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Henrique Ribeiro da Silva
Dep. de Engenharia Electrotécnica (DEE) do
Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP)
projecto de postos
de transformação
{6ª PARTE - SISTEMAS DE TERRA E CONSIDERAÇÕES FINAIS}
Tabela 1 . Parâmetros dos eléctrodos de tipo vareta dispostos em linha. Tabela 2 . Parâmetros dos eléctrodos de tipo vareta dispostos em linha.
Em função das tabelas e dos parâmetros desejados Kr e Kp, escolhe-se o tipo de eléctrodo mais conveniente.
As varetas deverão ser enterradas verticalmente a uma profundidade de 0,8 m, e a ligação desde o PT até à primeira vareta será feita com cabo
de cobre isolado de 0,6/1 kV protegido contra eventuais danos mecânicos.
O valor da intensidade de defeito deve igual- 6.2› Cálculo das tensões limites
mente ser superior ao limiar de actuação das As tensões de passo e de acesso vêm confrontadas com as seguintes curvas calculadas na
protecções de AT de modo a poderem ser presunção de que o corpo humano possui uma resistência de 1000 ! e que cada pé pode
eliminadas. ser assemelhado a um eléctrodo de chapa exercendo uma força de contacto com o solo de
250 N o que equivale a uma resistência avaliada em 3 #s , sendo #s a resistividade superficial
do terreno.
4› CIRCUITO DE TERRA DE SERVIÇO
O RSSPTS admite a instalação de uma terra Up = 10k (1 + 6 x #s )
geral, de protecção e serviço, quando a sua tn 6000
resistência for inferior a 1 !. No entanto,
1,5 x #s
como tal resistência é normalmente difícil Uc = k (1 + )
de obter, haverá duas terras distintas no tn 1000
posto de transformação. No caso em que a resistividade superficial do terreno seja diferente para cada pé (caso de
acesso ao PT), a tensão de passo virá dada pela expressão:
A resistência da terra de serviço deverá ser
inferior em qualquer altura a 20 !.
10k 3 x #s + 3 x #’s
Upaces = (1 + )
t n
1000
4.1› Cálculo da terra de serviço Onde #s e #’s são as resistividades superficiais do terreno em que se apoiam os pés.
Considerado o eléctrodo a utilizar, usam-se
os respectivos parâmetros para determinar k e n são constantes em função do tempo de intervenção do aparelho de protecção dadas
RM . por:
Up = K p x # x I d
o electricista revista técnico-profissional ARTIGO TÉCNICO
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Um desses casos é a empresa Efacec que tem gratuito para descarga no seu sítio Internet
o programa VisualPuc.
BIBLIOGRAFIA
A ATEC – Academia de Formação do Porto gação Norte. Ambos falaram de uma forma regras técnicas no contexto das RNG, como
realizou em parceria com a revista “o elec- abrangente da formação da ATEC, e das suas a tipificação dos edifícios. Será obrigatória a
tricista”, um Fórum subordinado ao tema vantagens. cablagem em fibra óptica e a instalação da
“ITED... uma nova realidade!” Neste evento, CVM, para além das reservas de espaço para
vários especialistas da área das ITED – como operadores. Também haverá indicações de
Paulo Mendes, Luís Peixoto, Rui Ramos, Pau- como deve ser implementada a fibra óptica,
lo Monteiro – fizeram uma abordagem ana- informações sobre higiene e segurança no
lítica ao novo manual ITED (2.ª edição), que trabalho, classificações ambientais (MICE),
previsivelmente, será publicado em 2010. sistemas de terra, domótica, e os sistemas
Entre as alterações mais relevantes impostas de segurança. Além disso ainda aborda
pelo novo manual, foram alvo de discussão como adaptar à fibra óptica os edifícios já
a nova rede de cabo coaxial, as fibras ópti- construídos, e ainda as regras técnicas que
cas e a nova geração de ATIs, consideradas dizem respeito à cablagem, tubagem, pontos
pelos especialistas na área das telecomuni- de fronteira, ligações de terra e eléctricas e
cações, como as mais controversas da área. os ensaios obrigatórios.
Hans Müller, Administrador Financeiro e NOVO REGIME JURÍDICO DO ITED-ITUR Relativamente ao ITUR (Infra-estruturas de
Paulo Peixoto, Coordenador da Delegação Paulo Mendes da Direcção de Fiscalização Telecomunicações em Loteamentos, Urbani-
do Porto abriram o evento, falando sobre da ANACOM – Autoridade Nacional de Co- zações e Conjunto de Edifícios), Paulo Men-
aquilo que a ATEC pode oferecer em termos municações abordou o novo regime de ITED des falou da legislação e regulamentação
de formação e como academia de forma- – Infra-estruturas de Telecomunicações que diz respeito à 1.ª edição do Manual ITUR.
ção em si. Relembraram que a ATEC tem-se em Edifícios e o ITUR – Infra-estruturas de Este manual foi feito a partir do Decreto-Lei
revelado como um elemento de relevância Telecomunicações em Loteamentos, Urba- n.º 123/2009 de 21 de Maio, que fala sobre
estratégica para o tecido industrial eléctri- nizações e Conjunto de Edifícios, segundo a ITUR pública e privada e como funcionam,
co e electrotécnico, sem descurar, a área o Decreto-Lei n.º 123/2009 de 21 de Maio, e ainda sobre o Sistema de Informação Cen-
da indústria metalúrgica e metalomecâni- que dita a obrigatoriedade da fibra óptica tralizado (SIC). Também aqui haverá uma
ca, em particular para o cluster automóvel, nos edifícios e como vai decorrer o regime harmonização com as normas europeias e
razão pela qual a ATEC entendeu que devia transitório. A 2.ª edição do Manual ITED, que uma obrigatoriedade de infra-estruturas
suprimir uma lacuna e dispôr de uma oferta será publicado em 2010, terá um alinha- subterrâneas. Os ITUR públicos são os lotea-
formativa na área do automóvel na Dele- mento com as normas europeias e novas mentos e urbanizações e as privadas são os