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Escola Integrada José de Alencar

Curso de Eletricistas de Linha

Modulo 12: Instalações elétricas


conceitos de instalações em AT -
Componentes

Professor: Emerson Lima


Eletricidade Básica AT
Disjuntores
São dispositivos automáticos para proteção contra
sobre correntes, podendo estabelecer, conduzir e
interromper correntes sob condições normais, bem como
anormais por um tempo especificado, sob condições
determinadas.
O disjuntor é basicamente uma chave elétrica,
constituída de contatos e dispositivos mecânicos, formada
por molas e alavancas, ficando a proteção sob
responsabilidade de relés e disparadores.
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Disjuntores – Tenções Nominais
A norma NBR 7118, classifica disjuntores com
tensão nominal - até 1.000 Volts = Baixa Tensão- acima
de 1.000 Volts = Alta Tensão
Antigamente existiam outras faixas de
classificação para tensão nominal, as quais são utilizadas
até hoje por facilitarem a identificação de equipamentos
que atualmente estão generalizados como Alta Tensão.
- até 1.000 Volts = Baixa Tensão
- de 1.000V até 38KV =Média Tensão
- de 38KV até 138KV = Alta Tensão
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Disjuntores – Tipos de Execução
Os disjuntores podem ser de execução fixa ou extraível.
Os disjuntores fixos têm os terminais de entrada e saída fixados com parafusos diretamente aos
barramentos do painel, os disjuntores extraíveis são inseridos em celas ou gavetas, e estas são
fixadas aos barramentos.
A cela possui buchas de passagem para os contatos de conexão e o disjuntor é dotado de
pinças (garras) que se acoplam aos contatos de conexão da cela quando inserido. A decisão sobre
qual tipo de execução o disjuntor deverá ter, levará em conta não apenas seu custo, mas, sua
aplicabilidade, o tipo de programa de manutenção a ser adotado e sua periodicidade e, até
mesmo, a seletividade do circuito.
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Disjuntores – Tipos de Execução
Eletricidade Básica AT
Disjuntores – Tipos de Execução
Eletricidade Básica AT
O arco Elétrico
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Disjuntores – Mecanismo de Operação
Podemos definir mecanismo de operação como sendo um subconjunto que possibilita o
armazenamento da energia necessária à operação mecânica do disjuntor, bem como a liberação
desta energia através de mecanismos apropriados, quando do comando de abertura ou
fechamento do mesmo.
Dentro de cada categoria, conforme veremos a seguir, existe uma variação imensa de
detalhes construtivos, característicos de cada fabricante, que não poderíamos explicar no
pequeno espaço de tempo.
Nossa preocupação, portanto, é deter-nos nas categorias principais, seu princípio de
funcionamento e suas aplicações, dando alguns exemplos representativos.
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Disjuntores – Mecanismo de Operação
Fechamento e abertura a molas
Neste tipo de acionamento, a energia para
o fechamento é acumulada em uma mola, que
pode ser carregada manualmente ou através
de um motor. Quando o mecanismo de disparo
é acionado, a mola é destravada, acionando os
contatos do disjuntor fechando, acontecendo
nesta operação o carregamento simultâneo da
mola de abertura.
Cada fabricante tem o seu próprio arranjo
para esse tipo de acionamento, porém, o que
acabamos de descrever é o princípio de
funcionamento comum a todos eles. A grande
maioria dos disjuntores de baixa e média
tensão, utilizam estes modelos de mecanismo
de operação.
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Disjuntores – Mecanismo de Operação
Eletricidade Básica AT
Disjuntores – Mecanismo de Operação
Fechamento a ar comprimido e abertura a molas
Neste tipo de acionamento, a energia necessária à operação do disjuntor é armazenada em
recipientes de ar comprimido e liberada através de disparadores atuando sobre válvulas, que
acionam os mecanismos dos contatos via êmbolos solidários ou através de conexões pneumáticas.
Simultâneo ao acionamento dos contatos, ocorre o tensionamento das molas de abertura e, como
no mecanismo de operação a solenoide, ficam sustentados por uma trava mecânica. Este tipo de
mecanismo é mais utilizado em disjuntores de alta tensão.
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Disjuntores – Mecanismo de Operação
Fechamento a bobina solenoide e abertura a
molas
Neste sistema, uma bobina solenoide, que
na maioria dos tipos de acionamento é usada
somente para disparo, é utilizada diretamente
para acionar os contatos na operação de
fechamento e também para carregar a mola de
abertura; aliás, este é um princípio comum a
todos os acionamentos, pois, o disjuntor na
posição fechado deverá estar sempre com
energia armazenada para a operação de
abertura, que fica sustentada por uma trava
mecânica.
O mecanismo de operação com
acionamento a solenoide é encontrado
normalmente em disjuntores de média tensão.
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Disjuntores Principio de extinção de arco
Disjuntor a seco
A extinção do arco elétrico durante a abertura rápida dos
contatos é, em geral, obtida através de lâminas radiadoras
montadas em câmaras de extinção. Este sistema provoca o
resfriamento do arco elétrico e sua consequente extinção que,
por intermédio das referidas lâminas, seccionam o percurso
do mesmo em pequenos segmentos.

As câmaras de extinção são


geralmente montadas e fixadas acima
dos contatos de arco de cada pólo em
uma posição geometricamente favorável
ao confinamento do arco formado
durante a interrupção de qualquer valor
de corrente.
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Disjuntores Principio de extinção de arco
A caixa da câmara é construída em material de grande rigidez dielétrica. No seu interior,
estão montadas placas metálicas, espaçadas, que ficam logo acima dos contatos do arco. O arco
formado nos contatos é então atraído por estas placas e, à medida em que for se estendendo, será
fracionado e sofrerá resfriamento entre as placas.
Nas câmaras de extinção dos disjuntores de correntes mais elevadas, são intercaladas
placas de fibra de vidro aglomeradas em resina, para resistir a arcos mais densos. Estas placas
produzem turbulência na exaustão dos gases acima das placas de aço, evitando assim, eventual
descarga para terra, fora da câmara de extinção.
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Disjuntores Principio de extinção de arco
Disjuntor a óleo mineral isolante
Nos disjuntores a óleo podem-se distinguir dois efeitos principais de extinção do arco
voltaico:
- O efeito de hidrogênio
-O efeito de fluxo líquido
O primeiro consiste no fato de que a altíssima temperatura do arco voltaico decompõe o
óleo, liberando de tal modo vários gases onde o hidrogênio predomina, a ponto de se poder dizer
que o arco queima numa atmosfera de hidrogênio.
Como este gás tem uma condutividade térmica bastante elevada comparado ao nitrogênio,
por exemplo, a retirada de calor das vizinhanças do arco se processa de maneira eficiente,
resfriando o mesmo.
O segundo efeito, consiste em se jogar óleo mais frio sobre o arco dando
continuidade ao processo de evaporação aludido, de maneira que grandes quantidades de calor
possam ser retiradas pelos gases resultantes.
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Disjuntores Principio de extinção de arco
Disjuntor a óleo mineral isolante
Existem dois tipos de óleos isolantes para disjuntores:
- Parafínico
- Naftênico
O óleo parafínico é proveniente de petróleo parafínico e pode ser empregado em classe de
tensão de até 145 KV. Já o óleo naftênico é proveniente de petróleo naftênico e pode ser
empregado em qualquer classe de tensão.
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Disjuntores Principio de extinção de arco
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Disjuntores Principio de extinção de arco
Eletricidade Básica AT
Disjuntores Principio de extinção de arco
Eletricidade Básica AT
Disjuntores Principio de extinção de arco
Extinção a Sopro Magnético
Eletricidade Básica AT
Disjuntores Principio de extinção de arco
Extinção a Sopro Magnético
Eletricidade Básica AT
Disjuntores Principio de extinção de arco
Extinção a Sopro Magnético
Eletricidade Básica AT
Disjuntores Principio de extinção de arco
Extinção a Sopro Magnético
Extinção a Sopro Magnético
Eletricidade Básica AT
Disjuntores Principio de extinção de arco
Extinção a Sopro Magnético
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Disjuntores Principio de extinção de arco
Extinção a Sopro Magnético
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Disjuntores Principio de extinção de arco
Disjuntor a gás hexafluoreto de enxofre - SF6
Este disjuntor utiliza SF6 para extinguir o arco elétrico. O SF6, quando em condições normais e
altamente dielétrico, não inflamável, não toxico, inodoro e inerte até cerca de 5000 °C, seu peso
especifico é de 6,14 g/l, correspondendo a cinco vezes o peso do ar. Sua estrutura molecular
simétrica e estável torna-o um gás nobre.
O gás SF6 pode ser utilizado com isolante em disjuntores de elevada classe de tensão, as
camarás dos disjuntores são fechadas com gás injetado sob pressão.
Assim durante o movimento de abertura e fechamento, o gás que esta presente entre seus
contatos fixo e móvel, devido ao próprio movimento do disjuntor ou através de válvula interna na
câmara de extinção, quando o contato móvel inicia o seu afastamento do contato fixo, a válvula de
sopro é aberta e um forte sopro de gás é dirigido contra o arco, esfriando-o, deionizando-o e
acabando por extingui-lo, acarretando desgaste muito pequeno dos contatos diminuindo, assim os
custos com manutenção.
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Disjuntores Principio de extinção de arco
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Disjuntores Principio de extinção de arco
Disjuntor a vácuo

São dispositivos que utilizam o vácuo para a extinção do arco elétrico. Podemos dizer que esse
sistema é um dos mais eficientes para extinção do arco elétrico. Pois no vácuo não há
decomposição de gases, e a câmara hermeticamente fechadas sobre pressão elimina o efeito do
meio ambiente mantende um dielétrico permanente. Sem a queima ou oxidações dos contatos, a
ampola de vácuo garante uma resistência de contatos baixa, prolongando a vida do equipamento.
A câmara de extinção é um recipiente vedado de porcelana, vidro vitrificado ou epóxi, com
dois contatos internos que, ao serem acionados fecham-se por um fole magnético.
Para manter a descarga em forma de vapor metálico, é necessário um valor mínimo de
corrente. Se o valor da corrente for menor que este mínimo, ela será cortada antes da passagem
pelo zero.
Caso a ampola a vácuo apresente defeito, ela precisa ser substituída, pois devido à sua
características construtivas e alto vácuo existente em seu interior, não e possível realizar
manutenção em seus contatos, entretanto sua vida útil e muito longa.
Eletricidade Básica AT
Disjuntores Principio de extinção de arco
Disjuntor a vácuo
Eletricidade Básica AT
Disjuntores Principio de extinção de arco
Disjuntor a vácuo
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Disjuntores – Tipos de Comandos

Comando Manual
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Disjuntores – Tipos de Comandos

Comando Elétrico
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Disjuntores – Tipos de Comandos
Comando Automático
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Religadores
A religadora Automática – RA, é um equipamento automatizado de manobra instalado nas
redes de distribuição de energia elétrica, normalmente em circuitos primários de 13.8, 27 e 36 kV.
Estão predominantemente localizadas na rede de distribuição primária, entretanto, para
restabelecer as interrupções no fornecimento de tensão com maior eficácia e rapidez, elas também
são encontrados em Estações Transformadoras de Distribuição – ETD, também conhecidas como
subestações, operando em coordenação com uma seccionadora automática ou com um disjuntor.
A RA possui duas funções básicas no sistema de distribuição: confiabilidade e proteção de
sobrecorrentes. Elas são frequentemente utilizadas para aumentar a confiabilidade do sistema
elétrico de distribuição de energia.
É uma solução econômica para seccionamento das redes de energia elétrica de distribuição, e
muitas vezes é utilizada em locais onde a coordenação com outros equipamentos de proteção e
manobra é difícil. É adequada para utilização em redes de distribuição aérea de média tensão, em
coordenação com a proteção automática do circuito religador.
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Religadores
Seu princípio de funcionamento se baseia na detecção automática de falha na rede elétrica,
interrompendo o circuito elétrico temporariamente. Após um período pré-configurado, a RA
restabelecerá automaticamente a energia na rede elétrica, verificando se a falha no circuíto ainda
persiste. Caso persista, ela desligará e após determinado tempo religará novamente.
Pode ser programada para duas tentativas de religamento rápidas – de 10 a 15 segundos cada
operação e duas tentativas retardadas – de 20 a 30 segundos, ou uma tentativa rápida e três
retardadas, ou de acordo com a necessidade do circuíto elétrico onde será instalada.
Caso a falha tenha sido regularizada após a primeira operação, a RA se manterá ligada e o
circuito elétrico será restabelecido, sem a necessidade de intervenção de profissionais; caso
contrário, ela desligará e após o tempo programado, tentará religar novamente. O número máximo
de tentativas de religamento do circuito é quatro operações. Caso o religamento não tenha
sucesso, uma equipe de profissionais deverá comparecer ao local a fim de regularizar a falha e
religar o equipamento.
São instaladas geralmente em zonas arborizadas, onde a incidência de galhos na rede de
distribuição é grande, o que provoca o desligamento do circuíto. Como o tempo que o galho fica
sobre a rede geralmente é curto, provavelmente na primeira tentativa de religamento o galho já
saiu da rede e o circuíto é restabelecido.
Eletricidade Básica AT
Religadores
Eletricidade Básica AT
Religadores
Uma outra aplicação da Religadora Automática é bloquear o religamento do circuíto elétrico.
Quando equipes de trabalho em linha viva (energizada) irão trabalhar além RA, utiliza-se a função
de bloqueio, pois caso aconteça algum acidente durante o trabalho, ela irá desligar e não religará
novamente. Após executados os serviços, retira-se a RA da condição de bloqueio.
Pode ser utilizada também para seccionar o circuíto elétrico para manutenções em linha morta
(desenergizada).

Religadores Vídeo 1
Religadores Vídeo 2
Religadores Vídeo 3
Eletricidade Básica AT
Secionadoras
Eletricidade Básica AT
Secionadoras
Chave seccionadora sem
carga
Cada fase é munida de um
isolador para sustentação do
contato fixo e outro para
sustentação do braço de
acionamento (varão), um eixo
rotativo, que quando acionado
através de uma alavanca
manual, provoca o
fechamento ou abertura
simultânea das três facas
(contatos móveis).
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Secionadoras
Chave seccionadora sem
carga com fusível
Esse tipo de seccionadora
pode, também, ser dotada de
fusíveis (fase a fase) que,
quando queimado, interrompe
a alimentação da respectiva
fase, porém, sem provocar a
abertura da seccionadora.
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Secionadoras
Chave fusível
Também conhecida como
chave Mattews, executa tanto
a função normal de comando
sem carga, quanto a de
proteção perante um curto-
circuito, pela queima do
fusível que, em condições
normais, também faz a vez de
contato móvel. A operação
desta chave é idêntica à da
chave faca unipolar
Eletricidade Básica AT
Secionadoras

Vídeo Seccionadoras
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Secionadoras
Chave seccionadora sob carga
Também chamada de
interruptor tripolar de média
tensão, possui um dispositivo
destinado a abrir e fechar um
circuito sob carga. É projetada
para ser instalada em ambiente
abrigado. O arco elétrico é
dissipado dentro de uma câmara
e os contatos são acionados com
o auxílio de molas para acelerar
a abertura e fechamento.
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Secionadoras
Eletricidade Básica AT
Para Raios
Eletricidade Básica AT
Para Raios – Tipo Cabos Para Raios
Eletricidade Básica AT
Para Raios – Tipo Haste
Eletricidade Básica AT
Para Raios – Tipo Valvola
Eletricidade Básica AT
Para Raios – Tipo Valvola
Eletricidade Básica AT
Para Raios – Tipo Valvola

Vídeo de Para Raios

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