Você está na página 1de 43

ESFORÇOS MECÂNICOS EM ESTRUTURAS

1995 à 2017 - 106 mortes com contratados.


6 casos foram por quebra/queda da estrutura.
Postes

100% da RN
100% da RN

100% da RN 100% da RN
Postes
100% da RN

50 ou 33 % da RN

50 ou 33 % da RN

100% da RN
Inspeção Visual
Inspeção Interna
Inspeção Externa
O QUE PODE PROVOCAR A QUEBRA DE UM POSTE?

ABALROAMENTO
O QUE PODE PROVOCAR A QUEBRA DE UM POSTE?

POSTE DETERIODADO
O QUE PODE PROVOCAR A QUEBRA DE UM POSTE?

TRACIONAMENTO DE CONDUTORES
1º RELATO DE ACIDENTE
• Tarefa emergencial de emenda de condutor, estrutura N4 com pequeno ângulo
lateral;
• cabo CAA 4 awg partido lado carga fases “b” e “c”;
• estrutura com vãos adjacentes de aproximadamente 130 mts sem estai longitudinal
(obrigatórios pela ND 3.2);
• era de conhecimento de todos que a estrutura necessitava dos estais longitudinais;
• segundo informações dos integrantes da equipe, o poste não apresentava sinais de
avaria na sua estrutura (trincas e rachaduras);
• mesmo assim, optaram por fazer a tarefa sem instalar os estais, alegando que daria
para executar o serviço sem risco;
• a equipe já havia emendado e encabeçado a fase “b” e quando se posicionava para
emendar a fase “c”, o poste quebrou 80 cm abaixo do neutro e em seguida na linha
do afloramento vindo ao solo gradativamente;
• a queda se deu de maneira lenta, amenizada pelo estai lateral existente no sentido
contrário;
• lesão: Quebra da clavícula do eletricista.
Estai lateral existente

Estais longitudinal
Instalados posteriormente
2º RELATO DE ACIDENTE
• Eletricista desequipava estrutura TE-U3-U3 madeira;
• ao retirar o neutro de ramal monofásico, o poste quebrou tombando ao solo
para o lado contrário com o eletricista posicionado sobre ele;
• consequência fratura do osso externo.
3º RELATO DE ACIDENTE
• Execução de conversão de rede monofásica para trifásica, na saída
da RDU;
• foi substituído um poste de concreto de 10x150daN por 11x300 daN;
• dois eletricistas trabalhavam na estrutura que passou de U4-U3 para
TE-U3. Em um dado momento, quando o eletricista 1 estava
posicionado do lado esquerdo da estrutura, próximo à fase “A” e o
eletricista 2 estava posicionado na altura do condutor neutro, ocorreu
a quebra do poste a cerca de 2,0m do solo, caindo o mesmo com os
dois eletricistas;
• eletricista 1 sofreu escoriações enquanto que o eletricista 2 veio a
óbito, instantes após ser atendido no hospital local.
• Na análise da comissão, entendeu-se que possivelmente a quebra
do poste se deu em função de falha na execução do método, ou
seja, não foi encontrada evidências no local de instalação dos estais
provisórios conforme preconizado pelo MT-RD-00003 –
Tracionamento de Condutores em Rede Convencional, os quais são
empregados para prevenir deslocamentos bruscos durante a
montagem da rede e evitar que esforços transitórios possam causar
instabilidade na estrutura e venham resultar em quebra do poste.
4º RELATO DE ACIDENTE
• O serviço executado tratava-se da conversão de RDR primária
monofásica para trifásica, cabo 4CAA, com substituição de um poste
U4-10-150 por TE – 11- 300 DT;

• o poste já encontrava-se equipado com a estrutura e seus devidos


estais, com fase B já tensionada e calibrada;

• trabalhavam posicionados na estrutura do poste em questão dois


eletricistas, que eram supervisionados pelo encarregado, que
encontrava-se no ponto da execução da tarefa;

• ao tracionarem as outras fases, com vão de 388 m, um dos cabos


ficou preso numa árvore e ao se soltar, repentinamente, ocasionou
um forte tranco, ocasionando a quebra do poste abaixo da mão
francesa.
5º RELATO DE ACIDENTE

• A equipe escavou dois lados do poste DT (liso e cocho),


aproximadamente 60 cm de profundidade e 40 cm de largura;

• o eletricista escalou o poste, liberou a rede de telefone, a rede de


baixa tensão e o estai ;

• em seguida o eletricista posicionou na altura do braço de


iluminação pública, 5,80 m do solo, e movimentou para alcançar
o parafuso da luminária, neste momento ocorreu a quebra na base,
e posterior queda do poste duplo T - 10- 150 com o eletricista;

• causa básica ou raiz: Trabalhar no alto do poste com a base


escavada 60 cm sem estar o mesmo seguro pelo guindauto, ou
estaiado.
6º RELATO DE ACIDENTE

• Equipe identificou poste em mau estado durante inspeção para


execução de serviços programados;
• Foi designado equipe para troca do poste, sendo que um trio
deslocou para o local com veículo de apoio para adiantar a
execução e demais componentes seguiriam no caminhão;
• O trio chegou ao local e começou a desequipar o poste antes da
chegada do caminhão. Em determinado momento o poste caiu.
Local do acidente
Somente após escavação foi possível visualizar a parte engastada do
poste.
Pé do poste podre (colmeia de abelha na parte oca).
Condições do topo do poste.
Além das abelhas na base, constatado presença de
maribondos nas fendas.
Utilização do Dinamômetro
MT-RD-00002 -Tracionamento de Condutores em Rede Convencional

Todas as tarefas de estaiamento, lançamento e tracionamento devem


ser supervisionadas e precedidas de análise de riscos e planejamento
das tarefas;

Os estais temporários são empregados para prevenir


deslocamentos bruscos durante a montagem da rede e evitar que
esforços transitórios possam causar instabilidade nas estruturas
ou resultar em ruptura de postes e, consequentemente, acidentes
graves com queda de eletricistas;

Os estais temporários devem permanecer até o final da tarefa de


encabeçamento dos condutores, quando é obtido o equilíbrio definitivo
de esforços na estrutura.
MT-RD-00002 -Tracionamento de Condutores em Rede Convencional

É proibida qualquer reutilização das alças pré-formadas utilizadas


nos estais temporários, devendo ser sucateadas.

Inspecionar as estruturas a serem trabalhadas e as adjacentes;

É obrigatória a utilização do dinamômetro nas redes monofásicas e


na fase central das redes trifásicas.

Havendo referência de flechas, dispensa-se o uso do dinamômetro


para emenda dos condutores;
MT-RD-00002 -Tracionamento de Condutores em Rede Convencional

Deverá ser planejada a quantidade de vãos a serem construídos ou


substituídos. A interrupção dos serviços deve sempre acontecer em
estruturas de ancoragem (com estai longitudinal, temporário ou definitivo);
MT-RD-00002 -Tracionamento de Condutores em Rede Convencional

Instalação de estais temporários:

Os estais temporários deverão ser instalados nas estruturas de


ancoragem trifásicas em complemento aos estais permanentes,
(exceto nas estruturas HTE, HTT, HTEE);

Os estais temporários deverão ser instalados nos parafusos passantes


nas duas extremidades da cruzeta utilizando cabo de aço 6,4mm tendo
em uma de suas extremidades alça pré-formada, sapatilha, estropo de
aço ou de acordo com as outras opções:
MT-RD-00002 -Tracionamento de Condutores em Rede Convencional
MT-RD-00002 -Tracionamento de Condutores em Rede Convencional

Encabeçar com alça pré-formada as outras extremidades dos estais


temporários na haste âncora-olhal do estai existente, ou instalar nova
haste para receber os estais temporários;
MT-RD-00002 -Tracionamento de Condutores em Rede Convencional

Caso o estai existente apresente sinais de desgaste que


comprometam a sua integridade, o mesmo deverá ser substituído.

Caso os serviços não sejam interrompidos no dia, a equipe poderá


encabeçar os estais temporários através de talhas de corrente
(catracas).
MT-RD-00002 - Tracionamento de condutores em
redes convencionais

Você também pode gostar