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ÍNDICE
O conceito de energia é, na verdade, algo intuitivo, pois não existe uma definição
específica para esse fenômeno físico. A energia está presente em nossa vida de diversas
maneiras. Por exemplo, quando usamos motores ou músculos, quando acendemos o queimador
de um fogão, quando nos alimentamos ou mesmo quando nos informamos pela televisão ou nos
jornais, que frequentemente se referem a alguma questão energética no Brasil ou no mundo.
Por tal diversidade, o campo dos estudos energéticos é vasto, cobrindo desde o uso dos
recursos naturais até os aspectos relacionados ao desempenho das modernas tecnologias,
permitindo uma abordagem que considere apenas os temas de caráter técnico ou envolva seus
componentes socioeconômicos e ambientais, inclusive quanto à sua evolução histórica e suas
perspectivas futuras. Para este largo campo do saber, procura-se nestas notas efetuar uma revisão
das definições, das leis básicas e da terminologia empregada, em particular buscando
fundamentar a racional utilização dos fluxos de energia.
A unidade de Sistema Internacional (SI) utilizada para quantificar a Energia é o Joule (J).
Este nome foi atribuído em homenagem ao físico inglês James Joule, que viveu entre 1818 e
1889, e que efetuou estudos em diversas áreas no sentido de compreender melhor as
manifestações e transferências de energia entre sistemas. Há outras unidades que podem ser
utilizadas para quantificar a Energia. Uma das mais importantes é o QuiloWatt Hora (KWh),
utilizada pelas empresas de fornecimento de eletricidade para controlar o consumo dos seus
clientes.
Definições
Esta definição não é totalmente correta e aplica-se apenas a alguns tipos de energia, como a
mecânica e a elétrica, que, em principio, são totalmente conversíveis em outras formas de
energia.
Este modo de se definir energia perde o sentido ao ser aplicado ao calor, pois esta forma
de energia é apenas parcialmente conversível em trabalho.
De fato, quando está a temperaturas próximas a do ambiente, o calor pouco vale como trabalho.
Assim, a definição anterior não e completa.
Em 1872 Maxwell propôs uma definição que pode ser considerada mais correta:
“Energia é aquilo que permite uma mudança na configuração de um sistema, em oposição a uma
força que resiste a esta mudança”.
A definição refere-se a mudanças de condições, a alterações do estado de um sistema e
inclui duas ideias importantes: as modificações de estado implicam em vencer resistências e
justamente a energia que permite obter estas modificações de estado. Assim para elevar uma
massa até uma determinada altura, aquecer ou esfriar um volume de gás, transformar uma
semente em planta, converter minério em ferramentas, jogar futebol, ler este texto, sorrir, enfim,
qualquer processo que se associe a alguma mudança implica em se ter fluxos energéticos.
As formas da Energia
A energia se apresenta de diversas formas, que podem ser convertidas entre si. É
importante observar ainda que apenas nos processos de conversão se identifica a existência de
energia, que surge na fronteira do sistema como calor ou como trabalho.
Energia nuclear - no interior das estrelas, inclusive no Sol, resulta da fusão (união) dos núcleos
de átomos leves, como do hidrogênio, em um processo físico onde ocorre um déficit de massa,
entre os reagentes e os produtos de reação, que corresponde a significativas quantidades de
energia liberada.
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Energia Atômica - relaciona-se com processos de fissão (divisão de um átomo pesado em dois
ou mais fragmentos) de átomos pesados, como urânio, tório e plutônio, em decorrência da
instabilidade natural ou provocada de alguns isótopos destes materiais, que tendem a converter-
se em outros materiais com número atômico mais baixo, com liberação de energia devido à
perda de massa observada.
A energia resultante destes processos também é elevada e se apresenta, essencialmente, como
calor. Aplicação: como fonte energética para geração de energia elétrica e para mover navios e
submarinos, mediante ciclos térmicos.
Energia Elétrica - embora seja correto considerar-se a existência de energia elétrica nas cargas
estacionarias, como se observa nas nuvens eletricamente carregadas e na iminência de uma
descarga atmosférica ou ainda nos capacitores elétricos, a energia elétrica é mais
frequentemente associada à circulação de cargas elétricas através de um campo de potencial
elétrico. A energia elétrica pode ser definida como a capacidade de trabalho de uma corrente
elétrica.
A radiação térmica é de fato uma potência e a energia associada pode ser determinada por
sua integral no tempo.
Como radiação térmica, por exemplo, na radiação solar, a energia térmica não apresenta
qualquer meio material de suporte, já que se trata de uma radiação eletromagnética, com
magnitude e distribuição espectral dada basicamente em função da temperatura do corpo
emissor.
Interconversão - uma forma energética eventualmente pode ser convertida em outra, modo
espontâneo ou intencional. Quando intencional, pode adequar-se a alguma utilização desejada.
A primeira lei básica é a Lei da Conservação da Energia, segundo a qual energia não se
cria nem se destrói, salvo nos casos em que ocorrem reações atômicas ou nucleares e então
podem se observar transformações de massa em energia. ΔEentra = ΔEsai + ΔEsistema.
Exemplo: se o objetivo do processo e transformar energia mecânica em calor, tal conversão pode
ser total. Se o proposito for o inverso, a conversão de energia térmica em energia mecânica será
sempre parcial, pois uma parcela dos resultados devera sempre ser calor.
Recursos Energéticos
São as reservas ou fluxos de energia disponíveis na natureza e que podem ser usados para
atender as necessidades humanas.
Recursos Energéticos Renováveis - são dados por fluxos naturais, como ocorre na energia
solar, em suas distintas formas, como na energia hidráulica, na energia eólica, na energia das
ondas do mar e na energia da biomassa, bem como nos fluxos energéticos dependentes do
movimento planetário, por exemplo, a energia talassomotriz, associada a variação do nível do
mar nas mares e a energia geotérmica, que na escala das realizações humanas existe como
potencia disponível.
A utilização inadequada de alguns potenciais energéticos renováveis pode determinar sua
exaustão, como acontece em reservatórios geotérmicos sobre explorados ou nos recursos de
biomassa, quando explorados além de sua taxa natural de reposição.
Camada Pré-Sal - Apenas com a descoberta dos três primeiros campos Tupi, Iara e
Parque das Baleias, as reservas brasileiras comprovadas, que eram de 14 bilhões de barris,
aumentaram para 33 bilhões de barris. Além destas, existem reservas possíveis e prováveis de 50
a 100 bilhões de barris.
Matriz Energética - mostra a oferta ou consumo de energético de uma industrial, região ou pais.
Objetivo é avaliar como estão oferta e consumo dos energéticos, sua disponibilidade e seu custo.
Energia Limpa
A energia limpa refere-se a fontes que são renováveis e que não lançam poluentes na atmosfera,
interferindo no ciclo do carbono, ao contrário dos combustíveis fósseis.
Conclusão
Nem sempre uma disponibilidade energética está na forma como se necessita, mas,
felizmente, a energia pode ser convertida e armazenada. Na acepção mais geral, os sistemas
energéticos constituem-se de uma sequência de processos, através dos quais progressivamente
obtém-se, converte-se e, eventualmente, armazena-se energia da Natureza, visando sua
adequação em termos de tempo e disponibilidade para atender aos diversos usos na sociedade.
Todas as atividades humanas requerem energia, seja na forma de fluxos energéticos
como calor e energia elétrica, seja na forma de produtos e serviços, que de forma indireta,
também correspondem a fluxos energéticos, sem o que eles não poderiam ser obtidos.
Referências Bibliográficas
Energia e Meio Ambiente; Roger A. Hinrichs, Merlin Kleinbach, Tradução da 4ª Ed. Norte
Americana, 2010.
Eficiência Energética Fundamentos e Aplicações; 1ed. Elektro, Univ. Fed Itajubá, Excen, Fupai,
Campinas, 2012.
Eficiência Energética Curso para otimização do uso de energia na indústria; CPFL Energia,
Campinas, 2006.
http://www.aneel.gov.br/; 21/11/2014
http://pt.wikipedia.org/wiki/Watt-hora; 21/11/2014
http://www.brasilescola.com/quimica/energia-limpa.htm; 22/11/2014
http://www.infopedia.pt/$quilowatt-hora; 22/11/2014
Uma organização é responsável pelo meio ambiente que a cerca, devendo, portanto, respeitá-lo,
agir como não poluente e cumprir as legislações e normas pertinentes (ISO 14001).
No Art. 225 da Constituição Federal há a seguinte frase: “Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida
impondo-se ao Poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações”.
A sociedade como um todo é responsável pela preservação do meio ambiente, então, é preciso
agir da melhor maneira possível para não modificá-lo de forma negativa, pois isso terá
consequências para a qualidade de vida da atual e das futuras gerações, entendendo que: “O meio
ambiente concebido, inicialmente, como as condições físicas e químicas, juntamente com os
ecossistemas do mundo natural, e que constitui o habitat do homem, também é, por outro lado,
uma realidade com dimensão do tempo e espaço”. Essa realidade pode ser tanto histórica (do
ponto de vista do processo de transformação dos aspectos estruturais e naturais desse meio pelo
próprio homem, por causa de suas atividades) como social (na medida em que o homem vive e
se organiza em sociedade, produzindo bens e serviços destinados a atender “as necessidades e
sobrevivência de sua espécie” EMÍDIO, 2006, p.127).
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Usinas Hidroelétricas
O Brasil tem hoje, nas hidrelétricas, sua principal fonte de energia, quase 95% da energia
consumida no país é gerada por esse tipo de usina, o restante é proveniente de usinas nucleares e
termelétricas. Com seus grandes rios, o país possui o terceiro maior potencial hidráulico do
planeta, ficando atrás somente de países como China e Rússia.
As usinas hidrelétricas no Brasil podem ser classificadas quanto à sua potência para
geração de energia, em dois tipos:
Desvantagens:
Forte dependência de um regime de chuvas;
Forte impacto socioambiental causado pela inundação de grandes áreas, com consequente
deslocamento de comunidades inteiras e a destruição do habitat de espécies natural de
espécies nativas e endêmicas;
Antigamente pensava-se que esta fonte não poluía, mas sabe-se hoje que existe a
decomposição da vegetação submersa que dá origem gases como o metano, gás
carbônico e o óxido nitroso.
A atenção deve ser chamada ao fato que ocorreu em Junho de 2001, a crise energética do
"Apagão".
Vantagens:
Não é necessário qualquer combustível: Uma das principais vantagens das centrais
hidroelétricas é que não necessitam de nenhum combustível para produzir energia. As
centrais hidroelétricas utilizam a energia renovável de água para gerar eletricidade.
O preço da eletricidade é constante: Como não é necessário qualquer combustível para as
centrais hidroelétricas, o preço da eletricidade produzida por estas é mais ou menos
constante. Não depende do preço de combustíveis como carvão, petróleo e gás natural no
mercado internacional. O país nem sequer tem de importar o combustível para dirigir a
central hidroelétrica poupando, assim, imensa moeda local.
Não é criada poluição do ar: Como as centrais hidroelétricas não queimam nenhum
combustível, não cria qualquer poluição. Não emitem gases perigosos e matéria de
partículas, e assim mantêm a atmosfera circundante limpa e sã para a vida.
Vida longa: a vida das centrais hidroelétricas é mais longa do que a vida de centrais
termais. Há algumas centrais hidroelétricas que foram construídas há mais de 50-100
anos e ainda estão em funcionamento.
Preço da produção de eletricidade: são necessárias muito poucas pessoas para o
funcionamento de uma central hidroelétrica, visto que a maior parte das operações é
automatizada, os custos operacionais das centrais hidroelétricas são baixos. Além disso,
conforme as centrais ficam mais velhas, o preço da eletricidade que gera fica mais barato,
visto que o preço de capital inicial investido na fábrica é recuperado durante o longo
período de operações.
Termoelétrica
Desvantagens
A liberação de dióxido de carbono aumenta o efeito estufa;
O dióxido de carbono também contribui para o aumento do número de chuvas ácidas;
O calor extraído da usina é liberado em rios e mares; aumentando a temperatura das
águas;
As cinzas liberadas pelas chaminés caem e poluem águas, florestas e cidades ao redor da
usina;
Nas termoelétricas de energia nuclear, existe o problema com o armazenamento do lixo
atômico;
Combustível é caro;
Combustível não renovável que se esgotará um dia.
Vantagens
Construção fácil e apenas onde é necessária, diminuindo a perda de energia;
Possibilidade do uso do gás natural, que polui menos;
Não depende de quaisquer condições climáticas para a produção.
Eólicas
Desvantagens
A intermitência, ou seja, nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é necessária,
tornando difícil a integração da sua produção no programa de exploração;
Provoca um impacto visual considerável, principalmente para os moradores em redor,
a instalação dos parques eólicos gera uma grande modificação da paisagem;
Impacto sobre as aves do local: principalmente pelo choque destas nas pás, efeitos
desconhecidos sobre a modificação de seus comportamentos habituais de migração;
Impacto sonoro: o som do vento bate nas pás produzindo um ruído constante (43dB).
As habitações mais próximas deverão estar no mínimo a 200m de distância.
Vantagens
É inesgotável;
Não emite gases poluentes nem geram resíduos;
Diminui a emissão de gases de efeito de estufa (GEE);
Os parques eólicos são compatíveis com outros usos e utilizações do terreno como a
agricultura e a criação de gado;
Os aero geradores não necessitam de abastecimento de combustível e requerem escassa
manutenção, uma vez que só se procedem à sua revisão em cada seis meses.
Solar
Desvantagens
Em dias de chuva ou com baixa incidência de sol (dias nublados) diminui a geração de
energia;
No período da noite não ocorre produção de energia;
As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando comparadas,
por exemplo, aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás) e a energia hidroelétrica
(água);
Vantagens
Ela é renovável, ou seja, nunca acaba;
É uma energia limpa, ou seja, não gera poluentes para o meio ambiente;
Baixo custo de manutenção dos equipamentos usados;
É uma excelente fonte de energia em locais não atendidos por outras fontes de energia;
A energia hidrelétrica, mais consumida no Brasil, não chega aos locais de difícil acesso
ou com grandes dificuldades para instalação de torres e cabos de energia elétrica;
O equipamento pode ser instalado em residências, baixando o custo da conta de energia
elétrica.
Nuclear
Desvantagens
Ser uma energia não renovável;
As elevadas temperaturas da água utilizada no aquecimento causa a poluição térmica,
pois esta é lançada nos rios e nas ribeiras, destruindo assim ecossistemas e interferindo
com o equilíbrio destas mesmas;
O risco de acidente, visto que qualquer falha humana, ou técnica poderá causar uma
catástrofe sem retorno;
A formação de resíduos nucleares perigosos e a emissão causal de radiações causam a
poluição radioativa;
Os resíduos produzidos podem ter uma vida até 300 anos;
Pode ser utilizada para fins bélicos, para a construção de armas nucleares, está foi uma
das primeiras utilizações da energia nuclear;
Ser uma energia cara, visto que tanto o investimento inicial, como posteriormente a
manutenção das energias nucleares são de elevados custos;
O plutónio 239 leva 24.000 anos para ter sua radioatividade reduzida à metade, e cerca de
50.000 anos para tornar-se inócuo.
Vantagens
É um combustível mais barato que muitos outros como, por exemplo, o petróleo;
É uma fonte mais concentrada na geração de energia, um pequeno pedaço de urânio pode
abastecer uma cidade inteira;
Não causa nenhum efeito de estufa ou chuvas ácidas;
É fácil de transportar como novo combustível;
É uma fonte de energia segura, visto que até a data só existiram dois acidentes mortais;
Permite reduzir o défice comercial;
O espaço ocupado pelo homem está a todo o momento sofrendo modificações relacionadas ou
impostas pelo próprio homem, que podem ser danosas ao meio quando não administradas
corretamente.
Os indicadores de eficiência energética podem ser calculados de diversas formas atualmente têm
sido propostos cerca de 600 indicadores, para a composição do programa, mas o número de
indicadores calculado por cada país depende de suas necessidades especificas de informações.
Principalmente nos países em desenvolvimento, serão mais confiáveis quando a sociedade se
conscientizar da necessidade de mudança de comportamento.
Os indicadores poderão fornecer dados com a finalidade de comparar eficiência energética entre
países, empresas e setores, determinando as influências tecnológicas, alocativas e políticas que
podem determinar o comportamento da sociedade em relação à eficiência energética e às medidas
para diminuir as emissões de GEE e outros. Os governos não podem mais desprezar a importância da
preservação do meio ambiente por intermédio do uso eficiente dos recursos naturais. Produzir os
mesmos ou melhores produtos com menos energia e outros recursos naturais deve ser uma meta, um
propósito, de todas as indústrias e dever dos governos, por intermédio de uma regulamentação
adequada, a fim de preservar os direitos das próximas gerações.
Os critérios de escolha dos sistemas energéticos, para um determinado uso têm sido em função dos
seguintes itens:
Tecnologia;
Preço;
Disponibilidade no local;
Segurança de fornecimento e
Minimização do investimento fixo nas instalações.
Efeito Estufa
O debate sobre o efeito estufa e a medida adequada de preveni-lo tem, fortemente, apontado para
a necessidade de basear as negociações que na avaliação e comparação da evolução da eficiência
energética e na emissão de CO2 em vários países. Essa comparação tornou-se muito difícil
devido à falta de homogeneidade nas definições e medidas. Os indicadores calculados para medir
a eficiência energética são diferentes de um país para outro; por isso a interpretação dos dados
diverge consideravelmente. Essas divergências não impedem desses indicadores ainda serem
utilizados, muitas vezes, como instrumentos para determinar cotas de CO2, principalmente para
a indústria.
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A produção de energia elétrica, utilizando carvão e combustíveis fosseis, é um dos fatores que
mais contribuem para o aumento de CO2, na maioria dos países.
O cálculo, para as emissões, foi estimado tendo como referência uma usina de 1GW/ano.
Os dados técnicos do carvão são:
eficiência de 38%, poder calorífico de 8MWh/t, 7% de conteúdo de cinzas, densidade de 6,6t/m3
e 1% de Enxofre (Mattos & Meldonian, IPEN, s/data).
Porém, esse quadro tende a mudar, com a introdução de termoelétricas a gás natural e carvão
mineral na matriz energética brasileira. O gás natural, normalmente, é citado como uma fonte
mais limpa do que os outros combustíveis fósseis, para produção de energia elétrica, porém, isso
só é verdade com relação à emissão de CO2 e para comparação com países nos quais a energia
elétrica é produzida por carvão.
A tendência nacional e mundial, quanto ao aproveitamento do gás natural como fonte alternativa
de eletricidade, é de crescimento devido principalmente a três aspectos:
(1) desenvolvimento de ciclos combinados, (2) expansão de sistemas de cogeração e (3) poucas
restrições ambientais. No Brasil, a assinatura do contrato de compra do gás natural da Bolívia,
tem contribuído para a expansão das termoelétricas e da cogeração na indústria.
Conclusão
A questão ambiental é real e urgente, mesmo os que acreditam que a tecnologia pode substituir a
falta de recursos naturais compreendem que as consequências ambientais, dos seus efeitos em
cadeia, do uso intensivo dos recursos naturais, dos combustíveis fosseis e de outras ações, não
podem ser revertidas automaticamente e nem no curto prazo.
A prevenção e o uso eficiente dos recursos naturais ainda são a saída imediata e depois o
desenvolvimento de um novo padrão de consumo e de comportamento individual e de toda a
sociedade poderá ser a solução.
Portanto, uma política efetiva de ação para enfrentar os desafios ambientais e sociais,
necessariamente, tem que ser de longo prazo, incluir a ideia que o novo estilo de
desenvolvimento deve ser pensado localmente, tendo uma visão global dos resultados que podem
ser obtidos, a partir da interação do Estado, das ONGs e da população, para que seja legitimado e
bem sucedido.
Referências Bibliográficas
Energia e Meio Ambiente; Roger A. Hinrichs, Merlin Kleinbach, Tradução da 4ª Ed. Norte
Americana, 2010.
Energia Sociedade e Meio Ambiente; Yolanda Vieira de Abreu, Marco Aurélio Gonçalves de
Oliveira, Sinclair Mallet-Guy Guerra, Brasil, 2010.
Eficiência Energética Fundamentos e Aplicações; 1ed. Elektro, Univ. Fed Itajubá, Excen, Fupai,
Campinas, 2012.
Eficiência Energética Curso para otimização do uso de energia na indústria; CPFL Energia,
Campinas, 2006.
http://www.aneel.gov.br/; 21/11/2014
http://ambientedomeio.com/gestao-ambiental/conceito-de-meio-ambiente/; 22/11/2014 - Fonte:
Lima, Ana Marina Martins de, Silva, Antonio Carlos da, Silva, Luciani Costa; Proposição de
Implementação de um Sistema de Gestão Ambiental no Instituto Adolfo Lutz. (Monografia de
conclusão do curso de Pós Graduação em Gestão Ambiental ). SENAC. São Paulo 2007.
http://www.mme.gov.br/mme/galerias/arquivos/publicacoes/BEN/2_-_BEN_-_Ano_Base/12_-
_Sxntese_do_Relatxrio_Final_BEN.pdf; Balanço Energético Nacional 2014; 21/11/2014
http://www.portal-energia.com/vantagens-e-desvantagens-da-utilizacao-da-energia/ 21/11/2014.
ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
03 – AUDITORIA ENERGÉTICA
Introdução:
A ideia é apresentar como uma auditoria energética pode aumentar a eficiência energética de
muitos processos.
Metodologias padronizadas:
Diagnóstico Energético, Auto-avaliação dos pontos de desperdício e Estudo de otimização
energética.
Análise de Investimento:
A decisão do investimento passará pela análise do investimento, considerando a viabilidade do
projeto.
Definição:
-Termodinâmicas;
- Tecnológicas;
- Operacionais
Metodologias padronizadas:
Diagnóstico Energético:
Esse método visa o levantamento do perfil de consumo por uso final. Utiliza-se de software e
requer levantamento em campo para levantamento dos dados. Não trata em detalhes os aspectos
econômicos e aborda, principalmente, eletricidade.
A sequencia apresentada abaixo deve ser adotada para o desenvolvimento de uma auditoria
energética:
Diagrama de Sankey é um tipo específico de diagrama de fluxo, onde através da largura das setas
é apresentado uma proporção de uma certa quantidade de fluxo. Este tipo de diagrama é muito
utilizado para visualizar a quantidade de energia transferidos entre os processo.
Requerimentos da auditoria:
- Consumos mensais de água, energia elétrica e combustíveis ao longo de um ano;
- Plantas, desenhos e esquemas detalhados das instalações (as built, se possível);
- Balanços energéticos e de material, atualizados, para cada unidade;
- Temperaturas e pressão nos pontos relevantes, valores medidos e de projeto;
- Características elétricas dos equipamentos e valores medidos associados;
- Considerações sobre as especificações do produto de caráter energético;
- Considerações ambientais e de locação da empresa;
- Perspectivas de alterações no processo.
Análise de Investimento:
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Decisões de Investimento
As decisões de investimento em programas de eficiência energéticas passam necessariamente por
uma análise de viabilidade econômica. São aplicados índices econômicos que permitem traduzir
a atratividade de um investimento.
Valor presente (VP) é o valor atualizado de um determinado investimento para o tempo presente
e Valor presente líquido (VPL) é o resultado da atualização do fluxo de caixa de um determinado
programa de investimento.
Também deve ser considerado no estudo outros critérios de análise econômica, como Taxa
interna de retorno (payback), Custo de conservação de energia e custo de demanda evitada.
Conclusão:
A auditoria energética busca a redução das
perdas e uso racional dos recursos energéticos.
Quem ganha com a eficiência energética:
• Quem produz e quem compra o serviço ou produto (menores custos)
• O nosso país e o meio ambiente (sustentabilidade)
Introdução
Apenas a partir de 1994, com o advento do Plano Real, foram modificadas faixas de
descontos para UCs residenciais, criando-se uma subclasse de Baixa Renda, com o objetivo de
manter subsídios para as classes consumidoras dos menos favorecidos economicamente.
Outro importante marco foi o incentivo a eficiência através da redução de custos, fixando
um processo de licitação, na qual ganhava a concessionária que oferecesse a menor tarifa pela
concessão. Além disso, nesse período, foram instituídos os Consumidores Lívres,
desverticalizando a estrutura de preços da geração, transmissão, distribuição e comercialização,
respectivamente.
Conceitos e Definições
I - Carga instalada: soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na
unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW).
III - Demanda: média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico
pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de
tempo especificado.
VII - Demanda medida: maior demanda de potência ativa, verificada por medição,
integralizada no intervalo de 15 (quinze) minutos durante o período de faturamento, expressa em
quilowatts (kW).
VIII - Energia elétrica ativa: energia elétrica que pode ser convertida em outra forma de
energia, expressa em quilowatts-hora (kWh).
IX - Energia elétrica reativa: energia elétrica que circula continuamente entre os diversos
campos elétricos e magnéticos de um sistema de corrente alternada, sem produzir trabalho,
expressa em quilovolt-ampère-reativo-hora (kVAr).
c) Horário de ponta (P): período definido pela concessionária e composto por 3 (três) horas
diárias consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos e feriados nacionais, considerando as
características do seu sistema elétrico.
d) Horário fora de ponta (F): período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e
complementares àquelas definidas no horário de ponta.
XIII - Fator de carga: razão entre a demanda média e a demanda máxima da unidade
consumidora ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado.
O Fator de Carga (FC) é um índice que demonstra se a energia consumida está sendo utilizada de
maneira racional e econômica. Este índice varia entre zero a um, e é obtido pela relação entre a
demanda média e a demanda máxima, durante um período definido.
O fator de carga é expresso pela relação entre a energia ativa consumida num determinado
período de tempo, e a energia ativa total que poderia ser consumida, caso a demanda medida do
período (demanda máxima) fosse utilizada durante todo o tempo.
Onde:
kWh = consumo de energia ativa
kW = demanda de potência ativa medida
t = nº de horas ocorridas no intervalo
XIV - Fator de demanda: razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo especificado
e a carga instalada na unidade consumidora.
XV - Fator de potência: razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos
quadrados das energias elétricas ativas e reativas, consumidas num mesmo período especificado.
A energia reativa forma um campo magnético necessário para que o eixo dos motores possa
girar. A energia reativa está presente em: motores, transformadores, reatores, lâmpadas
fluorescentes, etc.
Se efetuarmos a composição destas duas formas de energia, achamos a energia aparente ou total.
Resumindo, o fator de potência é um índice que indica quanto da energia foi utilizada em
trabalho e quanto foi utilizada em magnetização.
O fator de potência (FP) é o quociente da potência ativa (kW) pela potência aparente (kVA). E,
conforme o "Triângulo de Potências" abaixo mostrado, o fator de potência é igual ao cosseno do
ângulo.
Então:
XVI - Fatura de energia elétrica: nota fiscal que apresenta a quantia total que deve ser paga
pela prestação do serviço público de energia elétrica, referente a um período especificado,
discriminando as parcelas correspondentes.
Grupo nos termos definidos nos arts. 79 a 81, caracterizado pela estruturação tarifária monômia e
subdividido nos seguintes subgrupos:
a) Subgrupo B1 - residencial;
c) Subgrupo B2 - rural;
XXI - Tarifa monômia: tarifa de fornecimento de energia elétrica constituída por preços
aplicáveis unicamente ao consumo de energia elétrica ativa.
XXII - Tarifa binômia: conjunto de tarifas de fornecimento constituído por preços aplicáveis ao
consumo de energia elétrica ativa e à demanda faturável.
XXIII - Tarifa de ultrapassagem: tarifa aplicável sobre a diferença positiva entre a demanda
medida e a contratada, quando exceder os limites estabelecidos.
Desta forma, agentes associados que participam da CCEE estão divididos em categorias
de Geração, Distribuição e Comercialização, sendo facultativos ou obrigatórios.
“Os agentes de mercado são divididos por categorias, conforme definido na Convenção de
Comercialização. Conheça cada uma das categorias de geração, de distribuição e de
comercialização.
GERAÇÃO
• Autoprodutor: agente com concessão, permissão ou autorização para produzir energia destinada
a seu uso exclusivo, podendo comercializar eventual excedente de energia desde que autorizado
pela Aneel.
COMERCIALIZAÇÃO
• Comercializador: agente que compra energia por meio de contratos bilaterais celebrados no
Ambiente de Contratação Livre - ACL, podendo vender energia a outros comercializadores, a
geradores e aos consumidores livres e especiais, no próprio ACL, ou aos distribuidores por meio
dos leilões de ajuste no Ambiente de Contratação Regulada - ACR.
• Consumidor Livre: consumidor que, atendendo aos requisitos da legislação vigente, pode
escolher seu fornecedor de energia elétrica (gerador e/ou comercializador) por meio de livre
negociação. A tabela a seguir resume as condições para que o consumidor de energia possa se
tornar livre.
• Consumidor Especial: consumidor com demanda entre 500 kW e 3MW, que tem o direito de
adquirir energia de qualquer fornecedor, desde que a energia adquirida seja oriunda de fontes
incentivadas especiais (eólica, Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCHs, biomassa ou solar).
• Importador: agente que detém autorização do Poder Concedente para realizar importação de
energia elétrica para abastecimento do mercado nacional.
• Exportador: agente que detém autorização do Poder Concedente para realizar exportação de
energia elétrica para abastecimento de países vizinhos.
DISTRIBUIÇÃO
Dessa forma, a estrutura das tarifas de fornecimento de energia elétrica pode ser
desenhada para abranger cada tipo unidade de consumidora classificada pelo nível de tensão de
atendimento e pela sua finalidade.
É importante notar que um consumidor que opte pelo mercado livre continuará pagando
a TUSD ao distribuidor local e deixará de pagar a tarifa de energia, a TE, tendo em vista a
contratação do fornecimento de energia com outro fornecedor.
Contudo, não são todos os consumidores que podem optar por essas três modalidades
tarifárias. Somente os consumidores conectados em média tensão (tensões inferiores a 69 kV) e
com demanda contratada inferior a 300 kW podem escolher a melhor, dentre as três, o que
depende do fator de carga e do fator de modulação do consumidor. Aqueles atendidos em média
tensão e com demanda contratada igual ou superior a 300 kW podem optar por uma das duas
tarifas horo-sazonais, enquanto os demais, obrigatoriamente, devem contratar a THS Azul, como
pode ser visto na tabela abaixo.
Taxas e tarifas
TARIFAS PARA O FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
Resolução 1.271/ANEEL de 03/04/2012, publicada no DOU - Diário Oficial da União em 05/04/2012,
cuja as taxas e tarifas terão vigência no período de 08/04/2012 a 07/04/2013.
PREÇOS DE TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA PRATICADAS NA CPFL - PAULISTA
Consumo Consumo Desconto
Grupo B
R$/kWh R$/MWh %/kW
Residencial - Normal 0,33715 337,15 -
Baixa Renda
0 a 30 kWh 0,11329 113,29 65
31 a 100 kWh 0,19419 194,19 40
101 a 220 kWh 0,29129 291,29 10
> 220 kWh 0,32369 323,69 -
VERDE
A3a (30 a 44 kV) 5,92 754,42 177,26 726,76 161,21 11,84
A4 (2,3 a 25 kV) 8,49 934,66 177,26 907 161,21 16,98
Demanda Energia Ultrapassagem
Grupo A Convencional
R$ / kW R$ / MWh R$ / kW
A3a (30 kV a 44 kV) 20,44 179,93 40,88
A4 (2,3 kV a 25 kV) 28,60 179,93 57,2
TARIFAS de USO do SISTEMA
TUSD - Consumidor Livre - CPFL Paulista
TUSD
TUSD Fio
Encargos
(R$/kWh)
(R$/kWh)
Fora
Sub Grupo Ponta Fora Ponta Ponta
Ponta
A2 - Industrial e
15.77 3.53 26.72 26.72
Comercial
A3 - Industrial e
20.11 5,11 26.72 26.72
Comercial
A3a - Industrial e
20.17 5.92 26.72 26.72
Comercial
A4 - Industrial e
27.93 8,49 26.72 26.72
Comercial
Descontos Tarifários Demanda Consumo
GRUPO A
Rural 10% 10%
Serv. Água / Esgoto 15% 15%
GRUPO B
Serv. Água / Esgoto 0% 15%
Grupo B - R$ Grupo A
Serviços Executados
MONO BI TRI R$
A tarifa vigente para o consumidor residencial (B1) da CPFL Paulista para o período de 8
de abril de 2007 a 7 de abril de 2008 é de R$ 0,33782/kWh. O gráfico abaixo ilustra quanto esse
consumidor pagará por componente (geração, transmissão, distribuição e encargos e tributos),
caso a sua conta seja de R$ 100,00.
Além dos encargos setoriais, o consumidor da CPFL Paulista arca com os impostos. Em
São Paulo, como previsto na legislação estabelecida pelo próprio Estado (Lei 6.374/89), as
alíquotas do ICMS, um dos impostos incidentes sobre as contas de energia elétrica, podem ser
zero, 12%, 18% ou 25%, conforme a classe de consumo.
A seguir, apresentamos um exemplo prático da incidência dos tributos na conta de luz de
um consumidor residencial de Campinas/SP:
Entre as décadas de 70 e 90, havia uma única tarifa de energia elétrica em todo Brasil. Os
consumidores dos diversos estados pagavam o mesmo valor pela energia consumida. Esse valor
garantia a remuneração das concessionárias, independente da sua eficiência, e as empresas não
lucrativas eram mantidas por aquelas que davam lucro e pelo Governo Federal.
Essa modalidade de tarifa não incentivava as empresas à eficiência, pois todo o custo era
pago pelo consumidor. Por diversas razões, entre elas a contenção das tarifas para controle da
inflação, a remuneração mínima prevista para as concessionárias não era atingida, gerando um
círculo vicioso, com inadimplência entre distribuidoras e geradoras e falta de capacidade
econômico-financeira para a realização de novos investimentos. Nesse contexto, surgiu a Lei nº
8.631/1993, pela qual a tarifa passou a ser ficadas por concessionária, conforme características
específicas de cada área de concessão.
E, em 1995, foi aprovada a Lei nº 8.987 que garantiu o equilíbrio econômico-financeiro
às concessões de distribuição de energia elétrica.
Desde então, estabeleceu-se uma tarifa por área de concessão (território geográfico onde
cada empresa é contratualmente obrigada a fornecer energia elétrica). Se essa área coincide com
a de um estado, a tarifa é única naquela unidade federativa. Caso contrário, tarifas diferentes
coexistem dentro do mesmo estado.
Dessa maneira, as tarifas de energia refletem peculiaridades de cada região, como número
de consumidores, quilômetros de rede e tamanho do mercado (quantidade de energia atendida
por uma determinada infra-estrutura), custo da energia comprada, tributos estaduais e outros.
A cartilha – Por dentro da conta de luz da Aneel, exemplifica bem o entendimento dos
mecanismos para manter o equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias:
“Imagine-se como um síndico de um condomínio que precisa determinar o valor da taxa mensal
a ser paga pelos moradores. Você arcará com custos como água e impostos, que na realidade, são
apenas divididos entre os condôminos. Existirão ainda outros custos, como pagamento de
pessoal, material de limpeza e obras, passíveis de controle para que se gaste mais ou menos, de
acordo com as necessidades do condomínio. Assim, você terá de aplicar as disposições do
estatuto do condomínio para arrecadas, de cada morador, um valor que, somado, comporá uma
receita capaz de cobrir as despesas do condomínio e deixar uma sobre para obras e
investimentos.
Em certa medida, isto também se aplica ao órgão regulador na definição das tarifas de energia. A
ANEEL, seguindo dispositivos do contrato de concessão, fixa valores que, somados, representam
uma receita suficiente para que a concessionária cubra seus custos eficientes e possa realizar
investimentos prudentes para a manutenção da qualidade do serviço.” (ANEEL, 2007)
A receita requerida da empresa, chamada “receita do serviço de distribuição”, pode ser dividida
em dois grandes conjuntos de repasse de custos:
Considerações Finais:
CONGRESSO NACIONAL - Reduzir o número e o valor dos encargos setoriais e dos tributos
federais que incidem sobre a tarifa de energia elétrica.
Referências Bibliográficas:
BRASIL, Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Resolução n◦456. Brasília. 29 de novembro
de 2000 57p.
BRASIL, Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Por dentro da Conta de Luz – Cartilha
ANEEL. Brasília. 2012, 34p.
FUGIMOTO, Sérgio Kynia. Estrutura de Tarifas de Energia Elétrica. ANEEL - Tese, São Paulo, SP,
2010. Disponível em:
<http://www.aneel.gov.br/biblioteca/trabalhos/trabalhos/Tese_Sergio_Fugimoto.pdf>. Acesso em 30 nov.
2014.
E, para isto, deveremos empregar um capital a fim de recuperá-lo futuramente com vantagens, ou
seja, realizar um investimento. Será necessário, então, saber avaliar qual é o melhor
investimento.
Nas atividades que envolvem transações financeiras, para selecionar e implementar alternativas,
é necessário ter o conhecimento de como analisar corretamente um investimento. Nestes casos,
as questões econômicas surgem com força e o seu conhecimento nos ajuda a tomar a decisão
correta.
Para exemplificar, vamos criar uma situação hipotética. Um determinado equipa- mento custa na
loja R$ 1.100,00 a ser pago em uma única vez, no ato da compra. Uma outra condição de
pagamento é em 12 prestações de R$ 110,00. Pode-se, então, calcular que, a prazo, o custo deste
equipamento será:
Matematicamente se diz que, neste exemplo, para o pagamento a prazo há um juro de R$ 220,00.
Portanto, juro significa o valor a ser acrescido ao valor de um objeto para pagá-lo em um
determinado tempo.
O juro pode ser expresso em valores absolutos como no exemplo anterior, ou em percentual.
Para determinar o valor do juro em percentual, usamos:
( )
(Equação 1.2)
Se você emprestou R$ 2.000,00 e pretende cobrar juros fixos de dois por cento ao mês (2% a.m),
quanto receberá após 6 meses?
Neste exemplo, vamos destacar como são chamados matematicamente os valores envolvidos:
Em cálculos de juros simples, envolvendo um só período, o valor futuro é deter minado por:
F = P x (1 + i) (Equação 1.3)
Quando existe mais de um período, o valor futuro em termos de juros simples é determinado por:
F = P x (1 + i x n) (Equação 1.4)
Define-se, como juros simples, o juro calculado sempre sobre o valor presente.
Existem situações em que os juros são calculados sobre juros. São, então, chama- dos de juros
compostos.
Para calcular juros compostos, imagine que você deposite R$10.000,00 numa aplicação que
pague juros fixos de um por cento ao mês (1% a.m). Quanto será o montante após 5 meses?
No final do primeiro mês o valor do capital passará de R$10.000,00 para R$ 10.100,00, ou seja,
1% a mais sobre R$ 10.000,00. Para o segundo mês deve- se acrescer 1% sobre o valor
atualizado, no caso R$ 10.100,00. Portanto, o valor do capital passará para R$ 10.201,00, que
equivale a 1% sobre R$ 10.100,00. No terceiro mês deverá ser acrescentado 1% sobre este
último valor passando para R$ 10.303,10. Assim ocorrendo sucessivamente, teremos no quinto
mês R$ 10.510,10.
( ) (Equação 1.5)
Custo de oportunidade
É muito comum nos depararmos com a necessidade de realizar investimentos, seja na nossa vida
pessoal ou na empresa onde trabalhamos. Para que se faça um bom negócio, devemos fazer de
forma eficiente uma análise de investimento. Assim, o risco de algo sair errado torna-se menor.
Quando pensamos em melhorar a relação custo x benefício dos equipamentos elétricos dentro de
uma empresa, é necessário analisar as várias soluções, ou seja, fazer uma análise de
investimentos.
Se, por exemplo, decide-se trocar os motores da empresa pelos de melhor rendimento, e pagá-los
à vista, isso por um lado diminuirá o consumo de energia, mas, por outro, retirará da empresa um
capital que tinha em mão e que poderia ser investido em novas máquinas. Mas se este motor for
pago em prestações, mesmo que com juros, além de diminuir o consumo de energia, poderá
permitir novos investimentos.
A melhor escolha, então, só poderá ser feita após uma análise de cada alternativa ou
oportunidade e de seus custos, e estas só serão atrativas caso permitam lucros, seja no presente
ou no futuro.
Na verdade, podemos considerar que sempre se tem o que fazer com qualquer dinheiro que
temos em reserva. Podemos, também, dizer que temos diversas alternativas, ou oportunidades, de
como e onde realizar estes investimentos. Porém, para realizarmos determinado investimento,
abrimos mão de outros. Assim, ao abrirmos mão, deixamos de ter rendimentos dali. Este
rendimento é chamado de custo de oportunidade.
Como exemplo, imagine que, entre a opção de trocar um conjunto de lâmpadas por outras mais
eficientes ou adquirir uma nova máquina, sendo que ambas trariam retorno financeiro, você
decidiu pela segunda alternativa. Desta forma, para ganhar de um lado, decidiu não ganhar de
outro. O valor que você rejeitou, ou seja, o do beneficio da troca de lâmpadas, é o seu custo de
oportunidade.
Fluxo de caixa
Um fluxo de caixa é representado por uma linha horizontal, em que setas verticais indicam
entradas e saídas. Por convenção, as setas que apontam para baixo representam saídas e as que
apontam para cima representam entradas. A linha horizontal representa a linha do tempo.
Veja um exemplo:
Uma pessoa emprestou R$ 10.000,00 para receber após um ano R$ 11.000,00. Desenhe este
fluxo de caixa.
Observa-se no fluxo de caixa desenhado que o valor que a pessoa emprestou está representado
para baixo, pois significa uma saída para ela. Após um ano, o dinheiro recebido está
representado por uma seta indicando para cima.
Num fluxo de caixa representado por uma série uniforme, o valor futuro pode ser determinado
pela equação da soma dos termos de uma PG
( )
( )
(equação 1.6)
( )
( )
(Equação 1.7)
Em outras palavras F/A mostra o fator para multiplicar o valor da prestação (A), para que se
conheça o valor futuro (F), com os respectivos juros e números de prestações conhecidos.
Este fator é o inverso do fator de valor futuro (F/A), ou seja, com ele descobre-se o fator a ser
multiplicado o valor futuro (F) para determinar o valor da prestação (A), com os respectivos
juros e o número de prestações conhecido.
( )
( )
(Equação 1.8)
Considere que você pretende, em um determinado período (n), ter, numa aplicação de juros fixos
(i) (série uniforme), um valor estipulado (F). Por meio do fator de amortização (A/F) chega-se ao
valor do depósito mensal (A) necessário.
Quando depositar a primeira parcela (A1), qual o fator do valor futuro (F) estará garantido?
(obs.: fator é o percentual).
Este valor pode ser definido substituindo a equação 1.5 na equação 1.6:
( )
( ) (equação 1.5) e ( ) (equação 1.6)
( )
( ) ( ) que resulta em
( )
( )
(equação 1.9)
Logo, com o fator de recuperação de capital (FRC) também é possível determinar o valor das
prestações.
( )
( )
(equação 1.10)
Para alcançar maior eficiência energética, muitas vezes será necessário tomar decisões que
envolvam custos. Para tanto, é preciso conhecer métodos que ajudam a tomar decisões
necessárias.
Quando comparadas entre si, cada uma dessas técnicas apresenta vantagens e desvantagens, o
que exige, de quem as aplica, o conhecimento de suas limitações e de seus pontos positivos.
Este método de análise consiste em trazer para o presente os valores futuros de um fluxo de caixa
e compará-los ao investimento inicial. Assim, será possível verificar se é ou não viável a
negociação a ser feita. Nesse caso, ao trazer para o presente os valores futuros, considera-se que
o valor do dinheiro muda ao longo do tempo, ou seja, uma determinada quantia, hoje, não tem o
mesmo valor futuramente.
Caso a nossa necessidade fosse calcular o valor futuro desta série uniforme, teríamos que corrigir
cada parcela individualmente até a data da última prestação, utilizando a equação 1.6.
( ) ( )
( ) ( )
Porém, nesse caso, o que se deseja fazer é corrigir os valores para o presente, ou seja, deve-se
desvalorizar as parcelas para valores atuais. Calcularemos, então, quanto valia cada R$1.000,00
anteriormente. Para isso, deduzimos a equação 1.5, para juros compostos e determinamos, por
meio da soma destes valores, quanto esse montante vale no tempo presente.
( ) ( )
Para determinar, de forma mais rápida, o valor presente, utiliza-se a seguinte equação:
VP = A x FVP(i,n)
( )
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )
Conhecendo-se, então, o conceito de valor presente, podemos compreender o que significa valor
presente líquido (VPL). Para determiná-lo, basta subtraí-lo do investimento inicial (I)
VPL = VP – I
( )
( )
(equação 1.11)
Valor Anual Líquido (VAL)
Este método de análise de investimento é utilizado assim como o VPL, para com- parar duas ou
mais situações. A diferença básica é que neste não existe a necessidade de se comparar projetos
de mesmos períodos de duração, podendo, então, comparar produtos e/ou serviços de duração
diferentes e que precisam de reposição contínua, por tempo indeterminado inclusive.
O que se faz é trabalhar com resultados anuais de cada caso. Unifica-se a base de tempo e esta
passa a ser a referência. Determinar-se-á, portanto, o quanto representa o projeto por ano,
considerando todas as entradas e todas as saídas que se visualiza no fluxo de caixa.
Quando o VAL for positivo, trata-se de uma alternativa aceitável. Na comparação entre dois
projetos de investimento, aquele que apresentar o maior VAL é o mais atrativo (maior receita ou
menor custo).
Portanto, a grande vantagem na utilização do VAL numa análise é poder selecionar alternativas,
sem a necessidade de que tenham o mesmo período de duração.
Exemplo:
Deseja-se investir num sistema de iluminação. Um dos projetos analisados prevê a instalação de
lâmpadas para 7.300h de vida média útil, com potência total de 15kW. Sabendo-se que:
Qual o valor anual de custos deste investimento, considerando uma taxa de juros de 12% a.a?
Solução
Como o sistema de iluminação terá uma vida média de quatro anos, vamos distribuir o custo de
instalação neste tempo e verificar seu custo anual. Neste caso, devemos lembrar que a taxa de
juros é de 12% a.a.
O que estamos procurando é o valor da parcela para uma taxa de juros de 12%, para 4 períodos,
em que o valor presente é de R$ 7.860,00, ou seja, o valor do investimento inicial.
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
Finalmente, podemos determinar o custo deste sistema no ano, somando-se os custos calculados:
Exemplo:
Este fluxo mostra que, para um investimento inicial de R$ 2.000,00, haverá qua- tro pagamentos
de R$ 525,25. Se uma aplicação financeira paga 2% ao período, a negociação feita conforme o
fluxo anterior foi melhor ou pior?
Solução
Utilizando o critério do valor presente líquido (VPL), temos, conforme a equação 1.11
( ) ( )
( ) ( )
Neste caso, uma taxa de juros de 2% faz com que VPL seja zero, ou seja, apresentou o mesmo
rendimento que a aplicação. Portanto, esta é a taxa interna de retorno (TIR) deste fluxo de caixa,
ou seja, o ponto de equilíbrio entre o valor presente (VP) e o valor do investimento (I).
O critério do tempo de retorno de capital, também conhecido por payback é, sem dúvida, o mais
difundido no meio técnico para análises de viabilidade econômica, principalmente devido à sua
facilidade de aplicação.
(equação 1.11)
Onde:
n = tempo de retorno
I = investimento realizado
A = economia proporcionada
Para o payback descontado, obtém-se o tempo de retorno considerando as taxas de juros. Neste
caso, a equação a ser utilizada é:
( )
( )
(equação 1.12)
Onde:
n = tempo de retorno
I = investimento realizado
A = economia proporcionada
i = taxa de juros
Exemplo:
Dados
I = R$300,00
A = R$50,00
i = 2% a.m.
( ) ( )
( ) ( )
Resumindo
O critério do valor presente líquido (VPL) confronta situações, trazendo os custos e be- nefícios
(despesas e receitas) para o momento presente, visando compará-los com o investimento inicial.
O valor anual líquido (VAL), da mesma forma, confronta situações, mas avaliando o resultado
anual de cada uma, o que permite comparar projetos com diferentes tempos de validade.
A taxa interna de retorno (TIR) ajuda-nos a determinar a taxa de juros que faz uma aplicação
empatar suas despesas e receitas. Assim, pode-se saber quando uma taxa representa lucro ou
prejuízo, no caso de estar acima ou abaixo da TIR.
Por fim, vimos o tempo de retorno de capital (TRC), o payback, que mostra em quanto tempo
um investimento se paga.
Risco e Incerteza
O conceito de risco pode apresentar diferentes sentidos, dependendo do con- texto em que estiver
inserido. De forma simples, podemos dizer que existe uma situação de risco quando as
probabilidades dos resultados das decisões são conhecidas.
Mas existem casos em que não se conhecem as probabilidades dos resultados que poderão
acontecer. É como “dar um tiro no escuro”. Este caso é conhecido como uma situação de
incerteza. Uma incerteza permite definir várias possibilidades, mas não probabilidades.
Risco – situação que permite conhecer as probabilidades quanto aos resultados das decisões.
DE LORENZO DO BRASIL LTDA
Rua: Paes Leme, 524, conj.: 72 – Pinheiros – São Paulo – SP CEP 05424-010
Tel: (11) 3037-8113 Fax: (11) 3037-8117
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Incerteza – situação em que não se conhece as probabilidades quanto aos resultados das decisões.
Quanto mais incertezas houver em um determinado projeto, maiores serão os riscos e quanto
mais se reduzem as incertezas, menor será o risco.
Um exemplo bem simples de risco e incerteza pode ser a construção de uma ter- melétrica para
operar com gás natural, cujo preço esteja atrelado a uma moeda estrangeira, como o dólar. Se o
valor do dólar sofrer mudanças muito rápidas e de forma imprevisível, ou seja, comportar-se
com muita incerteza, maior será o risco deste projeto.
Bibliografia:
Introdução:
Contextualização:
PRO
CEL
:
PRO
CEL
-
Prog
rama
Naci
onal
de
Cons
ervaç
ão de
Figura 15 - Setor Elétrico Brasileiro, MME, 2008 Ener
gia
Elétrica é um programa de governo, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia – MME e
executado pela Eletrobrás. Foi instituído em 30 de dezembro de 1985 para promover o uso
eficiente da energia elétrica e combater o seu desperdício. As ações do PROCEL contribuem
Áreas de Atuação
Legislação:
As leis seguem uma hierarquia, sendo elas: Constituição, Leis, Medidas Provisórias,
Decretos, Portarias e Resoluções.
Segue abaixo leis e projetos de lei das esferas federal, estadual e municipal; decretos;
portarias e resoluções da ANEEL.
Resolução Normativa ANEEL 233 de 24.10.2006 - Procedimentos para cálculo dos
recursos previstos na Lei no 9.991;
Lei 10.438 de 29.04.2002 - Dispõe sobre a expansão da oferta de energia elétrica
emergencial;
Lei 10.295 de 17.10.2001 - Dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional
de Energia;
Resolução ANEEL 492 de 03.09.2002 - Estabelece critérios para aplicação de recursos
em programas de eficiência energética;
Resolução CGCE 004 de 22.05.2001 - Estabelece regimes especiais de tarifação, limites
de uso e fornecimento de energia elétrica;
Projeto de Lei 6164/05 - Prorroga até 2010 a aplicação de recursos em programas
de eficiência energética;
Resolução ANEEL 176 de 28.11.2005 - Estabelece critérios para aplicação de recursos
em programas de eficiência energética;
Resolução ANEEL 334 de 02.12.1999 - Autoriza o desenvolvimento de projetos que
visam à melhoria do fator de carga;
Resolução ANEEL 394 de 17.09.01 - Estabelece critérios para aplicação em projetos de
combate ao desperdício de energia elétrica;
Decreto 4.059 de 19.12.2001 - Estabelece níveis máximos de consumo de energia, ou
mínimos de eficiência energética, para máquinas e aparelhos fabricados ou
comercializados no país;
Decreto 3.867 de 16.07.01 - Define onde os recursos de P&D em eficiência energética
serão depositados;
Resolução ANEEL 456 de 29.11.2000 - Estabelece as condições de fornecimento de
energia elétrica;
Portaria Interministerial 132 de 12.06.2006 - Aprova regulamentação para
lâmpadas fluorescentes compactas;
Lei 10.334 de 19.12.2001 - Trata da fabricação e da comercialização de lâmpadas
incandescentes;
Resolução ANEEL 215 de 28.03.2006 - Propõe modificações no texto do Manual para
Elaboração do Programa de Eficiência Energética;
Medida Provisória 2.147 de 15.05.2001 - Trata da criação da Câmara de Gestão da Crise
de Energia Elétrica (GCE);
Decreto 1.040 de 11.01.1994 - Determina que agentes financeiros oficiais de fomento
incluam projetos de conservação e uso racional da energia;
Decreto 3.806 de 26.04.2001 - Acrescenta inciso a decreto que trata de medidas
emergenciais de racionalização de energia;
Decreto 3.789 de 18.04.2001 - Institui Comissão de Gerenciamento da Racionalização da
Oferta e do Consumo de Energia Elétrica (CGRE);
Decreto 45.643 de 26.01.2001 - Estabelece procedimentos para aquisição de lâmpadas
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de alto rendimento;
Decreto 4.145 de 25.02.2002 - Dispõe sobre meta de consumo emergencial;
Decreto 3.330 de 06.01.2000 - Define meta de redução de consumo de energia nos
órgãos públicos para iluminação, refrigeração e arquitetura ambiental;
Resolução ANEEL 271 de 19.07.2000 - Estabelece critérios de aplicação de recursos
no combate ao desperdício de energia e P&D do setor elétrico;
Resolução ANEEL 153 de 18.04.2001 - Estabelece percentual de aplicação de
recursos no Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica Ciclo 2000/2001;
Resolução ANEEL 185 de 21.05.2001 - Define as deduções para a obtenção da Receita
Operacional Líquida;
Resolução ANEEL 186 de 23.05.2001 - Altera dispositivos e promove ajustes nos
critérios para aplicação de recursos no combate ao desperdício de energia ciclo
2000/2001;
Portaria 113 de 15.03.2002 - Estabelece meta de consumo para os órgãos públicos;
Portaria 466 de 12.11.1997 - Dispõe sobre as condições gerais de fornecimento de
energia elétrica;
Decreto 0-006 de 8.12.1993 - Institui o Selo Verde de Eficiência Energética;
Decreto 93.901 de 09.01.1987 - Estabelece critérios para o racionamento de energia
elétrica;
Decreto 0-002 de 8.12.1993 - Cria o Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional da
Energia;
Lei 4.507 de 30.03.2005 - Trata da instalação de aquecedores solares em conjuntos
habitacionais populares em Birigui;
Projeto de Lei 1.045 de 2006 - Torna obrigatório o uso de tubulação que permita a
adoção de sistema de aquecimento solar;
Projeto de Lei 518 de 2005 - Institui a Política Municipal de Incentivo ao Uso de Formas
Alternativas de Energia para Belo Horizonte;
Lei 3.486 de 2001 - Torna obrigatória a instalação de equipamentos de energia solar e/ou
aquecimento a gás em Varginha;
Decreto 34.979 de 23.11.1993 - Institui o Programa Estadual de Conservação de Energia
nas Edificações;
Portaria Interministerial 553 de 08.12.2005 - Define os índices mínimos de rendimento
nominal dos motores elétricos de indução trifásicos;
Portaria Interministerial 1.877 de 30.12.1985 - Institui o Programa Nacional de
Conservação de Energia Elétrica (Procel);
Portaria 46 de 07.03.2001 - Cria o Comitê de Acompanhamento das Metas de Conservação
de Energia;
Decreto 21.806 de 26.07.2002 - Torna obrigatória a adoção do Caderno de Encargos
para Eficiência Energética em prédios públicos;
Decreto 19.147 de 14.11.2000 - Dispõe sobre a redução do consumo de energia elétrica
em prédios públicos;
Decreto 45.765 de 04.05.2001 - Institui o Programa Estadual de Redução e
Racionalização do Uso de Energia;
Resolução CC-23 de 18.03.2004 - Institui grupo técnico para estudar e propor melhores
práticas de projeto e técnicas de gestão de sistemas no uso da energia elétrica;
Resolução CC-64 de 29.09.2005 - Define denominação do grupo técnico do Comitê de
Qualidade da Gestão Pública;
Portaria 174 de 25.05.2001 - Constitui a Comissão Interna de Redução do Consumo de
Energia;
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Portaria 001 de 13.08.1998 - Cria grupo de trabalho para estudar a eficiência energética;
Lei 11.456 de 29.03.2007 - Prorroga a aplicação de recursos nos programas de eficiência
energética até 2010;
Decreto 99.656 de 26.10.1990 - Cria a Comissão Interna de Conservação de Energia
(CICE);
Lei 14.459 de 3 de julho de 2007 - Dispõe sobre a instalação de sistema de aquecimento de
água por energia solar;
Regulamentação para etiquetagem voluntária de nível de eficiência energética de
edifícios comerciais, de serviços e públicos - Versão experimental aprovada pelo Comitê
Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética que trata da etiquetagem
voluntária de edificações comerciais e públicas;
Decreto municipal 49.148 de 21.01.2008 - Regulamenta a Lei 14.459 de 3 de julho de
2007 que dispõe sobre a instalação de sistema de aquecimento solar no município de São
Paulo;
Portaria interministerial nº 1.877, de 30 de dezembro de 1985 - Portaria que institui o
Procel em 30 de dezembro de 1985.
Referências Bibliográficas:
BRASIL, Eficiência Energética. MME – Ministério das Minas e Energia. Brasília, 2010.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/clima/energia/eficiencia-energetica>. Acesso em: 30
nov. 2014.
BRASIL, Plano Nacional de Eficiência Energética – PNEf. MME – Ministério das Minas e
Energia. Brasília, 2010. Disponível em:
<file:///E:/Curso%20Efici%C3%AAncia%20Energ%C3%A9tica%20nov14/PNEf_-
_Premissas_e_Dir._Basicas.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2014.
BRASIL, Programa de Eficiência Energética – PEE. Eletrobrás, Procel, 2006. Disponível em:
<http://www.eletrobras.com/pci/data/Pages/LUMISE3DEEFEDITEMIDF9E25EC22E3645E094
C572115887EF57PTBRIE.htm> Acesso em: 30 nov. 2014.
Vários trabalhos desenvolvidos mostram que a iluminação ineficiente é comum no Brasil. Uma
combinação de lâmpadas, reatores e refletores eficientes, associados a hábitos saudáveis na sua
utilização, podem ser aplicados para reduzir o consumo de energia elétrica.
Necessidades Humanas
Visibilidade;
Execução das tarefas;
Conforto visual;
Agradabilidade;
Saúde e bem-estar;
Avaliação estética;
Atender as Normas Técnicas.
Para a iluminação, tanto natural quanto artificial, o primeiro objetivo da iluminação é a obtenção
de boas condições de visão associadas à visibilidade, segurança e orientação dentro de um
determinado ambiente.
Proteção à vista;
Influências positivas sobre o sistema nervoso autônomo (parte do sistema nervoso central
que comanda o metabolismo e as funções do corpo);
Elevação do rendimento no trabalho;
Diminuição de erros e acidentes;
Maior conforto, bem-estar e segurança.
Seleção cuidadosa dos reatores visando à redução das perdas e com fator de potência
igual ou maior que 92%.
Qualidade da Iluminação
O bom projeto de iluminação depende da boa relação entre o cliente, o arquiteto, o projetista, o
fornecedor e o executor da obra.
A iluminação afeta profundamente as reações humanas ao ambiente e estas reações podem variar
desde a visão do óbvio, como também da beleza dramática de uma paisagem iluminada, ou da
resposta emocional provocada por um candelabro com velas em uma mesa de jantar, as
influencias provocadas na produtividade dos ocupantes de um escritório ou nas vendas em uma
loja varejo.
Evite acender lâmpadas durante o dia; abra bem as cortinas e persianas e use ao máximo
a luz do sol;
Use cores claras nas paredes internas da sua residência, as cores escuras exigem
lâmpadas com potência maior (Watts) que consomem mais energia;
Definições – Absorção
Transformação de energia radiante numa forma diferente de energia por interação com a matéria,
por exemplo, transformação de energia ultravioleta em luz visível através da camada de fósforo
existente em lâmpadas fluorescentes.
Quantidade de luz produzida pela lâmpada, emitida em todas as direções, que pode produzir
estímulo visual. Sua unidade é o lúmen (lm).
Eficiência Luminosa
É a relação entre o fluxo luminoso total emitido pela fonte e a potência por ele absorvida.
Unidade é o lumens por watts (lm/W).
Iluminamento (E)
A luz que uma lâmpada irradia, relacionada à superfície a qual incide, define o Iluminamento ou
Iluminância. Unidade é o lux (lx).
A área projetada de uma luminária, numa dada direção, é a área de projeção ortogonal da
superfície luminosa, num plano perpendicular à direção específica. Unidade é o m².
Campo Visual
O campo visual do olho humano é a extensão angular do espaço no qual um objeto pode ser
percebido, é dado por: 50º para cima, 60º para baixo e 80º horizontalmente para cada lado.
Controlador de Luz
É a parte da luminária projetada para modificar a distribuição espacial do fluxo luminoso das
lâmpadas; podendo ser do tipo refletor, refrator, difusor, lente e colmeia.
É a razão do fluxo utilizado pelo fluxo luminoso emitido pelas lâmpadas. É um índice da
luminária e influi no rendimento desta. Por exemplo, uma luminária para lâmpada fluorescente
com fator de utilização de 0,82, com uma lâmpada que produz um fluxo luminoso de 3.100
lúmens, fornecerá um fluxo utilizado de 2.542 lúmens.
O IRC identifica a aparência como as cores dos objetos e pessoas serão percebidas quando
iluminados pela fonte de luz em questão. Quanto maior o IRC, melhor será o equilíbrio entre as
cores.
É usado para descrever a cor de uma fonte de luz. A TCC é medida em Kelvin, variando de
1.500K, cuja aparência é laranja/vermelho até 9.000K, cuja aparência é azul. As lâmpadas com
TCC maior que 4.000K são chamadas de aparência “fria”, as lâmpadas com TCC menores que
3.100K são de aparência “quente” e as lâmpadas com TCC entre 3.100 e 4.000K são chamadas
de aparência “neutra”.
Tipos de Lâmpadas
Eficiência Luminosa:
Considerando que uma lâmpada incandescente de 200 W possui um fluxo luminoso de
aproximadamente 3.400 lm, a mesma irá apresentar uma eficiência luminosa de 17 lm/W. A
eficiência luminosa da lâmpada incandescente é baixa, pois a maior parte da energia consumida
é transformada em calor.
Existem alguns tipos de lâmpadas incandescentes que são utilizadas para aplicações específicas
como, por exemplo, aparelhos domésticos (geladeira e fogão).
Lâmpadas Halógenas
A lâmpada halógena possui uma vida mediana e uma eficiência luminosa um pouco maior do
que a incandescente comum. Devido ao fato de apresentarem um fluxo luminoso maior e uma
boa reprodução de cores, são utilizadas em iluminação de fachadas, áreas de lazer, artes gráficas,
teatros, estúdios de TV, faróis de automóveis, entre outras.
Lâmpadas de Descarga
Uma lâmpada de descarga funciona com equipamento auxiliar (reator e em alguns casos um
ignitor) ligado ao seu circuito elétrico. O reator tem como função limitar a corrente da lâmpada e
o ignitor ajudar a produzir a tensão necessária para o início da descarga elétrica.
Lâmpadas Fluorescentes
São lâmpadas de descarga de baixa pressão, onde a luz é produzida por pós-fluorescentes que
são ativados pela radiação ultravioleta da descarga.
São lâmpadas fluorescentes de tamanho reduzidas, criadas para substituir com vantagens as
lâmpadas incandescentes em várias aplicações.
Suas vantagens, em relação às incandescentes, estão, principalmente, no fato de apresentarem o
mesmo fluxo luminoso com potências menores, o que gera uma economia de energia de até 80
%, uma vida mediana maior, além de possuírem uma boa definição de cores.
Assim como a fluorescente, a lâmpada a vapor de mercúrio também necessita de um reator para
que este forneça tensão necessária na partida e limite a corrente de operação.
A vida mediana de uma lâmpada a vapor de mercúrio de alta pressão é superior a 15.000 horas
com 30 % de depreciação do fluxo luminoso no período.
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A eficiência luminosa, para uma lâmpada de 400 W que produz 22.000 lúmens, irá apresentar
um valor de 55 lm / W.
A vida mediana de uma lâmpada a vapor metálica está na ordem de 15.000 horas com 30 % de
depreciação do fluxo luminoso no período. A eficiência luminosa, para uma lâmpada de 400 W
que produz 36.000 lúmens, irá apresentar um valor de 90 lm / W.
As lâmpadas de vapor metálicas possuem um grande número de aplicações, a se destacar a
iluminação de lojas de departamentos, estádios de futebol, monumentos, indústrias, e até para
iluminação automotiva.
Lâmpadas Mistas
A luz produzida por essa lâmpada é de cor branca difusa, derivada da lâmpada vapor de mercúrio
de alta pressão e da luz de cor quente da incandescente, o que dá uma aparência agradável. A
vida mediana de uma lâmpada mista é superior a 6.000 horas com 30 % de depreciação do fluxo
luminoso no período. A eficiência luminosa, para uma lâmpada de 250 W que produz 5.500
lúmens, irá apresentar um valor de 22 lm / W, sendo, portanto, mais eficiente apenas que a
lâmpada incandescente.
Quanto à altura de montagem tem a mesma restrição das lâmpadas a vapor de mercúrio de alta
pressão, ou seja, devem ser instaladas em locais onde o pé direito for superior a 4 metros.
A tecnologia LED está sendo produzida com custos cada vez menores e está sendo utilizada em
iluminação para diversas aplicações, como por exemplo, sinalização e orientação (degraus e
escadas), letreiros luminosos, iluminação de piso, balizamento, segmento automotivo, etc.
Os LEDs apresentam alguns benefícios, como por exemplo: longa durabilidade (pode-se obter
até 50.000 horas de funcionamento); alta eficiência luminosa; variedade de cores; dimensões
reduzidas; alta resistência a choques e vibrações; não gera radiação ultravioleta e infravermelha;
baixo consumo de energia e pouca dissipação de calor; redução nos gastos de manutenção,
permitindo a sua utilização em locais de difícil acesso; possibilidade de utilização com sistemas
fotovoltaicos em locais isolados; etc.
Mortalidade de Lâmpadas
É o número de horas de funcionamento das lâmpadas antes que uma percentagem delas deixe de
funcionar. É dependente do número de vezes que se acendem e apagam em um dia.
Luxímetro
Conclusão
Existe no mercado, vários software livres para aperfeiçoar o cálculo do projeto de iluminação de
uma empresa, ruas, pátios, quadras e residências. Os gastos com iluminação são responsáveis por
uma parcela significativa no consumo de energia elétrica.
Sempre devemos aproveitar a iluminação natural, manter o sistema limpo funcionando
adequadamente com manutenções periódicas e com atualizações tecnológicas.
Referências Bibliográficas
Eficiência Energética Curso para otimização do uso de energia na indústria; CPFL Energia,
Campinas, 2006.
Eficiência Energética Fundamentos e Aplicações; 1ed. Elektro, Univ. Fed Itajubá, Excen, Fupai,
Campinas, 2012.
Iluminação Conceitos e Projetos, OSRAM.
http://www.aneel.gov.br/; 21/11/2014.
http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/manuais/projetodeiluminacao.pdf, Luís
Antônio Greno Barbosa, 2007.
http://www.lighting.philips.com.br/connect/support/faq_conceitos_de_iluminacao.wpd;
20/11/2014.
http://www.copel.com/, 20/11/2014.
As Bombas são como máquinas operatrizes hidráulicas que conferem energia ao fluido com a
finalidade de transportá-lo por escoamento de um ponto para outro obedecendo as condições do
processo. As bombas transformam o trabalho mecânico que recebem para seu funcionamento em
energia. Elas recebem a energia de uma fonte motora qualquer e cedem parte dessa energia ao
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fluido sob forma de energia de pressão, cinética ou ambas. Isto é, elas aumentam a pressão do
líquido, a velocidade ou ambas essas grandezas. A energia cedida ao líquido pode ser medida
através da equação de Bernoulli. A relação entre a energia cedida pela bomba ao líquido e a
energia que foi recebida da fonte motora, fornece o rendimento da bomba.
As bombas hidráulicas podem trabalhar com diferentes tipos de vazões, alturas de elevação e
tipos de fluidos.
No quadro a seguir são classificados os diversos tipos de bombas disponíveis no mercado:
Puras ou radiais As bombas podem ser classificadas pela sua aplicação ou pela
Bombas centrífugas
Dinâmicas ou Tipo Francis forma com que a energia é cedida ao fluído. Normalmente, existe
turbobombas Bombas de fluxo misto uma relação estreita entre a aplicação e a característica da bomba
Bombas de fluxo axial que, por sua vez, está intimamente ligada à forma de cessão de
Bombas periféricas ou regenerativa energia ao fluido.
Pistão O modo pelo qual é feita a transformação do trabalho em energia
Bombas Alternativas Êmbolo hidráulica e o recurso para cedê-la ao líquido aumentando a sua
Volumétricas ou Diafragma pressão e ou sua velocidade permitem que elas se classifiquem em:
bombas de deslocamento positivo, turbobombas e bombas
Deslocamento Engrenagens
especiais. Dentre as classificações de turbobombas e de
Positivo Lóbulos deslocamento positivo podemos enumerar algumas das mais
Bombas rotativas
Parafusos importantes subdivisões destas bombas, como mostra a tabela ao
Palhetas Deslizantes lado.
Turbobombas:
São caracterizadas por possuírem um órgão rotatório dotado de pás (rotor) que, devido a
sua aceleração, exerce forças sobre o líquido. Essa aceleração não possui a mesma direção e o
mesmo sentido do movimento do líquido em contato com as pás. A descarga gerada depende das
características da bomba, do número de rotações e das características do sistema de
encanamentos.
São o tipo mais simples e mais empregado das turbobombas. Nelas, a energia fornecida
ao líquido é primordialmente do tipo cinética, sendo posteriormente convertida em grande parte
em energia de pressão. A energia cinética pode ter origem puramente centrífuga ou de arrasto, ou
mesmo uma combinação das duas, dependendo da forma do impelidor. A conversão de grande
parte da energia cinética em energia de pressão é realizada fazendo com que o fluido que sai do
impelidor passe em um conduto de área crescente.
As bombas deste tipo possuem pás cilíndricas (simples curvatura), com geratrizes
paralelas ao eixo de rotação, sendo estas pás fixadas a um disco e a uma coroa circular (rotor
fechado) ou a um disco apenas (rotor aberto, para bombas de água suja, na indústria de papel,
etc.).
O uso normal das bombas centrífugas é feito sob pressões de até 16 kgf/cm² e
temperaturas de até 140°C. Entretanto, existem bombas para água quente até 300°C e prassões
de até 25kgf/cm² (bombas centrífugas de voluta).
Bomba Centrífuga Radial: nas centrífugas radiais, toda a energia cinética é obtida através do
desenvolvimento de forças puramente centrífugas na massa líquida devido à rotação de um
impelidor de característica especiais. Bombas desse tipo são empregadas quando se deseja
fornecer uma carga elevada ao fluido e as vazões são relativamente baixas. A direção de saída do
fluido é normal ao eixo e por isso essas bombas são chamadas também de centrifugas puras.
Bomba Centrífuga Tipo Francis: existe uma bomba centrífuga radial que usa um impelidor
com palhetas chamadas Francis, daí o nome de bomba tipo Francis. A característica deste
impelidor é que suas palhetas possuem curvaturas em dois planos. Essa particularidade aproxima
o desempenho dessa bomba ao de uma bomba de fluxo misto, embora tenha aplicação específica.
Bomba helicoidal ou semi-axial – o líquido atinge o bordo das pás que é curvo e bastante
inclinado em relação ao eixo; a trajetória é uma hélice cônica, reversa, e as pás são superfícies de
dupla curvatura. Esta bombas prestam-se a grandes descargas e alturas de elevação pequenas e
médias.
Bomba de simples estágio: por conter apenas um rotor, o fornecimento de energia ao líquido é
feito em um único estágio (constituído por um rotor e um difusor). Estas bombas não sào
utilizadas para alturas de elevação grandes por suas dimensões excessivas e correspondente custo
elevado, além do baixo rendimento.
Bombas de múltiplos estágios: quando a altura de elevação é grande, faz-se o líquido passar
sucessivamente por dois ou mais rotores fixado são mesmo eixo e colocados em uma caixa cuja
forma permite esse escoamento. A passagem do líquido em cada rotor e difusor constitui um
estágio na operação de bombeamento. Seu eixo pode horizontal ou vertical. São próprias para
instalação de alta pressão, já que a altura total de elevação é a soma das alturas parciais de cada
rotor.
Bomba de aspiração dupla ou entrada bilateral: o rotor permite receber o líquido por dois
sentidos opostos, paralelamente ao eixo de rotação. Equivale a dois rotores em paralelo que,
teoricamente, são capazes de elevar uma descarga dupla da que se obteria com o rotor simples. O
empuxo longitudinal do eixo é equilibrado nas bombas de rotores bilaterais. O rendimento dessas
bombas é muito bom, o que explica o seu largo emprego para descargas médias.
Possuem uma ou mais câmaras, em cujo interior o movimento de um órgão propulsor comunica
energia de pressão ao líquido, provocando o seu escoamento. Assim, proporciona as condições
para que se realize o escoamento na tubulação de aspiração até a bomba e na tubulação de
recalque até o ponto de utilização. A característica principal desta classe de bombas é que uma
partícula líquida em contato com o órgão que comunica a energia tem aproximadamente a
mesma trajetória que a do ponto do órgão com o qual está em contato. As bombas de
deslocamento positivo podem ser Alternativas ou Rotativas.
Bombas Alternativas
Nas bombas alternativas, o líquido recebe a ação das forças diretamente de um pisão ou êmbolo
ou de uma membrana flexível (diafragma). Elas podem ser acionadas pela ação do vapor ou por
meio de motores elétricos ou também por motores de combustão interna. São bombas de
deslocamento positivo porque exercem forças na direção do próprio movimento do líquido. No
curso da aspiração, o movimento do êmbolo tende a produzir o vácuo no interior da bomba,
provocando o escoamento do líquido. É a diferença de pressões que provoca a abertura de uma
válvula de aspiração e mantém fechada a de recalque. No curso de descarga, o êmbolo exerce
forças sobre o líquido, impelindo-o para o tubo de recalque, provocando a abertura da válvula de
recalque e mantendo fechada a de aspiração. A descarga é intermitente e as pressões variam
periodicamente em cada ciclo. Estas bombas são auto-escorvantes e podem funcionar como
bombas de ar, fazendo vácuo se não houver líquido a aspirar.
Acionadas por vapor – empregadas na alimentação de água nas caldeiras, pois aproveitam o
vapor gerado na caldeira para seu próprio funcionamento;
Bombas alternativas de pistão: o órgão que produz o movimento do líquido é um pistão que se
desloca, com movimento alternativo, dentro de um cilindro. No curso de aspiração, o movimento
do pistão tende a produzir vácuo. A pressão do líquido no lado da aspiração faz com que a
válvula de admissão se abra e o cilindro se encha. No curso de recalque, o pistão força o líquido,
empurrando-o para fora do cilindro através da válvula de recalque. O movimento do líquido é
causado pelo movimento do pistão, sendo da mesma grandeza e do tipo de movimento deste.
Bombas alternativas de diafragma: o órgão que fornece a energia do líquido é uma menbrana
acionada por uma haste com movimento alternativo. O movimento da menbrana, em um sentido,
diminui a pressão da câmara fazendo com que seja admitido um volume de líquido. Ao ser
invertido o sentido do movimento da haste, esse volume é descarregado na linha de recalque. São
usadas para serviços de dosagens de produtos já que, ao ser variado o curso da haste, varia-se o
volume admitido. Um exemplo de aplicação dessa bomba é a que retira gasolina do tanque e
manda para o carburador de um motor de combustão interna.
Bombas Rotativas:
Bombas de Parafuso: constam de um, dois ou três "parafusos" helicoidais que têm movimentos
sincronizados através de engrenagens. Esse movimento se realiza em caixa de óleo ou graxa para
lubrificação. Por este motivo, são silenciosas e sem pulsação. O fluido é admitido pelas
extremidades e, devido ao movimento de rotação e aos filetes dos parafusos, que não têm contato
entre si, é empurrado para a parte central onde é descarregado. Essas bombas são muito
utilizadas para o transporte de produtos de viscosidade elevada.
Bombas de Palhetas Deslizantes: muito usadas para alimentação de caldeiras e para sistema
óleodinâmicos de acionamento de média ou baixa pressão. São auto-aspirantes e podem ser
empregadas também como bombas de vácuo. São compostas de um cilindro (rotor) cujo eixo de
rotação é excêntrico ao eixo da carcaça. O rotor possui ranhuras radiais onde se alojam palhetas
rígidas com movimento livre nessa direção. Devido à excentricidade do cilindro em relação à
carcaça, essas câmaras apresentam uma redução de volume no sentido de escoamento pois as
palhetas são forçadas a se acomodarem sob o efeito da força centrífuga e limitadas, na sua
projeção para fora do rotor, pelo contorno da carcaça. Podem ser de descarga constante (mais
comuns) e de descarga variável.
8.2. Ventiladores
média pressão:
até 250 mmH2 O, vent. centrífugo
1
Radial vent. centrífugo r2 /r1 = 1,3 ~ 1,6;
alta pressão:
Até 250 ~ 750 mmH2 O,
r2 /r1 = 1,6 ~ 2,8. soprador
.
Dp até 10 kgf/cm2 (100mH2 O), compressor ou
>1
até 12 rotores em série, r2 /r1 até turbocompressor
hélice simples p/ movimentação
de ar ambiente, ventilador de vent. helicoidal
teto, vent. de coluna.
1
Axial vent. axial
carcaça tubular envolve rotor
tubo-axial
único.
A figura a seguir representa a vista de corte radial de um ventilador centrífugo de rotor radial.
A seguir está a sua curva característica (mais as curvas de potência e eficiência). Note que a
curva característica é „bem comportada‟, que a potência deste rotor é sempre crescente com a
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vazão, e que sua eficiência máxima ocorre para valores relativamente baixos (< 50% da
vazão máxima).
P o t ên c ia [K w , H P , e tc]
P re ssã o to ta l [m m H 2 O , in H 2 O , etc ]
E fic iê n c ia (% )
V a z ão [m 3 /h , m 3 /s , c fm , e tc ]
Ventilador centrífugo de pás ou aletas curvadas para trás: É o mais eficiente entre os
centrífugos. Como a velocidade do escoamento é a menor, e o canal formado pelas aletas tem a
forma apropriada para o escoamento do gás através do rotor, é o que produz ruído menos
intenso. Entretanto, tem custo mais elevado que o de rotor radial. Não é indicado também para
movimentar gases com particulado sólido, os quais podem erodir as aletas com rapidez (a força
centrífuga desloca as partículas sólidas para a face de sucção das aletas). São ventiladores muito
utilizados em sistemas de condicionamento de ar.
Os modelos mais sofisticados, de maior potência e responsabilidade, têm aletas com perfil
aerodinâmico (um pouco mais eficientes, produzindo ruído menos intenso). A fotografia abaixo
é um rotor com aletas curvadas para trás (da VMB Enterprises, fabricante canadense). O
esquema construtivo e a curva característica típica estão mostrados a seguir. Um elemento de
destaque neste ventilador é a sua curva de potência: o valor máximo ocorre em um ponto
operacional equivalente a 70% ~ 80% da vazão máxima. Resulta, então, que este ventilador
nunca terá problemas de sobrecarga por projeto incorreto ou operação inadequada do sistema de
ventilação. Por este motivo, o ventilador de aletas curvadas para trás é denominado de „sem
sobrecarga‟ („non-overloading‟, em inglês).
P o tê ncia [K w , H p , etc]
P o tê n c ia [K w , H P , e tc ]
P r e ssã o to ta l [ m c H 2 O , in H 2 O , e tc ]
E f ic iê n c ia ( % )
V a z ão [m 3 /s , m 3 /h , c f m , e tc ]
O ventilador tubo-axial é constituído de um rotor axial e uma carcaça tubular que o envolve. O
motor pode ser diretamente conectado ao rotor, estando exposto ao escoamento do gás, ou
colocado sobre a carcaça, acionando o rotor através de polias e correia. O gás insuflado deixa a
carcaça tubular com alta vorticidade, o que impede, algumas vezes, sua aplicação em sistema
onde a distribuição do gás é crítica ou exige a aplicação de retificadores de escoamento. Como
qualquer máquina de fluxo axial, é aplicado em sistemas com grande vazão e baixa pressão. Sua
curva característica também apresenta uma região de instabilidade, e a potência é máxima
quando a vazão é nula (a potência máxima é dissipada em recirculação através do rotor). Abaixo
estão uma fotografia frontal (fabricação Sheva, de Israel), o esquema construtivo e a curva
característica de um ventilador tubo-axial.
P r e ssã o to ta l [ m c H 2 O , in H 2 O , e tc ]
E f ic iê n c ia ( % )
P o tê n c ia [K w , H P , e tc ]
V a z ão [m 3 /s , m 3 /h , c f m , e tc ]
Fonte:
http://www.feng.pucrs.br/
09 – REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
A refrigeração industrial apresenta características próprias que requerem tanto mão de obra mais
especializada quanto maiores investimentos em projetos, em relação ao ar condicionado. Além
disso, muitos problemas típicos de operação a baixas temperaturas, normais em instalações de
refrigeração industrial, não se observam a temperaturas características da climatização.
Outra forma de caracterizar a refrigeração industrial é através das aplicações, que abrangem
desde processos utilizados nas indústrias químicas, de alimentos e de processos, até aplicações
relacionadas à indústria manufatureira e laboratórios.
Este item tem por objetivo apresentar algumas definições termodinâmicas importantes para a
refrigeração, bem como analisar algumas das propriedades das substâncias mais usadas nestes
sistemas. Esta apresentação, contudo, não se deterá em análises termodinâmicas rigorosas, ao
contrário, fará apenas uma apresentação superficial de tais definições e das propriedades
termodinâmicas e suas inter-relações, suficientes para o propósito deste estudo. Assim, tem-se:
• Título (x): quando uma substância se encontra parte líquida e parte vapor, na temperatura de
saturação, a relação entre a massa de vapor e massa total é chamada de título. Assim, tem-se:
(9.1)
• Vapor Superaquecido: quando o vapor está a uma temperatura maior que a temperatura de
saturação é chamada de “vapor superaquecido”.
Figura 9.1 - Representação dos estados de uma substância pura à pressão, P e temperatura
As propriedades termodinâmicas mais comuns são: temperatura (T), pressão (P), volume
específico (v) e massa específica (ρ). Além destas propriedades termodinâmicas mais familiares,
Uma dessas combinações ocorre quando se tem um processo a pressão constante, resultando u +
Pv. Assim define-se uma nova propriedade termodinâmica, chamada “entalpia”, representada
pela letra h e dada matematicamente por:
h = u + P v (12.2)
• Entropia (s): representa, segundo alguns autores, uma medida da desordem molecular da
substância ou, segundo outros, a medida da probabilidade de ocorrência de um dado estado da
substância.
h = hL + x(hv - h L) (9.3)
Nessas tabelas, para condições de saturação, basta conhecer apenas uma propriedade para obter
as demais. Para as condições de vapor superaquecido é necessário conhecer duas propriedades
para se obter as demais.
Os diagramas tendo como ordenada pressão absoluta (P) e como abscissa a entalpia específica
(h), chamados de diagramas de Mollier, são mais frequentes para os fluidos refrigerantes, visto
que estas coordenadas são mais adequadas para a representação do ciclo termodinâmico de
refrigeração por compressão de vapor. A Figura 9.2 mostra, de forma esquemática, as curvas
essenciais do diagrama pressão-entalpia. Diagramas completos, para a leitura dos dados a serem
utilizados nas análises térmicas de sistemas frigoríficos são dados em anexo.
a. A região à esquerda da linha de líquido saturado (x=0) chamada de região de líquido sub-
resfriado.
b. A região compreendida entre as linhas de líquido saturado (x=0), e vapor saturado (x=1),
chamada de região de vapor úmido ou região de líquido + vapor.
Um ciclo térmico real qualquer deveria ter para comparação o ciclo de CARNOT, por ser este o
ciclo de maior rendimento térmico possível. Entretanto, dado as peculiaridades do ciclo de
refrigeração por compressão de vapor, define-se outro ciclo, o qual é chamado de ciclo teórico,
cujos processos são mais próximos aos do ciclo real, facilitando a sua comparação. Este ciclo
teórico ideal é aquele que terá o maior rendimento operando nas mesmas condições do ciclo real.
O ciclo teórico simples de refrigeração por compressão de vapor é mostrado na Figura 9.3,
construído sobre um diagrama de Mollier no plano P-h. A Figura 9.4 é o esquema básico com os
componentes principais de um sistema de refrigeração, os quais teoricamente são suficientes para
realizar o ciclo teórico mostrado na Figura 9.3. Os equipamentos esquematizados na Figura 9.4
representam, genericamente, qualquer dispositivo capaz de realizar o processo
específico indicado.
(9.11)
Pode-se inferir da equação 9.11 que, para ciclo teórico, o COP é função somente das
propriedades do refrigerante, consequentemente, das temperaturas de condensação e
vaporização. Para o ciclo real, entretanto, o desempenho dependerá muito das propriedades na
sucção do compressor, do próprio compressor e dos demais equipamentos do sistema.
(9.9)
(9.13)
Quando o superaquecimento do refrigerante ocorre retirando calor do meio que se quer resfriar,
chama-se a este superaquecimento de “superaquecimento útil”. Na figura 9.13 é mostrada a
influência desse superaquecimento no desempenho do ciclo de refrigeração. Como pode ser
observado no último “slide” desta figura, a variação do COP com o superaquecimento depende
do refrigerante. Nos casos mostrados, para o R-717 o COP sempre diminui, para R134a o COP
sempre aumenta e para o R22, o caso mais complexo, há um aumento inicial e depois uma
diminuição. Para outras condições do ciclo, isto é, TO e TC, poderá ocorrer comportamento
diferente do mostrado aqui. Mesmo para os casos em que o superaquecimento melhora o COP,
ele diminui a capacidade frigorífica do sistema de refrigeração. Assim, só se justifica o
superaquecimento do fluido, por motivos de segurança, para evitar a entrada de líquido no
compressor.
9.3.1. Introdução
Nos ciclos de refrigeração por compressão de vapor a remoção do vapor de fluido refrigerante do
evaporador é realizada conectando-se o evaporador ao lado da sucção de um compressor. Um
resultado semelhante pode ser obtido conectando-se o evaporador a outro vaso, denominado de
“absorvedor”, que contenha uma substância capaz de absorver o vapor. Assim, se o refrigerante
fosse água, um material higroscópico, como o brometo de lítio, poderia ser usado no absorvedor.
À substância utilizada para absorção do vapor de fluido refrigerante dá-se o nome de “substância
portadora”.
Para se obter ciclos fechados, tanto para o refrigerante como para o portador, o estágio seguinte
do processo deve ser a liberação do refrigerante absorvido numa pressão que permita a sua
subsequente condensação, num condensador refrigerado a água ou ar. Esta separação é realizada
no “gerador”, onde calor é fornecido à mistura portador- refrigerante, e o refrigerante é liberado
como vapor.
Atualmente, os dois ciclos de refrigeração por absorção mais utilizados são aqueles baseados nos
pares (misturas binárias) água e brometo de lítio (H2OLiBr) e amônia e água (NH3-H2O). No
ciclo com brometo de lítio a água é o refrigerante e o brometo de lítio o absorvente, já no ciclo
amônia e água, uma solução de água e amônia age como refrigerante, enquanto a água age como
absorvente.
O maior inconveniente das máquinas de absorção é o seu consumo de energia (calor e trabalho
nas bombas), muito mais elevado que o das máquinas de compressão mecânica. As máquinas de
absorção mais evoluídas consomem uma quantidade de energia superior a sua produção
frigorífica.
Por outro lado, estas máquinas têm a vantagem de utilizar a energia térmica em lugar de energia
elétrica, que é mais cara e mais nobre. Além disto, elas se adaptam bem as variações de carga
(até cerca de 10% da carga máxima) apresentando um rendimento crescente com a redução da
mesma.
Elas permitem por esta razão, uma melhor utilização das instalações de produção de calor,
ociosas. É o caso, por exemplo, das instalações de aquecimento destinadas ao conforto humano
durante o inverno, as quais podem fornecer energia térmica a preço acessível durante o verão.
As máquinas de absorção permitem também a recuperação do calor que seria perdido num
processo, por exemplo, em turbinas a vapor, turbinas a gás, etc. Além das vantagens apontadas,
as instalações de absorção se caracterizam pela sua simplicidade e por não apresentarem partes
internas móveis, o que lhes garante um funcionamento silencioso e sem vibração.
Por todas essas razões as máquinas de absorção atualmente estão cada vez mais difundidas,
sendo construídas desde pequenas unidades empregadas em refrigeradores domésticos, até
grandes unidades de ar condicionado com capacidades de 1000 TR. Maiores detalhes sobre
ciclos de absorção podem ser vistos em (Harold et al, 1996).
Assim, embora o equipamento seja o mesmo, os objetivos são diferentes, com o ciclo frigorífico
visando a retirada de calor e a bomba o fornecimento de calor. Em outras palavras, a bomba
térmica é uma máquina que extrai energia de uma fonte a baixa temperatura e torna essa energia
disponível a uma temperatura mais alta (ver Figura 9.15).
Um exemplo de operação de uma bomba de calor seria retirar calor a baixa temperatura do ar
externo, da terra ou da água de um poço e cedê-lo a alta temperatura para um edifício ou para
aquecimento de uma piscina.
A relação entre a energia térmica utilizável, QU, e a energia total consumida para operar a
bomba térmica, W, define a sua eficiência. Esta relação é conhecida por diversos nomes, tais
como: coeficiente de performance (cop ), coeficiente de aquecimento, relação de performance. É
conveniente, neste momento, empregar um subscrito para diferenciar o coeficiente de
performance das bombas de calor do coeficiente de performance dos sistemas de refrigeração
dado pela equação 9.11. Por exemplo, pode-se ter COPh para as bombas de calor, e COPc para
os sistemas de refrigeração. Seja a equação abaixo:
(9.14)
As bombas térmicas são realmente eficientes em termos energéticos, mas, a sua utilização não é
ampla. A principal razão é o custo de investimento relativamente alto, comparado com
alternativas já estabelecidas (caldeiras, aquecedores, etc.). Para cada aplicação em particular, a
bomba térmica deverá ser avaliada comparando-a com os outros sistemas para determinar se ela
oferece vantagem econômica. Essa avaliação deverá considerar as diferentes eficiências dos
sistemas alternativos e, considerando ainda os custos totais, incluindo o custo do capital e de
manutenção e operação.
Dada à rápida mudança dos fatores econômicos relacionados com o fornecimento e custo da
energia, o campo de aplicação viável das bombas de calor está sendo reconsiderado, e ao mesmo
tempo, a cada aumento de custo dos combustíveis, o campo de aplicação torna-se maior.
Por meio da bomba térmica e do emprego de somente uma fração de energia de alto grau pode-se
dispor de toda a energia necessária, inclusive reciclando-a. O fornecimento 10 kW de calor para
obtenção de água quente a 60 oC, pode ser obtido consumindo o equivalente a 13,5 kW com 1,3
kg de óleo combustível.
Porém também pode ser obtido o mesmo resultado queimando 0,5 kg de óleo num motor de
combustão interna e tomando o calor restante necessário de baixo grau, por exemplo, do ar a 20
oC, obtendo-se água a 60 oC.
Estudos mais recentes têm demonstrado que a utilização de bombas térmicas para aquecer água
pode ser econômica em contraposição à utilização de aquecimento elétrico para resistências.
Uma residência típica consome entre 3000 e 5000 kWh ano para esses fins. No Brasil, o
problema pode ser analisado da seguinte forma: a maioria dos aquecedores residenciais e
comerciais de água é do tipo elétrico, com potência da ordem de 1,5 até 6,0 kW, e capacidades
de 50 a 250 litros. Segundo estudos realizados, quase 5% da energia elétrica é utilizada pelo
consumidor doméstico e desta, 80% é utilizada para aquecimento de água. Se for considerada a
utilização de uma bomba térmica, com COP de 3,5, para redução de consumo de energia elétrica,
ter-se-á uma economia de 3,5%.
9.5. Ar Condicionado
Estas instalações se caracterizam por baixo custo inicial, manutenção centralizada e, portanto,
econômica, apresentando a possibilidade de funcionar com ar exterior durante as estações
intermediárias.
A regulagem da temperatura ambiente (resfriamento) pode ser efetuada por meio de um
termostato ambiente, ou também, no ar de recirculação. O termostato pode atuar sobre o fluido
que chega à serpentina de resfriamento, sobre um "by-pass" da serpentina de resfriamento, ou
sobre uma serpentina de aquecimento. Em qualquer caso a vazão de ar permanece constante.
Este tipo de regulagem descrita apresenta substancial vantagem à anteriormente citada, já que a
temperatura ambiente é muito mais constante e, o controle da umidade relativa é melhor, posto
que, ao diminuir a carga sobre a serpentina de refrigeração diminuem a temperatura de
evaporação do refrigerante e, portanto, a umidade do ar de saída da serpentina.
Este tipo de instalação representa uma ampliação da descrita anteriormente, poia a totalidade do
ar é resfriado centralmente, até uma temperatura que seja capaz de satisfazer as exigências da
zona cuja carga térmica seja máxima. Para cada zona, a regulagem da temperatura se realiza
independentemente, aquecendo o ar até se alcançar a temperatura requerida para atender a sua
carga.
Neste tipo de instalação, ao diminuir a temperatura da zona, o termostato ambiente reduz a vazão
do ar introduzido na mesma atuando sobre um servomotor acoplado a um damper de regulagem.
Outra outra solução para o controle da pressão estática na descarga do ventilador é a adoção de
inversores de frequência para variação da rotação do compressor.
Para este tipo de instalação, ao diminuir a temperatura dos espaços condicionados, os termostatos
fecham progressivamente os dampers motorizados correspondentes, reduzindo a vazão de ar
introduzido até um valor mínimo preestabelecido.
Um posterior decréscimo da temperatura ambiente faz com que o termostato abra gradualmente a
válvula instalada na tubulação de alimentação da serpentina de aquecimento. Este sistema pode
ser visto na figura 9.19.
Neste tipo de instalação, as condições dos ambientes condicionados são reguladas mediante
condicionadores de ar do tipo "fan-coil". Os fan-coils são condicionadores de ar constituídos
essencialmente de um ventilador centrífugo, filtros, uma serpentina e uma bandeja de
condensado. Os condicionadores de indução, por sua vez, são dotados de um bocal, para a
indução de ar do ambiente condicionado, o qual, juntamente com o ar primário, atravessa as
serpentinas.
Neste tipo de instalação o ar primário, tratado em uma unidade central, é enviado até as unidades
instaladas nos diferentes ambientes, onde se mistura com o ar de recirculação. As serpentinas
locais são alimentadas por água fria ou quente, dependendo da estação. Contudo, quando água
fria está circulando, somente água fria está disponível. O mesmo ocorre quando água quente está
circulando.
Este tipo de instalação apresenta a vantagem, que caracteriza todas as instalações com ar
primário, de separar o controle da temperatura ambiente, mediante a variação da vazão de água
quente ou fria, do controle do ar de ventilação e da umidade relativa, a qual é regulada
centralmente no climatizador de ar primário. O ar exterior, tratado somente no condicionador
central, evita que exista transferência de ar de um local para outro.
Neste tipo de instalação cada serpentina local é alimentada por dois tubos. Um de água fria e
outro de água quente. Estes tubos estão conectados à serpentina mediante uma válvula especial
não misturadora de três vias, que modula, em sequência, a vazão de água fria e quente, em
função das necessidades impostas pelo ambiente. Um tubo de retorno único conduz a água que
sai da serpentina até a central térmica (caldeira) ou até a central frigorífica, de acordo com a
temperatura do fluxo.
Quando o termostato ambiente não acusa nem frio nem calor a válvula se situa em posição
neutra e não existe nenhum fluido passando através da mesma. Como consequência, devem ser
adotadas medidas para não prejudicar as bombas de circulação, como, por exemplo, o controle
de sua rotação.
A diferença principal entre as instalações a três e a quatro tubos é que no caso destas últimas a
água fria e a água quente não se misturam na saída das serpentinas, ou seja, no tubo de retorno.
Elas retornam em tubos separados, sendo enviadas uma para a central frigorífica e outra para a
central térmica (caldeira).
Este tipo de instalação representa certamente a versão mais econômica e mais difundida das
instalações com condicionadores do tipo "fan-coil". Os equipamentos são alimentados por água
fria durante a época de verão e por água quente durante o inverno. A comutação verão/inverno é
efetuada a cargo da instalação e pode ser realizada manual ou automaticamente, desde a central
frigorífica.
De acordo com o exposto, este tipo de instalação pode ser satisfatório apenas quando todos os
locais servidos necessitem somente frio ou calor, sendo inadequado quando alguns ambientes
possuam uma carga térmica positiva e outros uma carga térmica negativa.
Este tipo de instalação está caracterizado por certa deficiência no controle da umidade relativa
ambiente, da vazão de ar exterior, e da temperatura ambiente nas estações intermediárias,
durante as quais se apresentam cargas sensíveis positivas em alguns ambientes e negativas em
outros.
Este tipo de instalação supera as limitações próprias da instalação com "fan-coils" a dois tubos,
podendo, ao mesmo tempo, aquecer alguns locais e resfriar outros. Com a adoção do sistema de
três tubos estas limitações são superadas totalmente, já que cada "fan-coil" pode tomar, segundo
as necessidades detectadas pelo termostato ambiente, água fria ou água quente. A válvula não
misturadora de três vias evita que possa passar simultaneamente os dois fluidos por um mesmo
condicionador.Neste tipo de instalação a desumidificação se dá nos "fan-coils", sendo a água
entregue a temperatura de 7 °C.
A instalação é, no que a sua funcionalidade, idêntica a de três tubos com a exceção de que o
circuito com quatro tubos permite evitar as perdas pela mistura entre água quente e água fria no
retorno. Este tipo de instalação possui menor custo de operação que a anterior, porém, seu custo
inicial é maior.
Estes equipamentos são compactos e não requerem instalação especial, são de fácil manutenção,
não ocupam espaço interno (útil) e são relativamente baratos. No entanto possuem as seguintes
desvantagens: pequena capacidade, maior nível de ruído, são menos eficientes, promovem a
distribuição de ar a partir de ponto único e provocam alterações na fachada da edificação.
Os Splits são equipamentos que, pela capacidade e características, aparecem logo após os
condicionadores de janela. Estes aparelhos são constituídos de duas unidades (evaporadora e
condensadora), que devem ser interligadas por tubulações, através das quais circulará o fluido
refrigerante. São produzidos com capacidades que variam de 7.500 a 60.000 Btu/h.
Estes equipamentos são compactos e de fácil manutenção, tem grande versatilidade, podem
promover a distribuição do ar através de dutos e também podem operar como bomba de calor
(ciclo reverso). No entanto ainda possuem capacidade limitada, sua instalação requer
procedimentos de vácuo e carga em campo, não operam com renovação de ar (exceto alguns
equipamentos mais modernos) e possuem custo inicial superior aos condicionadores de ar de
janela.
Quando se trata de maiores capacidades, há que se falar nos Self Contained (condicionadores
autônomos), os quais são condicionadores de ar compactos ou divididos que encerram em seus
gabinetes todos os componentes necessários para efetuar o tratamento do ar, tais como:
filtragem, resfriamento e desumidificação, umidificação, aquecimento e movimentação do ar.
Nestes equipamentos também se pode conectar uma rede de dutos de distribuição de ar a baixa
velocidade. Podem ser encontrados com capacidades variando entre 5 e 30 TR. São
equipamentos simples, de fácil instalação, com baixo custo específico (R$/TR), a sua fabricação
seriada leva a aprimoramentos técnicos constantes e resultam em grande versatilidade para
projetos (zoneamentos, variações de demanda), etc. Como desvantagens destes equipamentos
pode-se citar o fato de não serem produzidos para operar como bomba de calor, capacidade
limitada, e o fato dos equipamentos divididos requerem procedimentos habituais de vácuo e
carga de gás em campo.
• Pressão de vaporização não muito baixa. É desejável que o fluido refrigerante apresente uma
pressão de vaporização não muito baixa, para uma dada temperatura de vaporização, o que evita
a operação com vácuo elevado no evaporador e, também, uma baixa da eficiência volumétrica
do compressor, devido à grande relação de pressão.
• Pressão de condensação não muito elevada. Para uma dada temperatura de condensação, que é
função da temperatura da água ou do ar de resfriamento, quanto menor for a pressão de
condensação do fluido refrigerante, menor será a relação de pressão e, portanto, melhor o
desempenho do compressor. Além disso, se a pressão, no lado de alta do ciclo de refrigeração é
relativamente baixa, contribui-se para a segurança operacional da instalação.
• Calor latente de vaporização elevado. Se o fluido refrigerante tiver um grande calor latente de
vaporização, será necessária menos vazão de refrigerante para uma dada capacidade de
refrigeração.
Quando a umidade se infiltra para o interior de um sistema de refrigeração, ela pode reagir com o
fluido refrigerante e causar vários problemas na operação da unidade de refrigeração. Estes
problemas diferem conforme o tipo do fluido refrigerante, a quantidade de umidade infiltrada, a
presença ou não de ar e sujeira, etc. Os problemas podem ser divididos em duas categorias:
A amônia forma facilmente uma solução com a água e, desta forma, a umidade circula através do
sistema como uma solução água-amônia. Portanto, no caso da amônia, são raros os problemas
decorrentes do congelamento da água na instalação. Os hidrocarbonetos halogenados (CFCs),
por outro lado, praticamente não formam uma solução com a água.
Por sua vez, o desenvolvimento dos compressores herméticos deve-se às excelentes propriedades
elétricas dos novos fluidos refrigerantes, que não atacam o isolante do enrolamento do motor, o
qual, para este tipo de compressor, está em contato direto com o fluido refrigerante.
A amônia apresenta um forte odor característico e uma grande toxicidade, portanto, deve-se
manuseá-la com muito cuidado. Em caso de acidente, a sala de máquinas deve ser bem ventilada
e as pessoas devem utilizar máscaras contra gases. No entanto, em qualquer caso, as normas de
segurança vigentes devem ser consultadas e obedecidas.
Por outro lado, o óleo de uma unidade de refrigeração deve apresentar resistência às altas
temperaturas originadas no processo de compressão do vapor de refrigerante.
Os CFCs foram sintetizados em 1890 e industrializados em 1928, quando se iniciou seu emprego
como fluido refrigerante. Na década de 50, passaram a ser utilizados em larga escala como
propelentes aerossóis, agentes expansores de espuma, e como fluidos refrigerantes.
Os CFCs reúnem, várias propriedades desejáveis: não são inflamáveis, explosivos ou corrosivos,
são extremamente estáveis e muito pouco tóxicos. No entanto, em 1974, foram detectados, pela
primeira vez, os problemas dos CFCs, tendo sido demonstrado que eles poderiam migrar para a
estratosfera e destruir moléculas de ozônio.
A decisão de reduzir o uso dos CFCs veio em 1987, com a assinatura do Protocolo de Montreal
por quarenta e seis países. Em 1989, foi aprovada pelo Congresso Nacional a adesão do país às
regras. A Resolução CONAMA 267 de Set/2000, passou a ditar os prazos para substituição dos
CFCs, estabelecendo datas e limites para importações destas substâncias. Em 2007, foi proibida
a produção/importação do R12, exceto para a produção de medicamentos.
Outra classe de fluidos refrigerantes, que agride a camada de ozônio, porém em menor escala, é a
dos HCFCs (hidroclorofluorcarbono), sendo o foco atual da indústria a eliminação do uso destas
substâncias. A Tabela 9.1 mostra, de forma resumida, a proposta de antecipação de metas de
redução do uso de HCFCs. A Tabela 9.2 apresenta alguns gases alternativos para substituição
dos CFCs e HCFCs, bem como suas aplicações e temperaturas típicas de operação.
9.7. Termoacumulação
O ar condicionado, nos dias de verão, é o maior responsável individual pela ocorrência de pontas
de demanda de energia elétrica em instalações comerciais. No período da tarde, quando o ar
condicionado é mais necessário, para manter temperaturas confortáveis, este aumento da
demanda de energia soma-se a àquela já causada pela iluminação, equipamentos, computadores e
outros usuários. Isto exige que as concessionárias públicas coloquem em serviço fontes de
geração adicionais, mais dispendiosas, para atender tal aumento da demanda.
Isto ocorre durante a noite, fora dos horários de ponta, quando a demanda de energia é mínima.
A termoacumulação não só pode reduzir, até pela metade, os custos operacionais, como também
pode reduzir substancialmente os desembolsos de capital, quando os sistemas são
adequadamente projetados para novos edifícios comerciais e industriais. Projetistas podem
especificar equipamentos (chillers) de capacidade média, operando 24 horas por dia, ao invés de
máquinas com capacidade integral para atender aos picos, operando somente 10 ou 12 horas por
dia. Quando aplicados em reforma ou reequipamento de instalações existentes, um sistema de
termoacumulação pode, freqüentemente, suprir as cargas térmicas adicionais sem aumento da
capacidade do chiller existente.
Figura 9.21 - Perfil típico da carga de ar condicionado de um edifício comercial durante o dia
Como se vê, o chiller de 100 TR é necessário somente durante duas das dez horas do ciclo de
refrigeração. Durante as outras oito horas, apenas uma parcela da capacidade total do chiller é
solicitada. Somando-se os quadrados sombreados, encontra-se um total de 75, cada um dos quais
representando 10 TR-HORA. Entretanto, é necessário especificar chiller de 100 TR, para atender
à carga de refrigeração de 100 TR no horário de ponta. O fator de carga é definido como a
relação entre a carga real de refrigeração e a capacidade total do chiller (vide equação abaixo).
Neste caso, o chiller tem um fator de carga de 75%, sendo capaz de prover 1000 TR−HORA,
quando somente são solicitadas 750 TR−HORA. Se o fator de carga é baixo, o desempenho
financeiro do sistema também é baixo. Dividindo- se o total de TR-HORA pelo número de horas
que o chiller opera, tem-se a carga média do edifício durante o período de refrigeração. Se a
carga do ar condicionado pudesse ser deslocada para um horário fora de ponta, ou nivelada
para a carga média, poder-se-ia utilizar um chiller de menor capacidade, com um fator de carga
de 100%, reduzindo os gastos.
Duas estratégias de administração de carga são possíveis com o sistema de armazenagem de frio
por bancos de gelo. Quando as tarifas de energia elétrica requerem um deslocamento completo e
carga, pode-se usar um chiller de capacidade convencional, com armazenagem de frio suficiente
para deslocar a carga total para as horas fora de ponta, a qual é chamada “Armazenagem Total” e
é frequentemente usada em instalações existentes usando a capacidade do chiller existente.
A Figura 9.22 mostra o mesmo perfil da carga de ar condicionado do edifício comercial, mas
com a carga de refrigeração completamente deslocada para as 14 horas fora do horário de uso da
refrigeração. O chiller é usado para produzir e armazenar gelo ou para resfriar água durante a
noite. O frio armazenado atende à demanda de 750 TR-HORA durante o dia. A carga média foi
reduzida para 53,6 TR (750 TR-HORA / 14:00 horas = 53,6 TR), o que resulta em significativa
redução dos custos de energia, tanto pela redução do pico da demanda, quanto pela redução nas
horas de tarifas altas.
O aumento das horas de operação de 14 para 24 horas resulta na carga média mais baixa possível
(750 TR-HORA / 24 horas = 31,25 TR), como ilustrado na Figura 9.23. A incidência de tarifa de
ponta da demanda é, consideravelmente, reduzida e a capacidade do chiller pode ser diminuída
em 50 a 60%.
A seguir são ressaltados alguns aspectos que, se observados, podem reduzir não só o consumo de
energia dos equipamentos, como também aumentar a sua vida útil. Os aspectos abordados
procuram identificar e eliminar problemas relacionados a projeto, instalação, operação e
manutenção destes sistemas, sempre com o principal enfoque na conservação de energia. Assim,
devem ser observados:
Deve-se evitar também que portas e janelas fiquem abertas além do tempo estritamente
necessário, pois enquanto as portas e/ou janelas permanecem abertas ocorre a entrada de ar não
refrigerado no ambiente condicionado.
A instalação de câmaras, balcões, ilhas, etc., próximo a fontes de calor, também aumenta a carga
térmica do sistema. Assim, deve-se evitar a proximidade destas fontes, dentro das possibilidades,
evitando-se o consumo excessivo de energia elétrica.
Com relação aos balcões e ilhas, deve-se cobrir, ou fechar, as suas aberturas no final da jornada
de trabalho, para que não haja “perda de frio” para o ambiente. Pode-se também desligar o
equipamento frigorífico, quando as características do produto e/ou operacionais permitirem, ao
final do expediente. Porém sempre obedecendo as normas sanitárias vigentes.
Pode-se conseguir uma redução de até 20% no consumo de energia com a manutenção do
evaporador limpo, isto é, sem acúmulo de gelo.
A iluminação interna de uma câmara frigorífica deve ser desligada automaticamente com o
trancamento externo da porta. A simples instalação de um interruptor no batente da porta, que
cumpra esta função, pode contribuir para a redução do consumo de energia elétrica.
condensação, o que acaba por aumentar o consumo de energia elétrica, ou até mesmo danificar o
compressor.
A presença de sujeira (óleo, poeira, etc.) prejudica a eficiência dos trocadores de calor
(condensador e evaporador), conseqüentemente ocorre o aumento do consumo de energia
elétrica. A falta de separador de óleo na saída do compressor, em instalações de grande porte,
equipadas com compressor modulador de capacidade, permite a passagem do óleo do cárter para
as linhas da instalação e demais componentes, comprometendo a eficiência do sistema.
Referências Bibliográficas
10 – COMPRESSORES E AR COMPRIMIDO
10.1 – INTRODUÇÃO
Quase toda indústria utiliza ar comprimido como um insumo produtivo. Ele também encontra
muitas aplicações nos setor de serviços. Por isso os equipamentos que produzem, distribuem e
utilizam o ar comprimido são essenciais. Geralmente o ar comprimido representa uma parcela
significativa na composição no consumo da energia elétrica da empresa. Além disso, diversos
estudos apontam que os sistemas de ar comprimido como um dos pontos onde ocorrem perdas
significativas de energia. Ou seja, existem bons potenciais para a economia de energia. Em vista
disso, nesse capítulo o assunto ar comprimido será abordado visando principalmente o aumento
da eficiência energética e conseqüentemente a redução dos custos envolvidos.
Inicialmente apresenta-se um breve histórico e são resumidas as aplicações do ar comprimido.
Na seqüência são mostrados os principais tipos e aspectos construtivos dos compressores. A
seguir apresentam-se aspectos básicos de Termodinâmica. Também são dadas sugestões para as
redes de distribuição, para a operação e para a manutenção do sistema de ar comprimido.
Finalmente são analisadas algumas recomendações para melhorar a eficiência energética do
sistema.
10.2 – HISTÓRICO
Por volta de três mil anos A.C., quando o homem começou a trabalhar com os metais, foi preciso
alcançar temperaturas elevadas, muitas vezes acima de 1000 °C. Para isso era necessário muito
para a combustão. Os egípcios e sumérios já usavam tubos rudimentares de cerâmica para avivar
as chamas.
Depois surgiu o fole manual, introduzido por volta de 1500 A.C. Esses compressores
rudimentares, operados manualmente, pelos pés, por animais ou por meio de rodas d‟água,
permaneceram em uso durante mais de 2000 anos e sobreviveram até 1762, quando começaram a
ser substituídos pelo invento de John Smeaton. Tratava-se de um equipamento dotado de cilindro
e pistão feitos de ferro fundido e acionado por meio de uma roda d‟água. Depois disso, o
desenvolvimento dos compressores se deu de forma muito rápida.
Os compressores foram evoluindo acompanhando as máquinas a vapor e, posteriormente, dos
motores de combustão interna, época em que os compressores alternativos dominaram. Depois
disso, no período entre as duas grandes guerras mundiais, surgiram os primeiros compressores
dinâmicos. Atualmente, tecnologias mais avançadas permitiram o aperfeiçoamento e a difusão
dos compressores rotativos de parafusos.
Citamos como principais vantagens do uso do ar comprimido: o ar está sempre disponível, ele
pode ser armazenado e distribuído sem isolamento, não oferece riscos de incêndio ou de
explosão; seu uso se dá de forma versátil e compacta. No entanto, sua maior desvantagem é
baixa eficiência energética. Mas isso não impede seu uso face às vantagens que oferece. Por
essas razões, a operação dos compressos e utilização adequada do ar comprimido é de extrema
importância.
DE LORENZO DO BRASIL LTDA
Rua: Paes Leme, 524, conj.: 72 – Pinheiros – São Paulo – SP CEP 05424-010
Tel: (11) 3037-8113 Fax: (11) 3037-8117
103
10.4 - COMPRESSORES
Esse tipo de compressor se constitui de um cilindro com um pistão no seu interior. O mesmo está
conectado a uma biela e eixo de manivela, conforme a Figura 10.1. A primeira etapa se dá com o
pistão se movendo de cima para baixo e aumentando o volume no interior do cilindro, isso faz
com que a pressão no interior do cilindro diminua e o ar é aspirado. Depois que o pistão alcança
o ponto mais baixo ele passa a movimentar para cima, reduzindo o volume dentro do cilindro e
aumentando a pressão do ar, duas válvulas controlam o fluxo na entrada e na saída do ar.
Esse compressor possui um rotor excêntrico em relação a uma carcaça, o rotor é provido de
rasgos onde são inseridas palhetas, como na Figura 10.2. Quando em rotação, pela ação da força
centrifuga, as palhetas são forçadas para fora e ficam em contato com a carcaça fazendo a
vedação. O ar entra pela abertura de sucção e ocupa os espaços entre as palhetas. Devido à
excentricidade do rotor e a posição das aberturas de sucção e descarga, quando o rotor gira o
volume entre duas palhetas vai diminuindo realizando a compressão.
Esse tipo de compressor possui dois rotores semelhantes a parafusos com rosca sem-fim que
giram mantendo um engrenamento, conforme mostrado na Figura 10.5. Esse engrenamento, feito
com muita precisão, também faz o papel da vedação. O ar penetra pela abertura de sucção e
ocupa os espaços entre os filetes e a carcaça. O movimento de rotação faz com que esses espaços
sejam reduzidos e se desloquem para a abertura de descarga.
O compressor da Figura 10.6 possui dois lóbulos que giram em sentido contrário, mantendo uma
folga muito pequena no ponto de tangência entre si e com relação à carcaça. O ar penetra pela
abertura de sucção e ocupa a câmara de compressão, sendo conduzido até a abertura de descarga
pelos rotores.
Esses compressores são dotados de um rotor com palhetas dispostas em série na periferia. Essas
palhetas são intercaladas por palhetas semelhantes, porém fixas ao longo da carcaça, conforme o
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esquema da Figura 10.6. Cada conjunto de palhetas móveis e fixas forma um estágio de
compressão. As palhetas móveis são desenhadas de forma a transmitir ao gás a energia entregue
pelo acionamento, isso introduz aumentos de velocidade e de entalpia no gás que está em
escoamento. As palhetas fixas, por sua vez, são projetadas de modo a promoverem aumentos de
pressão, como nos difusores. Como a elevação de pressão em cada estágio é pequena, são usados
vários estágios.
a) Transformação isobárica
Foi estudada por Gay-Lussac (1770 – 1840) que concluiu: “Mantendo-se constante a pressão de
uma determinada massa de gás, o seu volume varia diretamente com a temperatura”. No
diagrama V x T essa transformação se apresenta na forma de uma reta, como mostrado na Figura
10.7.
b) Transformação isométrica
A lei de Charles (1678 – 1740) diz que: “Mantendo-se constante o volume de uma massa de gás,
sua pressão varia diretamente com a temperatura”. Isso tem a forma de uma reta no diagrama P x
T, como está na Figura 10.8.
c) Transformação isotérmica
A transformação isotérmica foi estudada pelo cientista inglês Robert Boyle (1627 – 1691) que
enunciou: “Mantendo-se constante a temperatura de um determinado gás, o seu volume e pressão
variam inversamente”. Isso tem a forma de hipérboles no diagrama P x V, como se vê na Figura
10.9.
d) Transformação adiabática
e) Transformação politrópica
O processo isotérmico só seria possível com uma compressão muito lenta e trocas de calor que
fossem perfeitas. Por outro lado, o adiabático exigiria isolamento perfeito, mesmo a compressão
sendo feita de forma muito rápida. Mas se for considerado que exista proporcionalidade entre
calor e trabalho trocados durante a compressão do gás, o processo obedece a uma equação
semelhante à usada para transformação adiabática. A diferença reside no expoente passa a ser
denotado por , sendo uma grandeza variável. As transformações isotérmicas e adiabáticas são
casos particulares de politrópicas com e , respectivamente. Para expoentes entre , trata-se de um
processo de compressão com resfriamento, ; é o caso de compressão com aquecimento . A
Figura 10.11 mostra um gráfico com três transformações politrópicas com expoente crescente. n
Um gás que obedece rigorosamente às três transformações citadas anteriormente, sob quaisquer
condições de pressão e temperatura, é denominado de gás perfeito. A partir dessas
transformações é possível deduzir uma equação que engloba todas variáveis de estado, ou seja,
pressão, volume e temperatura. Essa equação foi proposta por Clapeyron e recebeu a
denominação de Equação dos Gases Perfeitos. Essa equação evolui com as experiências de
Avogadro resultando em uma equação de estado escrita em termos específicos, igual a:
Os gases reais em pressões moderadas e temperaturas próximas ou acima da ambiente podem ser
tratados como gases perfeitos com razoável precisão. No entanto, em pressões mais elevadas ou
em temperaturas muito baixas o comportamento dos gases reais é muito diferente do que essa
equação prediz e os erros no cálculo das propriedades podem ser exagerados.
Nesse caso podem ser usados gráficos especiais para corrigir os desvios da Equação dos Gases
Perfeitos, por exemplo, o gráfico do fator de compressibilidade. Ou ainda podem ser usadas
equações mais complexas que representam com grande precisão o comportamento dos gases
reais.
No entanto, para os nossos propósitos, estudar a compressão do ar usando a equação dos gases
perfeitos é plenamente satisfatório, pois o objetivo principal é o entendimento dos fenômenos
básicos que estão ocorrendo no processo de compressão.
Considera-se um gás ideal no interior de um cilindro. Esse gás é comprimido pela aplicação de
uma força sobre um êmbolo móvel. Isso pode ser analisado considerando o cilindro como um
Sistema, isto é, certa quantidade de massa no interior de um volume fechado cujas fronteiras são
permeáveis à passagem de trabalho e de calor, mas são impermeáveis ao gás. O trabalho ideal
desenvolvido pela força nesse processo é dado por:
A Figura 10.14 mostra a compressão politrópica realizada em dois estágios. A área hachurada
representa uma redução do trabalho de compressão.
O trabalho que foi determinado pelas expressões anteriores é um valor teórico que sempre fica
abaixo do valor real. Mas isso pode ser corrigido usando um rendimento que é determinado em
laboratório definido como a relação entre o trabalho que se consome teoricamente para
comprimir um gás e aquele efetivamente utilizado na compressão.
Os três tipos de processos ideais dão origem a três versões para o rendimento termodinâmico: o
rendimento isotérmico, o adiabático e o rendimento politrópico.
Durante o processo de compressão ocorrem também perdas provocadas pelo atrito mecânico,
somente parte do trabalho recebido pelo compressor é fornecida ao gás, como mostra a Figura
10.15.
Para que isso seja computado nos cálculos da compressão utilizamos o rendimento mecânico ,
com valores típicos entre 0,92 e 0,98, cuja definição é dada por:
O rendimento tem influência na vazão dos equipamentos. Examinando o ciclo da Figura 10.16
consta-se que durante o processo de compressão 1 – 2 a quantidade de gás efetivamente
transportada da sucção para a descarga é menor que a aspirada. Pois do volume V2 ocupado ao
final dessa fase só uma parcela é descarregada, o volume V3 fica retido no interior do
compressor em espaços internos.
O rendimento volumétrico pode ser avaliado com a expressão a seguir. Esse valor é função da
relação de pressão e da fração de volume morto do compressor, que por sua vez é função da
qualidade de construção do equipamento.
Observa-se que o rendimento volumétrico varia inversamente a fração de volume morto, varia no
mesmo sentido do expoente politrópico e também varia inversamente a relação de pressão.
Os três pontos seguintes são os mais importantes para a eficiência, segurança e economia de um
sistema de distribuição de ar comprimido:
A queda de pressão no sistema de distribuição implica pressões, nos pontos de consumo de ar,
mais baixas do que na descarga do compressor e, conseqüentemente, também decréscimo na
potência disponibilizada para as ferramentas, máquinas ou outros consumidores de ar
comprimido.
Se a queda de pressão, ou perda de carga, é tão alta que a pressão de trabalho é menor que a
pressão prescrita, a perda de potência é proporcionalmente muito maior do que a queda de
pressão. A potência desenvolvida por uma ferramenta a 5,0 bar, por exemplo, é de somente 45 a
50% da potência fornecida com a pressão de 7,0 bar. Por esse motivo as redes de distribuição
devem ser corretamente dimensionadas, já se considerando ampliações futuras, de modo que um
acréscimo no consumo não prejudique todo o sistema e torne necessária a substituição de uma
rede inteira. Isso se aplica, acima de tudo, para o ramal principal. O custo inicial é largamente
compensado pelos ganhos operacionais.
Às vezes, uma grande queda de pressão na rede tem que ser compensada pelo aumento da
pressão de trabalho do compressor. No caso da diminuição do consumo a pressão ficará acima
do desejado, aumentando as perdas por vazamentos e a potência consumida. Além disso, nem
todas as ferramentas e acessórios são projetados para trabalhar e resistir tais aumentos de
pressão.
As redes de distribuição de ar comprimido devem ser projetadas de modo que a queda de pressão
total, do compressor até o ponto de consumo mais distante, não exceda 0,3 bar. Para o caso de
instalações que cobrem grandes áreas, tais como minas, pedreiras, etc., uma queda de pressão
maior no sistema de tubos pode ser aceita, mas não deve ser superior a 0,5 bar. Nesse valor já
deve ser incluída a queda de pressão causada pelas mangueiras de borracha, luvas de
acoplamento, engates rápidos e conexões. Especial atenção deve ser dada ao dimensionamento e
especificação dessas peças, pois as perdas mais sérias, geralmente, ocorrem nos trechos finais.
Embora seja recomenda a utilização do alimentador em anel, isto é, em circuito fechado, a linha
aberta é muito usada devido a menor investimento inicial. O dimensionamento pode ser feito
usando os critérios da velocidade e o da perda de carga. O primeiro deles é usado apenas para
trechos curtos.
O ar atmosférico nunca está completamente seco, sempre contém alguma umidade. A umidade é
a água contida no ar, no estado de vapor. Quando o ar contém a quantidade máxima possível de
água sob a forma de vapor se diz que está saturado: a umidade é de 100%.
O ponto de saturação depende da pressão e da temperatura, principalmente da temperatura: Se a
temperatura aumenta o ar pode absorver mais umidade, caso contrário, esse ar perde umidade
por condensação. Para a pressão ocorre o inverso, quanto maior a pressão menor é a capacidade
do ar comprimido em reter a umidade. Por exemplo, o ar à pressão atmosférica com 50% de
umidade passa a ter 100% de umidade; à pressão de 2,0 bar, 150% de umidade a 3,0 bar; e 300%
de umidade à pressão de 6,0 bar, comum em todas as aplicações. Ressalta-se que acima de 100%
de umidade sempre vai haver condensação de água. Já para a temperatura, o aumento é calculado
duplicando-se cada 11% da capacidade de retenção a cada aumento de 10 °C.
A eficiência energética nas instalações que envolvem o ar comprimido pode ser alcançada
adotando-se medidas que se iniciam no projeto da planta, com a especificação correta dos
compressores e do seu sistema de controle, dos acessórios e periféricos, que devem ser
adequados aos níveis de pressão e vazão e qualidade do ar comprimido que são requeridos pela
unidade, além do seu comportamento em face das variações desses parâmetros.
Com essas precauções podemos garantir que os rendimentos elétricos, mecânicos, volumétricos e
termodinâmicos sejam os mais elevados, pois são parâmetros que dependem das características
construtivas e do esmero usado na fabricação de cada equipamento.
A operação e a manutenção deverão estar a cargo de pessoal especialmente treinado para essas
tarefas. Todos os parâmetros de funcionamento devem ser monitorados. Perdas de carga,
acréscimos de temperatura, etc. são facilmente percebidos. Atualmente com as facilidades e
recursos oferecidos pela instrumentação e pelos microprocessadores é não é difícil acompanhar
em tempo real, por exemplo, as variações do expoente da politrópica em um compressor. A
Usar compressores com mais estágios é outro modo de reduzir o trabalho de compressão. O
benefício dessa medida também pode ser quantificado com base na equação 10.2.
10.7.4 - Vazamentos
à deterioração natural de vedações, mangueiras, tubos, etc. A seguir estão listadas algumas
recomendações, com as quais estes vazamentos podem ser minimizados:
compressor trabalha somente para cobrir perdas por vazamento. Esse ponto parece óbvio, mas a
experiência mostra que muitas vezes o compressor não é desligado.
A quantificação do ar comprimido que escapa pelos vazamentos deve ser comparada com a
vazão que é realmente utilizada pelos equipamentos. Em instalações novas percentuais de
vazamento de até 5% são toleráveis.
- ATLAS COPCO. Compressed air engeneering. Suécia: Atlas Copco Literature Departament,
1971. 1 volume, 360 páginas.
- COSTA, E. C. Compressores. 1a Edição. São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda, 1988 . 1
volume, 368 páginas
- HAHN, A, Programa de Eficientização Industrial - Compressores. Rio de Janeiro:
Eletrobrás / PROCEL, 2003. 1 volume, 88 páginas.
- MACINTYRE A.J, Instalações hidráulicas prediais e industriais. 2a Edição. Rio de Janeiro:
Editora Guanabara SA, 1988. 1 volume, 798 páginas.
- NADEL, S.; SHEPARD, M. et al. ENERGY-EFFICIENT MOTOR SYSTEMS: A
Handbook on Technology, Programs and Policy Oppotunities. USA: ACE3, [2000].
- RODRIGUES, P.S.B. Compressores industriais. 1a Edição. Rio de Janeiro: EDC – Ed.
Didática e Científica, 1991. 1 volume, 515 páginas.
- SPIRAX SARCO, Manual de produtos para seu sistema de ar comprimido. 1a Edição. São
Paulo: 1996. 1 volume, 120 páginas.
- STREETER, V.L, WYLIE, E.B, Mecânica dos fluídos. 7a Edição. São Paulo: Editora
McGraw-Hill do Brasil Ltda., 1988. 1 volume, 583 páginas.
- VAN WYLEN, J.G., SONNTAG, R.E. Fundamentos da Termodinâmica clássica. 2a Edição.
São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda, 1991 . 1 volume, 565 páginas.
11 - TRANSFORMADORES
Definição:
Princípio de Funcionamento:
LEI DE FARADAY: Toda vez que um condutor estiver sujeito à variação de fluxo magnético,
nele se estabelecerá uma tensão induzida enquanto o fluxo estiver variando. Esta tensão é
diretamente proporcional à taxa de variação do fluxo no tempo.
A figura a seguir ilustra a geração de energia elétrica através do movimento de um imã no
interior de uma bobina.
Transformador ideal:
Onde:
V1, V2: tensão eficaz nos enrolamentos primário e secundário, [V].
N1, N2: número espiras nos enrolamentos primário e secundário.
I1, I2: correntes nos enrolamentos primário e secundário, [A].
Transformador real:
Perdas no ferro:
Perdas por histerese: Energia é transformada em calor na reversão da polaridade
magnética do núcleo transformador.
Perdas por correntes parasitas: Quando uma massa de metal condutor se desloca num
campo magnético, ou é sujeita a um fluxo magnético móvel, circulam nela correntes
induzidas. Essas correntes produzem calor devido às perdas na resistência do ferro. Para
reduzir essas perdas o núcleo dos transformadores são constituídos de chapas de ferro
cilício isoladas com verniz.
A marcação da polaridade dos terminais dos enrolamentos de um transformador indica quais são
os terminais positivos e negativos em um determinado instante, isto é, a relação entre os sentidos
momentâneos das f.e.m. nos enrolamentos primário e secundário. Por outro lado, o ângulo de
defasagem entre tensões primária e secundária, isto é, o defasamento angular (D.A.), é
importante de ser determinado nas seguintes situações:
Ligação em paralelo de transformadores
Ligações de transformadores de corrente e potencial nos circuitos de medição e/ou
proteção.
A ABNT recomenda que os terminais de tensão superior sejam marcados com H1 e H2, e os de
tensão inferior com X1 e X2, de tal modo que os sentidos das fem momentâneas sejam sempre
concordantes com respeito aos mesmos índices.
Também é comum a indicação da polaridade com utilizando pontos, conforme a figura a seguir.
Ligam-se aos terminais de tensão superior a uma fonte de corrente contínua através de
uma chave de pulso;
Associação de Transformadores:
Transformador Trifásico:
Essas várias formas de conexão dão origem aos quatro tipos de ligação dos transformadores
trifásicos: Y-Y, Y-Δ, Δ-Y e Δ-Δ. Cada um desses tipos possui propriedades diferentes que
determinam o uso mais adequado conforme a aplicação.
A escolha da associação adequada depende de diversos fatores como: acesso a neutro, bitola dos
condutores por fase, sistema de aterramento, nível de isolamento, defasagem angular requerida e
facilidade de manutenção.
Em um sistema trifásico é considerada tensão de linha a tensão entre as fases da rede trifásica
que alimenta o circuito e tensão de fase a tensão na bobina do transformador.
A tensão de linha é igual à tensão de fase quando a ligação do transformador for triângulo.
Quando o transformador estiver ligado em estrela, a tensão de fase é dada pelas seguintes
equações:
Onde:
If = corrente fase
IL = corrente de linha
Vf = tensão de fase
VL = tensão de linha
Autotransformador:
Se a corrente que entra for de 2A, o autotransformador poderá induzir uma corrente de, por
exemplo, 3 A. Assim, a corrente na carga (D) conforme a figura a seguir será de 5 A.
A corrente da carga é a soma de I1+I2 ou 2A + 3A = 5 A.
Nesse exemplo, a corrente foi mais que dobrada. Mas foi necessária apenas uma bobina, por isso,
o núcleo deve ter capacidade apenas para a corrente induzida. Num transformador comum, seria
necessário o dobro de secção do núcleo para a mesma carga. Daí o fato de esse transformador ser
econômico quanto ao emprego de materiais.
Nas figuras a seguir, são apresentados os esquemas elétricos de ligação dos TPs e TCs. No anexo
I estão ilustrados os diversos equipamentos disponíveis no mecado.
12 – QUALIDADE DE ENERGIA
Por razões que veremos em seguida, um sistema elétrico trifásico ideal deve satisfazer às
seguintes condições de operação em regime permanente:
Essas seis condições garantem que o sistema atenderá adequadamente a qualquer carga
prevista para operar com corrente alternada na freqüência industrial. Podemos justificar essas
condições ideais da seguinte maneira:
Forma senoidal
A escolha da função senoidal como forma ideal, está associada ao princípio básico da
conversão eletromagnética de energia, expressa pela lei de indução de Faraday, básica na
conversão eletromecânica e eletromagnética de energia:
Φ( t ) = ∫ e( t ).dt 1.2)
onde:
Φ(t) = fluxo magnético variando em uma região envolvida por um condutor elétrico;
e(t) = tensão elétrica induzida nos terminais do condutor.
Amplitude constante
Freqüência constante
geral nem percebe. Isto significa que, do ponto de vista do consumidor, a freqüência da rede
pode ser considerado o indicador de qualidade da energia elétrica menos preocupante.
Fases Equilibradas
Essas condições serão satisfeitas se as tensões trifásicas forem dadas na seguinte forma:
Usando a notação vetorial, as tensões com amplitudes iguais e defasadas de 120° podem
ser representadas pelos vetores Va, Vb e Vc no plano complexo.
.
Pode-se mostrar que quando o sistema está equilibrado, o fluxo de potência total é
unidirecional e constante, indo da fonte para a carga. Isto garante que não haverá circulação
desnecessária de potência na rede e nem sobrecarga de uma fase em relação às outras.
Manter o sistema trifásico equilibrado não garante, no entanto, que o fluxo de potência
nas linhas seja mínimo para atender a uma dada carga. Essa condição só será satisfeita se a carga
apresentar fator de potência unitário. Nessa situação os sistemas de transmissão e distribuição
ficam livres de suprir potência reativa, que aumentaria as perdas de transmissão.
A demanda da carga por potência reativa pode ser atendida localmente, através de bancos
de capacitores e de reatores fixos ou controlados, no caso de carga variável. As normas atuais
prevêem um fator de potência mínimo de 0.92, com tendência a se tornar ainda mais elevado
(0.95-0.96) no futuro. A elevação do fator de potência não é um problema apenas de melhoria da
qualidade da energia, mas sim uma questão econômica, associada a outros fatores de operação
como a manutenção do perfil plano de tensões ao longo da rede, a minimização das perdas e
garantir a capacidade de regulação da tensão.
Perdas nulas
Manter as perdas mínimas é, sem dúvida, uma condição desejável do ponto de vista da
eficiência do transporte do produto energia elétrica desde os locais de geração até os pontos de
consumo. No entanto, sem a resistência série das linhas e transformadores, não ocorreria a
atenuação dos transitórios de chaveamento durante a energização das linhas, transformadores e
capacitores. A excitação de qualquer freqüência de ressonância criaria sobre-correntes ou sobre-
tensões sustentadas que se propagariam pelo sistema, inviabilizando a operação segura na
freqüência fundamental. Devido à existência de perdas na rede, pode-se conviver com certo grau
de perturbações que, grosso modo, são atenuadas tanto mais rapidamente quanto maior for a sua
freqüência característica. É usual considerar que perdas de transmissão de 3% a 5% constituem
um compromisso satisfatório para a operação do sistema elétrico.
Distúrbio eletromagnético:
Nível de emissão
Nível de imunidade
Nível de compatibilidade
Definições:
Componente Fundamental
É o desvio, em sistemas trifásicos, nos módulos e/ou ângulos das tensões em relação à
condição equilibrada que é caracterizada pela igualdade dos módulos e defasagem de 120° entre
si.
Distorção Harmônica
Flutuação de Tensão
Tensão de Fornecimento
Tensão Medida
Tensão Nominal
Variação de Tensão
Os distúrbios aos quais o sistema elétrico está exposto, podem ser caracterizados de
diversas maneiras: em função da duração do evento (curta, média ou longa duração), da faixa de
freqüências envolvidas (baixa, média ou alta freqüência), dos efeitos causados (aquecimento,
vibrações, cintilação luminosa, erro de medidas, perda de eficiência, redução da vida útil) ou de
acordo com a intensidade do impacto (pequeno, médio ou grande impacto).
Para se fazer qualquer dessas classificações é preciso conhecer melhor as características
de cada tipo de distúrbio, como será visto a seguir (apresentados por ordem alfabética):
É uma redução do valor rms da tensão durante meio ciclo até 1 minuto. É provocado
tipicamente pela entrada de uma carga temporária, de porte significativo em relação ao nível de
curto-circuito local. Pode também ser devido a um curto-circuito próximo. Em geral, seu efeito
desaparece depois que a causa direta é removida.
É um aumento do valor rms da tensão com duração entre meio ciclo e 1 minuto. Trata-se
do efeito contrário ao do afundamento, sendo as principais causas as saídas temporárias de
cargas ou a conexão de um banco de capacitores.
Sobre-tensão
Subtensão
Colapso de tensão
Desequilíbrios de tensões
São variações desiguais em amplitude e/ou fase das tensões trifásicas. São causadas pela
conexão desigual de cargas mono- ou bifásicas em sistemas trifásicos. Cargas trifásicas não
lineares de grande porte também podem produzir desequilíbrio, como os fornos de arco elétrico;
Interrupção momentânea
possa retornar à condição de operação normal. Nestes casos é desejável dispor de fontes
especiais do tipo UPS ("Uninterruptible Power Source") para suprir energia aos sistemas de
processamento de dados para suportar uma interrupção tão prolongada;
Interrupção temporária
É uma interrupção com duração entre 3 segundos e 1 minuto. Neste caso já se requer uma
fonte ininterrupta que utiliza bateria como fonte alternativa, para a qual a carga é transferida
automaticamente em caso de falta da alimentação principal. Esse tipo de evento em geral é
causado pelo sistema de proteção com religa mento automático após a eliminação de curto
circuito na rede;
É uma interrupção com duração maior que 1 minuto. Este é o caso de desligamento de
uma linha sem previsão de retorno imediato. Pode ocorrer de forma imprevista, no caso de
defeito, ou de forma programada, para fins de manutenção ou transferência de carga. Existem
critérios de qualidade de serviço, que medem a duração ou a freqüência anual das interrupções
por consumidor.
Micro-interrupção
É a perda completa da alimentação de até meio ciclo da freqüência da rede. Esse tipo de
defeito em geral é devido a um curto-circuito em sistemas de distribuição com extinção rápida.
Fontes de alimentação CC com capacitores dimensionados adequadamente podem suportar esse
tipo de distúrbio sem afetar o dispositivo alimentado. Se o defeito for persistente, a proteção
poderá entrar uma ou mais religações, impondo tensões temporárias baixas, que por sua vez
podem danificar equipamentos, principalmente motores que não conseguem partir.
Distorção harmônica
Distorção inter-harmônica
Oscilações transitórias
São oscilações rápidas devidas a manobras de disjuntores. Em geral são causadas por
chaveamento de capacitores na rede. Devido aos elevados valores de di/dt provocados pela
brusca energização do capacitor, são excitadas ressonâncias em alta freqüência, que se
convertem em oscilações rápidas da tensão no ponto de conexão do capacitor. Essas oscilações
podem provocar a atuação da proteção ou produzir sobre-tensões em outros equipamentos
próximos.
Flutuações de tensão
Modulação da amplitude
Interferência eletromagnética
São ruídos impostos por indução ou por condução. No caso da indução, é devido ao
acoplamento magnético entre circuitos previstos para operar em diferentes faixas de freqüências
e que se localizam fisicamente próximos. Este fenômeno é mais acentuado em altas freqüências,
pois o alcance dos efeitos é maior (ex. rádio-interferência). No caso de condução, em geral o
efeito se manifesta por falta de um terra comum suficientemente sólido (ex. ruído no "terra" de
fontes, causado pelo chaveamento da corrente, mau contato, etc.);
Interferência telefônica
em toda a faixa de percepção sonora, criou-se uma curva de ponderação para o nível de
interferência (TIF) aceitável na faixa entre 60 e 5000 Hz.
Ruídos
Oscilações eletromecânicas
Ressonâncias sub-síncronas
Descargas eletrostáticas
São correntes de fuga de cargas acumuladas em campos elétricos intensos. Em geral são
de origem externa (descargas atmosféricas), mas podem ser de origem interna (efeito corona)
como sobre tensões entre espiras e carcaça ou núcleo de máquinas e transformadores;
É a elevação impulsiva de tensão. Esse tipo de distúrbio pode estar associado a descargas
atmosféricas ou a chaveamento de corrente imposta em circuitos altamente indutivos, seja
através da conexão de capacitor ou pela comutação de dispositivo eletrônico. O efeito mais
comum é a ruptura do dielétrico no ponto fraco do isolamento do sistema e a queima de
componentes eletrônicos por sobre tensão ou excessivo dv/dt. Devido à rapidez do evento (micro
segundos) não existem muitas formas de evitar os efeitos. Está-se pesquisando intensamente os
varistores a base de cerâmicas especiais, com capacidade de ceifar os picos de tensão, drenando a
energia excedente para terra;
Em função das freqüências que caracterizam cada fenômeno, podemos definir três faixas
principais, a saber:
Como já foi visto, entre os distúrbios elétricos mais lentos a que um sistema está sujeito,
temos o colapso da tensão, que pode se estender por vários minutos; depois vem as oscilações
eletromecânicas dos geradores, que ocorrem na faixa 0.2 a 2 Hz; a seguir temos a modulação da
tensão, responsável pelo efeito da cintilação luminosa (flicker), na faixa de 0 a 30 Hz e a
ressonância sub-síncrona entre turbina e gerador, que se manifesta tipicamente na faixa entre 10
a 20 Hz.
Nesta faixa intermediária de freqüências estão incluídos todos os processos que produzem
distorções de forma de onda das tensões e correntes com freqüência fundamental 60 Hz, e cujo
espectro pode apresentar componentes significativas até da 50ª harmônica (3 kHz). Elementos
não lineares, que distorcem as formas de onda de tensão e corrente, sempre estiveram presentes
no sistema elétrico, por exemplo, em dispositivos com núcleo ferromagnético saturável. Com a
introdução dos dispositivos chaveados eletronicamente, no entanto, o grau de distorção
produzido aumentou significativamente, gerando a necessidade de constantes verificações dos
níveis harmônicos no sistema. A presença de harmônicas e inter-harmônicas na rede cria uma
série de problemas como ressonâncias, sobre-aquecimento, erros de medição, vibrações em
máquinas, etc. À medida que o problema de distorção harmônica vem se agravando nos últimos
anos, cresce a necessidade de estabelecer limites mais rigorosos, atendendo aos interesses de
todos os consumidores, fabricantes de equipamentos elétricos e concessionárias de energia. Essa
necessidade de estabelecer limites aceitáveis para os níveis harmônicos em sistemas de potência
e instalações industriais, é que tem estimulado a monitoração da qualidade da energia elétrica
que é entregue aos consumidores.
atuação da produtivos
Proteção
Interrupção permanente Manutenção programada, Parada de produção
falha
imprevista
Micro interrupção Curto circuito momentâneo Falha de equipamentos
sensíveis
Modulação de amplitude Carga cíclica, ressonância Cintilação, oscilação de torque
Referencias Bibliográficas:
Ewaldo L. M. Mehl.
Fontes de Energia – Vamos analisar as principais fontes alternativas de energia hoje utilizadas.
Micro e Minigeração – Resolução 482/2012 da ANEEL e seus impactos no nosso dia a dia.
Receita Operacional Líquida (ROL): Resultado obtido, após deduzir-se da Receita Operacional
Bruta os impostos incidentes sobre vendas, as vendas canceladas e os abatimentos concedidos.
Receita Operacional Bruta (ROB): Decorrente das vendas totais de uma empresa, sem as
deduções, devoluções, abatimentos, etc. Corresponde à receita total, não considerando qualquer
desconto, nem mesmo as despesas operacionais ou custos.
Número de Identificação Social – NIS, número recebido quando da inscrição no Cadastro Único.
As regras da ANEEL distribui os recursos, sendo obrigatório que 60% desses recursos sejam
destinados à projetos envolvendo a população de baixa renda.
O projeto CPFL nas Escolas tem como principal objetivo capacitar educadores de escolas
públicas municipais da área de concessão da CPFL Paulista e CPFL Piratininga , para
disseminar conceitos básicos de uso eficiente e seguro da energia elétrica.
A metodologia utilizada é a do PROCEL (“A Natureza da Paisagem: Energia Recurso da Vida”)
e é aplicada junto ao público infanto-juvenil (ensino fundamental – 2º ao 9º ano), envolvendo
suas famílias e a comunidade, através de ações lúdicas e interativas contribuindo para a mudança
de hábitos e comportamento.
Após a conclusão das etapas, temos a parte prática que é a exposição da Unidade Móvel de
Ensino multifuncional, para visitação dos educadores/professores, alunos das escolas
participantes do projeto e comunidade, onde são desenvolvidas atividades educativas que
possibilitam uma interação, de forma concreta, com os conceitos de energia elétrica e suas
práticas de conservação, utilização racional dos recursos e meio ambiente, além de proporcionar
atividades de lazer e entretenimento.
Fontes de Energia:
Hidrelétricas (PCH) – Pequenas Centrais Hidrelétricas Utiliza da força das águas, energia
cinética, para mover geradores síncronos, transformando energia mecânica em elétrica; Trata-se
de uma energia renovável e de médio impacto ambiental; É uma fonte constante e, assim, pode
ser despachada sob demanda;
Eólica: Utiliza da força dos ventos, energia cinética, para mover geradores síncronos,
transformando energia mecânica em elétrica; Trata-se de uma energia renovável e de baixo
impacto ambiental; Todavia não é uma fonte constante, assim não pode ser despachada sob
demanda;
Solar: Aquela proveniente dos raios solares, transformando luz em energia elétrica; Trata-se de
uma energia renovável e de baixo impacto ambiental; Apresenta-se como a fonte de energia mais
viável para a micro-geração; Todavia não é uma fonte constante (quando não utiliza-se bateria),
assim não pode ser despachada sob demanda;
Tipos de Usinas:
Hidroelétrica:
Utiliza como fonte de energia a água dos rios e lagos, transformando energia cinética em energia
elétrica;
De acordo com a capacidade de geração, elas são definidas como:
Maior que 30 MVA – UHE – Usina Hidroelétrica de Energia;
Entre 1 à 30 MVA – PCH – Pequena Central Hidroelétrica;
Menor que 1 MVA – CGH - Central Geradora Hidroelétrica;
Normalmente é utilizado Geradores Síncronos, mas Geradores de indução também é considerado
devido ao baixo investimento inicial e de manutenção;
Representa cerca de 70% da matriz energética do Brasil; Energia Limpa!
Termoelétrica:
Eólicas:
Usinas Solares
A energia do sol é a fonte indireta de muitos combustíveis, como a própria biomassa. Mas foi na
década de 70, marcada pelos choques do petróleo que elevaram de forma acentuada os preços do
“ouro negro”, afetando em efeito domínio as economias dos países ao redor do mundo, que as
pesquisas com o uso da energia solar para a produção de energia deslanchou. Com os preços do
petróleo - que dominava as matrizes energéticas dos países industrializados - subindo sem
escalas, era necessário buscar alternativas que reduzissem a dependência desta commodity.
O aproveitamento da energia solar para a geração de energia elétrica galgou, nos últimos anos,
alguns degraus em seu desenvolvimento no Brasil, com a implementação de projetos de maior
porte, com cerca de 1 megawatt (MW) de capacidade. Segundo estimativas da Empresa de
Pesquisa Energética (EPE), órgão que responde pelo planejamento do setor elétrico, existem no
Brasil cerca de 20 MW de capacidade instalada de geração fotovoltaica, em sua grande maioria
distribuída em sistemas isolados e remotos. O número de pedido de registros de usinas
fotovoltaicas encaminhados à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) até 2012 alcançou
117 projetos, somando 3.128 MW de capacidade, o que revela uma predisposição a uma forte
ampliação do parque gerador de geração de energia a partir da radiação solar. A expectativa é a
de que, nos próximos cinco anos, a energia solar, em especial a geração fotovoltaica, ganhe mais
corpo no Brasil, ampliando a sua competitividade e, em consequência, a sua inserção na matriz
energética.
Objetivo Atender integralmente a chamada 13/2001 da ANEEL. Planta FV com Site MT (1,05
MWp) e BT (0,075 MWp) (site BT integra energia solar fotovoltaica e energia eólica), integrada
e monitorada pelo Smart Integration, um sistema de instrumentação virtual a ser desenvolvido no
projeto com plataforma de hardware e software aberta com simulação de cargas variáveis e
conexão aos serviços auxiliares da subestação.
Estudo técnico-econômico do projeto de geração solar PV, Projeto Básico e Projeto Executivo de
uma planta PV conectada à rede da CPFL, com 1,05 MWp(2 tecnologias distintas), sendo a
conexão na MT.
Estudo e avaliação técnico-econômica de tecnologias de PV Originalidade Planta.
Os estímulos à geração distribuída se justificam pelos potenciais benefícios que tal modalidade
pode proporcionar ao sistema elétrico. Entre eles, estão o adiamento de investimentos em
expansão dos sistemas de transmissão e distribuição, o baixo impacto ambiental, a redução no
carregamento das redes, a minimização das perdas e a diversificação da matriz energética
Crédito de energia
A novidade da norma é simplificar a conexão das pequenas centrais à rede das distribuidoras de
energia elétrica e permitir que a energia excedente produzida possa ser repassada para a rede,
gerando um “crédito de energia” que será posteriormente utilizadopara abater seu consumo. Um
exemplo é o da microgeração por fonte solar fotovoltaica: de dia, a “sobra” da energia gerada
pela central é passada para a rede; à noite, a rede devolve a energia para a unidade consumidora e
supre necessidades adicionais. Portanto, a rede funciona como uma bateria, armazenando o
excedente até o momento em que a unidade consumidora necessite de energia proveniente da
distribuidora.
O saldo positivo desse crédito de energia não pode ser revertido em dinheiro, mas pode ser
utilizado para abater o consumo em outro posto tarifário (ponta/fora ponta), quando aplicável,
em outra unidade consumidora (desde que as duas unidades estejam na mesma área de concessão
e sejam do mesmo titular) ou na fatura do mês subsequente. Os créditos de energia gerados
continuam válidos por 36 meses.
Por fim, é importante ressaltar que, para unidades consumidoras conectadas em baixa tensão
(grupo B), ainda que a energia injetada na rede seja superior ao consumo, será devido o
pagamento referente ao custo de disponibilidade –valor em reais equivalente a 30 kWh
(monofásico), 50 kWh (bifásico) ou 100 kWh (trifásico). Em situação análoga, para os
consumidores conectados em alta tensão (grupo A), a parcela de energia da fatura será
zerada,sendo que a parcela da fatura correspondente à demanda contratada será faturada
normalmente.
Bibliografia: