geral água ou solvente. A parte
sólida é composta de pigmentos (Figura 6.1),
cargas, outros aditivos e um ou mais veículos
sólidos. Esses veículos sólidos são as
resinas, divididas em alquídicas, epóxi,
acrílicas, poliuretanos, poliésteres, entre
outras.
As tintas têm como principais funções: a estética e a proteção do substrato, seja este
uma casa, um carro ou qualquer outro.
Facilidade de aplicação;
Secagem rápida;
Boa aderência;
Resistência e durabilidade.
A produção das tintas pode ser resumida nas seguintes fases: dosagem das matérias
primas, dispersão dos pigmentos, diluição, refinamento da cor, ajuste da viscosidade e
outras características.
Após a fase de dispersão dos pigmentos o produto obtido é misturado com mais resina,
solventes e aditivos para dar origem à tinta.
Acerto da Viscosidade
Para o acerto da viscosidade, adiciona-se à tinta um diluente, o qual lhe vai conferir
uma adequada viscosidade de aplicação.
As tintas podem ser classificadas de acordo com o veículo usado na sua fabricação:
Tintas óleo-resinosas de secagem ao ar; Tintas epoxídicas; Tintas alquídicas; Tintas
acrílicas; Tintas de poliuretanos; Tintas de silicatos; Tintas vinílicas; Tintas de
silicones.
No caso das aplicações em rodovias, as tintas têm a finalidade estética, mas também
objetivam a segurança do usuário. Em rodovias as tintas são empregadas tanto na
sinalização vertical quanto na horizontal, e têm objetivo de organizar, controlar e
orientar ou indicar o fluxo de motoristas e pedestres (Figura 6.3).
A cal é um dos mais antigos produtos manufaturados, com aplicações diversas como
medicina, odontologia, fabricação de aço, tratamento de água, limpeza de gases da
queima de combustíveis com enxofre, argamassa e misturas asfálticas (GUIMARÃES,
2002). A cal é um aglomerante aéreo, ou seja, é um produto que reage em contato com
o ar. Nesta reação, os componentes da cal se transformam em um material tão rígido
quanto a rocha original (o calcário).
7.1 Produção
Os fornos rotativos (Figura 7.2) são os responsáveis pela maior parte da produção de
cal em todo o mundo. São fornos
capazes de produzir de 500 a 1500
toneladas de cal por dia. Nesses
fornos o combustível usado é o óleo
combustível ou o carvão pulverizado.
Portanto, a cal hidratada é um aditivo que melhora o desempenho e aumenta a vida útil
dos revestimentos através de múltiplos mecanismos (LITTLE E EPPS, 2001).
Hoje o CAN, no Brasil, é usado como aditivo para cimento asfáltico do petróleo. Os
CAN podem provir de:
b) lagos de asfalto, formados pela ação de intempéries sobre petróleos que chegaram à
superfície, explorados através de galerias subterrâneas, com ocorrências principais na
Venezuela e na Ilha de Trindad. A figura 8.3 mostra um lago de asfalto.
De acordo com o IBP (1986), para distinguir o asfalto do betume o American Society for
Testing Materials (ASTM) estabeleceu as definições:
São obtidos pela passagem de uma corrente de ar, através do cimento asfáltico, em
temperatura adequada. Em relação aos CAP comum, são mais sólidos e duros, menos
São sistemas impermeabilizantes, moldados "in loco", com ou sem armadura e que têm
o asfalto como material impermeabilizante básico.
As membranas asfálticas tanto podem ser feitas com asfaltos oxidados, soluções ou
emulsões asfálticas.
Segundo o IBP (1986), as emulsões catiônicas são classificadas de acordo com sua
ruptura, viscosidade Saybolt-Furol, teor de solvente, desemulsibilidade, resíduo de
destilação, tempo de ruptura e quanto à sua utilização, em sete tipos:RR – 1C; RR –
2C; RM – 1C; RM – 2C; RL – 1C; LA – 1C e LA – 2C
Para ampliar sua resistência, os cimentos asfálticos de petróleo podem ser modificados
através de adições de asfaltos naturais como gilsonita (EUA), asfaltita (Argentina) e
Asfalto de Trinidad ou ainda por adição de fileres (cal, cimento, sílica etc.), fibras (fibra
de vidro, asbestos, fibras de celulose e fibras poliméricas) ou por enxofre elementar. A
modificação mais empregada atualmente é através do uso de polímeros (SBR, SBS,
EVA, etc) e borracha moída de pneus.
9.1 Introdução
História do Concreto
Definição
A American Society for Testing and Material (ASTM) define o concreto como um material
compósito que consiste essencialmente de um meio ligante no qual estão imersas partículas ou
fragmentos de agregado. No concreto de cimento hidráulico, o ligante é formado a partir de uma
mistura de cimento hidráulico e água.
Dentre as vantagens que o concreto apresenta em relação a esses materiais pode-se citar:
Aplicações do Concreto
O concreto evoluiu muito desde o tempo de Roma. A engenharia usa o concreto atualmente em
campos muito diversos, em muitos casos sob ambientes extremamente agressivos. Para se
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adaptar aos novos e desafiadores usos, o homem criou uma infinidade de tipos de concretos,
utilizando uma enorme gama de cimentos, agregados, adições, aditivos e formas de aplicação:
• Concreto Projetado;
• Concreto Protendido;
Podemos dizer que o Concreto Convencional é aquele sem qualquer característica especial
e que é utilizado no dia-a-dia da construção civil.
Seu abatimento (valor numérico que caracteriza a consistência do concreto) varia em torno de
40 a 70 mm, podendo ser aplicado na execução de quase todos os tipos de estruturas, com os
devidos cuidados quanto ao seu adensamento.
Na obra, o caminhão pode descarregar diretamente nas formas, ou pode ser transportado por
meio de carrinhos de mão, gericas, gruas ou elevadores, não podendo ser bombeado.
Mesmo sendo um concreto simples, requer como qualquer outro um estudo prévio de seus
componentes para a determinação do traço mais econômico, obedecendo as normas da ABNT,
para sua elaboração, execução e controle tecnológico da estrutura.
É uma forma popular de dizer que o concreto esta sendo dosado e misturado, no canteiro da
própria obra onde será aplicado. São utilizados baldes, latas ou caixotes de madeira com
dimensões conhecidas, para fazerem a dosagem dos componentes do concreto
volumetricamente. Para a mistura e homogeneização do concreto são utilizadas pás, enxadas,
ou pequenas betoneiras elétricas.
Hoje, com toda a tecnologia desenvolvida para o concreto, contando com aditivos para diversas
finalidades, controle tecnológico do concreto (amostras, ensaios, etc.), os mais diversos
equipamentos para bombeamento, centrais dosadoras móveis (equipamentos dotados de
balanças e que podem ser instalados nos canteiros mais distantes), “virar o concreto na obra”
passou a ser uma atividade que deve ser analisada com muito critério.
Outros fatores que podem pesar na decisão é que “virar na obra” afeta na limpeza, na
organização e no espaço disponível no canteiro, ocupa mais mão-de-obra, gasta mais água e
energia elétrica, além das perdas de material devido à intempéries, falta de precisão na
dosagem, etc.
Outra medida que deve ser tomada para ‘virar na obra’ e não se perder nos custos é checar o
volume recebido de todos os caminhões que chegam com areia e pedra, armazenar o cimento
protegido de qualquer tipo de umidade (local coberto e afastado do piso), além de ensaiar estes
materiais em laboratório para conseguir um traço mais econômico.
Uma estrutura feita em concreto pré-moldado é aquela em que os elementos estruturais, como
pilares, vigas, lajes e outros, são moldados e adquirem certo grau de resistência, antes do seu
posicionamento definitivo na estrutura. Por este motivo, este conjunto de peças é também
conhecido pelo nome de estrutura pré-fabricada. Como o exemplo da figura 3.2.
Em engenharia não existem soluções prontas para vencer a batalha entre custos e benefícios.
Somente um bom planejamento, baseado nas necessidades específicas de cada obra, na sua
localização e nos recursos disponíveis para sua execução é que podem definir a melhor
alternativa.
Encontrar meios de fazer o concreto ganhar força neste quesito é uma das eternas batalhas da
engenharia, que tem como uma de suas grandes armas a protensão do concreto.
Ela pode ser definida como sendo o artifício de introduzir na estrutura, um estado prévio de
tensões, através de uma compressão prévia (protensão) na peça concretada, como na figura
3.5.
Pode-se fazer uma experiência desta técnica, com algumas peças de dominó (capas de CD,
livros,...) dispostos lado a lado. Se apertarmos este conjunto entre as palmas das mãos,
comprimindo corretamente, poderemos erguer várias peças de uma só vez.
A protensão do concreto é obtida com a utilização de cabos de aço de alta resistência, que são
tracionados e fixados no próprio concreto. Os cabos de protensão têm resistência em média
quatro vezes maior do que os aços utilizados no concreto armado.
Dentro das vantagens que esta técnica pode oferecer, temos a redução na incidência de
fissuras, diminuição na dimensão das peças devido à maior resistência dos materiais
empregados, possibilidade de vencer vãos maiores do que o concreto armado convencional.
É a estrutura de concreto que possui em seu interior, armações feitas com barras de aço.
Um bom projeto deve considerar todas as variáveis possíveis e não só os preços unitários do
aço e do concreto. Ao se utilizar uma resistência maior no concreto, por exemplo, pode-se
reduzir o tamanho das peças, diminuindo o volume final de concreto, o tamanho das formas, o
tempo de desforma, a quantidade de mão-de-obra, a velocidade da obra, entre outros.
O Concreto pode ser projetado por via-seca ou via-úmida, alterando desta forma a
especificação do equipamento de aplicação e do traço que será utilizado.
Esta tubulação tem início em uma bomba de concreto (onde o Caminhão Betoneira descarrega)
e vai até o local de aplicação. (Figura 3.11). Sua utilização se tornou usual na construção civil,
atendendo desde residências a edifícios de grandes
alturas.
Seu acabamento não é tão bom quanto aos concretos utilizados em pisos Industriais ou na
pavimentação de pistas de aeroportos e rodovias, por isso, ele é mais utilizado como sub-base.
Seu baixo consumo de cimento e sua baixa trabalhabilidade, permite a compactação através
de rolos compressores.
Sua característica é de fluir com facilidade dentro das formas, passando pelas armaduras e
preenchendo os espaços sob o efeito de seu próprio peso, sem o uso de equipamento de
vibração.
Para lajes e calçadas, por exemplo, ele se auto nivela, eliminando a utilização de vibradores e
diminuindo o número de funcionários envolvidos na concretagem.
É reconhecido pelo seu reduzido peso específico e elevada capacidade de isolamento térmico
e acústico.
Enquanto os concretos normais têm sua densidade variando entre 2300 e 2500 kg/m³, os
leves chegam a atingir densidades próximas a 500 kg/m³. Cabe lembrar que a diminuição da
densidade afeta diretamente a resistência do concreto.
Os concretos leves mais utilizados são os celulares, os sem finos e os produzidos com
agregados leves, como isopor, vermiculita e argila expandida.
Suas características principais são de dar uma maior coesão aos grãos, não permitindo a
dispersão do concreto ao entrar em contato com a água e oferecer uma maior resistência
química ao concreto.
Sua dosagem é feita com aditivos especiais e dependendo da agressividade do meio onde
será inserido, pode necessitar de cimentos especiais e outros tipos de adições em sua
composição.
O concreto celular faz parte de um grupo denominado de concretos leves, com a diferença
de que em vez de utilizar agregados de reduzida massa específica em sua composição, ele é
obtido através da adição de um tipo especial de espuma ao concreto. Sua utilização é bastante
difundida pelo mundo, sendo aplicado em paredes, divisórias, nivelamento de pisos e até em
peças estruturais e painéis pré-fabricados.
Sua aplicação é justificada em peças de grandes dimensões e com maquinário específico, pois
em pequenas obras pode gerar problemas de recebimento, armazenamento, transporte interno,
aplicação e controle das dosagens.
É aquele que tem a característica de atingir grande resistência, com pouca idade, podendo dar
mais velocidade à obra ou ser utilizado para atender situações emergenciais (Figura 3.21).
A alta resistência inicial é fruto de uma dosagem racional do concreto, feita com base nas
características específicas de cada obra. Portanto, a obra deve fornecer o maior número de
informações possíveis para a elaboração do traço, que pode exigir aditivos especiais, tipos
específicos de cimento e adições.
Entre as adições utilizadas para melhorar certas características do concreto, as fibras tem tido
papel de destaque no últimos anos, sendo objeto de muito estudo e desenvolvimento (figura
3.24).
Sua aplicação depende das necessidades de cada obra, mas são utilizadas normalmente em
pavimentos rígidos, pisos industriais, projetados, áreas de piscina, pré-moldados, argamassas,
tanques e reservatórios, entre outros.
As fibras de aço, além de propiciarem a diminuição das fissuras, tentam conquistar espaço na
substituição total ou parcial das telas e barras de aço em algumas aplicações do concreto.
O CAD tem suas resistências superiores a 40 MPa, o que é de extrema importância para
estruturas que necessitem ser compostas por peças com menores dimensões.
Além do aumento na vida útil das obras, este concreto pode proporcionar: desformas mais
rápidas, diminuição na quantidade e metragem das formas, maior rapidez na execução da obra.
A palavra microconcreto engloba, na prática, uma série de misturas de materiais que são
classificadas com este nome. Entre elas temos o grout, alguns tipos de argamassas e o
concreto elaborado com agregados graúdos de pequena dimensão (até 9,5 mm), também
conhecido como concreto de pedrisco (Figuras 2.27 e 2.28).
9.2.20 Grout
Grout é uma argamassa composta por cimento, areia, quartzo, água e aditivos especiais, que
tem como destaque sua elevada resistência mecânica (Figuras 2.29 e 2.30).
Ele se caracteriza por ser auto adensável, permitindo sua aplicação no preenchimento de
vazios e juntas de alvenaria estrutural.
Concreto extrusado é aquele que é aplicado para a construção de guias e sarjetas (Figuras
2.31 e 2.32).
O concreto utilizado na máquina extrusora deve ser elaborado com brita zero (pedrisco) e ter
um abatimento de aproximadamente 20 mm para atender às necessidades do equipamento.
O consumo de cimento deste concreto varia entre 200 e 300 kgs/m³. O rendimento do
equipamento depende do perfil da peça, mas chega a atingir vinte metros lineares de
guia/sarjeta com um metro cúbico de
concreto. O concreto que passa pela
máquina extrusora é também
conhecido como “concreto extrusado”,
“concreto farofa” ou “concreto
maquininha”.
O estudo dos agregados deve ser encarado como um dos principais pontos do estudo dos
concretos, cerca de 70% do concreto de cimento portland é constituído de agregado.
Figura 9.3 – Pirâmides e Esfinge do Egito, cerca de 2500 a.c. Fonte: TANNÚS E CARMO, 2007.
As rochas, como materiais de múltiplas aplicações e uso corrente, dão uma grande contribuição
às obras de engenharia, ao serem aplicadas diretamente, como agregados (graúdos e miúdos),
alvenarias de blocos etc.
o Graduação densa – possui curva granulométrica bem graduada, com material fino
suficiente para preencher os vazios do material grosso.
o Graduação aberta – apresenta falta de material fino para preenchimento dos vazios do
material grosso.
o Macadame – Agregado com granulometria uniforme, existe pouca variação no diâmetro
dos grãos.
a) leves (menor que 1 t/m3) – pedra pome, vermiculite, argila expandida etc.;
b) normais (1 a 2 t/m3) – areias quartzosas, seixos, gnaisses, granito etc.;
c) pesados (acima de 2 t/m3) – barita, magnetita, limonita etc.
A NBR 7211 da ABNT apresenta a classificação dimensional dos agregados, conforme tabela
9.1.
TABELA 9.1 – NBR 7211
Agregado Diâmetro (mm) Diâmetro (”)
Graúdo 4,75 – 76,02 Nº 4 – 3
Miúdo 0,075 – 4,8 Nº 200 – nº 4
Pedrisco 4,75 – 9,5 Nº 4 – 3/8
Fíler < 0,075 < nº 200
9.3.3.1 Britadores
Deve-se estudar o tipo de britador em função do produto acabado que se deseja, de modo a se
obter materiais que satisfaçam as características desejadas, com o menor custo possível.
Assim, a seleção do tipo de britador deve ser efetuada por um elemento de grande experiência
que possa analisar o comportamento do material nos diversos tipos de britadores. Os britadores
são classificados em: britador de mandíbula (Figura 9.6), e o de movimento contínuo, de
martelos (Figura 9.7).
9.3.3.2 Peneiramento
Depois de britado o material é passado por uma série de peneiras, com o objetivo de dividi-lo
em grupos de granulometria determinada.
A escolha das peneiras deve ser efetuada após um conhecimento da granulometria do material
a ser obtido na saída do britador. A escolha indevida de uma peneira poderá originar um
proporcionamento inadequado do material, dificultando posteriormente a obtenção de dosagens
econômicas. Assim, é aconselhável verificar a granulometria do agregado saído do britador.
É muito comum o agregado obtido pela fragmentação de rochas possuir uma excessiva
quantidade de finos, muitas vezes argila, o que prejudica consideravelmente sua qualidade. É
comum o uso de lavadores de agregados que, em geral, são acoplados às peneiras, de forma
que a água com as impurezas são colhidas após a última peneira. Em algumas instalações,
esta água, contendo grande quantidade de finos, é levada a um tanque de decantação, de onde
esses finos são retirados. A figura 9.8 apresenta detalhes do peneiramento.
, onde
An – Desgaste “Los Angeles” , na graduação n, em %.
mn – Massa total da amostra.
m’n – Massa da retida na peneira 1,7 mm.
f – Índice de forma.
e – menor distância possível entre dois planos paralelos à direção do comprimento do grão.
C – maior dimensão do grão.
O resultado final é a média das duzentas determinações.
Figura 9.13 – Etapas do processo para determinar a massa específica dos agregados.
No método do frasco “Le Chatelier”, o primeiro passo é colocar água no frasco para se obter a
leitura inicial. O agregado seco é pesado e transferido para o frasco com uma espátula,
deslocando uma quantidade de água que é registrada na escala do frasco. Para retirada do ar,
o frasco é agitado e então é feita a leitura final. A sequência pode ser vista na figura 9.14. A
seguinte expressão é usada para o cálculo da massa específica:
9.3.4.6 Absorção
Para a determinação da absorção, o agregado é lavado, seco em estufa e pesado. Depois ele é
submerso em água por 24 horas. Após esse período, o agregado é seco com um pano úmido,
de maneira que perca o brilho característico do excesso de água e pesado.
A absorção é dada pela expressão:
Como já vimos no item 9.1, o cimento é um material conhecido desde a idade antiga entre os
romanos, aplicado na forma natural como cimento pozolânico. Com a queda do império romano
o uso desse material caiu no esquecimento. Em 1824, o pedreiro inglês Joseph Aspdin produziu
uma espécie de cimento, calcinando uma parte de argila e três partes de pedra calcária,
moendo a mistura até obter um pó bem fino, contendo uma quantidade apreciável de cal livre.
O sucesso desse aglomerante estimulou a realização de várias pesquisas. Coube a Johnson,
em 1845, a produção do cimento Portland como é conhecida até hoje, praticamente sem cal
livre.
9.4.1 Fabricação
• Homogeneização;
• Clinqueização;
• Esfriamento;
• Ensacamento.
Figura 9.18 – Fluxograma simplificado do processo de fabricação do cimento “Portland” (COUTINHO, 2006)
Cláudio Luiz Dias Leal 85
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9.4.1.1Preparo da Mistura Crua
A moagem, conforme se trate de via úmida ou seca, é feita com ou sem presença de água.
9.4.1.2 Homogeneização
A matéria-prima devidamente dosada e reduzida a pó muito fino, após a moagem, deve ter a
sua homogeneidade assegurada da melhor forma possível.
No processo por via seca a matéria-prima sai do moinho já misturada, pulverizada e seca.
Normalmente os moinhos de cru do sistema por via seca trabalham com temperaturas elevadas
(130 – 400°C) no seu interior, o que permite secá-la (menos de 1% de umidade). Para tal fim
são usados, em certos tipos de moinho, os gases de combustão do forno antes de serem
enviados ao filtro retentor de poeiras e, em seguida, à chaminé. O cru é transportado mecânica
ou pneumaticamente para o silo homogeinizador, onde se assegura a homogeneização
necessária da mistura e se corrige eventualmente a sua composição.
9.4.1.3 Clinquerização
No processo por via seca, até temperatura da ordem de 900°C a 1000°C, o processamento da
mistura crua se dá em intercambiadores de calor do tipo ciclone ou de contra corrente. O
processamento restante realiza-se no forno, de comprimento reduzido, que recebe a mistura já
Cláudio Luiz Dias Leal 87
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na referida temperatura. A Figura 9.20 mostra o forno rotativo de uma unidade de produção de
cimento “Portland”.
9.4.1.4 Esfriamento
O clínquer sai do forno e passa ao equipamento esfriador, que pode ser de vários tipos. A
finalidade é reduzir a temperatura, mais ou menos rapidamente, pela passagem de uma
corrente de ar frio no clínquer. Dependendo da instalação na saída do esfriador, o clínquer
apresenta-se com temperatura entre 50°C e 70°C, em média. O clínquer, após o resfriamento, é
transportado e estocado em depósitos. A Figura 9.21 mostra um resfriador de clínquer tipo
grelha.
O clínquer “Portland” assim obtido é conduzido à moagem final (Figura 9.21), recebendo antes
uma certa quantidade de gesso, limitada pela norma, gesso esse destinado ao controle do
tempo de início de pega. Além do gesso podem ser adicionados escória de alto forno e fíler
calcário.
As adições são matérias primas que, misturadas ao clínquer na fase de moagem, contribuem
na composição dos diversos tipos de cimento disponíveis no mercado. As razões das adições
podem ser de ordem técnica, econômica ou ecológica. Dessa forma, a adição pode acontecer
para melhorar algumas propriedades dos cimentos, reduzir custo de produção com economia
de energia ou mesmo aproveitamento de resíduos industriais. As principais adições ao clínquer
Figura
Figura 9.22 – Adições ao clínquer. Fonte: ABCP, 2008.
9.4.1.6 Ensacamento
Após a moagem, o cimento é transportado para os silos de onde pode ser descarregado
diretamente em caminhões, no caso de obras grandes ou ensacado, em sacos de 50 kg.
No Brasil são fabricados vários tipos de cimento “Portland”, seguindo-se normas estabelecidas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT):
Os Cimentos “Portland” são qualificados pela resistência mecânica para verificar a qualidade e
para uso em argamassas e concretos. Os cimentos são classificados de acordo com a classe
de resistência à compressão. A tabela 9.5 mostra as classes de resistência à compressão dos
cimentos brasileiros.
A reação do C3A com água é imediata e, por isto, há a necessidade da adição de sulfato
(gipsita CaSO4) para retardar a reação. A hidratação dos aluminatos na presença de sulfato
resulta na etringita (C6AS3H32) que assumem forma aciculares e em monossulfatos hidratados
(C3A3S3H24), com a forma de placas hexagonais delgadas. A formação das agulhas de etringita
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começa minutos após o inicio da hidratação, sendo responsável pelo fenômeno da pega e
desenvolvimento da resistência inicial. Após alguns dias, dependendo da proporção alumina-
sulfato do cimento Portland, a etringita pode tornar-se instável e decompor-se para formar o
monossulfato hidratado, que é uma forma mais estável (METHA e MONTEIRO, 1994). A figura
9.23 mostra uma micrografia das reações.
Sabendo-se que o C-S-H contribui mais para a resistência da pasta de cimento que o Ca(OH)2,
portanto o cimento com maior teor de C3S resultará em um cimento com maior resistência
mecânica.
Segundo MEHTA E MONTEIRO (1994), os poros de gel de C-H-S (poros dentro do gel de
cimento) são muito pequenos para iniciar trincas sob baixos esforços e, por isso, não
prejudicam a resistência da argamassa. Já os poros capilares (poros entre os produtos de
hidratação do cimento), entretanto, podem ter alguns milímetros de comprimento e são
suficientes para iniciar fissuras, reduzindo, portanto a resistência da argamassa. Apesar disso, a
distinção entre os poros capilares e os poros gel em relação o diâmetro dos poros não é bem
definida, sendo assumido geralmente que os poros de gel possuem diâmetros em torno de 1 a
3 mm e os poros capilares em torno de 10 a 5000nm.
Durante a hidratação do cimento grandes espaços dos poros capilares são preenchidos com os
produtos da hidratação do cimento, refinando assim, o tamanho destes poros e aumentando o
volume de poros gel finos.
O cimento, assim como todo material recebido em uma obra, necessita do controle de
recepção. Esse controle é feito através de uma série de ensaios de laboratório que têm por
objetivo comprovar a qualidade do material de forma que não comprometam o desempenho
estrutural e a vida útil da obra. Mesmo que o material possua certificado de um laboratório, é
necessário que se faça uma interpretação adequada desses resultados, de modo a comprovar
sua validade, uma vez que ele pode conter erros.
Massa de cimento
γ cim = (kg / m 3 )
Volume desloc .
Os cimentos brasileiros têm o valor da massa específica em torno de 3000 kg/m3, com
variações entre 2900 e 3180 kg/m3.
9.4.6.2 Finura
A finura é um dos fatores que mais influenciam a resistência mecânica do cimento. A fração
mais fina do cimento é responsável pela resistência nas primeiras idades. Assim, pode-se
avaliar o provável desempenho do cimento através de sua finura.
A amostra de cimento é compactada na célula com auxílio do êmbolo, e através da pêra é feita
a retirada do ar do tubo manométrico. Dessa maneira o líquido manométrico é deslocado. Em
seguida o registro é fechado e o líquido manométrico força o ar através da amostra de cimento
de forma a entrar em equilíbrio. Com o cronômetro determina-se o tempo necessário para o
líquido atravessar duas marcas pré-estabelecidas no tubo manométrico. A área específica é
determinada pela expressão:
t : Tempo em segundos;
Massa Re tida
%R = X 100
50
Chama-se início de pega o tempo decorrido, desde a adição de água ao cimento, até o início
das reações da água com o cimento. Para a verificação do tempo de pega é necessário a
determinação da consistência normal da pasta. O aparelho de Vicat é o equipamento usado
para determinação do tempo de início e fim de pega. O início de pega é o tempo contado a
partir do lançamento de água até o instante em que a agulha de Vicat estacione a 1 mm do
fundo do molde. O fim de pega é determinado no instante em que a agulha de Vicat não deixa
marcas significativas na superfície da amostra.
Uma das principais preocupações durante a fabricação do cimento é a de que ele depois de
endurecido atinja a uma resistência mínima. A comprovação desta propriedade é feita mediante
ao ensaio de resistência à compressão do cimento. O ensaio é feito com uma argamassa no
traço 1:3, usando a areia normal brasileira e relação água / cimento 0,50. São moldados 6
corpos de prova cilíndricos (θ 5 X 10 cm), com 4 camadas e aplicando-se 30 golpes em cada
uma delas. Os corpos de prova assim moldados são levados à câmara úmida onde
permanecem até a idade de ruptura de 7 e 28 dias.
9.5.1 Importância:
9.5.2 Qualidade
9.6.1 Aditivos
São substâncias que adicionadas ao concreto, tem como finalidade melhorar ou reforçar
determinadas características, além de facilitar as condições de preparo e utilização.
9.6.2 Adições
Uma adição é um material inorgânico finamente dividido (de finura menor ou igual a do cimento)
que pode ser adicionado ao concreto durante a mistura com a finalidade de melhorar certas
propriedades ou para adquirir propriedades especiais.
9.6.2.1 Fíler
O fíler é o material finamente moído com finura idêntica a do cimento “Portland” e que devido às
suas propriedades físicas tem um efeito benéfico em algumas propriedades do concreto:
trabalhabilidade, densidade, permeabilidade, capilaridade, exsudação e tendência à fissuração.
9.6.2.2 Pozolanas
A cinza volante é um subproduto industrial obtido por captação das poeiras dos gases de
combustão de fornos alimentadas com carvão
pulverizado. O carvão tem impurezas, tais
como: argila, quartzo e calcário e, durante a
combustão estas impurezas fundem-se e
depois solidificam em pequenas esferas. A
maioria das partículas são arrastadas pelo
fluxo de gás de combustão e, mais tarde são
retidas em precipitadores eletrostáticos. A
figura 9.31 mostra uma micrografia da cinza
volante. Figura 9.31 – Micrografia da cinza volante. Fonte:
Nas primeiras idades, a sílica ativa pode ser considerada um inerte, um material muito fino, mas
não um aglomerante, uma vez que suas reações químicas não ocorrem na mesma taxa que as
reações do cimento. O uso de sílica ativa resulta em concretos mais coesos (sem exsudação ou
segregação) e é muito eficiente na produção de concretos fluidos. As pequenas partículas de
sílica agem como esferas rolantes no concreto e passam a fazer parte da solução de água do
poro, conseqüentemente, promove o aumento da fluidez da mistura. Embora o concreto
incorporado com sílica pareça ser pegajoso, ele é muito mais fluido que qualquer outro concreto
quando lançado em um molde (ZAIN, SAFIUDDIN & YUSOF, 1999; CASTRO, 2007).
A figura 9.32 mostra o abatimento do tronco de cone para um concreto de alto desempenho ao
longo do tempo de hidratação.
Para se obter concreto endurecido de boa qualidade é necessário que ele seja tratado
cuidadosamente na fase plástica, uma vez que as deficiências geradas nesta fase resultarão
em prejuízos para o resto da vida da peça fabricada, comprometendo a sua durabilidade,
portanto conhecer o comportamento do concreto no estado plástico é muito importante.
9.7.1 Trabalhabilibade
A American Society For Testing And Material (ASTM) C-125 define a trabalhabilidade como "a
propriedade que determina o esforço necessário para manipular uma quantidade de concreto
fresco com uma perda mínima de homogeneidade" (MEHTA E MONTEIRO, 1994; CASTRO,
2007).
• Teor Água/Mistura Seca: Este é o principal fator que influi na consistência do concreto
fresco. Para uma mesma granulometria e consumo de cimento, o acréscimo gradual de
água vai tornando a mistura mais plástica. Quando a quantidade de água excede um
certo limite, a pasta torna-se tão fluida que se separa da mistura. Neste estado, os grãos
• Tipo e finura do Cimento: Para uma mesma consistência, os cimentos Portland podem
diferir quanto à necessidade de água na mistura. Quanto maior o teor de cimento, tanto
maior a quantidade de água necessária. Concretos que possuam uma quantidade
elevada de cimento ou cimento muito fino apresentam excelente coesão, mas uma
tendência a ser viscosos.
• Condições Ambientais: As misturas de concreto fresco enrijecem com o tempo. Isto não
deve ser confundido com a pega do cimento, pois resulta da absorção de parte da água
pelo agregado e da evaporação de outra parte, principalmente se o concreto é exposto
ao sol, vento, temperaturas elevadas e baixa umidade relativa do ar.
Figura 9.33 – Ensaios de consistência: Mesa de Graff, mesa de consistência, bola de Kelly e consitômetro VE-
Este ensaio serve para a análise da consistência de concretos plásticos. Ele não é indicado
para concretos de consistência muito seca ou fluida e tem como principal utilidade, controlar a
uniformidade entre as diversas amassadas.
O ensaio consiste em preencher um tronco de cone com concreto fresco com três camadas,
aplicando-se 25 golpes em cada uma delas. Após o preenchimento, remove-se o molde
9.7.2 Exsudação
É o fenômeno no qual ocorre o aparecimento de água na superfície após o concreto ter sido
lançado e adensado, antes de ocorrer a sua pega. A exsudação é resultante da inabilidade dos
materiais componentes do concreto de reterem toda a água da mistura, em estado disperso,
enquanto os sólidos mais pesados estiverem assentados.
9.7.3 Segregação
O valor da tensão de ruptura à compressão (fc) dos corpos-de-prova, em MPa, é obtido pela
expressão:
C arg a(kgf )
fc = 2
X10 −1
Área do c.p.(cm )
• compressão diametral;
• tração na flexão.
A resistência à tração do concreto pode ser determinada pelo denominado método brasileiro,
proposto por Lobo Carneiro e adotado por várias instituições internacionais. Nesse método, a
carga vertical é aplicada ao longo da geratriz do cilindro, fazendo com que ele fique sujeito a
uma tensão de tração horizontal. Os corpos de prova cilíndricos são moldados da mesma forma
2F
f ts = , onde: fts – resistência à tração;
πDH
F – carga de ruptura;
ft – Resistência à tração;
Cutelos de carga
Cutelos de apoio Viga de concreto
• relação água/cimento;
• grau de hidratação;
• qualidade da água;
• cura.
Todos os métodos são empíricos, não havendo uma expressão matemática exata que defina a
composição do concreto.
95%
5%
No Brasil, a NBR 12655 estabelece os seguintes critérios para escolha do desvio padrão:
Ca
C=
a/c
Cb = Vc x Mc
⎛ C Cb Ca ⎞
Vm = 1 − ⎜⎜ + + ⎟⎟ , onde:
⎝ ρc ρb ρa ⎠
Cm = Vm x ρm , onde:
Cm Cb
1 : : : a/c
C C
Este método foi desenvolvido para fornecer menor teor de areia para misturas plásticas,
portanto se houver necessidade de correções, deve-se acrescentar mais areia à mistura, mas
mantendo-se constante a relação água cimento. Assim, é necessário acrescentar mais cimento
areia e água na proporção obtida.
C : Cm : C b : Ca
Para apresentação do traço em volume, são feitas transformações usando para isso a massa
unitária de cada material. O traço para cada unidade de cimento em volume é calculado pela
expressão:
Pm P P
1: xMc : b xMc : a xMc , onde:
Mm Mb Ma
A forma mista do traço de concreto consiste proporcionar os agregados e água em volume para
a massa de um saco de cimento. A transformação é feita à partir do traço em massa,
calculando-se o volume dos materiais para um saco de 50 kg de cimento. Calcula-se, então a
altura de uma padiola de base constante: 45 X 35 cm. A altura da padiola é determinada pela
expressão:
V
hp = , onde:
Sb
9.9.3 Exercícios:
Mc – 1,214 kg/dm3
Mm – 1,378 kg/dm3
Mb – 1,450 kg/dm3
3 – Dosar um concreto para ser aplicado na estrutura de uma ponte. A resistência característica
(fck28) é 30 MPa, o desvio padrão 4 MPa e o abatimento 90 ±10 mm. A mistura será feita em
central. Os materiais disponíveis são:
Mc – 1,214 kg/dm3
Mm – 1,378 kg/dm3
Mb – 1,450 kg/dm3
h% – 3 %
V0
− 1,23
Vh médio
É a operação que tem como objetivo obter uma massa de concreto homogênea, promovendo o
contato íntimo de todos os componentes. A pasta de cimento deve envolver todos os
agregados, ligando-os firmemente depois do endurecimento do concreto.
Deve ser feita apenas para pequenas quantidades de concreto, em obras de pequena
importância, onde o volume e a responsabilidade do concreto não justifiquem o emprego de
equipamento mecânico. O amassamento manual é feito com o auxílio de enxadas e pás.
A mistura manual deve ser realizada sobre um estrado ou superfície plana impermeável e
resistente. Mistura-se inicialmente a areia e o cimento de maneira a se obter uma coloração
uniforme. Em seguida adiciona-se a brita e por fim a água, aos poucos, misturando-se até se
obter uma massa de aspecto uniforme (Figura 9.41).
É feita em equipamentos especiais chamados de betoneiras (figura 6.2), que são constituídas,
essencialmente, por um tambor ou cuba, fixo ou móvel em torno de um eixo que passa pelo seu
centro, no qual por meio de pás, que também podem ser fixas ou móveis, se produz a mistura.
O transporte do concreto misturado até o local de lançamento, precisa ser feito o mais rápido
possível para minimizar os efeitos de enrijecimento e “perda de trabalhabilidade”. A
uniformidade e homogeneidade do concreto devem ser mantidas, até que seja descarregado. O
concreto com o passar do tempo fica mais consistente, fenômeno normal em todos os
concretos, portanto é importante o seu controle. Para o transporte em caminhões basculantes,
é necessário atenção especial para o tempo de transporte, pois nesse caso não há mistura do
concreto, e cuidado com a estanqueidade da caçamba. No caso de transporte com caminhões
betoneira deve-se atentar para: necessidade de água extra; aderência do concreto na
betoneira; acréscimo de torque no eixo; dificuldade de bombeamento; queda de produtividade
da equipe em função da dificuldade no lançamento, adensamento e acabamento do concreto;
possibilidade de diminuição da resistência, durabilidade e outras propriedades.
Figura 9.45 – Carrinho de mão, jerica e elevador. Fonte: ARAÚJO E FREIRE, 2004.
O lançamento é a operação que consiste em colocar o concreto nas formas. O tempo máximo
entre o amassamento e o lançamento, esta situado entre 1 e 2 horas. O cuidado geral no
lançamento consiste em manipular o concreto de forma que seus componentes não se
separem, para isso são feitas algumas recomendações:
• que as formas de madeira estejam saturadas de água, para que não absorvam a água
do concreto;
9.13 Adensamento
É a operação que tem por finalidade a eliminação do ar e dos vazios contidos na massa. Deve
ser feito durante e imediatamente após o lançamento. O adensamento diminui a porosidade do
concreto e aumenta a resistência e a vida útil da estrutura.
O adensamento pode ser executado por processos manuais: socamento ou apiloamento ou por
processos mecânicos: vibração ou centrifugação. Qualquer que seja o processo deve-se buscar
que o concreto preencha todos os espaços da forma, evitando-se a formação de ninhos e a
segregação dos componentes. Deve ser evitada a vibração junto à ferragem, quando o
concreto for armado, para não ocasionar vazios que prejudiquem a aderência do concreto com
a armadura.
Para o adensamento manual (pequenas obras) podem ser usadas barras de aço ou pedaços de
madeira que funcionarão como soquetes. A camada de concreto deve ser submetida a choques
repetidos, sendo mais importante o número de golpes, do que a energia de cada golpe. O
adensamento manual é feito por camadas de concreto, com espessura máxima de 15 a 20 cm
e para um concreto fresco com abatimento de 50 a 120 mm. O processo de adensamento deve
O adensamento mecânico é o único admissível para obras de médio e grande porte. Existe
uma diversidade muito grande de formas de adensamento mecânico do concreto, cuja escolha
depende basicamente do tipo de construção e da forma de execução da obra. Alguns desses
processos são descritos a seguir:
• Mesa vibratória: são mesas sobre as quais são colocadas as peças de concreto a serem
adensadas. Geralmente são usadas em indústria de pré-moldados de pequeno e médio
porte, para a produção de blocos, placas, meios-fios, pequenas vigas, etc.
9.14 Cura
Após o endurecimento do concreto, este continua a ganhar resistência, mas para que isto
ocorra deve-se iniciar o último procedimento da fase de concretagem: a cura. As condições
ambientais como umidade e temperatura têm grande influência na cura do concreto.
O procedimento de cura deve ser iniciado logo após a pega e mantido de 7 a 14 dias. O
procedimento de cura pode ser feito das seguintes maneiras:
• Imersão: é o método ideal de cura, tendo entretanto uma aplicação restrita. É mais
empregado em industrias de pré-moldagem, onde as peças fabricadas são imersas em
tanques com água. Pode ser empregado, também, em lajes e pisos quando existe a
possibilidade e a disponibilidades de cobri-las com uma pequena lâmina de água.
• Manutenção da umidade da forma: é um método que só pode ser usados em peças nas
quais a forma, de madeira ou outro material absorvente, proteja a maior parte da
superfície, tais como pilares e vigas. O método consiste em molhar a forma em
intervalos freqüentes, mantendo assim a umidade.
Na figura 9.51 podem ser vistos alguns procedimentos para cura do concreto.
Concreto de qualidade começa a ser concebido com a escolha adequada dos materiais
componentes. Além disso, a determinação de um traço que satisfaça às necessidades de
resistência e consistência, homogeinização adequada da mistura, correto lançamento e
adesamento, boa prática de cura e desforma, são procedimentos que também contribuem para
obtenção de um concreto de boa qualidade.
A amostragem é feita dividindo-se a estrutura que será concretada em lotes. Um lote pode ser
um andar, tempo de concretagem: 3 dias ou volume de concreto: 50 m3. De cada lote deve ser
retirada uma amostra com número de exemplares em função da condição do preparo do
concreto, com mínimo de 6 exemplares. Um exemplar deve ser constituído, no mínimo, por dois
corpos de prova.
No exemplo apresentado abaixo (Figura 10.1), o lote é formado por dois andares, a amostra é
constituída de 6 exemplares e cada exemplar possui 2 corpos de prova.
10.1.1 Coletar a amostra durante a operação de descarga, com o auxílio do carrinho de mão,
interceptando a totalidade da seção do fluxo de concreto no ponto de descarga da betoneira,
após terem sido lançados mais de 15 % do concreto fresco e menos de 85 % do volume total
da betonada;
10.1.2 Homogeneizar a amostra com o auxílio de uma colher de pedreiro, uma concha metálica
ou uma pá, para evitar a segregação dos agregados.
10.2.1 Coletar a amostra durante a operação de descarga, com o auxílio do carrinho de mão,
interceptando a totalidade da seção do fluxo de concreto no ponto de descarga da betoneira,
após terem sido lançados mais de 15 % do concreto fresco e menos de 85 % do volume total
da betonada;
10.2.2 Homogeneizar bem a amostra com o auxílio de uma colher de pedreiro, concha metálica
ou pá, evitando-se a segregação dos agregados.
10.3.1 Coletar a amostra em cinco pontos diferentes da caçamba do caminhão, transferir para
um carrinho de mão;
10.5.3 Ensaio
10.5.3.2 Colocar o molde juntamente com o funil sobre a placa e apoiar os pés nas
aletas;
10.5.3.5 Pressionar as alças do molde com as mãos, retirar os pés das aletas e levantar
o molde, na direção vertical;
10.5.3.6 Posicionar o molde ao lado da massa de concreto com a base maior voltada
para cima, colocar a haste de socamento sobre o molde e determinar a diferença de
altura, em mm, entre o molde e a massa de concreto.
3.5 3.5
3.6 3.6
A cura é processo que tem por objetivo garantir a perfeita hidratação do cimento.
10.6.1.2 Moldagem
a) Montar o molde e passar uma fina camada de óleo mineral no interior do molde;
c) Distribuir o concreto no interior do molde, com o auxílio da concha. Se o molde for Ø 100 mm
X 200 mm, são duas camadas com volumes aproximadamente iguais. Se o molde for Ø 150
mm X 300 mm, são três camadas com volumes aproximadamente iguais. Nos dois casos a
última camada deve exceder a borda do molde;
d) Aplicar 12 golpes por camada com a haste de socamento se o molde for Ø 100 mm X 200
mm ou 25 golpes por camada se o molde for Ø 150 mm X 300 mm;
f) Rasar o excesso de concreto com a haste de socamento, alisar a superfície com uma colher
de pedreiro e aplicar alguns golpes na lateral do molde para expulsar as bolhas de ar;
g) Colocar uma etiqueta com informações como: data, local de lançamento do concreto, lote,
número da nota fiscal, etc;
h) Cobrir o molde com um filme plástico para evitar a evaporação da água de amassamento.
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1.2 1.2
a d
1.2 1.2
e f
1.2 1.2
f g
10.6.2.1 Equipamentos: Molde prsmático metálico, com dimensões 150 mm X 150 mm X 500
mm; Haste de socamento com Ø 16 mm X 600 mm; Vibrador de imersão com freqüência
10.6.2.2 Moldagem
a) Montar o molde e passar uma fina camada de óleo mineral no interior do molde;
d) Aplicar 128 golpes por camada com a haste de socamento, se o molde tiver dimensão básica
150 mm ou 17 golpes para cada 10000 mm2, se o molde tiver dimensão básica diferente de 150
mm;
e) Se o adensamento for mecânico, o molde é preenchido com uma camada. Imergir o vibrador
em três pontos aproximadamente eqüidistantes ao longo do eixo maior do molde. Cuidar para
que o vibrador não toque no molde;
f) Rasar o excesso de concreto com a haste de socamento, alisar a superfície com uma colher
de pedreiro e aplicar alguns golpes na lateral do molde para expulsar as bolhas de ar;
g) Colocar uma etiqueta com informações como: data, local de lançamento do concreto, lote,
número da nota fiscal, etc;
h) Cobrir o molde com um filme plástico para evitar a evaporação da água de amassamento.
1
Dimensão de referência do molde, nos moldes prismáticos é a dimensão da seção quadrada do molde.
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2.2 4.2.2
a c
4.2.2 4.2.2
d c
4.2.2 4.2.2
f g
A cura dos corpos de prova de concreto pode ser feita em câmara úmida a 25 ± 2 ºC e
umidade relativa superior a 95 %. De outra forma, a cura pode ser feita por imersão dos corpos
de prova em tanque de cura com água saturada por cal.
Os corpos de prova são retirados dos moldes após a cura inicial de 24 horas para
corpos de prova cilíndricos ou 48 horas para corpos de prova prismáticos. Reforçar a
identificação dos corpos de prova com giz de cera vermelho ou preto.
Até a data de ruptura, os corpos de prova devem permanecer em tanque de cura com
água saturada de cal ou em câmara úmida com temperatura de 25 ± 2 °C e umidade relativa
mínima de 95 %.
3.1 3.1
3.2 3.2
10.7.3 Capeamento
10.7.3.1 Retirar o corpo de prova do tanque de cura ou câmara úmida e determinar o diâmetro
como média de duas determinações na metade da altura do corpo de prova;
10.7.3.2 Preparar uma mistura de enxofre e fíler ou cimento, na proporção de 3:1 em massa e
levar ao fogo até a completa fusão;
10.7.3.3 Passar uma fina camada de óleo mineral no prato da máquina de capeamento e
colocar a mistura em fusão no prato da máquina de capeamento.;
10.7.4 Rompimento
10.7.4.1 Centralizar o corpo de prova na prensa e assentar o prato no seu topo superior;
10.7.4.2 Zerar a prensa e aplicar a carga continuamente, com velocidade de 0,3 a 0,8 MPa/s;
10.7.4.3 Continuar o carregamento até que ponteiro de carga recue aproximadamente 10% do
valor da carga máxima obtida no ensaio;
10.7.5 Cálculos
10 XC arga(N) ∗
fc = 2
Área do Corpo de Pr ova(mm )
OBSERVAÇÃO: Durante todo o ensaio a superfície do corpo de prova deve ser mantida úmida.
∗
1 kgf = 10 N
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Figura 10.7 – Dispositivo de neopreme.
3.3 3.4
10.8.1 Introdução: A resistência à tração do concreto pode ser determinada pelo denominado
método brasileiro, proposto por Lobo Carneiro e adotado por várias instituições internacionais.
Nesse método, a carga vertical é aplicada ao longo da geratriz do cilindro, fazendo com que ele
fique sujeito a uma tensão de tração horizontal.
10.8.2 Equipamentos: Prensa para rompimento, com capacidade de carga adequada; Régua;
Esquadro; Paquímetro; Giz de cera; Madeira com dimensões 0,5 x 1,0 x 20,0 cm ou 0,5 x 1,0 x
30,0 cm.
10.8.3 Ensaio
10.8.3.3 Fixar, no corpo de prova, duas tiras de madeiras de comprimento igual ao da geratriz
do corpo de prova;
10.8.3.4 Colocar o corpo de prova entre os pratos da prensa, apoiado nas tiras de madeira e
acionar a máquina até obter uma pressão capaz de fixar o corpo de prova na posição;
10.8.3.5 Aplicar a carga continuamente, sem choques e com velocidade de 0,05 ± 0,02 MPa/s;
10.8.3.6 Continuar o carregamento até que ponteiro de carga recue aproximadamente 10% do
valor da carga máxima obtida no ensaio;
10.8.4 Cálculo
20 × F
f td = , onde:
π × d×h
10.9.3 Ensaio:
10.9.3.3 Demarcar nas faces 2 e 3 duas linhas verticais distanciadas entre si 450 mm,
que é a distância entre os cutelos;
10.9.3.6 Colocar o corpo de prova centralizado sobre os cutelos, face 3 voltada para
frente;
3.2 3.3
3.3 3.3
3.7 3.8
C arga de rupturaX10X3Xd
ft =
Larg ura médiaX (altura média ) 2
Embora a qualidade do concreto não deva ser identificada apenas pela resistência à
compressão, é inegável a importância desse parâmetro quando se pretende avaliar a qualidade
do concreto como produto final (PRUDÊNCIO, 1984).
A resistência do concreto pode ser melhor descrita como sendo uma população de infinitos
valores. Quando o concreto é produzido uniformemente, a distribuição dessa população pode
ser considerada normal. Assim, essa população pode ser representada por dois parâmetros:
média e desvio padrão. São definidos parâmetros para dosagem e controle de qualidade do
concreto:
fck – Resistência característica à compressão, valor estatístico abaixo do qual ficam situados
apenas 5% dos resultados experimentais;
Sd
Resistência à compressão
fck fcj
5%
Figura 10.10 – Curva normal de distribuição das frequências dos resultados de resistência à compressão.
b) Pode-se observar que a resistência à compressão média (fcj) é 36 e que o desvio padrão
(Sd) é 4;
c
a
fcj fcj
Figura 10.11 – Distribuição normal das frequências dos resultados de resistência à compressão.
Fonte: FARIA, 2010.
O número 1,65 é o valor da estatística t de Student para uma amostra grande com nível de
significância 5 %.
No Brasil, a NBR 12655 estabelece os seguintes critérios para escolha do desvio padrão:
Quando o cimento for medido em massa e os agregados em volume e, existir medidor de água,
corrigindo-se a quantidade total de água em função da umidade dos agregados, simplesmente
estimada, adota-se: Sd = 7 MPa.
f1 + f 2 + ... + fm−1
f ckest = 2 − fm , onde::
m −1
n
m= – Despreza-se o valor mais alto de n, se for impar;
2
fckest ≥ fck
No caso de rejeição do lote (fckest < fck), observam-se os critérios estabelecidos na NBR 6118:
As estruturas de concreto armado, desde a fase de projeto e mesmo durante sua vida útil, estão
sujeitas à uma série de fatores que poderão comprometer sua durabilidade e até sua
estabilidade. Dependendo da qualidade e cuidados tomados, na fase de projeto, na escolha dos
materiais constituintes empregados durante a execução, de sua proteção e manutenção, a
probabilidade de que a estrutura venha a apresentar deterioração, será tanto menor, quanto
maiores forem os cuidados com a qualidade, em cada uma das fases citadas, ou seja, projeto,
execução e manutenção.
Para que os efeitos de um estado de degradação não venha acarretar um prejuízo maior à
estrutura, torna-se necessário, numa atitude preventiva, controlar o avanço da degradação e
definir tipos e momentos de intervenções. Muitas vezes essas intervenções estão relacionadas
à necessidade de recuperar a estrutura de forma a prolongar a sua vida útil e possibilitar a sua
reabilitação para novos usos.
A maioria dos danos apresentados em elementos estruturais, são do tipo evolutivo, ou seja, em
um prazo mais ou menos curto, poderão comprometer sua estabilidade.
“Os efeitos resultantes da ação dos agentes intrínsecos e extrínsecos da deterioração das
estruturas de concreto sumarizados no quadro 11.1 se fazem sentir, inicialmente, nos pontos fracos
destas estruturas. Na maioria dos casos, as suas causas são evidentes e poderiam ter sido
facilmente evitadas pela escolha cuidadosa dos matérias e dos métodos de execução, pela
elaboração de um projeto convenientemente detalhado ou pela concretização de um programa
adequado de manutenção. Alguns efeitos, entretanto, como os devidos a causas mecânicas, como
sobrecargas e impactos para os quais a estrutura não havia sido dimensionada, ou a acidentes,
como sismos e incêndios, não são tão facilmente evitáveis. Pelo contrario, na maioria das vezes
estes agentes, que podem causar consideráveis dano às estruturas, inclusive levando as à ruína,
são impossíveis de ser considerados nas etapas de concepção e execução das estruturas, a não
ser pela adoção de algumas medidas paliativas” (SOUZA E RIPPER, 1998).
Este processo de fissuramento é mais comum em superfícies extensas, como lajes e paredes,
com as fissuras sendo normalmente paralelas entre si e fazendo ângulo de aproximadamente
45° com os cantos, sendo superficiais, na grande maioria dos casos. Entretanto, em função da
esbeltez das peças em questão, elas podem vir mesmo a seccioná-las.
A fissuração por assentamento do concreto ocorre sempre que este movimento natural da
massa, resultante da ação da força da gravidade, é
impedido pela presença de fôrmas ou de barras de
armadura, sendo tanto maior quanto mais espessa
for a camada de concreto (Figura 11.3).
Figura 11.3 – Falha de aderência e ancoragem.
• Deformação das fôrmas por mau posicionamento, por falta de fixação adequada,
pela existência de juntas mal vedadas ou de fendas, ou por absorção da água do
concreto, permitindo a criação de juntas de concretagem não previstas, o que
normalmente leva à fissuração
Não será difícil entender-se que uma mesma deficiência – a ausência de uma determinada
armadura, por exemplo – possa ter sido gerada quer na etapa da concepção, quer na fase de
construção, resultando em quadros de fissuramento muito parecidos.
De maneira geral, a corrosão poderá ser entendida como a deterioração de um material, por
ação química ou eletroquímica do meio ambiente, aliada ou não a esforços mecânicos.
No caso das barras de aço imersas em meio ao concreto, a deterioração é caracterizada pela
destruição da película passivante ao redor de toda a superfície exterior das barras.
Em qualquer caso o processo de corrosão do aço é eletroquímico, ou seja, dá-se pela geração
de um potencial elétrico, na presença de um eletrólito – no caso, a solução aquosa existente no
concreto – em contato com um condutor metálico, a própria barra de aço. A passagem de
átomos de ferro à superfície aquosa, transformando-se em cátions de ferro (Fe++), com o
conseqüente abandono da barra de aço à carga negativa, instalam a diferença de potencial.
Desta forma, cria-se um efeito de pilha onde a corrosão instala-se pela geração de uma
corrente elétrica dirigida do anodo para o catodo, através da água, e do catodo para o anodo,
através da diferença de potencial (Figura 11.5).
Os recalques diferenciais podem ser gerados por incorreções várias na interação solo-estrutura,
que podem ocorrer tanto nas fases de projeto e
de execução, como na de utilização.
11.3.1 Fissuração
A fissuração do concreto pode ser uma das causas de sua desagregação. Nos casos de
deficiência de projeto, em que a geração de fissuras naturalmente acaba por resultar no
desplacamento do concreto, em especial ou da camada de cobrimento das armaduras. Da
mesma forma, nos casos de corrosão das armaduras, em que o concreto se desagrega quando
do aumento de volume das barras de aço, ou ainda quando acontecem as reações expansivas,
que resultam em processo de desagregação bastante acelerado.
A fissuração pode acontecer nos casos de criação de juntas de concretagem não previstas, por
deslocamento lateral das fôrmas, ou de fuga de nata de cimento pelas juntas ou fenda das
formas, provocando a segregação do concreto, com sua conseqüente desagregação, na
maioria dos casos acompanhada de fissuração.
O processo de corrosão do concreto depende tanto das propriedades do meio onde ele se
encontra, incluindo a concentração de ácidos, sais e bases, como das propriedades do próprio
concreto.
Os efeitos da ação do fogo sobre o concreto, que caracterizam-se, basicamente, pela alteração
da cor e pela perda de resistência, sendo este quadro anômalo, função direta de temperatura a
que o incêndio atinge. A tabela 11.1 mostra o comportamento do concreto em função da
elevação da temperatura ambiente.
em °C
Dessa forma fica claro que, se o concreto estiver totalmente saturado, não poderá ficar
carbonatado, já que a difusão do CO2 só é possível através dos poros do concreto. Em geral,
considera-se que se houver 0,5% a 1% (em volume) de água nos poros do concreto, a
carbonatação já não é possível.
A perda de aderência é um efeito que pode ter conseqüências ruinosas para a estrutura, e pode
ocorrer entre dois concretos de idades diferentes, na interface de duas concretagens, ou entre
as barras de aço das armaduras e o concreto.
A perda de aderência entre dois concretos de idades diferentes ocorre quando a superfície
entre o concreto antigo e o concreto novo estiver suja, quando houver um espaço de tempo
muito grande entre as duas concretagens consecutivas e a superfície de contato (junta de
concretagem) não tiver sido convenientemente preparada, ou quando surgirem trincas
importantes no elemento estrutural.
• Dilatação ou retração excessiva das armaduras, cuja principal causa são os incêndios
(cargas cíclicas podem dar efeitos semelhantes);
O desgaste das superfícies dos elementos de concreto pode ocorrer devido ao atrito, à abrasão
e à percussão.
A ação abrasiva pode ser devida à atuação de diversos agentes, sendo os mais comuns o ar e
a água, que carregam partículas que provocam a abrasão, os veículos que passam sobre pistas
de rolamento, o impacto das ondas, etc. A ação das partículas carregadas pela água em
11.7 Eflorescência
O contato da água corrente com a pasta de cimento tende a hidrolisar ou dissolver os produtos
contendo cálcio, como o hidróxido de cálcio Ca(OH)2, atingindo o equilíbrio químico e lixiviando
tais compostos presentes no concreto. Este tipo de água provém de chuvas, infiltrações e
umidade (GENTIL, 1996).
Esta equação é conhecida como eflorescência, onde a lixiviação do Ca(OH)2, retira o carbonato
de cálcio solúvel, processo que é caracterizado por depósitos de crostas brancas na superfície
do concreto (Figura 11.8).
Ao se verificar que uma estrutura de concreto armado ou protendido está “doente”, isto é, que
representa problemas patológicos, torna-se necessário efetuar uma vistoria detalhada e
cuidadosamente planejada para que se possa determinar as reais condições da estrutura, de
forma a avaliar as anomalias existentes, suas causas, providências a serem tomadas e os
métodos a serem adotados para a recuperação ou o reforço (MAZER E WICZICK, 2008).
Alguns passos podem ser citados por constituírem esqueleto básico para a vistoria do problema
patológico:
A inspeção pode envolver uma ou mais das seguintes etapas, dependendo do tamanho e
complexidade do projeto inspecionado.
e) Extração de testemunhos;
Um caminho através da estrutura pode ser adequado. Impressões iniciais podem ser muito
valiosas; elas muitas vezes caracterizam a natureza do problema. Registro fotográfico ou vídeo
são valorosas ajudas na classificação e comunicação das condições e problemas observados
no campo.
A inspeção de campo geralmente requer medidas da dimensão das peças, trincas ou distorções
estruturais. Instrumentos de pequenas dimensões como: lupa, paquímetro, medidor de pH,
nível e prumo, são suficientes para avaliar a grande maioria dos problemas patológicos.
12.1.4.1 Carbonatação
12.1.4.3 Resistência
Para avaliação da resistência da estrutura são retirados testemunhos que são levados ao
laboratório para verificação da resistência mecânica. Podem ser realizados também ensaios de
prova de carga (Figura 12.3).
AITCIN E NEVILLE; P.C. E A.. How the water-cement ratio affects concrete strength.
Concrete International. v. 25, n. 8, p. 51-58. 2003.
BASÍLIO, EDUARDO SANTOS. Agregados para Concreto. ABCP. São Paulo, 1984.
PETRUCCI, ELADIO G. R.. Concreto de Cimento Portland. 11 ed.. Editora Globo. Rio de
Janeiro, 1987.
TANNÚS E CARMO, MARCOS BATASSON E JOÃO CÉSAR CARDOSO DO. Agregados para
a Construção Civil no Brasil: Contribuição para Formulação de Políticas Públicas. Belo
Horizonte: Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais, 2007.