Você está na página 1de 21

Distribuição de Energia 1

Capítulo 4

Perdas

A entrada no mercado consumidor de energia elétrica, de equipamentos


sofisticados e caros tem exigido suprimento de qualidade cada vez maior. A
qualidade da energia é atualmente um tema da maior evidência, em que se inclui
um elenco extenso de tópicos, tais como: continuidade do suprimento, regulação
de tensão, controle de distorções harmônicas e outros distúrbios, e de oscilações
de tensão. Para que a energia possa ser oferecida com boa qualidade, é
necessário que o sistema de distribuição tenha um grau de confiabilidade alto, o
que exige configurações mais sofisticadas e capacidade instalada de reserva
razoável. Esses requisitos garantem flexibilidade operacional, mas implicam
custos adicionais.
Atualmente, existem programas nacionais, como os instituídos pelo Programa
Nacional de Conservação da Energia Elétrica (PROCEL), que estimulam o uso
eficiente da energia, no sentido da redução do consumo. Como exemplo de ações
desse programa, pode-se citar o estímulo para o emprego de lâmpadas
compactas com reatores eletrônicos em substituição às lâmpadas incandescentes,
o que também tem contribuído para a degradação das formas de onda de corrente
e conseqüentemente de tensão nas instalações residenciais, comerciais e
industriais. As lâmpadas assim como qualquer equipamento que use eletrônica de
potência são equipamentos que mudam o perfil da qualidade da energia elétrica
pela geração de distorções harmônicas de forma distribuída.
Dessa forma, o uso crescente de cargas não-lineares ao longo das redes
de distribuição torna os sistemas mais vulneráveis e propensos a apresentarem
problemas de qualidade no fornecimento de energia aos seus consumidores,
principalmente devido à injeção de distorções harmônicas que afetam a forma de
onda da tensão de distribuição, gerando perdas em níveis incalculáveis.

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 2

Em decorrência desse aspecto, evidencia-se a necessidade de se dispor de


sistemas de monitoramento da qualidade da energia fornecida aos consumidores,
fato que hoje é reforçado pela alta competição entre as concessionárias,
estimuladas pelas mudanças institucionais em andamento no Setor Elétrico
Brasileiro. Além disso, as maiores necessidades e exigências dos consumidores
num mercado globalizado tornam evidente a necessidade de se ter padrões para a
operação do sistema com níveis adequados de qualidade de fornecimento,
alternativas e soluções que conduzam a estes níveis em casos ou situações que
se fizerem necessários. Para isso, é necessário que tanto as concessionárias de
energia elétrica, como os consumidores e fabricantes de equipamentos eletro-
eletrônicos conheçam em detalhes os fenômenos eletromagnéticos que afetam a
qualidade da energia.
Os estudos de perdas em sistemas de distribuição ainda possuem um alto
grau de incerteza por não se ter dados reais sobre o sistema tanto em operação
em regime permanente quanto durante os transitórios.

4.1- Perda Anual


Nos estudos de planejamento da distribuição, o período de estudo de
perdas a considerar é de 1 ano, ou seja:

T= 24horas x 365 dias = 8760 horas

Como o fator de perdas é dado por:


Perdamédia
fp 
Perdamáxima
Em um ano:

 P(t )dt
fp  0

8760Pmax

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 3

Pode-se obter a energia perdida pela integral acima, através da modelagem


do sistema elétrico envolvido, ou como vem sido utilizado ao longo do tempo de
forma satisfatória, pela experiência de outras empresas, utilizando-se a expressão:

 P(t )dt  8760 f


0
p Pmax

onde o fator de perdas representa esta experiência.

O valor de Pmax é bem mais fácil de se calcular, pois ele está relacionado
ao valor da demanda máxima do sistema, o que normalmente é monitorado pelas
empresas distribuidoras de energia.
Para um alimentador trifásico, representado no seu circuito pela impedância
série, temos:

Pmax  3rI max


2

Então:

T
E p   P(t )dt
0

E p  3rlI ma
2
f p 8760

obs.: f p 8760 multiplicado pela perda máxima nos fornece a energia perdida, por

isso caracteriza-se este número com o nome de “horas equivalente para perdas”,
expressão muito utilizada em estudos de distribuição.

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 4

4.2- A Relação entre os fatores de carga e de perda


Em geral, o fator de perda não pode ser determinado a partir do fator de
carga. Mas com algumas simplificações podemos associar um alimentador
qualquer a curva de carga arbitrária idealizada abaixo:

P2

P1

Pl2

t T

Sendo:
Pl1 – Potência mínima de perdas
P1 – Carga em potência demandada mínima
Pl2 – Potência máxima de perda
P2 – Potência de pico

E sendo o fator de carga:

Pméd Pméd
fc  
P max P2

Da figura 2 tem-se:

P2 t  P1 (T  t )
Pméd 
T

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 5

Substituindo acima:

t P1 (T  t )
fc  
T P2T

O fator de perdas é:

Pl med Pl med
fp  
Pl max Pl 2

Pl 2 t  Pl1 (T  t )
Pl med 
T

Substituindo acima:

Pl 2 t  Pl1 (T  t )
fp 
Pl 2T

No entanto a potência de perdas é dada por:

P1
Pl1  3rI 2 onde I 
3Vn cos 

P1
Então Pl1  3r ( ) 2 , simplificando:
3Vn cos 
3r
Pl1  P que pode ser escrito como: Pl1  kP1
2 2

3(Vn cos  ) 2 1

Da mesma forma: Pl 2  kP2

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 6

Substituindo nas equações do fator de perdas:

kP22 t  kP12 (T  t )
fp 
kP22T

2
t  P  T t
f p    1 
T  P2  T

Usando esta equação e a equação do fator de carga, pode-se estudar três


casos:

Caso 1: Considerando P1=0:


Então Pl1=0
t
E fc  f p 
T
Caso 2: Carga de pico com duração de tempo mínimo:
t 0
1
Então T-t/T
E f p  f c2
T
Caso 3: Carga constante: t
Ou seja a diferença entre os picos e os mínimos são desprezíveis:
fc  f p

Então em geral o valor do fator de perdas é:


f c2 f p f c

Buller e Woodrow, desenvolveram uma fórmula aproximada para relacionar


os fatores de carga e de perda, como:

f p  0,3 f c  0,7 f c2

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 7

4.3 - Perdas no sistema


As perdas no sistema de potência correspondem ao total das perdas em
seus vários componentes: transformadores de força, linhas de transmissão e
subtransmissão, alimentadores primários, transformadores de distribuição, rede
secundária, medidores e equipamentos auxiliares. A parte do sistema de potência
com maior índice de perdas é na distribuição, como pode ser visto na fig. 4.1 que
da idéia das perdas nas várias partes do sistema de potência. Como se vê, a
maior parte delas está na distribuição.

Fig. 4.1 – Perdas nos sistemas de potência.

Mas, as perdas na distribuição não são preocupantes só por serem altas.


São também crescentes. A partir da análise do sistema é possível encontrar meios
de reduzirem-se as perdas e com isso se obter economia substancial de energia e
aumento virtual da capacidade instalada.

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 8

4.4 - Redução das perdas


Em vários procedimentos do planejamento, projeto e operação é possível
intervir de modo favorável á redução das perdas no sistema. Os mais comuns são
apresentados a seguir.

Dimensionamento de linha. As perdas podem ser limitadas selecionando-se


adequadamente os cabos a serem empregados na rede de distribuição
secundária. Essa seleção é baseada na faixa de regulação de tensão e fator de
carga normais.
Outro meio eficiente de controlar as perdas é limitando-se o raio de ação dos
alimentadores primários. Nesse caso, seleciona-se a capacidade MVA-km
apropriada para cada cabo padronizado para a distribuição primaria.

Dimensionamento e localização de transformadores de distribuição. O


transformador de distribuição é outro ponto de perdas elevadas (fig. 4.1). Para
atenuá-las o transformador deve ser selecionado de modo que sua potência seja
suficiente para atender adequadamente os consumidores que se ligarão a ele.
Redução de perdas significativas se consegue com a localização ótima do
transformador de distribuição em relação ao seu centro de carga. Entretanto, essa
não é uma tarefa fácil porque o centro de carga é de determinação difícil e muda
com o tempo. Parte significativa das perdas se deve ao mau uso do transformador
de distribuição e isso pode ser diagnosticado examinando-se seu fator de carga.

Manutenção do nível da tensão. Manter a tensão de operação em níveis


adequados também ajuda a reduzir as perdas. Há uma interdependência das
perdas com a tensão que na maioria das vezes não é nada desprezível. O
procedimento operacional mais direto de controle do nível de tensão é a aplicação
de reguladores de tensão.

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 9

Controle do fluxo de reativo. Um dos meios mais eficientes de reduzir as perdas


no sistema é a aplicação de capacitores em paralelo com cargas indutivas. A
instalação de bancos de capacitores em ponto estratégicos do alimentador
primário é prática cada vez mais comum. Isso será detalhado no capitulo 6.

Correção de desequilíbrio de fase. Componentes de seqüências negativas e


zero, decorrentes de cargas trifásicas desequilibradas, causam sobreaquecimento
de transformadores, cabos e motores. Isso provoca o mau funcionamento dos
equipamentos e aumenta as perdas. Ou seja, submeter o equipamento a tensões
desbalanceadas diminui sua eficiência e reduz sua vida útil. Ao se eliminar essa
condição de operação adversa há ganho de capital direto, na medida em que
diminuem a manutenção e reposição de equipamentos, e indireto, porque
diminuem as perdas de energia.

Outros meios de redução das perdas. Há um conjunto extenso de outras


medidas para se economizar energia:

 Monitoração e gerenciamento automático da rede de distribuição empregando-


se sistemas de controle computadorizados. Nesse particular, o progresso é
enorme. As perspectivas são de que no futuro próximo a engenharia de
distribuição empregue em alta escala: redes neurais artificiais, sistemas
especialistas, lógica fuzzy, algoritmos genéticos e outras tecnologias novas.
Isso já vem sendo feito hoje, mas ainda de forma isolada em projetos pilotos.

 Substituição de medidores de energia convencionais, do tipo indução, por


medidores estáticos e Instalação de transformadores de distribuição com baixos
índices de perda.

 Aumento da qualidade do sistema de iluminação pública, empregando-se


lâmpadas e luminárias de alta eficiência.

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 10

 Adoção de sistema tarifário que incentive o uso racional da energia.

4.5 - Avaliação do custo das perdas


Para efeito de conservação da energia no sistema de distribuição,
constantemente devem ser tomadas medidas preventivas ou corretivas. Qual ou
quais medidas podem ser tomadas é uma decisão que deve ser fundamentada no
estudo do caso. Como em todos os problemas de engenharia, o aspecto
econômico da questão é extremamente relevante.
O problema da redução de perdas deve ser equacionado como um problema
de contabilidade (energética ou financeira). Isto é, precisa-se estabelecer uma
função custo e procurar minimizá-la.
Há dois tipos de perdas num sistema: fixas e variáveis. Os custos dessas
perdas diferem de uma empresa para outra, porque cada uma tem sua própria
planilha de custo. Contudo, há princípios gerais, os quais serão discutidos a
seguir.

Perdas fixas: Como são essencialmente constantes, parte da capacidade


instalada deve ser reservada para cobri-las. Do contrário equipamentos adicionais
devem ser providenciados para suprir a demanda adicional nas horas de pico. O
custo por unidade de potência ou de energia das perdas fixas é, em geral, baixo.

Perdas variáveis: Ao contrário das perdas fixas, estas são função da carga e
compreendem duas partes: perdas de potência e perdas de energia.
A diversidade da carga complica a avaliação do custo das perdas com base
na demanda no pico de carga. O pico anual de um sistema de distribuição varia
ano a ano e a carga média muda de uma área para outra. Os picos de carga dos
sistemas de geração e de distribuição podem não coincidir. Nas perdas variáveis,
o custo da demanda depende do fator de responsabilidade do sistema de
distribuição, o qual é a fração do pico de carga do sistema completo destinado ao
sistema de distribuição.

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 11

O fator de responsabilidade, Fr, do sistema de distribuição varia entre 0,2.e


0,8. Uma vez que Fr é uma razão entre cargas, as perdas são função de Fr 2.
Esse parâmetro pode ser usado na determinação do custo das perdas de
potência.

4.6 – Dimensionamento de alimentadores


1) Critérios Básicos
 Queda de tensão não superior ao valor prefixado
 Corrente máxima de cada trecho do alimentador não superior a admissível.
 Custo operacional anual mínimo, entendendo-se por custo operacional a
soma do custo anual de amortização da rede com o custo anual das
perdas.

2) Definições
 Tensão máxima - é o maior valor eficaz da tensão num ponto ao sistema.
 Tensão mínima – é o menor valor eficaz da tensão num ponto do sistema.
 Tensão nominal – é o valor atribuido à tensão de um circuito ou sistema,
dentro de uma determinada classe de tensão com o propósito de designá-lo
convenientemente.
 Queda de tensão – é a diferença entre os valores eficazes máximo e
mínimo ao longo da linha.
 Queda de tensão percentual – é o valor da queda de tensão da linha
expressa como uma porcentagem da tensão nominal.

ΔV% =( (VM – Vm) / VN ) x 100


Onde:
VN= Tensão Nominal
VM = Tensão Máxima
Vm = Tensão Mínima

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 12

- Alimentador radial com carga concentrada na extremidade.


.L é o comprimento do alimentador
S = P+j Q é a carga na extremidade
Z = r + j x Ω /km → impedancia especifica da linha

S ℓ C

I
Vsf
S

Vcf

Vsf = Tensão na fonte entre fase e neutro


Vcf = tensa na carga entre fase e neutro

Cálculo da queda de tensão:

Vsf = Vcf + I . L. ( r + j x )l

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 13

Vsf
ϴ
Vcf
x LI

r LI
I

Lembrar que dentro da raiz o termo é (Pr + Qx) / 3 Vnf e não é (Pr + Qa) / 3
Vnf
Como no limite temos que a queda máxima de tensão é 5% temos:
Vsf – Vcf = 0,05 Vnf pode-se conclui que o termo . ((Px – Qr ) . l/ 3 Vnf) ² é
desprezível,

Com isso:

Expressão geral da queda de


tensão de alimentadores
radiais com carga
concentrada.
Profa. Maria Emília de Lima Tostes
Distribuição de Energia 14

Como:
P = S cos Ø e Q = S sen Ø

Designando-se K como queda de tensão especifica temos:

ΔV % = K S L onde K = 100 . ( r cos Ø + x sen Ø ) / Vnom²

Com r e x em ohms / km, S em MVA , Vnom em kV e L em km.

A constante K é tabelada para diversos fatores de potencia e condutores e


tensão nominal.
A queda de tensão recomendada para os alimentadores é 5%, Ou seja:

ΔV % = 5%

Cálculo da corrente:
A corrente no alimentador é calculada pela expressão dos circuitos trifásicos;

I= S / 3 Vnom

Com o valor da corrente calculada se escolhe a bitola do cabo que tenha


capacidade de corrente igual ou maior que a corrente de carga.

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 15

Perdas no alimentador:
A perda de demanda P e de energia E no alimentador são dadas por:

P = 3R I (t)2

Como o faturamento é pela demanda máxima teremos:

P = 3R Imax 2
E = pm x T
E = fp x Perda máxima x T
E = fp x 3R Imax2 x T

Onde ;

T é o período de tempo de estudo.Se T for um ano serão consideradas 8760


horas.

No calculo do custo das perdas é usual em estudos de distribuição


desprezar-se a ´perda reativa com isso:

Cper = Custo da perda de energia + Custo da perda de demanda

Para o perfeito dimensionamento do alimentador deve ser atendido os três


critérios ;
Queda de tensão dentro do recomendado
Corrente de carga em compatibilidade com a capacidade do cabo
Menor custo das perdas do cabo dentro do horizonte de planejamento.

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 16

- Alimentador radial com cargas concentradas ao longo do trecho

Cargas trifásicas equilibradas e constantes no tempo.

A queda de tensão no ramo i+1, i que liga os nós i+1 a i será:

ΔVi+1,i = 100 . ( P’i ri + Q’i xi ) . li / V²nom

A queda de tensão total ΔV1% do nó n ao nó 1 será:

No caso particular que a bitola do condutor seja constante, tem-se:


r1 = r2 = ...ri = .... rn = r
x1 = x2 = ....xi = ... xn = x

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 17

e com isso:

Cálculo da Corrente:
Ic= S’n-1 / 3 Vnom

Ic= ( P’²n-1 + Q’²n-1 ) ½ / 3 Vnom

Pois a maior corrente que circula no alimentador é a do trecho n, n – 1.


IC < I admissível do caso

Calculo de perda no alimentador:


Em um trecho genérico i + 1, i temos:

i+1 i

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 18

E a perda de demada máxima total no alimentador Será:

A perda de energia será calculada pelo mesmo procedimento, isto é,


calculando-se a energia perdida em cada trecho e fazendo-se a soma dos
mesmos.

- Alimentadores com carga uniformemente distribuída

x dx


ℓ em km

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 19

Carga distribuída: Pdis + Qdis MVA/Km

Para um alimentador com carga uniformemente distribuída ao longo de sua


trajetória temos as seguintes considerações:

1-È substituído por um alimentador com carga concentrada na sua extremidade


com o valor da carga reduzido à metade para efeito de calculo de queda de
tensão.
Logo, temos que o seu circuito equivalente será:

2- È substituido por um alimentador com carga concentrada na sua extremidade


com a valor da carga reduzido 1/ 3 para efeito de calculo das perdas.
Logo, o modelo equivalente p/ efeito de perdas será:

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 20

Tabela para cálculo de queda de tensão em rede primária trifásica.

A planilha abaixo é muito utilizada para o cálculo de queda de tensão.

TRECHO CARGA CONDUTORES CONSTANTE QUEDA DE


K
TENSÃO
Designação Comprimento Distribuída Acumulada Total No Total
no fim do C/2+D trecho
trecho
A B C D E F G (BxExK) zh

H I
KM MVA MVA MVA AWG,M CM % %

Cálculo de queda de tensão em redes secundarias.

ΔV % = k S L

Com k em % V / kVA. hm

É usada a mesma planilha acima porém as distancias são medidas em hm e


as cargas medidas em kVA.

Profa. Maria Emília de Lima Tostes


Distribuição de Energia 21

4.6 - Exercícios

01) A Um transformador de distribuição existem conectados seis


consumidores. Assuma que a carga conectada é de 9 kW por consumidor
e que o fator de demanda, o fator de diversidade e o fator de perdas são
0,65,1,1 e 0,005 respectivamente. Determine o que se segue, sabendo-
se que o sistema tem um pico de carga de 3000 kW.
a) A demanda diversificada do grupo de cargas;
b) A perda por fase do alimentador principal;
c) A energia trifásica total perdida no ano.

02) Sendo a carga máxima de um alimentador trifásico 2000kW, no qual a


potência perdida é ΣI2R = 80kW por cada uma das três fases no
momento de carga máxima e o fator de perdas 0,15, determine:
a) A potência média perdida;
b) A perda total anual de energia dos circuitos alimentadores.

Profa. Maria Emília de Lima Tostes

Você também pode gostar